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Codificações do direito romano, a partir do séc.

3º e 4º

Dominado, período pós o imperador Diocleciano, final do séc. 3º, 285 foi um período de
reforço da autoridade imperial, que se a um período de anarquia, de grande conflitualidade
social e efetivamente guerra, ao longo de boa parte do séc. 3º

Diocleciano este é imperador durante perto de 2 décadas, vai buscar inspiração até aos
modelos orientes, aos povos orientais, designadamente os persas, uma ideia de um pode
teocrático, numa lógica de reforço do poder imperial. Termina nessa altura, por exemplo, a
organização administrativa do império devido em províncias senatoriais e províncias imperiais,
por tanto nós temos províncias que estão a cargo do imperador, e depois havia as chamadas
províncias senatoriais, posteriormente esta organização acaba e, é a própria administração
imperial que assume esse governo das províncias através de diferentes funcionários.

Diocleciano criar um órgão consistório, um novo de conselho ao imperador, e que substitui o


antigo concilio príncipes, mas Diocleciano vai também e por isso este período é chamado
Tetrarquia, vai operar a primeira divisão do império romano em dois, império romano do
oriente e império romano do oriente. E nessa medida recruta um segundo imperador para a
parte ocidental, e ele fica na parte oriental.

Este foi a primeira tentativa de divisão do império que apenas funcionará por uns anos, pois
com a saída de Diocleciano, volta a haver em boa parte por escolha do exército, volta a haver
um imperador único, que será Constantino, este será então o imperador do império
novamente unificado, até 337.

Centralizado de novo o império, mantenham-se todavia duas capitais, a importância de


Bizâncio e depois Constantinopla, está, assegurada paralelamente a roma, e este período entre
Diocleciano e constantino representa o acentuar do poder imperial, simultaneamente vai
também significar o principio do fim da própria realidade romana, porque com Constantino,
temos um regresso de uma enorme instabilidade política, conflitualidade militar e no final do
séc. 4º o império é definitivamente divido, 395 d.C., passado poucas décadas desapareceria o
império romano do ocidente, e a queda de roma definitiva em 476º d.C.

Sabemos também que, o período do imperador Constantino, é também o período em que pela
primeira a vez o cristianismo, há uma colonização do cristianismo a favor do poder imperial, e
313 d.C. com o edito de Milão, de Constantino, vem permitir o culto do cristianismo, e depois
com Teodósio no final do séc. 4º torna-se a única religião permitida no império.

Do ponto de vista do direito, este período é um período caracterizado por processos de


compilação de maioritariamente constituições imperiais, não é um período de inovação, mas
sim um período em que se mantém o controle da Iurisprudência, é um período em que surge a
lei das citações. E são as opiniões destes prudentes selecionados vão ser as opiniões a serem
seguidas na decisão dos casos.

Paralelamente a esta opção sobre Iurisprudência, aquilo que temos é, criar direito é fazer
constituições imperiais, e aquilo que encontramos no séc. 3, é uma compilação de
constituições imperiais que visa organizar e tornar mais claro o direito que possa ter sido
aplicado, e na prática funcionava como transmissão do direito aplicado. Estas compilações são
de dois tipos pelo menos, temos um conjunto de processo compilatórios, são juristas que
acabam por consolidar diferentes lei e apresentá-las de uma forma organizada e concordante
numa perspetiva que favorece o próprio poder, e por isso favorece uma posição global e mais
integrada sobre o direito global e como deve ser aplicado. Uma destas compilações ficou
conhecido como Código Gregoriano, que resulta de uma compilação de constituições imperiais
do período do imperador Diocleciano, isto é, direito produzido na parte Oriental do império,
que não tem um caracter oficial, não lhe é dado um valor específico por parte do imperador,
mas acaba por servi como um exemplo e instrumento de trabalho dos iuristas romanos.

