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Olá; Bem vindos ao meu E-book, me chamo Letícia Maria de Almeida, sou

formada em Biomedicina, habilitada em análises clínicas e especialista em


gestão de saúde pública e coletiva.
Resolvi criar esse e-book para facilitar sua vida acadêmica ou dentro de
um laboratório como analista clínico, escolhi as melhores referências, fiz uma
síntese de exames realizados no setor de Bioquímica de um laboratório de
análises clínicas.
Quando fazia faculdade sentia essa falta de material disponível
principalmente livros, pois todos tinham que estudar e fazer seus relatórios, era
uma correria para saber quem pegava primeiro o livro rsrs, era uma disputa pelo
o HENRY e MOTTA, pois são os mais procurados.
Então nesse e-book juntei as melhores referências e estou
disponibilizando para vocês, espero que posso ajudar e que vocês gostem.

Boa Sorte, se precisarem de algo contem comigo, meus contatos são:


Facebook: Biomédica Letícia, email: almeidaleticia0203@outlook.com
SETOR DE BIOQUÍMICA

A interpretação de exames laboratoriais é uma atividade de extrema


importância em um laboratório clinico, é essencial que o profissional que realiza
a análises (Biomédico, Farmacêutico, bioquímico), efetue uma correta
interpretação de exames laboratoriais para correlacionar as respostas obtidas
com o estado clinico informado. Repetir testes duvidosos para um controle de
qualidade mais efetivo garante confiabilidade aos resultados. Atualmente, as
investigações bioquímicas estão presentes em todos os ramos da medicina e
fortemente inseridos nas relações médico-paciente. Isso se deve principalmente,
as informações sobre exames e doenças que são atualizadas, incluindo novas
tecnologias como: anticorpos monoclonais, reação em cadeia polimerase,
citometria de fluxo, dentre outras técnicas moderas que melhoram a precisa e a
capacidade diagnóstica. (MOTTA, 2009)
A análise bioquímica identifica muito dos constituintes químicos do
sangue onde são necessários dosagens para estabelecer um padrão de
anormalidade. (FISCHBACH, DUNNING, 2010)

DOSAGEM DE GLICOSE

É a principal fonte de carboidratos do organismo, sua concentração sérica


esta intimamente ligada á ação da insulina, valores elevados de glicose ocorrem
nos vários tipos de diabetes, os primários nos estados de intolerância a glicose
e nas diabetes secundárias relacionadas a algumas doenças como:
hipertireoidismo, hiperpituitarismo. Quando os níveis de glicose no sangue em
jejum estão abaixo dos valores de referência, denomina-se hipoglicemia, quando
estes valores estão altos hiperglicemia. (MOTTA, 2009)
HEMOGLOBINA GLICADA

Esse exame reflete a glicemia média ao longo de 3 meses antes de sua


dosagem, esse teste é aceito como um índice do controle diabético e é usado
rotineiramente na maioria das clínicas para diabéticos a fim de complementar a
informação dos níveis isolados da glicemia sanguínea, ou até mesmo com um
registro das dosagens do paciente. (GOMES, 2006). Níveis de HbA acima de 7%
estão associados a um risco maior de complicações consequentes do diabete
descompensado (MOTTA, 2009). A hemoglobina é determinada por métodos
baseados em como os componentes glicados e não glicados são separados, isto
envolve a cromotografia de troca iônica, onde a hemoglobina não glicada
apresenta uma carga positiva, ajustando-se ao pH, separando a porção glicada
da não glicada. (GENUTH; ALBERTI; BENNETT, 2003)

DOSAGEM DE COLESTEROL TOTAL

O colesterol é um lipídio produzido pelo o fígado a partir de alimentos ricos


em gordura, e é necessário para o funcionamento normal do corpo, estando
presente nas membranas (camadas externas) de todas as células do organismo,
o colesterol é transportado no sangue por moléculas que se chamam
lipoproteínas, essas são classificadas em: Lipoproteína de baixa densidade
(LDL), que transporta o colesterol do fígado para as células, lipoproteína de alta
densidade (HDL), leva o colesterol das células para o fígado, onde é processado
e eliminado (LOPES, 2004)

