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A REGRESSÃO DO DEMOLIBERALISMO*

Em 1918, com o final da Grande Guerra e com a queda de grandes impérios totalitários, a
democracia liberal tornou-se dominante na Europa central e ocidental.

Os governos dos novos países, independentemente do regime adotado (República ou


Monarquia), eram:
- Constitucionais,
- tinham como base a divisão dos poderes (legislativo, executivo e judicial) e a sua
independência

- e aplicavam o sufrágio universal (Votação em que todos os cidadãos com capacidade


legal podem exercer o direito de voto)

No entanto, o DEMOLIBERALISMO* revelou-se frágil e instável, mesmo nos países com


maior crise económica,devido às características da conjuntura socioeconómica do pós-
guerra.
RECORDA:

O quadro económico vivido na Europa não era favorável à consolidação do triunfo


político-militar conseguido.

A Europa, em 1918, era um continente assolado por sérias dificuldades económico-


financeiras.
Este quadro negativo, repercutia-se nas condições de vida das populações originando
complicadas perturbações em todos os estratos sociais:

• a burguesia industrial e financeira, mesmo com capacidades para resistir melhor


às condições adversas, não conseguiram evitar a falência;
• milhares de agricultores foram à ruína;
• as classes médias urbanas, dependentes de salários ou de outros rendimentos
fixos, ficaram em grandes dificuldades;
• o operariado mergulhou na miséria, em consequência do desemprego que não
parou de crescer.
• Milhares de soldados regressam ao seu país com poucos ou nenhuns apoios.
Este quadro económico e social de crise e de profundo mal-estar social era vivido, no
ocidente europeu, numa altura em que os desenvolvimentos da democracia liberal
proporcionavam total liberdade de formação de novos partidos, muitos deles de
inspiração socialista.
Ao mesmo tempo, os sindicatos intensificavam a sua ação de propaganda e de militância
política, na denúncia dos males do capitalismo, na tentativa de ganharem mais aderentes
para a causa proletária, como vimos na aula de ontem na Alemanha, Hungria e Itália.

Estas características foram agravadas pela:


- a instabilidade política,

- a agitação social revolucionária socialista e


- a afirmação das forças opositoras conservadoras.
Estas forças apoiadas em ideias de exaltação nacionalista, mobilizaram na sociedade
apoiantes que puseram em causa o demoliberalismo.

A regressão do demoliberalismo
A III .ª Internacional Comunista ou (Komintern)(1919-1943)
Foi uma organização internacional fundada por Vladimir Lenin e pelo PCUS (Partido
Comunista da União Soviética = Partido Bolchevique), em março de 1919, com o objetivo
de reunir os partidos comunistas de diferentes países.
Tinha como propósito, conforme seus primeiros estatutos, lutar pela dissolução do
capitalismo, o estabelecimento da ditadura do proletariado e da República Internacional
dos Sovietes, a completa abolição das classes sociais e a realização do socialismo, como
uma transição para a sociedade comunista, com a completa abolição do Estado e, para
isso, servindo-se de todos os meios disponíveis, inclusive armados, para derrubar a
burguesia internacional.

A I.ª INTERNACIONAL (1864)


Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), também conhecida como Primeira
Internacional ou simplesmente Internacional, foi uma organização internacional fundada
em setembro de 1864, por George Odger e Henri Tolain.

Foi a primeira organização operária a superar fronteiras nacionais, reunindo membros de


todos os países da Europa e também dos Estados Unidos.
A organização abrigou, em seu seio, trabalhadores das mais diversas correntes ideológicas
de esquerda.

A II.ª Internacional (1889-1916) ou Internacional Socialista ou ainda


Internacional Operária
Foi uma organização dos partidos socialistas e operários criada principalmente por
iniciativa de Friedrich Engels, por ocasião do Congresso Internacional de Paris, em 14 de
julho de 1889.

AS REVOLUÇÕES PROLETÁRIAS SOCIALISTAS TENTADAS E FALHADAS NA


EUROPA
ALEMANHA – Os “ESPARTAQUISTAS” de ROSA LUXEMBURGO e KARL LIEBKNECHT,
proclamam em Berlim, uma República Socialista, em 1919, com o objetivo de fazer vingar
na Alemanha o modelo soviético. No entanto, devido a divisões no movimento operário e
à ação do governo da República de Weimar, estes líderes são assassinados.

HUNGRIA – março de 1919, implanta-se uma República Comunista, mas de curta


duração (113 dias), pois não contou com o apoio da maioria da população húngara e do
governo russo.

