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D.

Francisco Prada

A Hora Santa
Piedoso exercício em honra do

SAGRADO CORAÇÃO EUCARÍSTICO DE JESUS


Nas primeiras sextas-feiras do mês

Para a regeneração e salvação


das famílias cristãs.

Vinde, adoremos!

EDITORA
AVE-MARIA
Advertência

Durante todo o tempo da Exposição do


Santíssimo Sacramento, os fiéis devem seguir
devotamente o exercício da “Hora Santa”,
assumindo a posição mais condigna com espírito e
atitude de “adoração” e observando todas as
recomendações a respeito, acompanhando o coro
nos cânticos e as respostas indicadas no folheto.
A melhor regra é acompanhar os movimentos do
sacerdote que preside a cerimônia.
Origem, importância e prodigiosa
eficácia destadevoção

Eis uma prática toda divina, não só em seus fins


como também pela sua origem imediata.
Jesus, falando à sua serva Margarida Maria, disse, em
1694, no misterioso tabernáculo de Paray-Le-Monial:
“Todas as noites de quinta para sexta-feira te farei
participar da mortal angústia que sofri no Jardim das
Oliveiras, e isto te reduzirá a uma espécie de agonia
mais terrível que a morte.
Acompanhar-me-às, nesta humilde oração que
então fiz a meu Pai, entre todas as minhas tristezas,
prostrando-te por uma hora com a face em terra, para
aplacar a cólera divina, clamando misericórdia pelos
pecadores, para assim honrar e suavizar de algum
modo a amargura que senti pelo abandono da parte dos
apóstolos, o que me obrigou a censurá-los por não
terem podido velar uma hora comigo”.
Tal a palavra imperiosa de misericórdia que
estabeleceu, na primeira aurora da devoção ao Sa-
grado Coração de Jesus, a prática incomparável que
chamamos “Hora Santa”.
Duas são evidentemente as ideias fundamentais
desta devoção: a primeira, uma intenção de amor
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compassivo que nesta hora une a alma fiel ao Coração
agonizante do Salvador. “Eu te farei participar” –
disse-lhe Jesus – “da tristeza mortal do Getsêmani.”
A segunda, uma reparação do pecado, um fim de
desagravo redentor: “pedirás perdão pelos pecadores”.
E Jesus terminou com estas desconsoladoras
palavras: “Tenho sede de ser amado pelos homens,
mas não encontro quase ninguém que tenha vontade
de me aplacar esta sede com a retribuição de um amor
sincero e generoso... Não há quem me ofereça, no
abandono em que me vejo, um lugar de repouso...
Queres tu consagrar-me a tua alma para que nela
descanse meu amor crucificado que o mundo inteiro
despreza? Quero que o teu coração me sirva de asilo
quando os pecadores me perseguirem e me
expulsarem de seus corações. Então, com os
ardores da tua caridade, repararás as injúrias que
recebo... Oh, sim! Apesar do inferno reinarei pela
onipotência do meu coração!”.
Tal a ideia triunfante deste exercício de reparação
e de vitória. Na “Hora Santa” a alma se oferece a Jesus
como asilo e ao mesmo tempo lhe pede, pela agonia e
pela onipotência do seu Sagrado Coração, o advento
de seu reinado na sociedade e soberania do seu amor
nas consciências e nos povos. Ele o disse: “A redenção
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pelo seu Coração é a segunda e suprema redenção do
mundo, o último esforço de seu amor”.
Para secundar, pois, este esforço, para cooperar
neste triunfo, a alma acompanha ao divino Mestre
na “Hora Santa”, até chegar com ele à vitória, isto
é, à morte!
Convém saber que a santa Mãe, a Igreja, não só
aprova, mas abençoa com efusão e recomenda com
ardor essa prática tão santa. Os Sumos Pontífices a têm
enriquecido com numerosas e preciosas indulgências.
O santo padre Pio X, enriquecendo de
indulgências a Confraria da “Hora Santa” e
elevando-a à categoria de Arquiconfraria Universal,
manifestou o apreço em que a tinha e o seu grande
desejo de vê-la propagada em todo o universo.
Essa Arquiconfraria, estabelecida em Paray-le-Mo-
nial, conserva os seus registros de associados na mesma
cela abençoada onde Margarida Maria expirou,
recebendo a última e eterna revelação do amor
daquele coração!...
Que os sacerdotes, os religiosos e todos os que de
alguma forma podem exercer um apostolado de zelo,
onde quer que se irradie sua influência, lembrem-se
de que, depois da Sagrada Comunhão, “nenhum
recurso de graça existe mais eficaz do que este”.
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Ah! Não esqueçam que Jesus Cristo prometeu
gravar, com caracteres indeléveis em seu adorável
coração, os nomes daqueles que propagarem essa
devoção.
O título de “Hora dos Milagres” que o povo deu
a essa devoção é o melhor atestado de sua eficácia.
Queira Deus que sejam inumeráveis os apóstolos
e as almas piedosas que, santificadas por esse amor,
possam exclamar com a bem-aventurada confidente
de Paray-le-Monial: “Eu vos pertenço inteiramente, ó
divino Coração! Desfaleço com o desejo de unir-me
a vós, de possuir-vos, de abismar-me em vós, de vós
fazer reinar... Anelo por despojar-me desta miserável
vida, para a glória do vosso Coração... onde tenho,
para sempre, minha morada!...”.

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Indicações Práticas

A “Hora Santa” é uma oração meditada,


contemplativa. Deve ser rezada lentamente e com
pontos de suspensão, para dar tempo a refletir no
significado de redenção que lhe quis atribuir o
Salvador, quando ensinou a Margarida Maria.
Convém fazê-la publicamente e diante do
Santíssimo Sacramento exposto. Entretanto, as
pessoas que não puderam fazer a “Hora Santa” na
Igreja podem fazê-la em casa, diante da imagem do
Sagrado Coração e, sendo possível, reunindo toda
a família. Pode-se estabelecer a “Hora Santa” em
todas as quintas-feiras, das três horas da tarde em
diante, sendo preferível à noite.
Muitas pessoas fazem o exercício da “Hora
Santa” nas horas de provação ou tendo grandes
graças a obter. Os estabelecimentos religiosos,
seminários ou escolas colherão frutos prodigiosos
dessa devoção. Os reverendíssimos párocos,
capelas, reitores de seminários ou de associações
pias poderão em pouco tempo verificar a fonte
inesgotável de fervor e santidade que se encontra na
prática desta devoção, cujos resultados maravilhosos
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a fizeram denominar a “Hora dos Milagres”.

