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VENHA CRESCER COM A GENTE

CURSO DE ELETRICISTA RESIDENCIAL E PREDIAL

1
SUMÁRIO

1 Tensão...............................................................................................................................04
1.1 Corrente.........................................................................................................................04

1.2 Voltagem e Amperagem...............................................................................................04


2 Aparelhos de Medidas.....................................................................................................05
3 Potência Elétrica..............................................................................................................06

3.1 Efeitos da Potência.......................................................................................................06


3.2 Efeito Calorífico.............................................................................................................06

3.3 Efeito Mecânico.............................................................................................................07


3.4 Efeito Luminoso............................................................................................................07
3.5 Potência Reativa...........................................................................................................07

3.6 Potência Ativa...............................................................................................................07


3.7 Potência Aparente........................................................................................................08

4 Resistência Elétrica.........................................................................................................08
5 Calculando as grandezas elétricas................................................................................09
6 Exercício 1........................................................................................................................12

7 Circuitos Elétricos...........................................................................................................14
7.1 Circuitos em Série e em Paralelo................................................................................14

8 Associação de Resistores..............................................................................................15
8.1 Associação em Série....................................................................................................15
8.2 Análise do Circuito em Série.......................................................................................16

8.3 Análise do Circuito em Paralelo..................................................................................18


9 Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica..........................................20

9.1 Sistema Interligado Nacional.......................................................................................21


10 Rede Pública de Baixa Tensão (BT).............................................................................21
11 Medidores de Energia e o Padrão de Entrada.............................................................22

11.1 Ligação dos Medidores..............................................................................................22


12 Quadro de distribuição..................................................................................................24

13 Dispositivos de Proteção..............................................................................................25

2
13.1 Classificação dos Disjuntores...................................................................................25

13.2 Dispositivo Diferencial Residual – DR......................................................................26


13.3 Dispositivo de Proteção contra Surto – DPS...........................................................27

14 Exercício 2......................................................................................................................28
15 Ligações Elétricas Residenciais...................................................................................29
15.1 Interruptor de 1 seção................................................................................................29

15.2 Interruptor de 2 seções..............................................................................................30


15.3 Interruptor de 3 seções..............................................................................................32

15.4 Interruptor paralelo.....................................................................................................33


15.5 Interruptor intermediário............................................................................................34
15.6 Tomadas......................................................................................................................36

15.7 Interruptor com Tomada.............................................................................................38


15.8 Interruptor de 2 seções com Tomada.......................................................................39

15.9 Sensor de Presença ou Movimento..........................................................................41


15.9.1 Relé Fotoelétrico......................................................................................................42
16 Formas de ligar um dispositivo DR..............................................................................43

16.1 Como escolher um DR................................................................................................46


16.2 Formas de ligar um DPS classe II..............................................................................47

16.3 Como escolher um DPS classe II..............................................................................49


16.4 Exercício 3.…...….......…..........................…....…..…..............…..........…................…50
17 Os três níveis de proteção em um quadro de Distribuição.......................................52

17.1 Monofásico..................................................................................................................53
17.2 Bifásico........................................................................................................................59

17.3 Trifásico.......................................................................................................................65
18 Medição Agrupada.........................................................................................................71
19 Dimensionando o Ramal de entrada e saída do agrupamento..................................74

20 Exercício 4......................................................................................................................79
22 NBR 5444..................................………………………………………………………………81

3
Tensão Elétrica
A Tensão Elétrica é uma diferença de potencial
elétrico (ddp) entre dois pontos, traduzindo de uma
forma bem simples e comparativa seria a força
necessária para movimentar os elétrons e criar
assim uma corrente elétrica.
A Tensão pode ser contínua ou Alternada.

Contínua - Não muda de polaridade com o passar do tempo, exemplo: uma


simples pilha, a polaridade da pilha será sempre a mesma.
Alternada - A polaridade será alternada de acordo com a frequência, no caso
de uma tomada a frequência é de 60 Hz ( dependendo da Concessionária), isto
quer dizer que a polaridade dessa tensão vai alternar 60 vezes por segundo.

Corrente Elétrica

É o fluxo de elétrons através de um material condutor quando este é ligado a


uma fonte de tensão.
Uma fonte de tensão contínua (como bateria de carro) provoca uma corrente
contínua no circuito, enquanto que uma fonte de tensão alternada (como a
tomada) provoca no circuito uma corrente alternada.

Gráfico senoidal

O Termo Voltagem e Amperagem


Amperagem é o termo leigo quando se quer referir à corrente, enquanto o termo
voltagem se refere a tensão elétrica.
Você pode muito bem falar “amperagem” se estiver conversando com outra
pessoa e estiver explicando as coisas de maneira mais simples, mas sempre
que possível diga “corrente” se precisar respeitar o termo técnico. A mesma coisa
no caso de voltagem para se referir a tensão. No caso da escrita, uma opção é
usar os termos entre aspas, mostrando assim que você está usando uma
linguagem coloquial.

4
APARELHOS DE MEDIDAS
Multímetro
Como o próprio nome indica (Multi = Vários / Metro = Medida), multímetro é o
aparelho que mede várias grandezas elétricas.
Atualmente existem multímetros com VÁRIAS FUNÇÕES. Além das tradicionais
medições ( resistência, tensão, corrente e continuidade) podemos encontrar em
um bom multímetro opções para medir frequência, temperatura, capacitância e
indutância.
Por tudo isso, e por ser portátil, ele é muito prático na análise de circuitos com
defeitos.
Observe as imagens abaixo:

Multímetro analógico Multímetro digital


Este tipo de alicate da imagem abaixo é um instrumento de medida muito usado.
É chamado de alicate amperímetro. Em geral, o alicate é usado em outros tipos
de medidores, dada a facilidade de medição que proporciona.

Como na maioria dos circuitos é inviável interromper a ligação para conectarmos


o amperímetro em série.
As bobinas presentes nos “ braços” do alicate captam a variação do campo
eletromagnético.
Assim, a Corrente Elétrica é calculada pelo aparelho e exibida no mostrador.
Ele também mede resistência e tensão elétrica, como pode ser visto nas escalas
e valores ao lado do botão central (seletor).

Modelos de multímetro:

5
POTÊNCIA ELÉTRICA

É a capacidade de realizar trabalho por um intervalo de tempo. A potência


elétrica é representada pela letra “P” e sua unidade de medida padrão é o Watts
(W). Em um circuito simples a potência é calculada como sendo um produto da
tensão pela corrente ( Potência (P)= Tensão (E) x Corrente (I)).

Equação

P=VxI

EFEITOS DA POTÊNCIA
A potência elétrica é mais percebida pelo homem pelos seus efeitos e dentre
estes podemos destacar três:

✓ Efeito Calorífico;
✓ Efeito Mecânico;
✓ Efeito Luminoso.

Ex: EFEITO CALORÍFICO (CALOR)

Nos fornos elétricos, por exemplo, os elétrons passando pelo resistor produzem
calor.

6
EFEITO MECÂNICO

Nos motores elétricos, os elétrons produzem força


motriz que serve para movimentar máquinas e
equipamentos na indústria , no comércio e nas
residências.

EFEITO LUMINOSO

Nas Lâmpadas os elétrons produzem energia luminosa.

Em um circuito de corrente alternada podemos encontrar 3 tipos de potência:


ATIVA, REATIVA ou APARENTE.

POTÊNCIA REATIVA
É a medida em VAr (Volt Ampére reativo). É utilizada basicamente para carga
nos capacitores e para produção de campos magnéticos nas bobinas dos
motores, transformadores, reatores e lâmpadas fluorescentes.
A potência reativa, por sua vez, não realiza o trabalho em si. Isso significa que
não é essa energia que liga os eletroeletrônicos e outros equipamentos. Sua
medida é feita também em KVar, que significa Kilovolt-Amper-Reativo.

POTÊNCIA ATIVA
Potência ativa é medida em Watts (W) e é basicamente consumida na parte
resistiva dos circuitos elétricos, incluindo-se as resistências naturais dos
condutores elétricos.
Potência ativa está relacionada à geração de calor, movimento ou luz.
Basicamente, ela pode ser considerada como a média da potência elétrica
gerada por um único dispositivo com dois terminais. É resultado do gasto
Energético após o início de cada processo de transmissão de energia, como o
da corrente elétrica até os equipamentos que temos em casa, ou mesmo em
máquinas industriais. A potência ativa, que pode ser medida em Watts (W) ou
Kilowatts (KW) é a energia que será realmente utilizada.