ITÁLIA – ambiente de grande contestação política e económica e de insatisfação face aos


territórios não conseguidos nas compensações de guerra e nas indemnizações partilhadas.
Seguem-se ocupações de terras e de fábricas com confrontos com os proprietários;
conflitos violentos e constantes nas ruas italianas. Benito Mussolini, expulso do Partido

Socialista por defender a intervenção da Itália na 1.ª Guerra, em 1915, numa fase de
indecisão do governo, funda em março de 1919, o Movimento Fascista (Fasci Italiani do
Combattimento), formado por ex-socialistas como ele, veteranos de guerra,
republicanos, burgueses conservadores. O seu corpo de homens armados (milícias) vai
carregar contra os revolucionários da esquerda comunista italiana, acusando-os de
criarem instabilidade em Itália.

FRANÇA – onda de greves lideradas pelos trabalhadores ferroviários que apelam à greve
geral em todos os setores. Estas lutas sindicais são combatidas pelos conservadores
burgueses, pelo governo e movimentos de cariz nacionalista.

Grã-Bretanha - O Partido Trabalhista (de esquerda) formou governo em janeiro de


1924, mas perde as eleições em outubro, substituído pelo Partido Conservador, que se vê
confrontado com greves gerais.

EUA – O Partido Republicano (conservador) ganha sucessivas eleições, a partir de 1921,


reforçando a atitude isolacionista americana:
- Critica o Tratado de Versalhes;

- Recusa a entrada dos EUA na SDN;


- Aplica o protecionismo económico, elevando as taxas alfandegárias a produtos não
americanos;
- Apela a atitudes moralistas contra o vício, caso da Lei Seca - período de 1920 a 1933
durante o qual a fabricação, transporte e venda de bebidas alcoólicas para consumo
foram banidas nacionalmente;

- Incentiva atitudes xenófobas e racistas contra negros, judeus, católicos, ateus e


Comunistas.

7.1.3 - A REGRESSÃO DO DEMOLIBERALISMO – CONTINUAÇÃO


Assim, nos anos 20 e 30 assistiu-se, principalmente na Europa:
• a tentativas de revolução de tipo bolchevique, em vários países;
• repressão desses movimentos revolucionários por partes dos governos,
polícias,movimentos de milícias nacionalistas apoiados por
proprietários, conservadores e classe média.
• organização e avanço de grupos e partidos de extrema-direita, contra
os revolucionários de esquerda, mas também contra os governos
liberais (monarquias ou repúblicas) incapazes de suster a onda de
violência e insatisfação política, económica e social, através do uso de
golpes de Estado ou tentativas falhadas:

1922 - o sucesso da “Marcha sobre Roma”, liderada por Benito Mussolini


e os Fascio, obrigam o rei Vitor Emanuel III a convidá-lo para formar governo.
• (ex: o Putsch de Munique , que foi uma tentativa falhada de golpe de
Estado de Adolf Hitler e do Partido Nazis, contra o governo da região
alemã da Baviera, ocorrido em 9 de novembro de 1923. O objetivo de
Hitler era tomar o poder do governo bávaro, devido à instabilidade
política e a “resistência passiva”; à ocupação pelas tropas franco-
belgas ocupam a bacia do Ruhr, principal fonte de riqueza do país,
levam a greves por todo o país assim como a uma vertiginosa alta de
preços. Hitler foi preso).

1926 - Golpe de Estado militar em Portugal, liderado pelo marechal Gomes


da Costa, derruba a 1.ª República e instaura uma Ditadura Militar (1926-33).

1930 – o general Primo de Rivera, foi um militar e ditador espanhol,


fundador da organização União Patriótica. Imbuído de ideais militaristas,
marcadamente nacionalistas e autoritários, encabeçou a 13 de setembro de
1923 um golpe de Estado, suspendendo a Constituição vigente, dissolvendo o
Parlamento e implantando uma Ditadura.
O golpe encontrou a conivência do rei Afonso XIII e a adesão de boa parte do
patronato, do Clero, das forças armadas e dos meios conservadores.

Por toda a Europa há uma forte agitação social em consequência:


• das dificuldades económicas que provocam uma alta inflação;
• da divulgação de ideais marxistas-leninistas revolucionários;
• forte desagrado pelos governos constitucionais liberais, face à falta de
soluções rápidas no campo da economia e ausência de estabilidade
social e segurança social. Os governos são questionados sobre a
eficácia das políticas demoliberais que aplicam perante a nova situação
que a Europa enfrentava;
• apelo a novas ideias políticas, sociais e económicas que respondam às
ansiedades da população;
• procura, pelas diferentes camadas de trabalhadores, de maiores
condições no trabalho, melhores salários e benefícios sociais.

