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GUIA PRÁTICO DE
IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇAS
DAS PRINCIPAIS CULTURAS
BRASILEIRAS
4
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-89713-22-7
GUIA PRÁTICO DE
IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇAS
DAS PRINCIPAIS CULTURAS
BRASILEIRAS
equipe técnica
Heloisa Thomazi Kleina
Flávia Santos
Thiago de Aguiar Carraro
Henrique da Silva Silveira Duarte
Louise Larissa May De Mio
2021
6
7
APRESENTAÇÃO
Esta publicação é resultado do esforço da equipe de fitopatologia da
Universidade Federal do Paraná, juntamente com colaboradores e
parceiros que contribuíram na compilação das informações sobre as
principais doenças das culturas brasileiras.
A equipe.
8
9
sumário
doenças do Milho 17
FRUTÍFERAS
Carvão................................................... 17
Ferrugem............................................. 18
doenças dos Citros 43
Enfezamento vermelho.................. 19
Fusariose.............................................. 20 Cancro cítrico..................................... 43
Helmintosporiose............................. 21 Clorose variegada do citros......... 44
Mancha foliar de Bipolaris............ 22 Estrelinha............................................. 45
Tombamento...................................... 23 Greening.............................................. 46
Estádios fenológicos e Mancha marrom............................... 47
as Doenças do Milho....................... 24 Pinta preta........................................... 48
Estádios fenológicos e
doenças da Soja 27 as Doenças dos Citros.................... 50
Ferrugem asiática............................. 27
Mancha alvo....................................... 28
doenças da Macieira 53
Mofo Branco....................................... 29 Cancro europeu................................ 53
Nematoide do cisto.......................... 30 Mancha Foliar de Glomerella...... 54
Oídio...................................................... 31 Podridão amarga.............................. 55
Podridão radicular........................... 32 Podridão do colo............................... 56
Estádios fenológicos e Sarna da macieira............................. 57
as Doenças da Soja........................... 33 Estádios fenológicos e
as Doenças da macieira.................. 58
10
agradecimentos
REITOR
Prof. Dr. Ricardo Marcelo Fonseca
VICE-REITORA
Prof.a Dr.a Graciela Inês Bolzón de Muniz
DEPARTAMENTO DE DESIGN
Profa. Dra. Daniella Rosito Michlelena Munhoz
11
doenças das doenças das Brássicas 83
Fruteiras de Caroço 61
Hérnia das crucíferas...................... 83
Bacteriose........................................... 61 Mancha de Alternaria..................... 84
Escaldadura das folhas................... 62 Mofo Branco....................................... 85
Ferrugem............................................. 63 Podridão negra.................................. 86
Furo de Bala........................................ 64
Podridão parda.................................. 65 doenças das Folhosas 87
Antracnose ou ‘mal da
doenças da Videira 67
sete voltas’ da cebolinha................ 87
Antracnose.......................................... 67 Cercosporiose da alface................ 88
Oídio...................................................... 68 Míldio da alface................................. 89
Mancha das folhas............................ 69 Murcha de esclerócio
Míldio.................................................... 70 em alface.............................................. 90
Mofo cinzento.................................... 71 Septoriose em salsinha................... 91
Podridão da uva madura................ 72
Pé-Preto ou doenças das Solanáceas 93
Declínio da videira........................... 73
Estádios fenológicos e Cancro bacteriano........................... 93
as Doenças da videira..................... 74 Mancha de Alternaria..................... 94
Murcha bacteriana........................... 95
Oídio do tomateiro.......................... 96
Podridão mole.................................... 97
OLEORÍCOLAS Requeima............................................. 98
Septoriose........................................... 99
doenças das Aliáceas 77 Estádios fenológicos e
Ferrugem............................................. 77 as Doenças do Tomateiro............ 100
Míldio.................................................... 78
Podridão branca................................ 79 Equipe técnica................................. 103
Queima das folhas............................ 80 Bibliografia e sites
Raiz rosada.......................................... 81 de imagens utilizados.................... 105
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GRANDES CULTURAS
13
doenças do algodão
Mancha de Alternaria . Alternaria alternata / Alternaria macrospora
Sintomas
Os sintomas ocasionados
por A. macrospora são
caracterizados pelo aparecimento
de manchas arredondadas
nas folhas, apresentando
anéis concêntricos no
centro com coloração
marrom e circundadas por
halos amarelos.
Os sintomas causados
por A. alternata são de menor Foto 01
Conídios de Alternaria
14 GRANDES CULTURAS
doenças do algodão
Mancha alvo Corynespora cassiicola
Sintomas
Os sintomas são pequenos pontos
de coloração arroxeada nas folhas.
Com o progresso da doença, as
lesões adquirem formato
arredondado, apresentando
bordas de coloração marrom com
centro mais claro e presença de
anéis concêntricos. Em ataques
severos, pode ser possível
visualizar intensa desfolha.
Foto 01
Sintomas de mancha alvo
em folhas de algodoeiro.
No detalhe, as pequenas
estruturas pretas são
os conídios do patógeno.
Foto 1: https://gramho.com/me-
dia/1842518196877691937;
Foto 02
2
Conidióforos (1)
e conídios septados (2)
de Corynespora cassiicola.
