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BOLETIM OFICIAL
ÍNDICE
2 590000 001732
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
Decreto presidencial n.º 24/2018:
Dá por finda, sob proposta do Governo, a comissão de serviço do Senhor CÉSAR AUGUSTO ANDRÉ
MONTEIRO no cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Cabo Verde
junto da República de Cotê d’Ivoire. ............................................................................................1618
Decreto presidencial n.º 25/2018:
Nomeia, sob proposta do Governo, o Senhor INÁCIO FELINO ROSA DE CARVALHO para exercer, em
comissão ordinária de serviço, o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República
de Cabo Verde junto da República de Cotê d’Ivoire, com residência em Dakar, Senegal. ................1618
Decreto presidencial n.º 26/2018:
Nomeia, sob proposta do Governo, o Senhor JOSÉ FILOMENO DE CARVALHO DIAS MONTEIRO para
exercer, em comissão ordinária de serviço, o cargo de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário
da República de Cabo Verde junto da Hungria, com residência em Bruxelas, Bélgica. ............1618
Decreto presidencial n.º 27/2018:
Dá por finda, sob proposta do Governo, a comissão de serviço do Senhor JOSÉ LUÍS JESUS no cargo
de Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República de Cabo Verde junto do Estado de
Israel, com efeitos a partir de 27 de Junho de 2018. . .................................................................1618
Decreto presidencial n.º 28/2018:
Nomeia, sob proposta do Governo, em comissão de serviço, para os cargos abaixo indicados, os seguintes
cidadãos: I. JOÃO DA CRUZ BORGES SILVA, Auditor Sénior, nível I, para exercer o cargo de
Presidente do Tribunal de Contas; II. ANA FILOMENA LIVRAMENTO DOS REIS, Juiz de Direito
de 1.ª Classe, para exercer o cargo de Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas; III. JOSÉ MARIA
MENDES CARDOSO, Inspector Superior de Finanças Sénior, nível II, para exercer o cargo de Juiz
Conselheiro do Tribunal de Contas; IV. VICTOR MANUEL VARELA MONTEIRO, Auditor Sénior,
nível III, para exercer o cargo de Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas. V. CLAUDINO MARIA
MONTEIRO SEMEDO, Técnico Especialista de Finanças, referência 16, escalão D, para exercer o
cargo de Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas. .......................................................................1618
CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-lei nº 55/2018:
Aprova o Estatuto da Inspeção-Geral do Trabalho.............................................................................1619
Decreto-lei nº 56/2018:
Estabelece o regime jurídico das sociedades de desenvolvimento regional. . ...................................1631
Resolução n.º 116/2018:
Autoriza o Instituto de Estradas a realizar despesas com o Contrato de Empreitada de Serviços de
Manutenção Corrente em Estradas Nacionais, na ilha de São Nicolau. ....................................1635
Resolução n.º 117/2018:
Autoriza a transferência de verbas do Ministério das Finanças para o Conselho Superior do Ministério
Público. ...........................................................................................................................................1636
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de 24 de outubro
Outubro de 2018. — O Presidente da República, JORGE
Usando da competência conferida pela alínea c) do CARLOS DE ALMEIDA FONSECA
artigo 136.º da Constituição, o Presidente da República
decreta o seguinte: Referendado aos 23 de outubro de 2018
Artigo 1.º O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva
É nomeado, sob proposta do Governo, o Senhor INÁCIO ––––––
FELINO ROSA DE CARVALHO para exercer, em
comissão ordinária de serviço, o cargo de Embaixador Decreto presidencial n.º 28/2018
Extraordinário e Plenipotenciário da República de Cabo
Verde junto da República de Cotê d’Ivoire, com residência de 24 de outubro
em Dakar, Senegal. Usando da competência conferida pelos artigos 135.º,
Artigo 2.º n.º 2, alínea e) e 203.º, n.º 2, alínea d) da Constituição da
República de Cabo Verde, bem como pelo artigo 15.º da
O presente Decreto Presidencial entra imediatamente Lei n.º 24/IX/2018, de 2 de Fevereiro, o Presidente da
em vigor. República decreta o seguinte:
Publique-se. Artigo Primeiro
Palácio do Presidente da República, na Praia, aos 18 de São nomeados, sob proposta do Governo, em comissão
Outubro de 2018. — O Presidente da República, JORGE de serviço, para os cargos abaixo indicados, os seguintes
CARLOS DE ALMEIDA FONSECA cidadãos:
Referendado aos 19 de outubro de 2018 I. JOÃO DA CRUZ BORGES SILVA, Auditor Sénior,
nível I, para exercer o cargo de Presidente do
O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva Tribunal de Contas;
–––––– II. ANA FILOMENA LIVRAMENTO DOS REIS, Juiz
Decreto presidencial n.º 26/2018 de Direito de 1.ª Classe, para exercer o cargo
de Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas;
de 24 de outubro III. JOSÉ MARIA MENDES CARDOSO, Inspector
Usando da competência conferida pela alínea c) do Superior de Finanças Sénior, nível II, para
artigo 136.º da Constituição, o Presidente da República exercer o cargo de Juiz Conselheiro do Tribunal
decreta o seguinte: de Contas;
Artigo 1.º IV. VICTOR MANUEL VARELA MONTEIRO, Auditor
Sénior, nível III, para exercer o cargo de Juiz
É nomeado, sob proposta do Governo, o Senhor JOSÉ Conselheiro do Tribunal de Contas.