7
POTÊNCIA APARENTE

É medida em VA (Volt Ampére). É a soma das potências ativa (W) e reativa


(VAr).
A soma entre potência ativa e reativa gera a potência aparente, medida também
em Kilo Volt Ampéres (KVA), e também chamada de fator de potência ou energia
total. É esta medida que pode indicar se a energia consumida é o suficiente para
um ou outro abastecimento elétrico, bem como apontar onde há a necessidade
de melhoria no fornecimento. Para se ter uma idéia da importância da energia
aparente, um baixo fator de potência pode provocar:
✓ Tensões variadas que podem provocar a queima de motores;
✓ Perda de energia e aumento de consumo;
✓ Aquecimento de condutores e diminuição da vida útil das instalações
transmissoras de energia;
✓ Entre outros.

RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Quando um condutor é ligado a uma fonte de tensão (V), ele passa a ser
percorrido por uma Corrente Elétrica que consiste no movimento dos elétrons
livres no condutor. Para a maioria dos condutores, essas grandezas são
proporcionais, de forma que a razão entre elas é uma constante.

= Constante

Essa constante é a resistência elétrica do condutor e é representada pela letra


R. Assim a relação acima pode ser reescrita como:

Essa equação é conhecida como a Primeira Lei de OHM.


A resistência elétrica pode ser definida como a capacidade que um corpo tem
de opor-se à passagem de corrente elétrica quando submetido a uma diferença
de potencial. Ela deve-se ao fato de que o movimento dos elétrons ocorre de
forma desordenada nos condutores, por isso eles colidem entre si e com os
demais átomos que formam o condutor. Quanto maior for o número de colisões,
maior será a dificuldade que a corrente elétrica terá de atravessar o condutor.
Essa dificuldade é o que caracteriza a resistência elétrica.

8
Alguns fatores que determinam a resistência elétrica de um condutor são:
✓ Área de seção transversal: corresponde à largura. Quanto mais largo
for o condutor, mais facilmente os elétrons passarão por ele, o que
causará diminuição na resistência;
✓ Comprimento: se um condutor for muito extenso, maior será o caminho
a ser percorrido pelos elétrons, aumentando a possibilidade de choques
e causando perda de energia durante o percurso. Dessa forma, quanto
maior for o comprimento, maior será a resistência.
✓ Material que o constitui: os materiais que possuem maior quantidade de
elétrons livres são os que oferecem maior facilidade para a passagem da
corrente, portanto, uma menor resistência elétrica. Os melhores exemplos
são os metais.

CALCULANDO AS GRANDEZAS ELÉTRICAS


Algumas vezes precisamos do valor de corrente elétrica, porém só temos a
tensão e a potência nominal do aparelho. Ou então precisamos descobrir a
corrente de um equipamento cujos valores que conhecemos são apenas
resistência e tensão.
Você sabia que é possível descobrir o valor de uma grandeza elétrica sabendo
pelo menos o valor de outras duas? Tudo isso devido ao fato de algumas
grandezas serem diretamente proporcionais a outras e em outros casos
inversamente proporcionais.
Pois bem, hoje iremos aprender a fazer a conversão de algumas das principais
grandezas elétricas. Caso você queira ir direto ao ponto (sem muita teoria),
segue abaixo um macete para facilitar sua vida, mas antes preste bastante
atenção nas informações abaixo:
São quatro as grandezas elétricas mais utilizadas.
Tensão: é simbolizada pela letra E, V ou U, e sua unidade é o Volt (V).
Corrente Elétrica: é simbolizada pela letra I, e sua unidade é o Ampére (A).
Potência Elétrica: é simbolizada pela letra P, e sua unidade é o Watt (W).
Resistência Elétrica: é a grandeza que mede o grau de oposição que
determinado componente faz à passagem de corrente elétrica. É simbolizada
pela letra R. Sua unidade é o OHM ( ).

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Então, dado o valor de duas grandezas você será capaz de descobrir o valor da
terceira grandeza, baseado nas fórmulas e macetes abaixo:

Triângulo da Potência Equações aplicáveis

Lei de Ohm. Equações aplicáveis


Exemplo 1:
Um chuveiro elétrico tem a potência nominal de 5500 W e está ligado em uma
rede de 220 V. Qual é a corrente elétrica ?
I=P÷V
I = 5500 ÷ 220
I = 25 A
Qual é a resistência desse mesmo chuveiro?
R=V÷I
R = 220 ÷ 25
R = 8,8

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Exemplo 2:
Um chuveiro elétrico tem a potência nominal de 5500 W e está ligado em uma
rede de 127 V. Qual é a corrente elétrica?
I=P÷V
I = 5500 ÷ 127
I = 43 A
Qual é a resistência desse mesmo chuveiro?
R=V÷I
R = 127 ÷ 43
R = 2,95
Espaço para Anotações

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EXERCÍCIO 01

1°- Alimentando um determinado consumidor com potência ativa de 2800 W em


uma tensão de 127 V, qual será sua corrente elétrica ?

2°- Um Eletricista precisa saber se a corrente elétrica de determinada máquina


para tentar dimensionar o disjuntor e cabo desse circuito, como ele esqueceu
seu multímetro a única forma de obter o valor dessa grandeza será através de
outras. Quais são essas grandezas?

3°- Um aparelho bivolt (127/220) com corrente elétrica de 30 A ligado a um ddp


de 127 V precisa ter a corrente reduzida. Diga como reduzir a corrente e qual
será o valor dessa corrente elétrica?

4°- Um condutor com resistência de 2,5 se opondo a uma corrente elétrica de


15 A. Qual tensão está sendo aplicada a ele?

5°- 22 Ohms multiplicados por 33 Ampéres. Que unidade terá esse resultado?

6°- Defina Corrente Elétrica?

7°- Defina Tensão Elétrica?

8° - Qual a principal característica da corrente contínua?

12
9°- Qual a principal característica da corrente alternada?

10°- Ao utilizar um aparelho para medir tensão alternada que escala devemos
usar?
a) V~
b) A-
c) V-
d)
e) A~
11°- Ao utilizar um aparelho para medir corrente alternada que escala devemos
usar?
a) V~
b) A-
c) V-
d)
e) A~
12°- Ao utilizar um aparelho para medir corrente contínua que escala devemos
usar?
a) V~
b) A-
c) V-
d)
e) A~

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CIRCUITOS ELÉTRICOS
É importante saber alguns conceitos básicos sobre circuitos elétricos, a princípio
podemos definir que circuito elétrico é a ligação de elementos elétricos
através de condutores, formando um caminho fechado para a circulação
da corrente elétrica. Esses apesar de simples, apresentam bastante
dificuldades para serem explicados a pessoas leigas nos estudos de eletricidade,
mas esse com certeza não é o seu caso!
Toda vez que você ligar algo e faz funcionar você criou um circuito, ou seja, todo
equipamento elétrico só funciona se estiver ligado a um circuito. O circuito
elétrico é explicado como sendo um ou mais caminhos fechados em que se
percorre a corrente elétrica. Mas é necessário entender outros elementos
presentes em um circuito elétrico.
Para complementar o circuito, podem ser colocados adicionalmente
componentes de controle e comandos das cargas, como por exemplo, um
interruptor para ligar e desligar a lâmpada deste circuito.

Circuito Simples

CIRCUITO SÉRIE E PARALELO


Quando as cargas estiverem em série haverá somente um caminho para que a
corrente elétrica percorra. Caso as cargas estejam em paralelo, haverá um ponto
no circuito onde a corrente elétrica irá ser dividida, pois haverá mais de um
caminho para ela percorrer.
Veja as figuras abaixo:
Circuito em Série Circuito em Paralelo

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Há ainda a possibilidade de o circuito ser ligado de forma mista, tendo parte das
cargas em série e parte das cargas em paralelo. O comportamento da corrente
elétrica neste tipo de circuito dependerá da ligação naquele ponto, tendo em
momentos em que a corrente elétrica será dividida e em outros a mesma seguirá
sem divisão.

Se liga na dica !
Todo circuito residencial é ligado em paralelo, pois isso garante que haja a
mesma tensão em cada fonte de tomada ou ponto de iluminação, pois somente
dessa forma é que podemos garantir tensão igual em todos os pontos.