1
GRANDES CULTURAS
15
doenças do algodão
Mancha de Ramularia . Ramularia areola
Sintomas
Os sintomas consistem de
manchas de coloração branca ou
amarelada com aspecto farináceo
pulverulento, circunscritas pelas
nervuras. As manchas podem
coalescer e ocasionar a queda
precoce das folhas.
Foto 01
Lesões brancas nas folhas de algodão,
sintoma característico da mancha
foliar de ramularia. No detalhe,
face abaxial com sinais do patógeno.
Conidióforos (1)
e conídios (2) 2
de Ramularia areola.
1
16
GRANDES CULTURAS
17
doenças do milho
Carvão . Ustilago maydis
Sintomas
Os sintomas da doença são
caracterizados pelo aparecimento
de galhas semelhantes à tumores
que se formam em tecidos do
hospedeiro em crescimento ativo.
Densas massas de teliósporos
escuros e fuliginosos são
observados nas espigas. Embora
as galhas possam se formar
em diversas partes da planta, a
infecção é considerada local, ou Foto 01
1
18 GRANDES CULTURAS
doenças do milho
Ferrugem polysora . Puccinia polysora
Sintomas
A doença é caracterizada
pela presença de pequenas
pústulas circulares à ovais na
parte superior da folha, com
coloração que varia do amarelo
ao dourado. Em estágios mais
avançados, as pústulas podem se
tornar escurecidas. Os primeiros
sintomas normalmente são
observados em folhas localizadas
no baixeiro. Os danos podem Foto 01
doenças do milho
Enfezamento vermelho . Maize bushy stunt phytoplasma
Sintomas
Os sintomas são o aparecimento
de internódios mais curtos
(“enfezados”), menor quantidade
de raízes, o abundante
perfilhamento nas axilas foliares e
na base das plantas e a redução da
produção. Os grãos são pequenos,
manchados, frouxos na espiga
ou chochos. As folhas tornam-
se avermelhadas, chegando à
coloração púrpura nas folhas mais Foto 01
doenças do milho
Fusariose . Fusarium verticillioides
Sintomas
O patógeno pode ocorrer em todos
os estágios de desenvolvimento do
milho, ocasionando podridões em
raízes, colmos e grãos. A incidência
desse fungo está associada ao
estresse hídrico e à fertilização
excessiva de nitrogênio. Os
sintomas são caracterizados pelo
aparecimento de manchas marrons
nas raízes, que progridem para o
caule, causando a morte prematura Foto 01
doenças do milho
Helmintosporiose . Exserohilum turcicum
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pelo
aparecimento de lesões necróticas,
elípticas, com coloração variando
de verde-acinzentado a marrom.
As primeiras lesões aparecem nas
folhas mais velhas e em condições
de ataque severo pode ocorrer a
queima completa dos
tecidos foliares.
Foto 01
Sintomas de lesões necróticas
em folhas de milho. No detalhe,
esporulação do patógeno.
Foto 02
doenças do milho
Mancha foliar de Bipolaris . Bipolaris maydis
Sintomas
Lesões alongadas de coloração
castanha que aparecem no sentido
das nervuras, apresentando
formatos variáveis, porém as
bordas das lesões não são tão
bem definidas, como no caso da
cercosporiose.
1
GRANDES CULTURAS
23
doenças do milho
Tombamento . Pythium spp.
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
presença de lesões de coloração
marrom com aspecto encharcado
no entrenó que se localiza logo
acima da linha do solo. O caule
normalmente se torce e cai, mas a
planta pode permanecer verde por
várias semanas porque o tecido
vascular não é destruído.
A infecção é facilitada em
condições de alta umidade. Foto 01
3
2
24 GRANDES CULTURAS
doenças do milho
Estádios Fenológicos
25
26
GRANDES CULTURAS
27
doenças da soja
Ferrugem asiática . Phakopsora pachyrhizi
Sintomas
Pequenas pontuações de
coloração mais escura que o
tecido sadio da folha. Na face
inferior são observadas pequenas
urédias, onde o fungo produz os
urediniósporos. Com o avanço
da epidemia as urédias tornam-se
escurecidas.
Representação de 2
corte de uma urédia (1)
e urediniósporos (2)
de Phakopsora
1
28 GRANDES CULTURAS
doenças da soja
Mancha alvo . Corynespora cassiicola
Sintomas
As lesões são caracterizadas por
pontuações pardas envoltas por
um halo amarelado, que evolui
para grandes manchas circulares
(castanho-clara), podendo atingir 2
cm de diâmetro. O nome da doença
advém da presença de manchas
que possuem uma pontuação no
centro e anéis concêntricos de
coloração mais escura.
Foto 01
Manchas em formato de
alvo em folhas de soja
e detalhe em lupa.
Foto 02
Foto 1 e 2: Paulo Edimar Saran
2
Conidióforo (1) e conídios (2)
de Corynespora cassiicola.
1
GRANDES CULTURAS
29
doenças da soja
Mofo Branco . Sclerotinia sclerotiorum
Sintomas
Presença de micélio branco e
cotonoso em caules, folhas ou
vagens. As lesões se desenvolvem
nas hastes principais e nos ramos
laterais. Os primeiros sintomas
são a murcha das folhas, seguida
pela morte de plantas. Escleródios
negros e grandes de formas e
tamanhos variados se formam
a partir do micélio branco que
cresce no tecido da planta. Os Foto 01
1
30 GRANDES CULTURAS
doenças da soja
Nematoide do cisto . Heterodera glycines
Sintomas
Observa-se amarelecimento das
folhas, nanismo e fechamento lento
das fileiras. Os sintomas podem
ser confundidos com deficiência
de ferro, pH alto, compactação do
solo e deficiência de nutrientes.