A MULHER NA 1.º DÉCADA DE XX


Sempre se considerou que a mulher era incapaz de assumir
responsabilidades, devendo, por isso, estar sujeita à tutela do chefe de
família, fosse ele o pai, o marido ou o irmão.
Era educada para ser a «fada do lar», para cuidar dos filhos e da vida
doméstica.
Os “LOUCOS ANOS 20” foram uma época de mudança de mentalidade.
A mulher ganhou uma nova liberdade e começou a romper com as
convenções vigentes.
• Emergiu uma nova feminilidade.
• O traje feminino assumiu um novo corte.
As saias encurtaram, o espartilho foi posto de lado e os chapéus
ganharam novas formas.
• A flapper tornou-se no símbolo da mulher moderna.

A crise dos valores tradicionais:


Com o fim da I Guerra Mundial a sociedade procurou esquecer as agruras provocadas pelo
conflito.
Emergiu uma nova mentalidade e o conservadorismo da sociedade vitoriana entrou em
declínio.
Surgiram novos valores: o ócio, o prazer e o consumo sobrepõem-se ao trabalho, ao
espírito de sacrifício e de poupança.
A geração do pós-guerra questionou os princípios morais e sociais da geração anterior e
vice-versa.

Com a ida dos homens para a I Grande Guerra, as mulheres assumem os postos de
trabalho e a liderança familiar.
VS
Com o fim da guerra, nada mais será igual pois, as mulheres começam a exigir o direito à
sua independência e à sua liberdade.

MUDANÇAS NO QUOTIDIANO FEMININO


A mulher foi ganhando uma certa independência económica o que a levou a
reivindicar os mesmos direitos que o homem.
A mulher acede ao mundo do trabalho assalariado

Na década de 1920, o mundo ocidental beneficiou de uma

ÉPOCA DE PROSPERIDADE

que aliada à ânsia de viver e de esquecer os traumas da I Guerra Mundial,


manifestou-se em NOVAS ATITUDES SOCIAIS.
Na Política:
• igualdade na lei
• no salário
• no emprego
• no direito ao voto
• no direito a serem eleitas
Na Sociedade:
• Igualdade na família entre o homem e a mulher
• Surge uma mulher com profissão, independente do marido
• Surge uma mulher “livre”: dá passeios de bicicleta, conduz automóvel,
joga ténis
Na Cultura:
• Surge uma mulher culta com estudos universitários
Na Moda:
• usa saia até ao joelho
• usa maquilhagem
• cabelo curto
• frequenta clubes nocturnos
• Fuma
• bebe, com a naturalidade com que os homens o fazem
NOVOS HÁBITOS SOCIAIS
• Ir ao cinema e ao teatro;
• Frequentar cafés, restaurantes e casas de chá (convívio diurno)
• Frequentar cabarés, clubes e casinos (convívio noturno)
NAS LEIS:
• Reforço do FEMINISMO (movimento de mulheres que lutam pela
igualdade de direitos e de oportunidades);
• Os movimentos SUFRAGISTAS conseguiram, em vários países o direito
ao voto para as mulheres;
• O direito ao divórcio foi outra das lutas travadas.

NOVAS FORMAS DE DIVERTIMENTO (EVASÃO) PARA OS JOVENS


• Sair para dançar
• Ouvir novos sons
• Ver e praticar desporto
A 1ª Guerra facilitou a divulgação das suas experiências em terra (comboio,
automóvel, camião), no ar (aviões) e no mar (navios de grande porte e
resistência).
• Viajar tornou-se moda e forma de prestígio social.
• Surgiram instalações próprias para estas atividades – aeroportos,
portos, novas estações de caminho de ferro,hotéis, agências de
viagens, mapas e guias turísticos....
• Surgem novas músicas e novas formas de dançar,mais modernas e mais
arrojadas:
• Vive-se segundo o American way of life.
• Nova Iorque e Paris tornam-se nas grandes capitais culturais.
A Nova Cultura
• Valoriza a abundância / Valoriza a produção
• Privilegia a imagem
• Valoriza o consumo / Valoriza a poupança
• Valoriza o ócio
• Defende a emancipação da mulher/ defende o papel tradicional da
mulher
• Olha para o futuro
• Valoriza a individualidade
• Valoriza a cultura de massas
OS PROGRESSOS DA CIÊNCIA
O SÉCULO XX BENEFICIOU DE UMA NOVA CONCEÇÃO CIENTÍFICA.
As ideias POSITIVISTAS, de certeza e infalibilidade da ciência do século XIX,
deram lugar ao RELATIVISMO do pós guerra.