FILOMENO DE CARVALHO DIAS MONTEIRO para
exercer, em comissão ordinária de serviço, o cargo de V. CLAUDINO MARIA MONTEIRO SEMEDO,
Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Técnico Especialista de Finanças, referência
de Cabo Verde junto da Hungria, com residência em 16, escalão D, para exercer o cargo de Juiz
Bruxelas, Bélgica. Conselheiro do Tribunal de Contas;
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Artigo 3.º
Sede
Atribuições
A IGT tem a sua sede na Cidade da Praia.
São atribuições da IGT, designadamente as seguintes:
Secção III
a) Fiscalizar e assegurar a aplicação das disposições Direção da Inspeção Geral do Trabalho
legais relativas às condições de trabalho e a
proteção dos trabalhadores no exercício das Artigo 8.º
suas funções;
Direção
b) Fiscalizar e fazer cumprir as normas respeitantes
ao cumprimento das disposições legais relativas 1. A IGT é dirigida pelo Inspetor-Geral do Trabalho,
ao emprego e ao trabalho de menores; provido nos termos da lei.
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g) Impor, sempre que necessário, a comparência nos c) Assegurar a recolha e o tratamento da informação
serviços de qualquer trabalhador ou entidade relativa à atividade inspetiva e os pedidos de
empregadora e respetivas associações; intervenções, nomeadamente para efeitos
estatísticos e para resposta a solicitações de
h) Conceder as autorizações que legalmente incumbam outras entidades;
à IGT no âmbito das relações de trabalho;
d) Apresentar ao IGT, relatórios trimestrais, das
i) Determinar inspeções internas aos serviços da IGT; suas atividades;
j) Aprovar e controlar a aplicação e o cumprimento e) Acompanhar todo o processo referente aos pedidos
de regulamentos internos, nos termos da lei; de intervenções;
k) Avaliar, nos termos legais, o mérito profissional f) Coordenar estudos sobre sinistralidade laboral;
dos funcionários e agentes da IGT;
g) Exercer outras competências que lhe sejam cometidas
l) Gerir as coimas afetas ao serviço, autorizar despesas em conformidade com a lei;
e exercer outros poderes gerais de administração
financeira e patrimonial, nos termos legais; h) Promoção de Segurança e Saúde no Trabalho, é o
m) Elaborar e submeter à apreciação superior, até serviço responsável pela promoção da segurança
final de cada ano, o programa de atividades da e saúde no trabalho.
IGT para o ano seguinte; 2. Incumbe à Direção dos Serviços de Contraordenação
n) Celebrar protocolos de colaboração, nos termos da (DSCO):
lei, com outras entidades públicas ou privadas, a) Efetuar estudos sobre matérias da competência
nacionais ou internacionais, no âmbito das suas da IGT e promover e/ou colaborar na realização
atribuições; de projetos de interesse para os serviços;
o) Elaborar, até final do 1º trimestre do ano seguinte b) Realizar diagnósticos de necessidades formativas
àquele a que respeita, um relatório anual sobre do pessoal técnico e colaborar na elaboração do
as atividades da IGT; respetivo plano e na avaliação de qualidade e
p) Em geral, exercer, relativamente à IGT, as competências dos resultados da formação ministrada;
legalmente atribuídas aos titulares de cargos
dirigentes de nível IV da Função Pública; c) Prestar o apoio técnico-processual que lhe for solicitado
pelos órgãos e serviços da IGT, designadamente
q) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo membro no domínio das contraordenações laborais;
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3. As ilhas de Santiago, Maio, Fogo e Brava ficam sob Segurança, higiene e saúde nos locais e postos de trabalho
a jurisdição dos serviços centrais, com sede na Cidade
da Praia. 1. Sem prejuízo do estabelecido nos artigos anteriores,
em matéria de segurança, higiene e saúde nos locais e
4. Podem ser criadas, nos termos da lei, delegações postos de trabalho, compete à IGT determinar o seguinte:
regionais nas demais ilhas, caso reputem de indispensáveis
para a prossecução das atribuições da IGT. a) Que sejam realizadas nas instalações das empresas,
dentro de um prazo fixado, as modificações
5. As Delegações Regionais são dirigidas por Delegados necessárias para assegurar a aplicação estrita
Regionais da IGT. das disposições legais respeitante à saúde e
segurança dos trabalhadores;
6. Os Delegados Regionais exercem, nas respetivas áreas b) Que sejam tomadas medidas imediatamente
territoriais, competência inspetiva e outras competências executórias, nos casos de perigo iminente para
que lhes tiverem sido delegadas pelo Inspetor-geral do a vida, saúde ou segurança dos trabalhadores.
