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BOLETIM OFICIAL
1 590000 002454
ÍNDICE
ASSEMBLEIA NACIONAL:
Lei nº 18/VIII/2012:
Lei nº 19/VIII/2012:
Define o regime jurídico das sondagens e inquéritos de opinião produzidos com finalidade de divulgação
pública.................................................................................................................................................1127
CONSELHO DE MINISTROS:
Resolução nº 49/2012:
CHEFIA DO GOVERNO:
Despacho nº 22/2012:
Autoriza o Ministério das Infraestruturas e Economia Marítima a realizar despesas com a Adenda nº 1
ao contrato para execução da empreitada “Construção da Cadeia da Comarca do Sal”. ...............1134
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É criado, na dependência da Direcção Nacional da 1. O GRA é composto por elementos que integram as
Polícia Judiciária o Gabinete de Recuperação de Activos, seguintes entidades:
abreviadamente designado por GRA, com atribuições de
investigação análogas às dos órgãos de polícia criminal. a) Polícia Judiciária;
Artigo 3.º b) Direcção-Geral dos Registos e do Notariado;
Missão
c) Direcção-Geral de Contribuição e Impostos;
O GRA tem como missão:
d) Direcção-Geral das Alfândegas.
a) Proceder à identificação, localização e apreensão
2. A composição, coordenação do GRA são fixadas por
de bens ou produtos relacionados com crimes,
Portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis
a nível interno e internacional;
pelas áreas da justiça e das finanças
b) Assegurar a cooperação com os gabinetes de
3. A nomeação dos elementos que compõem o GRA é
recuperação de activos criados por outros Estados;
efectuada preferencialmente em regime de destacamento
c) Fazer a recolha, análise e tratamento de dados ou outro que se mostrar adequado.
estatísticos sobre apreensão, perda e destinação Artigo 7.º
de bens ou produtos relacionados com crimes;
Funcionamento
d) Exercer as demais atribuições que lhe sejam
legalmente conferidas. 1. O GRA funciona na dependência da Direcção Nacional
da Polícia Judiciária e tem atribuições de investigação
Artigo 4.º
análogas às dos órgãos de Polícia Criminal.
Competência
2. As normas de funcionamento do GRA são definidas
1. O GRA procede à investigação financeira ou patri- por despacho do Director Nacional da Polícia Judiciária.
monial mencionada no artigo anterior por determinação
Artigo 8.º
do Ministério Público:
Delegações
a) Quando se trata de instrumentos, bens ou
produtos relacionados com crimes puníveis 1. O GRA tem sede na cidade da Praia e pode integrar
com pena de prisão igual ou superior a 3 anos; delegações junto dos departamentos de investigação
criminal da Polícia Judiciária.
b) Quando o valor estimado dos instrumentos, bens
ou produtos relacionados com o crime sejam 2. A competência territorial das delegações do GRA
superiores a 1.000.000$00 (um milhão de coincide com a dos respectivos departamentos de inves-
escudos). tigação criminal.
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1. Com vista à realização da investigação financeira ou a) Proteger, conservar e gerir os bens apreendidos,
patrimonial referida no presente capítulo, o GRA pode ou à guarda do Estado nos termos do presente
aceder a informação detida por organismos nacionais ou diploma;
internacionais, nos mesmos termos dos órgãos de polícia b) Determinar a venda, a afectação ao serviço
encarregados da investigação criminal. público ou a destruição dos bens móveis,
2. Para os efeitos previstos no número anterior, o GRA desde que salvaguardados os direitos do
pode aceder, nomeadamente, às bases de dados: titular dos bens;
c) Exercer as demais competências que lhe sejam
a) Da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado;
legalmente atribuídas.
b) Da Direcção-Geral de Contribuição e Impostos
4. O GAB exerce as suas funções no estrito respeito
c) Da Direcção-Geral das Alfândegas; pelo princípio da transparência, visando a gestão racional
e eficiente dos bens administrados e, se possível, o seu
d) Do Instituto Nacional de Previdência Social; incremento patrimonial.
e) Das Companhias de Seguros; 5. O GAB procede ao exame, à descrição e ao registo
da avaliação dos bens para efeitos de fixação do valor de
f) Da Bolsa de Valores de Cabo Verde;
eventual indemnização.
g) Da Auditoria Geral de Mercados de Valores
6. O GAB fornece ao GRA dados estatísticos para os
Imobiliários
efeitos do disposto na alínea c) do artigo 3.º.
h) Do Banco de Cabo Verde. Artigo 12.º
informações que devem ser prestadas, os prazos para a pedido do GRA ou das autoridades judiciárias, quando o
sua concessão e os documentos que devem ser entregues, valor dos bens apreendidos exceda um milhão de escudos.
podendo assumir forma genérica para cada um dos sujei- Artigo 13.º
tos abrangidos quando a especificação não seja possível.
