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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL –

UNIJUI
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS – DEAG
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MARJANE ALTÍSSIMO CONRAD

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR III


SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Distocia, Maceração Fetal e Septicemia em Felino.

Ijuí, RS, Brasil


2021
MARJANE ALTÍSSIMO CONRAD
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR III
SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Distocia, Maceração Fetal e Septicemia em Felino.

Relatório de Estágio em Medicina


Veterinária III na Área de Clínica
Médica de Pequenos Animais
apresentado ao Curso de Medicina
Veterinária da Universidade
Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS),
como requisito parcial para obtenção
do grau de Médica Veterinária.

Orientadora: Maria Andréia


Inkelmann

IJUÍ- RS, 2021


Universidade Regional Do Noroeste Do Estado Do

Rio Grande Do Sul - UNIJUÍ

Curso de Medicina Veterinária


A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Relatório

RELATÓRIO DE ESTÁGIO FINAL CURRICULAR SUPERVISIONADO

EM MEDICINA VETERINÁRIA

Elaborado por

MARJANE ALTÍSSIMO CONRAD

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médica Veterinária

Comissão Examinadora:

_____________________________________________________

Profa. Dra. Maria Andréia Inkelmann (Orientadora – UNIJUÍ)

_____________________________________________________

(Banca – UNIJUÍ)

Ijuí – RS, XX de XXX de 2021


AGRADECIMENTOS
Gatos não morrem: mais preciso - se somem - é dizer que foram rasgar sofás
no paraíso e dormirão lá , depois do ônus de sete bem vividas vidas , seus
setes merecidos sonos .
Nelson Ascher
RESUMO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no


Life Centro Veterinário, na área de Clínica Médica de Pequenos Animais. Este
Hospital Veterinário localiza-se na cidade de Balneário Camboriú, Santa
Catarina, Brasil. O estágio teve duração de 300 horas, as quais ocorreram no
período de 26 de julho de 2021 a 22 de setembro de 2021, sob orientação da
Professora Doutora Maria Andréia e supervisão da Médica Veterinária Greicy
Duarte. Neste, foi possível auxiliar procedimentos realizados pelo veterinário,
como também de diagnóstico por imagem, acompanhar atendimentos clínicos
em caninos e felinos, e monitorar pacientes internados. Serão apresentados
atividades desenvolvidas, exames solicitados, diagnósticos, procedimentos
cirúrgicos e o relato de um caso clínico, de distocia, maceração fetal e
septicemia em um felino. Nesta circunstância, observou-se com a realização do
estágio curricular em medicina veterinária a enorme importância que a
profissão possui, consolidando a teoria com a prática e permitindo ao
acadêmico vivenciar a rotina de um Médico Veterinário.

Palavras-chave: Felino, distocia, maceração, feto, septicemia.

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS


Unijuí- Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
SRD- Sem Raça Definida.
Kg- Quilograma.
TR- Temperatura Retal.
TPC- Tempo de Perfusão Capilar.
FIV- Vírus da Imunodeficiência Felina.
FELV- Leucemia Felina.
OSH- Ovariosalpingohisterectomia.
IV- Intravenoso.
SC- Subcutâneo.
BID- Duas vezes por dia.
TID- Três vezes por dia.
ML- Mililitros.
MG- Miligrama.
GNRH- Hormônio Liberador de Gonadotrofina.
FSH- Hormônio Folículo Estimulante.
LH- Hormônio Luteinizante.
CRF- Fator Liberador de Corticotrofina.
ACTH- Hormônio Adrenocorticotrófico.
GGT- Gama Glutamil Transferase.
PPT- Proteínas Totais.

LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Atividades realizadas e/ou acompanhadas durante o estágio
curricular supervisionado em Medicina Veterinária, ocorrido no Life Centro
Veterinário, no período de 26/07/2021 a
22/09/2021........................................14.
Tabela 2- Diagnósticos e/ou suspeitas de doenças do sistema cardiovascular,
respiratório e digestório estabelecidos durante o estágio curricular
supervisionado em Medicina Veterinária, realizado no Life Centro Veterinário,
no período de 26/07/2021 a 22/09/2021 ........................................... ..............15.
Tabela 3- Diagnósticos e/ou suspeitas de doenças do sistema endócrino,
tegumentar e oftalmológico, estabelecidos durante o estágio curricular
supervisionado em Medicina Veterinária, realizado no Life Centro Veterinário,
no período de 26/07/2021 a 22/09/2021 ........................................... ............. 16.
Tabela 4- Diagnósticos e/ou suspeitas de doenças do sistema urinário e
reprodutor, estabelecidos durante o estágio curricular supervisionado em
Medicina Veterinária, realizado no Life Centro Veterinário, no período de
26/07/2021 a 22/09/2021 ........................................... .....................................17.
Tabela 5- Diagnósticos e/ou suspeitas de doenças do sistema
muscoloesqueléticos, estabelecidos durante o estágio curricular supervisionado
em Medicina Veterinária, realizado no Life Centro Veterinário, no período de
26/07/2021 a 22/09/2021 ........................................... .....................................18.
Tabela 6- Diagnósticos de doenças infecciosas, estabelecidos durante o
estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária, realizado no Life
Centro Veterinário, no período de 26/07/2021 a
22/09/2021 ........................................... ................................................................
............. 19.
Tabela 7- Diagnósticos de doenças oncológicas, estabelecidos durante o
estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária, realizado no Life
Centro Veterinário, no período de 26/07/2021 a
22/09/2021 ........................................... ................................................................
..............19.
Tabela 8- Procedimentos cirúrgicos, estabelecidos durante o estágio curricular
supervisionado em Medicina Veterinária, realizado no Life Centro Veterinário,
no período de 26/07/2021 a 22/09/2021 ........................................... ............. 20.
Tabela 9- Exames complementares encaminhados ou acompanhados durante
o estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária, realizado no Life
Centro Veterinário, no período de 26/07/2021 a
22/09/2021 ........................................... ................................................................
..............21.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..12

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS……………………………………………….. 13

3 DESENVOLVIMENTO……………………………………………………………. 23

3.1 RELATO DE CASO…………………………………………………………..23

3.1.1 Introdução…………………………………………………….……………. 23

3.1.2 Material e métodos ……………………………………………………… 24

3.1.3 Resultados e discussão………………………………………….……….. 26

3.1.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………....…………………………………..... 31

3.1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………...………. 31

ANEXO A – HEMOGRAMA E BIOQUÍMICO…………………………………... 35

ANEXO B- HEMOGRAMA E BIOQUÍMICO…………………………………..... 38

ANEXO C- ULTRASSOM……………………...…………………………………...40
1 INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado em Medicina Veterinária III desempenha grande


importância na construção profissional do aluno, através da vivência da rotina
do médico veterinário e da oportunidade de colocar em prática os
ensinamentos adquiridos durante a graduação. Também, neste momento tem-
se a complementação de conhecimentos que somente na prática são
transmitidos, como a tomada de decisões em emergências e a maneira correta
de se comunicar com os tutores dos pacientes.
Pretende-se com este relatório apresentar a experiência obtida na realização
do estágio na área de clínica de pequenos animais, no Hospital Veterinário, Life
Centro Veterinário, localizado na Rua 2850, número 550, Balneário Camboriú,
Santa Catarina, sob a supervisão da médica veterinária Greicy Duarte e
orientação da Prof. Dra. Maria Andréia Inkelmann, no período de 26 de julho de
2021 a 22 de setembro de 2021, totalizando 300 horas.
O Hospital Veterinário tem atendimento 24 horas e oferece serviços clínicos,
cirúrgicos e de diagnóstico por imagem. A sua infraestrutura é composta por
uma sala de espera e recepção, dois consultórios, um setor de diagnóstico por
imagem (composta por uma sala de radiologia e uma sala de tomografia) e um
centro cirúrgico. A área de internação se divide em um canil, um gatil e um
isolamento. Também contém uma cozinha, dois banheiros e uma garagem.
O quadro de veterinários conta com um total de 8 veterinários: uma
dermatologista e endocrinologista; um cirurgião, ortopedista e neurologista;
uma nefrologista/urologista; uma gastroenterologista; um anestesista; uma
especialista em diagnóstico por imagem; três plantonistas (sendo uma delas
nutricionista). Também conta com outros veterinários que são chamados
quando há atendimento de suas especialidades, sendo das áreas de
oftalmologia, cardiologia, clínica de silvestres, odontologia e fisioterapia. Já a
equipe da internação conta, além dos veterinários, com a ajuda de auxiliares
veterinários e estagiários.
A realização deste estágio teve como objetivo a obtenção de conhecimentos e
experiência construídas através da teoria e prática transmitidas através do
mesmo, os quais são de suma importância na formação do futuro médico
veterinário. Neste trabalho serão explanados as atividades desenvolvidas, os
exames solicitados, os procedimentos cirúrgicos e o relato de um caso de
distocia, maceração fetal e septicemia.
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O Estágio Curricular em Medicina Veterinária III foi desenvolvido no


Hospital Veterinário, Life Centro Veterinário, Balneário Camboriú- SC,
abrangendo a área de clínica médica de pequenos animais, durante o período
de 26 de julho de 2021 a 22 de setembro de 2021, totalizando 300 horas.
Foram realizados acompanhamentos de consultas médicas, encaminhamentos
de exames, procedimentos cirúrgicos, exames laboratoriais e procedimentos de
enfermagem.