Trabalho e, em especial:
2. Sempre que as medidas referidas na alínea b) do número
a) Determinar ações de inspeção; anterior consistir na imediata suspensão de trabalhos
ou encerramento parcial ou total do estabelecimento, o
b) Impor, sempre que necessário, a comparência nos inspetor de trabalho que tiver tomado tal decisão deve
serviços, de qualquer trabalhador ou entidade processá-la através de notificação por escrito ao empregador
empregadora e respetivas associações; ou seu representante, ainda que este não possua título
bastante para o efeito.
c) Proceder a confirmação dos autos de notícia
submetidos à sua apreciação; 3. No caso do número anterior, deve, de imediato, o
inspetor de trabalho elaborar o correspondente relatório
d) Coordenar a instrução dos processos de contraordenação. que merece despacho urgente do superior hierárquico
para efeitos de confirmação.
7. Na sua ausência ou impedimento, o Delegado Regional
é substituído pelo Inspetor designado para o efeito pelo 4. Sem prejuízo da competência legalmente atribuída
Inspetor-Geral do Trabalho. a outros departamentos do Estado e da colaboração que
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com estes deve ser mantida, a IGT, no desenvolvimento 4. A comunicação referida no número anterior deve
da sua ação preventiva e fiscalizadora, articula sempre ser enviada até ao dia dez do mês seguinte ao termo do
que possível com as autoridades licenciadoras, as Câmara trimestre a que respeita e conter os seguintes elementos:
Municipais e as autoridades de saúde, prestando e
recebendo a colaboração que se mostre necessária. a) Nome e nacionalidade do acidentado;
Artigo 17.º b) Indicação da data e lugar da ocorrência;
Ações de inspeção nas áreas do emprego e da segurança social c) Causas do acidente de trabalho ou da doença
profissional;
No desenvolvimento das competências que lhe são
atribuídas nas áreas do emprego e da segurança social, a d) Natureza e extensão da lesão;
IGT articula a sua ação com a dos respetivos responsáveis,
prestando-lhes a colaboração solicitada e deles recebendo e) Parte do corpo atingida;
a documentação e a informação indispensáveis às ações
de inspeção. f) Número de dias de ausência por incapacidade para
o trabalho.
Secção II
Artigo 21.º
a) Antes do início da laboração, a denominação social,
ramo de atividade ou objeto social, endereço Instrução e decisão das contraordenações laborais
da sede e locais de trabalho, identificação e
domicílio dos respetivos gerentes, administradores, Compete à IGT, nos termos da lei, o processamento,
diretores ou membro de órgão de gestão e o instrução e decisão das contraordenações laborais.
número de trabalhadores ao serviço;
Artigo 22.º
b) Sempre que se verifique qualquer alteração aos
Regime aplicável
elementos referidos na alínea anterior, salvo
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2. A instrução pode ser confiada ao pessoal do quadro 4. Nos casos em que a entidade patronal seja uma pessoa
da IGT, mas em caso algum ao autuante ou denunciante. individual, da aplicação deste artigo não pode resultar
uma coima inferior nem superior aos limites mínimo e
Artigo 28.º
máximo fixado no regime geral das contraordenações.
Articulação com o Tribunal de Trabalho e o Ministério
Público Artigo 30.º
b) De 20.000$00 (vinte mil escudos) a 60.000$00 (sessenta O produto das coimas referentes a processos cuja
mil escudos), se o número de trabalhadores for instrução esteja cometida à IGT tem o destino de acordo
de 6 (seis) a 20 (vinte); com o legalmente previsto.
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1. O pessoal de inspeção, dirigente e técnico, encontra- l) Efetuar registos fotográficos, imagens de vídeos
se permanentemente investido nessa qualidade, sendo e medições que sejam relevantes para o
detentor dos poderes de autoridade delas decorrentes. desenvolvimento da ação inspetiva;
m) Determinar a demonstração de processos de
2. No exercício das suas funções, o pessoal referido no trabalho adotados nos locais de trabalho;
número anterior pode:
n) Adotar, em qualquer momento da ação inspetiva,
a) Visitar e inspecionar, a qualquer hora do dia ou as medidas cautelares necessárias adequadas
da noite, e sem necessidade de aviso prévio, os para impedir a destruição, o desaparecimento
locais de trabalho sujeitos à sua fiscalização e ou a alteração de documentos e outros registos
aqueles que fundadamente se suspeita poderem e de situações relacionadas com o referido nas
estar nesse âmbito, sem prejuízo, quanto ao alíneas e) a l), desde que não causem prejuízos
domicílio, das normas de direito processual desproporcionados;
penal em vigor;
o) Notificar o empregador para adotar medidas de
b) Proceder a exames, inspeções, averiguações e prevenção no domínio da avaliação dos riscos
outras diligências julgadas necessárias para profissionais, designadamente, promover, através
se certificar que as leis, os regulamentos e de organismos especializados, medições, testes
outras disposições normativas e contratuais ou peritagens incidentes sobre os componentes
são efetivamente observadas; materiais de trabalho;
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regulamentar pelo membro do Governo responsável pela órgãos de partido, de associações políticas ou de associações
área da Administração do Trabalho. com elas conexas, nem desenvolver atividades político-
Artigo 37.º partidárias de carácter público, ficando suspenso o estatuto
decorrente da respetiva filiação, durante o período de
Detenção, uso e porte de arma desempenho dos seus cargos na IGT.