As plantas sintomáticas são
observadas inicialmente em
reboleiras. Em campos altamente
infestados, as plantas podem
ser severamente atrofiadas, Foto 01
apresentando poucas vagens.
doenças da soja
Oídio . Microsphaera diffusa
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se
pela presença de uma massa
pulverulenta de coloração
esbranquiçada na superfície das
folhas. Em ataques severos, as
folhas tornam-se amareladas,
podendo ocorrer o desfolhamento.
Comum em épocas pouco chuvosas
e em ambientes protegidos.
Foto 01
Estruturas de Oídio sobre a folha da soja.
No detalhe, conidióforos formando
conídios em cadeia.
Foto 2: https://www.420magazine.com/
community/gallery/powdery-mildew-
Foto 02
fungus-under-microscope.307681/
doenças da soja
Podridão radicular . Rhizoctonia solani
Sintomas
Os sintomas de podridão
acometem sementes e mudas
jovens. As raízes e o hipocótilo
apresentam lesões marrom-
avermelhadas, que se tornarão
secas, diferenciando-se das
lesões ocasionadas por Pythium
ou Phytophthora. Em plantas mais
velhas, a lesão é caracterizada por
uma podridão da raiz cortical que
se estende até a base do caule. Foto 01
Hifa característica de
Rhizoctonia solani, hifas espessadas
e ramificadas em ângulos de
aproximadamente 90º.
33
34 GRANDES CULTURAS
doenças da soja
Estádios Fenológicos
35
36
GRANDES CULTURAS
37
doenças do trigo
Brusone . Magnaporthe grisea/Pyricularia grisea
Sintomas
Os sintomas são lesões elípticas
à alongadas com centro variando
de branco a castanhos claro e
bordas cinza escuro a marrom-
avermelhadas. O principal
problema advém da infecção na
ráquis, causando esterilidade
parcial ou total, interrompendo a
translocação de fotoassimilados
para as partes superiores
da espiga. Foto 01
Foto 1: Elevagro
Foto 02
2
Conidióforos (1)
e conídios (2)
de Pyricularia grisea.
1
38 GRANDES CULTURAS
doenças do trigo
Ferrugem da folha . Puccinia triticina
Sintomas
Os sintomas são a presença de
pústulas amarelo-avermelhadas
(1,5 mm de diâmetro), localizadas
na face superior das folhas,
estendendo-se às bainhas.
Quando as plantas senescem são
produzidas as télias pretas e ovais
com teliósporos, que não possuem
função biológica no Hemisfério Sul.
Foto 01
doenças do trigo
Giberela . Gibberella zeae/Fusarium graminearum
Sintomas
Os sintomas característicos são
espiguetas despigmentadas e
alteração do sentido das aristas.
Às vezes, os sintomas podem
ser confundidos com brusone
(descoloração de toda a parte
superior da espigueta).
Nesse caso, a ráquis da espiga
afetada por giberela apresenta
coloração escura na região de
espiguetas sadias. Os grãos são Foto 01
doenças do trigo
Mal-do-pé . Gaeümannomyces graminis var. tritici
Sintomas
As plantas infectadas parecem
atrofiadas e despigmentadas.
O sistema radicular apresenta
lesões de coloração marrom escura
a preto brilhante. Estas plantas
morrem prematuramente em
reboleiras no campo. Os grãos não
são produzidos. Em alguns casos,
há também uma podridão seca da
coroa que inclui micélio marrom
escuro a preto na base da planta. Foto 01
doenças do trigo
Mancha salpicada . Mycosphaerella graminicola/Zymoseptoria tritici
Sintomas
Os sintomas são pequenas
pontuações alongadas de cor
verde-escuro com aspecto aquoso,
que evoluem para manchas
irregulares, elípticas de coloração
castanha avermelhadas. Com
o avanço da doença, as lesões
adquirem centro mais claro
e pontos pretos (picnídios),
dispersos paralelamente às
nervuras na superfície da folha. Foto 01
2
Corte de picnídio (1)
contendo os conídios (2)
alongados de Zymoseptoria tritici
1
42
FRUTÍFERAS
43
Sintomas
Os sintomas podem ser
visualizados em folhas, frutos
e ramos. Nas folhas, são
caracterizados pela presença
de pontos escurecidos com halo
amarelado ao seu redor na face
inferior, que evoluem para pústulas
de coloração marrom-clara,
salientes e visíveis nos dois lados
da folha. Nos frutos, os sintomas
ocorrem com maior frequência na Foto 01
parte externa da copa, na forma
Foto 02
de anéis circulares e rachaduras.
Já nos ramos, as lesões são menos
frequentes que nos demais
órgãos, sendo importante para
a sobrevivência do patógeno
no pomar. Podem ocasionar
rachaduras e seca dos ramos,
porém o cancro cítrico não provoca
a morte das árvores doentes.
