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- DEFINIÇÃO

ESCATHOS E LOGOS, são duas palavras gregas que constitui o termo “escatologia”. A primeira
palavra quer dizer “últimas coisas” a segunda “tratado ou estudo”. Em resumo, escatologia é
o estudo acerca de coisas e eventos futuros profetizados na Bíblia (Ap 1.1).

II - A ESCATOLOGIA BÍBLICA TEM SUAS BASES:

1 - Na Revelação Divina. A Bíblia é sem dúvida a revelação da vontade de Deus à humanidade.


Inicialmente, Deus escolheu a semente de Abrão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a sua
vontade. Mas tarde Deus forma um novo povo, a igreja, constituída de judeus e gentios, (Ef
2.11-19).

A partir de então, a igreja é o alvo da revelação divina. Agora toda revelação aponta para o
futuro e a igreja caminha neste mundo com uma esperança, pois é identificada como
“peregrina e forasteira” 1 Pe 2.11. Ela existe por causa da esperança, Rm 5.2; 8.24 Ef 4.4; 1 Ts
4.13. Já o mundo pagão é o contrário, pois, se fecha dentro de um fatalismo histórico, sem
expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro, e em toda história humana tem sido
assunto de interesse constante da parte do homem, e principalmente neste século.

2 - No Campo da Profecia. Os textos proféticos das escrituras tem sido a principal preocupação
do estudo da escatologia. Quando seguimos os princípios de interpretação, observando o seu
contexto histórico e doutrinário, as verdades proféticas se tornam mais claras e definidas de
modo que passamos a perceber a inerrância e infalibilidade da Bíblia. O apóstolo Pedro teve o
cuidado de explicar essa questão: 2 Pe 1.19-21.

III - QUATRO TIPOS DE ESCATOLOGIA.

Segundo nos apresenta o dicionário Teológico da (CPAD).

1 - Escatologia Consistente:

Termo nascido com Albert Schweitzer, segundo o qual as ações e a doutrina de Cristo tinham
um caráter essencialmente escatológico. É certo que Jesus haja se preocupado em ensinar as
doutrinas das últimas coisas aos seus discípulos, todavia sua preocupação básica era a salvação
do ser humano. Além do mais Cristo não exagerou ou deformou seus ensinos, pois, nele cada
conselho de Deus teve o seu devido lugar.

2 - Escatologia Idealista:

Corrente doutrinária que relaciona a escatologia bíblica às verdades infinitas. Os que


defendem tal posicionamento alegam que a doutrina das últimas coisas não terá qualquer
efeito prático sobre a história da humanidade. Porém eles se esquecem das profecias que já se
cumpriram.
3 - Escatologia Individual.

Estudo das últimas coisas que fala a respeito exclusivamente do indivíduo, tratando de sua
morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma
abordagem é feita, quer a Israel, quer a igreja.

4 - Escatologia Realizada.

Ponto de vista defendido por C.H. Dodd segundo o qual as previsões escatológicas das
sagradas escrituras foram todas cumpridas nos tempos bíblicos. De acordo com o ensino de
Dodd, já não nos resta nenhuma expectativa profética. Segundo este equivocado pensamento
a segunda vinda de Cristo já foi realizada, também a grande tribulação e o julgamento final já
foi “consumado. Esse ponto de vista, sem dúvida é contraditório com o genuíno ensino
bíblico.

Na história da igreja não é de se admirar o surgimento de vários métodos de interpretação


concernente às escrituras proféticas, eles têm contribuído para explicações e posições que
obrigam os cristãos a serem mais cautelosos nesse assunto que é escatologia.

As ideias mais divergentes têm sido quanto ao arrebatamento da igreja. Alguns admitem que
esse evento ocorrerá antes e outros creem que se dará no meio da grande tribulação. Por isso
devemos levar em considerações pelo menos dois métodos de interpretação.

1 - Método Alegórico ou Figurado.

Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos para o sentido real, figurado ou
literal, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de somenos importância.

Corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. Tanto as palavras como os
eventos proféticos perdem o seu real significado. Quando o sentido de uma profecia é literal e
se interpreta alegoricamente, se está de fato, pervertendo o verdadeiro sentido da escritura, e
na maioria dos casos, é só pretexto particular de pessoas que procuram um sentido mais
profundo espiritual. Por exemplo, os que interpretam o milênio alegoricamente.

Não acreditam num milênio literal, pois acabam anulando a esperança da igreja. O apóstolo
Paulo ao escrever aos crentes na Galácia, utilizou-o as figuras ilustrando o texto com fatos
literais. Da antiga dispensação, mas apresentou-as como sombras de eventos futuros, Aleluia,
(Gl 4.21-31).

2 - O Método Literal e Textual

Esse é o método gramático-histórico. Isto é: se preocupa em dá um sentido literal às palavras


da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal.
Uma vez que cremos na inspiração plena das escrituras através do Espírito Santo, devemos
atentar para o fato de que há textos, que tem apenas um sentido espiritual, sem que exija,
obrigatoriamente, uma interpretação literal ou figurada. Ambos os métodos são válidos, mas
devem ser utilizados com cuidado não pouco e muita precisão.

Temos o exemplo bíblico da apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz:
“Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João”. Notemos que o texto está falando
literalmente de um homem, cujo nome, de fato era João.

Os termos empregados referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mas tarde, João Batista,
ao identificar Jesus, usou uma linguagem, figurada quando diz: ”Eis aí o cordeiro de Deus”,
João 1.29. Na verdade Jesus era um homem real e literal, mas João usou a forma figurada para
denotar o sentido literal da pessoa de Jesus.

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”. (Rm 5.12).

Os mortais sempre evitam falar, ou comentar a respeito da morte, embora o viver humano
encontre na sua jornada e todos os dias é ameaçado por ela. Mesmo sem ser esse, um assunto
simpático a humanidade, entendemos na perspectiva bíblica e escatológica, que a morte é a
maldição divina contra o pecado e só Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho da sua
cruz no calvário, Aleluia 1 Co 15.54-57.

I - SISTEMAS FILOSÓFICOS QUE TRATAM DA MORTE.

1 - Existencialismo.

Preocupam-se com a vida, mas reconhecem a presença da morte constante na existência


humana. Os seus filósofos veem a morte como o fim de uma viagem ou como um perpetuo
acompanhamento do ser humano desde o berço até a sepultura. Para eles, a morte é um
elemento natural da vida.

2 - Materialismo.

Não admitem as coisas espirituais. Par eles, tudo é matéria. Entendem que a matéria é incriada
e indestrutível substância da quais todas as coisas compõem e a qual todas se reduzem.
Afirmam ainda que, a geração e a corrupção das coisas obedecem a uma necessidade natural,
não sobrenatural, nem ao destino, mas as leis físicas, portanto, o sentido espiritual da morte
não é aceito pelos materialistas.

3 - Estoicismo.

Os estoicos seguem a ideia fatalista que ensina que a morte é algo natural e devemos admiti-la
sem temê-la, uma vez que os homens não conseguem fugir do seu destino.
4 - Platonismo.

Platão que foi considerado um dos grandes filósofos grego, não conseguiu entender a real
interpretação a respeito da morte, pois, ensina que a matéria é má e desprezível, só o espírito
é que importa. Haja visto que a sabedoria dele não foi suficiente para ajudá-lo a livrar-se do
mau comportamento moral, pois era homossexual ativo como relata o historiador romano
Suetônico. (A bíblia através do século. Pr. Antônio Gilberto).

II - RAZÕES BÍBLICAS PARA A MORTE.

1 - Necrológica.

A palavra nekros (no grego) quer dizer “morto” refere-se aquilo que não tem vida, seja um
cadáver ou matéria inanimada. Essa palavra tem na sua raiz “nek” o sentido de “calamidade”,
“infortúnio” e passou a fazer parte do vocabulário médico par indicar o estado de morte de um
a pessoa, ou então par significar o processo de morte em alguma parte do corpo, devido a
alguma doença.

Do ponto de vista bíblico, necrológico indica a parte física do homem, seu corpo (soma), o
escritor aos Hebreus fala da separação que a morte faz entre o corpo e a parte espiritual do
homem, quando ele diz: ”O como aos homens está ordenado a morrerem uma vez; vindo
depois disso o juízo” (Hb 9.27). Esse texto indica que há algo que sobre vive no homem após a
morte, ou seja, após a necrose do seu corpo.

2 - Antropológica.

Vem de antropos (vem do grego), que quer dizer “homem” para fazer diferença com os
animais irracionais. É o homem criado por Deus com a capacidade de pensar, sentir, e realizar,
(Gn 1.26,27 - 2.7). No âmbito na antropologia bíblica o corpo humano aparece como uma
dádiva de Deus ao homem e, por isso, o corpo tem a sua própria dignidade. Do ponto de vista
bíblico é dignificado pela sua razão de ser, como instrumento de serviço e glorificação do
criador. Por isso, é o templo do espírito de Deus, 1 Co 3.16; 6.19. Portanto, a razão
antropológica nesse sentido refere-se ao que o homem é o que pensa acerca da morte, como
ele a enfrenta e o que sobrevive dele depois da morte.