Uma outra compilação do mesmo tipo, ou seja, uma compilação privada de constituições
imperiais, inclui constituições imperiais até Diocleciano, mas maioritariamente algumas já
posteriores, é o designado Código de Emugiano.

Estes servem de exemplo para codificações que vamos encontrar a partir do séc. 5º, aqui sim
com carácter oficial, validadas ou mesmo com intenção declarada relativamente a sua feitura
por parte do imperador, que é o que acontece com o Código Teodosiano, que é preparado
sensivelmente no período de 429 a 438 d.C. no contexto do império romano do oriente, mas
que depois é mandado publicar no império romano do ocidente.

Este código de Teodósio é também uma obra vasta, organizada em 16 livros, com constituições
imperiais desde o período do imperador Constantino, praticamente 1 séc. de legislação
imperial romana, inicialmente o objetivo era também que inclusive Iurisprudência romana,
naturalmente a Iurisprudência romana especialmente aquela valorizada, e com ius publice
respondendi, mas o que é facto é que essa seleção de Iurisprudência não chega a ser
preparada, e o código de Teodósio é divulgado apenas com compilação de constituições
imperiais.

A escola de Constantinopla foi uma das escolas mais importantes deste período;

Uma das particularidades que encontramos no código de teodosiano, é o facto de, apesar de
star a falar de direito romano oriental, mas que é depois posto a vigorar no império romano do
ocidente, sabemos que passamos pouca década, o que nós temos é uma fragmentação política
do império do ocidente, uma segmentação em diferentes unidades políticas e diferentes
reinos, que em boa medida é um processo criado pela invasão barbara, pelos diferentes povos
que estavam fora do império.

Na península ibérica, há um povo que se estabelece de forma mais ditadora, a partir do séc. 5,
são os visigodos, isto significa que o direito visigótico, tal como chega a península ibérica, já é
um direito que incorpora, conteúdos do direto romano presente no contexto do império
romano do ocidente, significa isto que os visigodos tomaram contacto e incorporaram como
seu direito o código Teodosiano.

O direito visigótico que encontramos na península ibérica, era simultaneamente um direito de


aplicação territorial e pessoal. O que os visigodos vão manter, direito romano como direito
aplicável entre populações de origem romana, na península ibérica, visto que boa parte das
populações usa entre si era efetivamente direito romano, e o direito romano que consta do
código de Teodosiano.

A última grande composição de direito romano, é a que fica designada como código iuris civilis,
este grande corpo jurídico de direito dos cidadãos romanos, é resultado de um grande esforço
intencional já no séc. 6, já não de compilação imperial, mas também de Iurisprudência, este
resulta de um projeto do imperador Justiniano, este vai ser o grande repositório de direito
romano que chega efetivamente até aos dias de hoje.
O corpo iuris civilis torna-se a grande identidade do império romano no espaço do império do
oriente. É este direito romano Justiniano que vai depois ser utilizado no espaço da europa
central, que estava fragmentada desde o séc. 6. Em diferentes reinos, mas que pela sua fácil
associação ao poder canônico, uma vez que este era um direito romano já em concordância
com o cristianismo, e por isso o seu regresso ao espaço da europa ocidental dá-se em boa
medida aproveitando o direito canônico e aproveitado o surgimento das universidades.

As universidades vão estudar e ensinar direito romano canônico, direito romano que é
descoberto no oriente.

O corpos iuris civil original, incorpora legislação imperial, e jurisprudência do período clássico,
os 4 conteúdos estruturais o corpos iuris civilis, são as designadas as instituições, que
funcionavam como manual do ensino direito; depois o digesto, que congrega excertos de
Iurisprudência romana, também designada de pandectas, temos aqui excertos de autores
organizados em matérias; depois temos o códex e as novelas, que são basicamente
compilações de leis, no códex temos leis do período do imperador Adriano até Justiniano, e as
novelas que abrangem as constituições imperiais a partir de justiniano, eram as novas
constituições imperiais.

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