Notas – O presente exercício está calculado para


durar uma hora justa.
Devemos fazer notas às pessoas devotas que,
falando da agonia e dos sofrimentos atuais do Sagra-
do Coração de Jesus na Eucaristia, não pretendam
dizer que Jesus possa sofrer e agonizar em seu estado
glorioso e impassível.
Usando da mesma linguagem que o divino
Mestre empregou nas suas revelações à bem-
aventurada Margarida, podemos afirmar que, em sua
vida mortal, na sua paixão e agonia no Jardim das
Oliveiras, Jesus sofreu as torturas que lhe infligiram
os pecados atuais e todos os crimes e ultrajes que se
multiplicam nos dias de hoje, dada a decadência dos
costumes, o desenvolvimento da instrução sem
religião, os defeitos da educação moderna, sem
disciplina e sem obediência.

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A hora santa

Introdução

Cânticos
(De joelhos)
Exposição do Santíssimo Sacramento.

Sugestão: neste momento pode ser cantado um hino ao


Santíssimo Sacramento.

Preparação
I
(De joelhos)

Esta é a hora três vezes santa pela venturosa


presença de Jesus Cristo, junto às nossas almas
miseráveis... A ferida de seu peito, sempre aberta,
lembra-lhe a terra e suavemente o obriga a atender,
ao mesmo tempo que aos cânticos do céu, às súplicas
e aos gemidos que sobem do desterro. Estejamos
atentos à sua voz!
Jesus – Eis aqui o coração que tanto amou os
homens! Contemplai-o, filhos meus, saturado de
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opróbrios nesta Hóstia, onde só por vós palpita,
entre chamas de caridade... e que não podendo
conter por mais tempo os ardores que o
consomem quis entregar-se ao mundo, que o tem
atravessado pela lança da ingratidão e do
desprezo!...
Este é o supremo e último recurso da minha
redenção.
Aqui tendes o meu coração, Eu vo-lo dou, Eu vo-
lo entrego sem reservas, em troca do vosso,
embora manchado de crimes e ingratidões...
“Sítio!...”. Eu tenho sede de ser amado neste
Sacramento do Altar onde tenho sido até agora o Rei
do silêncio, o Monarca do olvido... Mas chegou a
hora dos meus triunfos. Eu venho reconquistar a
terra; salvá-la-ei a despeito do inferno, pela
onipotência do meu coração. Aceitai-o. Eu vo-lo
rogo, estendei as mãos para receber este dom supremo
da minha misericórdia.
Eu venho trazer-vos fogo de vida, de amor sem
limites, fogo de santidade, fogo de sacrifício... E que
hei de querer senão que arda?...
Contemplai o meu peito dilacerado... Aí tendes
o coração que vos amou nos abatimentos de Belém,
mais ainda nas humilhações e na obscuridade de
Nazaré e, muito mais, nas angústias de Getsêmani e
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nas torturas ignominiosas do Calvário... E vós não
sabeis amar-me!
A minha alma está triste até a morte, pois a vinha
dos meus amores só produziu os espinhos que circun-
dam o meu coração. Tirai-mos, durante esta “Hora
Feliz”, em que o vosso Deus prisioneiro dá amor e pede
amor... Vinde, filhos meus, tomai este coração, aceitai-o
como penhor de ressurreição. Em troca trazei-me os vos-
sos corações, as vossas almas, as vossas vitórias, todas as
vossas penas e alegrias! Vinde, eu perdoo todas as vossas
ofensas, ingratidões e desprezos... mas dizei-me que me
quereis para o vosso Rei e que aceitais reconhecidos o
dom incomparável do meu Sagrado Coração.

Reflexão
Não merecemos este dom: humilhemo-nos re-
conhecendo a nossa indignidade..., mas, longe de o
repelir, reclamemos o favor imenso que o nosso Deus
nos oferece para a nossa santificação.

Sugestão: neste momento pode ser cantado um hino


de perdão.

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II
(De joelhos)
As almas – Ó Jesus! Vendo-vos tão bondoso
e pródigo de vossas graças, não diremos como o
apóstolo: “Senhor! Afastai-vos de nós, porque somos
miseráveis pecadores...”, pelo contrário,
corremos ao encontro de vossos desejos, ansiosos
por estreitar contra nosso peito o Coração divino
que tanto nos amou... Vinde, Jesus! Vinde
repousar à sombra do nosso amor...
Sacerdote – Quando os soberbos governadores
das nações ultrajarem o vosso nome e as vossas leis...
Povo – Lembrai-vos de que vos pertencemos e que
estamos consagrados à glória do vosso divino
Coração!
Sacerdote – Quando as turbas agrupadas pelo
averno e os sectários, seus sequazes, assaltarem os
vossos santuários, sedentos de sangue...
Povo – Lembrai-vos de que vos pertencemos e
que estamos consagrados à glória do vosso divino
Coração!
Sacerdote – Quando gemer a vossa Igreja sob
os grilhões e as cadeias com que os poderosos e os
pretensos sábios querem entravar os seus progressos
e inutilizar os seus esforços...
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Povo – Lembrai-vos de que vos pertencemos e que
estamos consagrados à glória do vosso divino Coração!
Sacerdote – Quando tantos bons e virtuosos
medirem com avareza os sacrifícios e as boas obras,
mostrando-se mesquinhos para convosco, quando
tão pródigos para o mundo...
Povo – Lembrai-vos de que vos pertencemos e
que estamos consagrados à glória do vosso divino
Coração!
Sacerdote – Quando vos oprimir a deslealdade
das almas escolhidas que deveriam esquecer as
coisas da terra para serem inteiramente vossas...
então, mais do que nunca, nessa hora de suprema
desolação...
Povo – Lembrai-vos de que vos pertencemos e
que estamos consagrados à glória do vosso divino
Coração!
Jesus – Todo o meu desejo, amados filhos,
é dar a minha vida! Dei-a, derramando o meu
sangue até a última gota... Dei-a, oferecendo o
meu Coração com todos os seus tesouros... Dou-a,
todos os dias, na minha Eucaristia, em que me
entrego todo inteiro, para vos fazer participantes
da minha própria vida... Assim o quero porque
precisais de mim nas vossas debilidades de cons-
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ciência, na fraqueza dos vossos propósitos, na
inconstância do vosso amor... Vinde! Eu sou a
luz e a fortaleza!
Reflexão
Se sentimos remorsos de alguma culpa grave, in-
fidelidade ou falta de generosidade no cumprimento
de nossos deveres cristãos, se temos magoado o nosso
adorável Salvador, recusando-lhe algum sacrifício que
de nós exige, peçamos perdão a Jesus, fazendo um
propósito sincero e enérgico para o futuro.