3 - Pneumatológica.

Trata-se da parte espiritual do homem. A palavra “pneuma” refere-se ao espírito. Em primeiro


lugar valorizamos o corpo físico e a sua dignidade na existência humana. Em segundo,
tratamos do homem como ser racional; Em terceiro preocupam-nos em revelar o milagre da
transformação do corpo físico do crente em corpo espiritual. Nossos corpos materiais e
mortais serão ressuscitados em “soma pneumatikos”, Isto é “corpo espiritual”, 1 Co 15.54 - A
nossa esperança é que Cristo ressuscitou primeiro e definitivamente e, assim, ele é o
“primogênito dentre os mortos” Cl 1.18 - Ap 1.5 - A vitória de Cristo também foi tríplice, ele
venceu a morte, o túmulo e o diabo, At 2.24.
4 - Escatológica.

Nessa parte habita a preocupação com a esperança. Qual é a esperança cristã? É a


ressurreição dos nossos corpos na vinda do Senhor, a transformação dos mesmos, se
estivermos vivos no arrebatamento da igreja. 1 Co 15.54.

III - A BÍBLIA REJEITA FALSAS TEORIAS A RESPEITO DA MORTE ETERNA DOS ÍMPIOS.

1 - Teoria Universalista. Ensina que Deus é bom demais para excluir alguém. Jesus morreu por
todos, por isso todos serão salvos. Ver Hb 12.14; At 16.31; Mt 11.12; Rm 10.9ss. A bíblia é clara
quando nos apresenta a salvação em Cristo Jesus de forma condicional; se creres, atentarem,
permanecer, perseverar até o fim, obedecerdes.

2 - Teoria Restauracionista. Ensina que Deus, ao final de todas as coisas, restaurará todas as
coisas, e todos, enfim, serão salvos. A bíblia diz: Jo 5.29; Mt 25.45,46; Ap 20.5.

3 - Teoria do purgatório. Ensina que, quando uma pessoa morre neste mundo, tem a
oportunidade de recuperação num período probatório. Nesse período, a culpa dos seus
pecados cometidos poderá ser aliviada enquanto aquele pecador paga por seus pecados,
tendo, ainda, a ajuda da oração pelos mortos da parte dos amigos e parentes. A bíblia refuta,
Lc 23:43,44; João 14.6, ainda Lc 16.ss. 1 Tm 2.5.

4 - Teoria da Aniquilação. Essa por sua vez, destaca a expressão “eterna perdição”, e a
traduzem por “eterna extinção”. Seus adeptos costumam basear-se em 2 Ts 1.8,9. Vejamos a
palavra “extinguir” no lugar de “aniquilar” dá uma ideia que contraria a doutrina do castigo
eterno como ensinada na bíblia Mt 25.41... De fato, o sentido real da expressão é de
banimento da presença de Deus, e não de extinção, como a folha de papel se extingue no
fogo.

5 - A Bíblia Define a Morte.

O sentido literal e metafórico da palavra morte.

a - Separação. No grego a palavra morte é thanatos que quer dizer separação. A morte separa
as partes materiais e imateriais do ser humano. A matéria volta ao pó e a parte imaterial
separa-se e vai ao mundo dos mortos, sheol - hades, onde jaz no estado intermediário entre a
morte e a ressurreição, Mt 10.28; Lc 12.4 Ec 12.7 Gn 2.7.

b - Saída ou partida. A morte física é como a saída de um lugar para outro, Lc 9.31; 1 Pe 1.14-
19.
c - Cessação. Cessa a existência da vida animal, física, Mt 2.20.

d - Rompimento. Ela rompe as relações naturais da vida material. Não há como relacionar-se
com as pessoas depois que morrem. A ideia de comunicação que já morreram não passa de
uma fraude diabólica.

e - Distinção. Ela distingue o temporal do eterno na vida humana. Toda criatura humana não
pode fugir do seu destino eterno: Salvação ou perdição, Mt 10.28, Qual será a opção?

IV - O SENTIDO BÍBLICO E DOUTRINÁRIO DA MORTE.

1- A morte como o salário do pecado (Rm 6.23).

Há muitos anos atrás o império romano pagava os seus soldados com sal. O documento que
permitia a retirada de uma determinada quantidade de sal dos estoques imperiais tinha o
nome latino de “salarium”, o que gerou a palavra “salário”, em português. Desde o dia de
Roma até hoje, quando nos referimos a um trabalhador que não cumpre os seus deveres de
modo adequado, dizemos que “ele não vale o salário que recebe”.

Na referência mencionada acima, o apóstolo Paulo usando uma linguagem figurada, apresenta
o pecado como um cruel feitor de escravos que dar a morte como pagamento. Como
pagamento, a morte não aniquila o pecador. Quando morre, o pecador está ceifando na forma
de corrupção aquilo que plantou na forma de pecado, Gl 6.7,8 / 2 Co 5.10.Portanto a morte
física é o primeiro efeito externo e visível da ação do pecado. Gn 2.17; 1 Co 15.21; Tg 1.15.

2 - A morte é sinal e fruto do pecado.

O homem vive inevitavelmente dentro da esfera da morte e não pode fugir da condenação.
Somente quem tem a Cristo e o aceitou está fora dessa esfera. Tiago o apóstolo do Senhor,
nos mostra a relação entre o pecado e declara que o pecado frutifica e gera a morte, Tg 1.14-
15.

3 - No calvário Cristo venceu a morte.

Cristo conforme a sua palavra e ação na cruz do calvário é a resposta evidente e independente
de quaisquer ideias filosóficas a respeito da morte. Ele é sem dúvida a única solução para o
problema do pecado e a crueldade da morte, Rm 5.17 - Aleluia!

4 - Tipos distintos de morte.

a - Morte Física.

O texto que melhor elucida esta morte é II Sm 14.14, o que acontece com o corpo morto
quando é sepultado? Depois de alguns dias terá se desfeito e esvaído como águas derramadas
na terra. É isso que a morte física acarreta literalmente.
b - Morte Espiritual.

Este tipo tem duplo sentido na perspectiva bíblica: negativo e positivo. No sentido negativo, a
morte pode ser identificada pela expressão bíblica “morte no pecado”. É um estado de
separação da comunhão com Deus. Significa está debaixo do pecado, sob o seu domínio.

Ef 2.1-5. O seu efeito é presente e futuro. No presente, refere-se a uma condição temporal de
quem está separado da vida de Deus Ef 4.18. No futuro, refere-se ao estado de eterna
separação de Deus, o que acontecerá no juízo final Mt 25.46.

Já no sentido positivo, é a morte espiritual experimentada pelo crente em relação ao mundo.


Isto é: a sua pena do pecado foi cancelada, e agora vive livre do domínio do pecado Rm 6.14.
Quanto ao futuro, o cristão autêntico terá a vida eterna. Ou seja; A redenção do corpo do
pecado Ap 21.27; 22.15.

c - Morte Eterna.

É conhecida na bíblia como a segunda morte, porque a primeira é física Ap 2.11 - identificada
como punição do pecado, assunto já anteriormente argumentado Rm 6.23 - também
denominada de castigo eterno é a eterna separação do homem da presença de Deus, nesse a
bíblia afirma que fica impossibilitado o arrependimento e o perdão Mt 25.46.

Os ímpios, depois de julgados, receberão a punição da rejeição que fizeram a graça de Deus e,
serão lançados no geena (lago de fogo) Ap 20.14-15; Mt 5.22,29-30; 23.14-15,33. Restringe-se
a penas aos ímpios, At 24.15. As falsas teorias que já citamos anteriormente rejeitam esse
ensino real da bíblia

A Morte é para o Cristão: A porta que se abre para o céu de glória. Quando o cristão morre,
ele descansa, dorme 2 Ts 1.7. Além de tudo a morte significa para o crente salvo, a vitória,
ganho segundo a bíblia. A palavra de Deus ainda afirma que para os salvos em Cristo a morte é
agradável aos olhos do Senhor, Sl 116.15. Diz também, que o morrer em Cristo é estar
“presente com o Senhor” 2 Co 5.18 Aleluia!!

- ARGUMENTOS ACERCA DO ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS

O estado intermediário representa um lugar espiritual fixo onde as almas e os espíritos dos
mortos aguardam a ressurreição de seus corpos, para apresentarem-se, posteriormente,
perante o supremo juiz.