Fotos: Fundecitrus
Bactéria gram-
negativa, de formato
baciliforme e
Foto 03
motilidade por
um flagelo polar
(monotríquia).
44 FRUTÍFERAS
Sintomas
As lesões são pequenas manchas
amareladas na parte adaxial da
folha e cor palha na face abaxial.
Podem ser confundidos com
deficiência de zinco ou sarampo.
Nos frutos há a redução de
tamanho, endurecimento da polpa,
maturação precoce e diminuição
da quantidade de suco. A bactéria
é transmitida por grande número
de cigarrinhas vetoras, agravando Foto 01
a epidemiologia da doença no
campo.
Sintomas de clorose em folhas e redução de
tamanho de frutos. No detalhe, a cigarrinha
vetora B. xanthophis.
Fotos 1 e 2: Fundecitros;
Foto 3: Jorge Schlemmer
Foto 03
FRUTÍFERAS
45
Sintomas
Os sintomas são caracterizados
por lesões alaranjadas nas
pétalas e lesões negras no
estigma e estilete. Os frutinhos
ganham coloração amarelada
e caem prematuramente. Após
a queda dos frutos, os cálices
permanecem fixados nos ramos,
sendo popularmente chamados de
“estrelinhas”. Foto 01
Fotos: Fundecitros
Foto 03
46 FRUTÍFERAS
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
presença de folhas amareladas,
quando jovens, e mosqueadas,
quando maduras. As lesões
são de formato irregular de
coloração que varia do verde
ao amarelo. As folhas atacadas
caem e geram brotações novas
(‘orelhas de coelho’). Os frutos
não amadurecem e caem
precocemente. Ao cortar o fruto, é Foto 01
Bactéria Foto 03
causadora
do greening
(Candidatus
Liberibacter).
Bactéria gram-
negativa e não
móvel. Psilídio
(Diaphorina citri)
inseto vetor da
doença.
FRUTÍFERAS
47
Sintomas
As folhas jovens são mais
suscetíveis a doença. Os sintomas
são pequenas manchas escuras
que são circundadas por um halo
amarelado. Podem aumentar de
tamanho e atingir as nervuras. Nos
ramos, os sintomas são similares
aos que ocorrem nas folhas.
Em casos mais severos, há a
intensa desfolha e queda de frutos.
Nos frutos, os sintomas são Foto 01
Foto 1 - https://www.goias.gov.br/index.
php/servico/71297-levantamento- 2
fitossanitario-da-doenca-fungica-mancha-
marrom. Foto 2 - Cesar Calderon, Cesar
Calderon Pathology Collection, USDA
APHIS PPQ, Bugwood.org 1
Conidióforos (1)
e conídios em cadeia (2)
do agente causal da mancha
48 FRUTÍFERAS
Sintomas
A doença afeta todas as
variedades de laranjas doces,
limões verdadeiros, tangerinas
e híbridos. Os frutos podem ser
assintomáticos e apresentar os
sintomas da doença somente após
um ano após a infecção. Existem
diferentes tipos de sintomas:
mancha dura, mancha sardenta e
falsa melanose. A mancha dura é
caraterizada pelo aparecimento de Foto 01
lesões necróticas deprimidas de
cor marrom-claro com a presença
de pontos negros (picnídios).
A mancha sardenta é composta
por pequenas lesões deprimidas
de cor avermelhada, que ocorrem
no período de maturação e pós Foto 02
colheita. Já a falsa melanose são
manchas pequenas e escuras,
sendo mais comum em frutos
ainda verdes.
Lesões necróticas em frutos. 1
No detalhe, presença de picnídios.
Foto 1: P. Barkley, Biological and Chemical
Research Institute, Bugwood.org;
Foto 2: Cesar Calderon Pathology
Collection, USDA APHIS PPQ, Bugwood.org
doenças da macieira
Cancro europeu . Neonectria ditissima
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se por
áreas redondas ou ovais de casca
morta e afundada, podendo ser
visualizados em esporões e galhos
maiores. A área afetada é coberta
com casca morta que apresenta
anéis concêntricos. Cancros mais
velhos perdem a casca, expondo
a madeira morta no centro. Os
cancros desenvolvem bordas
elevadas à medida que a casca da Foto 01
1 2
54 FRUTÍFERAS
doenças da macieira
Mancha Foliar de Glomerella . pertencentes aos
complexos: C. acutatum, C. gloeosporioides e C. boninense
Sintomas
Os sintomas são manchas de
coloração que variam de vermelho
a roxo. As folhas infectadas
tornam-se completamente
marrons e desidratadas, podendo
cair prematuramente. Nos frutos,
ocorre o aparecimento de lesões
deprimidas de coloração marrom,
que geralmente não aumentam de
tamanho. Foto 01
Foto 02
Fase anamórfica de mancha de Glomerella
causada por Colletotrichum spp. Acérvulo
contendo conidióforos e conídios.
FRUTÍFERAS
55
doenças da macieira
Podridão amarga . Glomerella cingulata /
Colletotrichum spp. – vários complexos)
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
presença de pequenas manchas
de coloração amarronzada nos
frutos, que aumentam de tamanho
e podem se aprofundar pela
polpa. Em condições favoráveis,
podem apresentar coloração
salmão no centro das lesões
deprimidas. Os frutos infectados
podem apodrecer e sofrer queda Foto 01
prematura.
doenças da macieira
Podridão do colo . Phytophthora cactorum
Sintomas
Os sintomas são caracterizados
por damping-off de mudas, sistema
radicular reduzido e descoloração
negra das raízes. No colo, ocorrem
lesões marrons escuras. Acima
do enxerto e nas folhas podem
ser visualizadas lesões marrons
escuras e irregulares.