Durante a passagem das consultas e procedimentos ambulatoriais, a função do


estagiário se resumia em conter os animais durante a manipulação veterinária,
aferição dos parâmetros fisiológicos dos animais internados, alimentação dos
animais, limpeza de baia, aspiração e aplicação das medicações. Durante a
realização de exames ultrassonográficos e radiográficos, a função do estagiário
era de contenção dos pacientes e auxílio no posicionamento dos mesmos,
garantindo que tivessem as melhores projeções e imagens. Já na parte
cirúrgica, era feita a assepsia da região a ser operada, tricotomia da área, bem
como o monitoramento da recuperação anestésica.

A seguir apresentam-se as atividades realizadas, organizadas em


tabelas, divididas conforme atividades ambulatoriais realizadas, diagnósticos
estabelecidos ou suspeitos, exames complementares realizados e
procedimentos cirúrgicos.

Tabela 1 – Atividades acompanhadas e/ou realizadas durante o estágio curricular


supervisionado em Medicina Veterinária III, ocorrido no Life Centro Veterinário, no período de
26/07/2021 a 22/09/2021
Atividades Canino Felino Atividades %

Acesso Venoso 96 25 121 16

Aferição dos Parâmetros 100 40 140 18,5

Aplicação de Medicações 20 10 30 4

Coleta líquor 6 0 6 0,9

Coleta de Sangue 60 32 88 11,6

Cistocenteses Guiado por Ultrassom 17 4 21 3

Citologia Aspirativa por Agulha Fina 5 0 5 0,6


Eletrocardiograma 9 0 9 1,2

Endoscopia 4 0 4 0,5

Eutanásia 3 0 3 0,4

Exame Radiográfico 14 2 16 2,2

Exame Ultrassonográfico 32 14 46 6

Fisioterapia 11 0 11 1,4

Medicação Pré-Anestésica 83 10 93 12,4

Remoção de Pontos 10 4 14 2

Sedação 66 11 77 10,2

Sondagem nasogástrica 2 5 7 1

Sondagem Urinária 2 5 7 1

Tomografia 31 0 31 4,1

Vacinação 15 8 23 3

Total 586 170 756 100%

Fonte: Autoria Própria.

Tabela 2 – Diagnósticos e/ou suspeitas de doenças dos sistemas cardiovascular, respiratório e


digestório estabelecidos durante o estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária
III, realizado no Hospital Veterinário, Life Centro Veterinário, no período de 26/07/2021 a
22/09/2021.

Diagnósticos Canino Felino Total %

0
Cirrose 2 2 3,9

1
Colite 3 4 7,5

0
Corpo Estranho 1 1 2

0
Doença Periodontal 6 6 11,3

0
Efusão Pleural 2 2 3,9
0
Encefalopatia Hepática 1 1 2

0
Enterite 4 4 7,5

0
Gastrite 2 2 3,9

1
Gastroenterite 5 6 11,3

0
Gastroenterite Hemorrágica 4 4 7,5

0
Intoxicação por Cannabis 1 1 2

0
Linfangiectasia 1 1 2

1
Lipidose Hepática 0 1 2

0
Pancreatite 5 5 10,2

0
Prolapso Valvar (ausculta/sopro) 6 6 11,3

0
Síncope Cardiogênica 1 1 2

2
Tríade Felina 0 2 3,9

2
Verminose 1 3 5,8

7
Total 46 53 100%

Fonte: Autoria Própria.


Tabela 3 – Diagnósticos e/ou suspeitas de doenças dos sistemas endócrino, tegumentar e
oftalmológico estabelecidos durante o estágio curricular supervisionado em Medicina
Veterinária III, realizado no Hospital Veterinário, Life Centro Veterinário, no período de
26/07/2021 a 22/09/2021

Diagnósticos Canino Felino Total %

1
Catarata 0 1 3,7

0
Demodicose 1 1 3,7

0
Dermatite Atópica 7 7 25,9

1
Diabetes Mellitus 0 1 3,7

0
Escabiose 1 1 3,7

1
Estrabismo 0 1 3,7

0
Florida Spots 1 1 3,7

1
Hiperadrenocorticismo 0 1 3,7

0
Otite 6 6 22,2

0
Piodermite Superficial 2 2 7,4

1
Prolapso de terceira pálpebra 0 1 3,7

1
Síndrome Vestibular 0 1 3,7

3
Úlcera de Córnea 0 3 11,2
0
Total 27 27 100,0

Fonte: Autoria Própria.

