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LUIZ FELIPE PONDÉ EM

Comentários Bíblicos
A BUSCA DO FILÓSOFO HEBREU

Módulo 7
A FA C E D O F I L Ó S O F O H E B R E U I :
O PA T H O S
AULA 1
O “pathos de Deus” é um conceito grego, em que Heschel diz que o

A DIFERENÇA ENTRE
Deus Israelita é um Deus que sofre “pathos”. Heschel vai chegar ao
“pathos de Deus” a partir do pressuposto de que o profeta é aquele que
FILOSOFIA GREGA E experimenta o “pathos de Deus” na consciência dele.

HEBRAICA Nesse caso, então, dentro da fenomenologia da consciência profética


hebraica, Heschel acredita que o profeta hebreu sente o sofrimento, a
paixão e de certa forma um certo enlouquecimento que Deus sente e
demonstra ao longo da Bíblia.

Parando para pensar em termos cristãos, como um exemplo didático,


eles entendem que Jesus é Deus. E quando Jesus sai quebrando tudo
que pertence aos mercadores do templo, ele está sobre “pathos”. E
sendo ele Deus, além de filho do mesmo, Jesus pode ser tomado como
Na primeira aula do sétimo módulo de Comentários um exemplo do “pathos de Deus”.
Bíblicos, o conceito relacionado ao personagem do
Deus Israelita será conversado. A mesma situação pode ser aplicada a quando Jesus chora em
Getsêmani. Como ele está em agonia, a partir desse sentimento se
É importante ressaltar, antes de tudo, que essa estabelece uma parte da vida de Cristo, conhecida como “paixão de
conversa será muito pautada no trabalho do rabino Cristo”. Ela começa no jardim de Getsêmani e se notabiliza pelas várias
austro-americano Abraham Joshua Heschel (1907- experiências de “pathos” e de sofrimento que o próprio Jesus, agora
1972), que através de seu livro conhecido como como Deus, irá passar.
“Os Profetas”, vai estudar o que pode ser chamado
de fenomenologia da consciência profética. Afinal Então, tomando como base o que já foi explicado, vale agora a pergunta:
de contas, o que se passa na cabeça de um profeta Qual seria a diferença entre a filosofia grega e a filosofia hebraica?
ao entrar em contato com Deus?
Antes de responder ao questionamento, é importante primeiro ressaltar
Nas aulas deste e do próximo módulo, que já será que você sempre pode acabar se deparando com um daqueles alunos
o último do curso, será abordado o conceito do de filosofia obcecados e possuidores de um TOC semântico, dizendo
filósofo hebreu, com a discussão discorrendo que só existe filosofia de tradição grega.
muito na ideia do “pathos de Deus”.
Seguindo essa linha de raciocínio, teoricamente então não existiria
Mas o que é o “pathos de Deus”? filosofia hebraica, chinesa, japonesa ou indiana porque o que
caracteriza a filosofia grega é o distanciamento da religião.
partir do que podemos chamar de “órgãos de sentido”.
Os filósofos gregos, do período pré-socrático, surgem como uma
tentativa de se afastar das narrativas míticas cosmogônicas gregas Já na filosofia hebraica, a sua variável em relação a filosofia grega
sobre a origem das coisas. Portanto, é válido dizer que os pré- está no conceito de personagem. Ou seja, a ideia do filósofo hebreu
socráticos sempre tentaram determinar a origem das coisas a partir que está materializada nos personagens bíblicos, ou naqueles que
de princípios naturais. Alguns dizem que é a água, outros que é o escrevem o texto.
fogo e assim por diante.
O filósofo hebreu possui características em comum a todos os heróis
A filosofia grega nasce então se distanciando da religião. E é e heroínas da Bíblia que tinham um contato direto com Deus e
exatamente isso que faz com que aqueles alunos obcecados considerem pensavam a partir desse contato com Deus.
filosofias de outras cidadanias como apenas teologia.
Como falam os cristãos, Deus é um personagem continuamente
Pois quando pensamos na filosofia hebraica, indiana ou japonesa, presente no Velho Testamento. Tão presente que alguns teólogos
não houve o que a historiadora Karen Armstrong (1944) chama de entendem que, à rigor, não existe espaço no Velho Testamento ou na
“ruptura’. Uma ruptura com as religiões na produção de sua ética, da Bíblia Hebraica para o conceito de fé, porque justamente Deus está
sua moral e de sua política. O vínculo com a religião, nesses casos, sempre lá, envolvido nos assuntos dos personagens bíblicos.
ainda permaneceu por um bom tempo.
Portanto, o problema enfrentado pelos personagens bíblicos e pelo
Isso é uma das diferenças fundamentais entre a filosofia grega e a filósofo hebreu não é um problema de fé ou crença. O problema no
filosofia hebraica, ou mesmo em relação ao filósofo hebreu. Pois Velho Testamento, na verdade, reside no tipo de relação que um
a filosofia grega surge em um momento em que um conjunto de personagem pode possuir com esse Deus. Se vai conseguir fazer o
autores estão buscando um pensamento que nasceria a partir da que Ele pede, ou se vai sobreviver a Ele caso não faça o que foi
capacidade humana de interpelar a realidade. pedido.