O CONHECIMENTO - passa a ser visto como uma construção do sujeito logo,


subjetivo, sendo influenciado por condições como:
• a época,
• o local onde se vive,
• as características do próprio sujeito.

É no campo das CIÊNCIAS DA NATUREZA e nas CIÊNCIAS HUMANAS que o


século XX traz mais inovações.
A TEORIA DA RELATIVIDADE – formulada pelo alemão Albert Einstein,
segundo a qual o espaço e o tempo não são imutáveis e absolutos (existentes
independentemente da matéria e dos observadores) mas relativos.
• Para Einstein, o tempo vivido por um observador depende do seu
movimento (teoria dos gémeos).
A TEORIA QUÂNTICA -desenvolvida por Max Planck, mostrou não ser o
átomo o elemento mais pequeno da natureza e abriu o caminho para os
estudos sobre a energia nuclear.
A TEORIA DO BIG BANG – desenvolvida pelo padre e físico belga Georges
Lemaître, mostrou que o Universo continua em expansão após uma grande
explosão inicial.

Niels Bohr e Ernest Rutherford- conhecimento do átomo e da sua estrutura.


Na MEDICINA foram feitas importantes descobertas que permitiram a cura
de algumas doenças até aí mortais, como:
• A malária
• A tuberculose
• A febre tifoide
NOVAS VISÕES DA CIÊNCIA
• Para o combate a muitas doenças, foi essencial a descoberta de
antibióticos como a penicilina descoberta pelo escocês, Alexander
Fleming, em 1928.
O estudo do Homem e das sociedades humanas tiveram também grandes
avanços nesta época.
O médico austríaco Sigmund Freud mostrou que a mente humana não se
limitava à parte racional (consciente) existindo outros 2 níveis que o Homem
não controlava:
• o subconsciente e o inconsciente.
• Foi o fundador da PSICANÁLISE, um inovador método terapêutico para
o tratamento de distúrbios mentais.
Na HISTÓRIA - com MARC BLOCH e LUCIEN FEBVRE
• Criaram uma nova conceção da análise histórica.
• Retiraram o centralismo dos factos e das personagens elitistas e
passaram a estudar outros fenómenos com vertente económica e
social.
A história da ARQUEOLOGIA começa com a curiosidade do homem no século
XV e XVI, quando aparecem as primeiras escavações na Europa feita por
clérigos e nobres que gostavam apenas de colecionar relíquias antigas.
O primeiro grande feito da arqueologia foi a descoberta das cidades de
Pompeia e Vesúvio (Itália) que haviam sido soterradas pela erupção de um
vulcão em 79 a.C..
Depois disso, em 1822, o fato mais notável foi a tradução da “Pedra de
Roseta” pelo francês Jean-François Champollion e, 100 anos depois, em 1922,
a descoberta do túmulo intacto de Tutankámon, o faraó jovem, pelo inglês
Howard Carter.
• Esses factos deram um impulso à ARQUEOLOGIA, tornando-a
conhecida no mundo inteiro.
• Constituiu o “pontapé” inicial para o estudo do Antigo Egito e o
período apaixonado das grandes descobertas arqueológicas.
É a partir de século XVIII que a GEOGRAFIA foi sendo discretamente
reconhecida como disciplina, recebendo a atenção de grandes intelectuais
como Kant, Montesquieu, Goethe, que desenvolveram a chamada "geografia
social".
Cem anos mais tarde, teremos a Escola Alemã, com o conceito de
DETERMINISMO, que ligava o clima ao desenvolvimento intelectual do ser
humano.
Na década de 30 do século XX, predominariam as ideias da Escola Francesa e
o conceito de POSSIBILISMO, que estabelecia que as escolhas feita pelo ser
humano levariam ao seu respetivo desenvolvimento cultural.

Consequências:
• Novos valores sociais e intelectuais
• Ceticismo em relação ao futuro
• Desrespeito de normas e procura de novos conhecimentos

O POSITIVISMO E O RACIONALISMO do século XIX foram postos em causa por


Sigmund Freud e Albert Einstein.
Nasceu uma nova conceção do Homem e do Universo.
As conceções de Freud e Einstein revolucionaram a dimensão psicológica
do Homem, o espaço e o tempo.
→ Sigmund Freud revelou na sua obra, A Interpretação dos Sonhos, cinco
novos conceitos sobre a dimensão psicológica do Homem:
• o inconsciente;
• a repressão;
• a noção de sexualidade infantil;
• a líbido;
• A divisão tripartida da mente
Freud criou o método da psicanálise, segundo o qual os seus pacientes, com
transtornos psíquicos, falam sobre diferentes assuntos e recordam factos
aparentemente esquecidos, fazendo assim uma associação livre.
Henri Bergson também desconstruiu os princípios do racionalismo e do
positivismo, fundados no século XIX.
Bergson valorizou a importância da intuição no processo de apreensão da
realidade. Afastando-se dos elementos racionais.

