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BOLETIM OFICIAL
2 038000 001163
ÍNDICE
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA:
Decreto-Presidencial nº 13/2015:
Nomeando, sob proposta do Governo, Tania Serafim Yvonne Romualdo, para exercer, em comissão or-
dinária de serviço, o cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária da República de Cabo
Verde, junto da República Popular da China. .................................................................................1316
ASSEMBLEIA NACIONAL:
Ordem do Dia:
Lei nº 92/VIII/2015:
Lei nº 93/VIII/2015:
Concede ao Governo autorização legislativa para proceder à revisão do Código de Processo Penal (CPP),
aprovado pelo Decreto-Legislativo nº 2/2005, de 7 de Fevereiro. ..................................................1329
Lei nº 94/VIII/201:
Concede ao Governo autorização legislativa para rever o Código Penal, aprovado pelo Decreto-Legislativo
n.º 4/2003, de 18 de Novembro. .........................................................................................................1331
Resolução nº 137/VIII/2015:
Resolução nº 138/VIII/2015:
Elege Arminda Pereira de Barros para exercer o cargo de Presidente da Autoridade Reguladora para a
Comunicação Social. ..........................................................................................................................1334
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Resolução nº 110/VIII/2015:
Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato do Deputado Estevão Barros Rodrigues. ....1334
Resolução nº 111/VIII/2015:
Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato do Deputado Cândido Barbosa Rodrigues. ........1334
Resolução nº 112/VIII/2015:
Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato do Deputado Alexandre José Duarte Fonseca
Pacheco de Novais. ............................................................................................................................1334
Resolução nº 113/VIII/2015:
Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato do Deputado José Luís Santos. ...................1334
Substituindo o Deputado Cândido Barbosa Rodrigues por José Cristiano de Jesus Monteiro. .........1335
Substituindo o Deputado Estevão Barros Rodrigues por Ivete Helena Ramos Delgado Silves Ferreira. ........ 1335
Substituindo o Deputado José Luís Santos por Maria Leopoldina dos Santos Évora. .......................1335
Substituindo o Deputado Alexandre José Duarte Fonseca Pacheco de Novais por Marie Louise Tavares
Cardoso Mendes. ...............................................................................................................................1335
Portaria nº 26/2015:
2 038000 001163
Aprova o Regulamento Geral dos Concursos de Acesso e Ingresso no Ensino Superior - Ano Académico
2015-2016...........................................................................................................................................1335
Referendado aos 3 de Julho de 2015 4. Proposta de Lei que concede ao Governo autori-
zação legislativa para definir e aprovar o novo
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves Código de Água e Saneamento.
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III – Aprovação de Projecto e Propostas de Re- próprios de direcção e gestão com capacidade
solução: para praticar actos administrativos definiti-
vos e executórios, sem prejuízo do poder de
1. Projecto de Resolução que aprova os subsí- superintendência;
dios atribuídos aos membros da Comissão
Nacional de Eleições e regula as ausências b) “Autonomia financeira”, poder atribuído a cer-
injustificadas às reuniões do Órgão tos organismos públicos de terem e cobrarem
receitas próprias, aplicáveis, segundo o orça-
2. Projecto de Resolução que aprova o quadro de
mento próprio, às despesas inerentes à pros-
pessoal da Comissão Nacional de Eleições e
secução do seu objecto específico por exclusiva
define o respectivo conteúdo funcional
autoridade dos respectivos órgãos próprios de
3. Proposta de Resolução que aprova para rati- direcção e gestão;
ficação, o Acordo de Cooperação Jurídica e
Judiciaria entre a Republica de Cabo Verde c) “Autonomia patrimonial”, existência de patrimó-
e a Região Administrativa Especial de Macau nio privativo constituído pela universalidade
da Republica Popular da china dos bens, direitos e obrigações afectados a
uma pessoa colectiva pública por lei ou que
4. Proposta de Resolução que aprova, para ratifica- a mesma adquira na e para a realização das
ção, o Acordo do Grupo de Acordo de Banjul suas atribuições e que responde pelas dívidas ju-
(Banjul Accord Group – BAG), assinado em ridicamente imputáveis a essa pessoa colectiva.
29 de Janeiro de 2014 em Banjul
Artigo 4.º
IV – Eleição do Presidente da Autoridade Regu-
Natureza e tipologia
ladora para a Comunicação Social – ARC
Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional, aos 29 1. Consideram-se institutos públicos, os organismos
de Junho de 2015. – O Presidente, Basílio Mosso Ramos dotados de personalidade colectiva pública e inerente au-
tonomia administrativa financeira e patrimonial, criados
–––––– para assegurar o desempenho de funções administrativas
não empresariais determinadas, pertencentes ao Estado
Lei n.º 92/VIII/2015
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2. São aplicáveis aos institutos públicos quaisquer que 2. Os institutos públicos não podem ser criados para:
sejam as particularidades dos seus estatutos e do seu
a) Desenvolver actividades que nos termos da
regime de gestão, mas com as ressalvas estabelecidas
Constituição devam ser desempenhadas por
no capítulo IV do presente diploma, designadamente:
organismos da administração directa;
a) O regime jurídico de procedimento administra- b) Personificar serviços de estudo e concepção ou
tivo, no que respeita à actividade de gestão serviços de coordenação, apoio e controlo de
pública, envolvendo o exercício de poderes de outros serviços administrativos.
autoridade, a gestão da função pública ou do
domínio público, ou a aplicação de outros re- 3. Cada instituto público só pode prosseguir os fins
gimes jurídico-administrativos; específicos que justificaram a sua criação.