Sugestão: neste momento pode ser cantado um hino


de perdão.

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III
(De joelhos)
As almas – Divino Mestre e Salvador nosso, cheio
de confusão nos prostramos em vossa presença e,
detendo a vista sobre o Tabernáculo solitário, onde
estais prisioneiro por nosso amor, sentimos oprimido
o Coração pelo abandono e desprezo em que vos
deixam os próprios cristãos, as almas vossas
prediletas, e mesmo as que se consagram ao vosso
serviço!...
Já que com tanta condescendência permitis que
durante esta “Hora” os que aqui se acham misturem
suas lágrimas com as vossas... nós vos louvamos,
Jesus, por aqueles que vos maldizem, rezamos por
aqueles que vos esquecem, choramos por aqueles
que vos ofendem e vos adoramos por aqueles que
vos abandonaram... Aceitai, ó Senhor, o clamor da
expiação que um sincero pesar arranca de nossas
almas angustiadas.
Sacerdote – Pelos nossos pecados, pelos pecados
de nossos parentes, amigos e inimigos.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelas infidelidades e sacrilégios.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelas blasfêmias e profanação dos
dias santos.
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Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelas libertinagens e escândalos
públicos.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pela falta de modéstia no trajar.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelos corruptores da infância e da
juventude.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pela sistemática desobediência à
Santa Igreja.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelos crimes do lar cristão, pelas faltas
dos pais e dos filhos.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelos perturbadores da ordem públi-
ca, social e cristã.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pela covardia dos que devem defender
a nossa religião.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelo abuso dos santos sacramentos.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – Pelos ataques da imprensa ímpia e
maquinação das seitas secretas.
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Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Sacerdote – E sobretudo pelos bons que vacilam,
por aqueles que resistem às inspirações da vossa divina
e sapientíssima graça.
Povo – Perdão! Perdão, ó Divino Coração!
Jesus – Almas queridas... olhai para a minha fronte
marcada com a sentença de morte depois da ignomínia
de ser tratado como louco!... Considerai estes mistérios de
dor e caridade que se perpetuam no Santíssimo Sacra-
mento do Altar... O meu amor é infinito e o vosso tem
sido tão mesquinho! Vede as minhas mãos atadas por
aqueles que pedem uma vergonhosa liberdade... Ou-
tros, nas horas de licença e de pecado, forjam minhas
cadeias, os pregos que me prenderam na Cruz... Olhai
para esse manto branco de insensato e pensai nessa
multidão que me abandona pelo respeito humano
“porque o mundo condena como louco aqueles que
me seguem de perto...”. Oh! Os sábios se envergonham
de mim, os grandes me desprezam, os que são felizes
me esquecem, para os que governam sou um réu, os
que querem gozar a vida fazem de mim um verdugo...
Porém, para todos, desde que chorem seus pecados,
sou o Pai, o amigo, o redentor!

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Reflexão
Em reparação das ofensas que recebe Jesus na Sa-
grada Eucaristia, ofereçamos em particular as preces
desta hora para a glória do Santíssimo Sacramento do
Altar, para o triunfo da santa mãe, a Igreja, e extinção
das forças e ideologias que espalham em toda a parte
a impiedosa corrupção e a desordem.

Sugestão: neste momento pode ser cantado um hino de


perdão.

