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ESTUDO SOBRE DANIEL 7 – O CHIFRE PEQUENO

Uma coisa que sempre me perturbou, foi a explicação da profecia do capítulo


7 de Daniel.
Tudo começa nos meados do século XIX, quando houve um grande reavivamento
cristão. As profecias de Daniel e do Apocalipse (Revelação), começaram a ser
estudados com maior profundidade e, como nos relata o próprio livro de Daniel:
Porém tu, ó querido Daniel, tranca em segredo, mediante um selo, as palavras do Livro, até o tempo próprio do fim. Muitos
farão de tudo e correrão de uma parte a outra em busca do maior saber; e o conhecimento se multiplicarará muitas e muitas
vezes!” Dan. 12:4

Observem que o conhecimento de que trata Daniel, no versículo 7 refere-se ao


conhecimento da profecia e não da ciência, como muitos proclamam. Nessa época,
tratavam como ciência a filosofia, e não o desenvolvimento tecnológico.

Nessa Época, também, não existia a Internet e o acesso aos livros de história
eram bastante precários. Nossos Irmãos, da época, se atinham muito mais na
interpretação direta dos livros da bíblia, ou interpretações de embora detivessem
pouco acesso à historicidade dos mesmos, e sem comprovação das fontes. Hoje,
quando precisamos descobrir a fundo o conhecimento da história, basta acessarmos o
Google e a Wikipédia, e nos inteiramos a fundo, de qualquer assunto. Também o
número de livros físicos, digitais e e-books se alastram pela rede, e o único
cuidado que deveremos ter é sobre sua autenticidade, uma vez que muitos estão com
o único fim de se popularizar e ganhar dinheiro.

Foi assim que pesquisei durante 5 anos ao que ora vou relatar, sobre o
estranho animal descrito em Daniel Capítulo 7 e Versículo 7:

E nessas visões que tive durante a noite, em meu sonho, vi ainda um quarto animal, horrível, apavorante e extremamente
poderoso. Possuía grandes dentes de ferro, com os quais estraçalhava e devorava avidamente suas vítimas, e pisoteava tudo o
que sobrava. Este monstro era diferente de todas as feras anteriores e tinha dez chifres
Não obstante, todos reconhecem como sendo Roma, esse quarto Reino; Pela sua
crueldade, pela voracidade com que se arremetiam aos povos, a fim de conquistá-
los, pela rudeza férrea com que escravizavam a quem dominavam, atribui-se a isso,
os dentes de ferro. (Assim como as pernas de ferro da estátua de Daniel 2).
Coincidentemente, o ferro era o metal com que os romanos forjavam suas espadas e
suas carruagens e armas de guerra.
Esse povo, subjugou o povo judeu durante anos, tentando torná-los um povo
serviente e cooperador para com o Império. Mas, como sabemos, os Judeus sempre
estavam revoltosos, subversivos e a toda hora se rebelavam contra o domínio
Romano.
Mas, o que trataremos aqui é sobre as características desta Fera (Uma Besta),
e o significado de cada uma delas, pela comparação ao que o Anjo explica a Daniel
e interpretação exegética da mesma.

O Anjo dá a seguinte definição a Daniel:

23- “Este quarto animal”, disse-me, “representa o quarto poder mundial que governará a Terra. Será mais brutal que qualquer
dos outros; devorará todo o mundo, destruindo tudo diante de si.
20- Pretendi igualmente saber quanto aos dez chifres e sobre o que era mais pequeno, que apareceu depois e provocou o
desaparecimento de três outros, o qual tinha olhos e boca, com a qual dizia coisas arrogantes, e que era mais forte que os
outros.
21- Pois eu tinha visto este chifre a fazer guerra contra o povo de Deus e vencê-lo,
Prosseguindo, o anjo explica o significado do 10 (dez) chifres, dizendo:

24 - Os seus dez chifres são dez reis que aparecerão saídos do seu império;
Aqui é que entraremos no estudo sobre quem seriam os Dez Reis?
A Igreja Adventista Julga que tais reis seriam Dez reinos Bárbaros que surgiram
durante a decadência de Roma, mas temos que refutar pelos seguintes motivos:

