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Pontos a abordar:
As causas que levaram à queda do Principado são multifacetadas. Dentre elas, destaca-
se a crise econômica que afetou a estabilidade financeira do Império, exacerbada por
problemas como a inflação e a diminuição da produção agrícola.
Outro fator a ter em conta eram as constantes ameaças externas, aliadas às lutas internas
pelo poder, que prejudicaram a coesão política do Principado.
Para além destas crises de foro financeiro existiam um enorme descontentamento social.
A sociedade romana experienciou uma crescente desigualdade social, com a
aristocracia, os patrícios, acumulando vastas riquezas enquanto as classes mais baixas,
os plebeus sofriam com dificuldades financeira. As revoltas e manifestações entre os
estratos sociais criou uma atmosfera propícia para agitações políticas ainda maiores.
Existiam um aspeto que era necessário ter em conta que era o papel no exercito, mais
especificamente a lealdade dos generais militares que muitas vezes estava mais voltada
para o exército do que para o governo central, criando assim uma dinâmica de poder
complexa.
As oportunidades de promoção eram uma forma eficaz de ascender socialmente em
Roma, frequentemente dependia do sucesso militar, incentivando os generais a
buscarem avanço político através de conquistas militares.
Existiram como principais exemplos de generais militares relevantes- Júlio César: Fora
uma figura-chave que atravessou o final do período da República até o início do
Principado. As suas campanhas militares e a subsequente concessão de poderes
extraordinários desempenharam um papel significativo; E temos ainda Augusto
(Otaviano): Após a morte de César, Otaviano emergiu como um líder militar e político,
eventualmente estabelecendo o Principado após a derrota de Marco António na Batalha
de Ácio em 31 a.C.
6- A crise do Século III- A Crise do Século III ocorreu aproximadamente entre os anos
235 e 284 d.C e é um período caracterizado por uma série de desafios internos e
externos que abalaram a estabilidade do Império Romano.
Para além dos fatores económicos, sociais e militares, a instabilidade Política e sucessão
caótica foi um fator preponderante nesta transformação. Existiu uma série séries de
assassinatos de imperadores (Colocar exemplos), assim como rápidas e instáveis
sucessões ao trono. Isto refletia-se de forma inerente numa fraqueza do poder central e
falta de liderança efetiva.
Perante estes desafios a autoridade imperial via-se enfraquecida, houve diversas
divisões no império resultantes de sucessões problemáticas como fora referido
anteriormente a emergência de impérios efêmeros e rivais.
Constantino ascendeu ao poder, após derrotar seus rivais na Batalha da Ponte Mílvia em
312 d.C. É importante também referir a importância do Edito de Milão que tem como
data 313 d.C.
O Edito de Milão, fora emitido por Constantino em conjunto com Licínio e garantia a
liberdade religiosa e tolerância para todos os cultos, pondo assim fim à perseguição dos
cristãos. O seu impacto foi enorme principalmente no que toca à discussão sobre como
o Edito de Milão influenciou a história religiosa e política. Teve como efeito principal o
facto de o cristianismo ser uma religião aceite e a influência duradoura de Constantino
no desenvolvimento do Império
Do Ocidente foi em 476, a penetração dos bárbaros dentro das fronteiras do império,
levou a uma barbarização geral do ocidente, Roma cai definitivamente- Rómulo
Augústulo é o último imperador
Do Oriente- a sua queda deu-se foi 1453. O império do Oriente, mais rico e sobretudo
mais bem organizado, não sucumbiu às invasões bárbaras. Veio a desaparecer quando os
turcos se apoderaram de Constantinopla
Imperium- Poder supremo e ilimitado do comando; Poder de criar normas que vinculam
todo o império, ou seja, poder de impor leis
Ius civile: Direito dos cidadãos aplicável nas relações jurídicas entre cidadãos- Objetivo,
segue rituais e é criado através dos Mores Maiorum. Aplica-se a todas as relações entre
civis. As suas fontes são: Os mores maiorum, as leges aprovadas nos Comitia, a
jurisprudência e os pareceres do Senado (Senatus-Consultum).
