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BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
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CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-Legislativo nº 2/2013:
Estabelece o regime jurídico da duração e horário de trabalho na Administração Pública ............... 1905
Decreto-Lei nº 43/2013:
Regula a utilização das salas VIP dos aeroportos do país. ................................................................... 1910
Decreto-Lei nº 44/2013:
Altera o artigo 52.º do Decreto-Lei n.º 33/2007, de 24 de Setembro, que regula o uso da assinatura elec-
trónica, o reconhecimento da sua eficácia jurídica, a actividade de certificação, bem como a contratação
electrónica. ......................................................................................................................................... 1914
Decreto-Lei nº 45/2013:
Altera o artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 6/2011, de 31 de Janeiro, que regula a organização do Boletim Oficial. ...... 1914
Resolução nº 113/2013:
Autorizada a Universidade de Cabo Verde a criar uma unidade orgânica com a denominação de Escola
do Mar. ............................................................................................................................................... 1915
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA:
Portaria nº 52/2013:
Altera o artigo 47º do Regulamento do Código da Estrada, aprovado pela Portaria nº 40/97, de 3 de Julho...............1915
MINISTÉRIO DO AMBIENTE, HABITAÇÃO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO:
Portaria nº 53/2013:
Procede à Ratificação do Plano Director Municipal (PDM) da Brava.................................................. 1916
Usando da competência conferida pela alínea c) do O presente Decreto Presidencial entra imediatamente
artigo 136.º da Constituição, o Presidente da República em vigor.
decreta o seguinte: Publique-se.
Artigo 1.º
Palácio da Presidência da República, na Praia, a 15 de
Outubro de 2013. – O Presidente da República, JORGE
É dada por finda, sob proposta do Governo, a comissão CARLOS DE ALMEIDA FONSECA
de serviço do Senhor Domingos Dias Pereira Mascare- Referendado aos 21 de Outubro de 2013
nhas do cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipo-
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
tenciário da República de Cabo Verde junto da República
de Angola. ––––––
Artigo 2.º
Decreto-Presidencial n.º 13/2013
de 11 de Novembro
O presente Decreto Presidencial entra imediatamente Usando da competência conferida pela alínea c) do
em vigor. artigo 136.º da Constituição, o Presidente da República
decreta o seguinte:
Publique-se.
Artigo 1.º
Palácio da Presidência da República, na Praia, a 15 de É nomeado, sob proposta do Governo, o Senhor Do-
Outubro de 2013. – O Presidente da República, JORGE mingos Dias Pereira Mascarenhas para exercer, em
CARLOS DE ALMEIDA FONSECA comissão ordinária de serviço, o cargo de Embaixador
Extraordinário e Plenipotenciário da República de Cabo
Referendado aos 21 de Outubro de 2013 Verde junto da República Federativa do Brasil.
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves Artigo 2.º
O presente Decreto Presidencial entra imediatamente
–––––– em vigor.
Publique-se.
Decreto-Presidencial n.º 12/2013
Palácio da Presidência da República, na Praia, a 15 de
de 11 de Novembro Outubro de 2013. – O Presidente da República, JORGE
CARLOS DE ALMEIDA FONSECA
Usando da competência conferida pela alínea c) do
artigo 136.º da Constituição, o Presidente da República Referendado aos 21 de Outubro de 2013
decreta o seguinte: O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
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––––––
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
Decreto-Legislativo nº 2/2013
–––––– de 11 de Novembro
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de Verificação de Incapacidades, que comprovem ser 2. O disposto no número anterior não prejudica os
prejudicial para a saúde a prestação de trabalho nos regimes de duração semanal inferior já existentes, nem
parâmetros normais estabelecidos no diploma, é lhes os que venham a ser estabelecidos nos termos previstos
concedida uma redução da carga horária por despacho do no presente diploma.
dirigente máximo de serviço, sem prejuízo de, em diploma Artigo 4.º
especial, ser fixado um regime específico. Duração diária de trabalho
O presente diploma institui também o regime da 1. A duração diária da prestação do trabalho nos ser-
não sujeição ao horário, traduzindo-se na prestação de viços abrangidos pelo presente diploma é de 7H30 (sete
trabalho não sujeita ao cumprimento de qualquer das horas e trinta minutos).
modalidades de horário nele previstas, nem à observân-
cia do dever geral de assiduidade e de cumprimento de 2. Aos funcionários com deficiência, que comprovem por
duração semanal de trabalho para a execução de um rol atestado médico ou declaração da Comissão de Verificação
de tarefas determinadas e dentro dos prazos determina- de Incapacidades que as funções específicas exercidas
dos, embora sem a dispensa de contacto regular com o nos termos referidos no número anterior afectem a sua
serviço e a obrigatoriedade de sua presença no mesmo, saúde, pode ser concedida uma redução da carga diária,
quando tal se mostrar necessário. mediante despacho do dirigente máximo do serviço, sem
prejuízo do estipulado em diploma especial.
Estabeleceu-se ainda o controlo de assiduidade e Artigo 5.º
pontualidade através de registo automático, mecânico,
Semana de trabalho e descanso semanal
informático, biométrico ou outros a definir por Portaria
do Membro do Governo responsável pela Administração 1. A semana de trabalho é, em regra, de cinco dias.