Ao pessoal dirigente e técnico é permitida a detenção, 7. Ao pessoal dirigente e ao pessoal técnico de inspeção,
uso e porte de arma, nos termos da legislação aplicável aos em serviço efetivo, é vedado, intervir em processos de
agentes policiais, independentemente de licença, valendo inspeção ou outros inerentes ao exercício das funções
como tal o respetivo cartão de identificação emitido nos inspetivas em que sejam visados parentes ou afins de
termos do artigo anterior. qualquer grau da linha reta ou até o 3.º grau da linha
colateral, bem como qualquer pessoa com quem viva em
Artigo 38.º economia comum.
Segredo de justiça e sigilo profissional Artigo 41.º
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2. O Inspetor de trabalho nível II é provido de entre os 9. O inspetor de trabalho especialista nível III, é provido
inspetores de trabalho nível I, reunidos cumulativamente de entre inspetores de trabalho seniores de nível II, reunidos
os seguintes requisitos: cumulativamente os seguintes requisitos:
a) Cinco anos de serviço efetivo, com avaliação de a) Três anos de serviço efetivo com avaliação de bom;
desempenho de bom; b) Ter ministrado anualmente, pelo menos uma ação
b) Formação qualitativa relevante para IGT de curta de formação na área de atuação da IGT;
duração; c) Apresentação de um trabalho na área da sua atuação
c) Aprovação em concurso. em processo de concurso.
10. Para efeito de promoção, o tempo de permanência
3. O Inspetor de trabalho nível III é provido de entre em cargo e nível profissional é reduzido de um ano, para
inspetores de trabalho nível II, reunidos cumulativamente inspetor especialista nível III, mediante a avaliação de
os seguintes requisitos: desempenho consecutivo de excelente.
a) Quatro anos de serviço efetivo, com avaliação de 11. As formações qualitativas são promovidas pela IGT
desempenho de bom; ou adquiridas pela iniciativa do funcionário mediante
b) Formação qualitativa relevante para IGT de curta a aprovação prévia da IGT em articulação com a
duração; Administração Pública.
Secção II
c) Aprovação em concurso.
Avaliação do Desempenho
4. O Inspetor de trabalho sénior, nível I é provido de entre Artigo 44.º
inspetores de trabalho nível III, reunidos cumulativamente
os seguintes requisitos: Avaliação anual de desempenho
À avaliação de desempenho do pessoal da IGT aplica-se
a) Quatro anos de serviço efetivo, com avaliação de o regime geral da função pública.
desempenho de bom;
CAPÍTULO V
b) Curso de pós-graduação relevante para IGT, com
duração mínima de 360 horas SISTEMA REMUNERATÓRIO
Artigo 45.º
c) Aprovação em concurso.
Componentes da Remuneração
5. O Inspetor de trabalho sénior de nível II é provido
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de entre inspetores de trabalho seniores nível I, reunidos O sistema remuneratório do pessoal da inspeção
cumulativamente os seguintes requisitos: compreende:
a) Quatro anos de serviço efetivo com avaliação de a) Remuneração-base;
bom; b) Suplementos remuneratórios;
b) Formação qualitativa relevante para IGT de curta c) Prémios de desempenho;
duração;
d) Outras prestações pecuniárias previstas na lei.
c) Aprovação em concurso. Artigo 46.º
6. O Inspetor de trabalho sénior nível III, é provido de Remuneração Base
entre inspetores de trabalho seniores nível II, reunidos
cumulativamente os seguintes requisitos: 1. Salvo os casos expressamente excetuados por lei, a
remuneração base mensal corresponde ao:
a) Três anos de serviço efetivo com avaliação de bom; a) Nível remuneratório do cargo da carreira; ou
b) Formação qualitativa relevante para IGT de curta b) Nível remuneratório do cargo em comissão de serviço.
duração;
2. A remuneração base é atualizada sempre que se
c) Aprovação em concurso. proceder ao aumento geral dos vencimentos da Função
Pública e na mesma proporção.
7. O inspetor de trabalho especialista nível I é provido
de entre inspetores de trabalho seniores de nível III, Artigo 47.º
reunidos cumulativamente os seguintes requisitos: Suplementos remuneratórios
a) Três anos de serviço efetivo com avaliação de bom; Sem prejuízo do disposto na lei geral para o pessoal
do regime geral da função pública, o pessoal da IGT tem
b) Ter ministrado anualmente, pelo menos uma ação direito a um subsídio de risco, trabalho extraordinário e
de formação na área de atuação da IGT; trabalho noturno.
c) Aprovação em concurso. Artigo 48.º
Prémios de desempenho
8. O inspetor de trabalho especialista nível II, é provido
de entre inspetores de trabalho especialistas de nível I, 1. É atribuído um prémio de desempenho aos inspetores
reunidos cumulativamente os seguintes requisitos: que preencham cumulativamente os seguintes requisitos:
a) Quatro anos de serviço efetivo com avaliação de a) Três anos de serviço com a avaliação de desempenho
bom; de excelente;
b) Ter ministrado anualmente, pelo menos uma ação b) Ter ministrado anualmente uma formação no
de formação na área de atuação da IGT; âmbito do interesse da IGT;
c) Apresentação de um trabalho na área da sua atuação c) Apresentação e defesa de um trabalho de investigação
em processo de concurso. de um trabalho na área da sua atuação.