Tabela 4 – Diagnósticos dos sistemas urinário e reprodutor, estabelecidos durante o estágio


curricular supervisionado em Medicina Veterinária III, realizado no Hospital Veterinário, Life
Centro Veterinário, no período de 26/07/2021 a 22/09/2021.

Diagnósticos Canino Felino Total %

5
Cistite Idiopática 0 5 22

0
Hiperplasia mamária 1 1 4,4

0
Insuficiência Renal Aguda 3 3 14,1

0
Insuficiência Renal Crônica 2 2 9

1
Maceração Fetal 0 1 4,4

5
Obstrução Uretral 0 5 23,7

0
Piometra de Colo Aberto 2 2 9

0
Síndrome de Pandora 2 2 9

0
Uroperitônio 1 1 4,4
8
Total 14 22 100,0

Fonte: Autoria Própria

Tabela 5 – Diagnósticos e/ou suspeitas de doenças do sistema musculoesquelético


estabelecidos durante o estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária III, realizado
no Hospital Veterinário, Life Centro Veterinário, no período de 26/07/2021 a 22/09/2021

Diagnósticos Canino Felino Total %

0
Artrose 1 1 4,8

0
Displasia Coxofemoral 2 2 9,5

0
Doença do Disco 4 4 19,1
Intervertebral

0
Hemivértebra 2 2 9,5

1
Interação animal 1 2 9,5

0
Luxação de Patela 4 4 19,1

0
Osteomielite 2 2 9,5

0
Ruptura do Ligamento 2 2 9,5
Cruzado Cranial

1
Trauma Automobilístico 1 2 9,5

2
Total 19 21 100,0
Fonte: Autoria Própria.

Tabela 6 – Diagnósticos de doenças infecciosas, estabelecidos durante o estágio curricular


supervisionado em Medicina Veterinária III, realizado no Hospital Veterinário, Life Centro
Veterinário, no período de 26/07/2021 a 22/09/2021.

Diagnósticos Canino Felino Total %

0
Erliquiose 1 1 14,3

1
Vírus da Imunodeficiência Felina 0 1 14,3

0
Vírus da Leucemia Felina 5 5 71,4

Total 1 6 7 100,0

Fonte: Autoria Própria.

Tabela 7 – Diagnósticos de doenças oncológicas, estabelecidos durante o estágio curricular


supervisionado em Medicina Veterinária III, realizado no Hospital Veterinário, Life Centro
Veterinário, no período de 26/07/2021 a 22/09/2021.

Diagnósticos Canino Felino Total %

1
Cistos Pancreáticos 0 1 12,5

0
Insulinoma 1 1 12,5
1
Linfoma 1 1 12,5

0
Neoplasia Hepática 1 1 12,5

0
Neoplasia Mesentério 1 1 12,5

0
Neoplasia perianal 1 1 12,5

0
Neoplasia Sacral 1 1 12,5

2
Total 6 8 100,0

Fonte: Autoria Própria.

Tabela 8 – Encaminhamentos cirúrgicos, estabelecidos durante o estágio curricular


supervisionado em Medicina Veterinária III, realizado no Hospital Veterinário , Life Centro
Veterinário, no período de 26/07/2021 a 22/09/2021.

Encaminhamentos Cirúrgicos Canino Felino Total %

0
Cefalectomia (fêmur) 1 1 2,5

1
Colectomia Parcial 0 1 2,5

0
Correção DDIV 4 4 10,3

0
Correção Fratura 1 1 2,5

0
Esplenectomia Total 2 2 5,2
0
Linfadenectomia 1 1 2,5

0
Nodulectomia perianal 1 1 2,5

6
Orquiectomia Eletiva 3 9 23,1

1
Ovariohisterectomia eletiva 2 3 7,8

1
Ovariohisterectomia terapêutica 2 3 7,8

0
Pancreatotomia Parcial 1 1 2,5

0
Profilaxia Dentária 11 11 28,3

0
Remoção Dígito 1 1 2,5

Total 33 6 39 100,0

Fonte: Autoria Própria

Tabela 9 – Exames complementares encaminhados ou acompanhados durante o estágio


curricular supervisionado em Medicina Veterinária III, realizado no Hospital Veterinário , Life
Centro Veterinário, no período de 26/07/2021 a 22/09/2021.

