Prova Abrangente - PAS - 1ª Série – 2021

situação hipotética, um poste de cimento), o corpo

Física humano também sai do repouso de maneira brusca,
pressionando toda parte frontal, na qual estão
localizados órgãos importantíssimos, como baço,
Texto I - Carro de Ferro ou Carro de Plástico?
estômago e, inclusive, o cérebro. “Quando uma pessoa
pula de um trampolim ou anda de montanha-russa, por
Nos anos mais recentes, as montadoras de
exemplo, a sensação é exatamente a mesma, só que ao
automóveis têm dado preferência às “carcaças” de
contrário, ou seja, nosso corpo é acelerado e temos a
plástico para finalização dos veículos. Para o consumidor
sensação de que nossos órgãos estão ‘flutuando'”,
menos informado, essa nova escolha das fábricas pode
exemplifica Luiz Nunes. “Já no caso de um acidente, o
parecer, apenas, uma estratégia a favor da diminuição
corpo sofre uma grande desaceleração e esse efeito é 10
dos custos da produção, colocando em risco a segurança
ou 20 vezes maior do que no caso de uma montanha-
dos consumidores. Carros feitos com lataria de plástico,
russa, o que pode ocasionar o rompimento de vasos
porém, são a opção mais segura e as leis da física estão
sanguíneos e, inclusive, órgãos. Não é raro o acidentado
aí para provar esse fato.
morrer por hemorragias internas antes de ser socorrido”.
Para entender (e acreditar) nessa premissa,
imagine a seguinte situação: um automóvel, numa
Carro de metal versus carro de plástico
rodovia, andando numa velocidade de 100 Km/h. O
motorista deste automóvel visualiza à sua frente um
Continuemos na segunda situação, só que a
acidente e precisa frear bruscamente. Se o freio do carro
imaginemos de duas diferentes maneiras, agora: na
estiver em bom estado, o motorista conseguirá brecar
primeira, o carro que colide com o poste é de metal, e na
em cerca de três segundos. Durante esse tempo, ele
segunda o carro em questão é de plástico. No primeiro
andará cerca de 40 metros. “Essa distância cresce caso o
caso, por se tratar de um carro de metal, o intervalo de
carro esteja andando mais rapidamente, ou seja, se
dois metros referido no parágrafo anterior, não irá
estiver a 150 Km/h, ela irá superar os 100 metros”,
ocorrer. Isso porque toda força do impacto é dissipada
explica o docente do Grupo de Física Teórica do Instituto
para o motorista e não para o carro, que, por ser de um
de Física de São Carlos (IFSC/USP), Luiz Nunes de Oliveira.
material muito resistente, transmite quase
Imagine, agora, uma nova situação: um carro
instantaneamente o impacto para os ocupantes dos
andando a 100 Km/h (não necessariamente numa
bancos dianteiros. Já no segundo caso, o carro, por ser de
rodovia) colide com um poste de cimento. A distância
plástico, irá deformar aos poucos. “O poste ‘entrará’ no
percorrida já não será mais de 40 metros, como na
carro aos poucos, uma vez que o segundo não é tão
situação anterior, uma vez que o motorista não tem os
resistente. A pessoa, portanto, tem de volta os dois
três segundos para brecar. “A distância máxima que ele
metros para parar, pois o impacto é dissipado pelo carro,
terá para percorrer, neste caso, é entre o para-choque do
dessa vez”, explica Luiz.
carro e a direção do carro, o que dá, mais ou menos, dois
De qualquer forma, esse tipo de batida é
metros”, elucida o docente. “Nessa situação, há uma
perigoso, uma vez que colisões frontais tendem a ser
desaceleração muito grande, mais ou menos 20 vezes
fatais. “Mesmo que o motorista e o passageiro estejam
maior do que no caso anterior”.
usando cinto de segurança, o risco é muito grande,
Para entender melhor os danos que podem ser
porque eles ainda ficarão sujeitos a uma enorme
causados por tal acidente, precisamos sair um pouco dos
desaceleração. Se houver airbags, o impacto será
aspectos físicos para entrar nos biológicos. Assim como
amortecido, mas ainda assim há probabilidade apreciável
um carro que, em certas ocasiões, mantém uma
de fatalidade”, acrescenta o docente.
velocidade constante, todos os nossos órgãos possuem,
Algumas adequações nos veículos têm sido
também, essa característica. Isto é, há um estado de
realizadas com o tempo. Os motores dos carros,
repouso e uma velocidade constante que cada um dos
anteriormente localizados na traseira (você se lembra do
órgãos mantém no organismo para cumprir suas funções
Fusca?), agora são posicionados na frente do carro, pois
específicas. Quando há uma colisão frontal de um
é necessário algo pesado para retirar todo impacto que
automóvel com qualquer outro objeto (no caso de nossa