Artigo 8.º
b) O regime jurídico da função pública ou o do con-
trato individual de trabalho, de acordo com o Princípios de gestão
regime de pessoal aplicável; 1. Os institutos públicos devem observar os seguintes
c) O regime das empreitadas de obras públicas; princípios de gestão:
a) Da prossecução do interesse público, legalidade,
d) Código da contratação pública;
economicidade, transparência, responsabili-
e) A Lei da modernização administrativa; zação, separação e segregação de funções e da
boa gestão dos recursos públicos.
f) O regime jurídico do estatuto do gestor público;
b) Observância dos critérios e parâmetros que de-
g) O regime das incompatibilidades de cargos pú- terminam a criação, manutenção ou extinção
blicos; das estruturas organizacionais da adminis-
h) O regime da responsabilidade civil do Estado; tração directa do Estado.
i) As leis do contencioso administrativo, quando es- c) Prestação de um serviço aos cidadãos com a qua-
tejam em causa actos e contratos de natureza lidade exigida por lei;
administrativa; e d) Garantia de eficiência económica nos custos su-
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1. A criação de institutos públicos obedece, cumulati- 1. Os institutos públicos não podem criar entes de di-
vamente, à verificação dos seguintes requisitos: reito privado ou participar na sua criação nem adquirir
a) Necessidade de criação de um novo organismo participações em tais entidades, excepto quando esteja
personificado para a prossecução dos objecti- previsto na lei ou nos estatutos e se mostrar imprescindí-
vos visados; vel para a prossecução das respectivas atribuições, casos
em que é necessária a autorização prévia, anualmente
b) Necessidade da personalidade jurídica, e da con- renovada, dos membros do Governo responsáveis pelas
sequente ausência de poder de direcção do áreas das finanças e da superintendência.
Governo, para a prossecução das atribuições
em causa; 2. O disposto no número anterior não impede que os
institutos públicos, autorizados por lei a exercer activida-
c) Condições financeiras próprias dos serviços e des de gestão financeira de fundos, realizem, no quadro
fundos personalizados, sempre que disponha normal dessa actividade, aplicações em títulos.
de autonomia financeira;
Artigo 13.º
d) Condições estabelecidas para a categoria espe-
Princípio da especialidade
cífica de institutos em que se integra o novo
organismo, se for caso disso. 1. Sem prejuízo da observância do princípio da legali-
dade no domínio da gestão pública, e salvo disposição ex-
2. A criação de um instituto público é sempre prece-
pressa em contrário, a capacidade jurídica dos institutos
dida de um estudo sobre a sua necessidade, implicações
públicos abrange a prática de todos os actos jurídicos, o
financeiras e sobre os seus efeitos relativamente ao
gozo de todos os direitos e a sujeição a todas as obrigações
sector em que vai exercer a sua actividade, bem como de
necessárias à prossecução do seu objecto.
pareceres do departamento governamental responsável
pelas Finanças e Administração Pública. 2. Os institutos públicos não podem exercer actividades
ou usar os seus poderes fora das suas atribuições nem
3. Os estudos e pareceres referidos no número anterior
dedicar os seus recursos a finalidades diversas das que
devem acompanhar o projecto de diploma de criação e
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c) Quando se verifique não subsistirem as razões 6. Os vogais oriundos da Administração Pública podem
que ditaram a personificação do serviço, esta- exercer as suas funções em regime não executivo.
belecimento ou fundo em causa; e
7. Não pode haver designação de membros do conselho
d) Quando o Estado for chamado a honrar obriga- directivo depois da demissão do Governo ou da convocação
ções assumidas pelos órgãos do instituto pú- de eleições para a Assembleia Nacional, nem antes da
blico para as quais o respectivo património se confirmação parlamentar do Governo recém-nomeado.
revele insuficiente. Artigo 19.º
CAPÍTULO III Duração e cessação do mandato
informação;
Subsecção II
b) Não cumprimento do plano de actividades ou
Conselho directivo desvio substancial entre o orçamento e a sua
Artigo 17.º execução, salvo por razões não imputáveis ao
órgão;
Função
c) Prática de infracções graves ou reiteradas às
O conselho directivo é o órgão responsável pela defini-
normas que regem o instituto;
ção da actuação do instituto, bem como pela direcção dos
respectivos serviços, em conformidade com a lei e com as d) A falta grave de observância da lei ou dos esta-
orientações governamentais. tutos do instituto;
Artigo 18.º e) Inobservância dos princípios de gestão fixados
Composição e nomeação no presente diploma;
1. O conselho directivo é um órgão composto por um f) Violação grave dos deveres que lhe foram cometi-
presidente e até dois vogais, podendo ter também, um dos como membro do conselho directivo;
vice-presidente. g) Os incumprimentos de obrigações legais que, nos
2. O presidente é substituído, nas suas faltas e impedi- termos da lei, constituam fundamento de des-
mentos, pelo vice-presidente, se o houver, ou pelo vogal tituição dos seus órgãos; e
que ele indicar, e na sua falta pelo vogal mais antigo. h) Reestruturação do instituto ou em consequên-
3. Os membros do conselho directivo são providos em cia de mudança de orientação governamental
comissão de serviço ou mediante contrato de gestão, con- quanto à respectiva gestão.
forme couber, por resolução do Conselho de Ministros ou 4. O apuramento do motivo justificado pressupõe a
despacho dos membros do Governo da superintendência prévia audiência do membro do conselho sobre as razões
e das Finanças. invocadas, mas não implica o estabelecimento ou orga-
nização de qualquer processo.
4. O provimento por contrato de gestão só tem lugar
quando a pessoa a prover não tenha vínculo estável com 5. A dissolução envolve a cessação do mandato de todos
a Administração Pública. os membros do conselho directivo.
5. Os despachos de provimento dos membros de con- 6. No caso de cessação do mandato, os membros do con-
selhos directivos são devidamente fundamentados e selho directivo mantêm-se no exercício das suas funções
publicados no Boletim Oficial, juntamente com uma nota até à efectiva substituição, salvo declaração ministerial
curricular de cada nomeado. de cessação imediata de funções.
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6. Perante terceiros, incluindo notários, conservadores 2. O fiscal único é designado por despacho dos membros
de registo e outros titulares da Administração Pública, do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da
a assinatura do presidente com invocação do previsto superintendência, obrigatoriamente de entre as socieda-
no número 3 constitui presunção da impossibilidade de des de auditores ou contabilistas certificados.
reunião do conselho directivo. 3. Os membros do conselho fiscal ou o fiscal único exer-
Artigo 23.º cem as suas funções pelo período de três anos, renovável
Pelouros por igual período, podendo ser exonerados a todo o tempo.
1. O conselho directivo, sob proposta do presidente, po- 4. No caso de cessação do mandato, os membros do
derá atribuir aos seus membros pelouros correspondentes conselho fiscal ou o fiscal único mantém-se no exercício
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2. A atribuição de um pelouro envolve a delegação dos 5. A remuneração dos membros do conselho de fiscali-
poderes correspondentes à competência desse pelouro. zação consta de diploma próprio.
