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A Revolução Industrial foi o acontecimento histórico que desencadeou o aumento dos

problemas de saúde relacionados com as atividades no trabalho.

Imagine um ambiente fabril totalmente artesanal, repleto de maquinário manual. De repente, este
ambiente ganha um equipamento a vapor — imenso e volumoso —,

Os riscos nas atividades de trabalho, cresceram com a utilização destas maquinas, tendo
como consequência a produção em larga escala e o aumento da jornada de trabalho que
chegava até 16 horas
Consequentemente os lucros aumentaram e cada vez mais vários empresários passaram a
investir em indústrias em todo o mundo. Como é de se imaginar, as indústrias possuíam
condições de trabalhos péssimas e eram localizadas em ambientes impróprios
Porem esse ambiente não passou por qualquer tipo de adaptação para acondicionar a novidade.
Foi mais ou menos isso o que aconteceu em muitas fábricas naquela época. Subitamente, muitos
trabalhadores se viam expostos a uma série de condições inéditas e nada agradáveis: exposição
excessiva ao calor, má ventilação nos prédios, excesso de umidade etc.
É evidente que muitos trabalhadores começaram a sentir os efeitos daqueles novos agentes no
ambiente, tendo a saúde seriamente afetada e ainda correndo o risco de sofrer acidentes mais
graves em vista da robustez dos novos equipamentos.

. Além disso, a utilização de mão de obra infantil era comum.


O resultado desse cenário foi o enorme número de doenças, acidentes de trabalho,
mutilações e mortes.
Com isso, foram surgindo os primeiros movimentos operários contra as péssimas condições
de trabalho e ambientes insalubres. Os trabalhadores passaram a se organizar em sindicatos
para melhor defenderem os seus interesses.
Após muitas revoltas, começaram então a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho,
que inicialmente se voltavam apenas para crianças e mulheres. É possível perceber, com
isso, que a motivação para todas as leis foram os trabalhadores que através da não aceitação
do que era imposto, lutaram para conseguir melhorias e qualidade de vida.
No início no século XIX, foram noticiados na Inglaterra os primeiros regulamentos para proteger
a vida dos trabalhadores. Com a expansão da Revolução Industrial no restante da Europa, a
Alemanha também ditou normas semelhantes, em 1839, e foi acompanhada pela França, em
1841. A Espanha aderiu em 1873. Nos Estados Unidos, muito embora a industrialização tivesse
se desenvolvido de forma acentuada a partir da segunda metade do século XIX, apenas no século
seguinte surgiu uma legislação referente a indenizações por acidente de trabalho; logo depois
surgiram os primeiros serviços médicos nas empresas com o objetivo de reduzir o custo das
referidas indenizações.
No Brasil, a evolução da segurança do trabalho aconteceu mais tarde do que na Europa,
uma vez que a nossa revolução industrial começou por volta de 1930. O país passava por
um momento de desenvolvimento, mudando a economia de agrária para industrial. Nessa
época, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, iniciou o processo de direitos
trabalhistas individuais e coletivos com a criação da CLT, em 1943.
Fatos que marcaram o desenvolvimento da segurança do trabalho no Brasil:
1919 – criada a lei de Acidentes do Trabalho, tornando compulsório o seguro contra o risco
profissional;
1923 – criação da caixa de aposentadorias e pensões para os empregados das empresas
ferroviárias, marco da Previdência Social;
1930 – criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, atual MTPS;
1943 – criada a consolidação das leis do trabalho, CLT, que trata de segurança e saúde do
trabalho no título II, capítulo V do artigo 154 ao 201;
1966 – criação da fundação Jorge do Duprat Figueiredo de segurança e medicina do
trabalho – FUNDACENTRO, que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à
segurança e saúde dos Trabalhadores; 1978 – criação das normas regulamentadoras.

Posteriormente, em 1943, entrou em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).


E finalmente, em 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou a Portaria
3.214/78, a qual aprovou as Normas Regulamentadoras, conhecidas como a “espinha
dorsal” da legislação de segurança e saúde brasileiras. Atualmente, a segurança e a
proteção à saúde do trabalhador são direitos fundamentais previstos em nossa
Constituição.

No entanto, devemos nos lembrar de que o foco da SSO não é seguir a legislação
mecanicamente apenas para evitar punições, e sim conscientizar a todos de que é muito
importante cuidar da saúde e da segurança no ambiente de trabalho.

A Organização Internacional do Trabalho estima que a cada ano 2.78 milhões de pessoas
vão a óbito e 374 milhões sofram lesões e doenças não fatais relacionadas ao ambiente
de trabalho.

A OIT estima que, a cada ano, ocorram 2.78 milhões de mortes e 374 milhões de lesões e
doenças não fatais relacionadas ao ambiente de trabalho. Por isso, é muito importante
que toda empresa busque implementar um programa de Gestão de Saúde e Segurança
Ocupacional – SSO, visto que o afastamento do trabalhador representa um prejuízo
imenso para a indústria (isso sem mencionar o valor imensurável causado por um óbito).

De acordo com dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, entre


2012 e 2018, o Brasil registrou 16.455 mortes e 4,5 milhões acidentes. Os gastos da
Previdência com Benefícios Acidentários corresponderam a R$79 bilhões, e foram
perdidos 351.7 milhões dias de trabalho devido a afastamentos.

Benefícios de se Implementar uma Gestão de Saúde e


Segurança Ocupacional – SSO
Gerencie os perigos e riscos da saúde e segurança ocupacional. Identifique, registre e
analise sua matriz de perigos e riscos, avalie controles operacionais para mitigar riscos
de acidentes, incidentes e doenças ocupacionais.

Dentre os principais benefícios da Gestão de SSO, podemos citar:

– A identificação de perigos (bem como a implementação de controles para gerenciá-


los), fator que auxilia também na implementação de um programa de Gestão de Riscos e
Gestão de Compliance;

– A redução de acidentes e doenças laborais, que por sua vez diminuem custos com
indenizações ou afastamentos de funcionários;

-O engajamento e motivação dos funcionários, que certamente trabalham mais felizes


sob condições melhores e mais seguras (gerando um consequente aumento na
produtividade);

– A demonstração de conformidade para clientes e fornecedores, e também o


alinhamento à conformidade legislativa;

– Condições extremamente favoráveis para se conquistar selos ISO referentes à


segurança e à saúde ocupacional.

Um bom sistema de gestão da saúde e segurança a só traz benefícios para e empresa,


pois gera redução de custos, aumenta a qualidade de vida dos funcionários, retém
talentos e consolida a reputação daquela organização, que estará sempre mostrando que
valoriza seu bem mais importante: o capital humano.

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