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2. O premio é atribuído de três em três anos, até ao categoria, transitam para o cargo de Inspetor de
limite máximo de três vezes numa única prestação, no trabalho nível II com uma diferença retributiva
montante correspondente a 100% salário base. em relação aos inspetores da mesma referência
citados na alínea anterior, conforme previsto
Artigo 49.º
no anexo III do presente diploma, resultante
Duração de trabalho da respetiva antiguidade na carreira;
1. O regime de duração de trabalho do pessoal da e) Os atuais inspetores referência 13 e escalão B,
IGT é o estabelecido para a função pública, devendo, no com ou sem grau de licenciatura e 5 a 6 anos
entanto, as respetivas funções serem exercidas, quando de efetividade na categoria, transitam para o
as necessidades de serviço o impuserem, a qualquer cargo de Inspetor de trabalho nível III;
hora do dia ou da noite, bem como nos dias de descanso
semanal ou feriados. f) Os atuais inspetores referência 13 e escalão C,
com ou sem o grau de licenciatura e 5 a 6 anos
2. A prestação de trabalho, pelo pessoal técnico de de efetividade na categoria, transitam para o
inspeção, em dias de descanso semanal ou feriados confere- cargo de Inspetor de trabalho nível III com uma
lhe direito a equivalente período de descanso num dos diferença retributiva em relação aos inspetores
oito dias seguintes. acima mencionados na alínea anterior, conforme
previsto no anexo III do presente diploma,
CAPÍTULO VI resultante da diferença entre os escalões e
CESSAÇÃO DE FUNÇÕES respetiva antiguidade na carreira;
Artigo 50.º g) Os atuais inspetores referencia 13 e escalão D, com
grau de licenciatura e 5 a 6 anos de efetividade na
Formas de cessação de funções categoria, transitam para o cargo de Inspetor de
O exercício de funções do pessoal de inspeção cessa-se por: trabalho nível III com uma diferença retributiva
em relação aos inspetores acima mencionados na
a) Aposentação; alínea anterior, conforme previsto no anexo III do
presente diploma, resultante da diferença entre
b) Exoneração;
os escalões e respetiva antiguidade na carreira;
c) Aplicação de penas expulsivas;
h) Os atuais inspetores referência 15 e escalão C, com
d) Demais circunstancias previstas na lei. grau de licenciatura e 5 a 6 anos de efetividade
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Anexo I
Conteúdo Funcional
(a que se refere o artigo 2.º do Decreto-Lei de aprovação dos Estatutos)
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Anexo II
Tabela Salarial dos dirigentes da IGT
(a que se referem o artigo 2.º e 52.º do Decreto-Lei e dos Estatutos, respetivamente)
Mapa n.º 1
Duração
Categoria Atual Ref Esc Salário Novos Cargos Nível Salário
na Categoria
Inspetor adjunto sem licenciatura 11 A 70532 7 a 8 anos 84565
Inspetor adjunto com licenciatura 11 A 70532 5 a 8 anos Inspetor do trabalho I 105707
Inspetor com licenciatura 13 A 91.612 5 a 6 anos Inspetor do trabalho II 113441
inspetor com licenciatura 13 A 91.612 7 a 8 anos Inspetor do trabalho II 116964
Inspetor sem licenciatura 13 B 95.136 5 a 6 anos Inspetor do trabalho III 120.361
Inspetor com ou sem licenciatura 13 C 98.656 5 a 6 anos Inspetor do trabalho III 123884
Inspetor com licenciatura 13 D 102.183 5 a 6 anos Inspetor do trabalho III 125.408
Inspetor superior principal com licenciatura 15 C 119.801 5 a 6 anos Inspetor do trabalho sénior I 128483
Inspetor superior principal com licenciatura 15 D 123.324 5 a 6 anos Inspetor do trabalho sénior I 132007
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino Garcia Correia - Janine Tatiana Santos Lélis
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2. Além dos elementos indicados na lei, o pedido de 6. O Estado tem, ainda, o direito de adquirir, pelo preço
autorização de constituição de SDR deve ser obrigatoriamente de avaliação independente e mediante prévio parecer do
acompanhado: órgão de fiscalização das SDR, a totalidade ou parte das
ações de outros acionistas que pretendam alienar a sua
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a) Do parecer da câmara municipal do município, ou participação, quando não houver qualquer interessado
municípios, conforme couber, da área geográfica na sua aquisição e a respetiva SDR não possa legalmente
da respetiva região, tendo em consideração o adquiri-las a título de ações próprias.
disposto nos artigos 3.º e 5.º; Artigo 9.º
b) Da exposição fundamentada das razões de natureza Ações
económico-financeiras justificativas da sua
constituição, a qual deve conter a indicação 1. As ações representativas do capital social das SDR
da sua adequação às orientações da política são nominativas ou ao portador registadas e livremente
de desenvolvimento regional; transmissíveis, nos termos gerais do direito.
c) Proposta da definição e delimitação da região. 2. As ações detidas pelo Estado ou pelos municípios nas
SDR podem ser classificadas em categorias privilegiadas,
3. As SDR adquirem a qualidade de instituição financeira, nos termos que forem definidos na lei e nos respetivos
mediante autorização prévia concedida pelo Banco de estatutos.