Pública. 2. Os funcionários da Administração Pública têm di-
Foram ouvidos os sindicatos representativos. reito a um dia descanso semanal, que deve, em princípio,
coincidir com o Domingo.
Assim:
3. Pode também ser concedido pelo Governo, faculta-
Ao Abrigo da autorização concedida pela Lei n.º 36/ tivamente, um dia de descanso complementar que, em
VIII/2013, de 7 de Agosto; e princípio, deve coincidir com o sábado.
No uso da faculdade conferida pela alínea b) do n.º 2 do Secção II
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artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Regimes especiais da duração de trabalho
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2. O período normal de funcionamento diário dos ser- 1. O horário normal de trabalho deve ser cumprido de
viços referidos no número anterior é, em regra, de 9H00 forma rigorosa, respeitando as horas de entrada e saída
(nove horas), funcionando de forma ininterrupta das estabelecidas, sem prejuízo das excepções consagradas
8H00 (oito horas) até às 17H00 (dezassete horas). no presente diploma.
3. Quando o interesse público, nomeadamente, a co- 2. O horário normal de trabalho é das 8H00 (oito horas)
munidade dos utentes o justificar, pode o Governo, fun- as 17H00 (dezassete horas), prestado de forma contínua,
dadamente, fixar diferentes períodos de funcionamento devendo o seu cumprimento ser articulado com os fun-
dos serviços. cionários da seguinte forma:
Artigo 9.º a) Das 8H00 (oito horas) as 16H00 (dezasseis
Controlo da assiduidade e pontualidade horas); ou
1. Os funcionários devem comparecer regularmente ao b) Das 9H00 (nove horas) as 17H00 (dezassete horas).
serviço, às horas que lhes forem designadas e aí permane- 3. A articulação referida no número anterior é da com-
cer continuamente, não devendo dele se ausentar, salvo petência do dirigente máximo do serviço em conformidade
se para tal forem autorizados pelo superior hierárquico com o interesse e a conveniência de serviço.
competente.
4. Todos os funcionários da Administração Pública
2. Não é admitida, com carácter generalizado e de estão sujeitos ao horário normal, salvo determinação em
habitualidade, a tolerância de início de trabalho, deven- contrário da autoridade competente e mediante a autori-
do ser disciplinarmente punidos os funcionários que a zação prévia nos termos do presente diploma.
pratiquem.
5. A prestação de trabalho pelos funcionários não pode
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Administração Pública e pelas Finanças. haja disponibilidade orçamental para o efeito, ser esta-
belecida a isenção de horário de trabalho temporário ou
Artigo 14.º
permanente, total ou parcial, para os funcionários que
Horário especial exerçam funções de fiscalização, de protocolo, de apoio a
1. O horário especial só pode ser autorizado quando se reuniões de órgãos colegiais ou que exijam, permanente
justifique pelas condições particulares do trabalho em ou regularmente, a disponibilidade mais frequente que
certas actividades ou pelo interesse público, designada- a normal.
mente a comodidade dos utentes. 3. Os titulares da isenção de horário de trabalho não
2. A autorização para o estabelecimento de horário estão sujeitos aos limites máximos de duração diária ou
especial é dada por Portaria conjunta dos membros de semanal do trabalho e não têm direito a remuneração
Governo responsáveis pelo sector em que o serviço se por trabalho extraordinário ou nocturno.
integra, pela Administração Pública e pelas Finanças. 4. A isenção de horário não dispensa o funcionário ou
Secção III agente da observância do dever geral de assiduidade e
do cumprimento da duração semanal de trabalho legal-
Não sujeição a horário de trabalho e isenção de horário
mente estabelecido.
Artigo 15.º
5. A isenção de horário de trabalho confere aos titulares
Não sujeição a horário de trabalho referidos no número 2 o direito a uma retribuição adicional
1. A não sujeição a horário de trabalho traduz-se no não a estabelecer por Decreto-Regulamentar.
cumprimento de qualquer das modalidades de horário CAPÍTULO IV
previstas no artigo 10.º, nem à observância do dever geral
de assiduidade e de cumprimento da duração semanal Trabalho extraordinário, nocturno, em feriado
de trabalho. ou dia de descanso
Secção I
2. A não sujeição ao horário de trabalho depende da
prévia autorização, mediante despacho dos membros de Trabalho extraordinário
Governo responsáveis pelo sector em que o serviço se Artigo 17.º
integra e pela Administração Pública, dependendo dos
Noção e prestação trabalho extraordinário
seguintes termos:
1. Considera-se trabalho extraordinário o que, por
a) Descrição das tarefas constantes do plano de
determinação superior, for prestado fora do período de
actividades do serviço;
trabalho diário e não estiver abrangido nem pelo regime
b) Descrição dos prazos para a realização de cada da não sujeição ao horário nem pelo regime da isenção
tarefa; de horário de trabalho.
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2. O trabalho extraordinário só é admitido quando as 3. Se o período de meia hora decorrer em parte do período
necessidades do serviço o exigirem, em virtude de acumu- diurno e outra parte do período nocturno, só pode ser
lação anormal de trabalho ou da urgência na realização remunerado como trabalho nocturno se houver efectiva
de tarefas determinadas. prestação de trabalho para além dessa meia hora.