Artigo 28.º
3. A atribuição de pelouros não dispensa o dever que
a todos os membros do conselho directivo incumbe de Competência
acompanhar e tomar conhecimento da generalidade dos 1. Compete ao conselho fiscal ou fiscal único:
assuntos do instituto, e de propor providências relativas
a qualquer um deles. a) Acompanhar e controlar com regularidade o
cumprimento das leis e regulamentos aplicá-
Artigo 24.º
veis, a execução orçamental, a situação eco-
Responsabilidade dos membros nómica, financeira e patrimonial, e analisar
1. Os membros do conselho directivo são solidariamente a contabilidade;
responsáveis pelos actos praticados no exercício das suas b) Dar parecer sobre o orçamento e sobre as suas
funções. rectificações e alterações;
2. São isentos de responsabilidade os membros que, c) Dar parecer sobre o relatório e conta de gerência;
tendo estado presentes na reunião em que foi tomada a
deliberação, tiverem manifestado o seu desacordo, em d) Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento,
declaração registada na respectiva acta, bem como os alienação e oneração de bens imóveis;
membros ausentes que tenham declarado por escrito o e) Dar parecer sobre a aceitação de doações, heran-
seu desacordo que, igualmente, será registado na acta. ças ou legados;
Artigo 25.º f) Dar parecer sobre a contracção de empréstimos,
Estatuto dos membros quando o instituto esteja habilitado a fazê-lo;
1. Aos membros do conselho directivo é aplicável o g) Manter o conselho directivo informado sobre os re-
regime definido no Estatuto de Gestor Público, com as sultados das verificações e exames a que proceda;
especialidades constantes do presente diploma.
h) Elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora,
2. O estatuto remuneratório dos membros do conselho incluindo um relatório anual global;
directivo é definido por Decreto-lei, o qual pode estabe-
i) Propor a realização de auditorias externas, quan-
lecer diferenciações entre diferentes tipos de institutos,
do isso se revelar necessário ou conveniente; e
tendo em conta, nomeadamente, os sectores de actividade,
a complexidade da gestão e o montante das receitas e j) Pronunciar-se sobre todos os assuntos que lhe se-
das despesas. jam submetidos pelo conselho directivo.
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2. O prazo para elaboração dos pareceres referidos no b) O relatório e conta de gerência e o relatório anual
número anterior é de quinze dias a contar da recepção do órgão de fiscalização;
dos documentos a que respeitam.
c) O orçamento e as contas; e
3. Para exercício da sua competência, o órgão de fisca-
lização tem direito a: d) Os regulamentos internos do instituto.
a) Obter do conselho directivo as informações e es- 2. Compete ainda ao conselho consultivo pronunciar-se
clarecimentos que se reputem necessários; sobre todas as questões que lhe sejam submetidas pelo
conselho directivo ou pelo respectivo presidente.
b) Ter livre acesso a todos os serviços e à documen-
tação do instituto, podendo requisitar a pre- 3. O conselho consultivo pode apresentar ao conselho
sença dos respectivos responsáveis, e solicitar directivo sugestões ou propostas destinadas a fomentar
os esclarecimentos que considere necessários; ou aperfeiçoar as actividades do instituto.
e
4. O conselho consultivo pode receber reclamações ou
c) Tomar ou propor as demais providências que queixas do público sobre a organização e funcionamento
considere indispensáveis. em geral do instituto.
4. Os membros do conselho fiscal ou fiscal único não po- Artigo 32.º
dem ter exercido actividades remuneradas no instituto ou Funcionamento
nas entidades a que se refere o artigo 12.º nos últimos 3 três
anos antes do início das suas funções, e não pode exercer 1. O conselho consultivo reúne-se ordinariamente pelo
actividades remuneradas no instituto público fiscalizado ou menos duas vezes por ano, e extraordinariamente sempre
nas entidades a que se refere o artigo 12.º durante os três que convocado pelo seu presidente, por sua iniciativa, ou
anos que se seguirem ao termo das suas funções. por solicitação do conselho directivo, ou a pedido de um
Subsecção IV
terço dos seus membros.
Conselho consultivo 2. Podem participar nas reuniões, sem direito a voto,
Artigo 29.º por convocação do respectivo presidente, mediante pro-
posta do conselho directivo, quaisquer pessoas ou enti-
Função
dades cuja presença seja considerada necessária para
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2. O conselho consultivo pode incluir representantes 2. A organização interna adoptada deve possuir uma
respectivamente dos beneficiários e dos utentes das estrutura pouco hierarquizada e flexível, privilegiando
actividades ou serviços em causa, cabendo ao membro as estruturas matriciais.
do Governo da superintendência definir as modalidades 3. Os institutos públicos devem recorrer à contratação
dessa representação. de serviços externos para o desenvolvimento das acti-
3. O presidente do conselho consultivo é designado vidades a seu cargo, sempre que tal método assegure
nos termos estabelecidos nos estatutos ou designado por um controlo mais eficiente dos custos e da qualidade do
despacho do membro de Governo da superintendência. serviço prestado.
4. O exercício dos cargos do conselho consultivo não Artigo 34.º
é remunerado, sem prejuízo do pagamento de senhas Pessoal
de presença e de ajudas de custo, quando houver lugar.
1. Os institutos públicos podem adoptar o regime do
Artigo 31.º
contrato individual de trabalho em relação à totalidade
Competência ou parte do respectivo pessoal, sem prejuízo de, quando
1. Compete ao conselho consultivo dar parecer, nos tal se justificar, adoptarem o regime jurídico da função
casos previstos nos estatutos ou a pedido do conselho pública.
directivo, sobre: 2. O pessoal dos institutos públicos estabelece uma
a) Os planos anuais e plurianuais de actividades e relação jurídica de emprego em conformidade com o Plano
sobre o relatório de actividades; de Cargos, Carreiras e Salários do respectivo instituto.
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3. O recrutamento do pessoal deve, em qualquer caso, 2. Os beneficiários do fundo social contribuem para o
observar os seguintes princípios: mesmo nos termos do regime jurídico geral referido no
número seguinte.
a) Publicitação da oferta de emprego pelos meios
mais adequados; 3. O regime jurídico geral do fundo social é definido
por Decreto-Lei.
b) Igualdade de condições e de oportunidades dos
Secção III
candidatos;
Gestão económico-financeira e patrimonial
c) Aplicação de métodos e critérios objectivos de
Artigo 37.º
avaliação e selecção; e
Regime orçamental e financeiro
d) Fundamentação da decisão tomada.