Os humanos, nesse caso, entenderiam a realidade a partir do que


pode se chamar de “razão”, e também entenderiam a realidade a
conceber a ideia de natureza tal como a gente têm.

AULA 2 Palavras-chave que podem ser levadas em consideração


quando falamos de filosofia grega são “essência” e
“substância”, com esta se referindo a existência de uma

A DIFERENÇA ENTRE substância metafísica ontológica que define cada ente da

AGIR E SER
forma que ele é.

Nesse caso, então, haveria uma substância que define o


homem, outra que define a mulher, uma outra que define o
universo, etc.

Já na filosofia hebraica, que é a filosofia do “pathos”, nos


deparamos com uma filosofia de um Deus que pode muitas
vezes estar bravo, e que sempre manda seus heróis fazerem
coisas. A própria noção de misericórdia, inclusive, significa
o encontro do coração de Deus e do coração do homem em
meio ao sofrimento humano.
Na segunda aula do sétimo módulo Quando se fala que a filosofia grega é uma filosofia do “ser”,
de Comentários Bíblicos, será e que a filosofia hebraica é uma filosofia da “ação”, devemos
tratado a diferença entre a filosofia sempre nos lembrar do texto israelita como um texto em
grega e hebraica, tema abordado que Deus está o tempo inteiro mandando as pessoas fazerem
na aula anterior, a partir de dois coisas.
verbos.
E mesmo Jesus, quando já tem uma vida pública, está sempre
O primeiro é o verbo “ser”, tomando alguma atitude ou praticando alguma ação. É
relacionado à filosofia grega, e o justamente por isso que o Deus de Israel é o Deus da ação, e
outro é o verbo “agir”, relacionado a categoria ética se torna uma categoria essencial dentro da
à filosofia hebraica. filosofia hebraica.