3. A prestação de trabalho extraordinário é determi- 4. O funcionário não pode, em cada mês, perceber,
nada por despacho escrito e fundamentado do dirigente por trabalho extraordinário, mais do que um terço do
superior do serviço ou equiparado e é condicionada à vencimento fixado na tabela salarial para a respectiva
existência de verba disponível para a respectiva remu- categoria.
neração adicional.
Artigo 19.º
4. A prestação de trabalho extraordinário prevista no
número anterior é obrigatória para os funcionários desig- Dedução no período de trabalho
nados no despacho, salvo o disposto no número seguinte.
1. A dedução no período de trabalho prevista no número
5. O funcionário pode ser dispensado de prestar tra- 8 do artigo 17.º deve ocorrer dentro do ano civil em que o
balho extraordinário quando invoque motivo atendível, trabalho extraordinário foi prestado e pode consistir em:
designadamente o relacionado com as condições particu-
lares de deficiência de que seja portador, a gravidez avan- a) Dispensa, até ao limite de cada dia de trabalho
çada e a guarda de filhos com idade inferior a um ano. por semana;
6. O trabalho extraordinário não pode exceder 2H00 b) Acréscimo do período de férias a gozar no mesmo
(duas) horas por dia, nem determinar um período diário ano, até ao limite de 5 (cinco) dias úteis seguidos.
de trabalho superior a 10H00 (dez) horas, e nem ultrapas-
sar 120H00 (cento e vinte horas) por ano, salvo os casos 2. No caso previsto na alínea b) do número anterior,
especiais expressamente previstos em diploma próprio. o acréscimo pode ser feito nas férias do ano seguinte, se
as razões de serviço impedirem o gozo de férias no ano
7. Os serviços devem preencher e enviar ao serviço de prestação de trabalho extraordinário.
central do Sistema Nacional de Contabilidade Pública,
até ao dia cinco de cada mês, um impresso próprio de Secção II
modelo aprovado por despacho dos membros do Governo
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assegurar as condições previstas no número 2 do artigo ram a fazer parte da gestão aeroportuária, pelo que urge,
12.º, permitindo a boa execução do presente diploma. neste contexto, alterar o disposto no Decreto-Lei n.º 29/95,
2. Enquanto os serviços não se dotarem de espaços de 5 de Junho, estabelecendo normas que disciplinem o
condignos, refeitórios ou cantinas em conformidade com o acesso e o direito de utilização das salas VIP dos aero-
estabelecido no número anterior, os funcionários dispõem portos do país, visando uma política de sustentabilidade
de período equivalente a 45M (quarenta e cinco minutos) e de organização dos serviços a ser prestados.
para as refeições, sem que aos funcionários possam ser
Assim:
imputadas quaisquer responsabilidades por disporem do
referido período de intervalo No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
Artigo 25.º artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Revogação CAPÍTULO I
São revogados a Lei n.º 44/V/98, de 9 de Março, o Disposições gerais
Decreto-Lei n.º 70/97, de 10 de Novembro, a Resolução
Artigo 1.º
n.º 56/97, de 22 de Dezembro e a Portaria n.º 4/2000, de
6 de Março, bem como as disposições que se mostrarem Objecto
contrárias ao presente diploma. O presente diploma regula a utilização das salas VIP
Artigo 26.º dos aeroportos do país.
Entrada em vigor Artigo 2.º
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e) Presidente ou Secretário-Geral dos partidos 2. As entidades referidas no n.º 3 do artigo 3.º podem
políticos com assento parlamentar; fazer-se acompanhar por mais 2 elementos.
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4. Não é ainda permitida a entrada de animais e plan- da DNPE e depende do pagamento antecipado, podendo
tas nas salas VIP. ser em prestação, de uma taxa de utilização, nos termos a
fixar por Portaria dos membros do Governo responsáveis
5. O acesso de viaturas ao recinto VIP é autorizado pelas áreas das Finanças, das Relações Exteriores e das
mediante fornecimento pelo Protocolo de Estado à ASA Infra-estruturas.
das seguintes informações:
2. As entidades mencionadas nas alíneas f) a i) do
a) Número da chapa de matrícula da viatura a n.º 1 e nas alíneas d), m) e p) do n.º 3 do artigo 3.º que,
transportar a entidade a quem se autorizou após a cessação das suas funções, utilizarem as Salas
o acesso à sala; e VIP, pagam igualmente a taxa nos termos referidos no
b) Identificação do condutor da referida viatura. número anterior.
Artigo 12.º
CAPÍTULO III
Fundamentação económico-financeira
Competências
Artigo 9.º
A fixação dos valores da taxa a que se refere o artigo
anterior assenta na estimativa dos custos específicos
Competência do Ministério responsável pelas Relações decorrentes da utilização das Salas VIP, acolhimento,
Exteriores
embarque e assistência personalizada às entidades com
Compete ao Ministério responsável pelas relações direito à sua utilização, acesso aos serviços oferecidos,
exteriores, através da DNPE, garantir a observância bem como a sua gestão e manutenção.
das regras protocolares nos aeroportos, tomando todas Artigo 13.º
as medidas e providências que para tanto se mostrarem
Incidência objectiva
necessárias, assegurando, nomeadamente:
A taxa estabelecida pelo presente diploma incide sobre
a) O direito à utilização das salas VIP às entidades
as utilidades decorrentes da utilização das Salas VIP,
referidas no artigo 3.º;
que consistem em:
b) O acolhimento, embarque e assistência
a) Proporcionar aos utentes acolhimento, embarque
personalizada, à chegada e à partida, das
e assistência personalizada;
seguintes entidades:
b) Assegurar aos utentes os serviços disponíveis;
i. As referidas no n.º 1 do artigo 3.º, bem como os
seus homólogos estrangeiros; c) Garantir a gestão e a manutenção das Salas VIP;
e
ii. Embaixadores que pela primeira vez se
deslocam ao país para apresentarem as suas d) Garantir a segurança e vigilância permanente
Cartas Credenciais e no termo da sua missão; e das Salas VIP.