DOSAGEM DE COLESTEROL HDL

As lipoproteínas de alta densidade (HDL), são partículas discoides que


exercem importante papel no transporte do colesterol dos tecidos periféricos
para o fígado, em processo denominado transporte reverso do colesterol, foi
demonstrado que a prevalência das doenças vasculares é muito maior em
indivíduos com níveis reduzidos de HDL, em relação aos indivíduos com teores
normais ou elevados (MOTTA, 2009)
PRINCÍPIO DO TESTE

Após a centrifugação, o sobrenadante contém as lipoproteínas de elevada


densidade (HDL), cujo colesterol é quantificado fotometricamente
(COLESTEROL-HDL, 2010)

DOSAGEM DE TRIGLICERÍDEOS

Os triglicerídeos são moléculas d e gordura que têm como função principal


a produção de energia para o funcionamento do organismo, sintetizados no
fígado e no intestino, são as formas mais importantes de armazenamento e
transporte de ácidos graxos (DIRETRIZ BRASILEIRA DE DISLIPIDEMIAS,
2007)
Para a determinação dos triglicerídeos, o paciente deve permanecer em
jejum por 12 horas a 14 horas, não deve fazer esforço físico vigoroso até 24
horas antecedentes do exame. Evitar o uso de fármacos que afetem os níveis
de lipídeos no sangue. (TRIGLICÉRIDES-PP, 2010)

DOSAGEM DE PROTEÍNAS TOTAIS

As proteínas são as macromoléculas mais versáteis nos sistemas vivos e


servem para funções cruciais em essencialmente todos os processos biológicos,
funcionam como catalisadores, transportam e armazenam outras moléculas, tais
como oxigênio, fornecem apoio mecânico e proteção imunitária, geram
movimento, transmitem impulsos nervosos e controlam o crescimento e
diferenciação. (COHEN; COHEN, 1996)

DOSAGEM DE CREATININA QUINASE

A creatinina é sintetizada no fígado, captada pelo o músculo para


armazenamento de energia como fosfato de creatinina, entra na circulação e é
excretada pelos rins, a creatinina sérica pode ser usada para diagnosticar
insuficiência renal, está aumentada em dieta rica em proteína (carne), destruição
do músculo e hipertireoidismo (WALLACH, 2011)
Está envolvida na reserva de energia nos tecidos primeiramente no
músculo a CK é encontrada em pequenas quantidades em todo o organismo,
mas suas concentrações elevadas encontram-se apenas nos músculos e no
cérebro, embora a CK cerebral nunca atravesse a barreira hematoencefálica
para chegar ao plasma (HENRY, 2008)

DOSAGEM DE ALBUMINA

Proteína mais abundante no plasma, geralmente constituindo até dois


terços das proteínas plasmáticas totais, também atua como repositório móvel de
aminoácidos para a incorporação a outras proteínas. (HENRY, 2008)
São sintetizadas fundamentalmente pelas células do parênquima
hepático (cerca de 15g dia), em velocidade dependente da pressão osmótica
coloidal, e pela ingestão proteica, suas principais funções são: regulação
osmótica, transporte e armazenamento (MOTTA, 2009)

DOSAGEM DE BILIRRUBINA

O metabolismo da bilirrubina inicia-se com a degradação das hemácias


no sistema reticulo endotelial em que a hemoglobina liberada e degrada em
moléculas de globina e heme (BILIRRUBINAS-PP, 2010)
O exame de bilirrubina é indicado para diagnóstico de doenças do sistema
hepatobiliar e pâncreas e outras causas de icterícia. (WALLACH, 2011)

DOSAGEM DE FERRO SÉRICO

O ferro é um componente essencial presente principalmente no complexo


porfirínico e nas proteínas de armazenamento de ferro, ferritina e hemossiderina,
participa em vários processos vitais que vão desde os mecanismos oxidativos
celulares até o transporte de oxigênio no organismo (FERRO SÉRCO, 2010)
DOSAGEM DE MAGNÉSIO

