Os juízes de Duat

Todo e qualquer leal Arisen serve a um dos juízes de Duat, os 42 assessores de Ma'at
que pesam as almas dos mortos e determinam seu destino final. A múmia declara seu
decreto perante o juiz que mais se aproxima dos seus próprios ideais, que procura o
fardo pesado de um pecado em particular que o próprio ressuscitado considera
repugnante ou profundamente importante de alguma forma, e ao fazê-lo se liga ao juiz
demoníaco como um servidor atemporal.

Cada uma das 42 reivindicações de autoridade sobre um crime ou pecado específico, e

dessas 42 condenações, vem o código de leis que sustenta o legado de Irem. Para o
surgido, os 42 juízes representam uma moralidade fundamental inerente ao ciclo
cósmico dos próprios deuses. No entanto, muitos entre os 42 se preocupam com
transgressões estreitas ou conceituais, e tão poucos surgidos encontram ressonância com
seu julgamento. Apenas alguns juízes reivindicam um número significativo de servos
surgidos; a maioria dos Deathless de Irem presta lealdade aos sete juízes mais poderosos
e ativos.

Embora o leal Arisen sempre sirva a um juiz, o pronunciamento do decreto não

acorrenta os imortais a esse juiz para sempre. É possível que uma múmia mude sua
lealdade para outra, e alguns juízes tentam influenciar ou forçar os servos de seus rivais
a seu lado. Os juízes exigem um dízimo de Sekhem do mundo dos vivos, um sacrifício
justamente devido aos deuses, e quanto mais um juiz surgir, mais Sekhem é derramado
em suas mãos.

Os 42 avaliadores de Ma'at são entidades estranhas e pesadelos, totalmente dedicadas à

imposição da moralidade e da civilização externas no rolo desenrolador da história. Eles
não simpatizam com aqueles que condenam, muito menos simpatizam; muitas vezes
podem parecer caprichosos ou ativamente malévolos na maneira como seus protocolos
alienígenas direcionam suas ações e, nas raras ocasiões em que alguém emite uma
emanação ou verdadeiro avatar no mundo, os resultados são frequentemente
apocalípticos. O juiz de uma múmia está sempre com ele, mas é uma força distante e
impessoal pronta para afastar reflexivamente Sekhem por suas transgressões, e um canal
para esmagar imperativos divinos sem espaço para intimidade ou gentileza na maneira
como são entregues. No entanto, os juízes representam a ordem divina do cosmos; para
muitos surgidos, a noção de desobedecer aos juízes é impensável.

Am-Khaibit, o Comedor das Sombras

SEJAM SUAS TRANSGRESSÕES NO SANGUE

O Comedor das Sombras é um terror noturno, com sua grandeza terrível contra as areias
ásperas do deserto de Duat. As mandíbulas monstruosas das três cabeças do juiz canino
podem rasgar a pele e a carne da realidade; cada boca baba uma maré de cinzas quentes,
provocando uma tempestade de fumaça quando a fera ruge ou fala.
Este juiz reivindica a avaliação daqueles que perpetuam crimes contra a humanidade,
principalmente assassinatos em massa. Não condena todo ato de abate; de fato, Am-
Khaibit considera aceitável ou até louvável o assassinato sancionado pelo Estado ou
pela comunidade em algumas circunstâncias. Aos olhos do Comedor das Sombras, uma
linha tênue divide transgressão monstruosa e ação justa; guerra e conflito são
fundamentais para a arquitetura da civilização que os juízes aplicariam. Am-Khaibit
reserva sua aversão ao massacre e açougue arbitrário que ameaça minar os fundamentos
da sociedade.

Por que os servimos

Para muitos nascidos, o mundo ficou doente com a violência, sufocando os desejos de
charnel da humanidade voltados para dentro em um caos autocanibalista. Em
comparação, Am-Khaibit é uma fonte de violência interminável e justa que traz
vingança sangrenta contra os merecedores - sem limites, sem hesitação. Para os servos
de Am-Khaibit, a noção de olho por olho é risível; você corta a cabeça do transgressor e
a coloca no alto de uma espiga para que todos possam ver e aprender.

Você é um salvador que está trazendo julgamento divino para que os inocentes possam
viver sem medo. Você é um cultivador da alma marcial da humanidade, podando os
galhos doentes para que os aspectos civilizados da guerra possam ser melhor nutridos.
Você só quer uma desculpa para atacar, usar sua força e raiva sem limitações contra um
alvo que tenha sido condenado pela mais alta autoridade para que você possa se sentir
justo com sua fúria. O Comedor das Sombras não se importa com o que o leva, desde
que você lute fogo contra fogo e não aceite compromissos.

Quem julgamos

Os servidores surgidos de Am-Khaibit têm uma reputação de violência excessiva e

justiça própria, mas o Devorador de Sombras incentiva uma inclinação de investigação
para seus seguidores. Freqüentemente, o instigador responsável por um assassinato em
massa é claro - o serial killer que aterroriza a cidade ou o oficial sádico que ordena que
suas tropas caçam e matem refugiados. No entanto, o culpado nem sempre é a pessoa
que empunha a faca ou pressiona o botão; Am-Khaibit só fica satisfeito quando todas as
pessoas culpadas forem localizadas e tratadas.

Como adoramos

O Devorador de Sombras encoraja abordagens ousadas e intransigentes que criam linhas

duras entre transgressão e retidão. Os servos do juiz podem usar furtividade, truques e
esperteza para processar suas condenações, mas Am-Khaibit preza particularmente as
lições públicas e as delícias do terror daqueles que sabem que a justiça está chegando
para eles e que é imparável.

Os cultos construídos em torno do Comedor das Sombras e de seus servidores surgidos

se apegam a princípios de vingança, retaliação, honra e uma crença na noção de 'guerra
justa' e matança justa. Eles geralmente são de natureza militante, seja um grupo de
vigilantes que pratica justiça brutal em becos escuros, uma sociedade paramilitar ou
revolucionária que se agride à violência em assembléias turbulentas ou uma conspiração
militar definitiva incorporada nas forças armadas.

Como todos os juízes, Am-Khaibit anseia pela aquisição e oferta de navios Sekhem do
mundo dos vivos. O Devorador de Sombras está particularmente interessado em
embarcações e relíquias de natureza marcial, usadas na matança ou produzidas após o
abate ou massacre.