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IV
(De joelhos)
Ó amantíssimo Jesus, um título que nos alenta
em nossos desfalecimentos é este de “vítima”, que
quisestes ser pelos pecadores... Sois a “Salvação” dos
que esperam em vós! Sois a “Esperança” dos que em
vós descansam!
Nessa “Hóstia Sacrossanta” permaneceis
desconhecido e esquecido há tantos séculos,
renovando a todas as horas do dia e da noite o
Sacrifício do Calvário... e a voz do vosso Sangue
precioso clama em favor de nossas almas
miseráveis... Entretanto, sois quase um estranho
no meio de vossos filhos... e os desprezos e ultrajes
dos ímpios não vos ferem tanto como a desatenção,
a frieza e a indiferença dos bons!... Nós nos
sentimos felizes, Senhor, de poder velar uma hora
convosco, neste Getsêmani da terra, e partilhar as
amarguras do cálice que vos oferece a ingratidão
dos homens... Não olheis, Senhor, a nossa
indignidade, mas considerai somente a boa vontade
que nos trouxe a vossos pés... Concedei-nos a graça
de muito vos amar e de fazer-vos muito amado.
Reinai em todos os corações, ó Jesus
Sacramentado!
Sacerdote – Por meio deste Pão Consagrado,
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consolo para os aflitos...
Povo – Reinai em todos os corações, ó Jesus
Sacramentado!
Sacerdote – Por meio deste Pão Consagrado,
defensor da inocência e da virtude...
Povo – Reinai em todos os corações, ó Jesus
Sacramentado!
Sacerdote – Por meio deste Pão Consagrado,
conforto e auxílio para todos os miseráveis e desam-
parados...
Povo – Reinai em todos os corações, ó Jesus
Sacramentado!
Sacerdote – Por meio deste Pão Consagrado, laço
de união entre pais e filhos...
Povo – Reinai em todos os corações, ó Jesus
Sacramentado!
Sacerdote – Por meio deste Pão Consagrado, fogo
abrasador de amor e zelo para aqueles que consagram
sua vida no sacerdócio...
Povo – Reinai em todos os corações, ó Jesus
Sacramentado!
Sacerdote – Por meio deste Pão Consagrado,
Pentecostes de caridade para o vosso vigário na terra,
para o episcopado, para o clero e para a vossa Igreja...
Povo – Reinai em todos os corações, ó Jesus
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Sacramentado!
Oh! Sim, Mestre adorado! Fazei baixar o fogo do
céu que purifique, perdoe e salve milhares de infelizes
que vivem sem o vosso amor, preferindo loucamente
os bens terrestres e os gozos materiais!...
Ó Jesus! O mundo vos despreza e procura
repelir-vos... E o que faria o mundo sem vós! Deixai-
vos ficar, Prisioneiro Divino, fechado nestes sacrários,
onde prometestes permanecer até a consumação dos
séculos! São muitos os que maldizem o vosso nome,
negam o vosso santo Evangelho..., mas são também
muitos os que vos amam, os que vos querem sempre a
seu lado, nas alegrias e nas horas tristes. Estes mesmos
que vos expulsam de seus corações, de seus lares, de suas
pátrias, virá o dia em que hão de reconhecer que só vós
dissestes a “verdade”, só vós ensinastes a “justiça”, só
vós prodigalizaste a verdadeira “caridade”! E, por isso,
em nome desses ingratos, nós vos pedimos perdão:
“Misericórdia para eles, ó Sagrado Coração!”.
Sacerdote – São tantos os que despendem
dinheiro e juventude nas dissipações mundanas ou
prazeres que vos ofendem!...
Povo – Misericórdia para eles, ó Sagrado Coração!
Sacerdote – São tantos os que lucram tolerando
os pecados públicos, que traficam na profanação das
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consciências e dos sentidos!...
Povo – Misericórdia para eles, ó Sagrado Coração!
Sacerdote – São tantos os pervertedores das almas, que
pelos jornais e pelos livros enriquecem,
pervertendo seus irmãos!...
Povo – Misericórdia para eles, ó Sagrado Coração!
Sacerdote – São tantos os que exercem a deplorável
profissão de excitar vícios e paixões, por meio
de espetáculos onde tudo é permitido!...
Povo – Misericórdia para eles, ó Sagrado Coração!
Sacerdote – São tantos os que, relaxando o seu
critério de cristãos, não querem ver mal nenhum
no atropelo em que são frustrados os vossos
mandamentos!...
Povo – Misericórdia para eles, ó Sagrado Coração!
Sacerdote – São tantos aqueles que, pelos seus
encargos de posição, deveriam evitar gravíssimas
ofensas e não o fazem por respeito humano ou por
uma condescendência culposa!...
Povo – Misericórdia para eles, ó Sagrado Coração!

Reflexão
Peçamos perdão a Deus pelos pecados públi-
cos e sociais, com que os homens o ofendem no
mundo inteiro, e tomemos a resolução de apoiar
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todas as iniciativas para a regeneração da família e
da sociedade.

Sugestão: neste momento pode ser cantado um hino


de perdão.

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V
(De joelhos)
Dulcíssimo Jesus, tende piedade dos que padecem
a mortal angústia do isolamento e do abandono!...
Quantas vezes, Mestre adorado, depois de pregardes
as maravilhas do vosso amor, depois de fazerdes
prodígios em favor da multidão assombrada, vistes que
os homens se afastavam receosos, ou partiam
indiferentes, deixando-vos como neste Sacrário,
sozinho, abando- nado, sem outras testemunhas de
vossas dores e de vosso amor senão os anjos do céu!...
O vosso Coração experimentava então as mesmas
penas e amarguras que esses deserdados do amor,
órfãos de afeição tão delicada, errantes nas trevas da
noite, sem um lume que lhes aqueça o lar!... E no
fundo dessas almas surgem os mesmos transes da
agonia que sofrestes na horrível noite da Quinta-feira
Santa... Temores, repugnâncias, desfalecimento
assaltam-nas cada vez com mais furor. E por fim, se
não acudis, vós, ó amigo das almas que sofrem, elas,
desesperadas, chamarão talvez a morte, como
libertadora, ainda que as leve para a eterna
desgraça!...
Sacerdote – Apressai-vos, Senhor!... Socorrei essas
almas e dai-nos a todos refúgio e companhia em vosso
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amável Coração!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se algum dia nos mandardes triste
provação, permitindo que os nossos nos abandonem!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se as moléstias e a morte nos trou-
xerem o isolamento, quebrando laços que pareciam
imperecíveis!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se algum dia nos visitar a pobreza, afu-
gentando os amigos que não se sentem bem com ela!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se tivermos a desgraça de uma desin-
teligência com os próprios irmãos!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se formos flagelados pela injustiça dos
homens, não vos aparteis de nosso lado!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se até aqueles a quem muito ama-
mos nos deixarem, ó Jesus... nessa hora de cruel
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ingratidão!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se aqueles que nos pediram afeto, de-
dicação e sacrifícios, hoje riem-se de nós e nos odeiam,
perdoai-lhes e desculpai as nossas queixas!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – Se a calúnia e as humilhações salpi-
carem de lama a nossa fronte, compadecei-vos de
nossas almas dilaceradas!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...
Sacerdote – E, se para nós chegarem aquelas horas
de mortal silêncio, em que a alma se ache só, intei-
ramente só, submergida no vácuo do esquecimento
e da cruel indiferença!...
Povo – Dai-nos refúgio e companhia em vosso
amável Coração!...

Reflexão
Consideremos a solidão da agonia de Jesus no
Horto, prolongada em todos os Sacrários da terra,
e tomemos a resolução de visitá-lo muitas vezes em
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reparação da ingratidão dos homens.
Sugestão: neste momento pode ser cantado um hino
de perdão.

