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GUIA PRÁTICO DE
IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇAS
DAS PRINCIPAIS CULTURAS
BRASILEIRAS
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Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição


– Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional (CC
BY-NC-SA 4.0). É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que
citada a fonte.

Capa: Composição fotográfica de imagens


de doenças de culturas no Brasil (Carolina Calomeno)

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)


CATALOGAÇÃO NA FONTE: SISTEMA DE BIBLIOTECAS, UFPR
__________________________________________________________________________________

G943 Guia prático de identificação de doenças das principais culturas brasileiras


[recurso eletrônico] / equipe técnica: Heloisa Thomazi Kleina ... [et al.] ;
design gráfico, capa e editoração: Carolina Calomeno. – [Curitiba] :
UFPR, 2021.
110 p. : il.; color. ; 34,88 MB ; PDF

Inclui bibliografia
ISBN 978-65-89713-22-7

1. Fitopatologia – Brasil. 2. Plantas – doenças e pragas. I. Kleina, Heloisa


Thomazi. II. Calomeno, Carolina. III. Universidade Federal do Paraná.
Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade.
CDD – 581.2
__________________________________________________________________________________
Bibliotecária: Kételi Wizenffat CRB-9/1418
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GUIA PRÁTICO DE
IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇAS
DAS PRINCIPAIS CULTURAS
BRASILEIRAS

equipe técnica
Heloisa Thomazi Kleina
Flávia Santos
Thiago de Aguiar Carraro
Henrique da Silva Silveira Duarte
Louise Larissa May De Mio

design gráfico, capa


e editoração
Carolina Calomeno

2021
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APRESENTAÇÃO
Esta publicação é resultado do esforço da equipe de fitopatologia da
Universidade Federal do Paraná, juntamente com colaboradores e
parceiros que contribuíram na compilação das informações sobre as
principais doenças das culturas brasileiras.

Este guia prático tem o objetivo de ajudar estudantes de Fitopatologia dos


cursos de Agronomia e produtores/técnicos na identificação das doenças
à campo. O guia é de consulta pública e estará disponível para uso de
qualquer pessoa no site do Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade da
UFPR. Atualizações periódicas serão realizadas e sugestões/ contribuições
serão sempre acolhidas pelo grupo. Algumas imagens são próprias e de
estudantes do laboratório LEMID (Laboratório de Epidemiologia para
Manejo Integrado de Doenças de plantas), mas a maioria foi retirada de
sites da internet e estão devidamente identificadas as fontes e autorias.
Os desenhos das estruturas que se relacionam aos agentes causais das
doenças foram feitos a mão pela Dra. Flávia Santos.

Inicialmente estão listadas doenças mais frequentes e importantes


em cada cultura, mas a cada ano novas doenças/culturas poderão ser
inseridas, acompanhem as atualizações. Solicitamos aos leitores/usuários
que por gentileza referenciem a obra sempre que a utilizarem e sintam-se
convidados a contribuir com fotos e informações para as novas edições.

A equipe.
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sumário

GRANDES CULTURAS doenças do Trigo 37


Brusone................................................ 37
doenças do Algodão 13 Ferrugem............................................. 38
Alternária............................................ 13 Giberela................................................ 39
Mancha alvo....................................... 14 Mal-do-pé............................................ 40
Ramulária............................................ 15 Mancha salpicada............................. 41

doenças do Milho 17
FRUTÍFERAS
Carvão................................................... 17
Ferrugem............................................. 18
doenças dos Citros 43
Enfezamento vermelho.................. 19
Fusariose.............................................. 20 Cancro cítrico..................................... 43
Helmintosporiose............................. 21 Clorose variegada do citros......... 44
Mancha foliar de Bipolaris............ 22 Estrelinha............................................. 45
Tombamento...................................... 23 Greening.............................................. 46
Estádios fenológicos e Mancha marrom............................... 47
as Doenças do Milho....................... 24 Pinta preta........................................... 48
Estádios fenológicos e
doenças da Soja 27 as Doenças dos Citros.................... 50
Ferrugem asiática............................. 27
Mancha alvo....................................... 28
doenças da Macieira 53
Mofo Branco....................................... 29 Cancro europeu................................ 53
Nematoide do cisto.......................... 30 Mancha Foliar de Glomerella...... 54
Oídio...................................................... 31 Podridão amarga.............................. 55
Podridão radicular........................... 32 Podridão do colo............................... 56
Estádios fenológicos e Sarna da macieira............................. 57
as Doenças da Soja........................... 33 Estádios fenológicos e
as Doenças da macieira.................. 58
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agradecimentos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR

REITOR
Prof. Dr. Ricardo Marcelo Fonseca

VICE-REITORA
Prof.a Dr.a Graciela Inês Bolzón de Muniz

PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO - PROGRAD


Prof. Dr. Eduardo Salles de Oliveira Barra

PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO - PRPPG


Prof. Dr. Francisco de Assis Mendonça

SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


Prof. Dr. Amadeu Bona Filho

DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E FITOSSANIDADE


Prof. Dr. Afonso Takao Murata

DEPARTAMENTO DE DESIGN
Profa. Dra. Daniella Rosito Michlelena Munhoz
11
doenças das doenças das Brássicas 83
Fruteiras de Caroço 61
Hérnia das crucíferas...................... 83
Bacteriose........................................... 61 Mancha de Alternaria..................... 84
Escaldadura das folhas................... 62 Mofo Branco....................................... 85
Ferrugem............................................. 63 Podridão negra.................................. 86
Furo de Bala........................................ 64
Podridão parda.................................. 65 doenças das Folhosas 87
Antracnose ou ‘mal da
doenças da Videira 67
sete voltas’ da cebolinha................ 87
Antracnose.......................................... 67 Cercosporiose da alface................ 88
Oídio...................................................... 68 Míldio da alface................................. 89
Mancha das folhas............................ 69 Murcha de esclerócio
Míldio.................................................... 70 em alface.............................................. 90
Mofo cinzento.................................... 71 Septoriose em salsinha................... 91
Podridão da uva madura................ 72
Pé-Preto ou doenças das Solanáceas 93
Declínio da videira........................... 73
Estádios fenológicos e Cancro bacteriano........................... 93
as Doenças da videira..................... 74 Mancha de Alternaria..................... 94
Murcha bacteriana........................... 95
Oídio do tomateiro.......................... 96
Podridão mole.................................... 97
OLEORÍCOLAS Requeima............................................. 98
Septoriose........................................... 99
doenças das Aliáceas 77 Estádios fenológicos e
Ferrugem............................................. 77 as Doenças do Tomateiro............ 100
Míldio.................................................... 78
Podridão branca................................ 79 Equipe técnica................................. 103
Queima das folhas............................ 80 Bibliografia e sites
Raiz rosada.......................................... 81 de imagens utilizados.................... 105
12
GRANDES CULTURAS
13

doenças do algodão
Mancha de Alternaria . Alternaria alternata / Alternaria macrospora

Sintomas
Os sintomas ocasionados
por A. macrospora são
caracterizados pelo aparecimento
de manchas arredondadas
nas folhas, apresentando
anéis concêntricos no
centro com coloração
marrom e circundadas por
halos amarelos.
Os sintomas causados
por A. alternata são de menor Foto 01

importância e são diagnosticadas


pela presença de lesões
circundadas por halos arroxeados. 
Além disso, a doença pode causar
o apodrecimento das maçãs. 

Sintomas de Alternaria alternata Foto 02


em folhas de algodoeiro.

Foto 1: Howard F. Schwartz,


Colorado State University, Bugwood.org;

Foto 2: Alfredo Riciere Dias.

Conídios de Alternaria
14 GRANDES CULTURAS

doenças do algodão
Mancha alvo Corynespora cassiicola

Sintomas
Os sintomas são pequenos pontos
de coloração arroxeada nas folhas.
Com o progresso da doença, as
lesões adquirem formato
arredondado, apresentando
bordas de coloração marrom com
centro mais claro e presença de
anéis concêntricos. Em ataques
severos, pode ser possível
visualizar intensa desfolha.  
Foto 01
Sintomas de mancha alvo
em folhas de algodoeiro.
No detalhe, as pequenas
estruturas pretas são
os conídios do patógeno.

