Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Figura 2
−T T
A nossa função está definida apenas no intervalo , , um intervalo
2 2
simétrico. A série de Fourier agora irá expandir essa nossa função ao longo de toda a
2
Figura 3
Convergência Uniforme
P∞
Uma série n=1 fn (x), onde fn : I → R são funções reais definidas
P em um
intervalo I ∈ R converge pontualmente se para cada x0 ∈ I fixado, a série ∞ n=1 fn (x)
convergir, isto é, dado > 0 e x0 ∈ I , existe um inteiro N , dependendo de e de x0 , tal
que:
Pm
| j=n fj (x0 )| <
para todos n < m tais que n ≥ N .
Pm
| j=n fj (x0 )| <
para todos m > n ≥ N .
Proposição P
2: Suponhamos que as funções fn sejam integráveis em um intervalo I e
que a série ∞ n=1 fn (x) convirja uniformemente. Então:
Z b Z b
P∞ P∞
n=1 fn (x) dx = n=1 fn (x) dx
a a
d P∞
( n=1 fn (x)) = ∞ 0
P
n=1 fn (x)
dx
1
[f (x+ ) + f (x− )]
2
Observação: Ao analisarmos o Teorema da Convergência para Série de Fourier
(a série converge desde que os limites laterais sejam finitos), percebemos que o mecanismo
por trás dessa série é pegar nossa função original e fazer a média aritmética dos pontos,
sejam eles contı́nuos ou descontı́nuos removı́veis, e replicar isso ao longo de toda a reta.
Z L
1 nπx
an = f (x) cos dx
L −L L
Z L
1 nπx
bn = f (x) sen dx
L −L L
Z L Z L Z L Z L
1 P∞ nπx nπx
f (x)dx = a0 dx + n=1 an cos dx + bn sen dx
−L 2 −L −L L −L L
4
Como
Z L nπx Z L nπx
cos dx = sen dx = 0
−L L −L L
Então,
Z L Z L
1 1
f (x)dx = a0 dx = a0 2L = a0 L
−L 2 −L 2
Z L
1
Portanto, a0 = f (x)dx (I)
L −L
Z L nπx mπx
L, se n = m ≥ 1
cos cos dx =
−L L L 6 m, n, m ≥ 1
0, se n =
Z L nπx mπx
L, se n = m ≥ 1
sen sen dx =
−L L L 6 m, n, m ≥ 1
0, se n =
a0 P∞ h nπx nπx i
Agora, multiplicando f (x) = + n=1 an · cos + bn · sen
mπx 2 L L
por cos ,
L
para m ≥ 1 fixado ,teremos:
mπx ∞ h
a0 mπx X nπx mπx nπx mπx i
f (x)·cos ·cos
= + an · cos · cos + bn · sen · cos
L 2 L n=1
L L L L
(1)
eZ integrando, obtemos:
L mπx
f (x) · cos = am L (II)
−L L mπx
De modo semelhante, multiplicamos por sen e obtemos:
L
Z L mπx
f (x) · sen = bm L (III)
−L L
Finalmente, de (I), (II) e (III), obtemos:
1 L
Z nπx
an = f (x) · cos ,n≥0
L −L L
Z L
1 nπx
bn = f (x) · sen ,n≥1
L −L L
5
Exemplo 1:
Encontre a série de Fourier da função de onda triangular definida por f (x) = |x| para
−1 ≤ x ≤ 1.
Figura 4
Z 1 Z 0 Z 1
1
a0 = |x|dx = (−x)dx + xdx = 1
1 −1 −1 0
e para n ≥ 1
1 1
Z nπx Z 1
an = |x| · cos dx = 2 x cos(nπx)dx
1 −1 1 0
1 1
Z nπx
bn = |x| · sen = 0, pois y = |x| sen(nπx) é uma função ı́mpar e o inter-
1 −1 1
valo é simétrico
1 P∞ 2(cos nπ − 1)
+ n=1 cos(nπx)
2 n2 π 2
Mas cos nπ = 1 se n é par e cos nπ = −1 se n é impar, então:
(
2 0, se n , par
an = 2 2 (cosnπ − 1) = 4
nπ − 2 2 , se n , impar
nπ
Portanto, a Série é:
1 4 4 4
− 2 cos(πx) − 2 cos(3πx) − cos(5πx) − ...