Exames Canino Felino Total %

0
Biópsia 6 6 1,1

Bioquímico 57 31 88 16,7

0
Citologia Aspirativa por Agulha 5 5 1
Fina

0
Citológico de Ouvido 5 5 1

0
Citológico de Pele 8 8 1,5

0
Cultura Fúngica 1 1 0,2

0
Dosagem Cálcio 4 4 0,7

0
Dosagem Glicose 3 3 0,5

0
Eletrocardiograma 9 9 1,7

0
Exame endoscópico 4 4 0,7

Exame Radiográfico 14 2 16 3

0
Exame tomográfico 31 31 6

14
Exame Ultrassonográfico 32 46 8,7

31
Glicemia 121 152 28,8

Hemograma 60 32 92 17,4

0
Hemogasometria 1 1 0,2

0
Perfil Neurológico (líquor) 6 6 1,1
0
Snap Test Giardia 3 3 0,5

0
Snap Test FELV 13 13 2,5

0
Snap Test FIV 13 13 2,5

0
Teste de Fluoresceína 6 6 1,1

0
Teste Tropicamida 6 6 1,1

4
Urinálise 6 10 2

Total 388 140 528 100,0

Fonte: Autoria Própria.


3 DESENVOLVIMENTO

3.1 RELATO DE CASO CLÍNICO: Distocia, maceração fetal e septicemia


em um felino.

3.1.1 Introdução

Distocia é uma palavra que deriva do grego dys (difícil) e tokos (parto), e se
define por uma dificuldade ou uma inabilidade materna de expelir o feto pelo
canal do parto de forma fisiológica (VINHAS, 2010). Todavia, ocorre com mais
frequência em cadelas do que em gatas, apresentando uma incidência de 5%,
sendo mais comum em animais de raça pura do que os SRD
(LIGUORI;ENÉAS;IGNÁCIO, 2016).

As principais causas estão relacionadas à origem materna; como torção


uterina, prolapso uterino, hidroalantoide, estreitamento do canal do parto e
inércia uterina; ou quanto ao feto; como tamanho exagerado, desenvolvimento
irregular, morte e putrefação fetal, mau posicionamento fetal; também, podendo
ter ambas origens (NOLETO; MARIA; MARTINS, 2018).

A idade e raça materna apresentam grande importância no desencadear da


doença, como também a obesidade. Já os compostos progestacionais, como o
Acetato de Medroxiprogesterona, que atua como método contraceptivo,
evitando gestações indesejáveis, podem resultar nas gatas em aumento de
peso, aumento da glicemia, hiperplasia ou neoplasia mamária, piometra,
diabetes mellitus, supressão adrenal e parto complicado por relaxamento
insuficiente da cérvix (MONTANHA; CORRÊA;PARRA, 2012).

Alguns sinais específicos que indicam uma anormalidade gestacional são


esforços vigorosos de 20 a 30 minutos sem a expulsão fetal, intervalo de mais
de duas horas entre os fetos, feto preso no canal do parto e visível
parcialmente, remoção de filhotes mortos e sinais de angústia materna e
inesperada perda de sangue (LIGUORI;ENÉAS;IGNÁCIO, 2016). Também
pode haver sinais de separação da placenta (secreção vaginal verde-escura)
sem sinais de trabalho de parto, secreção vaginal anormal (com odor fétido e
purulenta), depressão aguda com fraqueza ou febre em vez de contrações
(MONTANHA; CORRÊA;PARRA, 2012).

Para diagnosticar a distocia é necessário realizar uma boa anamnese


completa, buscando todo o histórico do animal, exames físicos, radiológicos e
ultrassonográficos, bem como a realização de um hemograma e dosagem de
cálcio, glicose, ureia e creatinina ( HENRIQUE et al, 2015). Na palpação
abdominal pode-se sentir os fetos e o movimento fetal, e na realização da
ultrassonografia do abdômen, um exame de escolha para o diagnóstico da
doença, evidencia a vitalidade fetal, mensura os batimentos cardíacos e a
provável quantidade de fetos (NOLETO; MARIA; MARTINS, 2018).

A suspeita de parto distócico é considerada de emergência, requerendo rápida


avaliação e ação médica. O tratamento pode ser feito por métodos
manipulativos, com a utilização de medicamentos que causam contração
uterina (ocitocina) e suplementação (cálcio, glicose, etc), ou com método
cirúrgico, através da cesariana ( HENRIQUE et al, 2015).

As complicações geradas pela distocia podem desencadear outras doenças


como a maceração fetal e a septicemia (SALES et al, 2016). Levando isso em
consideração, o objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de distocia
que culminou em quadro de maceração fetal e septicemia, em um felino fêmea,
SRD, onde se descreve os principais sinais clínicos, os diagnósticos e o
tratamento que foi estabelecido.

3.1.2 Material e métodos

Uma fêmea felina, SRD, não castrada, pesando 4,4 Kg, de aproximadamente 2
anos de idade, de comportamento dócil, foi atendida no Hospital Veterinário,
Life Centro Veterinário. A queixa principal era de prenhez, em trabalho de parto
há quase dois dias, estava pouco responsiva aos tutores, além disso relataram
que administravam com frequência progestágenos.