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1. O sujeito activo gerador da obrigação de pagamento Nos últimos anos, o Governo tem implementado um con-
da taxa a cobrar no âmbito da utilização das Salas VIP junto de programas para a modernização tecnológica que
é a ASA. tem como objetivo primordial facilitar a vida dos cidadãos, a
actividade das empresas, bem como aumentar a disponibi-
2. Os sujeitos passivos da obrigação de pagamento da lidade e melhorar a qualidade dos serviços públicos.
taxa a cobrar no âmbito da utilização das Salas VIP são
os serviços das entidades referidas no n.º 3 do artigo 3.º O Governo de Cabo Verde tem igualmente desenvolvido
ou essas próprias entidades quando não estão em missão um conjunto de iniciativas públicas para a promoção das
de serviço, e as entidades referidas no n.º 2 do artigo 11.º. tecnologias de informação e comunicação e a introdução
de novos processos de relacionamentos em sociedade,
Artigo 15.º nomeadamente a relação entre os cidadãos e o Estado,
Cobrança e destino da taxa com vista ao fortelecimento da sociedade de informação
e da governação electrónica (e-gov), que têm como base
1. Compete à ASA assegurar a cobrança da taxa pre- a certificação digital. Neste âmbito, foi fundamental a
vista no presente diploma. aprovação do Decreto-lei n.º 33/2007, de 24 de Setem-
bro, que regula o uso da assinatura electrónica, sua
2. O produto da taxa a ser cobrada constitui receita
eficácia jurídica, a actividade de certificação, bem como
da ASA e destina-se a suportar os custos decorrentes da
a contratação electrónica, que veio a clarificar o regime
utilização das Salas VIP, dos serviços ali oferecidos, bem
aplicável às assinaturas electrónicas de pessoas colecti-
como garantir a sua gestão e manutenção.
vas e conferiu valor probatório as assinaturas digitais.
Artigo 16.º
A actividade de certificação digital está sujeita a con-
Actualização stantes evoluções tecnológicas que impõem a revisão e
adaptação do regime jurídico anteriormente aprovado, a
Os valores da taxa prevista no artigo 11.º podem ser fim de garantir maior segurança na utilização de novas
actualizados, em função da reavaliação dos custos decor- tecnologias de informação e comunicação nos sectores
rentes da utilização das Salas VIP, mediante portaria públicos e privados.
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3. […]. Assim:
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
4. São admitidos excepcionalmente, certificados emiti- artigo 204º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
dos no exterior por entidades certificadoras devidamente
Artigo 1.º
credenciados pela Autoridade Credenciadora, para efeito
exclusivo de passaporte electrónico, Título de Residência Alteração do Decreto-Lei n.º 6/2011, de 31 de Janeiro
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(TRE) e Cartão Nacional de Identidade (CNI). É alterado o artigo 35.º do Decreto-Lei n.º 6/2011, de 31
Artigo 3.º
de Janeiro, que regula a organização do Boletim Oficial,
que passa a ter a seguinte redacção:
Revogação
“Artigo 35.º
É revogado o n.º 4 do artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 33/2007, Gratuitidade e pagamento pela publicação de actos
de 24 de Setembro, que passa a ter a seguinte redacção: 1. São publicados gratuitamente no Boletim Oficial
“Artigo 51.º todos os actos previstos no n.º 1 do artigo 269.º da Con-
stituição da República.
Decisão
2. Estão sujeitos a pagamento pela entidade que os
1. […] remeta para publicação todos os actos não referidos no
número anterior, independentemente da entidade emitente.
2. […] 3. O pagamento a que se refere o número anterior é
regulado pela tabela aprovada pelo Conselho de Admin-
3. […] istração da INCV e submetida a homologação do membro
do Governo responsável pela edição do Boletim Oficial.
4. Revogado.
4. A INCV deve estabelecer condições de pagamento
5. […]”. dos actos e disponibilizar meios de pagamento em tempo
real, por via electrónica ou por via presencial, de modo a
Artigo 4.º tornar mais célere o procedimento de pagamento.”
Entrada em vigor Artigo 2.º
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[…] Ratificação
5. As chapas de matrículas dos veículos automóveis É ratificado o Plano Director Municipal (PDM) da Brava
pertencentes aos membros do corpo diplomático e corpo cujo Regulamento, planta de ordenamento e planta de
consular acreditados no país têm o fundo branco e letras, condicionantes são publicados em anexo à presente Por-
algarismos e traços a vermelho, e o primeiro grupo de taria, dela fazendo parte integrante.
letras é CD ou CMD, CC e FM, respectivamente. Artigo 2º
Entrada em vigor
6. […]
Artigo 2º
A presente Portaria entra em vigor na data da sua
publicação.
