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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

DISCIPLINA PPPVII

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A


SOCIEDADE

RENATA DE SOUZA VERAS¹

JOSEFA JUSCIMEIRE CONRADO BELO CAVALCANTE²

UNIDADE – MARAPONGA

FORTALEZA-CE

2021
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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A


SOCIEDADE

Renata de Souza Veras¹


Josefa Juscimeire Conrado Belo Cavalcante²

RESUMO
O artigo com o título: Educação de Jovens e Adultos: e suas contribuições para a
sociedade. Tem como objetivo trazer a luz as contribuições da EJA para a
sociedade, tendo como objetivos específicos, entender: qual sua importância, qual o
objetivo da EJA, quais ganhos sociais a EJA pode oferecer. O estudo justifica como
exigência da disciplina PPPVII do curso de pedagogia. A metodologia aplicada na
pesquisa foi de cunho bibliográfico. Os autores que fundamentam as leituras foram:
LIBÂNEO (2000), FREIRE (1987). Diante das leituras percebemos que a Educação
de Jovens e Adultos busca combater o analfabetismo, desenvolvendo a função
reparadora, onde visa incluir seus educandos na sociedade, contribuindo para a
construção de um cidadão crítico, explicitando a dificuldade que as instituições de
ensino que oferecem essa modalidade enfrentam para ofertar uma educação de
qualidade, com isso entendemos que não basta exclusivamente assegurar a
matrícula dos alunos ou incluí-los na escola. É necessário elaborar condições para a
retenção dos educandos, visto que a inclusão não se dá apenas ao ato de introduzir,
mas de propiciar um constante auxílio no desenvolvimento integral do aprendiz.
Palavras-chave: EJA. Contribuição Social.

INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos no Brasil, está divida em dois
momentos. A partir da década de 1930, a EJA se inicia no Brasil, destacando-se no
cenário educacional do país, no ano de 1934, o governo elabora o Plano Nacional de
Educação que determinou como responsabilidade do Estado, de regularidade
essencial e abrangente para adultos como direito constitucional (FRIEDRICH et.al,
2010). A Educação de Jovens e Adultos no Brasil, como práxis sociáveis por meio
das entidades educacionais formais ou não. Essa categoria de educação
frequentemente sofreu obstáculos e adversidades, a começar pelos jesuítas que
eram incumbidos pela educação no período da colonização do Brasil.
Na década de 1950, a Campanha de Educação de Jovens e Adultos, teve
diversas opiniões pelas estratégias utilizadas, foi dissipada por não conseguir
respostas efetivas. Mostra-se nesse contexto uma alusão no cenário de ensino para
Jovens e Adultos: Paulo Freire. Com a pedagogia de Paulo Freire, surgi, no início
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dos anos de 1960, a Educação Popular, que se vinculava o ato político próximo aos
círculos comunitários. No ano de 1964, foi adotado o Plano Nacional de
Alfabetização, que precisaria alcançar o país inteiro, norteado pelo projeto
pedagógico de Paulo Freire, mas, foi excluída pelo golpe militar de 1964 e
representada pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL).
O presente trabalho tem como objetivo manifestar quais contribuições a
EJA pode oferecer para a sociedade, buscando identificar qual sua importância, seu
objetivo e quais os ganhos sociais essa modalidade disponibiliza para o educando. A
implicância pelo tema surgi a partir da exigência da disciplina de PPPVII do curso de
pedagogia. Percebemos que a EJA tem o intuito de combater o analfabetismo, tendo
sua função reparadora, no qual procura inserir os indivíduos na sociedade, que
buscam essa modalidade de ensino, colaborando para a construção de um cidadão
crítico, revelando a dificuldade que as entidades de ensino, que ofertam tal
modalidade, enfrentam. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 1º diz:
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos,
que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

Todavia podemos perceber que a EJA é fundamental para incluir pessoas


que por motivos pessoais tiveram que abandonar a escola em algum momento,
reduzindo o número de adultos analfabetos, tornando-os cidadãos mais críticos e
atuantes da sociedade.
A Educação de Jovens e Adultos propõe-se vencer o analfabetismo,
fortalecendo o papel reparador, incluindo seus educandos na sociedade tornando-o
um cidadão com criticidade. De acordo com Freire, a educação é uma prática de
assistência entre os agentes da educação. Além de ser um direito garantido pelo
estado Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), sendo dever do
governo oferecer uma educação de qualidade aos jovens e adultos que em algum
momento.
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DESENVOLVIMENTO

