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DETERMINISMO BIOLÓGICO
- Teoria que atribuía capacidades inatas (transmitidas geneticamente) a “raças” ou a
outros grupos humanos. Atualmente a ciência antropológica concebe que as diferenças
genéticas NÃO são determinantes das diferenças culturais;
- A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo
sexual, mas o comportamento existente entre pessoas de sexos diferentes NÃO são
determinados biologicamente.
- A divisão sexual do trabalho demonstra que ele (o comportamento) é determinado
culturalmente e não biologicamente;
- Endoculturação: o comportamento dos indivíduos depende de um processo de
aprendizado.
DETERMINISMO GEOGRÁFICO
- Considerava que as diferenças geográficas (do ambiente físico) condicionariam a
diversidade cultural. Explicação via “causa” e “efeito”, estabelecida pela relação de
integração “natureza-homem”. Desenvolvida por geógrafos entre fins do séc. XIX e início
do séc. XX, teve entre seus expoentes Huntington, que associava a influência do clima no
processo civilizatório (relação entre latitude e os centros de civilização);
- Teoria refutada por Boas, Wissler e Kroeber, no início dos anos 20 do séc. XX, dada a
limitação da influência geográfica sobre os fatores culturais, uma vez que é possível
“existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente
físico”. Ex.: lapões (na Lapônia) e esquimós (no Alasca); grupos indígenas Pueblo e
Navajo (SO dos EUA); grupos indígenas xinguanos (Kamayurá, Kalapalo, Trumai,
Waurá, Ikpeng, Yawálapiti, Kayapó, Naruvotu, Mehinako, Suyá, Matipu, Aweti, Kuikuro,
Nahukuá e Tapayuna – Brasil Central); Puruborá e Huanyam/Migueleno (RO –
Amazônia legal); etc;
- “A cultura age seletivamente” sobre o seu meio ambiente;
- As diferenças entre os seres humanos NÃO estão calcadas em seu aparato biológico ou
no seu meio ambiente. O que nos difere dos outros animais é a nossa capacidade de criar
cultura.