Entrada em vigor
Gabinete do Ministro do Ambiente, Habitação e Or-
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao denamento do Território, na cidade da Praia, aos 9 de
da sua publicação. Outubro de 2013. – O Ministro, Emanuel Antero Garcia
da Veiga
Gabinete da Ministra da Administração Interna, aos
31 de Outubro de 2013. – A Ministra, Marisa Helena do REGULAMENTO DO PLANO DIRECTOR
Nascimento Morais MUNICIPAL DA BRAVA
CAPÍTULO I
––––––o§o––––––
Disposições Gerais
MINISTÉRIO DO AMBIENTE, HABITAÇÃO Artigo 1º.
E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Objectivo
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b) Regulamento; Artigo 7º
Hierarquia
c) Planta de enquadramento;
O PDM-BR é o instrumento orientador dos planos ur-
d) Planta de condicionantes especiais;
banísticos de nível inferior que vierem a ser elaborados,
e) Planta de ordenamento; os quais devem conformar-se com as suas disposições.
Artigo 8º
f) Esquema de desenvolvimento;
Aplicação supletiva
g) Plantas informativas:
Na ausência de outros planos urbanísticos, as disposições
i. Elementos hidrológicos; do PDM-BR têm aplicação directa.
ii. Espaços naturais protegidos; Artigo 9º
Definições
iii. Equipamentos;
Para efeitos do Regulamento deste PDM, são adoptadas
iv. Património; e as seguintes definições:
v. Unidades ambientais homogéneas. a) Cave: zonas não habitáveis, afectas a fogos ou
a actividades económicas abaixo da cota de soleira;
2. Para a definição dos condicionamentos da edificabi-
lidade sempre serão considerados cumulativamente os b) Condicionantes: restrições de uso do solo, que
referentes à planta de ordenamento e à planta de con- se sobrepõem às categorias de espaços,
dicionantes especiais, prevalecendo os mais restritivos. considerando os constrangimentos resultantes
Artigo 4º
dos aspectos de segurança e de interesse público;
1. O PDM-BR tem um período de vigência de 12 (doze) d) Índice de implantação máximo: quociente máximo
anos a contar a partir da data de entrada em vigor, po- possível, expressado em percentagem, entre a
dendo ser revistos dentro deste período, sem prejuízo da área de implantação e a área da parcela ou
sua validade e eficácia. do lote;
2. O PDM-BR pode ser revisto antes do prazo previsto e) Lote: terreno marginado por arruamento, destinado
no número 1 deste artigo, desde que: a construção, resultante de uma operação de
loteamento devidamente licenciada;
a) Decorridos 8 (oito) anos de vigência, o solo
ocupado por novas construções represente f) Parcela: terreno correspondente a um ou mais
mais de 66% do solo previsto no PDM para objectos cadastrados, que não tenha resultado
ocupação; de uma operação de loteamento;
g) Pisos: valor numérico resultante do somatório
b) Decorridos 8 (oito) anos de vigência, o solo
de todos os pavimentos acima do solo, com
ocupado por novas construções não ultrapasse
exclusão de garagens em cave e áreas técnicas;
33% do solo previsto no PDM para ocupação;
h) Reservas para dotações: superfícies de solo
c) O determinem as perspectivas de desenvolvimento
classificado como que devem ser reservadas
económico e social do município;
para garantir a colocação de dotações de
d) Torne-se necessária a sua adaptação a outros carácter comunitário público e expressam-se
instrumentos de gestão; ou em módulos e percentagens, podendo dar lugar
a expropriações, cessões ou transferências
e) Entrem em vigor leis ou regulamentos que de aproveitamentos urbanísticos, mediante
colidam com as respectivas disposições ou acordos de diferente índole entre a
que estabeleçam servidões administrativas administração pública competente em
ou restrições por utilidade pública. matéria urbanística e os proprietários do solo
objecto da reserva;
Artigo 6º
Complementaridade
i) Servidão: Constitui um encargo ou ónus imposto
sobre a propriedade e limitadora do direito de
O presente Regulamento complementa e desenvolve a propriedade, sendo ela administrativa, quando
legislação aplicável no território do município. imposta por razões de interesse público.
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tadores de interesse cultural relevante, designadamente e a classificação de espaços nestas áreas tem por objec-
histórico, arqueológico, documental, artístico, etnográfico, tivo harmonizar os regimes de classificação de espaços
científico, social ou técnico, devam ser objecto de especial territoriais envolventes à orla costeira com o regime de
protecção e valorização e concentram-se no centro históri- utilização da faixa do domínio hídrico, sendo que a faixa
co de Nova Sintra, além de alguns elementos singulares marítima estabelecida pelo PDM-BR é de 120 m (cento
identificados na carta 06-elementos patrimoniais, fase e vinte metros), uma possibilidade prevista nos termos
caracterização e diagnóstico do PDM. do Decreto-Legislativo n.º 2/2007, de19 de Julho, que
aprova os princípios e as normas de utilização de solos.