Verificamos a importância da escola e do docente no rompimento dos


obstáculos que cercam a EJA, a fim de contribuir na aquisição do conhecimento e
desenvolvimento dos educandos dessa modalidade, afim de desenvolver o
pensamento crítico dos alunos, buscando contribuir para sua autonomia e criticidade.
A modalidade de Jovens e Adultos pretende bastante desse posicionamento por
parte dos educadores e todos que compõe o âmbito escolar, pois a educação vai
para além dos conteúdos aplicados em sala de aula; para que assim seja capaz de
alcançar o pensamento crítico, e que esse pensamento esteja a se transformar atos
objetivos de interferências na sociedade, de que modo Freire (2011, p.67), expõe
que, “a capacidade de aprender, não apenas para nos adaptar, mas sobretudo para
transformar a realidade, para nela intervir, recriando-a”, este teria de referir-se o
fundamental propósito do processo de ensino e aprendizagem, transformar o
conhecimento aprendido em atos de melhoria no cotidiano. Sendo assim
entendemos que a EJA, tem como uma das funções contribuir para a luta contra a
exclusão social e como função reparadora, capaz de desenvolver seus educandos,
capaz de atuar na sociedade com autonomia e criticidade.
Para Paulo Freire (1982) a heterogeneidade e diversidade na EJA
representam desafios que podem transformar-se tanto em dificuldades como em
potencialidades para o sucesso educativo e social. “pela educação, o homem torna-
se sujeito do e não objeto do processo educativo, princípio da formação da
consciência crítica, de formação para autonomia política” (FREIRE, 1987, p. 45)
Para Paulo Freire a desigualdade entre as classes promovia a opressão
da classe menos favorecida. Durante sua trajetória, respaldou que a educação como
forma de estimular a criticidade dos educandos, criando oportunidade para a
ampliação da consciência social dos discente afim de alcançar sua autonomia.
Contudo, em análise no que se refere a desigualdade social, Libâneo (2010, p.199)
nos emprega:
As análises apresentadas nesta exposição apontam efetivamente para uma
condição pós-moderna à qual não podemos virar as costas. Apontam,
também, para a inevitabilidade de compreender o país no contexto da
globalização e, ao mesmo tempo, para a necessidade de serem adotadas
estratégias de superação das desigualdades sociais, entre elas o
fortalecimento dos espaços de participação da sociedade e as condições
básica de saúde, emprego, educação básica.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este artigo teve como principal objetivo expressar quais benefícios a


Educação de Jovens e Adultos é capaz de ofertar para a sociedade, procurando
reconhecer qual sua relevância, seu propósito e quais os ganhos sociais essa
modalidade propicia para o discente.
Através da pesquisa realizada conseguimos identificar a importância que
esta modalidade de ensino oferece para a sociedade, enquanto sua função
reparadora e inclusiva para educandos que não possuíram continuação educacional,
ou que não dispuseram o benefício efetivo de se reconstituir, assumindo o,
proporcionando o, para uma construção de indivíduos independentes. A Educação
de Jovens e Adultos proporciona intervenções educacionais beneficiando aos alunos
não meramente o ingresso no âmbito escolar, mas de sorte que igualmente à
educação contínua que encoraja ao discente a enfrentar com, as mudanças que
acontecem na sociedade.
A EJA tem como finalidade produzir uma atual estrutura de educação, e
desmontando mitos antigos como relata Cury (2000, p.49): “A desvinculação do
analfabetismo de dimensões estruturais da situação econômica, social e política do
país legitimava uma visão do adulto analfabeto como incapaz e marginal,
identificando psicologicamente como criança”. A EJA dispõe de categoria de ensino
para acolher os discentes que não dispuseram admissão ou frequência do ensino na
idade adequada. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN N.
9.394/96), no 37 preconiza que “a Educação de Jovens e Adultos será destinada
aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental
e Médio na idade própria”. Com o objetivo, propósitos e comprometimento com a
construção do indivíduo, havendo ingresso à cultura geral, assim os alunos,
desenvolva sua criticidade e condutas morais com comprometimento político e
fortalecimento de sua liberdade racional. Para melhor entendermos apresentamos: A
começar do apreço que a Educação de Jovens e Adultos foi elaborada para
considerar um público esquecido econômico e socialmente, executara um papel
fundamental capaz de se edificar para a fim de fortalecer a identidade de classe que
sobrevive do próprio trabalho, que tradicionalmente ficou excluído do ingresso à
educação, contudo, em especial por sua situação de classe dominada, não pode
renunciar de um ensino de qualidade, a começar mesmo de seu ponto de vista, o
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que não assemelha existir o que está colocado no processo de ensino e


aprendizagem. (BERNARDIM, 2006, p.97) “A EJA deve ter uma estrutura flexível,
capaz de contemplar inovações e tenham conteúdos significativos, que respeite a
singularidade de cada indivíduo seu tempo de aprendizagem”.
Apesar disto, percebemos que o EJA como modalidade de ensino tem
enfrentado diversos obstáculos no cotidiano escolar, tanto para as organizações
educacionais quanto para os educandos que enfrentam dificuldades para manter sua
rotina escolar diária.
Ao longo das leituras feitas verificamos que é perceptível que há a
necessidade de reflexões e discussões mais profundas sobre o tema estabelecido. A
finalidade de tais ações consiste em obter novas estratégias, mais precisamente
dispondo das tecnologias a favor da inserção da EJA como prioridade no processo
de ensino e aprendizagem, visando impactar positivamente o educando no seu
desenvolvimento integral, como também manifestar melhorias significativas para
esta modalidade, fazendo com que o estado reflita sobre propostas que possam
oferecer recursos viáveis para as instituições que oferecem tal modalidade de
ensino, como para o educandos que recorrem a mesma.
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REFERENCIAS

BERNARDIM, M. L. Da escolaridade tardia à educação necessária: estudo das


contradições na EJA em Guarapuava – Pr. Dissertação de Mestrado –
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2006.

BRASIL. Lei nº 9.934, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 05 abr. 2021.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Parecer do CNE/CEB 11/2000: diretrizes


curriculares nacionais para educação de jovens e adultos. Disponível em:
<http://www.portal.mec.gov.br.> Acesso em: 08 de abr. de 2021.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.


São Paulo: Paz e Terra, 2002.

LIBÂNEO. José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, Para Que?/ 12. Ed. São Paulo:
Cortez, 2010.

LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. de; TOSCHI, M. S. (Org.). Educação escolar:


políticas, estrutura e organização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2012.

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