1 - Argumento Bibliológico. A maioria dos israelitas, porém olhava para a vida com uma
atitude positiva (Sl 128.5-6). O suicídio era extremamente raro, e uma vida longa era
considerada uma benção de deus (Sl 91.16). A morte trazia tristeza, usualmente expressada
com lamentações em voz alta e com luto profundo (Mt 9.23; Lc 8.52). “Os costumes israelitas
de sepultamento eram diferentes daqueles praticados pelos povos em derredor.

Os túmulos dos Faraós ficavam repletos de móveis e de muitos outros objetos visando
proporcionar-lhes o mesmo nível de vida no além. Os cananitas colocavam uma lâmpada, um
vasilhame de óleo e um vaso de alimentos no esquife de cada pessoa sepultada. Os israelitas
agiam de outra forma.
O corpo, era envolvido em pano de linho, usualmente ungido com especiarias, era
simplesmente deitado no túmulo ou enterrado numa cova. Isso não significa, porém, que não
acreditassem na vida. Falavam ainda, da ida do espírito a um lugar que, em hebraico, era
chamado “Sheol”, às vezes, mencionavam a presença de Deus. (sobre sheol falaremos um
pouco mais adiante).

2 - Argumento Histórico. É certo que a questão da vida além-morte não está fundamentada
apenas em teorias e conjecturas filosóficas, se fosse assim ela já teria desaparecido. A própria
experiência da humanidade tem se tornado e provado a crença na imortalidade.

3 - Argumento Teleológico. Procuram provar que a vida do ser humano tem uma finalidade
além da própria vida física. Há algo que vai além da matéria de nossos corpos, é a parte
espiritual. Quando Jesus Cristo aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, estava, de
fato, desfazendo a morte espiritual e concedendo a vida eterna, a imortalidade (2 Tm 1.10).

A vida humana tem uma finalidade superior, uma razão de ser, um desígnio. Com isso fica
claro e evidente que, a nossa vida humana tem um propósito elevado, além de renovar a nossa
esperança de estar para sempre com o Senhor.

4 - Argumento Moral. Dentro de cada ser humano, existe um governador moral chamado
consciência que rege as suas ações. Sua existência dentro do espírito humano indica sua
função interna, como um sensor moral, aliado à soberania divina.

5 - Argumento Metafísico. Os elementos imateriais do ser humano, denunciam o sentido


metafísico que compõe a sua alma e espírito. Esses elementos são indissolúveis; portanto,
como evitar a realidade da vida além-morte? É possível! A palavra imortalidade no grego é
“Athanasia” e significa literalmente ausência de morte.

No sentido pleno, somente Deus possui vida total, imperecível e imortal (1 Tm 1.7). Ele é a
fonte de vida eterna e ninguém mais pode dá-la. No sentido relativo, o crente possui
imortalidade conquistada pelos méritos de Jesus no calvário (1 Tm 1.8-12).

II - TEORIAS ANTI-BÍBLICAS, ACERCA DO ESTADO INTERMEDIÁRIO.

1 - Teorias Reencarnacionista. Várias religiões, por causa do seu conceito cíclico da história,
ensinam à reencarnação. Segundo essa doutrina a pessoa recebe uma nova identidade, e
nasce noutra vida como animal, um ser humano, ou até mesmo um deus. Sustentam que as
ações da pessoa geram uma força, karma, que exige a transmigração das almas e determina o
destino da pessoa da próxima existência. Também gostam de usar o texto de Lucas 16.22,23,
para afirmarem que os mortos podem ajudar os vivos.
Mas Jesus ao ensinar sobre o assunto, declarou que era impossível que Lázaro ou algum outro
que estivesse no paraíso saísse do lugar para entregar mensagem aos familiares do rico. Jesus
disse que os vivos tinham “a lei e os profetas” isto é, eles tinham as escrituras. Usam também
equivocamente (Jo 3.3) e outros textos bíblicos isolados para alimentarem as suas distorcidas
opinião sobe esse assunto (vida além - morte). Na verdade o estado intermediário não é um
lugar de migrações e perambulações espaciais como afirma os reecarnacionistas ou espirituais
como também são conhecidos. A bíblia refuta (Dt 18.9-14; Jó 7.9,10; Ec 9.5-6; Lc 16.31)

2 - Teoria do Purgatório. Heresia essa criada e defendida pelos católicos romanos para
identificar o sheol-Hades, que segundo eles é um é lugar de prova e proporciona uma segunda
oportunidade, para as almas daquelas pessoas que não conseguiram se purificarem o
suficiente para galgarem o céu. Afinal se a doutrina do purgatório fosse uma realidade, então a
obra de Cristo não teria sido completa. Se alguém quer garantir sua salvação precisa garanti-la
em vida física. Depois da morte, só resta à ressurreição (Jo 5.28-29).

3 - Teoria Limbus Patrum. O vocábulo Limbus significa borda, orla. A ideia é paralela ao
purgatório e foi criada pelos católicos romanos para denotar um lugar na orla ou borda do
inferno, onde as almas dos antigos santos ficavam até a ressurreição. Ensina ainda essa igreja
que Limbus Patrum (pais) era aquela orla do inferno onde Cristo desceu após sua morte na
cruz, para libertar os pais (santos do A.T). Do seu confinamento temporário e leva-los em
triunfo para o céu. Identificam o “seio de Abraão) como sendo limbus patrum (Lc 16.23) -
Assim não existe uma orla para os pais (santos antigos) também não existe limbus patrum na
bíblia.

4 - Teoria limbus Infantus. A palavra infantus refere-se à criança. Na doutrina romana, havia
no sheol-hades um lugar especial de habitação das almas de todas as crianças não batizadas.
Segundo essa doutrina, nenhuma criança não batizada pode entrar no céu. Por outro lado, é
inaceitável a ideia do limbus infantus como um lugar de prova, também para crianças.

III - A VERDADEIRA DOUTRINA BÍBLICA DO ESTADO INTERMEDIÁRIO.

1 - Habitação Espiritual fixa e temporal. Biblicamente falando, o estado intermediário é um


modo de existir entre a morte física e a ressurreição final do corpo sepultado. No Antigo
Testamento esse lugar é identificado como sheol (no hebraico), e no Novo Testamento como
hades (no grego os dois termos dizem respeito o reino da morte (Is 18.5; 2 Sm 22.5,6). É lugar
espiritual em que as almas e espíritos dos mortos habitam fixamente até que seus corpos
sejam ressuscitados, para a vida eterna ou para a perdição eterna. É o estado das almas e
espíritos, fora dos seus corpos, aguardando o tempo em que terão de comparecer perante
Deus.
2 - É um Lugar de Consciência ativa e ação racional. Mais uma vez enfatizamos aqui, o que
Jesus descreveu sobre a conversa do rico Lázaro (Lc 16.19-31). Em consonância como assunto,
o apóstolo PAULO descreve-o no que se refere aos salvos, como um lugar comunhão com o
Senhor (2 Co 5.6-9; Fp 1.23). A bíblia denomina-o como um lugar de consolação “seio de
Abraão” ou “paraíso” (Lc 16.22-25; 2 Co 12.2-4).

Se fosse um lugar neutro para as almas e espíritos dos mortos, não haveria razão para Jesus
identifica-los com os nomes que deu. Da mesma forma, “o lugar de tormento” não teria razão
de ser, se não houvesse consciência naquele lugar. Rejeita-se segundo a bíblia, a teoria de que
o sheol-hades é um lugar de repouso inconsciente.

A bíblia fala dos crentes falecidos como os “que dormem no Senhor (1 Co 15.6; 1 Ts 4.13), e
isto não se refere a uma forma de dormir inconsciente, mas de repouso, de descanso. As
atividades existentes no sheol-hades não implicam que os mortos possam sair daquele lugar,
mas que estão retidos até a ressurreição de seus corpos para apresentar-se perante o Senhor
(Lc 16.19-31; 23.43; At 7.59)

3 – Sheol/Hades, Antes e Depois do Calvário.

a - Antes do Calvário.

O Sheol/hades dividia-se em três partes distintas.

1ª PARTE Paraíso - Seio de Abraão - Lugar de Consolação / Lc 16.22-25.

2ª PARTE Abismo - Lugar de trevas - Prisão eterna. Lá podem ter sido aprisionados os
anjos caídos - Lc 16.26 / 2 Pe 2.4 / Jd 7. Onde não há contato com esses espíritos caídos.

3ª PARTE Parte dos ímpios - Lugar de tormentos - Lc 16.23. Onde se encontra o rico
depois de sua morte.

b - Depois do Calvário

Houve uma mudança dentro do mundo das almas e espíritos dos mortos após o evento do
calvário Ef 4.9-10 / Ap 1.17-18. A parte do “paraíso” foi translada para o terceiro céu, na
presença de Deus, 2 Co 12.2,4. Separando-se completamente das partes inferiores onde
continuam os mortos. Quanto a mudança do paraíso para o terceiro céu, somente os justos
gozam deste estado de gozo inexplicável. Aleluia!