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES (Cálculos básicos)


Para entender melhor o que acontece com as grandezas elétricas dentro de um
circuito, vamos agora aprender através de cálculos como essas grandezas se
comportam entre elas e que proporção uma tem em relação as outras.
Simbologia da resistência:

Associação em Série
Em uma associação em série de resistores, a resistência total (Equivalente) é
igual à soma de todos os resistores que compõem a associação. A resistência
total de uma associação sempre será maior que o resistor de maior resistência
da associação. Observe abaixo:

R1= 10

V R2= 15
R3= 20

15
Rt = R1 + R2 + R3
Rt = 10 + 15 + 20
Rt = 45 #
ANÁLISE DO CIRCUITO EM SÉRIE COM BASE NA 1° LEI DE OHMS

127 V

CALCULANDO !!!
Resistência Total ou Equivalente:
Rt = R1 + R2 + R3
Rt = 10 + 15 + 20
Rt = 45 #

Para acharmos a corrente total (It) teremos que primeiro descobrir a tensão total
(Et), e para isso, basta olharmos para a tensão de alimentação dos resistores do
circuito acima:
Et = 127 V #
De posse do valor de tensão total encontrada iremos agora usar a seguinte
equação para encontrar a corrente total (It):
It = Et It = 127 V It = 2,82 A #
Rt 45

Dica: no circuito em série a corrente será igual para todos os resistores.

16
It = 2,82 A

R1 = 10
It = 2,82 A

127 V R2 = 15
It = 2,82 A

R3 = 20
It = 2,82 A

Agora vamos achar o valor de tensão que cada resistor está recebendo, os
cálculos deverão ser feitos baseados na 1° Lei de Ohms.

Resistor 1:

E1 = R1 x I1 > E1 = 10 x 2,82 A > E1 = 28,20 V

Resistor 2:

E2 = R2 x I2 > E2 = 15 x 2,82 A > E2 = 42,3 V

Resistor 3:

E3 = R3 x I3 > E3 = 20 x 2,82 A > E3 = 56,4 V

Agora que já definimos o valor das grandezas deste circuito, o mesmo ficou da
seguinte forma:

It= 2,82 A
E1= 28,20 V
R1 = 10
It = 2,82 A

E2 = 42,30 V
R2 = 15
127 V It = 2,82 A
E3 = 56,40 V
R3 = 20
It = 2,82 A

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ANÁLISE DO CIRCUITO EM PARALELO COM BASE NA 1° LEI DE OHMS
Em uma associação em paralelo, a tensão em todos resistores é igual.

E1= 127 V E2= 127 V E3= 127 V


I1= 12,7 A I2= 8,46 A I3= 6,35 A
127 V
R1 = 10 R2 = 15 R3 = 20

E para encontrar a resistência total (Equivalente) em um circuito paralelo de uma


forma bem simples, basta seguir o raciocínio: multiplicação de resistores dividido
pela soma dos mesmos. Vamos começar com R1 e R2 e esse resultado vamos
chamar de Ra. Veja abaixo os cálculos.

Equação:

Ra = R1 x R2 > Ra = 10 x 15 > Ra = 150 = 6 #


R1 + R2 10 + 15 25
Após isso, o mesmo procedimento deve ser feito com Ra e R3 para que
possamos chegar ao valor da resistência total (Rt), Veja abaixo como fica!

Equação:

Rt = Ra x R3 > Rt = 6 x 20 > Rt = 120 = 4,61 #


Ra+ R3 6 + 20 26

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Dica: A resistência equivalente de uma associação em paralelo sempre será
menor que o resistor de menor resistência da associação.

Vamos aprender agora calcular a corrente total (It) dessa associação em


paralelo, e para isso, precisamos da tensão total (Et) e da resistência total (Rt)
que já encontramos e está informado abaixo.

Et = 127 V
Rt = 4,61

Então vamos lá!

Equação:

It = Et It = 127 V It = 27,54 A #
Rt 4,61

Depois de definida a corrente total, iremos agora calcular a corrente que passa
por cada resistor, e para isso, vamos precisar do valor da tensão e resistência
de cada um deles.
Vamos lá!

Equação:

I1 = E1 I1 = 127 V I1 = 12,7 A #
R1 10

I2 = E2 I2 = 127 V I2 = 8,46 A #
R2 15

19
I3 = E3 I3 = 127 V I3 = 6,35 A #
R3 20

RESUMO DOS VALORES TOTAIS

Et = 127 V

It = 27,54 A

Rt = 4,61

Dica: a corrente no resistor equivalente é igual a soma das correntes que


passam por todos os resistores.

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA


ELÉTRICA

No Brasil, mais de 80% da geração


de energia elétrica vem de fontes
hidrelétricas, 11% de termoelétricas
e o restante por outros processos
(Solar e eólica por exemplo).

As usinas de energia elétrica são


geralmente construídas longe dos
centros consumidores (cidades e
indústrias), e é por isso que a
eletricidade produzida pelos
geradores tem de viajar longas
distâncias, em um complexo
sistema de transmissão.

Ao sair dos geradores, a eletricidade começa a ser transportada através de


cabos aéreos, fixados em grandes torres de metal.

No caminho, a eletricidade passa por diversas subestações, onde aparelhos


transformadores aumentam ou diminuem sua voltagem (Termo coloquial),
alterando o que chamamos de tensão elétrica. No início do percurso, os
transformadores elevam a tensão, evitando a perda excessiva de energia.
Quando a eletricidade chega perto dos centros de consumo, as subestações
diminuem a tensão elétrica. Entretanto, apesar mais baixa, a tensão ainda não é
adequada para o consumo imediato e por isso transformadores menores são
instalados nos postes de rua. Eles reduzem ainda mais a tensão que vai
diretamente para as residências, comércio, empresas e indústrias.

20
SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)

O sistema de transmissão brasileiro, considerado o maior do mundo, é


controlado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que conta com a
participação de empresas de todo o país, trabalhando com energia interligada.

A Eletrobrás possui mais da metade das linhas de transmissão do Brasil e tem


participado ativamente da expansão do Sistema Interligado Nacional (SIN). O
SIN, formado basicamente por empresas de geração, transmissão e distribuição
do país, permite o intercâmbio de energia elétrica entre as diversas regiões
brasileiras.

Isso significa que a eletricidade que chega até a sua casa pode ter viajado
centenas ou milhares de quilômetros em linhas de transmissão. Além disso, pode
ter sido gerada por diferentes usinas ao longo do ano.

Apesar de o SIN abastecer a maior parte do país, alguns sistemas menores e


isolados também são utilizados, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Os sistemas isolados geram a energia que vai ser consumida apenas em uma
determinada localidade ou até mesmo por uma só indústria.

REDE PÚBLICA DE BAIXA TENSÃO

Na rede pública de distribuição, podemos identificar a baixa tensão ao


observarmos os quatro cabos que passam detrás do transformador, esses cabos
recebem a tensão já rebaixada por um transformador no poste, que transforma
13.800 Volts (dependendo da Região) dos três cabos que vem de cima (Média
Tensão) em um sistema trifásico de baixa tensão para ser ligado nas residências,
prédios e indústrias.

Dependendo da região, essa tensão pode ser:


127V entre Fase e Neutro (monofásico)/220V entre Fase e Fase
(bifásico/trifásico).
220V entre Fase e Neutro (Monofásico)/380V entre Fase e Fase
(bifásico/trifásico).

Obs: o condutor que leva energia do poste até às residências chama-se Ramal
de Entrada.

21
MEDIDORES DE ENERGIA E O PADRÃO DE ENTRADA

De forma geral, cabe ao eletricista, montar o padrão de


Entrada de energia elétrica para as edificações, sejam
Prédios, residências ou até mesmo indústrias.

Esse padrão deverá ser montado conforme determinação


técnica da Eletrobrás, para que não haja reprovação e
posterior atraso no andamento dos serviços devido a possí-
veis mudanças que existem em algumas regiões. Essas
mudanças variam de acordo com a concessionária local, e por ser esse
treinamento de alcance nacional, apresentaremos somente ligações básicas de
medidores monofásico, bifásico e trifásico para que nossos alunos entendam o
percurso de chegada da energia elétrica na edificação, que vai do medidor até o
quadro de distribuição.

Vale ressaltar que a ligação de medidor é inteira responsabilidade da


concessionária de cada região. Mostraremos um pouco dessa ligação para
simples efeito básico de conhecimento, mas observamos que a forma que será
mostrada não é a única, pois além dessas que serão mostradas, existem
modelos diferentes de padrões assim como o curso de suas ligações, sugerimos
também que para um melhor entendimento e capacitação, cada eletricista leia
os termos técnicos específicos para essa finalidade que estão facilmente
disponíveis nos sites das concessionárias de cada Estado.

LIGAÇÃO DOS MEDIDORES

22
OBS: Ramal de entrada, Ramal de Saída e Distribuição interna da casa
continuam o mesmo
OBS: Os cabos vermelhos são as fases e o cabo azul é o neutro.

23
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

O quadro de Distribuição é de onde parte toda a distribuição


de energia elétrica para uma residência após receber os
condutores que vem do medidor (Ramal de Saída).