Ius Publici Respondendi- Consiste numa autorização/ direito dado pelo prínceps que
permitia aos jurisprudentes vincularem com a sua opinião aqueles que os consultavam.
Ao criar o Ius Publici Respondendi, ainda que não tenha impedido ninguém de exercer a
atividade de jurisprudente, esta deixou de fazer sentido, uma vez que os outros
jurisprudentes viram a sua palavra desvalorizada e deixaram de ser procurados pelos
particulares.
Lex- É uma das fontes de direito por excelência, mas não a mais importante; - É toda a
norma escrita que pode ser lida; - Declaração solene com valor normativo (regra
jurídica-comando) baseado num acordo (expresso ou tácito) entre quem emite a
declaração e os seus destinatários/os; - A lex vincula quem declara e o seu
destinatário(s); - Proposta pelos magistrados; - Aprovada pelos comitia (todos os
cidadãos) e pelo senado.
Fontes do Ius Civile: - Origem nos Mores Maiorum; - Origem nas Leges; - Origem no
trabalho dos jurisprudentes; - Origem no Senatus- consultos; - Origem nas constituições
imperiais
Ius Honorarium: direito criado pelos magistrados no exercício das suas funções. Este
direito é materializado nos Editos- trabalho interpretativo do ius civile feito pelos
Magistrados;
Ius Pratarium: Direito criado pelo pretor na interpretação e integração do ius civile
aplicado na resolução do caso concreto.
Acio- É um direito de reclamação decorrente das relações com ius civile
Iurisdictio – poder de aplicar o direito aos casos concretos em que há litígio
3 grandes momentos:
- Lei das XII Tábuas: Passamos a ter o Direito escrito (Há um direito certo) - Direito
deixa de ser conhecimento apenas dos pontífices e passa a ser conhecido por todos.
Código de Justiniano
- Codex: Constituições Imperiais- leis dos imperadores para resolverem casos concretos
(podem até ser questões perenes- que perdem utilidade).
- Digesto: 50 livros que integram apenas a doutrina (Iura)- Opiniões dos jurisprudentes
que pretendem responder ao ius- o que está escrito no digesto é intemporal (serve de
inspiração jurídica atualmente.
No entanto, há exceções: Apenas estão no digesto opiniões daqueles que tinham Ius
Publica Respondendi.
Esta escola pretendia retirar do Direito que é temporal e manter atemporal - Estas
soluções jurídicas atemporais influenciam o Direito atual.
No ano 10 d.C o Senatus Consulto Silanianum foi adotado com forca obrigatória geral.
Augusto, ao se aperceber desta situação, dá poder legislativo ao Senado e, desta forma,
tira-lhes o poder político concentrando-o na sua figura.
- Comitia: Após a entrega do poder legislativo ao senado os comitia vão começar a ser
menos convocados e perdem importância.
- Cônsul: Deixa de ser eleito porque o Príncipe torna-se 1º Cônsul com poder vitalício
- Pretor: Príncipe cria o tribunal do Príncipe para concorrer com esta magistratura. Em
130 d.C. surge o Édito Perpetuum que vai diminuir a importância do pretor.
A Lei das Citações- Um conjunto de cinco jurisprudentes, cujas opiniões eram as únicas
que podiam ser invocadas em tribunal:
- Gaio
- Papiniano
- Ulpiano
- Modestinus
- Paulo
Diz-se que este era o tribunal dos mortos, pois só se podia invocar a opinião de autores
já mortos, o que consistia numa mais-valia na perspetiva do imperador, uma vez que
este determinava quais dessas opiniões eram válidas, ou seja, este escolhia as fontes de
direito que entendia que deviam ser utilizadas. Se houvesse empate de opiniões, seguia-
se a opinião de Papiniano, e só se Papiniano não se pronunciasse sobre o assunto, é que
ficava a cargo do juiz escolher o que aplicar.