ARGUMENTO TEOLÓGICO - A palavra “paraíso” é de origem persa e significa uma espécie de


jardim, usada simbolicamente quanto ao lugar dos justos mortos. No paraíso Lázaro podia
conversar com o rico que ali sofria o tormento dos ímpios, havendo entres eles um “abismo”
instransponível (Lc 16.18-31). Depois de sua morte Jesus esteve “três dias e três noites” no
coração da terra. Paulo descreve esse lugar como as regiões inferiores da terra (Ef 4.9).

Portanto entendemos que o paraíso em que Jesus e o malfeitor (agora convertido) entraram
estava no coração da terra. Foi nessa descida no hades, que Cristo efetuou uma grande e
permanente mudança na região dos salvos, isto é, nas condições dos justos mortos. Ali Jesus
anunciou a sua vitória aos espíritos retidos. Conforme disse o apóstolo S. Pedro (1 Pe 3.18-20).
A palavra usada no original implica em anunciar, comunicar, não pregar, como se entende em
homilética.

I – A RESSURREIÇÃO EM SÍNTESE

A ressurreição dos mortos é obra especifica de Deus, e diz respeito à revivificação dos corpos
físicos. Essa doutrina está baseada essencialmente sobre o fato da ressurreição de Cristo.

O mestre além de enfatizar essa doutrina ele deu um sentido especial (Jo 5.28,29) - Deixando
claro que não haverá uma única, geral e simultânea ressurreição para os mortos, e assim, que
acontecerá em duas fases distintas: Ressurreição dos justos e a dos ímpios.

1 – Ressurreição no sentido original. Duas palavras gregas (anastasis e Egeiró). Indicam;


Tornar a vida, levantar, erguer-se despertar, acordar.

2– Sentido Doutrinário

a - Outorga a vida que havia se extinguido fisicamente. É também o ato daquilo que
havia estado no sepulcro.

Às vezes aparecem na bíblia com a expressão “ressurreição dos mortos” (1 Co 15.12-13,


21,42). Que se refere a uma ressurreição geral, de justos e ímpios.

b - Ressurreição dos Justos.

Traduz por ressurreição de entre os mortos, que quer dizer os mortos tirados do meio de
outros mortos.

II - RESSURREIÇÃO NO ÂMBITO GERAL DA BÍBLIA

1 - Vários personagens do A.T mostram sua crença e confiança na ressurreição.

1. Abraão acreditava - Gn 22.5; Hb 11.17-19.

2. Jó declarou confiança no ato - Jó 19.25-27.

3. Um dos filhos de Core - Sl 49.15.

4. Isaias acreditava e profetizava a respeito - Is 26.19


5. Daniel também declarou sua crença - Dn 12.2-3.

6. Oseias fez o mesmo - Os 13.14.

2 - No Novo Testamento também houve vários personagens que abordaram sobre o assunto.

1. O próprio Jesus ensinou - Jo 5.28-29; 6.39-40 44,54; Lc 14.13,14; 20.35,36.

2. Ensinada pelos apóstolos e pais da igreja primitiva - At 4.2.

c. Paulo pregou em Atenas, na Grécia sobre esse assunto e repetiu aos filipenses At 17.18; Fp
3.11. 1 Co 15.20. 1 Ts 4.14-16. Perante o governador Félix At 24.15.

d. O apóstolo João relatou e ensinou sobre o assunto - Ap 20.4-6.

3 - Alguns exemplos de ressurreição literais da bíblia.

a) Antigo Testamento. O filho da mulher sunamita 2 Rs 4.32-37.

Quando um grupo de moabitas, para fugir de uma perseguição inimiga, lançou o seu morto na
cova onde estava os restos mortais do profeta Elizeu - 2 Rs 13.20-21.0.

b) No Novo Testamento.

A filha de Jairo - Mt 9.24-25

O filho da viúva de Naim - Lc 7.13-15.

O amigo de Jesus, Lázaro - Jo 11.43-44.

O próprio Jesus venceu a morte e reviveu - Lc 24.6.

Corpos dos santos mortos anteriormente ressuscitaram e foram vistos em Jerusalém Mt 27.52-
53. E o mais interessante que isso aconteceu depois da ressurreição de Jesus Cristo.

Posteriormente Pedro orou e o Senhor fez reviver a Dorcas At 9.37-40,41.

III - TIPOS DE RESSURREIÇÃO

1 - Nacional. É em linguagem metafórica, a restauração e renovação do povo de Israel em


termos políticos, materiais e espirituais (Dt 4.23-30; 28.62-64; Lv 26.14-25; Ez 11.17; 36.24,28;
37.21; Jr 24.6).

Terá o seu cumprimento cabal, na vinda pessoal do Messias, o Senhor Jesus (Zc 14.1-5).
2 - Espiritual. Também no seu sentido metafórico a um renascimento espiritual dos que, tendo
estado mortos em delitos e pecados (Ef 2.1). Foram vivificados espiritualmente (Rm 6.4).
Quanto ao sentido literal tange a ressurreição corporal. O aspecto físico diz respeito a
ressurreição dos corpos levantados da sepultura, os quais sofreram uma metamorfose, isto é,
uma transformação do físico para o espiritual - 1 Co 15.52; 1 Ts 4.17-17.

3 - Física. Esse tipo de ressurreição é distinguido sob dois ângulos: O temporal e o


escatológico. No sentido temporal, temos o exemplo de pessoas que morreram, foram
sepultadas, e pelo poder de Deus ressuscitou: Posteriormente, voltaram a morrer (2 Rs 4.32-
37; Mt 9.24-25). No sentido escatológico, tanto os justos quantos os ímpios vão ressuscitar
fisicamente. Os justos levantar-se-ão dos seus sepulcros na vinda do Senhor (1 Co 15.44-52; Jo
5.29). Os ímpios se levantarão, não com os santos, mas no fim de todas as coisas, no juízo final
(Ap 20.11-15).

IV - EXPLICAÇÃO SOBRE A RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS E A DOS IMPIOS.

1 - Primeira Ressurreição

a - Quanto ao tempo. Divide-se em três fases distintas. A primeira fase refere-se a ressurreição
de Cristo e de muitos santos do Antigo Testamento, identificados como as “primícias dos
mortos’ (1 Co 15.20; Mt 27.52-53). Jesus e aqueles santos ressurretos são o primeiro molho de
trigo colhido (Lv 23.10-12; 1 Co 15.23).

Jesus foi o grão de trigo que caiu na terra, morreu, e produziu muito fruto (Jo 12.24), isto é,
aquele grupo de pessoas (Mt 27.52-53).

A segunda refere-se à ressurreição dos mortos em cristo na era neotestamentária, a qual se


efetuará no chamamento especial por ocasião da volta do Senhor Jesus sobre as nuvens (1 Co
15.51-52; 1 Ts 4.14-17 - Essa ressurreição está relacionada a colheita geral;

A terceira fase da primeira ressurreição refere-se aqueles mortos no período da grande


tribulação, os quais são chamados de “mártires da grande tribulação’. Refere-se ao restolho da
ceifa, isto é: as respigas da colheita (Ap 6.9-11; 7.9-19; 14.1-5; 20.4-5).

b - A natureza dos corpos ressurretos. Não importa como os corpos foram sepultados, se em
covas na terra, ou em fundo dos mares e rios, queimados. Na realidade os mesmos corpos
mortos serão ressuscitados. Já no caso dos mortos em Cristo, seus corpos serão transformados
(1 Co 15.35-38) - iguais ao corpo ressurreto de Cristo (Ap 3.21).

2 - A Segunda Ressurreição
a - Quanto tempo. Já abordamos anteriormente que Jesus distinguiu as duas ressurreições: A
DOS JUSTOS E A DOS IMPIOS (Jo 5.28-29). Alguns interpretes entendem a ressurreição dos
mortos como um só evento, num mesmo tempo. Declaram que a única distinção é que “uns
ressuscitam para a vida” e outros “para a perdição”. Essa teoria não pode nem merece crédito,
pois no estudo mais cuidadoso percebemos que haverá um intervalo entre duas ressurreições
(a dos justos e a dos ímpios) como já explica dentro desse assunto.

b - A Natureza dos Corpos Ressuscitados dos Ímpios. Quanto à ressurreição o processo será o
mesmo que o dos justos. Seus corpos terão todas as partículas físicas reunidas e
transformadas em corpos espirituais, mas sem qualquer glória. A semelhança dos justos no
hades, as almas e espíritos se unirão aos seus corpos sepultados para serem julgados por suas
obras (Ap 20.12; Dn 12.2). Nenhuma glória, nenhuma beleza, mas totalmente inglório, para
que sejam prestadas as contas perante o supremo Juiz (Hb 4.13; 9.27; Rm 2.5,6.

c - O Estado Final dos Ímpios. Os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte’ não significa
aniquilamento, mas banimento da presença de Deus (1 Ts 1.9). Esse banimento implica que
todos os ímpios serão lançados em Geena, chamado “lago de fogo” (Mt 25.41,46) - Que arde
continuamente com fogo inapagável. O tormento eterno (Ap 14.10,11).