Foto 1: https://gramho.com/me-
dia/1842518196877691937;
Foto 02

Foto 2: Gerald Holmes, Strawberry Center,


Cal Poly San Luis Obispo, Bugwood.org

2
Conidióforos (1)
e conídios septados (2)
de Corynespora cassiicola.

1
GRANDES CULTURAS
15

doenças do algodão
Mancha de Ramularia . Ramularia areola

Sintomas
Os sintomas consistem de
manchas de coloração branca ou
amarelada com aspecto farináceo
pulverulento, circunscritas pelas
nervuras. As manchas podem
coalescer e ocasionar a queda
precoce das folhas.

Foto 01
Lesões brancas nas folhas de algodão,
sintoma característico da mancha
foliar de ramularia. No detalhe,
face abaxial com sinais do patógeno.

Foto 1 e Foto 2 : Foto 02


Daniel Anacleto Costa Lage.

Conidióforos (1)
e conídios (2) 2
de Ramularia areola.

1
16
GRANDES CULTURAS
17

doenças do milho
Carvão . Ustilago maydis

Sintomas
Os sintomas da doença são
caracterizados pelo aparecimento
de galhas semelhantes à tumores
que se formam em tecidos do
hospedeiro em crescimento ativo.
Densas massas de teliósporos
escuros e fuliginosos são
observados nas espigas. Embora
as galhas possam se formar
em diversas partes da planta, a
infecção é considerada local, ou Foto 01

seja, o hospedeiro não é colonizado


sistemicamente.

Sintomas de hiperplasia e hipertrofia em


espigas de milho causados pelo patógeno.
No detalhe, espigas com densas massas
escuras (teliósporos). Foto 02

Foto 1: Whitney Cranshaw, Colorado State


University, Bugwood.org

Foto 2: Henrique da Silva Silveira Duarte

Teliósporo do carvão do milho. (1)


Teliósporo germinado formando os
basidiósporos (esporídios).(2)
2

1
18 GRANDES CULTURAS

doenças do milho
Ferrugem polysora . Puccinia polysora

Sintomas
A doença é caracterizada
pela presença de pequenas
pústulas circulares à ovais na
parte superior da folha, com
coloração que varia do amarelo
ao dourado. Em estágios mais
avançados, as pústulas podem se
tornar escurecidas. Os primeiros
sintomas normalmente são
observados em folhas localizadas
no baixeiro. Os danos podem Foto 01

impactar na redução da área


foliar, do vigor e do peso de grãos,
promover a senescência precoce e
o acamamento de plantas.

Presença de pústulas de coloração


alaranjada na face adaxial de folhas de
Foto 02
milho. No detalhe, pústula isolada.

Foto 1: Hudson Leonardo Pereira;

Foto 2: Jason Brock, University of


Georgia, Bugwood.org

Corte de télia com teliósporos e acima


urediniósporos (uredósporos)
de Puccinia polysora.
GRANDES CULTURAS
19

doenças do milho
Enfezamento vermelho . Maize bushy stunt phytoplasma

Sintomas
Os sintomas são o aparecimento
de internódios mais curtos
(“enfezados”), menor quantidade
de raízes, o abundante
perfilhamento nas axilas foliares e
na base das plantas e a redução da
produção. Os grãos são pequenos,
manchados, frouxos na espiga
ou chochos. As folhas tornam-
se avermelhadas, chegando à
coloração púrpura nas folhas mais Foto 01

velhas. Ataques severos levam


à morte precoce das plantas.
O patógeno é transmitido pela
cigarrinha-do-milho Dalbulus
maidis (Hemiptera: Cicadellidae).

Sintomas de enfezamento vermelho em Foto 02


folhas de milho. No detalhe, cigarrinhas
vetoras da doença (Dalbulus maidis)
localizadas no cartucho.

Foto 1: Henrique da Silva Silveira Duarte

Foto 2: Dirceu Gassen.

Inseto vetor (cigarrinha Dalbulus maidis)


do patógeno causador do enfezamento
vermelho do milho (Maize bushy stunt
phytoplasma).

Ao lado, células do floema


infectadas com o fitoplasma.
20 GRANDES CULTURAS

doenças do milho
Fusariose . Fusarium verticillioides

Sintomas
O patógeno pode ocorrer em todos
os estágios de desenvolvimento do
milho, ocasionando podridões em
raízes, colmos e grãos. A incidência
desse fungo está associada ao
estresse hídrico e à fertilização
excessiva de nitrogênio. Os
sintomas são caracterizados pelo
aparecimento de manchas marrons
nas raízes, que progridem para o
caule, causando a morte prematura Foto 01

do vegetal. No interior do caule Foto 02


é comum observar a presença
de coloração salmão. Esse fungo
também é responsável pela
produção de compostos tóxicos.

Sintomas de fusariose em espigas e no Foto 03


colmo (coloração rosada).

Foto 1 e 2: Pionner seeds


Foto 3: Cynthia M. Ocamb

Conidióforos e conídios de Fusarium


verticillioides. A esquerda microconídios
e a direita macroconídios. Detalhe para
a formação de conídios em cadeias,
característica principal desta espécie.
GRANDES CULTURAS
21

doenças do milho
Helmintosporiose . Exserohilum turcicum

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pelo
aparecimento de lesões necróticas,
elípticas, com coloração variando
de verde-acinzentado a marrom.
As primeiras lesões aparecem nas
folhas mais velhas e em condições
de ataque severo pode ocorrer a
queima completa dos
tecidos foliares.

Foto 01
Sintomas de lesões necróticas
em folhas de milho. No detalhe,
esporulação do patógeno.

Foto 1: Vinicius Garnica, Bugwood.org

Foto 02

Foto 2: Dr Parthasarathy Seethapathy,


Tamil Nadu Agricultural University,
Bugwood.org

Conidióforos (1) e conídios (2) de


Exserohilum turcicum. Protuberância na
parte inferior dos conídios, característica
1
22 GRANDES CULTURAS

doenças do milho
Mancha foliar de Bipolaris . Bipolaris maydis

Sintomas
Lesões alongadas de coloração
castanha que aparecem no sentido
das nervuras, apresentando
formatos variáveis, porém as
bordas das lesões não são tão
bem definidas, como no caso da
cercosporiose.

Lesões alongadas de coloração parda,


característica do fungo Bipolaris maydis. No
Foto 01
detalhe, esporulação do patógeno.

Foto 1: Luís Henrique Carregal,


Universidade de Rio Verde-UniRV

Foto 2: Cesar Calderon, Cesar Calderon


Pathology Collection, USDA APHIS PPQ, Foto 02
Bugwood.org

Conidióforos (1) e conídios (2) e 2


Conídio germinando (3) de Bipolaris maydis.
3

1
GRANDES CULTURAS
23

doenças do milho
Tombamento . Pythium spp.

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
presença de lesões de coloração
marrom com aspecto encharcado
no entrenó que se localiza logo
acima da linha do solo. O caule
normalmente se torce e cai, mas a
planta pode permanecer verde por
várias semanas porque o tecido
vascular não é destruído.
A infecção é facilitada em
condições de alta umidade. Foto 01

Lesões de coloração marrom localizadas


no colo de plantas de milho. No detalhe,
estrangulamento de plantas.

Fotos: A. Robertson, https://


cropprotectionnetwork.org/resources/
articles/diseases/pythium-stalk-rot-of-corn Foto 02
Morfologia de Pythium.

Oóporos de anterídio parágino (1), hifas


sem septos (2). À esquerda representação
de vesícula formada a partir do esporângio
para a liberação dos zoósporos (3).
1

3
2
24 GRANDES CULTURAS

doenças do milho
Estádios Fenológicos
25
26
GRANDES CULTURAS
27

doenças da soja
Ferrugem asiática . Phakopsora pachyrhizi

Sintomas
Pequenas pontuações de
coloração mais escura que o
tecido sadio da folha. Na face
inferior são observadas pequenas
urédias, onde o fungo produz os
urediniósporos. Com o avanço
da epidemia as urédias tornam-se
escurecidas.

Pústulas na face abaxial e adaxial da folha Foto 01


de soja. No detalhe em lupa, presença de
várias urédias.

Fotos: Paulo Edimar Saran Foto 02

Representação de 2
corte de uma urédia (1)
e urediniósporos (2)
de Phakopsora
1
28 GRANDES CULTURAS

doenças da soja
Mancha alvo . Corynespora cassiicola

Sintomas
As lesões são caracterizadas por
pontuações pardas envoltas por
um halo amarelado, que evolui
para grandes manchas circulares
(castanho-clara), podendo atingir 2
cm de diâmetro. O nome da doença
advém da presença de manchas
que possuem uma pontuação no
centro e anéis concêntricos de
coloração mais escura.
Foto 01

Manchas em formato de
alvo em folhas de soja
e detalhe em lupa.

