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A história de redes de computadores remonta aos anos 1960, no auge da Guerra Fria,
nos laboratórios do Massachusetts Institute of Technology
(MIT). O engenheiro e cientista da computação Leonard Kleinrock (1934-) foi o
responsável pelos primeiros estudos sobre a teoria das filas de
pacotes de dados de um computador a outro.
Esses pacotes de dados, ou tramas, são a divisão de uma transmissão, como um e-
mail, uma imagem, uma mensagem etc. Pensando em uma
forma bem simples, a informação é dividida em pequenas partes que navegam pela
malha de uma rede e, à medida que as partes chegam ao
destino, são “montadas” ordenadamente, formadas e apresentadas de uma forma
abstrata ao nosso Front End (tela do computador), satisfazendo
a necessidade e solicitação.
Quando, por algum motivo, essa montagem não acontece corretamente, o que chamamos
de sinal atrasado, existe um período (ou Delay) que
retransmite os pacotes até que sejam liberados para a solicitação ou recusados,
impedindo a transmissão e visualização.
Voltando à nossa viagem no tempo, podemos considerar que nessa mesma época teve
início a internet, com o advento da ARPANET, que vamos
retomar um pouco mais adiante.
Até os anos 1960, o que prenominava como comunicação eram as redes telefônicas, e o
que se pensava como transmissão de origem e destino
era a comunicação de voz ou sinais de som para este objetivo.
Em 1877, Graham Bell fundou a maior empresa de comunicação do mundo, a American
Telephone & Telegraph, mundialmente conhecida
como AT&T, apesar de muitos processos de outros inventores reivindicarem a autoria
dessa descoberta.
Podemos observar que, de 1876 a 1960, não houve mudança significativa nesse
segmento. O mesmo não se pode falar de 1960 em diante, pois
foi a partir das pesquisas de Leonard Kleinrock que, em 1964, Paul Baran inicia os
estudos mais aprofundados na comutação de pacotes para
fins militares e com maior segurança. Quase que simultaneamente, Donald Davies e
Roger Scantlebury, dois pesquisadores ingleses, também
pesquisavam sobre a comutação de pacotes.
Por volta de 1967, Lawrence Roberts, pesquisador do MIT, publicou na ARPANET que a
rede de computadores seria comutada por pacotes, e
esses primeiros comutadores seriam conhecidos como Interface Message Processors
(IMP), ou Processadores de Mensagens de Interface.
Em 1969, surgiu o primeiro IMP (ou modem), que seria a configuração inicial das
redes de computadores atuais, dentro da Universidade da
Califórnia, como se fosse o servidor central, mais três IMP adicionais, um no
Stanford Research Institute, em Santa Bárbara, e outro na
Universidade de Utah, sob a supervisão de Leonard Kleinrock.
Cabe ressaltar que essa foi a primeira utilização de um login; ainda, que essa
conexão acabou não durando muito, derrubando rapidamente o
sistema com apenas quatro nós. Mas sem dúvida alguma foi um grande feito inicial
para essa tecnologia.
Nessa época, ainda eram incipientes pesquisas sobre redes de computadores. No
mercado de Tecnologia da Informação (TI), prevaleciam os
computadores de grande porte com os chamados sistemas proprietários, que eram
sistemas que comunicavam estações de trabalho
independentes através de cabeamentos, ligando as estações diretamente nas centrais
de processamento de diversos fabricantes como IBM,
Burroughs Corporation, dentre outros.
A exemplo desses computadores de grande porte, ainda nos anos de 1960 e 1970,
podemos citar o IBM 360 e o Burroughs B-3500, que
competiam entre si na disseminação e popularização da informática no mundo.
Apesar de uma relativa eficiência tecnológica — considerada a terceira geração de
computadores —, uma das principais características desses
fabricantes era a inexistência de uma comunicação direta entre eles, nem mesmo
entre as estações de trabalho, por isso eram chamados de
sistemas proprietários.
Embora diante dessas condições desfavoráveis para a integração dos usuários
mundiais, continuaram seu progresso até aproximadamente
1975, quando alguns fabricantes apresentaram ao mercado os minicomputadores, os
quais atrairiam um mercado de empresas de menor porte
que ansiavam pela tecnologia da informação e, com isso, aprimorariam seus processos
organizacionais.
Seria um grande passo na questão da popularização dos computadores, mas ainda havia
dificuldade de comunicação entre eles, algo que só
foi paliativamente resolvido com a Linguagem Universal de Comunicação: O arquivo
texto ou TXT, como chamamos até hoje em dia.
Esse modelo de comunicação, no qual se criam matrizes com o mapeamento dos campos
que integram computadores e sistemas diferentes,
acabou resolvendo essa dificuldade ao longo do tempo e, por incrível que pareça,
muitas organizações ainda utilizam esse modelo para trafegar
e atualizar dados entre os seus sistemas corporativos.
Em 1980, a IBM lançou seu primeiro microcomputador, o IBM PC/XT com a capacidade de
64 KB de memória RAM e 40 KB de ROM, mas
dessa feita com seus componentes de vídeo (fósforo verde), CPU e Teclado com
processamento local, isto é, o processamento era feito
somente dentro desse computador. A partir desse momento, a evolução dos
microcomputadores não parou mais, aumentando sua capacidade
de processamento, memória e armazenamento.