1. Os institutos públicos encontram-se sujeitos ao regi-
4. Nos termos do artigo 241.º da Constituição, a adopção me orçamental e financeiro previsto no Regime Jurídico
do regime da relação individual de trabalho não dispensa da Contabilidade Pública, aprovado pelo Decreto-lei
os requisitos e limitações decorrentes da prossecução do n.º 29/2001, de 19 de Novembro, à excepção dos institutos
interesse público, nomeadamente respeitantes a acu- públicos desprovidos de autonomia financeira, aos quais
mulações e incompatibilidades legalmente estabelecidas são aplicáveis as normas financeiras dos serviços com au-
para os funcionários e agentes administrativos. tonomia administrativa, sem prejuízo das especificidades
constantes do presente diploma.
5. Os institutos públicos dispõem de mapas de pessoal
aprovados por Portaria dos Ministros das Finanças e 2. Anualmente é fixada, no decreto-lei de execução
da superintendência, publicado no Boletim Oficial, dos orçamental, a lista de organismos em que o regime de
quais constarão os postos de trabalho com as respecti- autonomia administrativa e financeira, ou de mera au-
vas especificações e níveis de vencimentos, sendo nula a tonomia administrativa, deva sofrer alteração.
relação de trabalho ou de emprego público estabelecida
Artigo 38.º
com violação dos limites neles impostos.
Património
6. Os órgãos de direcção do instituto devem propor os
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ajustamentos nos mapas de pessoal necessário para que 1. O património dos institutos públicos que disponham
o mesmo esteja sempre em condições de cumprir as suas de autonomia patrimonial é constituído pelos bens, di-
obrigações com o pessoal, face aos recursos disponíveis e reitos e obrigações de conteúdo económico, submetidos
às atribuições cuja prossecução lhe cabe assegurar. ao comércio jurídico privado, transferidos pelo Estado
ao instituto quando da sua criação, ou que mais tarde
7. Os institutos públicos dispõem de quadros de pessoal sejam adquiridos pelos seus órgãos e, ainda, pelo direito
estabelecidos nos respectivos estatutos ou em diploma ao uso e fruição dos bens do património do Estado que
regulamentar. lhes sejam afectos.
Artigo 35.º 2. Os institutos públicos podem adquirir os bens do
património do Estado que por portaria do membro do
Mobilidade
Governo responsável pela área das Finanças lhes sejam
1. Os funcionários da Administração Pública Central, cedidos para fins de interesse público.
de institutos públicos e de autarquias locais, bem como
3. Podem ser afectos, por Portaria do membro do Go-
os trabalhadores das empresas públicas, podem ser cha-
verno responsável pela área das Finanças, à adminis-
mados a desempenhar funções nos institutos públicos,
tração dos institutos públicos os bens do domínio público
preferencialmente em regime de requisição, com garantia
afectos a fins de interesse público que se enquadrem nas
do seu lugar de origem e dos direitos neles adquiridos.
respectivas atribuições e, ainda, os bens do património
2. Os trabalhadores do quadro de um instituto público do Estado que devam ser sujeitos ao seu uso e fruição,
podem ser chamados a desempenhar funções no Estado, podendo essa afectação cessar a qualquer momento por
em outros institutos públicos ou em autarquias locais, Portaria dos membros do Governo responsáveis pelas
bem como em empresas públicas, em regime de requisi- áreas das Finanças e da superintendência.
ção, com garantia do seu lugar de origem e dos direitos 4. Os bens dos institutos públicos que se revelarem
nele adquiridos. desnecessários ou inadequados ao cumprimento das suas
Artigo 36.º atribuições serão incorporados no património do Estado,
salvo quando devam ser alienados, sendo essa incorpo-
Fundo social ração determinada por despacho conjunto dos membros
do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da
1. No âmbito das acções de natureza social dos insti- superintendência.
tutos públicos, existe um fundo social com consignação
de verbas que o conselho directivo delibere atribuir-lhe 5. Os institutos públicos elaboram e mantêm actuali-
e com afectação da contribuição dos beneficiários, de zado anualmente, com referência a 31 de Dezembro, o
forma a contribuir para assegurar o preenchimento das inventário de bens e direitos, tanto os próprios como os
respectivas finalidades. do Estado que lhes estejam afectados.
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6. Pelas obrigações do instituto responde apenas o seu 3. Sem prejuízo do disposto no presente diploma, con-
património, mas os credores, uma vez executada a inte- sidera-se delegada nos conselhos directivos dos institutos
gralidade do património do mesmo ou extinto o instituto públicos dotados de autonomia financeira, a competência
público, podem demandar o Estado para satisfação dos para autorização de despesas que, nos termos da lei, só
seus créditos. possam ser autorizadas pelo membro do Governo da
superintendência, podendo este, a qualquer momento,
7. Em caso de extinção, o património dos institutos
revogar ou limitar tal delegação de poderes.
públicos e os bens dominiais sujeitos à sua administra-
ção revertem para o Estado, salvo quando se tratar de Artigo 41.º
fusão ou reestruturação, caso em que o património e os
Contabilidade, contas e tesouraria
bens dominiais podem reverter para o novo instituto ou
ser-lhe afectos, desde que tal possibilidade esteja expres- 1. A prestação de contas rege-se, fundamentalmente,
samente prevista no diploma legal que proceder à fusão pelo disposto nos seguintes instrumentos legais e regu-
ou reestruturação. lamentares:
Artigo 39.º
a) Lei de Bases do Orçamento do Estado;
Receitas e activos financeiros
1. Constituem despesas próprias dos institutos públicos 1. Os institutos públicos devem utilizar um sistema
as que resultem de encargos com o seu funcionamento e coerente de indicadores de desempenho, o qual deve
as decorrentes da prossecução das respectivas atribui- reflectir o conjunto das actividades prosseguidas e dos
ções, bem como os custos de aquisição, manutenção e resultados obtidos.
conservação dos bens, equipamentos de serviço de que
careçam para o efeito. 2. O sistema deve englobar indicadores de economia,
eficiência, eficácia e também de qualidade, caso prestem
2. Em matéria de autorização de despesas, o conselho serviços directamente ao público.
directivo tem a competência atribuída na lei aos titulares
dos órgãos máximos dos organismos dotados de autono- 3. Compete aos órgãos de controlo sectorial respectivos
mia administrativa e financeira, ainda que o instituto aferir a qualidade desses sistemas, bem como avaliar,
público apenas possua autonomia administrativa, bem anualmente, os resultados obtidos pelos institutos pú-
como a que lhe for delegada pelo membro do Governo da blicos em função dos meios disponíveis, cujas conclusões
superintendência. são reportadas ao ministro da superintendência.