Foto 02
Foto 1 e 2: Paulo Edimar Saran

2
Conidióforo (1) e conídios (2)
de Corynespora cassiicola.

1
GRANDES CULTURAS
29

doenças da soja
Mofo Branco . Sclerotinia sclerotiorum

Sintomas
Presença de micélio branco e
cotonoso em caules, folhas ou
vagens. As lesões se desenvolvem
nas hastes principais e nos ramos
laterais. Os primeiros sintomas
são a murcha das folhas, seguida
pela morte de plantas. Escleródios
negros e grandes de formas e
tamanhos variados se formam
a partir do micélio branco que
cresce no tecido da planta. Os Foto 01

escleródios também se formam no


interior do caule e possuem uma
forma cilíndrica característica. As
sementes presentes em vagens
doentes geralmente são infectadas
pelo fungo ou substituídas por
escleródios. Foto 02

Micélio branco na haste com início de


formação de escleródios. No detalhe,
escleródios maduros negros no interior da
haste. Fotos: Paulo Edimar Saran

Morfologia de Sclerotinia sclerotiorum,


2
agente causal do mofo branco na soja.
Á direita apotécio (1)
contendo ascas e ascósporos (2)
à esquerda, escleródio com
3
a formação de apotécio (3)

1
30 GRANDES CULTURAS

doenças da soja
Nematoide do cisto . Heterodera glycines

Sintomas
Observa-se amarelecimento das
folhas, nanismo e fechamento lento
das fileiras. Os sintomas podem
ser confundidos com deficiência
de ferro, pH alto, compactação do
solo e deficiência de nutrientes.
As plantas sintomáticas são
observadas inicialmente em
reboleiras. Em campos altamente
infestados, as plantas podem
ser severamente atrofiadas, Foto 01
apresentando poucas vagens.

Reboleira de plantas mortas em campo e


detalhe da presença do nematoide na raiz.

Foto 1: Charles Oversteet


Foto 02
Foto 2: Angela Tenney, MSU.

Corte lateral de Heterodera glycines.


Fêmea à direita e macho à esquerda.
Ao centro, detalhe do estilete bucal.
GRANDES CULTURAS
31

doenças da soja
Oídio . Microsphaera diffusa

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se
pela presença de uma massa
pulverulenta de coloração
esbranquiçada na superfície das
folhas. Em ataques severos, as
folhas tornam-se amareladas,
podendo ocorrer o desfolhamento.
Comum em épocas pouco chuvosas
e em ambientes protegidos.

Foto 01
Estruturas de Oídio sobre a folha da soja.
No detalhe, conidióforos formando
conídios em cadeia.

Foto 1: Paulo Edimar Saran

Foto 2: https://www.420magazine.com/
community/gallery/powdery-mildew-
Foto 02
fungus-under-microscope.307681/

Morfologia de conídios de Oídio.


Conidióforos produzindo conídios
hialinos cilíndricos em cadeia.
32 GRANDES CULTURAS

doenças da soja
Podridão radicular . Rhizoctonia solani

Sintomas
Os sintomas de podridão
acometem sementes e mudas
jovens. As raízes e o hipocótilo
apresentam lesões marrom-
avermelhadas, que se tornarão
secas, diferenciando-se das
lesões ocasionadas por Pythium
ou Phytophthora. Em plantas mais
velhas, a lesão é caracterizada por
uma podridão da raiz cortical que
se estende até a base do caule. Foto 01

Os sintomas foliares incluem


amarelecimento das folhas.
Sintomas de tombamento de
plântulas ocasionados por
fungos de solo.

Foto 1: Paulo Edimar Saran Foto 02

Foto 2: Paul Bertrand, University of


Georgia, Bugwood.org,

Hifa característica de
Rhizoctonia solani, hifas espessadas
e ramificadas em ângulos de
aproximadamente 90º.
33
34 GRANDES CULTURAS

doenças da soja
Estádios Fenológicos
35
36
GRANDES CULTURAS
37

doenças do trigo
Brusone . Magnaporthe grisea/Pyricularia grisea

Sintomas
Os sintomas são lesões elípticas
à alongadas com centro variando
de branco a castanhos claro e
bordas cinza escuro a marrom-
avermelhadas. O principal
problema advém da infecção na
ráquis, causando esterilidade
parcial ou total, interrompendo a
translocação de fotoassimilados
para as partes superiores
da espiga. Foto 01

Escurecimento da espigueta causado pela


Brusone. No detalhe, esporulação
do patógeno.

Foto 1: Elevagro
Foto 02

Foto 2: Paul Bachi, University of Kentucky


Research and Education Center,
Bugwood.org

2
Conidióforos (1)
e conídios (2)
de Pyricularia grisea.

1
38 GRANDES CULTURAS

doenças do trigo
Ferrugem da folha . Puccinia triticina

Sintomas
Os sintomas são a presença de
pústulas amarelo-avermelhadas
(1,5 mm de diâmetro), localizadas
na face superior das folhas,
estendendo-se às bainhas.
Quando as plantas senescem são
produzidas as télias pretas e ovais
com teliósporos, que não possuem
função biológica no Hemisfério Sul.

Foto 01

Pústulas alaranjadas na face adaxial em


folhas de trigo. No detalhe, pústula isolada.

Foto 1: Louisiana State


University AgCenter, Bugwood.org

Foto 2: Bruce Watt, University Foto 02


of Maine, Bugwood.org

Corte de télia com teliósporos e acima


urediniósporos de Puccinia triticina.
GRANDES CULTURAS
39

doenças do trigo
Giberela . Gibberella zeae/Fusarium graminearum

Sintomas
Os sintomas característicos são
espiguetas despigmentadas e
alteração do sentido das aristas.
Às vezes, os sintomas podem
ser confundidos com brusone
(descoloração de toda a parte
superior da espigueta).
Nesse caso, a ráquis da espiga
afetada por giberela apresenta
coloração escura na região de
espiguetas sadias. Os grãos são Foto 01

chochos, enrugados, de coloração


branco-rosada a pardo-clara
(estruturas do patógeno).

Descoloração da espigueta de trigo.


No detalhe, presença de esporulação do
patógeno na ráquis. Foto 02

Foto 1: Casiane Salete Tibola

Foto 2: Donald Groth, Louisiana State


University AgCenter, Bugwood.org

Peritécio (à esquerda) da fase sexuada


da doença, contendo ascas e ascósporos.
Conidióforos e conídios (à direita)
de Fusarium graminearum,
fase assexuada da doença.
40 GRANDES CULTURAS

doenças do trigo
Mal-do-pé . Gaeümannomyces graminis var. tritici

Sintomas
As plantas infectadas parecem
atrofiadas e despigmentadas.
O sistema radicular apresenta
lesões de coloração marrom escura
a preto brilhante. Estas plantas
morrem prematuramente em
reboleiras no campo. Os grãos não
são produzidos. Em alguns casos,
há também uma podridão seca da
coroa que inclui micélio marrom
escuro a preto na base da planta. Foto 01

Lesões escurecidas em raízes de trigo.


No detalhe, esporulação do patógeno.

Foto 1: Emmanuel Byamukama, South


Dakota State University, Bugwood.org
Foto 02

Foto 2: Paul Bachi, University of


Kentucky Research and
Education Center, Bugwood.org

Hifopódios (1) formados nas hifas e 1


Peritécio contendo ascas e ascósporos do
agente causal do mal-do-pé (2)
2
GRANDES CULTURAS
41

doenças do trigo
Mancha salpicada . Mycosphaerella graminicola/Zymoseptoria tritici

Sintomas
Os sintomas são pequenas
pontuações alongadas de cor
verde-escuro com aspecto aquoso,
que evoluem para manchas
irregulares, elípticas de coloração
castanha avermelhadas. Com
o avanço da doença, as lesões
adquirem centro mais claro
e pontos pretos (picnídios),
dispersos paralelamente às
nervuras na superfície da folha. Foto 01

Raramente ataca as espigas.

Manchas de coloração castanho


avermelhadas. No detalhe, formação de
picnídios de coloração negra.

Foto 1: Gerald Holmes, Strawberry Center,


Foto 02
Cal Poly San Luis Obispo, Bugwood.org

Foto 2: Gail Ruhl, Purdue University,


Bugwood.org.