No exame físico a paciente apresentou-se hipotérmica (TR de 35,2ºC), com


pulso fraco, em estado de estupor, paciente hipoativo e pouco responsivo a
estímulos, escore corporal 5/9, estava em decúbito lateral. A desidratação foi
estimada em 5 %, mucosas secas, normocoradas, fasciculações em vários
grupos musculares, TPC 1 segundo, apresentava sensibilidade abdominal
importante e aumento de volume abdominal. Bulhas normofonéticas, ausência
de sopro, ritmo sinusal. Na ausculta dos pulmões não se observaram estertores
ou sibilos. Ausência de secreção nasal ou ocular. Apresentava secreção vulvar
sanguinolenta e fétida. A pele estava íntegra e sem lesões, estava
hipoglicêmica (22mg/dl), a avaliação da pressão por Doppler não foi possível
fazer aferição por apresentar hipotensão.

Diante da suspeita clínica e do estado da paciente, internou-se de emergência.


Os procedimentos realizados foram de aquecimento da paciente com bolsas
térmicas e cobertores, foi realizado o acesso vascular pela veia cefálica com
cateter 24, equipo macro e extensor de 60 cm, e foi mantida no ringer lactato
em bomba de infusão com taxa de 37ml/h até repor o grau de desidratação
inicial e depois foi recalculado para 10ml/h. Em seguida administrou-se em
bolus, por via intravenosa, 0,5 ml de glicose 10 % (diluída em 2,5 ml de
solução fisiológica) e 4,4ml de glucanato de cálcio.

Em seguida realizou-se a coleta de sangue para hemograma e bioquímico, e


teste de glicemia, testou-se para FIV/FELV (resultado negativo), em seguida
realizou-se uma ultrassonografia abdominal.

O tratamento instituido foi na realização de cesariana e OSH terapêutica, além


da internação (do dia 25/08 a 30/08) onde foi administrado os medicamentos:
0,55 ml de ceftriaxona IV BID, 6,6ml de metronidazol IV BID, 1,1ml de
omeprazol IV BID, 0,18 ml de tramadol SC TID, 0,26ml de dipirona SC BID
( feito em momentos de febre), ¼ de comprimido de mirtazapina a cada 48
horas ( realizado uma única vez).

A prescrição para a casa foi de ¼ de comprimido de agemoxy 250mg, de 12


em 12 horas por 10 dias e 0,8 ml de metronidazol 40mg/ml, de 12 em 12 horas
por 7 dias. Foi orientado o retorno do animal em 10 dias para avaliação e
retirada dos pontos de sutura. O paciente, na consulta de retorno, apresentou
melhora significativa.
3.1.3 Resultados e discussão

A paciente apresentava sinais avançados de maceração fetal (trabalho de parto


perdurando por 2 dias, sensibilidade e aumento de volume abdominal,
secreção vaginal sanguinolenta e fétida) e início de quadro septicêmico
(hipotérmica, hipoativa, atáxica, hipoglicêmica, em decúbito lateral, pulso
arterial fraco).

O termo maceração, do latim maceratione, significa alterações degenerativas


desintegradoras do feto, e tem como definição, o processo séptico de
destruição do feto que está retido no útero, fazendo com que haja
amolecimento e liquefação dos tecidos moles fetais, levando-o a uma
esqueletização, e resultando na presença de estruturas ósseas e exsudato
purulento de odor fétido no útero (MONTANHA, 2012).

A provável causa do desenvolvimento da maceração fetal na paciente é a


presença de microorganismos no útero, causadores da morte do feto,
resultantes da putrefação que penetraram no útero após a morte fetal, por
infecção ascendente na cérvix e vagina materna (JUNIOR, 2015).

Os sinais clínicos apresentados conferem com a maceração, sendo comuns a


diminuição do apetite, emagrecimento progressivo, presença de corrimento
vulvar de coloração distinta e odor fétido, relacionado com infecção
ascendente, intenso desconforto abdominal, abdômen agudo e endometrite
(GOMES et al, 2019).

Os fatores que desencadearam a maceração fetal foram o uso prolongado dos


progestágenos e o parto distócico.