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ponsáveis pelas áreas das Finanças e da superintendência: públicos, em especial quanto ao cumprimento dos fins
e dos objectivos estabelecidos e quanto à utilização dos
a) A aquisição ou alienação de bens imóveis, nos recursos pessoais e materiais postos à sua disposição.
termos da lei;
Artigo 46.º
b) A realização de operações de crédito; Responsabilidade
c) A concessão de garantias a favor de terceiros, 1. Os titulares dos órgãos dos institutos públicos e os
quando admitida nos respectivos estatutos; seus funcionários e agentes respondem financeira, civil,
d) A criação de entes de direito privado, a parti- criminal e disciplinarmente pelos actos e omissões que
cipação na sua criação, a aquisição de par- pratiquem no exercício das suas funções, nos termos da
ticipações em tais entidades, quando esteja Constituição e demais legislação aplicável.
previsto na lei ou nos estatutos e se mostrar 2. A responsabilidade financeira é efectivada pelo
imprescindível para a prossecução das res- Tribunal de Contas, nos termos da respectiva legislação.
pectivas atribuições; e
Artigo 47.º
e) Outros actos de relevância financeira previstos Página electrónica
na lei ou nos estatutos.
Todos os institutos públicos devem disponibilizar um
5. Carecem também de autorização prévia dos mem- sítio na internet com todos os dados relevantes, nomeada-
bros do Governo responsáveis pela área das Finanças, da mente os diplomas legislativos que os regulam, os esta-
Administração Pública e da superintendência: tutos e regulamentos internos, a composição dos corpos
gerentes, incluindo os elementos biográficos mencionados
a) A definição dos quadros de pessoal; no número 5 do artigo 18.º, o mapa de pessoal, bem como
b) A negociação de convenções colectivas de trabalho; os planos, orçamentos, relatórios e contas dos últimos
dois anos, e os respectivos balanços.
c) Outros actos respeitantes ao pessoal, previstos
CAPÍTULO IV
na lei ou nos estatutos.
Regimes especiais
6. A lei ou os estatutos podem fazer depender certos
actos de autorização ou aprovação de outros órgãos, di- Artigo 48.º
ferentes dos indicados. Institutos sem autonomia financeira
7. A falta da autorização prévia ou de aprovação de- 1. Em casos devidamente fundamentados, pode ser con-
termina, respectivamente a invalidade ou a ineficácia ferida personalidade colectiva pública a serviços despro-
jurídicas dos actos sujeitos a autorização ou a aprovação. vidos de autonomia financeira e de património próprio.
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2. Os institutos públicos assim criados têm uma orga- data de criação e de eventual reestruturação, composição
nização simplificada, incluindo apenas um director que dos corpos gerentes, planos de actividades, relatório e
goza do estatuto conferido ao vogal do conselho directivo. contas dos últimos dois anos.
Artigo 49.º 2. A base de dados referida no número anterior será
Regime jurídico da função pública disponibilizada em linha, na página electrónica do depar-
tamento governamental responsável pela administração
1. Aos institutos públicos criados nos termos do artigo pública, incluindo conexões para a página electrónica de
anterior, relativamente ao pessoal, aplica-se o regime cada instituto, conforme o disposto no artigo 47.º.
da função pública, sem prejuízo de, em casos em que a
Artigo 53.º
especificidade dos postos de trabalho o justifique, o diploma
instituidor dos institutos públicos poder adoptar em re- Revisão dos institutos existentes
lação a parte do respectivo pessoal o regime do contrato
1. As disposições do presente diploma não se aplicam
individual de trabalho.
aos institutos existentes à data da sua entrada em vigor,
2. No caso de o regime da função pública ser adoptado com excepção do disposto nos artigos 20.º, 41.º, 45.º, 46.º,
como regime transitório, o mesmo apenas poderá ser 47.º, 49.º número 2, 55.º e 56.º.
aplicado ao pessoal que se encontrava em funções nesse
2. Todos os institutos existentes à data do presente
regime à data dessa adopção.
diploma serão objecto de uma análise à luz dos requisitos
Artigo 50.º nele estabelecidos, para efeitos de eventual reestrutura-
Institutos de gestão participada ção ou transformação, fusão, cisão ou extinção.
Nos institutos em que, por determinação constitucional 3. A tarefa prevista no número anterior será incum-
ou legal, deva haver participação de terceiros na sua bida a uma comissão, que funcionará na dependência
gestão, a respectiva organização pode contemplar as es- do membro do Governo responsável pela Administração
pecificidades necessárias para esse efeito, nomeadamente Pública, constituída do seguinte modo:
no que respeita à composição do órgão directivo. a) Um representante do Primeiro-ministro, que
Artigo 51.º presidirá;
Outros institutos de regime especial b) Um representante da Reforma do Estado;
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2. Cada uma das categorias de institutos públicos 5. No prazo que lhe for determinado, a comissão apre-
proferidos no número anterior pode ser regulada por sentará ao Primeiro-ministro e aos demais membros do
diploma próprio. Governo referidos no número 3 um relatório e eventual
proposta relativa ao disposto no número 2 para cada um
CAPÍTULO V dos institutos existentes.
Disposições finais e transitórias 6. O processo previsto no presente artigo deverá estar
Artigo 52.º concluído no prazo de doze meses.
Base oficial de dados sobre os institutos públicos Artigo 54.º
Uso da designação de “Instituto, I.P” ou “Fundação, IP”
1. Junto do departamento governamental responsável
pela administração pública será organizada uma base de 1. No âmbito da Administração Pública, só os institutos
dados informatizada sobre os institutos públicos, a qual públicos no sentido do presente diploma podem utilizar
conterá para cada um deles, entre outros, os seguintes a designação de “Instituto, IP” ou “Fundação, IP”, con-
elementos: designação, diploma ou diplomas reguladores, forme os casos.