Cabo Verde para o exercício de atividades financeiras e 3. As ações representativas do capital das SDR subscritas
aprovação do Governo, mediante Resolução do Conselho e realizadas pelo Estado são detidas pela Direção-Geral do
de Ministros, bem como o seu registo definitivo junto Tesouro e constituem bens do domínio privado disponível
daquele Banco e da conservatória do registo comercial do Estado.
competente.
Artigo 10.º
Artigo 7.º
Órgãos sociais
Objeto social
1. Os órgãos sociais das SDR são constituídos e os seus
As SDR têm por objeto social conceber, elaborar e titulares designados nos termos da legislação comercial
executar planos de negócio de desenvolvimento integrado e da legislação aplicável ao setor financeiro, podendo os
das respetivas regiões e garantir o seu financiamento respetivos estatutos prever um órgão colegial de natureza
através das operações ativas e não ativas, bem como consultiva, composto, nomeadamente por representantes
da prestação de serviços complementares definidas no das associações empresariais das respetivas regiões.
presente diploma.
2. Sempre que o Estado ou os municípios detenham
Artigo 8.º participação social no capital social das SDR, qualquer
que seja a sua percentagem ou valor, é reservado a cada
Capital social e estrutura acionista um o direito de propor e fazer eleger em assembleias-
gerais um administrador executivo.
1. O capital social das SDR é subscrito e realizado em
dinheiro, em montante não inferior ao mínimo fixado Artigo 11.º
em aviso pela autoridade de supervisão, tendo sempre Cooperação inter-regional
em consideração o âmbito territorial e as necessidades
de desenvolvimento das respetivas regiões, sem prejuízo Podem várias SDR cooperar na prossecução de certos
do disposto no número seguinte. objetivos comuns e na realização de empreendimentos
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que interessem às respetivas áreas de atuação, criando 4. Em cada momento, pelo menos, 75% das participações
para o efeito, quando tal for considerado conveniente, das SDR noutras sociedades não podem ter estado na
serviços comuns de apoio e de coordenação de atividades. sua titularidade, seguida ou interpoladamente, por um
período superior a doze anos.
CAPÍTULO II
5. O saldo das operações referidas nas alíneas b), c), d),
REGIME JURÍDICO DE ATIVIDADES e), e f) e g) do número 1 não pode ultrapassar, em qualquer
Artigo 12.º
momento, o montante equivalente a duas vezes e meia
os fundos próprios da SDR
Operações ativas
6. Excetuam-se do limite fixado no número anterior as
1. Na prossecução da sua missão e no cumprimento do obrigações convertíveis em ações.
seu objeto social as SDR podem, com base nos respetivos
planos de negócio, efetuar as seguintes operações ativas, 7. São aplicáveis às SDR os limites à concentração
tendo como beneficiários, designadamente os investidores e de riscos em uma só entidade estabelecidos para as
operadores económicos e sociais, com sede, estabelecimento instituições de crédito.
principal ou atividade relevante nas respetivas regiões
ou que nelas pretendam estabelecer ou exercer qualquer Artigo 13.º
atividade económica ou social relevante: Operações não ativas
a) Participar no capital social de sociedades constituídas
ou a constituir, até ao limite estabelecido na lei 1. De igual modo, na prossecução da sua missão e no
ou, na falta de lei, pelas respetivas assembleias- cumprimento do seu objeto social, as SDR podem realizar
gerais; as seguintes operações não ativas:
b) Conceder a empresas crédito, a médio e longo prazos, a) Conceber e elaborar os planos de negócio para
destinado ao financiamento do investimento o desenvolvimento integrado das respetivas
em capital fixo, à recomposição do fundo de regiões, com a participação do município ou
maneio ou à consolidação de passivos, neste dos municípios da sua área territorial, submetê-
último caso, em conexão com as ações tendentes los à aprovação do Governo, por Resolução
à reestruturação ou recuperação das empresas do Conselho de Ministros, e assegurar a sua
beneficiárias; execução, fiscalização e avaliação;
c) Conceder crédito, a médio e a longo prazo, a b) Conceber, elaborar e aprovar, com base nos
profissionais livres para a instalação nas respetivos planos de negócio, os planos anuais e
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d) Adquirir créditos, por cessão ou sub-rogação, que c) Conceber, elaborar e aprovar os planos de negócio
hajam sido concedidos para fins idênticos aos setoriais das respetivas regiões que sejam
indicados na alínea b); da sua competência, com a participação dos
correspondentes órgãos autárquicos competentes;
e) Prestar garantias bancárias ou seguro caução
que assegurem o cumprimento de obrigações d) Promover a conceção, elaboração e aprovação dos
assumidas para fins idênticos aos indicados na planos de negócio setoriais das respetivas regiões
mesma alínea b); que não sejam da sua competência e acompanhar
a sua execução, fiscalização e avaliação;
f) Adquirir ou emitir obrigações e outros títulos de
dívida negociáveis, nos termos da lei; e) No âmbito dos processos de planeamento previstos
nas alíneas anteriores, harmonizar ou propor
g) Gerir linhas de financiamento regional concedidas a harmonização de prioridades de ações, com
por outras instituições e entidades, nos termos vista ao aproveitamento dos recursos e das
do artigo 20.º; potencialidades existentes nas respetivas regiões,
em conformidade com os objetivos da política
h) Realizar operações cambiais necessárias ao exercício de desenvolvimento regional;
da sua atividade;