A filosofia grega, como já vista Quando foi discutido profetismo hebraico neste curso, o
em outros módulos deste curso, recorte que fiz recaiu sobre a noção de desencantamento
é bastante centrada em uma do mundo. Segundo Max Weber (1864-1920), um dos pais
indagação ontológica. Essa da Sociologia, o desencantamento do mundo acontecia
indagação ontológica organiza justamente em um momento em que os profetas diziam
a reflexão do porquê o mundo é para o povo que a verdadeira vontade de Deus era de que
organizado do jeito que é. Não é cuidassem das viúvas e dos órfãos, e não que fizessem
à toa que os filósofos gregos vão sacrifícios animais. É possível dizer, portanto, que Deus
indaga justamente o modo que você age nesse mundo. a ontologia.
A ontologia seria a primeira ciência da filosofia na tradição
Por isso que também se fala que os heróis bíblicos são sempre grega. Ou seja, a partir da Grécia, você estará sempre se
heróis envolvidos com a ação. Essa ação pode ser a de curar perguntando do que as coisas são feitas, qual é a estrutura
pessoas, de ir a guerras contra inimigos do povo de Israel, do mundo, qual é o princípio do mundo ou qual é a estrutura
de construir cidades ou de ter filhos. A categoria de ação é da justiça.
uma categoria que percorre toda a Bíblia, seja no Velho ou
Novo Testamento. Já na tradição hebraica, você estará sempre se perguntando
o que deve fazer para realizar a vontade de Deus. O que Ele
E o Deus de Israel, como fala Abraham J. Heschel (1907- vai querer que eu faça, ou mesmo qual interpelação que Ele
1972) ou Martin Buber (1878-1965), é um Deus que interpela me fará.
os seus heróis constantemente.
Levinas, além disso, vai afirmar junto de Martin Buber que
Não é à toa que há uma frase, dita na maioria das vezes em o judaísmo inventou uma ética de alteridade. Ou seja, uma
tom irônico, que é: “A pior coisa que pode acontecer com ética centrada no outro. Porque, no final das contas, o que
você é Deus olhar para você e resolver te pedir uma coisa”. Deus quer é que cuide do outro que está no mundo, e que
Essa mesma frase também pode ser aplicada para a religião você sempre esteja envolvido com o outro.
grega.
Daí também surge a ideia de que o Deus de Israel é um Deus
Um dos escolhidos de Deus foi Abraão, por exemplo. Que que se relaciona com os seus heróis e heroínas. Ele conversa
ao contrário dos babelianos, tomou a decisão certa ao lidar com eles, passando a noção de que está aberto a negociação,
com Deus, reconhecendo seu vazio e se tornando o grande assim como a noção de que esse Deus é um personagem com
patriarca. uma vida psicológica agitada. É um Deus que sofre, tem
dúvidas, se questiona, muda de ideia e manda matar pessoas.
Outro escolhido também foi Moisés, quando Deus pede
para ele tirar o seu povo do Egito. Um outro bom exemplo é Portanto, é correto dizer que a origem de “pathos” é a ideia
quando Deus também interpela em direção à ação e à própria de que o “pathos de Deus” nasce no momento em que Deus
história de Adão e Eva, quando uma das primeiras tarefas sofre pelo comportamento dos seres humanos, nutrindo por
dadas para eles é cuidar das coisas. eles uma paixão.

O um famoso filósofo do século XX chamado Emmanuel Essa paixão pode ser direcionada aos seres humanos, ou uma
Levinas (1906-1995), vai criar toda uma filosofia centrada paixão que representa o sofrimento pelas ações praticadas
na ideia de que a primeira ciência da filosofia é a ética, e não por seres humanos.
AULA 3 Quando Isaac, já cego, vai passar a bênção da primogenitura para Esaú, Jacó
monta um plano com sua mãe para receber essa bênção. Esse plano consistia
em colocar pêlos nele, já que Esaú era peludo. Dessa forma, seu pai cego
UM PUNHADO DE PÓ acharia que Jacó era na verdade seu irmão.

QUE VÊ DEUS Quando Esaú, um trabalhador do campo, chega em casa após um dia de
trabalho, lhe é oferecido uma sopa de lentilha por Jacó, o deixando ocupado.
Assim sendo, Jacó veste os pêlos que havia preparado com sua mãe e Isaac
acaba lhe dando a bênção de primogenitura, no lugar de Esaú.

Apesar de conseguir o que desejava, Jacó passa por uma crise de consciência,
fugindo para o deserto e passando a ter sonhos e pesadelos. Em um desses
Na terceira aula do sétimo módulo de Comentários Bíblicos, o conceito de sonhos, ele encontra uma escada que daria até Deus, mas ao subi-la acaba
dialética ontológica e a questão de graça e desgraça voltam a ser abordados. sendo barrado por um anjo.

Nesta aula, porém, olharemos esse assunto por outra ótica, justamente O anjo diz que até Deus, Jacó não conseguirá chegar. Mas é também a partir
através de uma imagem que é tão cara à Bíblia Hebraica. A imagem de que disso que Jacó passará a ser reconhecido como Israel, cujo uma das formas
o homem é um punhado de pó. de tradução pode ser “Aquele que vê Deus”.