Albert Einstein revolucionou a Física com a publicação da TEORIA DA


RELATIVIDADE.
Os fundamentos da Física de Isaac Newton ganharam uma nova dimensão e
as noções de espaço e tempo deixaram de ser absolutas.
Segundo a Teoria da Relatividade, o espaço não é fixo, mas sim flexível e o
tempo pode acelerar ou diminuir.
O Universo deixa de ser encarado como algo fixo, passando a ser visto como
flexível.

Relativismo – defende que o conhecimento é relativo, uma vez que a


apreensão da realidade é condicionada pelo tempo, pelo espaço e pela
cultura.
O conjunto de transformações que ocorreu na ciência deu lugar a uma nova
noção sobre o indivíduo, a cultura e o universo.
• Ernest Rutherford identificou a estrutura básica do átomo, o núcleo.
Abriu caminho para a Física nuclear.
• Neils Bohr desenvolveu o estudo da física quântica.
• Werner Heisenberg formulou o princípio da incerteza, ou seja, que os
princípios e certezas absolutas, bem como o senso comum, não são
suficientes para conhecer o universo.
ARTE NOVA/ (Art Nouveau) = Arte Decorativa
• arte decorativa
• ● uso de linhas ondulantes
• ● motivos florais, animais e figuras femininas
• ● utilização de várias materiais: madeiras, mármores, metais, vidro,
azulejo
FASE DE TRANSIÇÃO – O IMPRESSIONISMO
O IMPRESSIONISMO foi um movimento que surgiu na pintura francesa do
século XIX, vivia-se nesse momento a chamada Belle Époque. Começou com
um grupo de jovens pintores que rompeu com as regras da pintura vigentes
até então. Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os
preceitos do Realismo. A busca pelos elementos fundamentais de cada arte
levou os pintores impressionistas a pesquisar a luz e o movimento utilizando
pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que
geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse
capturar melhor as variações de cores da natureza.
A máxima preocupação dos PINTORES IMPRESSIONISTAS, foi a representação
da luz e da cor.
A forma dos objetos é considerada por eles como transitória e cambiante, já
que depende da luz que se projeta sobre eles.

EXPRESSIONISMO – PINTURA
● expressão livre e subjetiva dos sentimentos, emoções do pintor;
● cores fortes, pinceladas largas e muito expressivas;
● retrato da dor, das misérias humanas.

FAUVISMO (“ AS FERAS”) – PINTURA


● cores intensas e agressivas;
● interpretação das cores segundo os sentimentos dos artistas (ex: árvores
azuis);
● a cor tem maior importância que a forma;
● pintura sem preocupação de análise da sociedade ou dos sentimentos da
humanidade.

3 - CUBISMO – PINTURA
● a realidade é reduzida a formas geométricas como o cubo, o cilindro, o
cone ea esfera;
● as figuras são decompostas com diferentes ângulos de representação
misturados.
4 – FUTURISMO – PINTURA, ESCULTURA
● pretende captar o movimento e a dinâmica da nova sociedade;
● exaltação da sociedade industrial e dos novos meiso de produção
(taylorismo, estartandização e massificação);
● sensações de velocidade;
● enaltece a máquina sobre o homem;
● sequência de imagens para dar a sensação do movimento.
5-ABSTRACIONISMO – PINTURA
● deixa de representar a realidade tal como ela é vista;
● pintura não figurativa;
● o objeto é representado por linhas e manchas de cor;
● representa emoções com diferentes interpretações.

DADÍSMO – PINTURA, ESCULTURA


● um movimento de contestação aos valores culturais,
● o movimento era pautado pela ironia sobre a realidade e as convenções
sociais;
● é considerado anárquico e provocador;
● foi irreverente e experimental, valorizou a improvisação.
● técnica da colagem de diferentes tipos de materiais, , de forma a criar uma
imagem composta por essas combinações;
● técnica do Ready-made: deslocamento de um objeto de seu contexto para
outro, de forma a gerar estranhamento.

7- SURREALISMO – PINTURA
● vai buscar inspiração à Psicologia de Freud;
● exploração do mundo dos sonhos e do inconsciente;
● exploração dos medos e dos desejos mais profundos;
● as imagens são fantasmagóricas, irreais, tal como os sonhos.

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