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08/12/2021

Trypanosoma cruzi

Reino Protozoa
Constitui-se de uma célula única que, para sobreviver, realiza todas as funções
mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção
08/12/2021

Reino Protozoa
Filo Subfilo Família Espécie
Trypanosoma cruzi
Trypanosomatidae
Mastigophora Leishmania spp.
Um ou mais Hexamatidae Giardia lamblia
Sarcomastigophora flagelos
Presença de flagelos, Trichomonadidae Trichomonas vaginalis
pseudópodes ou ambos
Sarcodina
Pseudópodes, as Entamoebidae Amebas
vezes flagelos

Plasmodiidae Plasmodium spp.


Apicomplexa Sarcocystidae Toxoplasma gondii
Presença de complexo
apical Cryptosporidiidae Cryptosporidium spp.

Trypanosoma cruzi - Histórico


Carlos Ribeiro Justiano Chagas
Brasileiro, Minas Gerais
1879 - 1934

1909: Estabeleceu a etiologia e o ciclo parasitário,


identificou os insetos vetores, os reservatórios
domésticos e silvestres da tripanossomíase
americana, descreveu a doença e seu diagnóstico
08/12/2021

Trypanosoma cruzi - Histórico

14 de Abril

Dia mundial da
Doença de Chagas

Epidemiologia

Aproximadamente
7 milhões de
pessoas
infectadas em todo
o mundo
08/12/2021

Epidemiologia

Doença negligenciada:

Causada por agente


infeccioso ou parasita
Considerada endêmica em
populações de baixa renda
Investimentos reduzidos em
pesquisas, produção de
medicamentos e em seu
controle.

Agente etiológico

Filo: Sarcomastigophora
Subfilo: Mastigophora
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Trypanosoma

Espécie: Trypanosoma cruzi


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Hospedeiros vertebrados

Aves, répteis e anfíbios


são refratários à infecção

Hospedeiro invertebrado - VETOR


Ordem: Hemiptera
Família: Reduviidae
Subfamília: Triatominae
Nomes populares:
barbeiro, chupança,
bicho de parede,
fincão, bicudo,
chupão
Comprimento: 1 a 4 cm
Cabeça alongada e
fusiforme
Pescoço nítido
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Triatomíneo
Machos e fêmeas são hematófagos
obrigatórios, em todas as fases da vida.

Probóscide de Hemipteros

Fitófago Predador Hematófago


4 segmentos 3 segmentos- curvo 3 segmentos - reto
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Triatomíneos
Panstrongylus Triatoma Rhodnius
megistus infestans prolixus

Habitat do vetor
Habitat Silvestre: palmeiras, cascas
de árvores, ninhos de aves, buracos
de tatus, tocas de roedores, etc.
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Habitat do vetor
Habitat Domiciliar
Casas de pau a pique,
cafuas, taipa

Habitat do vetor
Peridomicílio: galinheiros, pombais, chiqueiros, paióis, etc.
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Ciclo biológico

Eliminação de parasitas (tripomastigotas e epimastigotas)


nas fezes e urina do vetor, durante ou logo após o
repasto sanguíneo

Tripomastigota
Forma: alongada
Flagelo: forma uma extensa membrana
ondulante, livre na porção anterior
flagelo
Membrana ondulante

cinetoplasto
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Tripomastigota
CINETOPLASTO:
parte da mitocôndria que
contém DNA (kDNA)

Acidocalcissomos
Armazenamento de cálcio
e polifosfato

Glicossomos
Contém glicogênio e
enzimas glicolíticas

Epimastigota
Forma: alongada
Cinetoplasto: justanuclear, anterior ao núcleo
Flagelo livre
Presença de membrana ondulante curta
Viável apenas em temperatura ambiente
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Ciclo biológico

TROPISMO DE
TRIPOMASTIGOTAS

Macrófagos
1. O inseto pica e
Fibras musculares estriadas
defeca ao mesmo (cardíacas e esqueléticas)
tempo.
Fibras musculares lisas
Os tripomastigotas e
Células nervosas
epimastigotas alcançam
a corrente sanguínea

