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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

IBERNON ALVES COSTA DOS SANTOS JÚNIOR


GABRIEL OLIVEIRA BASONI

PROPAGANDA POLÍTICO-ELEITORAL GRATUITA


Uma Análise

Vitória da Conquista – BA
2019
IBERNON ALVES COSTA DOS SANTOS JÚNIOR
GABRIEL OLIVEIRA BASONI
5º SEMESTRE DO CURSO DE DIREITO

PROPAGANDA POLÍTICO-ELEITORAL GRATUITA


Uma Análise

Artigo avaliativo da disciplina optativa


de Direito Eleitoral, no intuito da nota
integral da matéria.

Vitória da Conquista, 20 de julho de


2019.

Professor: Luciano Sepúlveda –


Departamento de Ciências Sociais
Aplicadas
INTRODUÇÃO

O período das eleições é, sem dúvidas, um dos mais importantes para a


definição dos rumos de um país, seja em âmbito municipal, estadual ou nacional. É
o momento em que o povo exerce a sua soberania por meio do voto popular,
escolhendo os candidatos que melhor os representam. Estes, por sua vez, com o
intuito de persuadir os eleitores sobre suas propostas e formas de governo, e assim
conseguirem uma grande quantidade de votos, fazem uso de um elemento
essencial: a propaganda político-eleitoral.
É comum observarmos nesse período a livre circulação de nomes e números
dos candidatos, seja por meio de panfletos distribuídos nas ruas, postagens e
comentários nas redes sociais, adesivos e outdoors, bem como carros de som e,
claro, os anúncios no rádio e na televisão em determinados horários. Todos esses
recursos dão forma à propaganda político-eleitoral que, se bem utilizada, torna-se
um aspecto diferenciador do candidato em sua campanha e uma relevante arma
para alcançar os eleitores e receber deles o voto nas urnas.
Dentre as modalidades de propaganda existentes, o presente artigo restringir-
se-á à abordagem da propaganda político-eleitoral gratuita. Serão tratados os
aspectos mais relevantes para a compreensão do tema, como a previsão legal, o
conteúdo desse tipo de propaganda, sua aplicação no primeiro e segundo turnos de
um período eleitoral, bem como as possíveis sanções em casos de sua utilização de
forma ilícita e prejudicial aos demais candidatos e aos eleitores em geral.

A PROPAGANDA GRATUITA E SEU CONTEÚDO

Antes de qualquer coisa, é válido ressaltar que a propaganda eleitoral gratuita


se restringe apenas ao rádio e à televisão. Assim sendo, é concedido aos partidos
políticos o acesso gratuito a estes meios de comunicação para realizarem suas
respectivas propagandas, conforme disposto no art. 17, § 3º, da Constituição
Federal. Todavia, tal acesso não ocorre de forma ilimitada, devendo os partidos
preencher alguns requisitos, de acordo com o mesmo dispositivo legal, in verbis:
Art. 17. (...)

§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao


rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:
I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo 3%
(três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos
válidos em cada uma delas; ou
II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em
pelo menos um terço das unidades da Federação.

Além de gratuita, a propaganda político-eleitoral é também obrigatória.


Gratuita porque os partidos não precisam ressarcir as emissoras de rádio e televisão
devido ao uso do espaço, sendo este pago pelo erário, e obrigatória porque as
emissoras têm o dever legal de exibir a propaganda, sob pena de terem suas
programações normais suspensas, conforme o art. 56 da Lei nº 9.504/97, também
conhecida como Lei Eleitoral.
Quanto ao seu conteúdo, a propaganda político-eleitoral deve ser direcionada
aos eleitores em geral de forma a exibir a imagem do candidato, o que ele propõe
como forma de governo, seus ideais, projetos e posicionamentos acerca de
assuntos que são relevantes para a sociedade. A responsabilidade de elaboração
das propagandas cabe aos próprios partidos e candidatos, que são livres para
escolher o ambiente (se em estúdio ou ao ar livre), o uso de jingles, vinhetas, fotos,
caracteres com propostas e afins.
Outro aspecto relevante que diz respeito ao conteúdo é a observação da
Língua Brasileira de Sinais – Libras ou a utilização de legendas. A Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência garante que recursos como subtitulação por
meio de legenda oculta, janela com intérprete da Libras e audiodescrição sejam
utilizados, visando o entendimento do conteúdo da propaganda pelos portadores de
deficiência.
Ademais, faz-se essencial a boa identificação dos partidos e coligações que
apoiam o candidato. Nas eleições majoritárias, deve ser feita referência à coligação
e aos partidos que a compõem; já nas proporcionais, basta o nome do partido do
candidato e o da coligação, conforme disposto no artigo 6º, § 2º, da Lei 9.504/97.
Por fim, há que se falar nas restrições. Além daquelas de caráter geral,
contidas no art. 40 na Lei Eleitoral, é proibido a utilização de mensagens que
possam degradar ou ridicularizar candidatos (arts. 51, IV, e 53, § 1º, LE),
propaganda de matiz comercial, que promova marca ou produto (art. 44, § 2º, idem),
comunicação ofensiva à honra de candidatos, à moral e aos bons costumes (art. 53,
§ 2º, idem), bem como demais restrições de caráter semelhante previstas em lei.