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2. A designação «Fundação, IP» só pode ser usada da superintendência, delegar em entidades privadas,
quando se trate de institutos públicos com finalidades de por prazo determinado, e com ou sem remuneração, a
interesse social e dotados de um património cujos rendi- prossecução de algumas das suas atribuições e os po-
mentos constituam parte considerável das suas receitas. deres necessários para o efeito, assumindo o delegado a
obrigação de prosseguir essas atribuições ou colaborar
3. A denominação dos institutos públicos pode ser objecto na sua prossecução sob orientação do instituto.
de tradução para a língua estrangeira ou de adaptação
para fins de promoção no estrangeiro. 2. Os termos e condições de delegação de serviço pú-
blico constarão de contrato administrativo publicado no
Artigo 55.º
Boletim Oficial, sendo a escolha do delegado precedida
Exploração privada de estabelecimentos de institutos públicos das mesmas formalidades que regulam o estabelecimento
de parcerias público-privadas na Administração Pública.
1. Pode o órgão de direcção do instituto que, mediante
prévia autorização dos membros do Governo responsáveis 3. No caso de a delegação ser acompanhada pela cessão
pelas áreas das Finanças e da superintendência, desa- de exploração de estabelecimento do instituto, aplicar-
fectar o estabelecimento da prestação de serviço público se-ão as correspondentes disposições.
transmitir ou ceder temporariamente a terceiros a explo-
Artigo 58.º
ração de estabelecimentos que integrem o seu património.
Logotipo
2. A transmissão ou cessão de exploração será titulada
por contrato escrito, em que ficarão consignados todos Os institutos públicos utilizam, para identificação de
os direitos e obrigações assumidos quanto à exploração documentos e tudo o mais que se relacionar com os res-
do estabelecimento, devendo a escolha do adquirente ou pectivos serviços, um logotipo cujo modelo será aprovado
cessionário ficar sujeita às mesmas formalidades na lei por portaria do membro do Governo da superintendência.
que defina o quadro geral de privatizações.
Artigo 59.º
3. No caso de transmissão ou cessão de exploração do Norma transitória
estabelecimento serão transferidos para o adquirente,
salvo acordo em contrário entre transmitente e adquirente, 1. Até à entrada em vigor do diploma que regula os ins-
a posição jurídica de entidade patronal e os direitos e titutos públicos integrados na administração municipal,
2 038000 001163
obrigações do instituto relativos ao pessoal afecto ao es- mantém-se transitoriamente em vigor a Lei n.º 96/V/99,
tabelecimento, em regime de direito público ou privado, de 22 de Março, alterada pelo Decreto-lei n.º 2/2005, de
sem alteração do respectivo conteúdo e natureza. 10 de Janeiro, em relação àqueles institutos.
4. No caso de o instituto dispor de um ou mais esta- 2. Até a criação do Fundo de Solidariedade Interinsti-
belecimentos deverá o seu órgão de direcção especificar, tucional referido no número 2 do artigo 39.º, os valores
em aviso publicado no Boletim Oficial, qual o pessoal que a este destinados são revertidos para uma conta própria
se encontra afecto ao estabelecimento e qual o regime junto do Tesouro do Estado.
jurídico em que o mesmo presta funções. Artigo 60.º
Artigo 56.º
Derrogação
Concessões
Fica derrogada a Lei n.º 96/V/99, de 22 de Março, al-
1. Os órgãos de direcção do instituto público podem, terada pelo Decreto-lei n.º 2/2005, de 10 de Janeiro, em
mediante prévia autorização do membro do Governo da matéria relativa aos institutos públicos.
superintendência, conceder a entidades privadas, por Artigo 61.º
prazo determinado e mediante uma contrapartida ou
uma renda periódica, a prossecução por conta e risco Entrada em vigor
próprio de algumas das suas atribuições, e nelas delegar
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
os poderes necessários para o efeito.
da sua publicação.
2. Os termos e condições da concessão constarão de
Aprovada em 28 de Maio de 2015.
contrato administrativo, publicado no Boletim Oficial,
sendo a escolha do concessionário precedida das mesmas O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
formalidades que regulam o estabelecimento de parcerias Ramos
público-privadas na Administração Pública.
Promulgada em 2 de Julho de 2015.
3. No caso de a concessão ser acompanhada pela cessão
da exploração de estabelecimento do instituto aplicar-se-ão Publique-se
as correspondentes disposições.
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
Artigo 57.º ALMEIDA FONSECA
Delegações de serviço público Assinada em 3 de Julho de 2015.
1. Os órgãos de direcção do instituto público podem, O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
mediante prévia autorização do membro do Governo Ramos
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cendo-a tanto ao Ministério Público como ao 26. Alterar o artigo 412.º do CPP de modo a sub-
juiz, consoante a fase processual em que cada meter a julgamento em processo sumário os
um deles for o titular. detidos em fragrante delito por crime punível
com pena de prisão cujo limite máximo não
17. Proibir a possibilidade de o juiz, durante a ins- seja superior a cinco anos e, ainda, os casos
trução, aplicar medida de coacção ou de ga- em que a detenção tiver sido efectuada por
rantia patrimonial mais grave do que aquela que outra pessoa que não seja agente de autori-
tiver sido requerida pelo Ministério Público, dade, desde que a este tenha sido entregue o
nas situações previstas na alínea b) do artigo detido num curto lapso de tempo e lavrado o
276.º do CPP. respectivo auto de entrega.
18. Reconfigurar os prazos de extinção da prisão 27. Reconfigurar o processo especial de transacção
preventiva previstos no artigo 279.º, tendo de modo a que as tentativas de consenso em
em atenção as implicações da instalação e do processo penal também abarquem os crimes
funcionamento dos Tribunais de Relação de puníveis com pena de prisão cujo limite máximo
modo a estabelecer um prazo para a decisão seja superior a cinco anos.
no Tribunal de Relação e um prazo para o
Supremo Tribunal de Justiça. 28. Regular a questão da motivação e das conclu-
sões dos recursos, com indicação dos requisi-
19. Atribuir exclusivamente ao Ministério Público tos que devem conter as conclusões quando o
o poder de mandar o arquivar o processo no recurso versar matéria de direito e regular os
caso de dispensa da pena prevista no artigo pontos que os requerentes devem especificar
317.º e de suspensão provisória do processo quando impugnar a decisão proferida sobre
mediante injunções, prevista no artigo 318.º. matéria de facto.
