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Quatro perguntas, escolher duas perguntas para fazer de resposta curta:

- Lex rogate- Resposta entre 5 a 10 linhas

- Lei das XII Tábuas Resposta entre 5 a 10 linhas

- Pretor- Resposta entre 5 a 10 linhas

- Oratio prínceps- Reposta entre 5 a 10 linhas

Duas frases, escolher uma frase para comentar

O principado já é o início do dominado:

Tópicos de resposta:
- Como surge o principado
- O acentuar do lado monárquico do Principado
- Por que razão o senado e os comícios não funcionam
- Diocleciano

A morte da jurisprudência é o princípio da codificação

Tópicos de resposta:
- O que é a jurisprudência?
- Ius publici respondendi
- Colaboração dos jurisprudentes com o Imperador/Escolas de
jurisprudência/Degradação da jurisprudência;
- Primeiros passos da codificação iniciados em Júlio César;
- Codificação das leis e jurisprudência: Instituições de Gaio;
- Três grandes códigos: Justiniano, Teodosiano e Gregoriano

Tema de desenvolvimento- Vida e morte do pretor

Tópicos de resposta:
- Criação do pretor, onde foi criado como funciona e para que funciona o pretor
(importância do edictum);
- A eleição, para ser eleito tem de ter um programa, cursos honorus- Três partes do
programa do pretor- translatiço, novum, repentinum
- Magistratura degrada-se a tal ponto que cessa a existência do edictum repentinum
(processo de codificação do edictum);
- Adriano, Justiniano e as codificações.
Respostas às perguntas:

Quatro perguntas, escolher duas perguntas para fazer de resposta curta:

Lex Rogatae: A expressão "Lex Rogatae" remete a um processo legislativo da Roma


Antiga, onde as leis eram propostas pelos magistrados e submetidas à aprovação
popular em comícios. Este método envolvia a apresentação formal da lei ao povo
romano, que exercia assim o seu direito de voto. Este processo democrático destacava
a importância da participação popular na criação das leis e refletia o compromisso da
República com os princípios de um governo representativo. As leis aprovadas desta
forma desempenhavam assim um papel vital na evolução do sistema jurídico romano,
demonstrando assim a interligação entre a autoridade legislativa e a vontade da
população.

Lei das XII Tábuas: A Lei das XII Tábuas, que fora promulgada no século V a.C.,
representou um marco na história do direito e em especial do direito romano ao ser
considerado o primeiro código escrito acessível ao público. Estas doze tábuas
continham assim disposições legais abrangentes, abordando questões como a
propriedade, a família, dívidas e crimes. A Lei das XII Tábuas visava proporcionar
transparência e uniformidade nas práticas jurídicas, estabelecendo dessa forma um
padrão para resolução de litígios. Embora tenha refletido algumas desigualdades
sociais e dificuldades de aplicação, esta primeira tentativa de codificação contribuiu
significativamente para o desenvolvimento do direito romano, influenciando futuras
formulações legais, codificações e sistemas jurídicos.

Duas frases, escolher uma frase para comentar:

Frase: "O Principado já é o início do Dominado."

A frase "O Principado já é o início do Dominado" sugere a transição significativa da


estrutura de governo romana, marca assim a mudança da República para o Império.
Esta frase sugere que o Principado, uma forma de governo associada ao início do
Império Romano, representa o início de um período de domínio ou controlo. A
designação "Dominado" pode ser interpretada de várias formas, como por exemplo ao
aumento do poder nas mãos do líder central, como o imperador. Isto destaca uma
mudança significativa em direção a uma forma mais centralizada de governo.

Comentário da frase:

Como surge o Principado:


O Principado teve origem com Augusto, anteriormente conhecido como Octávio, que
consolidou o seu poder após as Guerras Civis e, em 27 a.C., ofereceu ao Senado o
controlo aparente das províncias e exércitos, tendo assim uma supervisão crucial. Este
modelo, formalizado como "Prínceps," representou uma tentativa de preservar as
aparências republicanas como foi o caso da “manutenção” das instituições da república
enquanto estabelecia uma autoridade monárquica.

O acentuar do lado monárquico do Principado:


Apesar dos esforços republicanos, o Principado teve um enorme e forte acento no lado
monárquico do governo como já foi mencionado. O "Prínceps" detinha autoridade
militar vitalícia, poderes legislativos significativos e o título de "Augusto”, indicando a
sua elevada posição em termos divinos. Esta centralização de poder nas mãos do
imperador refletiu características monárquicas, mesmo que mantendo uma fachada
republicana.