Avaliação
4. Quando se trata de informações relativas a contas
1. Após decurso do prazo fixado no número 1 do artigo
bancárias e não forem conhecidos os titulares das mes-
5.º, ou da decisão nele prevista, o GAB procede à avaliação
mas ou os intervenientes nas transacções é suficiente a
do bem apreendido, para efeitos da sua administração e
identificação das contas e transacções relativamente às
de fixação do valor de eventual indemnização.
quais devem ser obtidas informações.
Artigo 10.º
2. Quando a avaliação se revelar de especial comple-
xidade ou exigir especiais conhecimentos, pode o GAB
Cooperação e coadjuvação solicitar a colaboração de entidades com reconhecida
competência.
1. O GRA coopera com os gabinetes de recuperação de
activos criados por outros Estados e procede ao intercâmbio 3. Da decisão de homologação da avaliação pelo pre-
de informações, de dados e de boas práticas. sidente do conselho directivo do Cofre Geral de Justiça,
cabe recurso para o juiz competente para a prática de
2. O GRA coadjuva as autoridades judiciárias na re-
actos jurisdicionais no decurso da instrução penal, que
alização dos actos de cooperação judiciária pertinentes.
decide por despacho irrecorrível após realização das
CAPÍTULO III diligências que julgue convenientes.
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2. O Ministério Público deve ponderar se o interesse 2. Para efeitos do disposto no número anterior, é feito
probatório pode ser satisfeito através de amostra do bem o apuramento do valor das obras e das benfeitorias ne-
móvel apreendido. cessárias e úteis que o GAB realizou nos imóveis sob a
Artigo 15.º
sua administração, bem como do IUP pago.
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2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, órgãos de soberania, das autarquias locais e
verificando-se as circunstâncias do número 2 do artigo dos restantes órgãos constitucionais ou eleitos
4.º, mediante prévia autorização do Procurador-Geral da por sufrágio directo e universal, bem como o
República ou, por delegação, do Magistrado do Ministé- estatuto destes, competências, organização,
rio Público da respectiva circunscrição judiciária, pode funcionamento, responsabilidade e extinção;
encarregar o GRA de proceder à investigação financeira
ou patrimonial em processos iniciados antes da data de c) Escolha, actuação e demissão ou exoneração
entrada em vigor da presente lei. dos titulares dos órgãos centrais e locais das
associações políticas ou partidos políticos,
3. Nos casos referidos no número anterior, o GRA ou designadamente, no concernente à sua
as autoridades judiciárias podem solicitar a intervenção constituição, estatutos, denominação, sigla e
do GAB, nos termos do disposto no artigo 12.º. símbolo, organização interna, funcionamento,
Artigo 25.º exercício de direitos pelos seus associados e a
respectiva dissolução ou extinção.
Entrada em vigor
2. A publicação ou difusão pública de previsões ou das
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da
operações de simulação de voto realizadas a partir de son-
sua publicação.
dagens de opinião, ou inquéritos relativos a qualquer acto
Aprovada em 24 de Julho de 2012. eleitoral ou referendário, são equiparadas às sondagens
de opinião para efeitos de aplicação do presente diploma.
O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
Ramos 3. É aplicável o disposto no presente diploma à publi-
cação ou difusão de sondagens e inquéritos de opinião
Promulgada em 5 de Setembro de 2012.
na edição electrónica de órgão de comunicação social que
Publique-se. use também outro suporte, ou promovida por entidade
equiparável em difusão exclusivamente digital quando
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE esta se faça através de redes electrónicas de uso público
ALMEIDA FONSECA através de domínios sujeitos á regulação da Agência
Nacional de Comunicações, adiante designada ANAC, ou
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a) Nome ou razão social e domicílio legal, bem e) Se proponham pautar o exercício de sua
como os demais elementos identificativos da actividade por um código de conduta e pela
entidade que se propõe exercer a actividade; observância das normas técnicas de referência
na realização, publicação ou difusão de
b) Cópia autenticada do respectivo acto constitutivo; sondagens e inquéritos de opinião, e tenham
observado os requisitos para o registo prévio.