Essa distribuição alimentará diretamente as tomadas e as lâmpadas formando


assim os circuitos terminais que poderão ser desligados de forma individual para
possíveis manutenções. Esses circuitos, obrigatoriamente devem sair do quadro
protegido pelos vários dispositivos de proteção existentes para essa fibalidade,
tais como:

✓ Disjuntor termomagnético (DTM)


✓ Dispositivo Diferencial Residual (IDR ou DDR)
✓ Dispositivo de Proteção contra Surto (DPS)

OBS: Estudaremos sobre cada um deles de forma individual mais na frente

Além dos Disjuntores de cada circuito existente, espaço reserva para novos
circuitos deverão ser disponibilizados em conformidade com a tabela 59 da NBR
5410 mostrada abaixo.

6.5.4.7 Nos quadros de distribuição, deve ser previsto espaço de reserva


para ampliações futuras, com base no número de circuitos com que o
quadro for efetivamente equipado, conforme tabela 59

Tabela 59 – Quadro de distribuição – Espaço de reserva


Quantidade de Espaço mínimo
circuitos efetivamente destinado a reserva
disponível (em número de
N circuitos)
Até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N > 30 0,15 N

Nota: a capacidade de reserva deve ser considerada


no cálculo do alimentador do respectivo quadro de
distribuição.

O quadro de distribuição deve ser instalado em local de fácil acesso e o mais


próximo possível do medidor e das cargas mais altas do local.

Indicamos essa opção devido os cabos do ramal de entrada serem os mais


grossos dos circuitos, e portanto os mais caros.

24
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

Disjuntor Termomagnético (DTM)

É um dispositivo eletromecânico que funciona como um interruptor automático


destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos
causados por curtos circuitos e sobrecargas elétricas, além de ligar e desligar os
circuitos para possíveis manutenções.

Os disjuntores podem facilmente substituir os fusíveis, que após queimar devido


a uma sobrecarga ou curto circuito devem ser trocados, já os disjuntores podem
ser simplesmente rearmados ao ter o problema do circuito solucionado.

Os disjuntores possuem um limite máximo de corrente que possa vir a passar


por seus contatos, esse limite máximo deve estar especificado no próprio
dispositivo e variam para atender as diversas necessidades de circuitos elétricos.

Os disjuntores tem a finalidade de proporcionar proteção aos circuitos, pra outro


lado, eles são diferentes em relação a funcionalidade, ou seja, possuem classes
diferentes para serem utilizados de acordo com o tipo de carga (indutiva e
resistiva).

APARELHO COM CARGA RESISTIVA – Forno elétrico, chuveiro elétrico,


secadores de cabelo, chapinha, e qualquer outro que possua resistência.

APARELHOS COM CARGA INDUTIVA – Podemos chamar de aparelhos de


carga indutiva os pequenos motores de indução, as geladeiras, os aparelhos de
ar condicionado e etc.

CLASSIFICAÇÃO DOS DISJUNTORES

A princípio você precisa saber que para cada circuito existe uma classificação
específica que muda de acordo com a carga instalada, por exemplo:

Imagine dois Disjuntores de marca diferente e cada um deles com seu valor de
proteção em corrente elétrica (Ampére) sendo um B10 e outro C10, agora um
fator que passa despercebido pela maioria dos eletricistas é a letra ao lado do
valor da corrente elétrica no disjuntor, isso mesmo! Essa letrinha que sempre fica
do lado esquerdo B, C ou D. Então: vamos entender cada uma delas ?

Essas letras é o que chamamos de curva B, C ou D, entenda:

25
Disjuntores Curva B: atuam instantaneamente para correntes de curto circuito
entre 3 e 5 vezes a corrente nominal e são indicados para cargas resistivas com
pequenas correntes de partida.

Disjuntores Curva C: Projetados para cargas indutivas essa classe de


disjuntores são também considerados de retardo e por isso ele se torna perfeito
para ser usado em pequenos motores de indução com média corrente de partida,
como máquinas de lavar por exemplo. O disjuntor curva C entende que a
corrente de curto circuito é 5 ou 10 vezes mais que a sua capacidade, ou seja,
se o disjuntor é de 10 Ampéres, em um curto circuito ele vai desarmar com uma
corrente de curto circuito entre 50 a 100 Ampéres o que não demora a acontecer
já que quando ocorre um curto circuito a corrente elétrica sobe ao infinito.

Disjuntores Curva D: essa classe de disjuntores deve responder imediatamente


para correntes entre 10 a 20 vezes a corrente nominal, por isso são indicados
para cargas indutivas com grandes correntes de partida, como os grandes
motores.

Agora você já sabe o que significa aquela letrinha ao lado esquerdo do valor da
“amperagem” nos disjuntores, e com isso, você saberá também empregá-los de
forma correta, pois a partir de agora você já sabe o que são e para que servem
os disjuntores Curva B, C e D.

DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL (DR)

Este Dispositivo desarma quando detecta fugas de


corrente elétrica dos condutores evitando assim que
uma pessoa possa levar um choque fatal, ou seja, o
dispositivo DR (Diferencial Residual) protege as
pessoas e os animais contra os efeitos do choque
elétrico por contato direto ou indireto causado por fuga
de corrente que não são detectadas por disjuntores
comuns devido estarem na casa dos miliamperes.

Contato direto – a pessoa toca um condutor eletricamente carregado e em


pleno funcionamento.

Contato indireto – a pessoa toca algo que normalmente não conduz


eletricidade, mas que acidentalmente se transformou em ponto energizado.

QUANDO USAR O DR ?

De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410, o dispositivo DR é


obrigatório desde 1997 nos seguintes casos:

26
1 Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que
contenham chuveiro ou banheira.

2 Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação.

3 Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam


vir a alimentar equipamentos na área externa.

4 Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas,


lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas
normalmente molhadas ou sujeitas a lavagem.

DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO (DPS)

Os DPS foram desenvolvidos para proteger equipamentos e instalações elétricas


contra surtos e sobre tensões causadas por descargas diretas e indiretas, que
na maioria das vezes são causadas por raios ou manobras na rede elétrica.

Independente do tipo ou da origem, as descargas geram um aumento de tensão


na rede podendo danificar equipamentos eletrônicos e até a própria instalação
elétrica.

Os DPS devem ser instalados preferencialmente entre áreas internas e externas,


entre uma linha aérea e subterrânea, e nas tomadas de aparelhos eletrônicos
sensíveis.

Basicamente os DPS possuem três classificações e nesse primeiro momento


citaremos duas:

Classe I – São indicados para locais próximos a sistemas de SPDA ou rede


aérea da concessionária.

Classe II – São indicados para locais onde não contenham e nem estejam
próximos a sistema de SPDA e nem seja alimentados por rede subterrânea da
concessionária.

Classe I/II – Pode ser usado nas duas situações citadas acima.

SE LIGA NA DICA !

Os DPS são fundamentais para a proteção de equipamentos eletrônicos em


geral, exemplo: TV de plasma e LCD, Computadores, Aparelhos de Som,
Aparelhos com placa eletrônica e etc.

Pois disjuntores não fazem esse tipo de proteção.

27
EXERCÍCIO 02

1°- o que é um circuito elétrico ?

2°- cite três características de um circuito em série ?

3°- cite três características de um circuito em paralelo?

4°- Exemplifique o funcionamento de um circuito misto?

5°- Considerando uma associação em série com três resistores 8 ,13 e 18


respectivamente. Calcule a resistência e a corrente total desse circuito, tendo em
vista que o mesmo será alimentado em uma tensão de 127 V.

6°- em uma associação em paralelo, considere os valores respectivo dos


seguintes resistores: 20, 15 e 10 Ohms. Calcule a resistência equivalente.

7°- Considerando uma tensão de 127 V. Calcule a corrente total da associação


de resistores da questão acima.

8°- Qual a função do Quadro de distribuição ?

9°- Qual a função de um disjuntor ?

10°- Qual a função de um DPS ?

28
LIGAÇÕES ELÉTRICAS RESIDENCIAIS

A partir de agora abordaremos de maneira simples, as ligações elétricas básicas


existentes nas residências.

Abaixo você tem os diagramas, que em conjunto com as aulas do instrutor irá
lhe proporcionar um melhor entendimento, garantindo assim que você execute
os exercícios práticos de forma clara e simples.

Vamos as aulas !!!

INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO

Conhecido popularmente como interruptor de uma tecla o interruptor de uma


seção serve para ligar e desligar uma única lâmpada ou um grupo de lâmpadas.