V - CINCO ASPECTOS DA NATUREZA DA RESSURREIÇÃO

1 - Seletiva e não Discriminativa. Deus não seleciona raça, nação, tribo ou classe social para a
salvação. Porém, a ressurreição será seletiva em relação aos que fazem parte da primeira e os
da segunda, ou seja, ela será seletiva quanto ao modo como se processará.

2 - A Ressurreição será Universal. Porque os justos e injustos hão de ressuscitar (Jo 5.28,29; At
21.14,15). A bíblia descreve esse fato como a “ressurreição dos mortos” que tem um caráter
geral.

3 - A Ressurreição na sua Duplicidade. (Será dupla) - porque se trata da distribuição dos justos
e dos ímpios (Jo 5.29; Dn 12.2; Ap 20.13-15). Os justos participarão da primeira ressurreição.
Os ímpios por sua vez participarão da segunda ressurreição (Ap 20.13-15).

4 - A Ressurreição Literal e corporal. Jesus ressuscitou corporalmente, por isso, o seu corpo
ressurreto, mesmo estando revestido de espiritualidade, podia ser tocado e visto (Lc 24.39; At
1.9-11). Quando a bíblia fala de “corpo espiritual” não anula a realidade da ressurreição de um
corpo material, porque o mesmo será revestido de um corpo espiritual (1 Co 15.42).

5 - A Ressurreição é Obra da Trindade Divina. Há uma relação triuna na obra da ressurreição.


Há textos bíblicos que atribuem à ressurreição a Deus, sem especificar qual a pessoa da
trindade (Mt 22.29; 1 Co 1.9). Algumas vezes a obra da ressurreição é atribuída ao filho Jesus
(Jo 5.21-25,28,29; 6.38-40,44,54; 1 Ts 4.16). Outras vezes, temos a mesma obra atribuída ao
Espírito santo (Rm 8.11). Não há divisão, nem competição entre as três pessoas da trindade.

I – RELAÇÃO DE SINAIS NA BÍBLIA

1 - Sinais precedidos por Deus desde a criação de todas as coisas. Gênesis 1.14 - muitos
acontecimentos relatados na bíblia estão precedidos por sinais, como:

 Deus pôs um sinal em Caim Gn 4.15.

 Houve um sinal de aliança de Deus com os homens nos dias de Noé - Gn 9.12-13.
 Deus ao encorajar Moisés, usa sinais - Ex 4.8.

 O fogo consome duzentos e cinquenta homens que se opõem a Moisés, sendo assim
como um sinal em que Deus estava com Moisés - Nm 26.10.

 Doze pedras foram por sinal em que Deus fez Josué e todo o seu povo passar o Jordão
de pé enxuto - Js 4.6.

 Gideão pede um sinal - Jz 6.17.

 Sinal na profecia contra a casa de Elias - Sm 2.34

 Na profecia do nascimento de Josias, houve um sinal quando o profeta predisse - 1 Rs


13.3.

 Isaias fala de um sinal para o nascimento de Cristo - Is 7.14.

 Sinal de castigo nos dias de Jeremias - Jr 44.9.

 Ezequiel, um profeta enviado por Deus a casa de Israel por sinal - Ez 12.6.

 Até o rei Nabucodonozor reconheceu sinais de Deus - Dn 4.2,3.

 JESUS enfatiza o sinal do profeta Jonas no ventre do peixe, semelhante ao estado do


seu corpo físico entre a sua morte e ressurreição - Mt 12.39.

 Haverá sinais para os que crerem no nome de Jesus - Mc 16.17.

 Os discípulos indagam a respeito da vinda de Cristo e do fim do mundo, e o mestre


Jesus responde relatando sobre os sinais - Mt 24.3.

II - CATEGORIAS DE SINAIS QUE PRECEDERÃO A VINDA DE CRISTO.

1. Sinal Histórico - No ano 70 d.C. O general Tito com seus exércitos entrou em Jerusalém
e destruiu tudo, inclusive o templo.de fato, não ficou pedra sobre pedra. Mt 24.1,2.

2. Sinais Atuais - Principio de dores - A angustia na terra - Mt 24.8; Lc 21.25.

3. Sinal em Cima no Céu. Espanto, fumaça, fofo, trevas, sangue. At 2.19; Jl 2.30,31; Lc
21.11.

4. Sinais na Terra - O véu do templo se rasga - Mt 2.6,7, terremotos - rumores de


guerras. Os mortos ressuscitam. Mt 27.51; At 2.19; Fumaça, sangue, fogo. Lc 21.11,12.

5. Sinais na Vida Religiosa - Falsos cristãos - tomentos, mortes, ódio, por causa do nome
de Cristo. Mt 24.5,9,10.

6. Esfriamento do amor a Cristo. Lc 1.12; Ap 6.9-11. Falsos profetas Mt 24.11.

7. Sinais na Vida Social - Os povos desaparecidos comprometidos mais com os prazeres


terrenos Lc 17:26-28. Mt 24.37,38.

8. Ricos opressores prantearão e chorarão as suas riquezas - escândalos, traição,


aborrecimentos Tg 5.1-6; Mt 21.10.
9. Sinal Entre as Nações - Nação contra nação e reino contra reino Mt 24.7.

10. Sinal na Vida Física. Pestes, fomes, princípios de dores Mt 24.7,8.

11. Sinais na Vida Moral - Corrupção e degradação do gênero humano como nunca visto.
Violência, pornografia, ameaças ao casamento. Lc 17.28-30; 2 Tm 3.1-9; 1 Tm 4.3.

12. Sinal entre o povo de Deus - Esfriamento espiritual acompanhado da apostasia -


Comodismo, egolatrismo espiritual - Distorções doutrinárias, etc.

13. O ÚLTIMO SINAL - O evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em


testemunho as todas as gentes, então virá o fim. Mt 24.13,14.

III - EM DESTAQUE, DOIS SINAIS CONCRETOS DA VINDA DO SENHOR INDICADOS EM MT 24.7


E EM LC 21.11

1 - A Possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial. Os poderes químicos, bélicos e atômicos


de algumas nações, são assustadores. Antes de uma catástrofe mundial, certamente o Senhor
virá e arrebatará a sua igreja.

2 - A Produção de alimentos está comprometida. Por causa de alimentos químicos e outros,


em decorrência da ganância e da falta de temor a Deus. Só no século 20 a estatística mundial
apresenta mais de 6.500 terremotos que muito tem contribuído para a falta de alimentos.

1. Israel é o eixo central do programa escatológico divino.

2. Predição sobre a dispersão de Israel Lv 26.33,36, 37.

3. As promessas de Deus ao pai da nação israelita, Abraão. Gn 12.1,2, 7; 17.8.

4. Deus continua fiel as suas promessas Dt 7.9; 32.9-11; Sl 89.1.

5. Predição da volta de Israel à sua terra Jr 24.6; Ez 36.24,28.

6. A promessa de restauração material e espiritual de Israel Am 9.14,15; Jl 2.28-32; Ez


34.27,28.

7. A restauração de Israel no “dia da angustia de Jacó” Ez 37.21-28; jr 30.9; Ez 34.23;


5.3,5.

8. E disse-lhe uma parábola: “Olha para a figueira e para todas as árvores. Quando já
começam a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está o verão” Lc
21.27,30.

I - DISPERSÃO E REGRESSO DE ISRAEL.


Dispersão em agosto de 586 a.C. Nabucodonozor, rei da Babilônia, destruiu Jerusalém e o
templo com fogo e exilou o povo na Babilônia, lembrando que o mesmo já havia levado uma
boa parte dos judeus cativos. 2 Rs 24.20: 25.21: Jr 32.24. A partir dessa data (586) é que se
contam os setenta anos de cativeiro de Israel na Babilônia.

REGRESSO - O retorno se deu pelo edito de Ciro (Ez 1.1-4) e Artaxexes (Ed 7) e foi considerado
os setentas anos só depois da construção e dedicação do templo em (516 a.C). Segundo alguns
estudiosos este acontecimento tem alguma relação com as setentas semanas de Daniel (Dn
9.24). Pois ainda veem um cumprimento parcial pelo estabelecimento do estado moderno de
Israel, em 1948. Sendo assim, nesse âmbito a profecia terá finalmente o seu cumprimento no
reino milenial.

II - DUAS REUNIÕES IMPORTANTES NA TERRA DE ISRAEL.

1 - A Primeira. Diz respeito ao sentimento de volta ao lar que tiveram todos os israelitas
dispersos pelas nações. Esse sentimento se tornou forte com o movimento sionista iniciado em
1897 por Teodoro Herzl. Pouco a pouco, sistematicamente, o povo começou a voltar.