Foto 02
1
FRUTÍFERAS
57
doenças da macieira
Sarna da macieira . Venturia inaequalis
Sintomas
Os sintomas iniciais são
visualizados em folhas jovens no
início da primavera. As lesões
possuem coloração verde oliva
e textura aveludada (conídios).
Os tecidos afetados podem
ficar distorcidos e enrugados.
Em estádio avançado da doença
ocorre intensa desfolha.
As lesões nas frutas geralmente Foto 01
apresentam áreas encharcadas
que rapidamente se desenvolvem
para lesões aveludadas, verde
a marrom-oliva. As infecções
podem causar frutos anormais e
distorcidos. Frutos severamente
infectados geralmente caem
prematuramente.
Sintomas de sarna em folhas e frutos de
macieira. No detalhe, esporulação do fungo.
Fotos: Nichole Gauthier
Foto 02
Acérvulo com conídios (1) e Pseudotécio
contendo ascas e ascósporos de Venturia
inaequalis (2), agente causal da sarna da
macieira.
1 2
58 FRUTÍFERAS
doenças da macieira
Estádios Fenológicos
59
60
FRUTÍFERAS
61
Sintomas
Os sintomas da bacteriose
ocorrem em folhas, ramos e frutos.
Nas folhas, os sintomas iniciais são
manchas angulares, de aspecto
aquoso com halo amarelado.
Com o tempo a lesão aumenta de
tamanho, formando uma necrose
de coloração púrpura que mais
tarde se desprende do limbo foliar,
deixando a folha perfurada. Em Foto 01
ramos, a bacteriose causa o cancro
de primavera que é resultado da
infecção de ramos que ocorre no
período do outono. Pode ocorrer
também a seca de ponteiros. Os
sintomas nos frutos são manchas
aquosas, que progridem para
lesões de coloração marrom.
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
queima dos bordos de folhas,
seguida de queda prematura e
morte de ponteiros. A doença
também pode ocasionar a redução
do tamanho de frutos e declínio do
vigor das plantas. Esses sintomas
reflexos sugerem que o mecanismo
envolvido está relacionado com a
disfunção no sistema de transporte Foto 01
de água da planta. A doença é
disseminada principalmente
pela ação de insetos vetores
(cigarrinhas).
Foto 02
Sintomas
Os sintomas iniciam-se como
manchas verde-amareladas em
ambas as faces da folha. As lesões
são irregulares com formato
angular e tornam-se amareladas
após o estabelecimento do
patógeno. Com o desenvolvimento
do patógeno no interior do tecido,
aparece na face inferior da folha
uma massa pulverulenta de
esporos (urediniósporos). Ocorrem Foto 01
também lesões nas gemas, as
quais são superficiais e têm papel
importante na sobrevivência do
patógeno durante o inverno. As
lesões nos frutos são descritas
como manchas verdes encharcadas
que se tornam mais amareladas
com o crescimento do fruto.
Estas manchas posteriormente
evidenciam uma borda amarelada
com centro deprimido aonde se
formam as pústulas contendo
urediniósporos.
Foto 02
Presença de pústulas na parte adaxial e
abaxial das folhas e sintomas em frutos.
No detalhe, pústula isolada.
Foto 1 e 2: Louise Larissa May De Mio.
64 FRUTÍFERAS
Sintomas
Os sintomas assemelham-se
aos sintomas ocasionados pela
bactéria Xanthomonas arboricola
pv. pruni. Nos ramos podem surgir
lesões com diâmetro variando
entre 3 e 10 mm. Nas folhas e
frutos as lesões têm o mesmo
tamanho e iniciam-se com
coloração avermelhada passando
posteriormente para coloração Foto 01
marrom. Nos frutos as lesões são
corticosas e nas folhas o centro da
lesão se destaca, principalmente
com clima mais quente e seco,
evidenciando o sintoma descrito
no nome da doença: furo-de-bala.
Foto 03
FRUTÍFERAS
65
Sintomas
A doença inicia-se com a infecção
dos capulhos florais, ocasionando a
necrose das anteras. Estas flores
infectadas murcham, tornam-se
marrons e fixadas ao ramo por uma
goma. As infecções podem se
estender internamente até o ramo,
resultando no desenvolvimento de
cancros, anelando-o e ocasionando
a morte da parte terminal.
Os frutos infectados apresentam Foto 01
o desenvolvimento de pequenas
lesões pardacentas que
evoluem para manchas marrons
e apresentam estruturas de
frutificações do patógeno.
O fruto começa a perder água e
fica mumificado na planta.
Sintoma de podridão parda em ramos
(vindo da flor) e frutos de pessegueiro. No
detalhe, massa de esporos em
frutos mumificados.