20. Conferir ao Ministério Público a possibilidade 29. Estabelecer que, em caso de recurso, a não obe-
de, no despacho de acusação, nos crimes pu- diência aos requisitos formais previstos no
níveis com pena de prisão de limite máximo número anterior não tem como efeito a inad-
superior a oito anos, requerer que a audiência missibilidade ou deserção do recurso.
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existência de menor a seu cargo, existência de Ministério Público dar início ao procedimento
familiar exclusivamente ao seu cuidado, sem no prazo de seis meses, a contar da data em
prejuízo de o tribunal poder revogar o regime que tiver tido conhecimento do facto, sempre
de permanência na habitação se o condenado que o interesse do ofendido o aconselhar e este
infringir grosseira ou repetidamente os de- for menor ou não possuir discernimento para
veres decorrentes da pena ou cometer crime entender o alcance e o significado do exercício
pelo qual venha a ser punido e revelar que do direito de queixa ou o direito de queixa não
as finalidades do regime de permanência na puder ser exercido porque a sua titularidade
habitação não puderam por meio dele ser al- caberia apenas ao agente do crime.
cançadas.
2.23 Estabelecer a imprescritibilidade dos cri-
2.13 Estabelecer que a revogação da medida ou mes contra a vida constantes no Capitulo I
pena de permanência em habitação determi- do Titulo I do Livro II do Código Penal, bem
nará o cumprimento da pena de prisão fixada como dos crimes contra a humanidade e dos
na sentença, descontando-se por inteiro a crimes de guerra.
pena já cumprida em regime de permanência
na habitação. 2.24 Estabelecer que o prazo de prescrição do pro-
cedimento criminal nos casos de crimes pra-
2.14 Elevar para cinco anos a pena de prisão, en- ticados por pessoas colectivas ou entidades
quanto pressuposto de suspensão da execu- equiparadas corresponda àquele que seria
ção da pena de prisão. aplicável se o agente do crime fosse uma pes-
2.15 Elevar para três anos de prisão, o pressuposto soa singular.
para a aplicação da pena de prestação de tra-
balho a favor da comunidade. 2.25 Alterar o artigo 108º do Código Penal, de modo
que o prazo mínimo de prescrição seja de cinco
2.16 Prever a aplicação da pena de trabalho a fa- anos e que os crimes cujo prazo de prescrição
vor da comunidade, independentemente do é actualmente cinco anos passe para dez anos.
consentimento do condenado, e prever que
em caso de incumprimento se aplica a pena 2.26 Consagrar que o prazo de prescrição do proce-
principal determinada na sentença. dimento criminal se interrompe, começando
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3.13 Rever o tipo de crime de não cumprimento de A autorização concedida por esta lei tem a duração de
obrigação de prestar alimentos, de modo a pu- cento e vinte dias.
nir a conduta do agente que, com a intenção Artigo 5.º
de não prestar alimentos, se colocar na im-
possibilidade de o fazer. Entrada em vigor
3.14 Tipificar os crimes de pirataria, roubo marí- A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da
timo e outros ilícitos em águas territoriais e sua publicação.
ainda o crime de violência contra ou a bordo
de navios nacionais. Aprovada em 29 de Maio de 2015.
3.15 Rever o tipo do crime de corrupção passiva, de O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
modo a prever e punir a conduta do funcioná- Ramos
rio de uma organização internacional pública
Promulgada em 8 de Julho de 2015.
que, directamente ou por interposta pessoa,
solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, Publique-se.
dinheiro ou qualquer outra dádiva, ou a sua
promessa, para praticar ou abster-se de pra- O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
ticar um acto no exercício das suas funções. ALMEIDA FONSECA
3.16 Rever o tipo de corrupção activa de modo a Assinada em 8 de Julho de 2015.
prever e punir a conduta daquele que, direc-
tamente ou por interposta pessoa, oferecer ou O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
prometer dinheiro ou qualquer outra dádiva Ramos
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de 13 de Julho
Artigo Único
A Assembleia Nacional vota, nos termos do artigo 181.º
da Constituição conjugado com os artigos 277.º e 287.º do Deferir o pedido de suspensão temporária de mandato
Regimento, a seguinte Resolução: do Deputado Alexandre José Duarte Fonseca Pacheco de
Novais, eleito na lista do PAICV pelo Círculo Eleitoral
Artigo único
de São Vicente, por um período de 10 dias, com efeitos a
É eleita Arminda Pereira de Barros para exercer o partir do dia 23 de Junho de 2015.
cargo de Presidente da Autoridade Reguladora para a
Comunicação Social. Aprovada em 24 de Junho de 2015
O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso O Presidente da Assembleia Nacional, Basílio Mosso
Ramos Ramos
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Publique-se. ––––––o§o––––––
pela candidata não eleita da mesma lista, Senhora Ivete Geral dos Concursos de Acesso e Ingresso no Ensino
Helena Ramos Delgado Silves Ferreira. Superior - Ano Académico 2015-2016,
Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 24º do O presente diploma aprova o Regulamento Geral dos
Regimento da Assembleia Nacional, conjugado com o Concursos de Acesso e Ingresso no Ensino Superior - Ano
disposto nos artigos 4º, 5º e nº 2 do artigo 6º do Estatuto Académico 2015-2016, a que se refere o artigo 45º do De-
dos Deputados, defiro, a requerimento do Grupo Parla- creto-Lei nº 36/2014, de 23 de Julho cujo texto se publica
mentar do MPD, o pedido de substituição temporária de em anexo a esta portaria, que dela faz parte integrante.
mandato do Deputado José Luís Santos, eleito na lista do
MPD pelo Círculo Eleitoral da Boavista, pela candidata Artigo 2.º
não eleita da mesma lista, Senhora Maria Leopoldina
Alterações
dos Santos Évora.