Ao ligar um grupo de lâmpadas (mais de uma) em um interruptor de uma seção


automaticamente todas irão ligar e desligar ao mesmo tempo quando acionada
a tecla desse interruptor.

Vejamos agora o diagrama de ligação! Esse diagrama mostra de uma forma


resumida a ligação da lâmpada nesse interruptor, vamos lá!

DIAGRAMA DE LIGAÇÃO – 127 V

Vejamos agora o diagrama multifilar! Esse diagrama tem o objetivo de lhe


mostrar o funcionamento interno desse interruptor, ou seja, como se comporta
os contatos em pleno funcionamento, pois sabendo disso você será capaz de
realizar testes nesse dispositivo, afim de identificar defeitos para possíveis
substituições, vamos lá

DIAGRAMA MULTIFILAR – 127 V

29
Obs: Para as localidades onde a tensão 220 V é monofásico (fase e neutro) a
lâmpada deverá ser de 220 V e o interruptor continuará o mesmo.

Para as localidades onde a tensão 220 V é bifásica deverá ser mudado tanto a
lâmpada quanto o interruptor, pois o mesmo deverá ser bipolar simples,
acompanhe à aula prática.

Vejamos agora o diagrama unifilar! Esses diagramas mostram o que fazer em


um serviço elétrico através de um projeto, identificando as simbologias como
consta na NBR 5444 (Norma já extinta) em anexo a essa apostila.

DIAGRAMA UNIFILAR – 127 V

OBS: as informações sobre a importância dos tipos de diagramas, serve também


para os próximos diagramas que vem a seguir:

INTERRUPTOR DE DUAS SEÇÕES

Conhecido popularmente como interruptor de duas teclas, o interruptor de duas


seções serve para ligar e desligar duas lâmpadas ou grupo de lâmpadas de
forma individual, ou seja, um em cada tecla.

Vejamos agora os diagramas, e para entendê-los devemos seguir o mesmo


raciocínio das ligações antes mostradas.

30
DIAGRAMA DE LIGAÇÃO – 127 V

DIAGRAMA MULTIFILAR – 127 V

DIAGRAMA UNIFILAR – 127 V

31
INTERRUPTOR DE TRÊS SEÇÕES

Conhecido popularmente como interruptor de três teclas, o interruptor de três


seções serve para ligar e desligar três lâmpadas ou grupo de lâmpadas de forma
individual, ou seja, um em cada tecla.

Vejamos agora os diagramas, e para entendê-los devemos seguir o mesmo


raciocínio das ligações dos primeiros diagramas.

DIAGRAMA DE LIGAÇÃO -127 V

DIAGRAMA MULTIFILAR – 127 V

DIAGRAMA UNIFILAR – 127 V

32
INTERRUPTOR PARALELO
Conhecido popularmente como interruptor threeway, o interruptor paralelo serve
para ligar e desligar uma lâmpada ou grupo de lâmpadas ao mesmo tempo de
dois pontos diferentes, exemplo:

Vejamos agora como ligar através dos diagramas!

DIAGRAMA DE LIGAÇÃO – 127 V

33
DIAGRAMA MULTIFILAR – 127 V

DIAGRAMA UNIFILAR – 127 V

INTERRUPTOR INTERMEDIÁRIO
Conhecido popularmente como interruptor four way, o interruptor intermediário
em parceria com os interruptores paralelos servem para ligar e desligar uma
lâmpada ou um grupo de lâmpadas ao mesmo tempo de três ou mais pontos
diferentes, exemplo de onde ligar. Grandes corredores.

34
Vejamos agora como ligar através dos diagramas !

DIAGRAMA DE LIGAÇÃO – 127 V

DIAGRAMA MULTIFILAR – 127 V

DIAGRAMA UNIFILAR – 127 V

35
TOMADAS

Um ponto de tomada pode conter uma ou mais tomadas de corrente,


basicamente são duas as tomadas utilizadas em uma residência, uma de 10
Ampéres e a outra de 20 Ampéres.

A necessidade em utilizar uma ou outra está diretamente ligada a corrente


elétrica do aparelho a ser eliminado na tomada ou da carga a ser instalado no
circuito.

As de 10 Ampéres são utilizadas como tomadas de uso geral (TUG), e as de 20


como tomadas de uso específico (TUE). Pois todo aparelho com corrente
nominal de 10 Ampéres ou mais devem ser ligados em uma tomada de uso
específico.

Se liga na Dica
A tomada é de 10 Ampéres quando suporta uma corrente elétrica máxima de 10
Ampéres, e de 20 Ampéres quando ela suporta uma corrente máxima de 20
Ampéres passando em seus contatos.

PLUG

O plug é o elo que interliga os equipamentos com a tomadas de corrente e assim


como as tomadas eles também são limitados a 10 e 20 Ampéres.

Os plugs de 10 Ampéres podem ser ligados em tomadas de 10 e 20 Ampéres e


por isso são mais finos, em quantos os plugs de 20 Ampéres somente nas
tomadas de 20 Ampéres e por isso são mais grosso, o que dificulta sua entrada
numa tomada de 10 A protegendo assim esse circuito contra sobrecargas e
consequentemente o derretimento de tomadas.

Se liga na Dica

✓ Quando o aparelho possui plug de 3 pinos significa que este precisa do


condutor de Proteção (aterramento).
✓ Quando o aparelho possui plug de 2 pinos significa que este (teoricamente)
não precisa do condutor de Proteção.

Vejamos agora como ligar observando os diagramas de ligação !

36
DIAGRAMA DE LIGAÇÃO – 127 V / 220 V

37
INTERRUPTOR DE UMA SEÇÃO COM TOMADA

Conhecido popularmente como interruptor de uma tecla com tomada, esse


conjunto serve para disponibilizar um ponto de tomada no mesmo local onde
está instalado o interruptor .

Vejamos agora o diagrama de ligação!

DIAGRAMA DE LIGAÇÃO

OBS: pontos de tomadas e iluminação devem estar em circuitos separados como


mostra a NBR 5410 no item abaixo:

4.2.5.5 os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos


equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser
previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para
pontos de tomada.

Nota: para locais de habitação, ver também 9.5.3

Porém, essa mesma ligação pode compartilhar o mesmo circuito desde que seja
observado alguns detalhes como mostra o item da NBR 5410 abaixo.

9.5.3.2 os pontos de tomadas de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas


de serviço, lavanderias e locais análogos devem ser atendidos por
circuitos exclusivamente destinados à alimentação de tomadas desses
locais
9.5.3.3 em locais de habitação, admite-se, com exceção à regra geral de
4.2.5.5, que pontos de tomada, exceto aqueles indicados em 9.5.3.2 e
pontos de iluminação possam ser alimentados por circuito comum, desde
que as seguintes condições sejam simultaneamente atendidas:

a) A corrente do projeto (IB) do circuito comum (iluminação mais


tomadas) não deva ser superior a 16 A;
b) Os pontos de iluminação não sejam alimentados, em sua totalidade,
por um só circuito, caso esse circuito seja comum (iluminação mais
tomadas); e
c) Os pontos de tomadas, já excluídos os indicados em 9.5.3.2, não
sejam alimentados, em sua totalidade, por um só circuito, caso esse
circuito seja comum (iluminação mais tomadas).

38
DIAGRAMA MULTIFILAR

INTERRUPTOR DE DUAS SEÇÕES COM TOMADA

Conhecido popularmente como interruptor de duas teclas com tomada, esse


conjunto serve para disponibilizar um ponto de tomada no mesmo local onde
estão instalados dois interruptores.

Vejamos agora os diagramas de ligação e aprenda como ligar

39
40
SENSOR DE PRESENÇA OU MOVIMENTO

Princípio de Funcionamento

Esses sensores têm a finalidade de substituir os interruptores convencionais no


intuito de ligar ou desligar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas, em alguns
prédios eles podem substituir os interruptores paralelos (Threeway) e
intermediários (Four way) nas iluminações de escadas e de grandes corredores.

Para distinguir a diferença entre esses dois sensores devemos prestar bastante
atenção, pois são muito parecidos tanto na semelhança física como no
funcionamento, observe agora as diferenças!

✓ Sensor de movimento: fazem com que a iluminação se acenda


automaticamente sempre que o sensor detecta algum tipo de movimento.

✓ Sensor de presença: possui as mesmas funções de um sensor de movimento,


mas é muito mais sensível, uma vez que pode detectar até mesmo movimento
muito pequenos. Ideal para detecção de ocupação de ambientes que
apresentam atividades de baixa movimentação.