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VI
(De joelhos)
As almas – Ó Jesus! Vós sabeis quanto vos ama-
mos! Queremos amar-vos muito mais atendendo
às solicitações do vosso Coração adorável que pede
o nosso amor para fazer-nos venturosos. Sendo,
porém, tão grande a nossa pobreza, deixai-vos
oferecer-vos nossos corações pelas mãos de Maria,
vossa mãe santíssima, que suprirá a nossa miséria
com os seus merecimentos.

ORAÇÃO
A Nossa Senhora da Piedade

Protetora e modelo das mães atribuladas

Ó Virgem dolorosíssima, gravai em nossos


corações as chagas do vosso divino Filho;
oferecei-os contritos e purificados em troca do
muito que Ele sofreu para nos remir!
Lembrai-vos daquela palavra que Ele vos
disse da cruz e mostrai que sois nossa Mãe,
apresentando à divina Majestade as nossas
necessidades e as nossas preces. Defendei-nos
contra o inimigo da salvação, amparai-nos em
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todos os perigos, consolai-nos nas nossas aflições
ensinai-nos a tirar proveito de todas as
contrariedades e privações... E, à hora da nossa
morte, oh Virgem Maria, recebei-nos em vossos
braços e levai-nos a Jesus! Sereis sempre o objeto
do nosso amor e confiança; procuraremos regular
pelos vossos os nossos sentimentos e afetos, e o
estudo contínuo da nossa vida será a meditação de
vossas dores e imitação das vossas virtudes.
Ó Mãe amabilíssima! Jesus quis entregar-nos
a vosso Puríssimo Coração a fim de aliviar as suas
dores e também as nossas. Dizei-lhe que
aceitamos confundidos a dádiva generosa de seu
amor incompreensível... E, em desagravo pela
ingratidão dos homens, pelos sacrilégios, pelos
ultrajes de uns e indiferença de outros, pela tibieza
dos bons e pouca generosidade dos que se dizem
cristãos, oferecei ao vosso divino Filho as dores,
as penas, as angústias, as lágrimas, as preces
fervorosas de todas as Mães que O adoram na
Terra e vos aclamam como Rainha.
Sabeis, Vigem Piedosa, a corrente de amor e
sinceridade que se encontra em seus corações e
cheios de fé, em suas almas de heroínas... Sabeis
o que elas valem, como amam e como oram e
quanto sofrem! Ó Mãe Imaculada! Pelas lágrimas
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que chorastes ao encontrardes o vosso amado
Jesus em caminho para o Calvário, pelas lágrimas
que derramastes durante os transes terríveis de sua
paixão, pela dor que vos oprimiu o Coração
quando em vossos braços recebestes o seu corpo
inanimado, atende às preces dessas mães que
sofrem tantos martírios para o resgate de seus
filhos! Vede Senhora, como imploram com fé
ardente e confiança inquebrantável a redenção de
seus lares, a paz para suas famílias!...
São tantas as que temem pela vida de seus
esposos já curvadas para o túmulo! São tantas as
que temem pelo futuro de seus filhos e padecem
com eles as consequências dos seus primeiros
extravios! São tantas as que veem com os olhos
lacrimosos que as diversões mundanas, as más
companhias e as leituras dissolventes, ameaçam
as consciências e, talvez a eterna salvação dos
seus!
Lembrai-vos de que essas almas são vossas e
que Jesus as entregou ao expiar na Cruz a
felicidade desses esposos e desses filhos, que elas
ora depositam com carinho sobre o altar de vosso
Sacratíssimo Coração. E vós, Senhor, lembrai-vos
dessas pobres mães nesta “Hora Santa”, como vos
lembraste de vossa Mãe Imaculada nos transes do
32
Jardim das Oliveiras... Lembrai-vos que muitas
delas fizeram entronizar a vossa imagem no lugar
de honra de seus lares, onde querem que sejais o
único a reinar! Elas vos pedem, ó Jesus, a vitória
decisiva de vosso Sagrado Coração, e vos
entregam, pelas mãos de Maria, todos os tesouros
de seu amor!
Sacerdote – Pelo afeto de santa intimidade
que tivestes para com o humilde carpinteiro a
quem destes o nome de Pai,
Povo – Triunfai em todos os lares, ó divino
Coração!
Sacerdote – Pelos carinhos de predileção com
que tratastes a João, o Apóstolo de vossas
inefáveis confidências,
Povo – Triunfai em todos os lares, ó divino
Coração!
Sacerdote – Pela simpatia que tivestes
sempre pelos pequeninos do rebanho, pelas
crianças, vossos inocentes amiguinhos,
Povo – Triunfai em todos os lares, ó divino
Coração!
Sacerdote – Por aquela amizade preciosa que
tivestes pelos três irmãos de Betânia, onde só a
vossa ausência era um sofrimento cruel,
33
Povo – Triunfai em todos os lares, ó divino
Coração!
Sacerdote – Pelas finezas dispensadas aos
esposos de Caná, e pelas vossas Misericórdias
para com a arrependida Madalena,
Povo – Triunfai em todos os lares, ó divino
Coração!
Sacerdote – Pela condescendência que
tivestes para com Zaqueu, para com Simão, o
fariseu, e em fim para com a Samaritana, em cuja
alma feliz quisestes despertar a sede do
apostolado,
Povo – Triunfai em todos os lares, ó divino
Coração!
Sacerdote – Pelas lágrimas que derramastes
junto ao sepulcro de Lázaro,
Povo – Triunfai em todos os lares, ó divino
Coração!

REFLEXÃO

(Nem no céu poderemos jamais agradecer a nosso


amado Redentor tantas delicadezas e tantos favores que
não merecemos. Tratemos de começar desde já a nossa
eterna ação de graças por todos os benefícios passados,
presentes e futuros).
34
(De pé) Coro
Irei para o inferno,
Suplício eterno
Se não me arrependo!
Irei para o inferno,
Pr’a o fogo eterno,
Se já não me emendo!

Povo
Perdoai, Senhor, por piedade! etc.