Colégio Sagrado Coração de Maria 1 Realização: 23 /11 / 2021.
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iria diretamente para o motorista. “O airbag é baseado
nesse princípio, ou seja, de que demorará cerca de 2
centésimos de segundo para que a propagação da colisão
chegue ao motorista ou ao passageiro. Esse é o tempo
que demora para que ele seja acionado”.
Situações análogas
Para ter uma melhor noção de impacto
imaginando situações hipotéticas referentes ao “ferro
versus plástico”, só que em menor escala, pense nos
jogos de sinuca ou bilhar. O impacto entre as bolas,
normalmente feitas de resina, é até maior do que aquele
que uma pessoa sofre caso seu automóvel colida num
poste. “Essas bolas são feitas com esse material duro
para que grandes impactos ocorram, propositalmente.
Caso elas fossem feitas de plástico, uma pancada as
deformaria imediatamente, o que não serviria para o
bilhar”, explica o docente. “No bilhar, queremos
exatamente o oposto do que nos carros”. A dureza de
outros materiais, em nosso cotidiano, também é bem-
vinda em outras situações. Basta pensarmos, por
exemplo, nos martelos que, para cumprirem sua função,
precisam ser feitos de ferro. Mas, não há dúvidas de que,
para a construção de qualquer veículo automotor, o
plástico é muito bem-vindo. E, depois desse
esclarecimento, as montadoras poderão ter sua imagem
melhorada. Mas, se mesmo assim não tiverem,
certamente o leitor terá agora motivos diferentes para
pensar dessa forma.
(Fonte: http://www.if.sc.usp.br/index.php?option=com_content&view=articl
e&id=2026:carro-de-ferro-versus-carro-de-plastico-fique-com-o-
segundo&catid=7:noticias&Itemid=224
A partir do texto e das problematizações
realizadas em sala, julgue os itens a seguir:
A1. O uso do airbag é imprescindível e obrigatório em
todos carros desde 2014, aperfeiçoando a
segurança do carro e reduzindo a ação da inércia.
A2. Numa colisão totalmente elástica e na ausência de
forças externas, sempre haverá conservação de
energia.
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A3. Numa colisão inelástica e na ausência de forças
externas, há conservação da quantidade de
movimento.
A4. A velocidade de afastamento de dois corpos sempre
será maior ou igual à velocidade de aproximação, de
acordo com o tipo de colisão ocorrida.
A5. Um sistema físico isolado de forças externas
conserva sua energia e sua quantidade de
movimento.
A6. Num choque inelástico, a velocidade de
aproximação será necessariamente nula.
A7. O trabalho realizado por uma força depende
somente do módulo desta força.
A8. A energia cinética de um objeto depende da
orientação da sua velocidade.
A9. Quando uma bola é jogada verticalmente para cima,
o trabalho (energia) da força gravitacional na subida
tem o mesmo módulo que o trabalho na descida,
mas com sinal oposto.
A10. Dois veículos de mesma massa, movendo-se com
velocidade de mesmo módulo, nem sempre terão o
mesmo momento linear.
A11. O momento linear é diretamente proporcional ao
quadrado da velocidade.
A12. Em uma colisão perfeitamente inelástica entre dois
corpos, esses permanecem “juntos” após a colisão e
não ocorre diminuição da energia cinética total.
A13. Em uma colisão perfeitamente inelástica, o
momento linear total (quantidade de movimento
total) não apresenta alteração.
A14. A energia cinética e o momento linear (quantidade
de movimento) possuem as mesmas unidades.
A15. Em um “acidente” (colisão) automobilístico, sempre
temos uma colisão elástica.
2 Realização: 23 /11 / 2021.
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B1. Num projeto voluntário para entrega de alimentos,
José percebe o funcionamento de uma
empilhadeira. Essa máquina desloca verticalmente,
com velocidade constante, 10 sacos de arroz do
chão até uma altura de 15 m em 18s. Sabendo que
cada saca tem massa igual a 60 kg, calcule a potência
do motor que aciona a máquina de levantamento.
Para a marcação na folha de respostas, dê o
resultado em KW (Kilowatts).
Lembre-se: 𝑃𝑃 =
∆𝐸𝐸
= 𝐹𝐹. 𝑣𝑣
∆𝑡𝑡
B3. Logo após a terrível explosão do planeta ZapZum
ZumZum, um casal de androides apaixonados,
GUTA-16, de 50Kg e GABS-02 também de 50Kg,
avistam-se em pleno espaço, quando imaginavam
que jamais “veriam” seu amor novamente. Usando
seus jatos individuais, se deslocam velozmente um
em direção ao outro, para se abraçarem. Ao fazerem
contato, permanecem unidos e com velocidade de -
10 m/s. Sabendo que a velocidade de GUTA-16 no
início do movimento era de 2m/s, calcule a
velocidade inicial de GABS-02.