Após acionados por causa da detecção de movimentos ou presenças, esses


sensores precisam de alguns segundos ou até mesmo minutos para desacionar
e desligar a(s) lâmpada(s) após não existir mais presença alguma no lugar onde
eles foram instalados.

Quanto a ligação, para os dois tipos de sensores segue-se a mesma lógica,


porém, as cores dos cabos podem ser mudadas de acordo com o fabricante.
Acompanhe abaixo essa lógica de ligação.

41
OBS: a regulagem para o tempo de desligamento varia de acordo com o modelo
e o fabricante do dispositivo, essa regulagem pode ser interna ou externa e o
diagrama para ligação pode ser encontrado na embalagem ou no próprio sensor.

RELÉ FOTOELÉTRICO

Finalidades e princípios de funcionamentos

Esse dispositivo é utilizado para fazer à automação de lâmpadas, ou seja, com


ele instalado no circuito de iluminação você não precisará se preocupar em ligar
ou desligar as lâmpadas desse circuito e ainda evita o desperdício de energia
elétrica deixando lâmpadas acesas além do que realmente precisa.

O relé Fotoelétrico deve ser instalado em iluminação externa, podemos observar


com facilidade o uso desse dispositivo na iluminação pública, onde cada poste
possui um dispositivo como esse para que possa ser ligada toda iluminação
pública de ruas e avenidas.

CUIDADOS NA INSTALAÇÃO

A potência máxima da maioria dos relés fotoelétricos disponíveis no mercado é


de 1000 W. Portanto, a corrente máxima que um deles suporta seria de
aproximadamente 7,8 A para um circuito de 127 V.

Todos relé se configura como um contato que abre e fecha de acordo com algum
fator ou configuração, no caso do relé fotoelétrico esse fator é a quantidade de
luz. O que torna isso possível é um sensor LDR (Light Dependente Resistor ou
no português Resistor Dependente de Luz ).

42
O visor do sensor LDR não deve ser posicionado de frente para a lâmpada, pois
dessa forma ocorrerá um efeito pisca pisca, o visor sempre deve ficar voltado
para a direção onde haja menor luz, no caso de instalação para ligação de
circuitos ao entardecer é recomendável que o sensor fique voltado sempre para
o sul, para um maior aproveitamento da iluminação da tarde.

Confira sempre a quantidade de potência de lâmpadas e o circuito que estará


sendo alimentado pela fotocélula, para que estes não ultrapassem os 1000 W do
dispositivo, resguardando assim a segurança de sua instalação e de seus
equipamentos.

SENSOR LDR

FORMAS DE LIGAR UM DISPOSITIVO DR !

Primeiro temos que saber que o dispositivo DR se divide em :

Nas ligações demonstradas em nosso exemplo utilizaremos o IDR (Interruptor


Diferencial Residual). Agora, vamos para os esquemas de ligação!

43
LIGAÇÃO COM DR BIPOLAR

Tem esse nome por que possui dois pólos, um destinado a fase e o outro ao
neutro, porém, pode-se ligar nesse dispositivo tanto os circuitos monofásicos
(127/220 V) quanto os bifásicos (220/380 V).

Veja abaixo:

LIGAÇÃO COM DR TRIPOLAR

Tem esse nome porque possui três pólos, dois destinados a fase e o outro ao
neutro, porém, pode-se ligar nesse dispositivo tanto os circuitos monofásicos
(127/220 V) quanto os bifásicos (220/380 V).

Veja abaixo:

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LIGAÇÃO COM DR TETRAPOLAR

Tem esse nome porque possui quatro pólos, três destinados a fase e o outro
ao neutro, porem, pode-se ligar nesse dispositivo tanto os circuitos
monofásicos (127/220 V) quanto os bifásicos (220/380 V).

Veja abaixo:

OBS: Para se obter uma melhor proteção, os IDR's deverão estar sempre
ligados em série com um disjuntor termomagnético.

Exemplo:

45
COMO ESCOLHER O DR ?

A corrente nominal do dispositivo DR deve ser maior ou igual à corrente nominal


do disjuntor, vejamos alguns exemplos:

✓ Se o disjuntor tem de 10 a 25 A, utiliza-se um dispositivo DR de 25 A


✓ Se o disjuntor tem 32 ou 40 A, utiliza-se um dispositivo DR de 40 A
✓ Se o disjuntor tem 50 ou 63 A, utiliza-se um dispositivo DR de 63 A

E assim por diante!

Há duas especificações de corrente elétrica no dispositivo, uma em ampére (que


é a corrente nominal) e a outra em miliampére (mA), que é o valor de corrente
de fuga que desarma o dispositivo (corrente de sensibilidade).

Por isso, independentemente do valor da corrente nominal, o valor em


miliampéres no dispositivo deverá ser sempre de 30 mA se a finalidade for
proteger o ser humano.

OBS: o dispositivo DR pode ser utilizado para todos os circuitos, por circuitos
independentes, ou por grupos de circuitos.

46
FORMAS DE LIGAR UM DPS

Os DPS trabalham completamente o inverso dos disjuntores Termomagnéticos,


ou seja, enquanto que um DTM desarma (abre contato) para proteger o circuito,
os DPS fecham o contato na medida em que a tensão aumenta conduzindo o
excesso à terra devido a diminuição da resistência do varistor interno que
também dissipa a corrente elétrica por efeito Joule.

AS LIGAÇÕES DOS DPS FICAM DA SEGUINTE FORMA

Em Quadros Monofásicos – 127 V

OBS: Para quadros Monofásicos 220 V a ligação será a mesma.

47
Em Quadros Bifásicos – 220 V

OBS: Para quadros bifásicos 380 V a ligação será a mesma.

Note que nas duas ligações foi usado um DPS para cada fase e outro para o
neutro. Devemos atentar para o fato de ligar no neutro somente DPS específico
para ele ou escolher modelos que possam ser ligados tanto na fase quanto no
neutro (L/N).

Em quadros onde o condutor neutro é aterrado (aterramento TN – C) não será


obrigatório instalar o DPS nele. Observe abaixo o exemplo de ligação sem o DPS
no neutro.

48
COMO ESCOLHER OS DPS's CLASSE 2 ?

Os DPS's classe II são aqueles que devem ser usados nos quadros de
distribuição, para que você possa dimensioná-los de uma forma simples e prática
basta apenas identificar à localidade do serviço (se é área urbana ou rural) e ficar
na memória duas formas de escolha:

Primeira:

✓ se o prédio ou a residência estiver em uma área urbana os DPS's a serem


instalados deverão ser de 45 kA.
✓ Mas se o prédio ou a residência estiver em uma área rural os DPS's a serem
instalados deverão ser de 90 kA.

Essas referências estão dentro de um limite seguro, pois além de existirem


cálculos que embasam esses resultados repassados a você, iremos também
especificar aqui alguns fatores que fortalecerão ainda mais seu entendimento,
vamos lá!

Em se tratando da corrente elétrica os valores de DPS's sem média disponíveis


no mercado são de: 13 kA, 15 kA, 20 kA, 30 kA, 45 kA, 50 kA, 60 kA, 75 kA,
90 kA, 120 kA e 200 kA.

Esses valores não dependem da corrente elétrica dos circuitos existentes no


prédio ou na residência, pois esses valores em Kilo Ampére (kA) é a capacidade
que o DPS tem de desviar para a terra a corrente elétrica excessiva causada por
um surto elétrico, ou seja, quanto o maior o valor de kA maior e melhor será a
proteção proporcionada por ele e maior será também o seu valor de mercado
(em dinheiro).

Segunda:

✓ Se a alimentação do quadro de distribuição for na tensão de 127V o DPS a


ser instalado deverá ser de 175 ou 275V.
✓ Se a alimentação do quadro de distribuição for na tensão de 220V o DPS a
ser instalado deverá ser de 275 ou 320V.
✓ Se a alimentação do quadro de distribuição for na tensão de 380V o DPS a
ser instalado deverá ser de 385 ou 485V.

OBS: Existem DPS's que podem ser ligados tanto em 127 quanto em 220V.

Aprendemos portanto, que os DPS's são escolhidos pela corrente nominal (In) e
pela tensão de alimentação, agindo assim você será capaz de instalar com
qualidade esse dispositivo em qualquer trabalho.

Observamos ainda que para o DPS funcionar perfeitamente ele deverá ser ligado
em um bom aterramento, do contrário não funcionará.

49
EXERCÍCIO 03

1°- Represente de forma unifilar a ligação de uma lâmpada com o interruptor de


uma seção !

2°- Represente de forma unifilar a ligação de duas lâmpadas com o interruptor


de duas seções!

3°- Represente de forma unifilar a ligação de três lâmpadas com o Interruptor de


três seções!