35
VII

(De joelhos)
Ó Jesus, que poderemos dar-vos em troca de
tanto amor e tanta misericórdia?!... Quem nos dera
um coração cheio de amor como de vossos
apóstolos João e Pedro, ardendo em chamas de zelo
como de São Paulo, capaz de heroísmos como o de
Margarida Maria?!
Sacerdote – Dai-nos o vosso Coração, ó
dulcíssimo Jesus, para que possamos com ele
agradecer devidamente as misericórdias do vosso
amor,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois a perseverança da
fé e da Pureza para as crianças que comungam,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois o consolo dos pais
no lar cristão,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois o alívio da multidão
que sofre e dos pobres que trabalham,
36
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que dois o bálsamo para
todas as feridas,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois a fortaleza dos
fracos e a vitória dos que se acham emtentação,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois o fervor e a
constância dos tíbios,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois a luz dos que
vacilam e o zelo dos Apóstolos,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois o centro da vida
militante da vossa Igreja,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
Jesus!
Sacerdote – Vós, que sois a santidade e o
Paraíso das almas na Eucaristia,
Povo – Dai-nos o vosso Coração, ó dulcíssimo
37
Jesus!
Senhor, quanto nos sentimos felizes por
termos podido velar uma hora convosco! Aqui
viemos conduzidos por vossa divina Mãe e por ela
inspirados, a fim de pedirmos pelos bons e pelos
maus... por todos os pecadores, por todos os
cristãos, pelos Apóstolos de vosso Sagrado
Coração, por todas as almas que vos estão
consagradas e que vos fizeram promessa de vida
santa e mortificada. E, como Vós mesmo o pediste,
Senhor, nós queremos especialmente rogar pelos
sacerdotes, os ministros do vosso altar, por esses
que são vossos representantes na Terra, os
continuadores de vossa missão... Dai-lhes a luz de
uma fé mui viva, dai-lhes o tesouro de uma caridade
sem limites, dai-lhes o tesouro de uma caridade a
toda prova. Dai-lhes, Senhor, a fortaleza da alma, de
que necessitam nos combates cotidianos, nas lutas
com o mundo... Dai-lhes uma resolução apaixonada
para a santidade, um zelo ardente por vossa glória,
um coração abrasado no vosso amor... E, visto que
“a messe é grande e poucos são os operários”,
aumentai o número dos trabalhadores, enviando
novos Apóstolos segundo o vosso Coração.

38
ORAÇÃO DO PAPA PIO X

À bem-aventurada Virgem Maria

Ó Maria, Mãe de Misericórdia, Mãe e filha


d’Aquela que é o Pai das Misericórdias e o Deus de
toda consolação, Dispensadora dos tesouros de
Deus, Ministra de Deus, Mãe do Sumo Sacerdote
Jesus Cristo, Vós que sois ao mesmo tempo
Sacerdotisa e Altar, Tabernáculo Imaculado do
Verbo de Deus, Mestra de todos os Apóstolos e
Discípulos de Cristo, protegei o Soberano Pontífice,
intercedei por nós e pelos sacerdotes a fim de que o
Sumo Sacerdote Jesus Cristo purifique as nossas
consciências, e que nos aproximemos digna e
piedosamente do Banquete Sagrado.
Ó Virgem Imaculada! Vós não somente nos
destes o Pão Celeste, o Cristo, para a remissão dos
nossos pecados, mas sois vós mesma uma “Hóstia
Agradabilíssima” oferecida a Deus, sois a Glória
dos Sacerdotes! Segundo o testemunho do vosso
bem-aventurado servo Santo-Antônio, ainda que
não tendo recebido o Sacramento da Ordem, fostes
cumulada de toda a dignidade e graça que ele
confere, e por conseguinte sois proclamada com
justiça a “Virgem Sacerdote”.
39
Lançai um olhar sobre nós e sobre os
sacerdotes de vosso Filho; salvai-nos, purificai-nos
a fim de que possamos receber santamente os
tesouros inefáveis dos Sacramentos e alcançar a
salvação eterna de nossas almas.

Amém.

Mãe de Misericórdia,
- Rogai por nós.

Mãe do Sumo Sacerdote,


- Rogai por nós.

Rainha do Clero,
- Rogai por nós.

Maria, Virgem- Sacerdote,


- Rogai por nós.

40
ORAÇÃO A N. SRA. APARECIDA
PARA PEDIR A SUA PROTEÇÃO

Ó Virgem Santa, incomparável Senhora da


Conceição Aparecida, Mãe de meu Deus, Rainha
e Padroeira do Brasil, Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos e atribulados.

Ó Virgem Santíssima, cheia de bondade e


poder, lançai sobre nós um olhar favorável para
que sejamos socorridos em todas as necessidades
em que nos achamos. Assim, pois, Senhora,
livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a
vosso Divino Filho, meu Redentor e Senhor Jesus
Cristo.

Virgem bendita, preservai este vosso


indigno servo, esta casa e seus habitantes, da
violência, da fome, da guerra, de tempestades e de
outros perigos e males que nos possam atingir.

Soberana Senhora Aparecida, dignai-vos a


dirigir-nos em todos os negócios espirituais e
temporais; livrai-nos da tentação do demônio para
que, trilhando o caminho da virtude, pelos
41
merecimentos da vossa puríssima Virgindade e do
preciosíssimo Sangue de vosso Filho, vos
possamos ver, amar e gozar a eterna glória, por
todos os séculos dos séculos.

Amém.

(Três Ave Marias)

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha


e Padroeira do Brasil, rogai por nós!

REFLEXÃO

(Tomemos a resolução de rezar cada dia pelo Sumo


Pontífice e pelas necessidades da Igreja, oferecendo nas
intenções do clero as intenções e boas obras de todas as
quintas-feiras)

(De pé) Coro


Fazei, meu bom Jesus,
por vossa Cruz
do mal me desvie.
Fazei, meu bom Jesus,
que vossa luz
no céu me alumie!

42
Povo
Perdoai, Senhor, por peidade! Etc.

43
VIII
(De joelhos)
Não podendo permanecer convosco neste
Tabernáculo, nós nos despedimos, Senhor,
levando em nossas almas uma paz inefável e com
o coração confortado para as lutas da vida.
E, enquanto não chega o dia sem fim de cantar
as vossas glórias, deixai-nos descansar sobre a
chaga sacrossanta de vosso Coração, repetindo
sem cessar estas palavras triunfantes: “Venha a
nós o vosso reino! ”.