c) Identificação da estrutura e meios humanos
afectos à área das sondagens, bem como do 3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, podem
seu responsável técnico; ainda ser admitidos e credenciados, para a realização e
publicação de sondagens, os estabelecimentos de ensi-
d) Identificação do técnico responsável por levar a no superior legalmente constituídos e legalizados, que
cabo os estudos; requeiram o registo para esse fim e disponham, no seu
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g) Tarifário completo dos serviços, indicando os 1. Compete à ARC promover a avaliação dos requisitos
possíveis descontos e tarifas especiais; exigidos nos artigos anteriores e decidir, no prazo de 20
(vinte) dias úteis a contar da recepção do pedido, sobre
h) Carta de compromisso subscrita pelo a sua procedência ou renovação.
representante legal da pessoa jurídica,
devidamente autenticada, na qual se 2. A ARC deve organizar e manter actualizado um
compromete a cumprir as disposições do registo de entidades credenciadas para a realização das
presente diploma e dos regulamentos sondagens de opinião a que se refere o presente diploma.
aprovados em sua aplicação, bem como
3. As credenciais são válidas pelo período de três anos,
garantir a igualdade de condições a todos os
devendo os interessados requerer, nos 30 dias anteriores
que participem ou possam ter um interesse
à data da sua caducidade, a sua renovação, para o que
directo ou indirecto nas sondagens que
devem apresentar o relatório da actividade desenvolvida
efectuar ou nos inquéritos que realizar.
durante o período de vigência da respectiva credencial.
3. Nos pedidos que forem apresentados e em que o 4. A credenciação a que se refere o número 3 caduca
requerente não cumpra algum ou alguns dos requisitos quando, no período de dois anos consecutivos, a enti-
assinalados no número anterior, a ARC adverte o inte- dade credenciada não realizar ou for responsável pela
ressado para que sane as deficiências de instrução do realização de qualquer sondagem de opinião publicada
processo no prazo de sete dias úteis a contar da notificação ou difundida em órgãos de comunicação social e regular-
da mesma, sob pena de ser recusado o registo. mente depositada junto da ARC.
Artigo 5.º
5. Quando se verificar a transferência de titularidade e
Credenciação a mudança do responsável técnico da entidade credencia-
da, estas devem ser comunicadas à ARC, para aprovação,
1. As sondagens de opinião só podem ser realizadas
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da sua ocorrência.
por entidades credenciadas para o exercício da actividade
junto da ARC. 6. O modelo das credenciais é definido pela ARC.
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7. A ARC deve promover, com a periodicidade necessá- b) As perguntas devem ser formuladas com
ria, a publicação no meio ou meios de comunicação social objectividade, clareza e precisão, não podendo
de maior circulação no país da lista actualizada de todas sugerir, em situação alguma, de forma
as entidades credenciadas para a realização de sondagens explícita ou implícita, o sentido das respostas;
e inquéritos de opinião.
c) O período que decorre entre a realização dos
8. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, os trabalhos de recolha da informação e a data
demais requisitos e formalidades de credenciação que se da publicação dos resultados deve ter como
vierem a mostrar necessários são objecto de regulamen- limite máximo de três semanas, de modo a
tação pelo membro do Governo responsável pela área da ser garantida a homogeneidade e actualidade
comunicação social. dos resultados obtidos.
Artigo 7.º 2. As entidades credenciadas devem garantir que
Incompatibilidades
os técnicos que, sob a sua responsabilidade ou por sua
conta, realizem sondagens de opinião ou inquéritos e in-
É interdito aos técnicos ou inquiridores que participam terpretem tecnicamente os resultados obtidos, observem
em inquéritos por resposta obrigatória, designadamente a os códigos de conduta da profissão internacionalmente
nível dos organismos que integram o Sistema Estatístico reconhecidos.