O mecanismo de ação principal dos progestágenos é a redução da frequência


dos pulsos de GNRH, inibindo também a secreção de FSH e LH, dessa forma
impedindo a ocorrência do cio e posterior concepção. O contraceptivo
progestágeno mantém altos níveis de progesterona no organismo do animal
por um tempo prolongado, que mesmo havendo maturação fetal e tentativa de
parto, não há desencadeamento da contração uterina, dilatação cervical e nem
expulsão fetal (OLIVEIRA; QUIRINO;PACHECO). Ao final da gestação ,os
fetos começam a entrar em estresse pela falta de espaço no útero, e seu
hipotálamo começa liberar CRF (Fator Liberador de Corticotrofina), que atua
sobre a hipófise estimulando a liberação de ACTH (Hormônio
Adrenocorticotrófico), que por sua vez estimula a adrenal fetal a produzir
corticoides (estrógeno e cortisol). O cortisol estimula a ação de algumas
enzimas que convertem progesterona para estrógeno, porém a alta
concentração de progestágeno sérico resulta em uma conversão insuficiente,
fazendo com que não ocorra aumento dos receptores de ocitocina no
miométrio, liberação de relaxina e consequente abertura da cérvix. Além disso,
o grau de dilatação da cérvix é mínimo, propiciando apenas a passagem de
microrganismos patógenos que desencadeiam seguidamente o processo de
maceração fetal (MORAIS, 2019).

Também, os progestágenos evitam o crescimento folicular ovariano e a


ovulação (através da inibição dos hormônios gonadotróficos) e por
consequente o comportamento sexual. Além disso, quando aplicadas na fase
de anestro, exerce feedback negativo e reduz a concentração de estrógeno. Já
nas fases de proestro, estro e metaestro, são contraindicados o uso dos
análogos da progesterona, bem como em fêmeas pré-púberes, obesas,
diabéticas, com patologias do trato reprodutivo ou das glândulas mamárias.
Sendo assim, podendo ser aplicado apenas em fêmeas adultas e em fase de
anestro, porém contendo ainda contra indicações (ALCÂNTARA et al, 2021).

Já o quadro de septicemia do felino, caracterizado pela liberação constante de


mediadores inflamatórios em resposta à injúria tecidual causada diretamente
por micro-organismos patogênicos provindos da decomposição fetal resultada
da maceração( CÂNDIDO et al, 2012).

As manifestações clínicas da sepse são a taquicardia ou bradicardia,


taquipnéia, febre ou hipotermia, leucocitose ou leucopenia (CHACAR et al,
2014). Outros sinais clínicos da síndrome do choque são a hipotensão
refratária à reposição volêmica adequada, extrema redução do volume
intravascular,entre outros ( PASCHOAL, 2019). Dos sinais de sepse, a paciente
apresentou hipotermia, hipotensão, hipoglicemia e pulso arterial fraco.
Outros sinais clínicos da síndrome são a hipotensão refratária à reposição
volêmica adequada, extrema redução do volume intravascular e intensa
vasodilatação periférica. Há ainda depressão miocárdica e hipermetabolismo,
culminando em hipóxia tecidual global, que instantaneamente pode evoluir para
disfunção múltipla de órgãos e consequente morte do paciente ( PASCHOAL,
2019).

O tratamento da septicemia compreende quatro passos: controlar a infecção,


ofertar suporte hemodinâmico, realizar intervenções imunomoduladoras e
metabólicas e suporte endócrino, com objetivo de melhorar e maximizar a
oferta de oxigênio para todos os tecidos ( CÂNDIDO et al, 2012). Neste caso,
houve o controle da infecção com o uso de antibióticos e entrou com
suplementação de cálcio e glicose, devido à ataxia e hipoglicemia do animal.

O primeiro hemograma ( ANEXO A) realizado apresentou alterações de:


leucopenia, neutropenia, linfopenia, trombocitopenia. Já no bioquímico
apresentou baixo nível de albumina e baixa relação albumina/globulina e
azotemia

A leucopenia associada a neutropenia e linfopenia observadas no (ANEXO A)


são frequentementes observadas em infecções bacterianas severas, como nas
septicemias, deixando as defesas orgânicas diminuídas, como no caso
relatado.Também, doenças infecciosas (uterina) podem resultar em
trombocitopenia por aumento do consumo ou destruição das plaquetas (SILVA,
2017).

A hipoalbuminemia e a baixa relação albumina/globulina (ANEXO A), pode ser


resultante de uma insuficiência hepática, ocorrendo quando há perda de 60 a
80 % da função hepática (DEGRAZIA et al, 2013). Já a azotemia observada ,
se deve a origem pré-renal devido ao quadro de hipovolemia, o qual foi
causado pela desidratação ou toxemia (LOPES;BIONDO;SANTOS, 2007).

No segundo hemograma (ANEXO B) feito 2 dias depois, apresentou


leucocitose com desvio à esquerda, linfopenia, monocitose, trombocitopenia,
proteínas totais baixas. No bioquímico houve aumento do GGT.
As alterações diferentes do primeiro hemograma (ANEXO A), como leucocitose
por neutrofilia com desvio à esquerda e monocitose (ANEXO B) se deve ao
início da ação das células em resposta a doença infecciosa uterina, além das
alterações gástricas, Já a diminuição de PPT , se deve ao processo
inflamatório resultante do procedimento cirúrgico e o aumento do GGT se deve
a colangite (LOPES;BIONDO;SANTOS, 2007).