Entretanto, é importante ressaltar que a imagem do pó, apesar de bem Será também Jacó, agora Israel, que casará, terá doze filhos homens, e a
presente na Bíblia Hebraica, não é uma imagem única ao universo hebreu. partir de seus filhos, vão nascer as doze tribos do povo de Israel.
Tanto que percorre não só a Bíblia como também a tradição grega.
De qualquer forma, é nessa relação entre Jacó e Deus que se aplica o assunto
Essa presença constante do pó em trechos bíblicos se deve justamente desta aula: Um punhado de pó que vê Deus.
ao local em que se passam os acontecimentos da Bíblia, que são regiões O pó que vê Deus não é só um pó em um sentido de ser insuficiente ou
desérticas. Regiões que hoje possivelmente poderiam contemplar países insustentável, como foi visto no começo do curso, na discussão de Gênesis.
como a Síria, o Iraque, o Líbano, a Israel Antiga, o Sinai ou até mesmo o Esse pó que vê Deus é na verdade um pó frágil, resultante de um ser
Egito. moralmente fragilizado. E essa questão é fundamental para se compreender
a questão.
Mas essa imagem do punhado de pó na Bíblia Hebraica possui um detalhe
a mais, que consiste justamente em um punhado de pó que convive com A questão é fundamental porque Jacó, ou Israel, está longe de ser considerado
Deus. Esse pó pode ser a natureza, o homem, o ser, a criação ou a criatura. alguém santo. Ao contrário disso, ele é uma pessoa que cometeu muitas
O homem e a mulher, portanto, convivem com Deus na Bíblia Hebraica. atitudes ruins. Se juntou à sua mãe para mentir ao seu pai, além de enganar
o seu irmão.
Sendo assim, ao nos perguntarmos quando se inicia essa imagem do
pó, temos Jacó, filho de Isaac e neto de Abraão. Jacó é o “gêmeo caçula” O Deus de Israel parece ter, então, uma paixão especial em se relacionar
de Esaú, já que nasceu alguns minutos depois. É contemplativo, sério e justamente com esse punhado de pó mais fragilizado moralmente. Mas,
ineficaz para os negócios e o pastoreio. afinal de contas, por quê?
AULA 4 um acesso especial ao coração de Deus.

Seu papel é até comparado, na tradição judaica, ao papel de


Virgem Maria na tradição cristã, como sendo duas mulheres

A V I S I TA D A
que têm um acesso direto ao coração de Deus. É por isso
também que quando Jacó necessita falar com Deus, ele deve

MISERICÓRDIA: pedir a intervenção de Raquel. Justamente porque não existe


sofrimento que toque mais o coração de Deus do que as lágrimas
da mulher estéril.

O PERDÃO É MAIOR DO A questão de haver um sofrimento que toque o coração de Deus,


QUE A JUSTIÇA entra muito na condição de “pathos”, vista em aulas anteriores.
Pois se trata de um Deus que não se manifesta só a partir de
códigos, ou só a partir de normas. Se trata, neste caso, de um
Deus que também faz de “pathos” uma virtude. É um Deus que
transforma o sentimento e a paixão em virtudes.

O fato do Deus de Israel parecer ter um maior afeto por


Na quarta aula do sétimo módulo de Comentários personagens tidos como pecadores, abre espaço para uma
Bíblicos, a pergunta feita ao final da aula anterior questão essencial na tradição israelita e que acompanha
é retomada. também o cristianismo. Essa questão se refere à ideia que o
Deus bíblico não seja apenas um Deus de justiça.
O personagem bíblico Abraão, assim como Jacó,
está longe de ser um santo. Ele também representa Explicando melhor o que acabou de ler, se pensarmos na
alguém moralmente falho, mas que é escolhido tradição grega, teremos aquela que é considerada a deusa grega
por Deus para a realização de uma tarefa. da justiça, Nêmesis. A justiça grega, nesse caso, é compreendida
como a justa distribuição para cada um daquilo que ele merece.
Mas voltando aos irmãos Jacó e Esaú, filhos Nêmesis, entretanto, além da deusa da justiça, é também a
de Isaac e netos de Abraão, por que Deus não deusa da vingança.
escolheu Esaú, um homem trabalhador e que
cuidava dos negócios do pai? Ou dando um outro Pois na religião grega, não há propriamente uma separação
exemplo de ser fragilizado, por que Deus escolhe entre o que seria vingança e justiça. Até porque a chamada
Raquel, a segunda esposa de Jacó junto com sua “justa vingança” é o tipo de vingança que dá para cada um
irmã mais velha Lea, e que era infértil? aquilo que cada um merece, da mesma forma que a justiça.