i) Conceber e desenvolver produtos financeiros vários f) Garantir, promover, atrair e dinamizar o
e próprios da atividade bancária; e investimento nas respetivas regiões e assegurar
o seu financiamento, através da realização de
j) Adquirir ativos financeiros emitidos pelo Estado ou operações ativas e da prestação de serviços
pelas entidades regionais, locais ou empresariais, complementares, designadamente mobilizando
desde que tal aquisição se destine ao financiamento recursos, parcerias e competências necessários e
de projetos ou programas de desenvolvimento apoiando os investidores e operadores económicos
das respetivas regiões. e sociais das respetivas regiões no exercício das
suas atividades;
2. No prazo de três anos, contados a partir da data da
sua constituição, as SDR devem ter um mínimo equivalente g) Garantir, promover, atrair e dinamizar as relações
a 60% dos fundos próprios aplicados em participações de empresariais nas respetivas regiões;
capital social e obrigações convertíveis em ações em prazo
não superior a um ano. h) Participar com os órgãos competentes do Estado,
locais e regionais, na medida dos meios e recursos
3. Nos casos de reforço de capital, realizado em dinheiro, disponíveis, na prossecução de objetivos de
o prazo previsto no número anterior renova-se até ao política e interesse regionais, designadamente
fim do segundo exercício seguinte, quanto ao montante em apoio ou complemento das suas ações na
do aumento. prossecução das suas atribuições e no exercício
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das suas competências e prerrogativas, visando e instituições de ensino superior, estudos setoriais
orientar, incentivar, promover, apoiar e dinamizar e regionais, bem como a constituição de uma base
o desenvolvimento económico e social harmonioso de dados sobre as empresas e as oportunidades
e integrado dos territórios sob a sua intervenção, de negócio nas respetivas regiões;
designadamente através das seguintes atividades:
g) Apoiar as autarquias locais da sua área geográfica
i. Contribuir para a realização do desenvolvimento que explorem serviços de interesse público, local ou
regional, nos domínios de preservação do equilíbrio regional, no estudo dos modelos de financiamento
ecológico, património natural, histórico, cultural mais adequados, tendo em vista o lançamento de
e artístico das respetivas regiões; infraestruturas e outros empreendimentos que
contribuam para o desenvolvimento económico
ii. Promover ações de apoio no âmbito do ordenamento da respetiva área de atuação;
e planeamento do território, a par com a melhoria
da qualidade de vida das populações e a criação h) Celebrar contratos de prestação de serviços com
do emprego; investidores e promotores de empreendimentos ou
responsáveis pela implementação de programas
iii. Participar no lançamento de parques industriais, de caráter regional;
de polos de desenvolvimento regional e no fomento
da cooperação intermunicipal; e i) Prosseguir as atribuições e exercer as competências
e prerrogativas que lhe forem delegadas por
iv. Divulgar informações relevantes para o investimento escrito pelo Estado ou pelas autarquias locais
e o desenvolvimento económico e social. das respetivas regiões.
as prioridades definidas no âmbito dessa política bem como a sociedades cujo objeto compreenda
para as respetivas regiões. a atividade de mediação sobre bens imóveis, a
compra e venda, exploração ou administração de
Artigo 14.º bens imóveis, excetuada a exploração agrícola,
turística, florestal ou cinegética;
Prestação de serviços
c) A aquisição ou posse de bens imóveis para além dos
Com vista à realização do seu objeto social, as SDR necessários às suas instalações, salvo quando
podem, ainda, prestar os seguintes serviços aos investidores lhes advenham por efeito de cessão de bens,
e operadores económicos e sociais das respetivas regiões: dação em cumprimento, arrematação ou qualquer
outro meio legal de cumprimento de obrigações
a) Prestar apoio, especialmente técnico e financeiro, ou destinados a assegurar esse cumprimento,
à constituição de novas empresas, bem como devendo, em tais situações, proceder à respetiva
ao desenvolvimento das empresas existentes; alienação em prazo que só pode exceder cinco
anos se, em casos excecionais, o Banco de Cabo
b) Participar em ações tendentes à recuperação Verde o autorizar;
de empresas em deficiente ou difícil situação
económica ou financeira; d) A concessão de crédito ou a prestação de garantias,
sob qualquer forma ou modalidade, aos seus
c) Realizar estudos técnico-económicos de viabilidade diretores, consultores, mandatários, membros
de empresas ou de novos projetos de investimento, dos seus órgãos sociais, designadamente
incluindo os que visem o acesso a sistemas de administradores, bem como a empresas por
incentivos, a reestruturação e reorganização de eles direta ou indiretamente controladas;
empresas existentes, a promoção de mercados para
o escoamento de produções regionais, a melhoria e) Aceder a poupanças através de abertura de contas
de processos de produção e a introdução de novas de depósito de qualquer natureza.
tecnologias, em termos de um eficaz aproveitamento
dos recursos e fatores produtivos locais; Artigo 16.º
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Regime jurídico
Reserva legal e reservas especiais
As SDR regem-se pelas normas do presente diploma,
1. Uma fração não inferior a 10% dos lucros líquidos pela legislação comercial e pela legislação aplicável ao
apurados em cada exercício pelas SDR deve ser destinada setor financeiro.