TEMPO DE PROPAGANDA

O tempo concedido para a propaganda eleitoral no rádio e na televisão é


dividido apenas entre os partidos e coligações que possuam candidato, de acordo
com o art. 47, § 2º, da Lei 9.504/97. Quanto mais representantes na Câmara Federal
o partido ou coligação tiver, mais tempo ele terá de rádio e TV.
A distribuição é feita nos moldes do art. 47, § 2º, I e II, da Lei Eleitoral, da
seguinte forma: 90% dos horários reservados à propaganda são distribuídos
proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos Deputados,
enquanto que os 10% restantes são distribuídos igualitariamente. Quanto à parcela
maior, considera-se ainda, no caso de coligação para eleições majoritárias, o
resultado da soma do número de representantes dos seis maiores partidos que a
integrem e, nos casos de coligações para eleições proporcionais, o resultado da
soma do número de representantes de todos os partidos que a integrem.
Em relação à ordem de apresentação das propagandas, o art. 50 da LE
determina que a Justiça Eleitoral realize um sorteio para defini-la. Feito isso, a cada
dia que se segue, a propaganda veiculada por último, na véspera, será a primeira, e
as demais se apresentarão na ordem do sorteio.
Fica reservado a cada partido distribuir o tempo que lhes foi concedido entre
seus candidatos proporcionais e majoritários. Surgindo quaisquer conflitos e abusos
em relação ao uso do tempo, cabe à Justiça Eleitoral resolvê-los. Cada propaganda,
após sua produção, deve ser entregue pelos partidos às emissoras, de forma a estar
compatível com suas condições técnicas de exibição.
Cumpre frisar, por último, que em caso de fusão ou incorporação partidária, o
número de representantes do novo partido será o equivalente à soma dos partidos
que o originaram, devendo ser somados também os tempos de propaganda que
possuíam antes da fusão ou incorporação.
A PROPAGANDA GRATUITA NO PRIMEIRO TURNO DAS ELEIÇÕES

A Lei 9.504/97, em seu art. 47, caput, preleciona que a propaganda gratuita
no rádio e na televisão deve ocorrer nos trinta e cinco dias anteriores à antevéspera
das eleições. Deve ser exibida em duas formas: em rede e em inserção.
A propaganda em rede é mais especificamente disciplinada no § 1º do art. 47
da Lei Eleitoral, onde o legislador, de forma detalhada, fixou o exato momento de as
propagandas serem levadas ao ar pelas emissoras, com base nos critérios de
espécie de eleição e o cargo em disputa. O cargo de vereador não consta na
propaganda em rede, sendo realizada somente sob a forma de inserções (art. 47, §
1º, VII, LE).
Já a propaganda em inserção é feita nos moldes do art. 51 do mesmo
diploma legal, o qual estabelece que as emissoras de rádio e televisão deverão
dispor de 70 minutos diários para a propaganda eleitoral gratuita, a serem usados
em inserções de 30 e 60 segundos, devendo a sua veiculação ser realizada entre 5
e 24 horas. Todos os candidatos têm garantida a sua participação nos horários de
maior e menor audiência, conforme a parte final do art. 52 da Lei Eleitoral.
Em comparação à propaganda em rede, a propaganda em inserção não
possui um horário exato em que deve ser transmitida, devendo este constar no
plano de mídia elaborado com a participação dos partidos e das emissoras, sob a
presidência da Justiça Eleitoral (art. 52, LE).
Nas eleições municipais, a regra é a mesma condita no inciso VII do § 1º do
art. 47, na proporção de 60% para prefeito e 40% para vereador. Ademais, apenas
os municípios que possuírem estação geradora de serviços de radiodifusão de sons
e imagens é que transmitirão as inserções de televisão.

O SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES

Seguindo a mesma lógica de logística do primeiro turno, no segundo turno


das eleições é assegurada, para cada eleição ou cargo em disputa, a realização de
propaganda eleitoral em bloco e inserção no rádio e na televisão, tendo, por óbvio,
alguns ajustes às suas peculiaridades.
Conforme leciona José Jairo Gomes, nessa etapa do processo eleitoral, o
tempo de propaganda é distribuído de forma igual entre os concorrentes. Não
importa se a agremiação do candidato tenha ou não representação no Congresso
Nacional. Nesse sentido, nos moldes da Lei Eleitoral – Lei 9.504/97, a propaganda
eleitoral ocorrerá a partir da sexta-feira seguinte à realização do primeiro turno e até
a antevéspera da eleição, isto é, até dois dias antes da eleição.

Conforme está prescrito no artigo 49 da mesma lei, na propaganda em bloco


ou rede, as emissoras de rádio e de televisão deverão reservar dois blocos diários,
incluindo os domingos, de 10 minutos para o horário eleitoral, tendo seu início às
07:00 e às 12:00 horas, no rádio, e às 13:00 e às 20:30 horas, na televisão.

Nessa perspectiva, nas circunscrições que tiverem segundo turno para os


pleitos de Governador e Presidente da República, cada eleição contará com 10
minutos em cada bloco, sendo a exibição da propaganda eleitoral de Governador
precedida da presidencial. Concernente ao tempo para cada candidato, conforme
dito anteriormente, cada qual contará com a metade do tempo, 5 minutos, não tendo
influência alguma a representatividade no Congresso Nacional.

No tocante às inserções, a Lei Eleitoral ordena que as emissoras as veiculem


diariamente, entre às 05:00 e 00:00 horas, inclusive aos domingos, 25 minutos “para
serem usados em inserções de trinta e de sessenta segundos”. Este tempo, de igual
modo, será repartido igualmente entre os candidatos. Dessa forma, se houver na
circunscrição segundo turno para os pleitos de Presidente da República e
Governador, serão garantidos para cada eleição 25 minutos, tendo cada candidato o
direito de 12 minutos e 30 segundos de inserção.

INEXISTÊNCIA DE EMISSORA GERADORA DE SINAIS DE RÁDIO E TELEVISÃO

Uma discussão que se faz mister levantar é a situação de quando um


determinado município não dispõe de sede de entidade geradora e retransmissora
de televisão, o que é a maioria dos casos. Nesse sentido, não há o que José Jairo
Gomes chama de identidade, entre a emissora geradora, que produz o material a
ser veiculado e a retransmissora, que apenas transmite o sinal do material
produzido.
Um grave problema surge quando se trata de eleições municipais, porquanto
a maioria dos municípios brasileiros apenas reproduz o material midiático dos
municípios que sediam a entidade geradora do sinal. Nessa toada, dispõe o artigo
48 da LE (com redação da Lei nº 12.034/2009) que, nas eleições municipais, se não
houver emissora de rádio e televisão na cidade, a Justiça Eleitoral deverá garantir
“aos Partidos Políticos participantes do pleito a veiculação de propaganda eleitoral
gratuita nas localidades aptas à realização de segundo turno de eleições e nas quais
seja operacionalmente viável realizar a retransmissão”.

Assim sendo, o número de municípios atendidos pela propaganda eleitoral


deve coincidir com a quantidade de emissoras geradoras disponíveis.

Diante disso, acerca do tempo vago caso a emissora retransmissora não


veicule o sinal da geradora para o município de sua sede, TSE já manifestou o
seguinte:

[...] no período do horário eleitoral gratuito, as emissoras geradoras devem


proceder ao bloqueio da transmissão para as estações retransmissoras e
repetidoras localizadas em município diverso, substituindo a transmissão do
programa por uma imagem estática, com os dizeres ‘horário destinado à
propaganda eleitoral gratuita [...] (TSE – Pet. nº 2.860/DF – PSS 4-9-2008).

No caso de estações retransmissoras não habilitadas, técnica e legalmente,


a gerar imagens, inexiste impedimento de que a geradora, naquele horário,
gere a imagem da tarja ‘horário destinado a propaganda eleitoral gratuita’,
diante da impossibilidade de as retransmissoras o fazerem (TSE – Res. nº
14.705/89).

SANÇÕES

Aos infringentes das regras postas à propaganda eleitoral gratuita na


televisão e rádio, a Lei Eleitoral previu um sistema próprio de sanção. Estão sujeito
às penalidades: os candidatos; os partidos; as coligações; e as emissoras.