B2. A bolinha de gude pode ser definida como uma

pequena bola de vidro maciça, pedra ou metal,
normalmente escura, manchada ou intensamente
colorida, de tamanho variável, usada em jogos
infantis. Conhecida por tantos nomes diferentes que
fica até difícil lembrar: berlinde, burquinha, burca,
baleba, bila, biloca, bilosca, birosca, bolinha, bolita,
boleba, bolega, borroca, bugalho, búraca, búlica,
búrica, bute, cabiçulinha, carolo, clica, firo, fubeca,
guelas, nica, peca, peteca, pinica, pirosca,
mangalho, bolinha, piripiri, xingaua, kamikaze,
ximbra e bolíndri. Suponha que Henrique (biloca 1)
e Julya (biloca 2) estão num jogo intenso de bolinha
de gude. Elas deslocam-se de encontro uma à outra
com velocidades iniciais de 8 m/s e 2 m/s, como
ilustra a figura a seguir. Sabendo que a colisão será
parcialmente elástica com coeficiente de restituição
e = 0,5, determine a velocidade da biloca 1 (a do
Henrique) após a colisão. C1. Um sistema é constituído de duas esferas que se
movem sobre um plano horizontal e colidem entre
si num determinado instante. Imediatamente após
a colisão, pode-se afirmar que, referente ao sistema,
permaneceu inalterada a

a) Energia cinética.
b) Quantidade de movimento.
c) Energia elástica.
d) Velocidade

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C2. Nossa amiga Bia pratica diversos esportes
radicais. Na figura 3, percebemos que ela
realizou uma aterrisagem segura, isso se deve
porque
a) dobrando os joelhos, a força recebida do solo pela
paraquedista é menor devido ao abaixamento de seu
centro de massa.
b) o impulso recebido pela paraquedista quando toca o
solo com as pernas rígidas é maior, aumentando a
força que recebe do solo.
c) quando dobra os joelhos, a paraquedista recebe um
impulso do solo num intervalo de tempo maior do que
se não dobrasse, diminuindo a força recebida.
d) ao flexionar seus joelhos, a paraquedista transfere
para o solo sua quantidade de movimento de forma
suave, e para praticamente sem trocar forças com ele.
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Conteúdos
5. Energia e Momento
5.1 Conservação da Energia Mecânica;
5.2 Trabalho e Potência;
5.3 Impulso e Quantidade de movimento;
5.4 Colisões;
Habilidades:
HCN1 - Analisar e representar, com ou sem o uso de
dispositivos e de aplicativos digitais específicos, as
transformações e conservações em sistemas que
envolvam quantidade de matéria, de energia e de
movimento para realizar previsões sobre seus
comportamentos em situações cotidianas e em
processos produtivos que priorizem o desenvolvimento
sustentável, o uso consciente dos recursos naturais e a
preservação da vida em todas as suas formas.
HCN6 - Compreender e quantificar o princípio da
conservação de energia em todos processos da natureza
em suas derivações, sobre as formas de energia,
mecânica, química ou biológica.
HCN66 - Elaborar explicações, previsões e cálculos a
respeito dos movimentos de corpos a partir da ação de
forças sobre eles.
HCN67 - Analisar diversos gêneros textuais (vídeos,
infográficos, charges, etc) que indiquem as interações
mecânicas entre dois ou mais corpos que podem gerar
ou não variações em suas velocidades.
HCN82 - Construir questões, elaborar hipóteses,
previsões e estimativas, empregar instrumentos de
medição e representar e interpretar modelos
explicativos, dados e/ou resultados experimentais para
construir, avaliar e justificar conclusões no
enfrentamento de situações-problema sob uma
perspectiva científica.
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