2
Corte de picnídio (1)
contendo os conídios (2)
alongados de Zymoseptoria tritici

1
42
FRUTÍFERAS
43

doenças dos citros


Cancro cítrico . Xanthomonas citri subsp. citri

Sintomas
Os sintomas podem ser
visualizados em folhas, frutos
e ramos. Nas folhas, são
caracterizados pela presença
de pontos escurecidos com halo
amarelado ao seu redor na face
inferior, que evoluem para pústulas
de coloração marrom-clara,
salientes e visíveis nos dois lados
da folha. Nos frutos, os sintomas
ocorrem com maior frequência na Foto 01
parte externa da copa, na forma
Foto 02
de anéis circulares e rachaduras.
Já nos ramos, as lesões são menos
frequentes que nos demais
órgãos, sendo importante para
a sobrevivência do patógeno
no pomar. Podem ocasionar
rachaduras e seca dos ramos,
porém o cancro cítrico não provoca
a morte das árvores doentes.
Fotos: Fundecitrus

Lesões características em frutos e ramos de


citros. No detalhe, formação de cancros.

Bactéria gram-
negativa, de formato
baciliforme e
Foto 03
motilidade por
um flagelo polar
(monotríquia).
44 FRUTÍFERAS

doenças dos citros


Clorose variegada do citros . Xylella fastidiosa

Sintomas
As lesões são pequenas manchas
amareladas na parte adaxial da
folha e cor palha na face abaxial.
Podem ser confundidos com
deficiência de zinco ou sarampo.
Nos frutos há a redução de
tamanho, endurecimento da polpa,
maturação precoce e diminuição
da quantidade de suco. A bactéria
é transmitida por grande número
de cigarrinhas vetoras, agravando Foto 01

a epidemiologia da doença no
campo.
Sintomas de clorose em folhas e redução de
tamanho de frutos. No detalhe, a cigarrinha
vetora B. xanthophis.

Fotos 1 e 2: Fundecitros;
Foto 3: Jorge Schlemmer

Bactéria causadora da clorose variegada


(Xylella fastidiosa). Bactéria gram-negativa
e não móvel (direita). Uma das principais
cigarrinhas (Bucephalogonia xanthophis)
responsável pela transmissão da doença Foto 02
(esquerda).

Foto 03
FRUTÍFERAS
45

doenças dos citros


Estrelinha . Complexos: Colletotrichum acutatum e
Colletotrichum gloeosporioides

Sintomas
Os sintomas são caracterizados
por lesões alaranjadas nas
pétalas e lesões negras no
estigma e estilete. Os frutinhos
ganham coloração amarelada
e caem prematuramente. Após
a queda dos frutos, os cálices
permanecem fixados nos ramos,
sendo popularmente chamados de
“estrelinhas”. Foto 01

Lesões alaranjadas nas pétalas e sintoma


de ‘estrelinhas’ após a queda de frutos.
No detalhe, esporulação de coloração
alaranjada nas flores.

Fotos: Fundecitros

Corte de acérvulo contendo


Foto 02
conídios do agente causal
da estrelinha.

Foto 03
46 FRUTÍFERAS

doenças dos citros


Greening . Candidatus Liberibacter

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
presença de folhas amareladas,
quando jovens, e mosqueadas,
quando maduras. As lesões
são de formato irregular de
coloração que varia do verde
ao amarelo. As folhas atacadas
caem e geram brotações novas
(‘orelhas de coelho’). Os frutos
não amadurecem e caem
precocemente. Ao cortar o fruto, é Foto 01

possível verificar linhas laranjas na


columela e sementes necrosadas.
O suco é mais ácido e amargo.
As bactérias são transmitidas pelo
psilídeo Diaphorina citri.
Sintomas de clorose em folhas e frutos
deformados ocasionados pelo Greening.
No detalhe, psilídeo vetorda doença
(Diaphorina citri).

Foto 1: Juliana Camargo;


Foto 2 e 3: Fundecitros Foto 02

Bactéria Foto 03
causadora
do greening
(Candidatus
Liberibacter).
Bactéria gram-
negativa e não
móvel. Psilídio
(Diaphorina citri)
inseto vetor da
doença.
FRUTÍFERAS
47

doenças dos citros


Mancha marrom . Alternaria alternata

Sintomas
As folhas jovens são mais
suscetíveis a doença. Os sintomas
são pequenas manchas escuras
que são circundadas por um halo
amarelado. Podem aumentar de
tamanho e atingir as nervuras. Nos
ramos, os sintomas são similares
aos que ocorrem nas folhas.
Em casos mais severos, há a
intensa desfolha e queda de frutos.
Nos frutos, os sintomas são Foto 01

pequenas manchas necróticas,


que podem apresentar o centro
corticoso em alto relevo, fazendo
com que os frutos percam o seu
valor comercial.

Pequenas manchas escuras Foto 02


em folhas e manchas
necróticas no fruto.

Foto 1 - https://www.goias.gov.br/index.
php/servico/71297-levantamento- 2
fitossanitario-da-doenca-fungica-mancha-
marrom. Foto 2 - Cesar Calderon, Cesar
Calderon Pathology Collection, USDA
APHIS PPQ, Bugwood.org 1

Conidióforos (1)
e conídios em cadeia (2)
do agente causal da mancha
48 FRUTÍFERAS

doenças dos citros


Pinta preta . Guignardia citricarpa/ Phyllosticta citricarpa

Sintomas
A doença afeta todas as
variedades de laranjas doces,
limões verdadeiros, tangerinas
e híbridos. Os frutos podem ser
assintomáticos e apresentar os
sintomas da doença somente após
um ano após a infecção. Existem
diferentes tipos de sintomas:
mancha dura, mancha sardenta e
falsa melanose. A mancha dura é
caraterizada pelo aparecimento de Foto 01
lesões necróticas deprimidas de
cor marrom-claro com a presença
de pontos negros (picnídios).
A mancha sardenta é composta
por pequenas lesões deprimidas
de cor avermelhada, que ocorrem
no período de maturação e pós Foto 02
colheita. Já a falsa melanose são
manchas pequenas e escuras,
sendo mais comum em frutos
ainda verdes.
Lesões necróticas em frutos. 1
No detalhe, presença de picnídios.
Foto 1: P. Barkley, Biological and Chemical
Research Institute, Bugwood.org;
Foto 2: Cesar Calderon Pathology
Collection, USDA APHIS PPQ, Bugwood.org

Picnídio e conídios de Phyllosticta citricarpa,


fase assexuada da pinta preta (1). 2
Peritécio contendo ascas e ascósporos de
Guignardia citricarpa, fase sexuada
da pinta preta (2).
49
50 FRUTÍFERAS

doenças dos citros


Estádios Fenológicos
51
52
FRUTÍFERAS
53

doenças da macieira
Cancro europeu . Neonectria ditissima

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se por
áreas redondas ou ovais de casca
morta e afundada, podendo ser
visualizados em esporões e galhos
maiores. A área afetada é coberta
com casca morta que apresenta
anéis concêntricos. Cancros mais
velhos perdem a casca, expondo
a madeira morta no centro. Os
cancros desenvolvem bordas
elevadas à medida que a casca da Foto 01

árvore tenta crescer novamente


sobre a área exposta. A doença
pode atacar frutos que caem
prematuramente.
Sintoma de cancro em ramos e manchas
de coloração parda em frutos de macieira.
No detalhe, peritécio do agente causal do
cancro europeu. Foto 1: Abrahami, https://
commons.wikimedia.org/wiki/File:Nectria_
galligena.jpg. Foto 2: Jhulia Gelain.
Foto lupa: Marjan Ghasemkhani

Fase teleomórfica do agente causal do Foto 02


cancro europeu, peritécio contendo ascas e
ascósporos (1). Fase anamórfica do agente
causal do cancro europeu, morfologia de
conidióforos e conídios (2).

1 2
54 FRUTÍFERAS

doenças da macieira
Mancha Foliar de Glomerella . pertencentes aos
complexos: C. acutatum, C. gloeosporioides e C. boninense

Sintomas
Os sintomas são manchas de
coloração que variam de vermelho
a roxo. As folhas infectadas
tornam-se completamente
marrons e desidratadas, podendo
cair prematuramente. Nos frutos,
ocorre o aparecimento de lesões
deprimidas de coloração marrom,
que geralmente não aumentam de
tamanho. Foto 01

Sintomas de MFG em folhas de cultivar


Gala causadas por Colletotrichum fructicola.
No detalhe acérvulos com massa
mucilaginosa de cor laranja.

Fotos: Camilla Castellar e Louise Larissa


May De Mio.