Ciclo biológico – Internalização por macrófago


1. Adesão celular
2. Interiorização do parasito
3. Transformação de tripomastigota em amastigota

Epimastigota:
sensível às enzimas
lisossomais

Tripomastigota:
resistente às enzimas
lisossomais
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Amastigota

Forma: arredondada ou oval

4 µm de comprimento

Flagelo: curto que não se exterioriza

Movimento de rotação

Presente no interior das células do hospedeiro vertebrado

Amastigota
Citóstoma

Abertura permanente na
membrana que permite a
entrada de partículas
importantes para a nutrição
do protozoário
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Ciclo biológico

3. As amastigotas
multiplicam-se
assexuadamente
(divisão binária)

Divisão binária simples

Divisões com invervalos de 12 horas


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Divisão binária gera muitos parasitas!


Ninhos de amastigotas

Fonte: https://www.cdc.gov//
Músculo cardíaco

Ciclo biológico

4. As amastigotas
transformam-se em
tripomastigotas e
retornam ao sangue
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Tripomastigotas sanguícolas

Flagelo

Núcleo
Membrana ondulante

Cinetoplasto

Tripomastigotas sanguícolas
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Tripomastigotas sanguícolas
Formas finas:
 Movimento rápido e direcional
 São mais infectantes
 Macrofagotrópicas
 Desaparecem rapidamente da circulação
 Sensíveis às reações imunológicas

Formas largas:
 Movimento lento e não direcional
 Menos infectantes
 Miotrópicas
 Persistem muito tempo no sangue
 Resistentes às reações imunológicas

Ciclo biológico

5. As tripomastigotas
sanguícolas são ingeridos
por outro triatomíneo em
nova picada
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Ciclo biológico no Vetor

Intestino
Tripomastigota anterior
sanguícola

Epimastigota Esferomastigota Intestino


médio

Divisão
binária
Intestino
Tripomastigota posterior
metacíclica

Revisando o ciclo biológico


08/12/2021

Revisando o ciclo biológico

Doença de Chagas
Período de Incubação: 1 a 3 semanas

AGUDA CRÔNICA

Assintomática
Assintomática (10 a 30 anos)

Sintomática
Sintomática - Cardiopatia
(1 a 2 semanas) chagásica
- Megacólon
- Megaesôfago
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Doença de Chagas – Fase Aguda


Manifestações gerais: febre (39º a
40ºC), fraqueza, cefaléia, dores pelo
corpo e anorexia

Chagoma de
inoculação

Sinal de Hepatomegalia
Romaña Esplenomegalia

Doença de Chagas – Fase crônica

Cardiomegalia Megaesôfago Megacólon


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Transmissão
Vetorial: dejetos do triatomíneo contendo formas
tripomastigotas metacíclicas de Trypanosoma cruzi.

Transmissão
Transfusão sanguínea e transplante de órgãos

Anos 80  prevalência média de potenciais doadores infectados: 7,0%


Anos 90  3,1%
Atualmente  0,6% (rede pública) e 0,7% (rede privada)
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Transmissão
Congênita ou Vertical

Menos de 1% das gestantes com infecção chagásica, transmite o


protozoário Trypanosoma cruzi ao feto

Transmissão
Oral: Consumo de alimentos contaminados com fezes e/ou
urina de triatomíneos infectados pelo T. cruzi

2005: Santa Catarina


Após consumo de caldo de
cana
31 casos confirmados, 5 óbitos

2012: Pará
45 casos confirmados, 1 óbito
Após consumo de açaí
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Medidas de profilaxia
O que fazer para
evitar a transmissão
deste parasita?

Medidas de profilaxia

o Melhoria das habitações rurais

o Educação em saúde

o Combate ao barbeiro

Uso de inseticidas
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Medidas de profilaxia

Medidas de profilaxia
o Triagem sorológica de
doadores de sangue e
órgãos

o Higienização correta dos


alimentos

o Tratamento de pacientes
infectados

o Vacinação ???

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