Nessa perspectiva, o § 1º do artigo 53 estabelece a “perda do direito à


veiculação de propaganda no horário eleitoral gratuito do dia seguinte”, caso seja
exibida propaganda que possa degradar ou ridicularizar candidatos. Igualmente, é
dado à Justiça Eleitoral impedir “a reapresentação de propaganda ofensiva à honra
de candidato, à moral e aos bons costumes” (§ 2º).
Já o § 3º do artigo 53-A sanciona o descumprimento das regras que veicula
com a perda, para o partido ou a coligação, em seu horário de propaganda gratuita,
de “tempo equivalente no horário reservado à propaganda da eleição disputada pelo
candidato beneficiado” pela conduta infratora.

Também é prevista sanção pecuniária para exibição de propaganda eleitoral


por parte de emissora “não autorizada a funcionar pelo poder competente” (LE, art.
44, § 3º).

O artigo 56 da Lei nº 9.504/97 prevê sanção à emissora que deixar de cumprir


as disposições atinentes à propaganda. Nesse caso, a Justiça Eleitoral poderá
determinar a suspensão, por 24 horas, de sua programação normal. No período de
suspensão, a Justiça Eleitoral veiculará mensagem de orientação ao eleitor,
intercalada, a cada 15 minutos (§ 1º). Em cada reiteração de conduta, o período de
suspensão será duplicado (§ 2º).

Cumpre salientar, ainda, o direito de resposta, previsto no artigo 58 da Lei


Eleitoral. Este é assegurado sempre que houver ofensa, ainda que indireta, “por
conceito, imagem, ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa, ou sabidamente
inverídica. Nas palavras do Ministro Menezes Direito em voto proferido pelo Tribunal
Superior Eleitoral:

[...] pressupõe ofensa capaz de autorizar o desmentido, a informação


correta, que, portanto, tem qualificação outra que degradar ou ridicularizar o
candidato. Se o trecho foi considerado ofensivo e autorizou o direito de
resposta não pode ser considerado ao mesmo tempo capaz de degradar ou
ridicularizar o candidato para o fim de aplicar-se a penalidade da parte final
do § 1º do art. 53 da Lei nº 9.504/97, tanto que os ritos são diversos, o
primeiro previsto no art. 58 e o segundo no art. 96 da Lei especial de
regência. Degradar ou ridicularizar, portanto, não estão vinculados à ofensa
por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou
sabidamente inverídica. Estas excluem aquelas no sistema da Lei nº
9.504/97.

Para que as sanções assinaladas sejam aplicadas, é preciso que o


interessado ou o Ministério Público acione a jurisdição Eleitoral. Todavia, em
determinadas situações, não se pode negar à Justiça Eleitoral a possibilidade de
agir de ofício para impedir a veiculação de propaganda manifestamente abusiva e
atentatória à ordem pública. Aqui, a atuação da autoridade eleitoral encontra
fundamento no poder de polícia. Frise-se, porém, não ser possível, sem provocação
da parte legitimada, aplicar sanções como multa, perda de tempo de propaganda ou
suspensão da programação da emissora. Nesses casos, impõe-se o exercício do
direito de ação, instaurando-se processo judicial, no qual seja assegurado o
contraditório e a ampla defesa. O procedimento a ser observado é o do artigo 96 da
Lei nº 9.504/97 (GOMES, 2018).

CONCLUSÃO

Ao que se depreende do presente trabalho, cumpre frisar a essencialidade da


propaganda político-partidária às eleições. O denso regramento que rege este direito
possui como escopo a igualdade de competição na corrida eleitoral, e que, sem
dúvidas, impacta diretamente e positivamente na concepção de Estado Democrático
de Direito.
Ainda que as mídias de comunicação clássicas tenham perdido boa parte de
sua força com as novas tecnologias, ressalta-se que no Brasil o acesso à internet e
outras ferramentas do novo século ainda estão restritos a uma parcela da
sociedade. Isto posto, para o exercício do sufrágio com a maior liberdade e menores
defeitos, é necessário se atentar as regras contidas à “publicidade”, ainda que se
incluirmos apenas a televisão e o rádio.
Em um Estado Democrático, o voto é o maior exercício da cidadania, e por
isso o cumprimento das regras postas deve ser a máxima, salientando ainda que
para o seu avanço há muita demanda legislativa a fim de tornar o complexo e oculto
jogo político numa mesa exposta, sujeita à clara e consciente interferência do povo.
REFERÊNCIAS

GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 14. ed. rev. atual. e aum. São Paulo: Atlas,
2018.
ESPECIALISTA explica como funciona propaganda eleitoral gratuita. 20 ago. 2018.
Disponível em: www2.camara.leg.br. Acesso em: 13 jul. 2019.
ENTENDA como vai funcionar a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. 23
ago. 2018. Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 13 jul. 2019.

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