4°- Explique ! Em quais circunstâncias poderemos instalar os interruptores


paralelos?

5°- Na necessidade de três pontos de comando para ligar e desligar a(s)


mesma(s) lâmpadas que ligação devo fazer ? De forma simples, relacione os
materiais!

50
6°- Aparelhos com corrente elétrica de aproximadamente 13 A devem ser ligados
em que tipo de tomada residencial?

7°- Represente de forma unifilar a ligação de uma tomada monofásica e bifásica


de acordo com a ddp de sua região especificando a tensão elétrica.

8°- Com base na NBR 5410 diga quando podemos compartilhar circuito de
tomada e lâmpadas ?

9°- Sensor de presença e movimento. Qual a diferença ?

10°- Explique a utilização do relé Fotoelétrico?

11°- Qual DR utilizar em circuitos com corrente elétrica de 42 a 63 A?

51
12°- Em uma edificação localizada na área urbana de uma cidade quais DPS's
devo usar considerando um ramal monofásico de 127 V?

13°- Qual DPS usar em uma residência sem aterramento ?

14°- Qual a quantidade mínima de DPS's que podemos instalar em um quadro


bifásico com neutro assumindo também a função de proteção (PEN)?

15°- Em que ordem os DPS's devem ser instalados dentro do quadro de


distribuição?

OS TRÊS NÍVEIS DE PROTEÇÃO EM UM QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Agora vamos aprender a instalar dentro do quadro de distribuição os três


dispositivos de proteção (DTM, DPS e DR) estudados anteriormente.

No caso dos DR's eles podem ser instalados como proteção geral (Não como
disjuntor), por circuitos ou por grupos de circuitos.

Vejamos agora os seguintes exemplos:

52
QUADRO MONOFÁSICO (127/220V) UTILIZANDO UM DR COMO
PROTEÇÃO GERAL

53
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral;

✓ Dois DPS's;

✓ Um IDR bipolar.

Trilho inferior

✓ oito disjuntores divididos entre os circuitos.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutros separados)

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho inferior dois circuitos
de iluminação, um de tomada, uma para condicionador de ar, um para máquina
de lavar, um para chuveiro elétrico e dois circuitos reservas.

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

54
QUADRO MONOFÁSICO (127/220V) UTILIZANDO UM DR POR CIRCUITO

55
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral;

✓ Dois DPS's;

✓ Dois Disjuntores reservas.

Trilho inferior

✓ seis disjuntores divididos entre os circuitos e dois IDR's.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados)

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho inferior dois circuitos
de iluminação, um de tomada, uma para condicionador de ar, um para máquina
de lavar (com Proteção DR) e um para chuveiro elétrico (com Proteção DR).

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

56
QUADRO MONOFÁSICO (127/220V) UTILIZANDO UM DR POR GRUPO DE
CIRCUITOS

57
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral;

✓ Dois DPS's;

✓ Dois Disjuntores reservas.

Trilho inferior

✓ seis disjuntores divididos entre os circuitos

✓ dois IDR's.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados)

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho inferior um circuito


de tomada, dois circuitos de iluminação, um para chuveiro elétrico, um para
máquina de lavar e um para condicionador de ar (todos com Proteção DR por
grupo.

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

58
QUADRO BIFÁSICO (220/380V) UTILIZANDO UM DR COMO PROTEÇÃO
GERAL

59
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral bipolar;


✓ Três DPS's;
✓ Um IDR tetrapolar;
✓ Um disjuntor monopolar reserva.

Trilho inferior

✓ Quatro disjuntores monopolar e três bipolares (Um é reserva) divididos entre


os circuitos.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados).

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho inferior dois circuitos
de iluminação, um de tomada, um para máquina de lavar, um para condicionador
de ar e outro para chuveiro elétrico.

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

60
QUADRO BIFÁSICO (220/380V) UTILIZANDO UM DR POR CIRCUITO

61
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral bipolar;


✓ Três DPS's;
✓ Dois disjuntores monopolar reserva;
✓ Dois disjuntores bipolar.

Trilho inferior

✓ Quatro disjuntores mono e dois IDR's

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados).

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho inferior um circuito


de chuveiro (com Proteção DR), um para máquina de lavar (com Proteção DR),
dois disjuntores reservas, três DPS's e um disjuntor geral bipolar.

No sentido da esquerda para a direita, temos o trilho inferior dois circuitos de


iluminação, um de tomada e um para condicionador de ar. (Os DR's são do
circuito de cima).

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

62
QUADRO BIFÁSICO (220/380V) UTILIZANDO UM DR POR GRUPO DE
CIRCUITOS

63
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral bipolar;


✓ Três DPS's;
✓ Um IDR tetrapolar;
✓ Um IDR bipolar.

Trilho inferior

✓ Seis disjuntores monopolar e dois bipolar.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados).

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho inferior dois circuitos
reserva, dois de iluminação, um de tomada, um para condicionador de ar, um
para máquina de lavar (com Proteção DR) e outra para chuveiro (com Proteção
DR).

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

64
QUADRO TRIFÁSICO (220/380V) UTILIZANDO UM DR COMO PROTEÇÃO
GERAL

65
CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral tripolar;


✓ Quatro DPS's;
✓ Um IDR tetrapolar.

Trilho inferior

✓ Seis disjuntores monopolar e dois bipolares.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados).

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho superior temos um


IDR, quatro DPS's e um disjuntor geral tripolar.

No sentido da esquerda para direita, temos o trilho inferior dois circuitos reserva,
dois de iluminação, um de tomada, um para condicionador de ar, um para
máquina de lavar e outro para chuveiro elétrico.

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

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QUADRO TRIFÁSICO (220/380V) UTILIZANDO UM DR POR CIRCUITO

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CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral tripolar;


✓ Quatro DPS's;
✓ Dois disjuntores bipolares.

Trilho inferior

✓ Seis disjuntores monopolar e dois IDR's.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados).

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho superior temos um


circuito bifásico para o chuveiro e outro para máquina de lavar (com Proteção
IDR).

No sentido da esquerda para direita, temos o trilho inferior dois circuitos reserva,
dois de iluminação, um de tomada e outro para condicionador de ar.

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

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QUADRO TRIFÁSICO (220/380V) UTILIZANDO UM DR POR GRUPO
CIRCUITO

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CARACTERÍSTICAS DO QUADRO

Trilho superior

✓ Um disjuntor geral tripolar;


✓ Quatro DPS's;
✓ Dois IDR's.

Trilho inferior

✓ Seis disjuntores mono e dois bifásicos.

Tipo de aterramento

✓ TN – S (Terra e Neutro separados).

OBS: No sentido da esquerda para a direita, temos no trilho inferior dois circuitos
reservas, dois de iluminação, um de tomada, um para condicionador de ar, um
circuito bifásico para máquina de lavar e outro para o chuveiro (com Proteção
IDR).

OBS: o exemplo do quadro tem o objetivo exclusivo de demonstrar formas de


montagem e ligações por isso não levamos em consideração valores de corrente
nos dispositivos, essa questão é estudada no curso de cálculo e
dimensionamento.

Espaço para Anotações

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FLASHBACK
QUANDO USAR O DR?

De acordo com o item 5.1.3.2.2 da Norma NBR 5410, o dispositivo DR é


obrigatório desde 1997 nos seguintes casos:

1 Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que


contenham chuveiro ou banheira.

2 Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas a edificação.

3 Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam


vir a alimentar equipamentos na área externa.

4 Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas,


lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas
normalmente molhadas ou sujeitas a lavagens.

MEDIÇÃO AGRUPADA

Devemos utilizar esse tipo de medição sempre que for preciso individualizar o
consumo de energia elétrica de mais de um compartimento em um mesmo
terreno para que cada ocupante individual pague por seu próprio consumo de
energia elétrica.

Essa forma de medição costuma ser montada e instalada em prédios comerciais,


residenciais, kitnetes, mini shoppings e até mesmo em terrenos ocupados e
divididos por uma mesma família.

As regras para montagem e instalação podem mudar de acordo com a


concessionária de energia elétrica de cada região, porém, a forma interna de
ligar a chave de proteção a caixa de barramento, e a distribuição das fases aos
medidores de energia é a mesma independente do modelo de agrupamento
(caixas), ou seja, se é de ferro ou de policarbonato a forma de interligar será
sempre da mesma forma. Veja a seguir mais dois modelos de agrupamento:

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Vamos agora começar a conhecer alguns detalhes sobre o que compõe o
agrupamento; utilizaremos esse modelo abaixo por questões didáticas, é um
modelo ainda muito utilizado na região norte do país e que se diferencia dos
outros modelos somente no aspecto físico, por isso se você aprender com esse,
você será capaz de instalar qualquer modelo, observe!

