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Pinto
- A lei das XII Tábuas- R: A lei das XII Tábuas, criada em 451 a 449 a.C., desde a sua
feitura à promulgação foi uma das primeiras tentativas de codificar o direito romano.
Essas tábuas de bronze continham leis escritas, tornando-as visíveis e acessíveis ao
público. Isto marcou um passo importante na laicização do direito, pois as regras do
direito não estavam mais exclusivamente sob controle dos sacerdotes e eram
disponíveis para consulta pública. A lei é a segunda fonte manifestandi. A fonte
exsistendi da lei, strictu sensu, são os comícios; da lei sensu lato, são o senado, o
imperador e certos magistrados.
A lei da XII Tábuas é o documento de maior relevo do Direito antigo. Teve origem nas
reivindicações jurídicas dos plebeus. Estes exigiam uma lei escrita, que não provocasse
injustiça e desigualdades, o que acontecia com a interpretatio feita pelos sacerdotes-
pontífices, dos mores maiorum.
É enviada à Grécia, em 452 a.C., uma comissão de três homens com a finalidade de
estudar as leis de Sólon. Em 451 a.C., o povo reunido nos comícios das cúrias nomeia
uma magistratura extraordinária, composta por dez cidadãos patrícios. Estes, durante
um ano, gozariam de plenos poderes, mas teriam de fazer o tão desejoso código, e
assim aconteceu. Redigiram 10 Tábuas que foram aprovadas pelos comícios das
centúrias.
Como essas 10 Tábuas não era suficiente, foi constituído para o ano seguinte um novo
decenvirato – formado por patrícios e plebeus – para que terminasse o código. Este
decenvirato, elaborou as últimas 2 Tábuas, mas governaram com profundo desagrado
do povo. Terminado o prazo do seu mandato, não queriam abandonar o poder. Tiveram
de ser expulsos por uma revolta popular.
Para o ano de 449 a.C. foram eleitos pelo povo, já duma forma normal, os dois
cônsules, Valério e Horácio. Estes, sem atenderem ao descontentamento que tinha
havido por parte do Populus, mandaram fixar no Fórum as XII Tábuas.
A promulgação da Lei das XII Tábuas, cerca de 450 a.C., corresponde à aceitação de que
um direito consuetudinário não-escrito permitia aos intérpretes detentores dos
segredos do sagrado, um imenso arbítrio e amplitude na forma de resolver os litígios
invocando o ius, favorecendo patrícios em detrimentos dos plebeus.
O trabalho dos decemviri legibus scribundis visava acabar, pela publicidade da lei, com
o segredo pontifício do Direito. As normas a aplicar passaram a ser, no seu núcleo
essencial, do conhecimento de todos.
O monopólio pontifício permaneceu na interpretação dos preceitos da Lei das XII
Tábuas, das normas consuetudinárias que ficaram de fora e na formalização dos atos.
Mas a primeira brecha no sentido da racionalização do procedimento jurídico em Roma
estava dada.
A Lei das XII Tábuas contém disposições com conteúdos inscritos nos direitos público,
privado e processual e serviu de base para o labor da jurisprudência.
- Ensino público do Direito- R: Uma etapa crucial na laicização do direito romano foi o
estabelecimento de escolas de direito e o ensino público do direito. Essas escolas,
como a Escola de Direito de Roma, proporcionaram uma educação mais formal em
direito, tornando-o acessível a um público mais amplo. O ensino do direito ajudou a
difundir o conhecimento jurídico, formar juristas especializados e contribuir para a
evolução e a secularização do direito romano. O primeiro plebeu que conseguiu aceder
ao cargo de pontifex maximus foi Tibério Coruncâneo, em 253 a.C. Consciente da
importância da transmissão dos conhecimentos por ele obtido na irreversibilidade das
reformas que publicitaram as regras aplicáveis e abriram o Olímpio pontifício aos
plebeus, começa a ensinar Direito em público.
Fá-lo enquanto responde publicamente às questões que lhe são colocadas na
qualidade de pontifex maximus. Assim, os commentarii pontificum deixam de ser de
acesso exclusivo dos pontífices, passando a ser de acesso livre. Todo aquele que
quisesse aprender o Direito podia assistir às consultas de Tibério Coruncâneo.
A partir daqui os pontífices deixaram de ser os únicos consultados para resolver litígios.
Agora sabia-se que o Direito era uma coisa humana que todos podiam conhecer e a
que podiam aceder.
Laicizada a jurisprudência pontifícia, os sacerdotes pontífices são substituídos pelos
iuris prudentes. A interpretatio das regras de ius passa a ser conhecida apenas como
iurisprudentia.
O jurisprudente não é magistrado – pode ter exercido essa função, mas enquanto
jurisprudente não o é –, não tem imperium, não tem potestas, não tem iurisdictio
(aplicação da justiça, não a administra, não vincula ninguém com a sua opinião).