Na ultrassonografia (ANEXO C) apresentou discreta alteração no estômago,


alteração hepática (colangite) e uterina (gestação confirmada, morte fetal e
processo inflamatório/infeccioso uterino).

O diagnóstico consiste na avaliação do histórico clínico, exame físico


detalhado, exames hematológicos, radiográficos e ultrassonográficos
(SANTOS, 2017). Neste caso avaliou-se o histórico e os sinais clínicos e foi
realizado exames hematológicos e de ultrassom no dia da internação, sendo
constatados morte fetal e processo infeccioso uterino.

O tratamento a ser realizado é a remoção do sistema reprodutor da fêmea


(OSH) e dos fetos macerados (cesariana), em conjunto ao tratamento paliativo
indicado para combater a toxicidade e prejuízos causados pela cirurgia
(NELSON; COUTO, 1998).

Neste caso, o tratamento realizado foi a realização de cesariana seguida de


OSH, removendo os fetos macerados e prevenindo futuros possíveis
problemas reprodutivos. Também, foi realizada a suplementação de
emergência com gluconato de cálcio para tratar a ataxia e glicose para
hipoglicemia.

O tratamento do pós operatório foi a base de antibiótico para infecção


(metronidazol e ceftriaxona) e analgésicos e antipirético para dor e hipertermia
(dipirona e tramadol). Foi realizada uma aplicação de mirtazapina para
estimular o apetite do animal, porque o mesmo estava recusando a ração e o
sachê.

A dipirona tem ação analgésica e antipirética, eficaz no alívio de dores leves a


moderadas e dores viscerais, dose recomendada de 20-25 mg/kg, neste caso
foi utilizado como antipirético. Já o tramadol, é um medicamento alternativo aos
opióides puros, com ação analgésica, eficaz em dores leves a moderadas,
dose recomendada de gato 2mg/kg (SPINOSA, 2017).

Outra opção de medicamento analgésico seria o meloxicam, que é indicado


para dor crônica em tecidos moles ou musculoesqueléticos, podendo ser usado
para dor pós-operatória da OSH realizada. É classificado como Aine e atua
inibindo preferencialmente COX-2,dose recomendada de 0,1-1 mg/kg
(MADDISON; PAGE; CHURCH, 2010).

A mirtazapina é um antiemético e estimulante de apetite (principalmente em


gatos) sua administração é baseada em dados empíricos e a dose
recomendada em gatos é de 3,75- 7,5 mg/kg ( PAPICH, 2012). Foi utilizada na
paciente como estimulante de apetite.

O tratamento para endometrites baseia-se em antibioticoterapias de amplo


espectro como amoxicilina, cefalosporinas, amicacina, enrofloxacina,
sulfametoxazol associado ao trimetropim, metronidazol, clindamicina e
penicilinas (OLIVEIRA et al, 2017). Neste caso utilizou-se a associação de
metronidazol e ceftriaxona.

O metronidazol é um nitroimidazólico de segunda geração, bactericida, com


ação em bactérias anaeróbias e protozoários e rara resistência bacteriana, com
dose recomendada em gatos de 10-25 mg/kg a cada 24 horas por via oral para
bactérias anaeróbicas ( PAPICH, 2012).

A ceftriaxona é uma cefalosporina de terceira geração, de amplo espectro, com


excelente ação em gram negativas e boa ação em gram positivas, com
aplicação IV e IM, dose recomendada de 25-50 mg/kg, BID (SPINOSA, 2017).

3.1.4 Considerações finais

O Estágio Curricular em Medicina Veterinária proporcionou vivenciar a rotina do


médico veterinário. O Hospital Veterinário Life, disponibilizou o
acompanhamento de profissionais especializados, atendimentos clínicos e
práticas veterinárias, as quais determinaram a construção profissional do
estagiário. Neste local possui infraestrutura ampla e profissionais éticos e
capacitados, que se disponibilizaram a suprir as dúvidas que surgiram durante
o estágio.

A partir disso, pode-se afirmar a grande importância da realização do estágio


na formação do médico veterinário, o qual possibilita a prática dos
conhecimentos aprendidos em toda a graduação.
3.1.5 Referências bibliográficas

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Research, Society and Development, v.10, n. 7. Bahia, junho de 2021.

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ANEXO A – HEMOGRAMA E BIOQUÍMICO DO CASO CLÍNICO - Dia


25/08/21.
ANEXO B- HEMOGRAMA E BIOQUÍMICO DO CASO CLÍNICO-
DIA 27/08/21.
ANEXO C- ULTRASSOM DO CASO CLÍNICO.

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