ii. De património natural:
ii. Infra-estruturas públicas:
Bens que são portadores de interesse natural e paisa-
gístico relevante, identificados na fase de caracterização Recolhe as áreas, locais e bens imóveis sujeitos a servi-
e diagnóstico do PDM, carta 06-elementos patrimoniais dões administrativas, equipamentos de saúde, escolares,
e os propostos como novas áreas protegidas, carta09- desportivos, de recreio, sociais e administrativos assina-
proposta espaços naturais protegidos. lados na carta 05-equipamentos, fase de caracterização e
iii. Zonas de recursos e equipamentos hídricos: diagnóstico do PDM, e também recolhe os equipamentos,
são aquelas em torno dos equipamentos e redes de distribuição de energia e a rede de estradas e
infra-estruturas hidráulicas furos, nascentes, caminhos do município, tal como estabelecido no Decreto-
reservatórios, entre outros, que desempenham Legislativo nº 4/2005, de 26 de Setembro que altera o
uma função de protecção desses elementos e Código de Estradas e no Decreto-Lei nº26/2006 de 6
assegurem a pureza, a potabilidade das águas, de Março que estipula as normas por que rege o Plano
assinalados na carta 05-equipamentos, fase Rodoviário.
caracterização e diagnóstico do PDM, e o raio de 3. As áreas de servidão e restrição são as seguintes:
protecção, até a elaboração do Plano Especial de
Infraestruturas Municipais (PEIM) proposto, é a) Estradas nacionais: consideram-se nacionais,
de 250 m (duzentos e cinquenta metros). todas as vias de comunicação que estabelecem
a ligação entre sedes de concelho, a área de
iv. Zonas de alta infiltração: são aquelas servidão e restrição à edificação é composta
que pelas suas características geológicas e por faixa adjacente não edificável ao longo
morfológicas, particularmente de porosidade
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b) Tenham sistema de evacuação de resíduos, b) Nas edificações em que esteja previsto um segundo
através de rede de esgotos ou de um sistema piso e enquanto este não for construído, o
individual de tratamento dos mesmos; e tecto do primeiro piso deve ser acabado com
soluções provisionais que garantam a criação
c) Tenham abastecimento de energia eléctrica, de uma câmara-de-ar ventilada como coberta
através de uma rede pública ou de um sistema e não prejudiquem a qualidade paisagística
próprio de produção de energia renovável. do lugar.
2. Como excepção aos requisitos a), b) e c) do número 1
8. A Câmara Municipal pode pedir a elaboração de um
deste artigo, em casos devidamente justificados e autori-
projecto que regule os aspectos formais e compositivos
zados pela Câmara Municipal da Brava, pode-se edificar
da edificação ou do conjunto daqueles sectores que con-
quando o Plano Especial de Infra-estruturas Municipais
siderem de interesse.
(PEIM), proposto pelo PDM-BR no relatório de ordena-
mento, esteja efectivamente elaborado. 9. Considerações da acção sísmica no projecto de edifi-
3. Nos solos dos aglomerados urbanos para os quais o cação, construção, reformae conservação das edificações:
PDM-BR exige um Plano Detalhado (PD), não se pode a) Âmbito de aplicação: novos projectos, obras de
edificar enquanto o dito plano não seja aprovado e não reabilitação ou restauração que impliquem
terem sido executadas as infra-estruturas mínimas de modificações substanciais da estrutura; e
serviços que o mesmo determine, devendo estas, pelo
menos, contemplar os requisitos do número um, sem b) Regras de desenho e prescrições construtivas:
prejuízo dos que possam vir a ser estabelecidos no PD.
i. Forma do edifício: a disposição em planta
4. Nos solos dos aglomerados rurais para os quais o será tão simétrica e regular oquanto possível,
PDM-BR exige um Plano Detalhado (PD) se pode edificar tratando de conseguir, nos elementos
em casos devidamente justificados e autorizados pela Câ- resistentes, uma composição com dois eixos
mara Municipal, sempre que cumpram, pelo menos, com de simetria ortogonais;
os requisitos previstos no número um ou dois deste artigo.
ii. Disposição das massas: a massa total de uma
Artigo 25º
planta não deve excederem mais de 15% as
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a) Ter ventilação cruzada; caso a habitação tenha uma Nas áreas edificáveis é interdita a instalação de par-
cobertura plana, deve adoptar uma solução de ques de sucata e depósitos de resíduos, e a armazenagem
tecto ventilado com câmara-de-ar; e grossista de produtos explosivos e inflamáveis.
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preservação é necessária, são incompatíveis com o uso rurais em que o uso agrícola do solo constitui uma
habitacional não associado ao uso do solo. alternativa com pouca valia económica devido às ca-
racterísticas pedológicas e, por isso, têm sido ocupadas
2. Nas zonas agrícola exclusiva está permitido: com florestações ou têm mantido um aproveitamento
dominantemente silvo-pastoril.