Por que razão o Senado e os comícios não funcionam:


O enfraquecimento do Senado e dos comícios romanos estava interligado à
instabilidade política, corrupção e à necessidade percebida de um governo mais forte.
Os procedimentos republicanos tornaram-se ineficazes diante das disputas internas e
das crises que assolaram a República. O Principado emergiu assim como uma resposta
pragmática para restabelecer a ordem e garantir a estabilidade política.

O imperador Diocleciano:
O imperador Diocleciano, embora surgisse mais tarde, no final do século III, também
desempenhou um papel crucial na evolução do governo romano. Ao dividir o Império
em partes administráveis, a denominada Tetrarquia, Diocleciano procurou melhorar a
forma de governo e a sua eficiência. A abordagem, embora refletisse a necessidade de
um governo central forte, marcou uma transição adicional longe da estrutura original
do Principado tendo diversas diferenças.

Abordando todos os tópicos já mencionados podemos concluir que a transição do


Principado para o Dominado marca não apenas uma mudança política, mas também
uma transformação profunda na natureza do poder em Roma. O Principado, embora
inicialmente concebido como uma forma de governo que preservava as instituições
republicanas, viu gradualmente o acentuar do lado monárquico, à medida que líderes
como Augusto consolidaram a sua posição. A ineficácia do Senado e dos comícios,
combinada com a ascensão de líderes carismáticos, contribuiu para a transição
inevitável para o Dominado. Diocleciano, em particular, desempenhou um papel crucial
ao reorganizar o império, fortalecendo o poder central e consolidando elementos
autocráticos que caracterizariam o período dominado de Roma."

Em resumo, a frase destaca a transformação do Principado romano, revelando a


complexidade e a natureza híbrida do governo imperial, que incorporou elementos
republicanos e monárquicos em uma síntese única. Esta alteração marcou o início de
uma nova fase na história romana, onde a autoridade centralizada se tornou uma
característica duradoura do Império
Tema de desenvolvimento: - Vida e morte do pretor (Criação do pretor, como
funciona) eleição, para ser eleito tem de ter um programa, cursos honorus, três partes
do programa do pretor- translatiço, novum, repentinum

Tema de Desenvolvimento: Vida e Morte do Pretor na Roma Antiga

Vida e Morte do Pretor na Roma Antiga

Criação do Pretor:
O cargo de pretor, na Roma Antiga, teve a sua origem em 367 a.C., quando a Lex Licinia
Sextia estabeleceu a criação de uma nova magistratura. Esta magistratura designava-se
por pretor, tendo sido inicialmente construída e desenvolvida para auxiliar na
administração da justiça. Focava-se especialmente em casos envolvendo cidadãos
romanos, existindo assim uma evolução significativa no sistema legal romano.

Como funciona e para que funciona o Pretor (Importância do Edictum):


O pretor tinha um papel fundamental na administração da justiça como já referido
anteriormente. A sua autoridade era expressa através do edictum. Este consistia num
pronunciamento anual que delineava as suas intenções e políticas judiciais para o ano.
O edictum permitia assim a adaptação da aplicação da lei conforme as mudanças
sociais e oferecia uma abordagem flexível para garantir uma justiça pautada pela
equidade.

Eleição e programa do Pretor:


Para se ser eleito existiam diversos requisitos a ser cumpridos. Um candidato a pretor
precisava de apresentar um programa que delineasse as suas intenções e propostas
para a administração da justiça. Esta eleição estava vinculada ao "cursus honorum",
uma sequência hierárquica de cargos públicos que os candidatos precisavam seguir
para serem considerados elegíveis para o cargo.

O programa do pretor era dividido em três partes: "translatiço," envolvendo a


transferência de ações legais entre tribunais, o "novum," introduzindo novos processos
ou práticas judiciais e "repentinum," tratando de casos urgentes e imprevistos. Estas
categorias forneciam uma estrutura abrangente para a abordagem do pretor à justiça.

Degradação da magistratura e cessação do edictum repentinum:


Com o tempo, a magistratura romana degradou-se e o sistema judicial enfrentou
desafios significativos. A instituição do edictum repentinum, destinada a responder
rapidamente a casos urgentes, perdeu a sua eficácia. A corrupção e a falta de respeito
pela tradição legal romana contribuíram para o declínio do sistema.
Processo de codificação do edictum:
A degradação da magistratura levou consequentemente a um processo de codificação,
procurando assim uma forma de consolidar e sistematizar as leis e as práticas judiciais.
Este processo no qual os imperadores como Adriano e Justiniano desempenharam
papéis cruciais, visava obter ordem no sistema legal e preservar a tradição jurídica
romana.

Adriano, Justiniano e as codificações:


O imperador Adriano, durante seu governo no século II, iniciou esforços para
consolidar e organizar as leis já existentes. Outro imperador romano, por exemplo
Justiniano, no século VI, empreendeu um esforço ainda mais amplo de codificação do
que o de Adriano, resultando assim nas codificações conhecidas como o Código de
Justiniano, o Digesto, as Institutas e as Novelas. Estas foram essenciais para a
preservação e continuidade do legado jurídico romano, influenciando
significativamente o desenvolvimento do direito posteriormente na Europa medieval.