Não era simplesmente um sentimento de homem ou de um povo, e, sim, um impulso do


Espírito de Deus na mente e no coração de cada judeu disperso, cumprimento da palavra de
Deus (Jr 24.6; Ez 36.24-28). Em 1948, Israel já estava bem instalado na Palestina e a sua
proclamação pela ONU como Estado foi o clímax da efetivação da promessa divina quanto ao
seu retorno.

2 - A Segunda. Acontecerá no futuro próximo por ocasião da “angustia de Jacó”, conhecida


como a grande tribulação (Ap 16.12-21). Esse evento será terrível para Israel e estará
mobilizado para a grande batalha do Armagedom. Os governantes da terra estarão reunidos
com seus exércitos e armas destrutivas para o maior combate já registrado no cenário da
história humana. Talvez seja a terceira guerra mundial, haja vista que se acontecer pelo
domínio do próprio homem, não sobrará ninguém nem que seja para contar a história, devido
à evolução cientifica e tecnológica, mas nesse dia Cristo assumirá o comando e lutará por
Israel.

III - A DESTRUIÇÃO PROGRESSIVA DO POVO DO NORTE

1 - Os textos de Ezequiel 38-39 e Jl 2.20 tratam a respeito da profecia bíblica sobre um bloco
de nações ao norte de Israel.

Por causa das etnias dos povos que habitam aquela região vários nomes geográficos podem
ser identificados.

Magogue, Meseque, e Tubal - Regiões ocupadas pelos antigos citas e tártaros, as quais hoje
correspondem à Rússia. O nome Meseque converteu-se em Moscou mou Moskua. (Ez 38.2,3)
TUBAL - É moderna cidade Russa de tobolsk em (Ez 38.2). Temos a palavra “chefe” tradução do
termo rosh, dando ideia do nome Rússia.

NAS NAÇÕES ALIADAS - Gômer, Togarma, (Ez 38.6) Gômer veio a ser Germânia (atual
Alemanha) e Togarma corresponde a Armênia e a Turquia. Em (Ez 38.5). Destacam-se os
Persas, os Etíopes e Pute. Hoje os Persas são o Irã, Os Etíopes a Etiópia e, Pute a Líbia.

2 - Queda e Ressurgimento da Confederação do Norte

É bom entendermos que a queda da União Soviética não significa que a profecia tenha perdida
a validade. Na verdade, essa potência mundial está se levantando e mostrando sua força,
quando se esforça para participar das conversações de paz entre Israel e os países árabes, as
quais ela sempre apoiou. Ela perdeu o seu poder sobre o aludido bloco das nações, e alguns
estudiosos interpretam essa queda como algo para acontecer em plenitude no futuro. Parte
dessa profecia já começou a ter o seu cumprimento porque a Rússia caiu como potência
econômica.

3 - A Confederação do Norte Combaterá a Besta na Grande Tribulação.

Segundo a profecia estudada, o líder de Gogue, colocará seus exércitos contra a autoridade da
besta, ou seja, o anticristo (Ez 38.2-6). Gogue chefe da terra invadirá a terra de Israel nos
últimos dias (Ez 38.8-16) - provavelmente no período da grande tribulação. Os motivos
principais para a invasão do “rei do Note” estão expostos em (Ez 38.11,12).

A ideia de “tomar o despojo e arrebatar a presa” não é difícil entender pelo fato de a antiga
União Soviética ter perdido seus principais intelectuais e cientistas (na maioria judeus), os
quais retornaram para Israel. Diz a bíblia que esse invasor será destruído pela internação
divina (Ez 38.20). Nos montes de Israel (Ez 39.4). Não tem nada a ver com a batalha do
Armagedom e a guerra no início da “semana profética” de Daniel (Dn 9.27). A batalha do
Armagedom se dará no final da “semana” e o seu líder será o anticristo (Zc 12.3).

IV - RESSURGIMENTO DO ANTIGO IMPÉRIO ROMANO

Textos Dn 2.33,34, 44; 9.24-27; 7.7,8 24,25; Ap 13.3,7, 17; 12,13. Relativos à profecia sobre
uma confederação de nações formadas na área geográfica do antigo império Romano.

1 - O Sentido Duplo da Interpretação.

Essa profecia, numa parte refere-se literalmente aquelas nações adjacentes ao mediterrâneo,
as quais formavam o núcleo do império romano e, na outra parte, figuradamente referem-se
apenas as características daquele império. Tal como existiu o império Romano, também, se
levantará um da mesma forma dentro da realidade atual.
2- A União europeia, Uma Sombra do Antigo Império Romano.

Especula-se muito sobre a atual União Europeia como um retrato dessa confederação
profetizada. Não temos base consistente na bíblia para afirmar positivamente. Mas não
podemos evitar o fato de que as características dessa confederação profetizada (Dn 2.33,34,
44), conferem com a profecia de Daniel.

É perigo fazer suposições e estabelecê-las como fatos. Por isso, o aconselhável é ficarmos
dentro dos limites impostos pela profecia bíblica. Até porque a evidência dos sinais da vinda do
Senhor JESUS em nossos dias é fortalecida pela certeza profética e do seu cumprimento.

Sem Dúvida, Israel é a Figueira Brotando.

Referências 1 Ts 4.13-18; Jo 14.3.

I – DEFINIÇÃO

No português vem do verbo “arrebatar”, no latim “raptar” da palavra “raptus”, ambas


significa tirar com força. No grego vem do verbo “harpazo” significa rapidez, algo repentino, e
encontramos várias palavras relativas ao arrebatamento, mas destacaremos duas palavras
principais:

1. Parousia: Literalmente quer dizer “presença”, “chegada rápida”, “visita”. Ocorre 24


vezes. O seu sentido abrange tanto a vinda de Cristo até ou sobre as nuvens, como
também pode referir-se a vinda de Cristo pessoa a terra, 1 Co 15.23; 1 Ts 2.19; 4.13;
5.23; 2 Ts 2.1; Tg 5.7,8.

2. Epiphanéia: Literalmente significa “manifestação”, “vir a luz”, “resplandecer” ou


“brilhar”, enquanto “parousia”, abrange a volta de Cristo tanto a igreja a ao mundo, o
termo “epiphanéia” já tem um sentido mais especifico a volta pessoal e gloriosa de
Cristo a terra 1 Ts 2.8; 1 Tm 6.14; 2 Tm 4.6-8.

II - A SEGUNDA VOLTA DE CRISTO EM DUAS ETAPAS DISTINTAS.

1° Etapa.

Cristo virá até ou sobre as nuvens (1 Ts 4.17) - será de modo invisível para a terra, porque virá
para os seus santos nos ares.

Nessa primeira etapa Cristo virá com poder e voz de arcanjo e arrebatará, num abrir e fechar
de olhos a sua igreja redimida pelo sangue (1 Co 15.52).

2ª Etapa.
Essa etapa terá o seu cumprimento no final dos sete anos da grande tribulação, onde Cristo
virá visível, quando irá destruir o domínio do anticristo e instalar seu reino de mil anos (Ap
19.11: 20.1-6).

É nessa etapa que entra o termo “epiphanéia” denotando a volta pessoal e visível ao mundo
rodeado de exércitos no monte das oliveiras (Zc 14.3, 4; Ap 1.6,7).

III - QUEM PARTICIPARÁ DO ARREBATAMENTO.

O texto de (1 Ts 4.13 ss) nos dar um resumo geral dos participantes do arrebatamento da
igreja.

1 - O Próprio Senhor Jesus Cristo.

“Porque o mesmo Senhor... Descerá do céu” (1 Ts 4.16). Essa expressão (o mesmo Senhor)
dada pelo apóstolo Paulo talvez seja para dar ênfase ao Senhorio de Cristo conquistado no
calvário. Também quer dizer que o próprio Senhor dará ordem aos vivos e mortos em Cristo.

2 - O Arcanjo

Do grego (apxayyelo, arkhangelos, principal entre os anjos).

Nas escrituras ocorre somente duas vezes (1 Ts 4.16; Jd 9). Miguel é o único arcanjo
mencionado na bíblia, e suas atividades são: Comandante de um exército celestial (Ap 12.7). E
príncipe da nação israelita (Dn 10.13,21; 12.1).

Nessa última referência Daniel indica que o Arcanjo Miguel participará do evento da segunda
vinda de Cristo, mui especialmente da “epiphanéia” quando Cristo, rodeado de exércitos
celestiais, descerá sobre a terra no monte das oliveiras (Zc 14.3,4; Ap 1.6,7).

Obs.: Os livros apócrifos mencionam supostos companheiros de Miguel, subentendendo-se


como de iguais classe e funções: Uriel, Raguel, Zariel e Gabriel. Este último é citado também
pelos canônicos, embora apenas com a designação de “anjo” (Dn 8.16; 9.21; Lc 1.19,26).