Todos
Venha a nós o vosso reino!

Pai Nosso e Ave Maria pelos agonizantes do dia.


Pai Nosso e Ave Maria pelas almas do purgatório.
Pai Nosso e Ave Maria pelo triunfo universal do
Sagrado Coração.

44
CONSAGRAÇÃO
ao Sagrado Coração de Jesus

Pelo S. P. Pio X

Dulcíssimo Jesus, Redentor do gênero


humano, lançai os vossos olhares sobre nós,
humildemente prostrados diante de vosso altar.
Nós somos e queremos ser vossos; e para que
possamos viver mais intimamente unidos a Vós,
cada um de nós neste dia se consagra
espontaneamente ao vosso Sacratíssimo Coração.
Muitos homens nunca Vos conheceram;
muitos desprezaram os vossos mandamentos e
Vos abandonaram. Benigníssimo Jesus, tende
piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao
vosso Sagrado Coração.
Senhor, sede o Rei não somente dos fiéis que
nunca de Vós se afastaram, mas também dos
filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei que
eles tornem, quanto antes, à casa paterna, para que
não pereçam de miséria e de fome.
Sede o Rei dos que vivem iludidos no erro, ou
separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao
porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que
em breve haja um só rebanho e um só pastor.
45
Sede o Rei de todos aqueles que estão
sepultados nas trevas da idolatria e do islamismo,
e não recuseis conduzi-los todos à luz e ao Reino
de Deus.
Volvei, enfim, um olhar de misericórdia aos
filhos do que foi outrora vosso povo escolhido;
desça também sobre eles, num batismo de
redenção e vida, aquele sangue que um dia sobre
si invocaram.

Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e


dai-lhe uma liberdade segura e sem peias;
concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que
de um a outro pólo do mundo, ressoe uma só voz:
Louvado seja o Coração divino, que nos trouxe a
salvação! A Ele, honra e glória por todos os
séculos dos séculos. Amém.

(De pé) Coro


Oh meu Senhor amado!
Meu Sumo Bem e Deus meu!
Perdoai ao coração meu,
Todo contrito, Senhor!

46
Povo
Oh meu Senhor amado! Etc.

Coro
Com pesar infinito
E choro infinito eu rogo
Pelo excessivo amor
Que eu vos tenho, oh Senhor!

Povo
Oh meu Senhor amado! Etc.

Coro
E da cruz no santo lenho
Padece meu bom Jesus:
Derramou seu sangue na Cruz,
Também no horto, o Senhor!

Povo
Oh meu Senhor amado! Etc.

(De joelhos)

47
ORAÇÃO DE PENITÊNCIA
(Santo Agostinho)
Diante de Vós, Senhor, apresentamos o fardo
dos nossos crimes e simultaneamente as feridas
que por causa deles recebemos.
Se pensarmos no mal que fizemos, é bem
pouco o mal que sofremos e muito maior o que
merecemos.
Foi grave o que ousamos cometer e leve o que
agora sofremos.
Sentimos que é dura a pena do pecado e no
entanto não nos decidimos deixar a ocasião dele.
A nossa fraqueza geme esmagada sob o peso
dos castigos com que nos punis justamente, e a
nossa maldade não quer se desfazer dos seus
caprichos.
O espírito anda atormentado, mas a cerviz não
se verga.
A nossa vida suspira no meio das dores e não
nos corrigimos.
Se contemporizardes conosco, não nos
emendamos, e se tirais de nós vingança, gritamos
que não podemos.
Se nos castigais, sabemos declarar que somos
réus, mas se afastais por um pouco a Vossa ira,
48
esquecemos logo o que deploramos.
Se levantardes a mão, logo prometemos a
emenda, se retirais a espada, já nos esquecemos
da promessa.
Se nos feris, gritamos que nos perdoeis, se nos
perdoais logo entramos de Vos provocar.
Tendes-nos aqui, Senhor, diante de Vós,
confessamos os nossos pecados; se Vos não
amerceais de nós, aniquilar-nos-á a Vossa justiça.
Concedei-nos Pai onipotente, o que sem
merecimento algum de nossa parte Vos pedimos,
Vós que nos tirastes do nada.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
V. Senhor, não nos trateis segundo os nossos
pecados.
R. Nem nos castigueis segundo as nossas
iniqüidades.

Oremos – Ó Deus, a quem o pecado ofende e


a penitência propicia, olhai favoravelmente para
as preces do Vosso povo e relegai para longe os
vossos castigos da Vossa ira, que merecemos com
os nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo. Amém.
49
AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(Santa Madalena Sofia Barat)
Meu Sagrado Coração de Jesus, corro e venho
a Vós, porque sois o meu único refúgio, o meu
único consolo, a minha única certeza, a minha
única e firme esperança.

Vós sois o remédio infalível e seguro para


todos os meus males, a esperança para as minhas
misérias, o reparo das minhas faltas, a luz nas
minhas dúvidas e agonias, o consolo do meu
desamparo.

Vós preencheis as minhas lacunas e sois a


certeza nos meus pedidos. Vós sois a infalível e
infinita Fonte de luz e força, de benção e de paz.

Estou seguro de que nunca, nunca vos


cansareis de mim, de que nunca me abandonareis,
de que nunca deixareis de me amar, ajudando-me
e protegendo-me sempre, porque o amor de Vosso
Coração por mim é infinito e absoluto.

Tende piedade de mim, Senhor, pela vossa


grande misericórdia, e fazei comigo, de mim e
50
para mim, tudo o quanto quiserdes, mantendo-me
sempre e para sempre dentro de Vosso Coração
de Amor.

Abandono-me em Vós, Coração do meu


Amor, com toda e a inteira confiança de que
nunca me abandonareis, de que nunca estarei só.
Amem.