Foto 02
Fase anamórfica de mancha de Glomerella
causada por Colletotrichum spp. Acérvulo
contendo conidióforos e conídios.
FRUTÍFERAS
55

doenças da macieira
Podridão amarga . Glomerella cingulata /
Colletotrichum spp. – vários complexos)

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
presença de pequenas manchas
de coloração amarronzada nos
frutos, que aumentam de tamanho
e podem se aprofundar pela
polpa. Em condições favoráveis,
podem apresentar coloração
salmão no centro das lesões
deprimidas. Os frutos infectados
podem apodrecer e sofrer queda Foto 01
prematura.

Sintomas de podridão amarga em frutos


de macieira. No detalhe, esporulação do
patógeno de coloração salmão.

Fotos: Thiago de A. Carraro e


Louise Larissa May De Mio

Fase anamórfica da podridão amarga


causada por Colletotrichum spp. Acérvulo
contendo conidióforos e conídios Foto 02
56 FRUTÍFERAS

doenças da macieira
Podridão do colo . Phytophthora cactorum

Sintomas
Os sintomas são caracterizados
por damping-off de mudas, sistema
radicular reduzido e descoloração
negra das raízes. No colo, ocorrem
lesões marrons escuras. Acima
do enxerto e nas folhas podem
ser visualizadas lesões marrons
escuras e irregulares.

Lesões escurecidas no colo de árvores de


Foto 01
macieira. No detalhe, podridão ocasionadas
pelo fungo Phytophthora cactorum.

Foto 1: H.J. Larsen, Bugwood.org;


Foto 2: https://plantix.net/pt/library/plant-
diseases/100001/apple-root-and-collar-rot

Foto 02

Morfologia de Phytophthora cactorum,


hifas sem septos, esporângios papilados
e caducos (1). Oósporos de anterídio
parágino (2).

1
FRUTÍFERAS
57

doenças da macieira
Sarna da macieira . Venturia inaequalis

Sintomas
Os sintomas iniciais são
visualizados em folhas jovens no
início da primavera. As lesões
possuem coloração verde oliva
e textura aveludada (conídios).
Os tecidos afetados podem
ficar distorcidos e enrugados.
Em estádio avançado da doença
ocorre intensa desfolha.
As lesões nas frutas geralmente Foto 01
apresentam áreas encharcadas
que rapidamente se desenvolvem
para lesões aveludadas, verde
a marrom-oliva. As infecções
podem causar frutos anormais e
distorcidos. Frutos severamente
infectados geralmente caem
prematuramente.
Sintomas de sarna em folhas e frutos de
macieira. No detalhe, esporulação do fungo.
Fotos: Nichole Gauthier
Foto 02
Acérvulo com conídios (1) e Pseudotécio
contendo ascas e ascósporos de Venturia
inaequalis (2), agente causal da sarna da
macieira.

1 2
58 FRUTÍFERAS

doenças da macieira
Estádios Fenológicos
59
60
FRUTÍFERAS
61

doenças das frutíferas de caroço


Bacteriose . Xanthomonas arboricola pv. pruni

Sintomas
Os sintomas da bacteriose
ocorrem em folhas, ramos e frutos.
Nas folhas, os sintomas iniciais são
manchas angulares, de aspecto
aquoso com halo amarelado.
Com o tempo a lesão aumenta de
tamanho, formando uma necrose
de coloração púrpura que mais
tarde se desprende do limbo foliar,
deixando a folha perfurada. Em Foto 01
ramos, a bacteriose causa o cancro
de primavera que é resultado da
infecção de ramos que ocorre no
período do outono. Pode ocorrer
também a seca de ponteiros. Os
sintomas nos frutos são manchas
aquosas, que progridem para
lesões de coloração marrom.

Lesões em folhas e frutos de pêssego


causados pela bactéria Xanthomonas
Foto 02
arboricola pv. pruni.

Foto 1: U. Mazzucchi, Università di Bologna,


Bugwood.org; Foto 2: Clemson University -
USDA Cooperative Extension Slide Series,
Bugwood.org

Bactéria em forma de bastonete,


gram-negativa, móveis por flagelo
único (monotríquia).
62 FRUTÍFERAS

doenças das frutíferas de caroço


Escaldadura das folhas . Xylella fastidiosa

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pela
queima dos bordos de folhas,
seguida de queda prematura e
morte de ponteiros. A doença
também pode ocasionar a redução
do tamanho de frutos e declínio do
vigor das plantas. Esses sintomas
reflexos sugerem que o mecanismo
envolvido está relacionado com a
disfunção no sistema de transporte Foto 01
de água da planta. A doença é
disseminada principalmente
pela ação de insetos vetores
(cigarrinhas).
Foto 02

Clorose e necrose dos


bordos das folhas de ameixeira.
No detalhe, dois vetores da doença
escaldadura das folhas: Bucephalogonia
xanthophis e Sibovia sagata.
Foto 1: Heloisa Kleina; Foto 2: Jorge
Schlemmer; Foto 3: ArgentiNat

Bactéria gram-negativa e não móvel


(esquerda). Principais cigarrinhas (Sibovia
sagata e Bucephalogonia xanthophis) Foto 3
responsáveis pela transmissão
FRUTÍFERAS
63

doenças das frutíferas de caroço


Ferrugem . Tranzschelia discolor

Sintomas
Os sintomas iniciam-se como
manchas verde-amareladas em
ambas as faces da folha. As lesões
são irregulares com formato
angular e tornam-se amareladas
após o estabelecimento do
patógeno. Com o desenvolvimento
do patógeno no interior do tecido,
aparece na face inferior da folha
uma massa pulverulenta de
esporos (urediniósporos). Ocorrem Foto 01
também lesões nas gemas, as
quais são superficiais e têm papel
importante na sobrevivência do
patógeno durante o inverno. As
lesões nos frutos são descritas
como manchas verdes encharcadas
que se tornam mais amareladas
com o crescimento do fruto.
Estas manchas posteriormente
evidenciam uma borda amarelada
com centro deprimido aonde se
formam as pústulas contendo
urediniósporos.
Foto 02
Presença de pústulas na parte adaxial e
abaxial das folhas e sintomas em frutos.
No detalhe, pústula isolada.
Foto 1 e 2: Louise Larissa May De Mio.
64 FRUTÍFERAS

doenças das frutíferas de caroço


Furo de Bala . Wilsonomyces carpophilus

Sintomas
Os sintomas assemelham-se
aos sintomas ocasionados pela
bactéria Xanthomonas arboricola
pv. pruni. Nos ramos podem surgir
lesões com diâmetro variando
entre 3 e 10 mm. Nas folhas e
frutos as lesões têm o mesmo
tamanho e iniciam-se com
coloração avermelhada passando
posteriormente para coloração Foto 01
marrom. Nos frutos as lesões são
corticosas e nas folhas o centro da
lesão se destaca, principalmente
com clima mais quente e seco,
evidenciando o sintoma descrito
no nome da doença: furo-de-bala.

Sintomas de Furo de Bala em folhas,


ramos e frutos de pessegueiro.
Fotos: Louise Larissa May De Mio
Foto 02
Conidióforo (1) e conídios (2)
do agente causal do furo de bala

Foto 03
FRUTÍFERAS
65

doenças das frutíferas de caroço


Podridão parda . Monilinia fructicola/Monilia fructicola

Sintomas
A doença inicia-se com a infecção
dos capulhos florais, ocasionando a
necrose das anteras. Estas flores
infectadas murcham, tornam-se
marrons e fixadas ao ramo por uma
goma. As infecções podem se
estender internamente até o ramo,
resultando no desenvolvimento de
cancros, anelando-o e ocasionando
a morte da parte terminal.
Os frutos infectados apresentam Foto 01
o desenvolvimento de pequenas
lesões pardacentas que
evoluem para manchas marrons
e apresentam estruturas de
frutificações do patógeno.
O fruto começa a perder água e
fica mumificado na planta.
Sintoma de podridão parda em ramos
(vindo da flor) e frutos de pessegueiro. No
detalhe, massa de esporos em
frutos mumificados.
Fotos: Louise Larissa May De Mio

Conídios de Monilia fructicola. Apotécios Foto 02


sobre fruto mumificado (2), ascas e
ascósporos em apotécio (3).