Nacional ou dos Órgãos Produtores de estatísticas sec- Secção II
toriais oficiais, intervirem como técnicos ou inquiridores
Regras gerais a observar na interpretação ou divulgação de
na realização de sondagens ou na recolha de opinião por sondagens e inquéritos
inquéritos de resposta não obrigatória, promovidas por
empresas e outras entidades credenciadas para realizar Artigo 10.º
sondagens e inquéritos de opinião, sob pena de cancela- Interpretação e divulgação
mento do registo efectuado nos termos do artigo 4.º, da
1. A interpretação técnica dos dados obtidos por sonda-
presente lei.
gens de opinião deve ser feita de forma a não falsear ou
CAPITULO III deturpar o seu resultado bruto, sentido e limites.
a) Obter sempre previa anuência dos mesmos; 2. O depósito a que se refere o número anterior deve
ser efectuado por qualquer meio idóneo, designadamente,
b) Informar os inquiridos qual a entidade através de correio electrónico ou de fax.
responsável pela realização da sondagem ou
3. A publicação e a difusão da sondagem não podem
do inquérito;
ocorrer antes de decorridos pelo menos trinta minutos
c) Preservar o anonimato das pessoas inquiridas, após o seu depósito legal.
bem como o sentido das suas respostas;
4. Exceptua-se do disposto no número 1, a divulgação
d) Considerar como potencial inqueridos apenas de resultados das sondagens ou inquéritos de opinião
indivíduos com capacidade eleitoral activa entre o dia da marcação das eleições ou referendário e o
no momento da recolha de dados junto da do início da campanha eleitoral.
população. 5. Para o efeito do número 4, o depósito deve ser feito
Artigo 9.º junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE), cum-
prindo os requisitos e os prazos estipulados no Código
Realização das sondagens
Eleitoral, sem prejuizo do depósito na ARC.
1. Na realização das sondagens devem as entidades Artigo 12.º
credenciadas observar as seguintes regras:
Ficha Técnica
a) A amostragem deve ser representativa do 1. Para os efeitos do disposto no artigo anterior,
universo estatístico a abranger, ou de que é constam obrigatoriamente da ficha técnica as seguintes
extraída, designadamente, quanto ao espaço informações:
geográfico, dimensão das localidades, idade
dos inquiridos, sexo e grau de instrução ou a) Denominação e a sede social da entidade
outras variáveis consideradas relevantes; responsável pela sua realização;
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b) Identificação da pessoa física ou colectiva, que q) Texto integral das questões colocadas e de
encomendou a realização da sondagem ou outros documentos apresentados às pessoas
do inquérito, bem como a pessoa física ou inquiridas;
colectiva que ordenou a sua publicação;
r) Margem de erro estatístico máximo associado a
c) Identificação do técnico responsável pela cada ventilação;
sondagem ou inquérito;
s) Métodos e coeficientes máximos de ponderação
d) Identificação dos responsáveis de cada etapa eventualmente utilizados;
do estudo, designadamente dos técnicos
que realizaram os trabalhos de recolha t) Data ou datas em que tiveram lugar os trabalhos
da informação e dos responsáveis pela de recolha de informação;
interpretação técnica dos resultados,
acompanhada de ficha síntese de 2. O modelo da ficha técnica é fixado pela ARC.
caracterização sócio-profissional dos mesmos, Artigo 13.º
e, se for caso disso, das entidades e demais
pessoas que colaboraram de forma relevante Informações que devem acompanhar a publicação de
sondagens
nesse âmbito;
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2. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, ocor- 1. Desde que solicitado, a entidade responsável pela
rendo queixa relativa a publicação ou difusão de sonda- realização de sondagem ou de inquéritos de opinião deve
gens ou inquéritos de opinião previstos no número 1 do colocar à disposição da ARC, no prazo que lhe for fixado
artigo 2.º, a ARC deve deliberar sobre a queixa no prazo para o efeito, todos os documentos e processos na base
máximo de 8 (oito) dias após a sua recepção. dos quais os mesmos foram realizados.