1 – No versículo 24 fala explicitamente que


os chifres são Dez reis que surgirão do
Império Romano. E não dez reinóis que
surgirão para derrotar o império.
2 – Os povos Bárbaros que exis am nesse
tempo (Império romano) eram 13 ao todo e
3 deles se destruíram entre si, mas não se
trata de reis romanos;
3 – No versículo 24 está explícito que os Dez
reis sairiam do reino Romano (...saídos do seu
império). Algumas versões da bíblia sizem
“desse mesmo império”.

Mapa da Europa no período Romano


OS DEZ CHIFRES E O CHIFRE PEQUENO
Aqui Começaremos a descrever como poderemos decifrar quem são esses chifres.
Tanto os 10 primeiros como ao chifre pequeno que substituirá três dos dez chifres.
Bem, como sabemos, de acordo com a história, que houveram 10 governos romanos
que promoveram perseguição aos Cristãos, a saber:

1 - Nero, em (64 – 68) d.C., após oGrande Incêndio de Roma;

2 – Domiciano, (90 – 96) d. C. - Os Cristãos ofendiam aos deuses;

3 – Trajano, (98 – 117) d. C. – Exigia a adoração ao Imperador;

4 – Marco Aurélio (161 – 180) d. C. - Culpou os Cristãos pelos desastres naturais como a seca;

5 – Sétimo Severo (202 – 211) d. C. - Obrigou os Cristãos a adorarem o Sol

6 – Maximino (235 – 236) d. C. - Culpou os Cristãos de apoiarem o Imperador anterior

7 – Décio (249 – 251 d.C. - Emitiu um Edito perseguindo todos os Cristãos;

8 – Valeriano (259 – 260) d. C. - Proibiu reuniões de Cristãos e confiscou propriedades;

4 – Aureliano, (247 – 138) d. C. - Decapitou vários Cristãos, inclusive o Bispo de Roma;

10 – Diocleciano (303 – 311) d. C. - Foi a pior perseguição. Privou os cristãos de tudo


Desde Nero, em sua loucura, os Cristãos passaram por 10 (dez) imperadores que
perseguiram aqueles que seguiam a Jesus o Cristo. Alguns de forma mais leve, e
outros, como Diocleciano, que perseguiu ferrenhamente, tirando tudo o que os
Cristãos possuíam e destruindo suas casas de reuniões.
Em 23 de fevereiro de 303, o imperador romano Diocleciano baixou o edital que
deu início à Grande Perseguição aos cristãos. O edital ordenava a destruição de
todos livros e edifícios de culto cristão, e a extinção de cargos, dignidades e
dos direitos de cidadania romana a quem professasse a fé cristã. Decretos
posteriores exigiram que sacerdotes e fiéis rendessem cultos e sacrifícios ao
imperador e aos deuses romanos sob pena de prisão, tortura e morte. Milhares de
cristãos foram massacrados, especialmente nas províncias orientais. Muitos
mártires dessa perseguição foram, posteriormente, canonizados pela Igreja como os
oficiais do exército romano São Vitor, que servia no exército em Tebas, e São
Jorge, da legião da Lídia.
Fonte: Blog: Ensinar História – Joelza Ester Domingues. A grande perseguição de Diocleciano aos cristãos
A TETRARQUIA
O Império Romano passava por uma agravada crise no terceiro século. A
manutenção do seu vasto território custava caro e era difícil proteger as
fronteiras. Quando Diocleciano tornou-se imperador adotou medidas para tentar
frear a crise que agravava a situação do Império. Então, Diocleciano apostou em
uma nova forma de governo que tinha por proposta a divisão do território em quatro
partes, ou seja, uma tetrarquia,ou seja, a divisão do poder em quatro césares,
cada um com uma região do domínio romano, como exemplificado a seguir:
1. Diocleciano: nas províncias orientais e no Egito

2. Galério: nas províncias balcânicas, na atual Sérvia;

3. Maximiano: era o responsável pela região da Itália e de partes do continente


africano;