Foto 03
66
FRUTÍFERAS 67

doenças da videira
Antracnose . Elsinoe ampelina

Sintomas
O fungo tem a capacidade de
atacar folhas, ramos e frutos,
contudo tecidos jovens são mais
suscetíveis à infecção. Nas folhas,
os sintomas iniciam-se pela
presença de numerosas lesões
deprimidas de formato circular
e coloração pardo-escura, que
podem coalescer. Também é
observado o enrolamento e o Foto 01
encarquilhamento de folhas. Nos
ramos, a doença causa a incidência
de cancros. Já nos frutos, formam-
se pequenas manchas circulares
levemente deprimidas. No centro
dessas lesões é possível notar uma
coloração esbranquiçada, envolta
por borda marrom avermelhada,
semelhante a um olho de
passarinho.

Sintoma de antracnose em folhas e


frutos (olho de passarinho). No detalhe, Foto 02
esporulação do patógeno em bagas.

Foto 1: Clemson University - USDA


Cooperative Extension Slide Series ,
Bugwood.org;

Foto 2: Paul Bachi,


University of Kentucky Research and
Foto 03
Education Center, Bugwood.org;

Foto 3: Olavo Roberto Sônego


68 FRUTÍFERAS

doenças da videira
Oídio . Erysiphe necator/Oidium tuckeri

Sintomas
O oídio é capaz de infectar todos
os tecidos verdes da planta, como
folhas, pecíolos, ramos, gavinhas,
inflorescências e bagas verdes.
Na face superior das folhas é
possível visualizar a presença
de uma massa pulverulenta
esbranquiçada, que dá origem
a manchas acastanhadas na
face inferior. Nos ramos, há
a manifestação de manchas
verde-escuras que escurecem Foto 01

com o avanço da epidemia. Nas


flores e bagas, também ocorre
o aparecimento de uma poeira
branca, podendo fazer com que
ocorra a morte de ambas partes.
Presença de massa branca pulverulenta em
folhas e cachos. No detalhe, esporulação do
patógeno.

Foto 1: Yuan-Min Shen, Taichung District


Agricultural Research and Extension
Station, Bugwood.org; Foto 2: Julie Beale,
University of Kentucky, Bugwood.org;
Foto 3: Inga Meadows
Foto 02
(1) Cleistotécio de Erysiphe necator com
liberação de ascas contendo os ascósporos
(2) Morfologia de conídios de Oídio. Foto 03
Conídios hialinos cilíndricos em cadeia.
FRUTÍFERAS
69

doenças da videira
Mancha das folhas . Pseudocercospora vitis

Sintomas
A mancha das folhas é uma
doença que ocorre no final do
ciclo vegetativo e tem grande
importância em cultivares
americanas. Os sintomas são
lesões necróticas com contorno
irregular de coloração
castanho-avermelhada, que
progridem para pardo-escura,
apresentando um halo amarelo Foto 01
característico. A desfolha precoce
é o principal dano, pois acarreta a
má brotação no ciclo subsequente.

Lesões necróticas em folhas de videira.


No detalhe, esporulação do patógeno.
Fotos: Camilla Castellar e
Eliane Rogoski Czaja

Morfologia de conidióforos (1) e conídios


(2) de Pseudocercospora vitis.

Foto 02
2

1
Foto 03
70 FRUTÍFERAS

doenças da videira
Míldio . Plasmopara viticola

Sintomas
O patógeno afeta todas as partes
verdes da planta. Nas folhas,
aparecem manchas amarelas,
translúcidas contra o sol (“mancha
de óleo”). Na face abaxial, observa-
se a frutificação do oomiceto
(coloração esbranquiçada).
Ataques muito intensos podem
causar a desfolha precoce. Os
cachos também podem ficar Foto 01
recobertos por uma massa
esbranquiçada, que são as
estruturas do patógeno.
Sintoma de ‘mancha de óleo’ na face adaxial
e sinais do patógeno na face abaxial.
No detalhe, esporulação esbranquiçada.

Fotos: Camilla Castellar

Morfologia de Plasmopora viticola, hifas


sem septos com formação terminal de
esporângios no esporangióforos. Presença
de esterigmas ao final de esporangióforos.
Foto 02

Foto 03
FRUTÍFERAS
71

doenças da videira
Mofo cinzento . Botrytis cinerea

Sintomas
A doença pode ocorrer nos órgãos
florais e nos cachos. Nas flores, há
a dessecação dos botões florais
e a queda da inflorescência.
Nos cachos há a presença de
pontuações claras e circulares,
onde uma grande quantidade de
esporos são produzidos.

Foto 01

Sintoma de podridão de cachos em


videira. No detalhe, esporulação do
patógeno de coloração parda.
Fotos: Fernando Albertin

Conidióforo e conídios de
Botrytis cinerea, agente causal
do mofo cinzento.

Foto 02

Foto 03
72 FRUTÍFERAS

doenças da videira
Podridão da uva madura .
Glomerella cingulata / Colletotrichum gloesporioides

Sintomas
Os sintomas têm início com o
aparecimento de pequenas lesões
sob a baga, com o desenvolvimento
de zonas concêntricas.
A esporulação do patógeno de
coloração cinza-escura à rosada
pode ser visualizada nos frutos.
Também é possível notar uma
depressão no ponto de infecção,
que gradualmente torna-se Foto 01
murcho e mumificado.

Sintoma de podridão em cachos de uva.


No detalhe, esporulação do patógeno
de coloração salmão.

Foto 1: Lucas Garrido;

Foto 2: Camilla Castellar Foto 02

Fase teleomórfica (à esquerda) da podridão


da uva madura (Glomerella cingulata),
formação de peritécio contendo ascas e
ascóporos. Fase anamórfica (à direita) da
podridão da uva madura (Colletotrichum
gloesporioides), formação de acérvulos
contendo conidióforos e conídios.
FRUTÍFERAS
73

doenças da videira
Pé-Preto ou Declínio da videira .
Campylocarpon spp., ‘Cylindrocarpon’ spp.,
Cylindrocladiella spp., Ilyonectria spp. Cylindrocarpon)

Sintomas
Essa doença é ocasionada por um
complexo de agentes causais
(fungos habitantes de solo)
que comprometem o tecido
vascular e as raízes da videira,
desencadeando podridões
que impedem o fluxo de água
e nutrientes e causam a morte
prematura do vegetal.
Foto 01

Lesões escurecidas
presente nas raízes e
no colo de videiras.
Fotos: L. R. Garrido e Foto 02
R. Gava

Morfologia de conidióforos e
conídios de Cylindrocarpon
spp., agente causal da doença
do pé preto em uvas.
74 FRUTÍFERAS

doenças da videira
Estádios Fenológicos
75
76
OLERÍCOLAS
77

doenças das aliáceas


Ferrugem . Puccinia porri

Sintomas
Os primeiros sintomas ocorrem
nas folhas e no caule, na forma
de pequenas manchas brancas
que se transformam em manchas
alaranjadas (pústulas) em ambos
os lados das folhas infectadas. As
folhas das plantas severamente
afetadas ficam amarelas, murcham,
secam, e morrem prematuramente.
Os bulbos podem ter seu tamanho Foto 01
reduzido e baixa qualidade.

Pústulas de coloração alaranjada


na face adaxial de cebola.

Foto 1: László Érsek;


Foto 2: Howard F. Schwartz, Colorado State Foto 02
University, Bugwood.org.

Teliósporos (à esquerda) e
urediniósporos (à direita) de
Puccinia porri.
78 OLERÍCOLAS

doenças das aliáceas


Míldio . Peronospora destructor

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se pelo
amarelecimento do tecido foliar e
por lesões de coloração violeta.
Quando a umidade é muito alta, os
sinais do patógeno são visíveis na
superfície das folhas mais velhas
na forma de micélio de coloração
esbranquiçada.

Foto 01

Sinais e sintomas de míldio em cebola.


No detalhe, esporulação do patógeno de
coloração esbranquiçada

Foto 1: Gerald
Holmes, Strawberry Center, Cal Poly San
Luis Obispo, Bugwood.org
Foto 02

Foto 2: Edivânio Rodrigues de Araújo

Esporangióforo e esporângios de
Peronospora destructor
OLERÍCOLAS
79

doenças das aliáceas


Podridão branca . Sclerotium cepivorum

Sintomas
As plantas tornam-se atrofiadas,
apresentando amarelecimento e
murchamento das folhas.
Em casos severos, as folhas mais
velhas senescem e morrem.
Em baixas temperaturas, pode
ocorrer o crescimento de micélio
branco na base do caule.
Em condições ideias, o micélio
pode cobrir todo o bulbo e sobre Foto 01
o micélio pode ocorer a formação
de escleródios pretos, que servem
como mecanismo de sobrevivência
do fungo no solo.
Podridão em bulbos de alho causados
por Sclerotium cepivorum.
No detalhe, escleródios negros Foto 02
presentes no tecido vegetal.