2 π 9π 25π 2
1 P 4
= − ∞ n=1 cos((2k − 1)πx)
2 (2k − 1)2 π 2
A função de onda triangular é contı́nua em todos os lugares e,portanto, de
acordo com o Teorema da Convergência, temos:
1 P∞ 4
f (x) = − n=1 cos((2k − 1)πx) , ∀x
2 (2k − 1)2 π 2
6
Figura 5
7
Exemplo 2:
Encontre a série de Fourier da função de onda quadrada para −π ≤ x ≤ π
Figura 6
Z π Z 0 Z π
1 1 1 1
a0 = f (x)dx = 0 dx + 1 dx = 0 + (π) = 1
π −π π −π π 0 π
e para n ≥ 1
π
1 π 1 0 1 π
Z nπx Z Z
1 sen nx
an = f (x) · cos dx = 0 dx + cos(nx) dx = 0 + =
π −π π π −π π 0 π n 0
1
(sen(nπ) − sen 0) = 0
nπ
π π
1 0 1 π
Z Z Z
1 nπx 1 cos nx
bn = f (x) · sen dx = 0 dx + sen(nx) dx = − =
π −π π π −π π 0 π n 0
(
1 0, se n , par
− (cos nπ − cos0) = 2
nπ , se n , impar
nπ
1 P∞ 2
= + k=1 sen((2k − 1)x)
2 (2k − 1)π
Essa função tem descontinuidade de salto e devemos aplicar o Teorema da Convergência
para ver o seu comportamento.
Na descontinuidade em x = 0 (e da mesma forma para os outros pontos em
que f é descontı́nua , x = k π)
Portanto:
f (x), se x 6= nπ
(
1 P∞ 2
= + k=1 sen((2k − 1)x) = 1
2 (2k − 1)π , se x = nπ
2
Figura 7
Figura 8
9
Figura 9
Figura 10
Aqui a gente já pode observar que a Série de Fourier está bem próxima de
nossa função f (x).
Figura 11
Imagine uma função f de perı́odo 2L onde f e f 0 são ambas contı́nuas por seções. A
série de Fourier que aproxima f , converge pontualmente para os pontos onde não há
descontinuidade. Já nos pontos de descontinuidade não ocorre o mesmo, Gibbs estudou
a convergência da série de Fourier na “vizinhança” destes pontos, descobrindo uma per-
turbação. Este fenômeno é conhecido como fenômeno de Gibbs.
Observemos:
Figura 12
Figura 13
12
Figura 14
Z L
1
an = f (t) cos(ωn t)dt
L −L
Z L
1
bn = f (x) sen(ωn t)dt
L −L
E Considerando a paridade das funções cosseno (par) e seno (ı́mpar) é possı́vel notar
que:
an = a−n , bn = b−n e b0 = 0 (II)
an − i bn
Como notação é tomado: cn =
2
Logo, utilizando os resultados de (II), temos:
a−n − i b−n an + i bn a0 − i b0 a0
c−n = = e c0 = =
2 2 2 2
Substituindo estas expressões para c0 , cn e c−n em (I), obtemos:
c0
+ ∞ iωn t
+ ∞ −iωn t
P P
f (t) = n=1 cn e n=1 c−n e
2
Podemos escrever essa expressão agora em um único somatório e obtemos por fim:
P∞
f (t) = n=−∞ cn eiωn t
an − i bn
cn =
2
Z L
1
= f (t)[cos(ωn t) − i sen(ωn t)]dt
2L −L
Z L
1
= f (t)e−iωn t dt
2L −L
15
~v = N
P
j=1 aj w
~j (I)
Sabemos também que funções reais de uma variável real é um espaço vetorial. Portanto,
também podemos decompor funções. Mas nos atentaremos ao desenvolvimento de uma
função f (x) em um conjunto de funções ortonormais. Isto é:
P∞
f (x) = n=1 cn Φn (x) a ≤ x ≤ b (II)
Figura 15
Bibliografia:
JAMES STEWART. Stewart Calculus, 2005. Calculus 9th edition > Additional
Topics. Disponível em:
https://www.stewartcalculus.com/data/CALCULUS%206E/upfiles/topics/6e_a
t_01_fs_stu.pdf. Acesso em: 12 de outrubro de 2020.