a) A preservação dos usos agrícolas pre-existentes,
sendo que este uso compreende a execução da 2. Nestas zonas agro-silvo-pastoril está permitido:
actividade agrícola em terrenos já preparados
a) O gado estabulado familiar: este nível de uso é
para seu desenvolvimento em forma
considerado compatível com carácter geral nas
tradicional e com intensidade média e alta;
fazendas de cultivo e inclusive com as casas
b) Como intervenções próprias só são consideradas localizadas em áreas rústicas, e a unidade
a remoção de exemplares da flora e a fauna produtiva familiar desenvolve no interior de
selvagem dentro das áreas de cultivo, sempre cada fazenda actividades de aproveitamento
que não estejam protegidas, ademais das de pecuário com um espaço limitado, sem
plantação e recolecção de cultivos; prejuízo de que os animais, possam passar
parte do seu tempo em pastoreio;
c) A produção de pasto e ou desenvolvimento
b) O gado estabulado de forma tradicional: dentro
de experiências com espécies autóctones
desta categoria incluem-se as instalações que
forrageiras;
ultrapassem 10 (dez) cabeças em explorações
d) As novas estruturas de fiação não aéreos, de bovino ou 5 (cinco) exemplares mães de
eléctricos ou telefónicos e as infraestruturas suíno, ou existindo estas duas espécies, que a
hidráulicas e de saneamento que devam ser soma do dobro do número de porcas mães mais
instaladas na zona. as cabeças bovinas seja superior a 10 (dez);
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suficiente que necessitem de amenização por intermédio áreas com solos muito pobres, com declives excessivos,
destas áreas. presença de afloramentos rochosos e acentuada secura.
2. Para efeitos de manutenção das condições actuais, 2. Nestas áreas é excepcional o uso habitacional, sendo
são também incluídos na categoria de verde de protecção aplicável a medidas estabelecidas na legislação florestal
e de enquadramento aqueles terrenos situados em volta em relação ao regime de usos e autorizações como corte
das áreas edificáveis e que o PDM-BR considera neces- de madeira, solta de gado, colecta de pastos e lenha, etc.
sário salvaguardar da edificação com vista a impedir a Artigo 32º
formação de um contínuo edificável, mantendo áreas
Área costeira
livres entre aquelas que se consideram adequadas para
seu desenvolvimento urbano. 1. A área costeira coincide com a orla marítima do
3. Os espaços verdes de protecção e enquadramento município.
delimitados em volta das áreas edificáveis mantêm as 2. Aproveitando a possibilidade prevista no Decreto-
condições actuais, não podendo neles ser feita qualquer Legislativo n.º 2/2007, de 19 de Julho, que aprova os
tipo de nova edificação para manter os usos existentes princípios e as normas de utilização de solos, a faixa
sempre que não sejam incompatíveis com os condicio- marítima de protecção é de 120m (cento e vinte metros).
nantes especiais.
3. Enquanto não for estabelecido um regulamento
4. É permitido na categoria verde de protecção e de específico para a pesca desportiva e de mergulho, devem
enquadramento o seguinte: ser controlados os actuais pontos de práticas destas
a) As actividades ligadas à investigação científica, actividades.
sempre que sejam compatíveis com a Artigo 33º
protecção e restauração destes espaços;
Categoria paisagística
b) As actuações viradas para a conservação,
1. Correspondem aos relevos insulares mas signifi-
recuperação e restauração dos recursos
cativos, de difícil utilização humana e que, do ponto de
naturais da zona, especialmente as da flora e
vista rural e também de paisagem, formam conjuntos
fauna ameaçadas;
harmónicos que devem ser preservados, mantendo as
c) O acesso a pé pelos caminhos tradicionais em suas actividades actuais como agricultura, pecuária,
condições securas; e entre outras actividades adequadas a esta categoria.
d) As actividades agropecuárias tradicionais, até 2. O destino previsto para esta categoria e a conservação
a realização de um estudo da capacidade do valor paisagístico, natural ou antropizado, e das ca-
de carga pecuária da ilha, que determina racterísticas fisiográficas dos terrenos.
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3. Esta área é incompatível com o uso habitacional. das fontes de água existentes ou previstas,
é de 2 (dois) habitações/há (hectares) e para
4. Usos permitidos na categoria paisagística: efeitos deste cálculo, as unidades de turismo
a) O aproveitamento dos seus recursos naturais como habitacional são consideradas em função do
a actividade agrícola e pecuária existente; número de camas previstas, contando uma
habitação por cada 5 (cinco) camas.
b) As repovoações florestais e o aproveitamento
florestal das massas existentes e) São interditas as unidades de turismo de rural
com mais de 10 (dez) camas;
c) O acondicionamento da rede viária, atalhos e
vias existentes; f) A altura máxima das edificações no solo rústico
é de um piso; e
d) A integração paisagística das edificações e infra-
estruturas existentes; g) A cobertura das edificações deve ser inclinada,
com excepção daquelas não associadas à
e) As actuações de infra-estrutura de novas redes habitação ou turismo rural que pela sua
como viária, eléctrica, entre outros, sempre função requeiram outra solução.
que estiverem validadas por declaração de
Artigo 36º
impacto ambiental favorável; e
Limitações de uso
f) Os novos equipamentos para uso didáctico e
divulgativo como miradouros, veredas, áreas O PDM-BR classifica as categorias de espaços em
recreativas, entre outros. função das suas característicasfísicas e potencialidades
e, em consonância com o modelo de desenvolvimento que
Artigo 34º
propõe, estabelece as limitações de usos constantes no
Determinações para as áreas não edificáveis quadro IV em anexo do qual faz parte integrante.
b) São admitidas as edificações destinadas a usos ii. Tenha um reduzido impacto ecológico e
agrícolas e pecuários; paisagístico.
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água como depósitos, redes de abastecimento fica sujeita iv. Domos fonolíticos da Brava: com interesse
a parecer prévio positivo da Câmara Municipal. geológico.