ORAÇÃO EM PREPARAÇÃO PARA AS


PRIMEIRAS SEXTAS-FEIRAS
(Ó Clementíssimo Senhor! – Santo
Ambrósio)
Ó clementíssimo Senhor Jesus Cristo, eu,
indigno pecador, desconfiando profundamente
dos meus próprios merecimentos, e confiando
absolutamente na vossa misericórdia e bondade,
receio e tremo ao aproximar-me da mesa do vosso
suavíssimo e dulcíssimo banquete. É que, Senhor,
apesar de Vos haver consagrado o meu coração e
o meu corpo, reconheço que muitas vezes os
tenho manchado com numerosos pecados, pois
não tenho vigiado e guardado cuidadosamente a
minha inteligência e as minhas palavras. Eis por
que, ó Bondade infinita, ó Majestade
51
incomparável, encontrando-me reduzido ao
último extremo da miséria, venho a Vós, que sois
a fonte da misericórdia, para ser curado; e, não
podendo suportar os rigores do meu Juiz, confio
na vossa proteção, ó meu Salvador, e invoco
ardentemente as vossas misericórdias. A Vós,
Senhor, revelo as minhas chagas; a Vós, Senhor,
confesso toda a minha vergonha. Sei que os meus
pecados são grandes e numerosos, o que me enche
de temor; mas também confio absolutamente na
vossa misericórdia, que sei ser infinita. Lançai
sobre mim os vossos olhares misericordiosos, ó
Senhor Jesus, Rei eterno, Deus e homem, que
fostes crucificado por causa dos mesmos homens.
Escutai-me, pois espero em Vós. Tende piedade
de mim, que sou miserável pecador, Vós que
nunca deixais de espalhar pela Terra as águas de
misericórdia.
Eu Vos saúdo, ó Vítima da salvação,
oferecida no madeiro da Cruz, pelo resgate do
gênero humano e por mim! Eu Vos saúdo, ó
Sangue nobre e preciosíssimo brotando das
Chagas do Crucificado, meu Senhor Jesus Cristo,
e lavando os pecados do mundo inteiro! Ó Senhor,
lembrai-Vos desta vossa indigníssima criatura
que resgatastes com o vosso Sangue. Arrependo-
52
me de haver pecado, e desejo ardentemente
emendar-me. Arrancai de mim todas as minhas
iniquidades e pecados, a fim de que, puro de
coração e de corpo, possa amar dignamente o
Santo dos santos.
Permiti, pela vossa graça, que a Hóstia
santíssima do vosso Corpo e Sangue que, apesar
de indigno, me preparo para receber, seja para
remissão dos meus pecados, purifique-me
inteiramente das minhas faltas, afaste de mim os
maus pensamentos, desperte na minha alma bons
sentimentos, obrigue-me a praticar salutares
ações, segundo a vossa vontade, seja, enfim, para
minha alma e para meu corpo, um abrigo seguro
contra todas as ciladas dos meus inimigos.
Assim seja.

53
CÂNTICOS

1. CORAÇÃO SANTO
Coração Santo, Tu reinarás;
Tu nosso encanto, sempre serás! (2x)
1. Jesus amável, Jesus piedoso
Deus amoroso, frágua de amor!
Aos Teus pés venho, se Tu me deixas
Humildes queixas, sentido expor!
2. Divino Peito, que amor inflama
Em viva chama, de Eterna Luz!
Porque até em sempre, reconcentrada
Não adorada, Doce Jesus!
3. Correi, cristãos, vinde adorar
Vinde louvar, O Bom Jesus!
Com grande ardor, Rendei-lhes preitos
Com os eleitos, na Eterna Luz!
4. Divino Sol, espanca a treva
Que já longeva, o mundo envolve
54
Aos pecadores, aos ignorantes
Que andam errantes, Teus olhos volve!
5. Estende às almas, Teu suave fogo
E tudo logo, se inflamará!
Mais tempo a terra, no mal sumida
Empedernida, não ficará!
6. Por estas chamas, de Amor benditas
Nunca permitas, ao mal reinar!
Ao Brasil chegue, Tua caridade
Que ele em verdade, Te saiba amar!
7. Divino Peito, onde se inflama
A doce chama, da caridade
Não a conserves, reconcentrada
Mas dilatada, na Cristandade!

2 – REFÚGIO SEGURO
I - Sagrado Coração do meu Jesus,
Depósito infinito só de amor,
Por mim sacrificado sobre a cruz,
Seu sangue derramou em meu favor.
Dentro do seu coração
Quero Jesus me abrigar,
Nele refúgio seguro
55
Eu sei que posso encontrar.
O meu presente e futuro
Terão aqui seu lugar!
II - Sagrado Coração do Filho amado
De Deus, que veio ao mundo nos salvar,
Terá por hoje e sempre reservado
Em minha vida um trono e um altar.

3. AO CORAÇÃO DE CRISTO
1- Quando a plenitude dos tempos chegou
O Pai celestial sobre nós se curvou
Com amor tão grande que nos enviou
O messias redentor e o mundo salvou
Ao Coração de Cristo, glória e louvor!
Glória e poder, pois Ele É o Senhor! (BIS)
2- Quando a plenitude dos tempos chegou
O Verbo Divinal em Maria encarnou
O Espírito Santo na Virgem formou
Um coração humano pra quem a criou (REF)
3- Quando a plenitude dos tempos chegou
Um coração de carne o Filho adotou
Assim Jesus Cristo nos divinizou
Em templos de Deus Ele nos transformou!

56
4. Ó TU QUE ESTÁS EM TUA CASA
1- Ó Tu que estais em Tua casa
Lá dentro em meu coração
Que Tua voz repercuta
Lá dentro em meu coração

2- Ó tu que estais em Tua casa


Lá dentro em meu coração
Eu quero chegar a Ti
Lá dentro em meu coração
3- Ó Tu que estais em Tua casa
Lá dentro em meu coração
Permite que Te alcance
Lá dentro em meu coração
4- Ó Tu que estais em Tua casa
Lá dentro em meu coração
Acolhe a minha oferenda
Lá dentro em meu coração
5- Ó Tu que estais em Tua casa
Lá dentro em meu coração
Faz que eu me perca em Ti
Lá dentro em meu coração
Lá dentro em meu coração
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