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Univeridade Lusófona de Cabo Verde

Licenciatura em Direito
Disciplina: História do Direito
Direito – 2° Semestre
Professora: Mst. Jocilene Gomes
Aula: Direito Romano – Evolução de sua
história político-jurídico e seus critérios
DIREITO ROMANO (Stricto Sensu) –
Evolução Histórica
• No início o direito romano forma um sistema fechado, próprio dos
seus cidadão – quirites –primitivos cidadãos romanos;
• Formal e rigoroso como a ordem que impera numa sociedade agrícola
e patriarcal;
• Pouco a pouco devido não só a transformação social e do contacto
com os usos e costumes de outras gentes, se criam grandes juristas
aptos a resolver os problemas e novas situação trazidas pelos
comércio.
DIREITO ROMANO (Stricto Sensu) –
Critério Político
• As fases do Direito Romano acompanham os períodos da história política
de Roma que se divide nas seguintes fases:
 Direito romano da época da monarquia (753 a 510 ac);
 Direito romano da época republicana (510 a -27 ac);
 Direito romano da época imperial (27 ac a 284 dc);
 Direito romano da época absolutista (284-565 dc);
 Embora este critério tenha sido ultrapassado ao longo da história porque
não só as transformações políticas de Roma influem na evolução do Direito
Romano, primeiro houve uma evolução das instituições que não
acompanhou simultaneamente a evolução do direito.
Critério Normativo
• Há tantas épocas de Direito Romano quantos modos de formação das
normas jurídicas, costume, lei, jurisprudência e constituições imperiais;
• Neste sentido temos um direito romano consuetudinário, legítimo
(legislativo), jurisprudencial (doutrinário), constitucional (absolutista);
 Este critério também não deve ser considerado principal, pois não indica
uma forma directa a evolução do direito privado de Roma, mas a
evolução do direito público, concretamente no que diz respeito à evolução
das fontes.
O principal do direito romano é o direito privado, mas podemos utilizar
este critério para caracterizar alguns períodos de determinadas épocas.
Critério Jurídico
• Atende a própria vida do direito romano e manifestações desta: O Ius
Romanum se divide em três períodos:
a) Direito romano nacional ou quiritário;
b) Direito romano universal ou do ius gentium;
c) Direito romano oriental ou helénico.
 Este critério atende ao próprio valor do direito romano e a perfeição
jurídica das suas instituições. Não se preocupa com certas
características ou manifestações dessa vida ultramilenaria dos
romanos; procura conhecer a essência não só as propriedades.
ÉPOCAS DA HISTÓRIA DO DIREITO
ROMANO
• O direito romano possui as seguintes épocas:
a) Arcaica;
b)Clássica;
c) Post-Clássica;
d)Justinianeia.
ÉPOCA ARCAICA (753-130 ac)
• Abrange o período histórico desde dos primórdios da vida jurídica
em Roma até cerca do ano 130 ac;
• Coloca-se o termo da época arcaica nesse ano pelas seguintes
razões:
a) Porque é a data aproximada da Lex Aebutia de Formullis, em
que se introduz o processo judicial, que há de ser o
característico da época clássica;
b) Nessa altura Roma já era uma grande potência. Conquista a
Grécia, domina o Mediterrâneo e estabelece suas bases do
Direito.
ÉPOCA ARCAICA (753-130 ac)
• Conceito de época arcaica – é o período de formação e do estado
rudimentar das instituições jurídicas romanas sobre as quais, muitas
vezes somente podem formular-se hipóteses devido a escassez de
documentos;
• O direito romano dessa etapa é fechado, privativo dos cives e prevê a
regulamentação entre os cives;
• Os estrangeiros que primitivamente eram chamados de hostes, depois
de peregrini, residentes em território romano, movem-se nas suas
relações privadas, fora da órbita do direito romano.
ÉPOCA ARCAICA (753-130 ac)