Em suma, a vida e morte do pretor não reflete apenas a evolução do sistema judicial
romano, mas também as complexas interações entre a política, a administração da
justiça e os esforços de codificação que marcaram a história legal romana.
A vida do pretor estava intrinsecamente ligada à aplicação da lei, enquanto a "morte"
do pretor, simbolicamente, poderia ser vista na conclusão do seu mandato. Esta
abordagem de rotação no cargo contribuía para a renovação e diversificação da
liderança legal. A análise da vida e morte do pretor na Roma Antiga oferece pontos de
vista valiosos sobre a evolução do sistema judicial romano e a interseção entre política
e justiça na antiguidade. Este tema proporciona uma visão abrangente de todo o
caminho do pretor na Roma Antiga, desde sua criação até seu declínio, destacando
assim os elementos-chave como o edictum, o processo eleitoral e as mudanças
históricas que moldaram esta figura central no sistema jurídico romano.
Teste de Direito Romano

Lex Rogatae: A expressão "Lex Rogatae" remete a um processo legislativo da Roma


Antiga, onde as leis eram propostas pelos magistrados e submetidas à aprovação
popular em comícios. Este método envolvia a apresentação formal da lei ao povo
romano, que exercia assim o seu direito de voto. Este processo democrático destacava
a importância da participação popular na criação das leis e refletia o compromisso da
República com os princípios de um governo representativo. As leis aprovadas desta
forma desempenhavam assim um papel vital na evolução do sistema jurídico romano,
demonstrando assim a interligação entre a autoridade legislativa e a vontade da
população.

Lei das XII Tábuas: A Lei das XII Tábuas, que fora promulgada no século V a.C.,
representou um marco na história do direito e em especial do direito romano ao ser
considerado o primeiro código escrito acessível ao público. Estas doze tábuas
continham assim disposições legais abrangentes, abordando questões como a
propriedade, a família, dívidas e crimes. A Lei das XII Tábuas visava proporcionar
transparência e uniformidade nas práticas jurídicas, estabelecendo dessa forma um
padrão para resolução de litígios. Embora tenha refletido algumas desigualdades
sociais e dificuldades de aplicação, esta primeira tentativa de codificação contribuiu
significativamente para o desenvolvimento do direito romano, influenciando futuras
formulações legais, codificações e sistemas jurídicos.

Frase: "O Principado já é o início do Dominado."

A frase "O Principado já é o início do Dominado" sugere a transição significativa da


estrutura de governo romana, marca assim a mudança da República para o Império.
Esta frase sugere que o Principado, uma forma de governo associada ao início do
Império Romano, representa o início de um período de domínio ou controlo. A
designação "Dominado" pode ser interpretada de várias formas, como por exemplo ao
aumento do poder nas mãos do líder central, como o imperador. Isto destaca uma
mudança significativa em direção a uma forma mais centralizada de governo.
O Principado teve origem com Augusto, anteriormente conhecido como Octávio, que
consolidou o seu poder após as Guerras Civis e, em 27 a.C., ofereceu ao Senado o
controlo aparente das províncias e exércitos, tendo assim uma supervisão crucial. Este
modelo, formalizado como "Prínceps," representou uma tentativa de preservar as
aparências republicanas como foi o caso da “manutenção” das instituições da república
enquanto estabelecia uma autoridade monárquica.
Apesar dos esforços republicanos, o Principado teve um enorme e forte acento no lado
monárquico do governo como já foi mencionado. O "Prínceps" detinha autoridade
militar vitalícia, poderes legislativos significativos e o título de "Augusto”, indicando a
sua elevada posição em termos divinos. Esta centralização de poder nas mãos do
imperador refletiu características monárquicas, mesmo que mantendo uma fachada
republicana.
O enfraquecimento do Senado e dos comícios romanos estava interligado à
instabilidade política, corrupção e à necessidade percebida de um governo mais forte.
Os procedimentos republicanos tornaram-se ineficazes diante das disputas internas e
das crises que assolaram a República. O Principado emergiu assim como uma resposta
pragmática para restabelecer a ordem e garantir a estabilidade política.
O imperador Diocleciano, embora surgisse mais tarde, no final do século III, também
desempenhou um papel crucial na evolução do governo romano. Ao dividir o Império
em partes administráveis, a denominada Tetrarquia, Diocleciano procurou melhorar a
forma de governo e a sua eficiência. A abordagem, embora refletisse a necessidade de
um governo central forte, marcou uma transição adicional longe da estrutura original
do Principado tendo diversas diferenças.
Abordando todos os tópicos já mencionados podemos concluir que a transição do
Principado para o Dominado marca não apenas uma mudança política, mas também
uma transformação profunda na natureza do poder em Roma. O Principado, embora
inicialmente concebido como uma forma de governo que preservava as instituições
republicanas, viu gradualmente o acentuar do lado monárquico, à medida que líderes
como Augusto consolidaram a sua posição. A ineficácia do Senado e dos comícios,
combinada com a ascensão de líderes carismáticos, contribuiu para a transição
inevitável para o Dominado. Diocleciano, em particular, desempenhou um papel crucial
ao reorganizar o império, fortalecendo o poder central e consolidando elementos
autocráticos que caracterizariam o período dominado de Roma."
Em resumo, a frase destaca a transformação do Principado romano, revelando a
complexidade e a natureza híbrida do governo imperial, que incorporou elementos
republicanos e monárquicos em uma síntese única. Esta alteração marcou o início de
uma nova fase na história romana, onde a autoridade centralizada se tornou uma
característica duradoura do Império