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Regulamento Geral dos Concursos de Acesso e 2. Para Portugal, os candidatos por conta própria,
Ingresso no Ensino Superior - Ano Académico devem apresentar ainda:
2015/2016
a) Declaração bancária, por meio da qual afirma
CAPÍTULO I possuir capacidade financeira e autorização
para a transferência mensal no valor igual
Disposições Gerais
ou superior a 38.500,00 (trinta e oito mil e
Artigo 1.º quinhentos escudos) correspondentes a 350
Objeto euros, para candidatos a estabelecimento de
ensino superior público e 55.000,00 (cinquenta
A presente portaria visa regulamentar o Concurso e cinco mil escudos) (500 euros) para candi-
Nacional de Acesso e ingresso no Ensino Superior - Ano datos a estabelecimentos do ensino superior
Académico 2015/2016, aos cursos ministrados em Esta- privado;
belecimentos de Ensino Superior no País e no Exterior.
b) Termo de responsabilidade financeira que com-
Artigo 2.º prova que os pais/encarregado de educação
Âmbito assumem a responsabilidade de subsistência
integral do candidato, acompanhado da cópia
1. O acesso e ingresso nos cursos ministrados em es- do bilhete de identidade de quem o assina;
tabelecimentos de ensino superior público e privado no
País será objeto de concursos locais realizados por cada c) Outras condições especificamente exigidas pelas
estabelecimento. autoridades dos países para os quais concorre.
2. O acesso e ingresso nos cursos ministrados em esta- 3. O candidato que só prossegue os estudos em Portugal
belecimentos de ensino superior no exterior será objeto de se obtiver a bolsa do Governo, a sua pré-seleção à vaga,
concursos nacionais organizados pela Direção-Geral do ficará dependente da sua pré-seleção à bolsa.
Ensino Superior, através do Serviço de Acesso ao Ensino Artigo 6.º
Superior (SAES).
Preenchimento do Boletim de Candidatura
Artigo 3.º
1. O candidato deve indicar, por ordem decrescente de
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1. Nos concursos para o exterior, as candidaturas são d) Se forem exigidas quatro disciplinas nucleares:
apresentadas: (S x 0.40) + (N1 x 0.15) + (N2 x 0.15) +
a) Na Praia, na Direção-Geral do Ensino Superior (N3 x 0.15) + (N4 x 0.15)
(DGES);
Em que:
b) Nos Concelhos e nas Ilhas, em todas as Delegações
do Ministério da Educação e Desporto que se S = classificação do ensino secundário, fixada
encarregarão de as encaminhar à DGES; nos termos das alíneas a) e b) do número 1 do
artigo 5º;
c) No estrangeiro (caso de Portugal), na Embaixada
de Cabo Verde em Portugal, que se encarrega N, N1, N2, N3 e N4 = classificações, na escala
de remeter os processos à DGES; inteira de 0 a 20, das nucleares exigidas;
2. Para os concursos nacionais, as candidaturas são 2. Todos os cálculos intermédios são efetuados sem
apresentadas nas respetivas instituições de ensino su- arredondamento.
perior nos prazos fixados pelos respetivos órgãos;
3. A nota de candidatura só é aplicável aos concursos
3. O prazo para a apresentação das candidaturas bem em que esta é exigida.
como a de todos os atos inerentes previstos no presente
regulamento serão fixados por despacho do Diretor-Geral Artigo 13.º
do Ensino Superior; Classificação do Ensino Secundário
4. O desconhecimento dos avisos e anúncios não pode 1. Para os candidatos que concorrem com a titularidade
ser invocado para justificar o não cumprimento das obri- do 3º ciclo do ensino secundário nacional, S tem o valor
gações como candidato. da classificação final do 3º ciclo com que o estudante se
Artigo 10.º candidata, tal como fixada nos termos da lei.
Recibo
2. Para os candidatos que concorram com a titularidade
Da candidatura, é entregue ao apresentante um recibo de um curso do ensino secundário estrangeiro, S é a
devidamente assinado pelos Serviços onde apresentou a classificação do curso do ensino secundário estrangeiro,
candidatura. convertida para a escala de 0 a 20.
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1. A pré-seleção dos candidatos nas vagas fixadas é 2. A Direção-Geral do Ensino Superior, através do
feita por ordem decrescente das preferências indicadas Serviço de Acesso ao Ensino Superior, faculta a todos os
pelos candidatos no boletim de candidatura, tendo em candidatos que o solicitem:
conta as notas de candidatura. a) A transcrição do conteúdo relevante do seu re-
2. O processo de pré-seleção tem natureza iterativa, gisto informático;
considerando-se concluído quando todos os candidatos b) As classificações de candidatura e de desempate
tiverem alcançado a situação de Pré-selecionados ou não do último colocado em cada par estabeleci-
Pré-selecionados. mento/curso.
3. Em cada iteração: 3. A exposição deve ser apresentada em requerimento
a) Se o candidato, numa das listas ordenadas a que ao Diretor-Geral do Ensino Superior.
se refere o artigo 14.º, tem vaga na sua pri- 4. A reclamação é entregue na DGES no prazo de 5
meira preferência, procede-se à pré-seleção; dias úteis após a divulgação da lista dos candidatos pré-
4. Finda cada iteração: selecionados
a) Eliminam-se todas as preferências onde já não 5. São liminarmente rejeitadas as reclamações não
existem vagas; fundamentadas, bem como as que não sejam entregues
no prazo referido no número anterior e acompanhadas
b) Declaram-se como não pré-selecionados os candi- do recibo de candidatura.
datos que já não disponham de preferências.
6. As decisões sobre as reclamações que não hajam
5. O processo de pré-seleção é da competência do sido liminarmente rejeitadas nos termos do número an-
SAES, competindo ao Diretor-Geral do Ensino Superior terior são proferidas no prazo de quinze (15) dias úteis
submeter à homologação ministerial, o resultado final e notificadas pessoalmente ao reclamante e/ou através
do concurso. de uma nota que será entregue ao requerente ou ao seu
representante.
Artigo 16.º
Artigo 19.º
Listas de pré-seleção
Aceitação da Colocação
1. Esta lista é tornada pública através da sua afixação
nos locais de apresentação de candidaturas ou noutros a A não confirmação da vaga será entendida como desis-
indicar pela Direção-Geral do Ensino Superior; tência. Em consequência, o candidato não será colocado.
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b) Não reúnam as condições para a apresentação a Encerrado o concurso, ficam os processos dos não
qualquer concurso; pré-selecionados à sua disposição, devendo os mesmos
c) Não tenham motivos devidamente justificados proceder ao seu levantamento nos locais onde foram
perante o Diretor-Geral do Ensino Superior apresentados as candidaturas no prazo não superior a
e aceite por este, completado a instrução dos três meses.
respetivos processos nos prazos devidos; Direção-Geral do Ensino Superior, aos 21 de maio de
d) Prestem falsas declarações. 2015. – O Diretor-Geral, José Mário Correia
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I SÉRIE
BOLETIM
O FI C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
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