4. Constâncio (Pai de Constantino): governava a porção referente à Hispânia, à


Britânia e a Gália

O CHIFRE PEQUENO
Diocleciano abdicou de sua posição de Imperador em 305 e seu posto foi
disputado entre augustos e césares. Foi nesta ocasião que Constantino, filho de
Constâncio, governou Roma, se autoproclamando César, após a morte de seu pai
(Constâncio Cloro), primeiramente dividindo o poder com Licínio (sucessor de
Galério).1 A partir daí, Constantino passou a lutar pelo poder absoluto de Roma.
Daí por diante, mediante guerras civis, intentou se tornar AUGUSTO, imperador
supremo de todo o Império Romano. Fez alianças mediante casamento (com a filha de
Maximiano), passou a dividir o império do ocidente.
A mais importante batalha de Constantino foi contra Magêncio. Conta a História
que ele teve uma visão junto a ponte do rio Milvia. E nesta visão ele viu uma cruz
desenhada no céu, com o sol por de trás, e com uma inscrição dizendo (IN HOC
SIGNUS VINCES), que em latim quer dizer: “com esta marca vencerás”.
Daí por diante, Constantino mandou desenhar uma Cruz nos escudos e nas armas de
seus soldados, atribuindo para si, como sua marca de guerra. Dessa forma, se
tornou o Sumo Pontífice de Roma (Título dado a diversos imperadores romandos).
Não tenho notícias de alguma outra interpretação sobre os dez chifres da besta,
nem do chifre pequeno. Há de se salientar, também, que muitos atribuem ao chifre
pequeno, o atributo de Anticristo, como se fosse uma pessoa má e de hábitos
hostis. Mas todas as descrições o tratam como sendo uma pessoa muito inteligente,
a ponto de se equiparar a Cristo, nosso salvador, como sendo um libertador do povo
cristão, do poder do inimigo. Mas, como poderemos ver, trata-se de alguém a quem
todos adorem e achem como um libertador, como foi no caso de Constantino. O fato
de ser pequeno, quer dizer que começa insigne, para depois crescer e dominar.
Constantino fez mais mal a igreja primitiva, que todos os reis perseguidores,
que o antecederam. Pois em vez de perseguir, adulterou todos os conhecimentos do
Evangelho, introduzindo crenças pagãs e costumes idólatras, convertendo a igreja
em um mesclado de paganismo e cristianismo; um sincretismo de diversos costumes
pagãos, tentando agradar a todas as crenças existentes, com a intenção de agradar
a todos, para a unificação de seu poder único.
Mudou o dia de descanso que era o sábado para o domingo, dia do seu deus,
mediante um edito (o Edito de Constantino proclamada em 7 de março de 321 d.C),
onde ordenava a todos que deveriam guardar o venerável dia do sol.
25 - Desafiará o Deus altíssimo e consumirá os santos com perseguições, tentando alterar todas as leis, a moral e os costumes.
O povo de Deus estará nas suas mãos por três anos e meio.
Muitos dirão: Mas Constantino morreu no ano de 337 d. C., e como poderia mandar
por 1260 anos?
Bem. A profecia não fala que foi o chifre pequeno que dominou todo esse tempo,
mas sim o sistema político originado a partir “desse rei” o chifre pequeno. Se
analisarmos as escrituras comparando-as com o livro das revelações, veremos que
esse domínio desapareceria e surgiria uma cópia idêntica, (a Imagem da Besta), que
continuaria dominando e mandando adorar Roma. (qual seria?):
Como poderemos analisar, acompanhando a história, que em 387 o Imperador
Teodósio oficializou a Igreja Católica como Igreja do Império Romano.
Dai para frente, poderemos afirmar, que a Igreja Católica passou a governar o
império Romano e, consequentemente o mundo.
Vamos agora fazer algumas ponderações:
1. Qual era o quarto animal? E a que reino representava?
R.: Uma Besta e representava ROMA
2. Oque representavam os 10 chifres?
R.: Representavam 10 imperadores romanos que afligiram o povo de Deus;
Obs. Chifre representa Opressão em profecia;