Fotos: Louise Larissa May De Mio
Foto 03
66
FRUTÍFERAS 67
doenças da videira
Antracnose . Elsinoe ampelina
Sintomas
O fungo tem a capacidade de
atacar folhas, ramos e frutos,
contudo tecidos jovens são mais
suscetíveis à infecção. Nas folhas,
os sintomas iniciam-se pela
presença de numerosas lesões
deprimidas de formato circular
e coloração pardo-escura, que
podem coalescer. Também é
observado o enrolamento e o Foto 01
encarquilhamento de folhas. Nos
ramos, a doença causa a incidência
de cancros. Já nos frutos, formam-
se pequenas manchas circulares
levemente deprimidas. No centro
dessas lesões é possível notar uma
coloração esbranquiçada, envolta
por borda marrom avermelhada,
semelhante a um olho de
passarinho.
doenças da videira
Oídio . Erysiphe necator/Oidium tuckeri
Sintomas
O oídio é capaz de infectar todos
os tecidos verdes da planta, como
folhas, pecíolos, ramos, gavinhas,
inflorescências e bagas verdes.
Na face superior das folhas é
possível visualizar a presença
de uma massa pulverulenta
esbranquiçada, que dá origem
a manchas acastanhadas na
face inferior. Nos ramos, há
a manifestação de manchas
verde-escuras que escurecem Foto 01
doenças da videira
Mancha das folhas . Pseudocercospora vitis
Sintomas
A mancha das folhas é uma
doença que ocorre no final do
ciclo vegetativo e tem grande
importância em cultivares
americanas. Os sintomas são
lesões necróticas com contorno
irregular de coloração
castanho-avermelhada, que
progridem para pardo-escura,
apresentando um halo amarelo Foto 01
característico. A desfolha precoce
é o principal dano, pois acarreta a
má brotação no ciclo subsequente.
Foto 02
2
1
Foto 03
70 FRUTÍFERAS
doenças da videira
Míldio . Plasmopara viticola
Sintomas
O patógeno afeta todas as partes
verdes da planta. Nas folhas,
aparecem manchas amarelas,
translúcidas contra o sol (“mancha
de óleo”). Na face abaxial, observa-
se a frutificação do oomiceto
(coloração esbranquiçada).
Ataques muito intensos podem
causar a desfolha precoce. Os
cachos também podem ficar Foto 01
recobertos por uma massa
esbranquiçada, que são as
estruturas do patógeno.
Sintoma de ‘mancha de óleo’ na face adaxial
e sinais do patógeno na face abaxial.
No detalhe, esporulação esbranquiçada.
Foto 03
FRUTÍFERAS
71
doenças da videira
Mofo cinzento . Botrytis cinerea
Sintomas
A doença pode ocorrer nos órgãos
florais e nos cachos. Nas flores, há
a dessecação dos botões florais
e a queda da inflorescência.
Nos cachos há a presença de
pontuações claras e circulares,
onde uma grande quantidade de
esporos são produzidos.
Foto 01
Conidióforo e conídios de
Botrytis cinerea, agente causal
do mofo cinzento.
Foto 02
Foto 03
72 FRUTÍFERAS
doenças da videira
Podridão da uva madura .
Glomerella cingulata / Colletotrichum gloesporioides
Sintomas
Os sintomas têm início com o
aparecimento de pequenas lesões
sob a baga, com o desenvolvimento
de zonas concêntricas.
A esporulação do patógeno de
coloração cinza-escura à rosada
pode ser visualizada nos frutos.
Também é possível notar uma
depressão no ponto de infecção,
que gradualmente torna-se Foto 01
murcho e mumificado.
doenças da videira
Pé-Preto ou Declínio da videira .
Campylocarpon spp., ‘Cylindrocarpon’ spp.,
Cylindrocladiella spp., Ilyonectria spp. Cylindrocarpon)
Sintomas
Essa doença é ocasionada por um
complexo de agentes causais
(fungos habitantes de solo)
que comprometem o tecido
vascular e as raízes da videira,
desencadeando podridões
que impedem o fluxo de água
e nutrientes e causam a morte
prematura do vegetal.
Foto 01
Lesões escurecidas
presente nas raízes e
no colo de videiras.
Fotos: L. R. Garrido e Foto 02
R. Gava
Morfologia de conidióforos e
conídios de Cylindrocarpon
spp., agente causal da doença
do pé preto em uvas.
74 FRUTÍFERAS
doenças da videira
Estádios Fenológicos
75
76
OLERÍCOLAS
77
Sintomas
Os primeiros sintomas ocorrem
nas folhas e no caule, na forma
de pequenas manchas brancas
que se transformam em manchas
alaranjadas (pústulas) em ambos
os lados das folhas infectadas. As
folhas das plantas severamente
afetadas ficam amarelas, murcham,
secam, e morrem prematuramente.
Os bulbos podem ter seu tamanho Foto 01
reduzido e baixa qualidade.
Teliósporos (à esquerda) e
urediniósporos (à direita) de
Puccinia porri.
78 OLERÍCOLAS
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pelo
amarelecimento do tecido foliar e
por lesões de coloração violeta.
Quando a umidade é muito alta, os
sinais do patógeno são visíveis na
superfície das folhas mais velhas
na forma de micélio de coloração
esbranquiçada.
Foto 01
Foto 1: Gerald
Holmes, Strawberry Center, Cal Poly San
Luis Obispo, Bugwood.org
Foto 02
Esporangióforo e esporângios de
Peronospora destructor
OLERÍCOLAS
79
Sintomas
As plantas tornam-se atrofiadas,
apresentando amarelecimento e
murchamento das folhas.