- Causas e efeitos entre etruscos e latinos- Lucrécia, o seu rapto e suicido- R: Roma
estava situada na região central da península italiana, e suas relações com os etruscos,
ao norte, e os latinos, ao sul, tiveram um impacto significativo em sua história. Roma
travou guerras contra os etruscos e os latinos, buscando expandir seu território e
consolidar seu poder. Esses conflitos contribuíram para a instabilidade e a necessidade
de reformas internas. Lucrécia, o seu rapto e suicídio: Um episódio notável na história
de Roma foi o estupro de Lucrécia, uma mulher virtuosa, pelo filho do rei Tarquínio,
Sexto. O evento chocou a sociedade romana e levou à revolta que acabou por depor a
monarquia. Embora o evento tenha sido um catalisador para a expulsão dos reis,
também refletiu a desigualdade de poder e a falta de proteção legal para as mulheres
na sociedade romana da época.
- Júlia César- Era amado pelo povo, quem é amado pelo povo não respeita as
instituições- R: Júlio César, um general romano, emergiu como uma figura carismática
e popular na época. Ele era amado pelo povo romano devido às suas conquistas
militares e ao seu apelo populista. No entanto, o apoio popular a César minou ainda
mais as instituições republicanas, uma vez que ele não respeitava as normas e
tradições republicanas e buscou o poder centralizado em suas mãos.
- A lei das XII Tábuas- R: A lei das XII Tábuas, criada em 451 a 449 a.C., desde a sua
feitura à promulgação foi uma das primeiras tentativas de codificar o direito romano.
Essas tábuas de bronze continham leis escritas, tornando-as visíveis e acessíveis ao
público. Isso marcou um passo importante na laicização do direito, pois as regras do
direito não estavam mais exclusivamente sob controle dos sacerdotes e eram
disponíveis para consulta pública. A lei é a segunda fonte manifestandi. A fonte
exsistendi da lei, strictu sensu, são os comícios; da lei sensu lato, são o senado, o
imperador e certos magistrados.
A lei da XII Tábuas é o documento de maior relevo do Direito antigo. Teve origem nas
reivindicações jurídicas dos plebeus. Estes exigiam uma lei escrita, que não provocasse
injustiça e desigualdades, o que acontecia com a interpretatio feita pelos sacerdotes-
pontífices, dos mores maiorum.
É enviada à Grécia, em 452 a.C., uma comissão de três homens com a finalidade de
estudar as leis de Sólon. Em 451 a.C., o povo reunido nos comícios das cúrias nomeia
uma magistratura extraordinária, composta por dez cidadãos patrícios. Estes, durante
um ano, gozariam de plenos poderes, mas teriam de fazer o tão desejoso código, e
assim aconteceu. Redigiram 10 Tábuas que foram aprovadas pelos comícios das
centúrias.
Como essas 10 Tábuas não era suficiente, foi constituído para o ano seguinte um novo
decenvirato – formado por patrícios e plebeus – para que terminasse o código. Este
decenvirato, elaborou as últimas 2 Tábuas, mas governaram com profundo desagrado
do povo. Terminado o prazo do seu mandato, não queriam abandonar o poder. Tiveram
de ser expulsos por uma revolta popular.
Para o ano de 449 a.C. foram eleitos pelo povo, já duma forma normal, os dois
cônsules, Valério e Horácio. Estes, sem atenderem ao descontentamento que tinha
havido por parte do Populus, mandaram fixar no Fórum as XII Tábuas.
A promulgação da Lei das XII Tábuas, cerca de 450 a.C., corresponde à aceitação de que
um direito consuetudinário não-escrito permitia aos intérpretes detentores dos
segredos do sagrado, um imenso arbítrio e amplitude na forma de resolver os litígios
invocando o ius, favorecendo patrícios em detrimentos dos plebeus.
O trabalho dos decemviri legibus scribundis visava acabar, pela publicidade da lei, com
o segredo pontifício do Direito. As normas a aplicar passaram a ser, no seu núcleo
essencial, do conhecimento de todos.
O monopólio pontifício permaneceu na interpretação dos preceitos da Lei das XII
Tábuas, das normas consuetudinárias que ficaram de fora e na formalização dos atos.
Mas a primeira brecha no sentido da racionalização do procedimento jurídico em Roma
estava dada.
A Lei das XII Tábuas contém disposições com conteúdos inscritos nos direitos público,
privado e processual e serviu de base para o labor da jurisprudência.
- Ensino público do Direito- R: Uma etapa crucial na laicização do direito romano foi o
estabelecimento de escolas de direito e o ensino público do direito. Essas escolas,
como a Escola de Direito de Roma, proporcionaram uma educação mais formal em
direito, tornando-o acessível a um público mais amplo. O ensino do direito ajudou a
difundir o conhecimento jurídico, formar juristas especializados e contribuir para a
evolução e a secularização do direito romano. O primeiro plebeu que conseguiu aceder
ao cargo de pontifex maximus foi Tibério Coruncâneo, em 253 a.C. Consciente da
importância da transmissão dos conhecimentos por ele obtido na irreversibilidade das
reformas que publicitaram as regras aplicáveis e abriram o Olímpio pontifício aos
plebeus, começa a ensinar Direito em público.