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2. A ARC dispõe ainda da faculdade de determinar ou nos termos do número 3 do artigo 2.º sem
a essas entidades o fornecimento, no prazo máximo de estar devidamente credenciado nos termos do
quarenta e oito horas, de esclarecimentos necessários à artigo 6.º;
produção da sua deliberação com relação a sondagem ou
inquérito de opinião publicados ou difundidos. b) Publicar ou difundir inquéritos de opinião ou
informação recolhida através de televoto,
Secção III apresentando-os como se tratando de
Disposições especiais aplicáveis ao período eleitoral sondagem de opinião;
Artigo 20.º c) Realizar sondagens de opinião em violação das
Divulgação de sondagens em períodos eleitorais
regras estabelecidas nos artigos 8.º e 9.º;
1. No período oficial de campanha para o acto eleitoral d) Promover a publicação ou difusão de sondagem
ou referendário abrangidos pelo disposto nos números 1, de opinião em órgão de comunicação social ou
2 e 3 do artigo 2.º, e até à hora do fecho das mesas das nos termos do número 3 do artigo 2.º sem que
assembleias de voto no dia marcado para as eleições ou tenha feito o depósito nos termos previstos
referendo, são proibidos a publicação, difusão, comentário nos artigos 11.º e 12.º;
ou análise de qualquer sondagem ou inquérito de opinião e) Publicar ou difundir sondagens de opinião, bem
directa ou indirectamente relacionados com qualquer acto como o seu comentário, interpretação ou
eleitoral ou referendário. análise, em violação do disposto nos artigos
2. No caso de erro objectivo na divulgação das sonda- 10.º e 13.º;
gens a CNE, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, de ofí- f) Publicar ou difundir inquéritos de opinião em
cio, promoverá a deliberação de rectificação da sondagem. violação do disposto nos artigos 14.º e 15.º;
Artigo 21.º
g) Realizar sondagens ou inquéritos de opinião em
Realização de sondagens ou inquéritos de opinião em dia de violação do disposto nos artigos 20.º, 21.º e
acto eleitoral ou referendário
22.º;
1. Na realização de sondagens ou inquéritos de opi- h) Tendo realizado sondagem ou inquérito de
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nião junto dos locais de voto em dia de acto eleitoral ou opinião, ou promovido a sua publicação ou
referendário não é permitida a inquirição de eleitores no difusão, não faculte à ARC os documentos,
interior das salas onde funcionam as assembleias de voto. processos ou esclarecimentos por ela
2. A recolha de dados só é permitida observando-se a solicitados no exercício das suas funções;
distância de 500 (quinhentos) metros das assembleias
i) Não der cumprimento ao dever de rectificação
de voto e por entrevistadores devidamente credenciados,
previsto no artigo 18º ou de publicação ou
utilizando técnicas de inquirição que salvaguardem o
difusão das decisões administrativas ou
segredo do voto, nomeadamente através da simulação
judiciais a que se refere o artigo 26º.
do voto em urna e apenas após o exercício do direito de
sufrágio. 2. A negligência é punida.
Artigo 22.º Artigo 24.º
Autorização e credenciação Destino das Coimas
Compete à CNE autorizar a realização de sondagens O produto das coimas reverte em 40% para a ARC e
em dia de acto eleitoral ou referendário, credenciar os 60% para os cofres do Estado.
entrevistadores indicados para esse efeito e fiscalizar o
Artigo 25.º
cumprimento do disposto no artigo 20.º, bem como anu-
lar, por acto fundamentado, autorizações previamente Competência para instauração dos processos e aplicação
concedidas. das coimas
a) Realizar sondagem de opinião publicada ou A decisão irrecorrida que aplique coima prevista no
difundida em órgão de comunicação social artigo anterior ou a decisão judicial transitada em jul-
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gado relativa a recurso da mesma decisão, bem como da operadores de sondagens ou inquéritos alvo de supervi-
aplicação de pena relativa à prática do crime previsto no são facultar o acesso a todos os meios necessários para
número 2 do artigo 23.º, é obrigatoriamente publicada ou o efeito.
difundida pela entidade sancionada nos termos previstos
2. As entidades que prosseguem actividades de rea-
no artigo 18.º.
lização e publicação ou difusão pública de sondagens
Secção V e inquéritos de opinião devem prestar à ARC toda a
Autoridade Reguladora para a Comunicação Social colaboração necessária ao desempenho das suas funções,
devendo fornecer as informações e os documentos solicita-
Artigo 27.º
dos, no prazo referido no número três do artigo anterior,
Competência sem prejuízo da salvaguarda do sigilo profissional e do
1. Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, compete sigilo comercial.
à ARC exercer a supervisão e verificar as condições de 3. O dever de colaboração pode compreender a compa-
realização das sondagens e inquéritos de opinião, o rigor e rência de administradores, directores e demais respon-
a objectividade na divulgação pública dos seus resultados, sáveis ou técnicos perante a ARC.
nos termos definidos pelo presente diploma.