Em casos severos, as folhas mais
velhas senescem e morrem.
Em baixas temperaturas, pode
ocorrer o crescimento de micélio
branco na base do caule.
Em condições ideias, o micélio
pode cobrir todo o bulbo e sobre Foto 01
o micélio pode ocorer a formação
de escleródios pretos, que servem
como mecanismo de sobrevivência
do fungo no solo.
Podridão em bulbos de alho causados
por Sclerotium cepivorum.
No detalhe, escleródios negros Foto 02
presentes no tecido vegetal.
Sintomas
Os sintomas são lesões de cor
esbranquiçada, de 1 a 5 mm de
comprimento, circundada por
halos branco-esverdeados que
parecem encharcados. Os centros
das lesões geralmente tornam-
se deprimidos com coloração
palha, e podem desenvolver uma
fenda característica orientada
longitudinalmente na lesão. Foto 01
As folhas mais velhas são mais
suscetíveis do que as folhas
mais novas.
Conidióforo e conídios
de Botrytis squamosa
OLERÍCOLAS
81
Sintomas
Os sintomas podem ser vistos no
sistema radicular das plantas
infectadas, que apresentam
coloração rosada característica.
Nos estádios finais da
enfermidade, as raízes podem
perder a turgescência, adquirindo
uma coloração aquosa. Em casos
severos, as plantas podem sofrer
redução de tamanho, o que afeta
Foto 01
diretamente a comercialização.
Corte de picnídio
contendo conídios
82
OLERÍCOLAS
83
Sintomas
O patógeno causa galhas nas
raízes em função da hipertrofia e
hiperplasia das células.
Os sintomas na parte aérea são o
enfezamento, clorose e murcha das
folhas. Raramente as plantas
doentes morrem, mas apresentam
redução do número de tamanho
das folhas.
Foto 01
Presença de galhas, sintoma
característico da Hérnica das crucíferas.
Foto 02
Sintomas
A doença é caracterizada pela
presença de manchas circulares
com anéis concêntricos rodeadas
por um halo amarelado nas
folhas. Essadoença torna a planta
imprópria para o consumo.
Morfologia de conídios
de Alternaria.
OLERÍCOLAS
85
Sintomas
Os sintomas são caracterizados
pela presença de necrose no caule.
As folhas tornam-se marrom-
claras, com aspecto úmido,
murchando em seguida. Os sinais
externos são o crescimento de
micélio cotonoso e branco na
superfície dos tecidos infectados.
Foto 01
Podridão generalizada em repolho. No
detalhe, presença de micélio do patógeno.
Sintomas
A doença pode atingir mudas
e plantas adultas. Quando o
patógeno surge nas plântulas
causa o escurecimento dos
cotilédones, culminando com
a sua queda. O sintoma mais
característico é o aparecimento de
lesões amareladas, em forma de ‘V’.
Com o progresso da doença, as a
planta pode apresentar necrose e Foto 01
apodrecimento geral.
Sintomas
Lesões deprimidas com halo ou
contorno verde-amarelado e
intensa esporulação de cor escura
no centro da lesão.
Foto 02
Sintomas
Os sintomas da doença ocorrem
inicialmente nas folhas localizadas
na porção mais baixa da planta.
As lesões possuem tamanhos
variados, com coloração marrom,
circundadas por tecido clorótico
com ponto central de coloração
acinzentada. As lesões podem
coalescem atingir grandes
áreas do tecido foliar. Foto 01
1
OLERÍCOLAS
89
Sintomas
As manchas foliares são verde
claras ou amarelas, com aspecto
aquoso, angulares e de formato
variável. Com a evolução da
doença, as lesões tornam-se
necróticas, apresentando um
crescimento branco aveludado na
face inferior das lesões. A doença
compromete o desenvolvimento,
afetando a produção. Foto 01
sporangióforos (1)
e esporângios de Bremia lactucae (2)
1
90 OLERÍCOLAS
Sintomas
Os sintomas são vistos
inicialmente em folhas que estão
em contato direto com o solo,
causando o apodrecimento das
raízes. Consequentemente, as
plantas murcham e necrosam.
Os escleródios são redondos,
inicialmente brancos, tornando-se
marrom-escuros com o avanço
da doença. Há o crescimento de Foto 01
micélio cotonoso na
base da planta.
Hifas e escleródios de
Sclerotium rolfsii.
OLERÍCOLAS
91
Sintomas
Os sintomas são caracterizados
por manchas pequenas, irregulares
decor castanha clara, circundadas
por um halo amarronzado.
No interior das lesões há pequenos
pontos escuros (picnídios).
Em ataques severos pode haver
a queima das folhas.
1
92
OLERÍCOLAS
93
Sintomas
Os sintomas iniciais tornam-se
aparentes na forma de murcha das
folhas inferiores. As margens das
folhas sintomáticas costumam
enrolar-se para cima e as áreas
internervais tornam-se verde
pálido a amarelo e desenvolvem
áreas necróticas. Plantas
severamente infectadas morrem
prematuramente. Nos frutos, Foto 01
lesões de olho de pássaro (mancha
branca elevada desenvolvendo
um centro necrótico) na superfície
do fruto são as principais
características de
diagnóstico do cancro.