Raquel inclusive, apesar de sua infertilidade, Na tradição grega, portanto, essa é a noção de justiça. Trata-
era o grande amor de Jacó. E seus filhos, José se de um cenário em que você, de certa forma, empata o jogo.
e Benjamin, eram os preferidos do pai. Raquel Em que você pode dar uma justa punição, ou reconhecer que
será vista pelos profetas como aquela que tem alguém não merece ser punido.
Porém, o Deus de Israel, e até mesmo Jesus Cristo como sua Agostinho (354-430), e é uma discussão que muitos consideram
encarnação na tradição cristã, é um Deus que vai além da um problema. Até porque, se considerarmos esta lógica, Deus
justiça. E isso é perceptível justamente na relação que Ele não seria alguém tão justo no final das contas.
possui com seus heróis e heroínas.
Pois um Deus que dá o perdão para aquele que não merece, não
Um exemplo disso é a própria Raabe, uma prostituta que vive estaria dando para aquele aquilo que ele merece, mas estaria
em Jericó. Quando Josué e seus exércitos hebreus têm que indo além do que aquele merece. O Deus de Israel, portanto,
tomar Jericó porque ela faz parte da Terra Prometida, Deus parece carregar a característica marcante de perdoar pecadores,
diz que a única pessoa confiável na cidade é a prostituta. o que será fundamental para o cristianismo, como bem já sabe.

A reflexão bíblica sobre a prostituta pecadora, ou mesmo Citando ainda a árvore da cabala, na tradição judaica, é
sobre a adúltera pecadora, atravessa o Velho Testamento, possível identificar duas características de Deus que estão uma
passa pelo Novo e acaba desembocando em obras do século do lado da outra. Uma é a característica de Deus julgar, que
XIX e XX, como as de Fiódor Dostoiévski (1821-1881) e consiste em fazer justiça. E a outra é a característica de Deus
Nelson Rodrigues (1912-1980). ter piedade. Ou seja, praticar o ato do perdão e agir de forma
misericordiosa.
Dito isto, temos a representação bíblica feminina colocada
num aspecto de pecado e redenção, nos levando até o tema Esta última característica citada será chamada, no hebraico, de
central desta aula, a misericórdia. Mesmo na religião islâmica, “hesed”. E é justamente essa palavra que vai servir de matriz de
os muçulmanos, quando se referem a Alá, também o vêem uma tradição mística judaica muito forte e presente nos séculos
como um deus misericordioso. XVIII e XIX, que ficou conhecida como “hassidismo”, um
sinônimo de piedade, misericórdia ou até mesmo intimidade
Mas por que a misericórdia seria então uma virtude maior com Deus.
do que a justiça? Ainda mais sendo o perdão algo que se dá a
alguém que não merece, ao contrário da justiça, que dá para O tema do “hassidismo” será tratado no próximo módulo, o
cada um exatamente o que cada um merece. último deste curso.

Este questionamento, assim como toda a discussão ao redor


dele, passa pelo debate de graça, no cristianismo de Santo
BIBLIOGRAFIA

Deus Em Busca Do Homem, de Heschel, Abraham Joshua

B I B L I O G R A F I A C O M P L E M E N TA R

FILÓSOFOS E OBRAS

Abraham Joshua Heschel (1907-1972), rabino austro-americano.

“Os Profetas”, de Abraham Joshua Heschel.

Karen Armstrong (1944), autora britânica especializada em temas da religião,


especialmente o judaísmo, o cristianismo e islamismo.

Max Weber (1864-1920), intelectual, jurista e economista alemão que é considerado um


dos fundadores da Sociologia.

Martin Buber (1878-1965), filósofo, escritor e pedagogo austríaco, naturalizado israelita.

Emmanuel Levinas (1906-1995), filósofo francês nascido em uma família judaica na


Lituânia.

Fiódor Dostoiévsi (1821-1881), escritor, filósofo e jornalista do Império Russo.

Nelson Rodrigues (1912-1980), escritor, jornalista, romancista, teatrólogo, contista e


cronista de costumes e de futebol brasileiro.

Santo Agostinho (354-430), um dos mais importantes filósofos e teóricos nos primeiros
séculos do cristianismo.
Uma p arce r i a com
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