5. As instalações telefónicas, de rádio e de televisão b) Paisagem Protegida:
devem ser localizadas nas zonas de desenvolvimento dos
aglomerados urbanos ou rurais podendo, excepcional- i. Bacias torrenciais do Sul: com interesse geológico,
mente, a Câmara Municipal autorizar a sua colocação geomorfológico e biodiversidade litoral;
fora deste âmbito, quando estiver devidamente justifi- ii. Ferreiros: com interesse geomorfológico,
cada a sua necessidade. paisagístico e antropológico;
6. Antes de realizar qualquer nova construção deve-se iii. Portete: com interesse geomorfológico e
ter em conta a possibilidade de aproveitar e reabilitar as paisagístico;
estruturas pré-existentes.
iv. Fajã d’Água: com interesse geomorfológico,
7. As obras a realizar não podem alterar significativa- paisagístico e antropológico; e
mente a superfície do terreno, de forma a evitar danos v. Campo das Fontes: com interesse geológico,
desnecessários à vegetação, ao solo e aos demais recursos, geomorfológico, paisagístico e antropológico.
acautelando o desencadeamento de processos erosivos.
2. Enquanto os ditos espaços não estiverem oficialmen-
8. As obras públicas devem prever nos seus projectos te reconhecidos dentro da Rede de Áreas Protegidas e não
a procedência dos materiais, assim como o destino dos tiverem sido realizados e aprovados os respectivos Planos
seus escombros. Especiais de Ordenamento, previstos na legislação vigente,
os espaços propostos manter-se-ão os usos e restrições
9. O dimensionamento das infra-estruturas e instalações determinados pelo PDM-BR para as distintas classes de
de uma nova edificação ajustar-se-ão às necessidades espaço que corresponda a cada caso.
futuras e sua finalidade, o que deve ser devidamente
analisado e justificado. CAPÍTULO V
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2. O PDM-BR indica na planta de ordenamento as 3. Os PD’s que abrangem áreas de tecidos urbanos exis-
áreas que devem ser abrangidas por planos Detalhados. tentes mas com baixo nível de consolidação, identificados
também na planta de ordenamento como aglomerado
3. O PDM-BR delimita 2 (dois) PD’s para o sistema
rural, mas que nomearemos como de consolidação, têm
urbano, tendo em conta que um deles inclui alguns aglo-
como principal objectivo assegurar que a ocupação destas
merados rurais associados a Nova Sintra, e 4 (quatro)
áreas produza-se com as redes de infra-estruturas e as
PD’s para aglomerados rurais, um também agrupando
dotações necessárias, sendo que para o PDM da Brava
vários pequenos aglomerados:
este PD retoma os novos sectores de Cova Joana.
a) PD_01_AU-NS /Nova Sintra e aglomerados 4. Os PD’s que abrangem áreas onde não existe edi-
rurais associados; ficação, identificados na planta de ordenamento como
b) PD_02_AU-FUR /Furna; novo solo habitacional mista, novo solo aglomerado rural
e novos sectores de desenvolvimento turístico, e que no-
c) PD_03_AR-CJ/CB /eixo Cova Joana/Campo Baixo); mearemos como de extensão ou da nova criação, têm de
d) PD_04_AR-FAJ /Fajã d’Água; assegurar a continuidade com as redes urbanas existen-
tes e o PDM propõe aqui novos sectores para aglomerados
e) PD_05_AR-CAC /Cachaço; e rurais associados a Nova Sintra, sectores turísticos de
Fajã d’Agua, novos sectores para os aglomerados rurais
f) PD_06_AR-PAL/ Palhal.
de Cova Joana, Mato e Campo Baixo e, finalmente, o
4. Os PD’s delimitados para o sistema urbano têm por crescimento de Cachaço.
objectivo o ordenamento conjunto dos núcleos existentes
5. Os PD’s que abrangem áreas de tecidos urbanos
e as suas extensões, devendo ser mantidas as faixas de
existentes que necessitam ser reabilitados e melhorados,
protecção livres de edificações de acordo com o que esta-
identificados na planta de ordenamento como habitacio-
belece este PDM.
nal mista e aglomerado rural, mas que designaremos
5. Os PD’s devem ser elaborados seguindo as determi- como de reabilitação e melhoria urbana, têm como prin-
nações estabelecidas pelo PDM-BR para as diferentes cipal objectivo assegurar a melhoria urbana destas áreas,
categorias de espaços, e no que se refere às reservas introduzindo novas redes de infra-estruturas, novas
de dotações e parâmetros urbanísticos máximos, sem dotações públicas, reabilitar o tecido urbano existente
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prejuízo de poder vir a ser determinado, em função de e melhorar a estrutura urbana dos sectores marcados
ordenações concretas, um maior nível de dotação ou pa- e para o PDM da Brava estes PD’s absorvem 2 (dois)
râmetros urbanísticos mais baixos. subúrbios do núcleo urbano de Furna e o aglomerado
rural de Palhal.
Artigo 41º
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tentes incompatíveis com os condicionamentos especiais Quadro III. Módulos mínimos de reserva / solos usos terciários e industriais
determinados pelo PDM-BR.
Artigo 44°
Contra-ordenações
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I SÉRIE
BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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