3 - Os Mortos em Cristo

A palavra “mortos” diz respeito aos santos que ressuscitaram com corpos transformados em
corpo espiritual (soma pneumatikon). Já os corpos dos ímpios permanecerão em suas
sepulturas até o juízo final (Ap 20.12). Do mesmo modo que Deus trouxe Jesus dentre os
mortos, o Senhor fará isso com os que antes de participarem creram em Jesus e foram salvos
(Rm 10.9).

4 - Os Vivos Preparados
Os corpos mortais dos vivos serão revestidos de imortalidade, porque nada terreno ou mortal
poderá entrar na presença de Deus. Será o poder do Espírito sobre a matéria, isto é, do
incorruptível sobre o corruptível (1 Co 15.53-54).

5 - Teorias divergentes acerca do arrebatamento

Apresentaremos aqui algumas teorias existentes, porém destacaremos a que mais se


harmoniza com a bíblia sem contrastes:

6 - Após o arrebatamento da igreja, ocorrerá o tribunal de Cristo, enquanto na terra se


processará o período de 7 anos (chamado de grande tribulação).

O tribunal de Cristo será a concessão de prêmios (galardão) aos vencedores deste mundo
tenebroso. (2 Co 5.10).

I - JULGAMENTO ESCATOLÓGICO NA BÍBLIA, ALÉM DO TRIBUNAL DE CRISTO.

TIPOS DE JULGAMENTO.
1 - Auto-Análise.

1 Co 3.9-16

9 Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavouras de Deus e edifícios de Deus.

10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, o fundamento,
e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.

11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus
Cristo.

12 E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas,
madeira, feno, palha,

13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no
fogo, e o fogo provará qual seja a obra de cada um.

14 Se permanecer a obra que alguém sobre ele edificou, esse receberá galardão.

15 Se a obra de alguém se queimar sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que
pelo fogo.

16 Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?

2 - Arquitetura Ilustrada.
3 - O sentido claro da palavra tribunal.

Duas palavras distintas na língua original, (grego).

A - Criterion.

Tg 2.6 e 1 Co 6.2-4. Esse termo significa “instrumento ou meio para provar ou julgar qualquer
coisa”, ou seja, “ A regra pela qual alguém julga”, ou “o lugar onde se faz juízo”, o tribunal de
um juiz ou de juízes.

B - BIMÁ.

2 CO 5.10; Ne 8.4. Significa uma “plataforma ou um banco de assento onde o juiz julga”. Havia
naqueles tempos tribunais militares; e também, o tribunal (bimá ou assento) da recompensa,
especialmente usados nos jogos gregos de Atenas. Os atletas vencedores eram julgados
perante o juiz da arena e galardoados por suas vitórias.

II - O TRIBUNAL DE CRISTO E OS SEUS ASPECTOS GERAIS

1 - Propósito - Manifestar as obras praticadas pelo cristão e coloca-las a prova de fogo, para
que se identifique os materiais mediante os quais praticamos nossas obras.

2 - O Tempo - Se dará por ocasião de um tempo espacial após o arrebatamento da igreja.


3 - Lugar - Inevitavelmente nas regiões celestiais.

4 - Os Julgados - Os santos remidos. Não haverá lugar nesse tribunal para julgamento
condenatório. (2 Co 5.1-10).

5 - Juíz - Certamente o próprio filho de Deus, que foi exaltado depois da sua conquista no
calvário, pois recebeu do pai toda autoridade e poder para julgar (Mt 28.18).

III – GRÁFICO - Mostrando as coroas cristãs no novo testamento, como recompensas.

1 Co 9.24-25 - O apóstolo Paulo usa uma linguagem especial dos tempos do primeiro século da
era cristã relativa ao tipo de galardão que os vencedores das olimpíadas gregas e romanas
recebiam como prêmio. Ainda disse o apóstolo dos gentios... “Todo crente receberá o seu
louvor (elogio) da parte de Deus” (1 Co 4.3).
IV - DEPOIS DO TRIBUNAL DE CRISTO VIRÁ AS BODAS DO CORDEIRO

Estaremos abordando um pouco sobre esse assunto.

Texto base Mt 22.2-14.

2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.

3 Enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.

4 Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar
preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas.

5 Eles, porém, não fazendo caso, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio;

6 e os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.


7 Mas o rei encolerizou-se; e enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e
incendiou a sua cidade.

8 Então disse aos seus servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não
eram dignos.

9 Ide, pois, pelas encruzilhadas dos caminhos, e a quantos encontrardes, convidai-os para as
bodas.

10 E saíram àqueles servos pelos caminhos, e ajuntaram todos quantos encontraram, tanto
maus como bons; e encheu-se de convivas a sala nupcial.

11 Mas, quando o rei entrou para ver os convivas, viu ali um homem que não trajava veste
nupcial;

12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui, sem teres veste nupcial? Ele, porém,
emudeceu.

13 Ordenou então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores;
ali haverá choro e ranger de dentes.

14 Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.

V - PRINCIPAIS ASSUNTOS DA PARÁBOLA DAS BODAS DO CORDEIRO.

A ceia das bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre Cristo e a igreja. É a figura
do casamento, do esposo, e a esposa, que aparece na bíblia em várias passagens (Jo 3.29; 2 Co
11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; Ap 21.1; 22.7).
I – DEFINIÇÃO E SENTIDO DA PALAVRA

No grego “Thilipsis” significa “colocar uma guerra sobre o espírito das pessoas”. Na tradução
vulgata latina, é “Tribulum” se refere a uma espécie de grade para debulhar o trigo. Ou seja:
Instrumento que o lavrador usa para separar trigo da sua palha. A ideia aqui, é figurada que é
o mesmo que afligir, pressionar.

Sentido técnico: Fala da provocação ou sofrimento que o indivíduo enfrenta.

Sentido não técnico: Se refere ao período de sete anos que se seguirá após o arrebatamento
da igreja.

Jesus afirma ser a grande tribulação, a maior aflição desde o princípio do mundo, e não haverá
semelhança, quer dizer, será uma aflição indescritível, (que não se pode descrever igual Mt
24.24).

II - A GRANDE TRIBULAÇÃO DENOMINADA NA BÍBLIA.

1 - Dia do Senhor - Sf 1.14.

2 - Dia da Angústia de Jacó - Jr 30.7. A palavra “angústia” no hebraico é: “Tsará” significa


necessidade e esposa rival. Este termo evoca as contendas que havia entre Penina e Ana, que
levaram está a uma aflição quase que indescritível (1 Sm 1.15.

3 - Ira do Cordeiro. Ap 6.15-17.


III - OBJETIVOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO.

1 - Levar os homens a se arrependerem dos seus pecados. (Israel e gentios) Ap 16.11; Jr 30.7.

2 - Destruir o império do anticristo. Ap 16.10.

3 - Desestabilizar o atual sistema mundial - Dn 2.34-35.

4 - Implantar o reino de nosso Senhor Jesus cristo - Dn 2.24.

IV - AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL E A GRANDE TRIBULAÇÃO.

Desde que Nabucodonozor invadiu Judá e levou o povo acorrentado, a cidade de Jerusalém
ficou prostrado em ruínas e o monte santo abandonado. Até parecia que aquelas promessas
que Deus fez a Abraão, Jacó, Davi, e na verdade toda a nação, haviam sido esquecidas.

Quando os Judeus olhavam das margens do rio tigre para Jerusalém, choravam. Como quem
diz: Será que um dia voltaremos para a nossa terra natal? Será que a gloria do Senhor, habitará
novamente no templo? No futuro Deus ainda remirá o seu povo? Compreendemos tudo isso
na revelação feita a Daniel sobre “às setenta semanas” (Dn 9.24-27). Com essa base
entendemos que as promessas feitas por Deus ao seu povo escolhido serão cumpridas e que
Deus reinará no trono de Davi sobre um Israel restaurado.

1 – Esboço da Setenta Semanas

1. No final de um período das “setenta semanas”, Israel terá se arrependido totalmente


da sua desobediência a Deus. A nação viverá para sempre em retidão (Dn 9.24).

Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar
a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna,
e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. (Dn 9.24)

2. Há 69 “Semanas” Entre o tempo da ordem para a reconstrução de Jerusalém até o


tempo da revelação do messias, compreendendo um período de 62 “semanas” (v. 5).
Esta ordem foi expedida em 444 a.C. por Artaxerxes.

Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao
Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se
reedificarão, mas em tempos angustiosos. (Dn 9.25)
3. Depois das 62 “Semanas” (ou das 69 “semanas totais). O messias seria morto e
Jerusalém seria destruída (v. 26). Esta destruição não terminará até o fim da
septuagésima semana.

E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o
povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma
inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações. (Dn 9.26)

A Última “Semana” se iniciará quando. “Um príncipe que que há de vir” faz uma aliança.
Então, no meio da septuagésima “semana” ele romperá esta aliança e trará desolações (v, 27).
Foi esta a desolação tão severa que jesus se referiu (Mt 24.21).