à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao
valor do capital social ou ao somatório das reservas livres Artigo 24.º
constituídas e dos resultados transitados, se superior.
Norma revogatória
2. Devem, ainda, as SDR constituir reservas especiais
destinadas a reforçar a situação líquida ou a cobrir prejuízos São revogados o Decreto-Lei n.º 71/94, de 12 de dezembro,
que a conta de lucros e perdas não possa suportar. e o Decreto-Lei n.º 36/2000, de 28 de agosto.
Entrada em vigor
Recursos alheios
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
1. Para complemento dos respetivos fundos próprios da sua publicação.
podem as SDR obter recursos alheios através de:
Aprovado em Conselho de Ministros do dia 2 de
a) Emissão de obrigações, de prazo não inferior a agosto de 2018.
dois anos, até ao limite fixado na lei;
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino
b) Financiamentos por prazo não inferior a dois Garcia Correia - José da Siva Gonçalves
anos, concedidos por instituições de crédito
ou financeiras, até ao dobro dos seus fundos Promulgado em, 22 de outubro de 2018
próprios;
Publique-se.
c) Crédito, na modalidade de conta corrente, por prazo
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Artigo 20.º A ilha de São Nicolau tem uma rede de estradas nacionais
que totaliza 106,17 km. Estas estradas, na sua grande
Fundos consignados maioria, passam por regiões montanhosas e, por isso, são
suscetíveis a desabamentos de rocha que, ao ocorrerem,
As SDR podem receber, administrar e gerir fundos interrompem o tráfego de veículo.
consignados a atividades que não sejam de capital de risco,
sempre que os investimentos específicos a que se destinam Além disso, as estradas também estão sujeitas a
sejam de reconhecido interesse para o desenvolvimento intervenções de terceiros que buscando resolver problemas
económico e social da respetiva região pela autoridade próprios, de forma indevida, acabam por reduzir o nível
de supervisão, que compete emitir a correspondente de serviço da estrada.
autorização. Pelo que é necessário assegurar os serviços de manutenção
nas estradas da ilha, de forma continua, para que nem
Artigo 21.º eventuais desabamentos interrompam a circulação dos
utentes e nem as intervenções de terceiros reduzam o
Incentivos nível de serviço das estradas.
A lei que atribuir incentivos às SDR deve sempre ter Assim,
como um dos pressupostos essenciais a articulação dos
seus planos com os do Governo e/ou das autarquias locais. Ao abrigo do disposto na alínea e) do n.º 1 do artigo 42.º do
Decreto-Lei n.º 1/2009, de 5 de janeiro, a aplicar por força
Artigo 22.º do disposto no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 88/VIII/2015,
de 14 de abril; e
Contabilidade, contas, registos e arquivos
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
1. A contabilidade das SDR é organizada segundo as Governo aprova a seguinte Resolução:
determinações do Banco de Cabo Verde e de acordo com
Artigo 1.º
as normas e princípios contabilísticos internacionalmente
aceites. Autorização
2. Compete, também, ao Banco de Cabo Verde definir É autorizado o Instituto de Estradas a realizar despesas
os elementos que as SDR lhe devem remeter, e os que no valor total de 97.820.443$56 (noventa e sete milhões,
devem publicar. oitocentos e vinte mil e quatrocentos e quarenta e três
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escudos e cinquenta e seis centavos), com o contrato Considerando que o orçamento do CSMP para o ano
de empreitada de Serviços de Manutenção Corrente 2018 não contempla verbas destinadas para fazer face às
em Estradas Nacionais (SEMAC-EN), na ilha de São despesas daí resultantes, e, nem tampouco dá margem
Nicolau, referente a trabalhos de manutenção corrente, para se conseguir aquele valor;
manutenção periódica e urgências programadas, por um
período de 2 anos. Impondo resolver, com urgência, a situação acima
identifica, propõe-se, nos termos da presente Resolução,
Artigo 2.º proceder à transferência de verbas no montante ali
mencionado.
Despesa
A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte É autorizada a transferência de verbas do Ministério das
ao da sua publicação. Finanças para o Conselho Superior do Ministério Público,
no valor de 11.310.112$00 (onze milhões, trezentos e dez
Aprovada em Conselho de Ministros do dia 17 de mil, cento e doze escudos), conforme o quadro em anexo
outubro de 2018. à presente Resolução, da qual faz parte integrante.
O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva Artigo 2.º
–––––– Entrada em vigor
Resolução nº 117/2018
A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
de 24 de outubro ao da sua publicação.
Considerando que estão por efetivar determinados Aprovada em Conselho de Ministros do dia 17 de
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I SÉRIE
BOLETIM
O F I C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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