Foto 1: Lindsey du Toit, Washington State


University, Bugwood.org

Foto 2: Edu HerNav


80 OLERÍCOLAS

doenças das aliáceas


Queima das folhas . Botrytis squamosa

Sintomas
Os sintomas são lesões de cor
esbranquiçada, de 1 a 5 mm de
comprimento, circundada por
halos branco-esverdeados que
parecem encharcados. Os centros
das lesões geralmente tornam-
se deprimidos com coloração
palha, e podem desenvolver uma
fenda característica orientada
longitudinalmente na lesão. Foto 01
As folhas mais velhas são mais
suscetíveis do que as folhas
mais novas.

Lesões de coloração esbranquiçada


em folhas de cebola. No detalhe, lesões
aproximadas com centros deprimidos.
Foto 02
Foto 1: https://plantix.net/pt/library
plantdiseases/100212/botrytis-leaf-blight;
Foto 2: Lindsey du Toit, Washington State
University, Bugwood.org;

Conidióforo e conídios
de Botrytis squamosa
OLERÍCOLAS
81

doenças das aliáceas


Raiz rosada . Setophoma terrestris

Sintomas
Os sintomas podem ser vistos no
sistema radicular das plantas
infectadas, que apresentam
coloração rosada característica.
Nos estádios finais da
enfermidade, as raízes podem
perder a turgescência, adquirindo
uma coloração aquosa. Em casos
severos, as plantas podem sofrer
redução de tamanho, o que afeta
Foto 01
diretamente a comercialização.

Coloração rosada de raízes ocasionada pelo


fungo S. terrestris. No detalhe, presença de
estruturas do patógeno (picnídios). Foto 02
Fotos: Sakata Webmaster

Corte de picnídio
contendo conídios
82
OLERÍCOLAS
83

doenças das brássicas


Hérnia das crucíferas . Plasmodiophora brassicae

Sintomas
O patógeno causa galhas nas
raízes em função da hipertrofia e
hiperplasia das células.
Os sintomas na parte aérea são o
enfezamento, clorose e murcha das
folhas. Raramente as plantas
doentes morrem, mas apresentam
redução do número de tamanho
das folhas.
Foto 01
Presença de galhas, sintoma
característico da Hérnica das crucíferas.

Foto 1: Gerald Holmes,


Strawberry Center, Cal Poly San
Luis Obispo, Bugwood.org;

Foto 2: Yuan-Min Shen, Taichung District


Agricultural Research and
Extension Station, Bugwood.org

Foto 02

Raízes infectadas com esporos de


Plasmodiophora. À direita célula com
plasmódio e à esquerda célula
preenchida com esporos do agente
causal da hérnia das crucíferas.
84 OLERÍCOLAS

doenças das brássicas


Mancha de Alternaria . Alternaria spp.

Sintomas
A doença é caracterizada pela
presença de manchas circulares
com anéis concêntricos rodeadas
por um halo amarelado nas
folhas. Essadoença torna a planta
imprópria para o consumo.

Manchas circulares com halo


amarelado em folhas de couve. Foto 01
No detalhe, lesões aproximadas.

Foto 1: Gerald Holmes, Strawberry Center,


Cal Poly San Luis Obispo, Bugwood.org;

Foto 2: Bruce Watt, University of Maine,


Bugwood.org Foto 02

Morfologia de conídios
de Alternaria.
OLERÍCOLAS
85

doenças das brássicas


Mofo Branco . Sclerotinia sclerotiorum

Sintomas
Os sintomas são caracterizados
pela presença de necrose no caule.
As folhas tornam-se marrom-
claras, com aspecto úmido,
murchando em seguida. Os sinais
externos são o crescimento de
micélio cotonoso e branco na
superfície dos tecidos infectados.

Foto 01
Podridão generalizada em repolho. No
detalhe, presença de micélio do patógeno.

Foto 1: Gerald Holmes, Strawberry Center,


Cal Poly San Luis Obispo, Bugwood.org;

Foto 2: Natalia Schwab, Universidade


Federal de Santa Maria, Bugwood.org
Foto 02

Morfologia de Sclerotinia sclerotiorum,


agente causal do mofo branco.
À esquerda, escleródio com a formação de
apotécio; à direita apotécio contendo
ascas e ascósporos.
86 OLERÍCOLAS

doenças das brássicas


Podridão negra . Xanthomonas campestres pv. campestris

Sintomas
A doença pode atingir mudas
e plantas adultas. Quando o
patógeno surge nas plântulas
causa o escurecimento dos
cotilédones, culminando com
a sua queda. O sintoma mais
característico é o aparecimento de
lesões amareladas, em forma de ‘V’.
Com o progresso da doença, as a
planta pode apresentar necrose e Foto 01
apodrecimento geral.

Lesões amareladas em formato de ‘V’


em couve. No detalhe, teste de exsudação
em gota com a presença de
células bacterianas em nuvem.
Foto 02
Foto 1: Gerald Holmes, Strawberry Center,
Cal Poly San Luis Obispo, Bugwood.org;;
Foto 2: Bruce Watt, University of Maine,
Bugwood.org

Bactéria causadora da podridão negra


(Xanthomonas campestris).
Bactéria gram-negativa, baciliforme e
móvel (flagelo monotríquio).
OLERÍCOLAS
87

doenças das folhosas


Antracnose ou ‘mal da sete voltas’ da cebolinha .
Colletotrichum gloeosporioides f. sp. cepae

Sintomas
Lesões deprimidas com halo ou
contorno verde-amarelado e
intensa esporulação de cor escura
no centro da lesão.

Lesão deprimida em cebolinha.


No detalhe, esporulação do patógeno.
Foto 01
Fotos: Eudes de Arruda Carvalho

Foto 02

Corte de acérvulo contendo conídios


do agente causal da antracnose
88 OLERÍCOLAS

doenças das folhosas


Cercosporiose da alface . Cercospora longissima

Sintomas
Os sintomas da doença ocorrem
inicialmente nas folhas localizadas
na porção mais baixa da planta.
As lesões possuem tamanhos
variados, com coloração marrom,
circundadas por tecido clorótico
com ponto central de coloração
acinzentada. As lesões podem
coalescem atingir grandes
áreas do tecido foliar. Foto 01

Lesões de coloração marrom causadas


pela Cercosporiose em alface.

Foto 1: Sami J. Michereff;


Foto 2: Jesus G. Tofoli e
Ricardo J. Rodrigues
Foto 02

Conidióforos livres (1)


e conídios do agente causal 2
da cercosporiose (2).

1
OLERÍCOLAS
89

doenças das folhosas


Míldio da alface . Bremia lactucae

Sintomas
As manchas foliares são verde
claras ou amarelas, com aspecto
aquoso, angulares e de formato
variável. Com a evolução da
doença, as lesões tornam-se
necróticas, apresentando um
crescimento branco aveludado na
face inferior das lesões. A doença
compromete o desenvolvimento,
afetando a produção. Foto 01

Manchas de coloração verde clara


com aspecto aquoso em folhas de
alface. No detalhe, esporulação
na face abaxial.

Foto 1: Gerald Holmes, Strawberry Center,


Cal Poly San Luis Obispo, Bugwood.org; Foto 02

Foto 2: Bruce Watt, University of


Maine, Bugwood.org E

sporangióforos (1)
e esporângios de Bremia lactucae (2)

1
90 OLERÍCOLAS

doenças das folhosas


Murcha de esclerócio em alface . Sclerotium rolfsii

Sintomas
Os sintomas são vistos
inicialmente em folhas que estão
em contato direto com o solo,
causando o apodrecimento das
raízes. Consequentemente, as
plantas murcham e necrosam.
Os escleródios são redondos,
inicialmente brancos, tornando-se
marrom-escuros com o avanço
da doença. Há o crescimento de Foto 01
micélio cotonoso na
base da planta.

Podridão de coloração escura em alface.


No detalhe, presença de escleródios
negros, juntamente com micélio
esbranquiçado. Foto 02

Foto 1: Ailton Reis;

Foto 2: Carlos Alberto Lopes

Hifas e escleródios de
Sclerotium rolfsii.
OLERÍCOLAS
91

doenças das folhosas


Septoriose em salsinha . Septoria petroselini

Sintomas
Os sintomas são caracterizados
por manchas pequenas, irregulares
decor castanha clara, circundadas
por um halo amarronzado.
No interior das lesões há pequenos
pontos escuros (picnídios).
Em ataques severos pode haver
a queima das folhas.