3. Que rei que começou do nada e, mesmo sem direito, se tornou Imperador?
R.: Constantino
4. Quais foram os três reis que Constantino destruiu (vide Dan. 7:24)?
R.: Maximiano, Magêncio e Licínio
5. Que lei esse rei alterou?
R.: O quarto mandamento, ordenando que todos guardassem o domingo (Dia do
Sol)
6. Que outros males ele fez ao Evangelho?
R.: Misturou costumes pagãos ao Evangelho, mediante acordos e doações feitas
aos Bispos e construções de Igrejas, doando terras aos que se confessassem
Cristãos; perseguindo os pagãos e iniciando, assim, o Catolicismo.

A partir do Concílio de Niceia, presidido pelo Imperador Constantino, várias


alterações foram introduzidas nas Igrejas tais como:
1. A Santíssima Trindade, que consistia em 3 deuses que formariam o governo do
Céu Um Deus Pai, um Deus Filho e um Deus Espírito Santo, que formavam entre
si um único Deus.
2. Converteram a Ceia de Páscoa na transmutação do Pão e do Vinho no Sangue e
Corpo de Cristo (ritual que perdura até hoje nas Igrejas Católicas.
3. Criaram o Natal para o dia em que era comemorado:

O primeiro natal foi comemorado Em 336 d.C., sabe-se que o imperador Constantino
comemorou o primeiro Natal no Império Romano, o que demonstra que a tradição tinha
ganhado influência a ponto de ser comemorada pelo próprio imperador.
4. Criaram o dia da Páscoa:

A Páscoa é uma das celebrações mais significativas da liturgia do cristianismo e celebra a


ressurreição de Jesus Cristo. Para os cristãos, ela é entendida como uma ressignificação da
celebração judaica conhecida como “pesach”, que relembra a passagem do anjo da morte
pelo Egito e a libertação dos hebreus da escravidão.
Seguindo o primeiro concílio de Niceia de 325 d.C., convocado pelo imperador romano
Constantino, é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre em ou logo após 21 de
março , data fixada para o equinócio de primavera no hemisfério norte. Entretanto, a data
da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas, que, sem levar
totalmente em conta o movimento complexo da Lua, podia ser calculada facilmente, e está
próxima da lua real.
Mas o verdadeiro motivo se refere a uma festa dedicada à deusa da fertilidade Eostre. E o
coelho e o ovo, são também símbolos da fertilidade entre os pagãos. Dessa forma, a
páscoa hoje celebrada, nada tem a ver com o cristianismo e muito menos com a páscoa
Judaico_Cristã, comemorada pela passagem do anjo destruidor por sobre as casas israelitas
que tinham seu umbral tingido pelo sangue de um cordeiro.

5. Mas, a pior das heresias introduzidas nas Igrejas foi a CRUZ;

Sim A Cruz, aquela que Constantino “Teve a visão”, que agora se transformara em sua
marca. E, assim com acharam um motivo Cristão para a Trindade, para o Natal e para a
Páscoa, assim também acharam um motivo para a Cruz.
Por intermédio de sua mãe Helena (hoje beatificada como Santa a santa da Cruz), Diz ela,
segundo a história, que recebeu uma visão em que Cristo mandava ela encontrar a sua
verdadeira cruz em Jerusalém. Seguindo ela a essa visão, viajou em peregrinação até
Jerusalém e, encontrando um poço onde se encontravam 3 cruzes, mandou tirá-las e
colocando três pessoas doentes sobre elas, uma delas saiu curada, identificando assim, qual
era a cruz de Cristo.
Muitas outras relíquias foram encontradas por Helena, e devidamente “confirmadas” pela
igreja e devidamente colocadas em diversos sacrários espalhados por todas as igrejas de
Roma e do domínio Católico.

Bem, concluindo: Se Roma era a Besta de Daniel 7. Se Constantino foi seu


Anticristo. E, SE SUA MARCA ERA A CRUS…

QUAL SERIA ENTÃO A MARCA DA BESTA?

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