Sintomas em folhas de solanáceas.
No detalhe, lesões ‘olho de pássaro’ em
tomate e batata.
Fotos: Carlos Alberto Lopes. Retirar J.D.
Janse, Plant Protection Service, Bugwood.
org; Fotos 2 e 3: https:// alchetron.com/
Clavibactermichiganensis
Foto 02
Foto 03
94 OLERÍCOLAS
Sintomas
Os sintomas ocorrem nos frutos,
caule e folhas de tomates e caule,
folhas e tubérculos de batatas.
Os sintomas iniciais nas folhas
aparecem como pequenas lesões
pretas ou marrons, geralmente
cercadas por um halo amarelado.
Com o avanço da doença, folhas
inteiras tornam-se cloróticas e
podem sofrer a queda.
As lesões que ocorrem nas hastes Foto 01
geralmente são afundadas e
possuem anéis concêntricos
típicos. A infecção do tomate verde
e maduro ocorre normalmente
através do cálice. As frutas
infectadas frequentemente caem
prematuramente. Os sintomas
nos tubérculos de batata são
caracterizados por lesões
irregulares e afundadas, que
geralmente são cercadas por uma
borda roxa elevada.
Lesões de coloração parda em folhas de
tomate e sintomas em tomate e batata. Foto 02
Morfologia
de conídios
de Alternaria.
Foto 03
OLERÍCOLAS
95
Sintomas
Na batata e no tomate, os
primeiros sintomas visíveis
geralmente são o murchamento
das folhas mais jovens nas horas
mais quentes do dia, parecendo
se recuperar durante a noite.
Com o avanço da doença,
toda a planta pode murchar
rapidamente e secar, culminando
com a morte do vegetal. Outro
sintoma é o nanismo das plantas,
que pode aparecer em qualquer Foto 01
estágio de desenvolvimento.
Em hastes jovens, os feixes
vasculares infectados tornam-se
escurecidos (coloração marrom).
Em batata, os sintomas podem
estar presentes nos tubérculos,
na forma de uma descoloração
marrom-acinzentada dos tecidos
vasculares, também chamada de
anel vascular. A ocorrência de
exsudado branco-leitoso indica a
presença de células bacterianas.
Sintoma de murchamento em folhas de
batata e lesões no tubérculo. No detalhe, Foto 02
escurecimento de tecidos vasculares.
Fotos 1 e 2 de Carlos Alberto Lopes. Foto 3
de National Plant Protection Organization,
the Netherlands Bugwood.org
Bactéria causadora
da murcha bacteriana
(Ralstonia solanacearum).
Foto 03
Bactéria gram-negativa,
baciliforme e móvel.
96 OLERÍCOLAS
Sintomas
Lesões brancas pulverulentas em
toda a parte aérea do vegetal,
exceto no fruto. Em surtos graves,
as lesões coalescem, debilitando
a planta. Extremamente comum
em estufas de tomate, porém, sua
importância vem aumentando em
tomates cultivados à campo.
Foto 1: D. Blancard;
Foto 02
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se por
lesões murchas e aquosas e
escurecimento do caule. Na casca
de tomates infectados, dobras e
rachaduras, seguida pelo
desenvolvimento de uma
gosma branca cremosa podem
ser observados, levando ao
colapso total da planta. Um odor
desagradável também pode Foto 01
ocorrer quando organismos
secundários invadem
os tecidos infectados.
Sintomas
Os sintomas ocorrem nas folhas e
são caracterizados por lesões
circulares. O centro escuro é
frequentemente cercado por
tecido clorótico amarelado, que
progride para o marrom. Essas
lesõesgeralmente ocorrem nas
pontas ou bordas das folhas.
Os tomates afetados
desenvolvem coloração escura Foto 01
e oleosa, com a presença de
crescimento fúngico branco e
cotonoso, que frequentemente se
desenvolve em condições úmidas.
Sintomas de requeima em folhas e frutos
de tomateiro. No detalhe, esporulação
esbranquiçada do patógeno.
Foto 1: Henrique da Silva Silveira Duarte;
Foto 2: Yuan-Min Shen: Bugwood.org;
Foto lupa: https://www.agric.wa.gov.au/
plantbiosecurity/ late-blight-potato-and-
tomatodeclared-pest
Foto 02
P. infestans: hifas sem septos, esporângios
semi- papilados e caducos. Oósporos de
anterídio anfígeno
Foto 03
OLERÍCOLAS
99
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se
por lesões circulares a elípticas,
com umcentro cinza escuro,
cercado por um halo amarelo,
principalmente nas folhas mais
velhas. Geralmente, as manchas
coalescem, ocasionando o
desfolhamento. Picnídios são
produzidos no centro das lesões.
Foto 01
Lesões de coloração acinzentada com halos
amarelados em folhas de salsinha.
No detalhe, esporulação do
patógeno (picnídios).
equipe técnica
Fitopatologia
Flávia Santos
flaviasantosbio@gmail.com
Design
Carolina Calomeno
carolcalomeno@ufpr.br
104
105
bibliografia e sites
de imagens utilizados
BASSANEZI, R. B.; SILVA JR., G. J.; COLETTO, T. S.; NASCIMENTO, T.;
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