Manchas de coloração Foto 01


parda em folhas de salsinha.
No detalhe, presença das estruturas do
patógeno (picnídios)

Foto 1: Andy Wyenandt;

Foto 2: Bruce Watt, University


of Maine, Bugwood.org
Foto 02

Corte de picnídio (1) 2


e conídios alongados (2)
do agente causal de septoriose.

1
92
OLERÍCOLAS
93

doenças das solanáceas


Cancro bacteriano . Clavibacter michiganensis
subsp. michiganensis

Sintomas
Os sintomas iniciais tornam-se
aparentes na forma de murcha das
folhas inferiores. As margens das
folhas sintomáticas costumam
enrolar-se para cima e as áreas
internervais tornam-se verde
pálido a amarelo e desenvolvem
áreas necróticas. Plantas
severamente infectadas morrem
prematuramente. Nos frutos, Foto 01
lesões de olho de pássaro (mancha
branca elevada desenvolvendo
um centro necrótico) na superfície
do fruto são as principais
características de
diagnóstico do cancro.
Sintomas em folhas de solanáceas.
No detalhe, lesões ‘olho de pássaro’ em
tomate e batata.
Fotos: Carlos Alberto Lopes. Retirar J.D.
Janse, Plant Protection Service, Bugwood.
org; Fotos 2 e 3: https:// alchetron.com/
Clavibactermichiganensis
Foto 02

Bactéria causadora do cancro (Clavibacter


michiganensis subp. michiganensis).
Bactéria grampositiva e não móvel.

Foto 03
94 OLERÍCOLAS

doenças das solanáceas


Mancha de Alternaria . Alternaria spp.

Sintomas
Os sintomas ocorrem nos frutos,
caule e folhas de tomates e caule,
folhas e tubérculos de batatas.
Os sintomas iniciais nas folhas
aparecem como pequenas lesões
pretas ou marrons, geralmente
cercadas por um halo amarelado.
Com o avanço da doença, folhas
inteiras tornam-se cloróticas e
podem sofrer a queda.
As lesões que ocorrem nas hastes Foto 01
geralmente são afundadas e
possuem anéis concêntricos
típicos. A infecção do tomate verde
e maduro ocorre normalmente
através do cálice. As frutas
infectadas frequentemente caem
prematuramente. Os sintomas
nos tubérculos de batata são
caracterizados por lesões
irregulares e afundadas, que
geralmente são cercadas por uma
borda roxa elevada.
Lesões de coloração parda em folhas de
tomate e sintomas em tomate e batata. Foto 02

No detalhe, esporulação do fungo. Foto 1:


Rebecca A. Melanson; Foto 2: Henrique da
Silva Silveira Duarte

Morfologia
de conídios
de Alternaria.
Foto 03
OLERÍCOLAS
95

doenças das solanáceas


Murcha bacteriana . Ralstonia solanacearum

Sintomas
Na batata e no tomate, os
primeiros sintomas visíveis
geralmente são o murchamento
das folhas mais jovens nas horas
mais quentes do dia, parecendo
se recuperar durante a noite.
Com o avanço da doença,
toda a planta pode murchar
rapidamente e secar, culminando
com a morte do vegetal. Outro
sintoma é o nanismo das plantas,
que pode aparecer em qualquer Foto 01

estágio de desenvolvimento.
Em hastes jovens, os feixes
vasculares infectados tornam-se
escurecidos (coloração marrom).
Em batata, os sintomas podem
estar presentes nos tubérculos,
na forma de uma descoloração
marrom-acinzentada dos tecidos
vasculares, também chamada de
anel vascular. A ocorrência de
exsudado branco-leitoso indica a
presença de células bacterianas.
Sintoma de murchamento em folhas de
batata e lesões no tubérculo. No detalhe, Foto 02
escurecimento de tecidos vasculares.
Fotos 1 e 2 de Carlos Alberto Lopes. Foto 3
de National Plant Protection Organization,
the Netherlands Bugwood.org

Bactéria causadora
da murcha bacteriana
(Ralstonia solanacearum).
Foto 03
Bactéria gram-negativa,
baciliforme e móvel.
96 OLERÍCOLAS

doenças das solanáceas


Oídio do tomateiro . Oidium neolycopersici

Sintomas
Lesões brancas pulverulentas em
toda a parte aérea do vegetal,
exceto no fruto. Em surtos graves,
as lesões coalescem, debilitando
a planta. Extremamente comum
em estufas de tomate, porém, sua
importância vem aumentando em
tomates cultivados à campo.

Lesões de coloração esbranquiçada


Foto 01
na face superior de folhas de tomate.

No detalhe, esporulação do patógeno.

Foto 1: D. Blancard;

Foto 2: Inga Meadows

Foto 02

Morfologia de conídios de Oidium.


Conídios hialinos cilíndricos em cadeia.
OLERÍCOLAS
97

doenças das solanáceas


Podridão mole . Pectobacterium spp.

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se por
lesões murchas e aquosas e
escurecimento do caule. Na casca
de tomates infectados, dobras e
rachaduras, seguida pelo
desenvolvimento de uma
gosma branca cremosa podem
ser observados, levando ao
colapso total da planta. Um odor
desagradável também pode Foto 01
ocorrer quando organismos
secundários invadem
os tecidos infectados.

Podridão do tubérculo de batata.


No detalhe, lesões internas no tubérculo.
Foto 02
Foto 1: Carlos Alberto Lopes.
Foto 2: https://www.picuki.com/tag/
podridaomole

Bactéria causadora da podridão


mole (Pectobacterium spp.).
Bactéria gram-negativa e móvel
(flagelo peritríquio).
98 OLERÍCOLAS

doenças das solanáceas


Requeima . Phytophthora infestans

Sintomas
Os sintomas ocorrem nas folhas e
são caracterizados por lesões
circulares. O centro escuro é
frequentemente cercado por
tecido clorótico amarelado, que
progride para o marrom. Essas
lesõesgeralmente ocorrem nas
pontas ou bordas das folhas.
Os tomates afetados
desenvolvem coloração escura Foto 01
e oleosa, com a presença de
crescimento fúngico branco e
cotonoso, que frequentemente se
desenvolve em condições úmidas.
Sintomas de requeima em folhas e frutos
de tomateiro. No detalhe, esporulação
esbranquiçada do patógeno.
Foto 1: Henrique da Silva Silveira Duarte;
Foto 2: Yuan-Min Shen: Bugwood.org;
Foto lupa: https://www.agric.wa.gov.au/
plantbiosecurity/ late-blight-potato-and-
tomatodeclared-pest
Foto 02
P. infestans: hifas sem septos, esporângios
semi- papilados e caducos. Oósporos de
anterídio anfígeno

Foto 03
OLERÍCOLAS
99

doenças das solanáceas


Septoriose . Septoria lycopersici

Sintomas
Os sintomas caracterizam-se
por lesões circulares a elípticas,
com umcentro cinza escuro,
cercado por um halo amarelo,
principalmente nas folhas mais
velhas. Geralmente, as manchas
coalescem, ocasionando o
desfolhamento. Picnídios são
produzidos no centro das lesões.
Foto 01
Lesões de coloração acinzentada com halos
amarelados em folhas de salsinha.

No detalhe, esporulação do
patógeno (picnídios).

Foto 1: Brenda Kennedy, University of


Kentucky, Bugwood.org
Foto 02
Foto 2: Paul Bachi, University of Kentucky
Research and Education Center,
Bugwood.org

Morfologia de picnídios e conídios


multiseptados de Septoria lycopersici.
100 OLERÍCOLAS

doenças das solanáceas


Estádios Fenológicos
101
102
103

equipe técnica

Fitopatologia

Heloisa Thomazi Kleina


heloisathomazi@ufpr.br

Flávia Santos
flaviasantosbio@gmail.com

Thiago de Aguiar Carraro


thiago.carraro@ufpr.br

Henrique da Silva Silveira Duarte


henriqueduarte@ufpr.br

Louise Larissa May De Mio


maydemio@ufpr.br

Design
Carolina Calomeno
carolcalomeno@ufpr.br
104
105

bibliografia e sites
de imagens utilizados
BASSANEZI, R. B.; SILVA JR., G. J.; COLETTO, T. S.; NASCIMENTO, T.;
FEICHTENBERGER, E.; BELASQUE OLIVERA, H. Interações entre fungos
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