Tema de Desenvolvimento: Vida e Morte do Pretor na Roma Antiga

O cargo de pretor, na Roma Antiga, teve a sua origem em 367 a.C., quando a Lex Licinia
Sextia estabeleceu a criação de uma nova magistratura. Esta magistratura designava-se
por pretor, tendo sido inicialmente construída e desenvolvida para auxiliar na
administração da justiça. Focava-se especialmente em casos envolvendo cidadãos
romanos, existindo assim uma evolução significativa no sistema legal romano.
O pretor tinha um papel fundamental na administração da justiça como já referido
anteriormente. A sua autoridade era expressa através do edictum. Este consistia num
pronunciamento anual que delineava as suas intenções e políticas judiciais para o ano.
O edictum permitia assim a adaptação da aplicação da lei conforme as mudanças
sociais e oferecia uma abordagem flexível para garantir uma justiça pautada pela
equidade.
Para se ser eleito existiam diversos requisitos a ser cumpridos. Um candidato a pretor
precisava de apresentar um programa que delineasse as suas intenções e propostas
para a administração da justiça. Esta eleição estava vinculada ao "cursus honorum",
uma sequência hierárquica de cargos públicos que os candidatos precisavam seguir
para serem considerados elegíveis para o cargo. O programa do pretor era dividido em
três partes: "translatiço," envolvendo a transferência de ações legais entre tribunais, o
"novum," introduzindo novos processos ou práticas judiciais e "repentinum," tratando
de casos urgentes e imprevistos. Estas categorias forneciam uma estrutura abrangente
para a abordagem do pretor à justiça.
Com o tempo, a magistratura romana degradou-se e o sistema judicial enfrentou
desafios significativos. A instituição do edictum repentinum, destinada a responder
rapidamente a casos urgentes, perdeu a sua eficácia. A corrupção e a falta de respeito
pela tradição legal romana contribuíram para o declínio do sistema.
A degradação da magistratura levou consequentemente a um processo de codificação,
procurando assim uma forma de consolidar e sistematizar as leis e as práticas judiciais.
Este processo no qual os imperadores como Adriano e Justiniano desempenharam
papéis cruciais, visava obter ordem no sistema legal e preservar a tradição jurídica
romana.
O imperador Adriano, durante seu governo no século II, iniciou esforços para
consolidar e organizar as leis já existentes. Outro imperador romano, por exemplo
Justiniano, no século VI, empreendeu um esforço ainda mais amplo de codificação do
que o de Adriano, resultando assim nas codificações conhecidas como o Código de
Justiniano, o Digesto, as Institutas e as Novelas. Estas foram essenciais para a
preservação e continuidade do legado jurídico romano, influenciando
significativamente o desenvolvimento do direito posteriormente na Europa medieval.
Em suma, a vida e morte do pretor não reflete apenas a evolução do sistema judicial
romano, mas também as complexas interações entre a política, a administração da
justiça e os esforços de codificação que marcaram a história legal romana.
A vida do pretor estava intrinsecamente ligada à aplicação da lei, enquanto a "morte"
do pretor, simbolicamente, poderia ser vista na conclusão do seu mandato. Esta
abordagem de rotação no cargo contribuía para a renovação e diversificação da
liderança legal. A análise da vida e morte do pretor na Roma Antiga oferece pontos de
vista valiosos sobre a evolução do sistema judicial romano e a interseção entre política
e justiça na antiguidade. Este tema proporciona uma visão abrangente de todo o
caminho do pretor na Roma Antiga, desde sua criação até seu declínio, destacando
assim os elementos-chave como o edictum, o processo eleitoral e as mudanças
históricas que moldaram esta figura central no sistema jurídico romano.

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