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Agora vamos conhecer de forma individual cada caixa que compõe a medição
Agrupada, vamos lá !

CHAVE GERAL OU CHAVE BLINDADA


Tem a função de proteger todo agrupamento,
essa função é devido na caixa existir uma
alavanca liga/desliga que proporciona a
desenergização do agrupamento permitindo que
o eletricista execute diversas manutenções e
instalações se correr o risco de choque elétrico.
A chave possui também três fusíveis (tipo
cartucho ou NH) que podem queimar ao ocorrer
um curto circuito em alguma parte do agrupamento ou pelo aumento excessivo
da corrente elétrica causada por fatores externos ou sobrecarga na rede
proveniente de instalações mal dimensionadas.

OBS: em outros modelos de agrupamento é utilizado disjuntor nessa função,


pois estando bem dimensionado não tem problema nenhum.

CAIXA DE BARRAMENTO

Possui em seu interior três barras para ser


energizada através de um condutor fase e outra
barra para o condutor neutro vindos da chave
blindada. Essas barras tem a função de distribuir
alimentação elétrica aos medidores que
compõem o agrupamento, para que a princípio
haja um balanceamento entre as fases afim de
evitar sobrecarga em somente uma delas.

Veja abaixo como é feito a interligação entre a chave blindada e o barramento.

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CAIXA DE DERIVAÇÃO

Serve somente para passagem dos condutores que interligam os barramentos


aos medidores.

OBS: Nos agrupamentos feitos com caixas de policarbonato a caixa de


derivação não se faz necessário, pois existem caminhos entre elas para o
condutor percorrer.

CAIXA DO RELÓGIO MEDIDOR DE ENERGIA

Recebe condutores fase e neutro vindos da caixa


de barramento com a finalidade de interligar o
relógio medidor de energia ao quadro de
distribuição da unidade consumidora
(residência). Nessa caixa, também é possível
instalar dispositivos adicionais de proteção, como
o DPS classe I por exemplo.

DIMENSIONANDO O RAMAL DE ENTRADA E SAÍDA, E O TIPO DE


FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA O AGRUPAMENTO

Usaremos como exemplo um pequeno prédio com três pavimentos, como mostra
a imagem abaixo.

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Como os apartamentos possuem os mesmos números de compartimentos,
basta fazer o levantamento da potência total prevista (usando a norma) de um
deles, que o mesmo resultado servirá para os outros.

Então vamos partir do princípio de que após fazer o levantamento da potência


total de um dos apartamentos chegamos ao resultado de 13800 Watts, e é com
esse resultado que saberemos o tipo de fornecimento (tensão) para cada um. E
para isso é muito simples.

Considerando que a distância entre os medidores e o quadro de distribuição dos


apartamentos não irão ocasionar queda de tensão, basta somente consultarmos
a norma técnica de fornecimento de energia elétrica em baixa tensão
(edificações individuais) da concessionária local para saber o tipo de ligação,
como mostra a figura abaixo.

Ao consultar a norma, de posse do valor da potência total levantada (13800W)


chegamos a conclusão de que o que precisamos está no item 5.2.5.3.2 acima.
Portanto, o padrão de entrada dos apartamentos terá o fornecimento bifásico
220/380 V e o ramal de entrada e saída dos medidores será composto de três
condutores para cada apartamento (2 Fases e 1 Neutro), com isso a mureta
ficará da seguinte forma:

75
Agora que sabemos que todos os medidores serão bifásicos (ligação tipo B),
temos que dimensionar a seção do ramal de entrada e saída, para isso
consultamos a tabela 07 da norma técnica da Eletrobrás como mostra o exemplo
a seguir:

Observe a terceira coluna da esquerda para direita na tabela 07 (Carga Instalada


KW) e veja que abaixo do título dessa coluna tem várias opções que inicia com
uma quantidade e vai até outra, como esses valores estão na unidade Kilo Watts
e o valor da potência total que levantamos por apartamento está em Watts,
teremos de converter para KW através da seguinte equação matemática:

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KW = W ÷ 1000 então: > KW = 13800 ÷ 1000 = 13,8 KW

Agora sim! Depois de converter o valor de 13800 W em 13,8 KW podemos


consultar a tabela 07 e perceber que o valor convertido está entre 10,1 a 15,0
KW, portanto o condutor fase e neutro do ramal de entrada e saída será de 16
mm2 , o disjuntor de 60 A e o condutor de proteção (aterramento) 10 mm2.

OBS: Os valores contidos na tabela, bem como a numeração da página,


poderão mudar de acordo com a concessionária de cada região.

OBS: Nesse agrupamento, o ramal de entrada em questão vai do barramento


ao medidor, e o de saída, do medidor ao quadro de distribuição.

Agora que já encontramos os valores dos ramais de entrada e saída de cada


padrão, temos agora que encontrar a seção do ramal geral (que leva a energia
do poste ao agrupamento), e os fusíveis na chave blindada.

Para isso, temos de consultar a tabela que trata do fornecimento de energia


elétrica em baixa tensão (edificações coletivas) da concessionária local.
Veja o exemplo a seguir:

77
Observe a segunda coluna da esquerda para a direita (Demanda) e veja que
agora a unidade está em KVA (Kilo Volt Ampère), por isso temos de converter
novamente o valor da potência total, só que dessa vez em KVA, mas antes
acompanhe comigo o seguinte raciocínio: Se temos a potência total prevista de
13800 W para um único apartamento, então temos que pegar esse valor e
multiplicar por três devido o prédio em questão possuir 3 apartamentos com
cômodos iguais, portanto a partir de agora iremos trabalhar com o seguinte
resultado: 3 x 13800 W = 41400W.

De posse do valor obtido usaremos agora a seguinte equação para converter


potência ativa (W) em potência aparente (VA):

VA = P(W) ÷ 0,95 = VA > então: 41400 ÷ 0,95 = 43578 VA

Agora precisamos converter de VA em KVA, e para isso a equação é simples:

VA ÷ 1000 = KVA > 43578 ÷ 1000 = 43,57 KVA

Com o último valor obtido e já convertido em KVA, vemos na tabela 05 que ele
está entre 38,1 e 47,0 KVA, por isso a seção transversal do ramal de entrada
geral deve ser de 50 mm2 , a chave blindada deve suportar e conter fusível de
125 A (se não encontrar o de 120 indicado pela concessionária) e a caixa do
barramento deve suportar até 134 A, pois essa é a corrente máxima queno
condutor escolhido pode suportar.

Após isso, os valores finais ficam assim !

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✓ Nos Medidores

Ramal de entrada e saída = Condutor de 16 mm2 (F + N)


Condutor de Proteção = 16 mm2 (Aterramento)
Disjuntor = 60, 63 ou 70 A

✓ No Agrupamento

Ramal de entrada geral= Condutor de 50 mm2 (F + N)


Condutor de Proteção = 25 mm2 (Aterramento)
Fusível = 120 A (ou 125 se não tiver o de 120 A)

OBS: Se na chave geral do Agrupamento tiver que utilizar um disjuntor, este


dever ser de mesmo valor da corrente elétrica do fusível em questão e deve ser
de curva D de preferência.

EXERCÍCIO 04

1°- Em um quadro de distribuição (220/380V) com 17 circuitos, quantos circuitos


reservas devemos deixar ?

2°- Em um quadro de distribuição (127/220V) com 17 circuitos, quantos circuitos


reservas devemos deixar ?

3°- Em um quadro com DTM geral, quantos DRs por grupos de circuito devemos
instalar?

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4°- Para dimensionar um Agrupamento de medidores, que norma(s) devemos
consultar ?

5°- Quando devemos montar uma medição agrupada ?

6°- Qual a função da caixa de barramento?

7°- Qual a função da chave blindada?

8°- Qual equação é usada para converter VA em KVA?

9°- Qual equação é usada para converter W em KW ?

10°- Em um quadro de distribuição bifásico, que tensões podemos usar nos


circuitos ?

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NBR 5444

Utilizamos está norma para representar um determinado projeto, pois além de


fácil interpretação, suas simbologias servem para manter a mesma linguagem
entre os profissionais que a utilizam, assim como nós que a utilizamos em nossas
aulas de ligações elétricas quando demonstramos os diagramas unifilares

OBS: apesar de extinta, essa norma continua servindo de referência, e suas


simbologias continuam sendo utilizadas em projetos elétricos assim como outras
do mesmo seguimento (IEC 60417 e IEC 60617).

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