• Devido aos prejuízos causados para os próprios cives, esta situação
teve de modificar-se:
 As novas necessidades comerciais e o desenvolvimento da vida social
e civil, num momento em que Roma principia a ser a cabeça dos povos
mediterrâneos, exigem do direito romano a regulamentação entre cives
e peregrinis;
Para atender a certas necessidades é criado o praetor peregrinus, com
ele inicia-se a formação do ius gentium a par do ius civile.
ÉPOCA CLÁSSICA (130 ac.-230 dc)
• Conceito de época clássica – É o período de verdadeiro apogeu e culminação
do ordenamento jurídico romano. Considerada modelo comparativo para as
épocas posteriores e a etapa final da evolução jurídica precedente.
• Desaparece o último grande jurista Ulpianos;
• O império entra em crises sucessivas;
• Os jurisconsultos romanos tinham subtileza, eram dotados de uma intuição
jurídica penetrante;
• Sabiam interpretar e aplicar as normas aos casos concretos, mas sobretudo criar
a norma adequada para um caso especial e não previsto nas normas já existentes;
• A ciência jurídica – a iurisprudentia era permanente, profunda e criadora.
ÉPOCA CLÁSSICA (130 ac.-230 dc)
• Subdivisão da Época Clássica – a época clássica se subdivide em:
 Pré-clássica (130 ac - 30 dc) – é um período de intenso desenvolvimento
ascensional em direcção ao estado de grandeza do direito romano;
 Clássica Central (30 dc – 212 dc) – é o período de esplendor e maior perfeição
do direito romano, surgindo como figura central e representativa, Iulinos-Templo
del divino Giulio e uma estrutura do antigo Forum Romano;
 Clássica tardia (212- 230) – é um período em que se nota decadência, manifesta
na falta de génio criador; Os jurisconsultos deste final de época dedicam-se não
em obras de comentários, mas em compilar (repetir e coordenar o que os
grandes mestres disseram);
 Verifica-se a inflação da cidadania, esta provoca uma inflação do ensino do
Direito.
ÉPOCA POST-CLÁSSICA (230-250)
• É o período entre 230 e a época de Justiniano, entre o apogeu clássico e
o renascimento justinianeu;
• É uma época de decadência do direito romano;
• Há apenas uma reelaboração anónima dos textos anteriores adaptando –
se às novas realidades, mas feita sem personalidade;
• As obras produzidas, trabalhos geralmente preparados pelas escolas, são
do tipo das compilações e do tipo de resumos acompanhados de
alterações;
• Além disso surgem como fenómeno original de colecções, sobretudo de
leges, as codificações.
ÉPOCA POST-CLÁSSICA
• Características gerais da época post-clássica:
 Confusão de terminologias, conceitos, instituições e textos;
 A confusão de textos é levada a cabo não só pelas escolas, mas sobretudo na
prática;
A substituição de textos jurídicos pelo códex (código composto de páginas,
cosido por um dos lados, tal como hoje). Este novo formato material dos
textos jurídicos introduz-se na vida do Direito (escolas, tribunais,
administração central e local);
Como o uso e manejo do códex é muito mais fácil, mais rápido e mais cómodo
que o do volume, faz-se uma reedição de literatura clássica em códices,
simplificam-se.
ÉPOCA POST-CLÁSSICA

• Características especiais da época post-clássica:

Simplificação de conceitos, confusão de noções clássicas;

Predomínio do aspecto prático tomando a realidade como cultura, não atendendo as


categorias lógicas;

Falta de inspiração sistemática;

Os assuntos são tratados pela sua semelhança empírica, sua finalidade é casual e
momentânea.
ÉPOCA JUSTINIANEIA

• É o período entre 530 até 565. Inicio propriamente dito da elaboração


do Corpus Iuris Civilis;

• Uma das características do direito justinianeu é a generalização,


actualização e compilação do direito romano.

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