Fá-lo enquanto responde publicamente às questões que lhe são colocadas na
qualidade de pontifex maximus. Assim, os commentarii pontificum deixam de ser de
acesso exclusivo dos pontífices, passando a ser de acesso livre. Todo aquele que
quisesse aprender o Direito podia assistir às consultas de Tibério Coruncâneo.
A partir daqui os pontífices deixaram de ser os únicos consultados para resolver litígios.
Agora sabia-se que o Direito era uma coisa humana que todos podiam conhecer e a
que podiam aceder.
Laicizada a jurisprudência pontifícia, os sacerdotes pontífices são substituídos pelos
iuris prudentes. A interpretatio das regras de ius passa a ser conhecida apenas como
iurisprudentia.
O jurisprudente não é magistrado – pode ter exercido essa função, mas enquanto
jurisprudente não o é –, não tem imperium, não tem potestas, não tem iurisdictio
(aplicação da justiça, não a administra, não vincula ninguém com a sua opinião).
- Júlio César- Era amado pelo povo, quem é amado pelo povo não respeita as
instituições- R: Júlio César, um general romano, emergiu como uma figura carismática
e popular na época. Ele era amado pelo povo romano devido às suas conquistas
militares e ao seu apelo populista. No entanto, o apoio popular a César minou ainda
mais as instituições republicanas, uma vez que ele não respeitava as normas e
tradições republicanas e buscou o poder centralizado em suas mãos.
Tópicos de resposta:
- Como surge o principado
- O acentuar do lado monárquico do Principado
- Por que razão o senado e os comícios não funcionam
- Diocleciano
Tópicos de resposta:
- O que é a jurisprudência?
- Ius publici respondendi
- Colaboração dos jurisprudentes com o Imperador/Escolas de
jurisprudência/Degradação da jurisprudência;
- Primeiros passos da codificação iniciados em Júlio César;
- Codificação das leis e jurisprudência: Instituições de Gaio;
- Três grandes códigos: Justiniano, Teodosiano e Gregoriano
Tópicos de resposta:
- Criação do pretor, onde foi criado como funciona e para que funciona o pretor
(importância do edictum);
- A eleição, para ser eleito tem de ter um programa, cursos honorus- Três partes do
programa do pretor- translatiço, novum, repentinum
- Magistratura degrada-se a tal ponto que cessa a existência do edictum repentinum
(processo de codificação do edictum);
- Adriano, Justiniano e as codificações.
Quatro perguntas, escolher duas perguntas para fazer de resposta curta:
Lei das XII Tábuas: A Lei das XII Tábuas, promulgada no século V a.C., representou um
marco na história legal romana ao ser o primeiro código escrito acessível ao público.
Essas doze tábuas de bronze continham disposições legais abrangentes, abordando
questões como propriedade, família, dívidas e crimes. A Lei das XII Tábuas visava
proporcionar clareza e uniformidade nas práticas jurídicas, estabelecendo um padrão
para resolução de disputas. Embora tenha refletido algumas desigualdades sociais,
essa codificação contribuiu significativamente para o desenvolvimento do direito
romano, influenciando futuras formulações legais e sistemas jurídicos.
Comentário:
Diocleciano:
Diocleciano, embora viesse mais tarde, no final do século III, também desempenhou
um papel crucial na evolução do governo romano. Ao dividir o Império em partes
administráveis (Tetrarquia), Diocleciano buscou melhorar a governança e a eficiência.
Sua abordagem, embora refletisse a necessidade de um governo central forte, marcou
uma transição adicional longe da estrutura original do Principado.
Comentário:
O que é a Jurisprudência:
Jurisprudência refere-se à interpretação e aplicação das leis com base em decisões
judiciais anteriores. Era uma fonte essencial do direito romano, onde juristas
(jurisprudentes) desempenhavam um papel crucial na análise e desenvolvimento das
normas legais. – Laicização do Direito Romano
Criação do Pretor:
O cargo de pretor, na Roma Antiga, teve sua origem em 367 a.C., quando a Lex Licinia
Sextia estabeleceu a criação de um magistrado adicional. Este magistrado, chamado
pretor, foi inicialmente designado para auxiliar na administração da justiça, focando
especialmente em casos envolvendo cidadãos romanos, marcando uma evolução
significativa no sistema legal romano.
Portanto, a vida e morte do pretor não apenas reflete a evolução do sistema judicial
romano, mas também as complexas interações entre a política, a administração da
justiça e os esforços de codificação que marcaram a história legal romana.
A vida do pretor estava intrinsecamente ligada à aplicação da lei, enquanto a "morte"
do pretor, simbolicamente, poderia ser vista na conclusão do seu mandato. Essa
abordagem de rotação no cargo contribuía para a renovação e diversificação da
liderança legal. A análise da vida e morte do pretor na Roma Antiga oferece insights
valiosos sobre a evolução do sistema judicial romano e a interseção entre política e
justiça na antiguidade.
Maturidade- Viveu o suficiente para ter maturidade
12- + 13+ = 13