É o quarto cátion mais abundante no corpo e o segundo mais concentrado


no compartimento intracelular. Seu conteúdo no corpo é de 24 g. Sua
concentração no líquido intracelular é, aproximadamente, 10 vezes maior que no
líquido extracelular. Cerca de 67% do magnésio no organismo estão associados
ao cálcio e ao fósforo no esqueleto. O restante é encontrado nos músculos
esqueléticos, cardíacos, nos rins e no líquido intersticial. Somente 1% do
magnésio total se encontra no plasma. (MOTTA, 2009)

MÉTODO: Em pH alcalino, os íons magnésio reagem com magon sulfonado


(azul). Formando um complexo colorido (rosa). A absorbância do complexo
medida em 505 nm é diretamente proporcional á concentração de magnésio na
amostra analisada. A coloração final é uma mistura das cores azul e rosa.
(MAGNÉSIO-PP, 2010)

DOSAGEM DE ÚREIA

Constitui a maior parte do nitrogênio não protéico no sangue, e


transportada pelo plasma até os rins, onde será filtrada pelo o glomérulo, é
secretado na urina, um quarto da uréia é metabolizada no intestino para formar
amônia e CO2 pela ação da flora bacteriana normal (MOTTA, 2009)

MÉTODO: A uréia é hidrolisada a amônia pela uréase. A amônia reage com 2-


cetoglutarato e NADH em reação catalisada pela GLDH promovendo a oxidação
do NADH a NAD. A consequente reação de absorbância medida a 340 nm é
proporcional a concentração de uréia (URÉIA UV, 2011)

DOSAGEM DE AMILASE

A amilase é uma enzima estável. No soro e na urina chega a ser estável


por uma semana em temperatura ambiente e por pelo menos seis meses sob
refrigeração em frascos bem vedados. Os aumentos de amilase sérica e urinária
são observados em uma ampla variedade de distúrbios. Atividade de amilase
sérica aumentada dentro de 6 a 48 horas da manifestação de pancreatite aguda
e aproximadamente 80% dos pacientes, más não é proporcional á gravidade da
doença. (HENRY, 2008)

DOSAGEM DE GAMA GT

Está enzima está presente principalmente no fígado, no rim e no


pâncreas. Embora o rim tenha o maior nível dessa enzima, o fígado é
considerado a fonte de atividade sérica normal. Ela é utilizada para identificar
disfunção dos hepatócitos e detectar hepatopatia alcoólica. (FISCHBACH,
DUNNING, 2010)

Método: A gama-GT catalisa a transferência de ácido glutâmico para receptores


como Glicilglicina neste caso. Esse processo libera 5-Amino-2Nitrobenzoato que
absorve a luz a 405 nm. O aumento da absorbância desse comprimento de onda
esta diretamente relacionado á atividade da Gama-GT (GAMA-GT, 2011)

DOSAGEM DE ÁCIDO ÚRICO

O produto final da degradação dos ácidos nucleicos e do catabolismo das


purinas em seres humanos é denominado ácido úrico. Esse teste tem como
função a determinação quantitativa do ácido úrico presente no plasma, soro ou
urina.
Quando aumentado pode causar insuficiência renal (doenças renais),
gota (complicação na qual ocorre formação de cristais de ácido úrico nas
articulações). (ÁCIDO ÚRICO, 2006)
Referências:

FISCHBACH, F; III DUNNING, M. B. Manual de enfermagem- EXAMES


LABORATORIAIS E DIAGNÓSTICOS. 8 ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan,
2010

HENRY, J. Diagnósticos Clínicos e Tratamentos por métodos laboratoriais.


20. Ed. Barueri: Manoele, 2008. 1734 p.

MOTTA, V. Bioquímica Clínica para o laboratório. 5. Ed. Rio de janeiro:


Medbook, 2009. 382 p

WALLACH, J. Interpretação de exames laboratoriais. 8ed. Editora: Guanabara


Koogan. Rio de Janeiro, 2011

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