4. A ARC pode proceder à divulgação das informações
2. Para os efeitos do disposto no número anterior, obtidas, sempre que isso seja relevante para a regulação
incumbe à ARC: do sector, desde que esta se revele proporcional face aos
direitos eventualmente detidos pelos operadores.
a) Credenciar as entidades com capacidade para a
realização de sondagens de opinião; 5. A ARC pode divulgar a identidade dos operadores
sujeitos a processos de investigação, bem como a matéria
b) Adoptar normas técnicas de referência a
a investigar.
observar na realização, publicação e difusão
de sondagens e inquéritos de opinião, bem CAPITULO IV
como na interpretação técnica dos respectivos
Disposições transitórias e finais
resultados;
Artigo 29º
c) Emitir pareceres de carácter geral relacionados
Norma transitória
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f) Elaborar um relatório anual sobre o cumprimento 2. Enquanto os órgãos da ARC não tiverem sido pro-
do presente diploma, a enviar à Assembleia vidos, os actos de registos e de credenciação previstos
Nacional até 31 de Março do ano seguinte a na presente lei são efectuados pela Direcção-Geral da
que respeita; Comunicação Social.
g) Aplicar as coimas previstas no artigo 23.º, com 3. Aplica-se o regime geral das contra-ordenações em
excepção da prevista na alínea g) do seu tudo o que não estiver expressamente regulado no pre-
número 1; sente diploma.
Artigo 30.º
h) Cancelar os registos das entidades credenciadas
que violarem gravemente o disposto no Entrada em vigor
presente diploma e respectivos regulamentos. O presente diploma entra em vigor 30 (trinta) dias
3. A ARC dispõe ainda da faculdade de determinar, após a sua publicação.
junto das entidades responsáveis pela realização das Aprovada em 24 de Julho de 2012.
sondagens e de outros inquéritos de opinião, a apresen-
tação dos processos relativos à sondagem ou inquérito de O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
opinião publicados ou difundidos ou de solicitar a essas Ramos
entidades o fornecimento, no prazo máximo de 48 (qua- Promulgada em 5 de Setembro de 2012.
renta e oito) horas, de esclarecimentos ou documentação
necessários à produção da sua deliberação. Publique-se.
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Convindo garantir a prossecução do plano anual de A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
actividades da Chefia do Governo no que respeita à ao da sua publicação.
Representação do Governo, tanto a nível nacional como
internacional, e em face da insuficiência da verba pre- Vista e aprovada em Conselho de Ministros de
vista no orçamento para o efeito, torna-se necessário o 11 de Setembro de 2012
seu reforço. José Maria Pereira Neves
O referido reforço da verba, nos termos do número 3
Publique-se
do artigo 57.º do Decreto-Lei n.º 1/2012, de 6 de Janeiro,
que aprova as normas e os procedimentos necessários à O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
execução do Orçamento do Estado para o ano económico
de 2012, só é permitido mediante autorização prévia e ––––––o§o–––––––
expressa do Conselho de Ministros.
CHEFIA DO GOVERNO
Verificada a disponibilidade no orçamento do Gabinete
da Ministra das Finanças e do Planeamento relativa ––––––
a verba destinada a cobrir os custos de deslocações e
estadias, impõe-se proceder a sua transferência para o Gabinete do Primeiro-Ministro
Gabinete do Primeiro Ministro.
Despacho n.º 22/2012
Assim:
Ao abrigo e nos termos da alínea d) do nº 1 do artigo 42º
Ao abrigo do disposto no n.º 3.º do artigo 57.º do Decreto- do Regulamento da Lei das Aquisições Públicas, aprovado
Lei n.º 1/2012, de 6 de Janeiro; e pelo Decreto-Lei nº 1/2009, de 5 de Janeiro, autorizo o
1 590000 002454
No uso da faculdade conferida pelo n.º 2 do artigo 265.º Ministério das Infraestruturas e Economia Marítima a
da Constituição, o Governo aprova a seguinte Resolução: realizar despesas com a Adenda nº 1 ao contrato para exe-
cução da empreitada “Construção da Cadeia da Comarca
Artigo 1.º do Sal”, concelho do Sal, no montante de 42.276.767$00
Autorização (Quarenta e dois milhões, duzentos e setenta e seis mil
e setecentos e setenta e sete escudos).
É autorizado o Ministério das Finanças e do Plane-
amento a proceder a transferência de verba intermi- Gabinete do Primeiro-Ministro, na Praia, aos 6 de
nisterial, do Gabinete da Ministra das Finanças e do Setembro de 2012. – O Primeiro-Ministro, José Maria
Planeamento para o Gabinete do Primeiro Ministro, com Pereira Neves
I SÉRIE
BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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