2 – Contando as Semanas

Cada “semana” é vista como um período de sete anos. (Lv 25.8; Nm 14.34; Ez 4.6).

Os anos são contados segundo o calendário lunar adotado pelos judeus, compostos de 360
dias. Fazendo-se os reajustes necessários de compatibilizarão das datas com o calendário
gregoriano, chegamos a um período de 476 anos para as 69 “semanas”. Portanto, partindo do
decreto de Artarxexes em 445 - 444 a.C., chegamos a data de 32 - 33 d.C.

O tempo do ministério de ensino, pregação e cura de Jesus, finalizado pela sua entrada triunfal
em Jerusalém e sua crucificação. A septuagésima “semana” começará no fim da era da igreja,
momento chamado de “arrebatamento”.

3 - Sintetizando a contagem
V - EVENTOS ESCATOLÓGICOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO QUE PRECEDEM A VOLTA TRIUNFAL
DE CRISTO
Textos. Ap 6.2-27; 8; 9.21; 11.15-19; 15.1; 16-17; 19.11-21.3.
VI - A GRANDE TRIBULAÇÃO CONSIDERADA
Dn 11.4; Ez 38.9; Jl 3.2; Zc 12.2; 14.2; Mt 24.27-30 “Porque eles são espíritos de demônios,
operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim, de ajuntá-los para a
peleja do grande dia de deus, Todo-Poderoso... Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico
se chama Armagedom (Ap 14.14-16).

I - BIBLICAMENTE “ARMAGEDOM” SIGNIFICA “grande colheita”, Esdrelom, localizado entre o


mar da Galileia e o monte Carmelo, e, também é conhecido como “o vale da decisão” (Jl 3.2,9-
14).

Obs.: Este dia é conhecido na bíblia como o julgamento das nações (Jl 3.3; Mt 25.31-40.

1 - 300 Quilômetros de Sangue.

Ajuntando todos estes versículos mencionados acima, chegamos à conclusão que: A batalha
do Armagedom cobre toda a região. Ela começa nas planícies de Megido no Norte, descendo
através do vale de Josafá, incluindo a terra, de Edom, no Sul e Leste, e Jerusalém.

Em Ap 14.19, lemos sobre o Armagedom: Então o anjo meteu a sua foice à terra, e vindimou as
uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da
cidade, e saiu sangue do lagar até os freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos
estádios.
Seiscentos estádios são equivalentes a 300 quilômetros. Veja o mapa “os reinos de Israel e
Judá” no território do reino de Israel você descobrirá que da parte do Norte de Israel até a
parte Sul se atingem aproximadamente 300 Quilômetros.

II - A SEQUÊNCIA DOS EVENTOS FINAIS. Dn 4; Ez 38.9; Jl 3.2; Zc 12.2; 14.2; Mt 24.27-30; Ap


16.14-16.

1 - AÇÃO SATÂNICA.

a - Satanás tentará exterminar o povo judeu no final da grande tribulação (Dn 11.40 - Zc 12:3 -
Ap 12:6).

b - Três espíritos de demônios que operarão sinais levarão as nações do mundo para o
Armagedom (Ap 16.14,16).

c - A Nação do Norte. Provavelmente a Rússia. A Rússia tentará se tornar uma superpotência


militar novamente, conquistando o Golfo Pérsico. Os fundamentalistas radicais islâmicos se
ajuntarão a eles num esforço para mudarem os judeus para o mar mediterrâneo.

d - A Aliança Russo-Àrabe. Após essa aliança eles se retirarão para a planície de megido.Que é
o armagedom.

e - A Nação do Sul. Provavelmente é o Egito, que se juntará com uma força militar Pan-
islâmica em direção a Israel para a terra santa.

Obs.: As nações Norte e Sul (Rússia - Egito) estarão aliados com as nações Árabes e os Estados
(países) confederados da Europa procurarão levar o governo mundial do anticristo para
Jerusalém (terra santa).

2 - AÇÃO DIVINA.

O texto de Zacarias 14.3,4, indica a intervenção divina sobre os montes das Oliveiras em Israel.

O texto de Joel 3.2, 12, fala do vale de Josafá identificado com Cedrom, localizado em
Jerusalém e o monte das Oliveiras, o lugar exato onde Cristo subiu ao céu.

Nesse mesmo lugar haverá o encontro de Cristo com as nações inimigas de Israel, onde o
Senhor o abaterá, (Jd vv, 14,15).

3 - OBJETIVOS DA AÇÃO DIVINA

a - Punir os Ímpios Jd vv,14,15.

b - Socorrer Israel Zc 14.1-4 - Levar a Israel a Conversão Zc 12.7-10.


c - Derrota do anticristo

d - Prisão de Satanás

e - Ressuscitar os que morreram durante a grande tribulação por não aceitar o sinal da besta.

f - Lançar o anticristo e o falso profeta no lago de fogo

g - Implantar o reino milenial.

Ez 47.13-23 / Zc 14.9 - O milênio se refere ao reinado de mil anos de Cristo, Is 2.4; 11.6-10; Mq
4.3,4; Ap 20.1-7 - encontrado em Ap 20. Muitas passagens do Antigo Testamento também
apontam para uma época durante a qual o rei davídico irá reinar sobre todas as nações do
mundo.

I - GRÁFICO MOSTRANDO O REINO DO MESSIAS.

1 - O QUE É?

Embora o termo não consta na bíblia, mas a expressão corresponde a “mil anos”. É uma
doutrina essencialmente bíblica e consistentemente teológica.

2 - QUANDO SERÁ?

Após o arrebatamento e a grande tribulação.

3 - QUEM ESTARÁ NA TERRA?

Israel e os gentios que escaparem com vida depois da batalha do Armagedon.

4 - OBJETIVOS?

Exaltar a cristo e manifestar o reino de Deus.

Mostrar que o mundo pode ser bem administrado.

Provar que os reinos deste mundo pertencem a Cristo.

5 - COMO SERÁ?

Efusão do espírito e conhecimento da palavra.

Tempo de paz, saúde, segurança e prosperidade.


Recuperação ecológica da terra.

Israel estará seguro e de posse do território prometido.

6 - O QUE ACONTECERÁ COM:

O CRISTIANISMO - Será a religião universal (Is 45.22-25; Zc 13.2).

JERUSALÉM - Será reconhecida como a capital do mundo (1 Sm 7.16; Sl 2.7,8).

A IGREJA - Estará com cristo regendo o mundo como sacerdotes de Deus e de Cristo (Ap 20.6;
2.26,27).

Obs.: A igreja e os doze apóstolos estarão governando no período do milênio - Ap 20.4-6: Ap


3.21,22: Lc 22.30. Pois em Ap 20.4-6 aparecem dois grupos de pessoas, embora se trate da
igreja universal de Cristo.

Dn 12.1-3; Mt 25.31-4; At 17.3; Rm 2.16; 2 Tm 4.1; 1 Pe 4.5; Ap 20.4-15.

I – DEFINIÇÃO

O julgamento final é a sessão judicial que terá lugar na consumação de todas as coisas
temporais que, conduzido pelo Todo-poderoso, retribuirá a cada criatura moral o que esta
tiver cometido através do corpo durante a sua vida terrena.

1 - COMO SE DARÁ?

Satanás é solto “durante pouco tempo” no final do milênio e enganará as nações e ataca
Jerusalém (Ap 20.7-9).

2 - INTERVENÇÃO DIVINA

O fogo vindo de Deus devora satanás e as nações. Satanás é jogado no lago de fogo (Ap 20.9-
10).

3 - ONDE SERÁ?

Certamente no espaço, pois em Ap 20.11 nos diz que diante do trono branco o céu e a terra
figiu. Obs.: Isto é um ponto de vista nosso.
4 - QUEM SERÁ JULGADO?

Todos os ímpios (Ap 20.11-15).

5- OBJETIVOS:

Mostrar que a justiça de Deus deve ser observada.

Punir os que rejeitaram a cristo.

Destruir a personificação do mal.

Obs.: E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele
que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (Ap 20.11-15).

Is caps. 65-66; 1 Pe 3.13; Ap 21.9-27.

I – DEFINIÇÃO

Conhecida como a Jerusalém celeste. Lugar onde Deus preparou para que estejamos
eternamente como ele (Jo 14.1-4).

1 - Sua Localização: Cubo perfeito numa alusão ao santo dos santos do tabernáculo. 12 mil
estádios Ap 21.16: Equivale 2.260 Km2. Isso na medida ou compreensão terrena, pois na divina
será indescritível.

2 - Seu Aspecto: Também sua beleza é indescritível só temos uma noção em Ap 21.9-15, na
visão de João, o apóstolo.

3 - Quem Morará? Todos os salvos de todas as épocas. Aleluia!

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