E quanto às redes, como ficaram? Pois bem, durante as décadas de 1970 e 1980,
continuaram as pesquisas no mundo inteiro sobre comutação
de dados e a formação de redes para que os computadores e usuários pudessem se
comunicar simultaneamente, mas ainda com pequenas
redes Local Área Network (LAN) espalhadas pelo planeta, como Telenet: comutação de
pacotes comerciais da BBN baseada na tecnologia da
Arpanet, Taymnet e Transpac: rede de comutação de pacotes franceses, Alohanet: rede
de micro-ondas via rádio que interligava as ilhas do
Havaí etc.
Para se ter uma ideia, na década de 1970, havia no mundo 200 computadores ligados
em rede; com o final da Guerra Fria, os militares
perderam o interesse pela Arpanet, que acabou direcionando seus interesses para as
universidades dos Estados Unidos, as quais, por sua vez,
iniciaram uma divulgação para outras nações. Na década de 1980, já havia cerca de
100 mil máquinas interligadas. Em 1 de janeiro de 1983,
o protocolo TCP/IP foi anunciado, passando a ser obrigatório em todos os
microcomputadores.
Até 1990, as pesquisas continuaram evoluindo para que cada vez mais pessoas e
organizações estivessem interligas na rede mundial de
computadores. Desse modo, houve uma guinada com o surgimento da World Wide Web
(www), a famosa internet, estabelecendo a conexão
entre pessoas do mundo inteiro e criando novos tipos e tecnologias de redes de
computadores.
No Brasil, apesar da reserva de mercado da tecnologia da informação que perdurou
até 1990, essa evolução foi acompanhada com alguns
anos de atraso. Mesmo assim, as organizações foram adequando-se dentro de suas
condições de investimento que, na época, exigia um custo
bastante elevado para se ter um departamento de Processamento de Dados.
Com o término dessa reserva de TI, ainda em 1990, foi criada a Rede Nacional de
Pesquisas (RNP) e, em 1992, foi fundada a Internet Society;
nessa época, o Brasil contava com pelo menos 200 servidores de web em atuação no
país. Com isso, percebemos que o mundo crescia na
direção das redes de computadores, ambientes web, hardwares e softwares de alta
performance, contribuindo para o que temos hoje de melhor
na área.
De lá para cá, visualizamos uma série de inovações tecnológicas que, de acordo com
a demanda dos usuários, fizeram dos últimos dez anos
uma crescente. Por isso, precisamos estar sempre ligados nessas inovações, porque
elas darão o rumo dos estudos referentes a redes de
computadores.
SERVIÇOS DE REDE:
Tais serviços são basicamente ferramentas ou aplicações que carregam em segundo
plano e, com isso, fornecem funcionalidades para redes
de computadores internas e externas, como controle de acessos, segurança, os
próprios protocolos etc.
Os exemplos citados a partir de agora vão orientar divisões, como o Dynamic Host
Configuration Protocol (DHCP) — ou Protocolo de
Configuração Dinâmica de Endereços de Redes —, que tem uma função muito importante
de identificar e configurar automaticamente a
comunicação de computadores ou dispositivos em uma rede.
Os servidores Domain Name System (DNS), ou sistema de nomes de domínios, são os
responsáveis por localizar e traduzir para números de IP
os endereços dos sites que digitamos nos navegadores. Por exemplo, quando digitamos
algum endereço de site ou enviamos alguma
mensagem ou e-mail, o DNS tem a função de localizar e direcionar o caminho para
trazer o que foi solicitado. Existem diversos servidores de
DNS; entre eles, podemos citar alguns bem importantes, como Google Public DNS, DNS
Benchmark, OpenDNS etc.
Outro serviço bastante comum é o serviço da web, que especificamente disponibiliza
páginas web, websites, e-commerce e e-service etc.
O mais popular do mundo é o Apache Tomcat, código aberto que possui versões tanto
para Windows quanto para Linux; além dele, podemos
mencionar o IBM WebSphere, o GlassFish Server, Zend Server etc.
O Serviço de Voice Over Internet Protocol (VOIP), ou voz sobre protocolo de
internet, como o próprio nome já diz, trata-se de uma tecnologia que
engloba toda a tradução para comunicação de áudio, chamadas de voz, dados digitais
etc. Essa tecnologia possui atualmente grandes
vantagens quando a adotamos como uma significativa redução de custos telefônicos,
pois em muitas situações são gratuitas, possibilitando que
ao invés de possuirmos estruturas de centrais telefônicas PABX, passamos a
controlar tudo via rede e por acessos à internet, que nos faz lembrar
como nossos últimos serviços de acesso, os servidores de e-mails.
Esses servidores se destinam ao controle, envio, recebimento, armazenamento etc. de
e-mails, sejam pessoais ou empresariais; além de
possuirmos diversas opções gratuitas ou não, como Gmail, Windows Live Hotmail,
Yahoo, Inbox.com etc.
Dessa forma, estudamos uma diversidade de serviços que podemos agregar a nossos
usuários de redes de computadores, e o limite é sempre
nossa capacidade de orientar e disponibilizar esses serviços para atender a tantas
necessidades, em um mundo totalmente conectado.