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III Precificação 5
Classificação da Opções
IIII
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Estratégias 8
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Esse texto foi desenvolvido pela Bradesco S.A. CTVM e Ágora S.A. CTVM e não constitui uma recomendação de investimento. Para mais
esclarecimentos, sugerimos entrar em contato com o setor de atendimento da Bradesco Corretora ou Ágora.
É expressamente proibida a reprodução de parte ou da totalidade de seu conteúdo, mediante qualquer forma ou meio, sem prévia e formal
autorização, nos termos da Lei 9.610/98.
INTRODUÇÃO AO
I MERCADO DE OPÇÕES
• 1. Introdução ao Mercado de Opções
Uma Opção é um direito, mas não uma obrigação, de adquirir ou vender ativos por um preço
determinado, em uma quantidade e por um período pré-estabelecidos. Em outras palavras, é um
contrato em que uma das partes tem um direito (por exemplo, comprar uma ação a um preço
combinado) e a outra tem uma obrigação (vender a referida ação pelo preço combinado). O titular
da opção paga um prêmio para adquirir este direito do lançador, podendo exercê-lo ou revender a
Opção no mercado. Por se tratar de um direito, o titular da Opção pode não exercê-lo e deixar que
a Opção expire. Em contrapartida, a outra parte, o lançador, que recebeu o prêmio em dinheiro,
não pode deixar de cumprir suas obrigações, caso venha a ser chamado a isto.
• 1.2 Nomenclatura
O estudo de Opções exige que alguns termos sejam definidos previamente. São eles:
VENCIMENTO - É a data em que cessam os direitos do titular: a terceira segunda-feira de cada mês.
SÉRIE DE OPÇÕES - A Bovespa estabelece séries com diferentes preços de exercício com
vencimento a cada mês para diversas ações.
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• 1.3 Tipos de Opções
Opção de Compra (Call) - Dá ao seu titular o direito de comprar o ativo-objeto em certa data,
a um determinado preço.
Opção de Venda (Put) - Dá ao seu titular o direito de vender o ativo-objeto em certa data, a
um determinado preço.
A possibilidade do exercício antecipado faz uma Opção Americana ser mais valiosa que
uma Européia similar. Entretanto, o prêmio pela espera associado ao tempo até a data de
vencimento faz o exercício antecipado não ser uma alternativa interessante.
Para que um investidor possa operar no Mercado de Opções com ações é essencial saber as regras,
códigos e normas da Bovespa.
O código de uma Opção varia de acordo com o ativo-objeto, a data de vencimento e seu preço de
exercício. No Brasil, as Opções são identificadas por uma sequência de cinco letras mais o valor do
preço de exercício. O Vídeo 1 apresenta, a título de ilustração, o código de negociação para uma
opção de compra de Petrobras com vencimento para o mês de novembro e preço de exercício
igual a R$ 40,00, que é PETRK40.
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• 1.5 Operando Opções
O objetivo básico de quem negocia uma Opção é vendê-la por um prêmio maior do que o prêmio
pago ou, alternativamente, obter lucro exercendo a Opção. Para acompanhar isso, o investidor
deve entender como a variação no preço do ativo-objeto da opção influencia os prêmios das
Opções de compra e venda.
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II PRECIFICAÇÃO
• 2. Precificação
• 2.1 Classificação das Opções
É possível classificar as Opções de três formas distintas de acordo com a relação entre o preço de
exercício da Opção e a cotação atual do ativo-objeto. São elas:
“Dentro do dinheiro” (in the money) - A Opção é dita “dentro do dinheiro” quando possui valor
intrínseco, isto é, quando valeria exercer a Opção se a data de exercício fosse hoje. Estas opções
tendem a valer mais pelo aspecto de financiamento, ou pelo valor de exercício imediato, do que pelo risco.
“No dinheiro” (at the money) - A opção “no dinheiro” está no limiar entre possuir ou não valor intrínseco.
São as Opções que trazem mais incertezas e, portanto, geralmente são as mais negociadas no
mercado. O prêmio de risco nelas é máximo.
“Fora do dinheiro” (out of the money) - A opção é dita “fora do dinheiro” quando não valeria a pena
exercê-la à cotação atual do ativo subjacente se a data de exercício fosse hoje. Uma opção de compra
sobre ações está fora do dinheiro quando o preço de exercício é maior que a cotação da ação. Neste
caso, ela não possui valor intrínseco, e seu valor espelha apenas a possibilidade da ação vir a subir
antes da data de exercício.
A importância de se entender estes conceitos é porque passa a ser possível esclarecer muitos pontos
acerca do comportamento das Opções. Pontos como elucidar o motivo pelo qual nunca é ideal exercer
uma Opção americana de compra sobre uma ação que não distribui dividendo antes do vencimento ou
a razão pela qual é interessante antecipar o exercício de uma Opção americana de venda sobre a ação
que não distribui dividendo podem ser esclarecidos a partir da análise e entendimento destes fatores.
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As Opções, como qualquer outro ativo, têm seus preços determinados pelas forças de oferta e demanda
do mercado. Do ponto de vista teórico, o prêmio de uma Opção depende de dois fatores: o valor
intrínseco e o valor tempo.
Existem cinco fatores muito importantes que afetam o preço de uma opção. Com intuito de uma melhor
compreensão do assunto, somente iremos considerar Opções cujo ativo-objeto é uma ação.
Preço de exercício (X) - Preço pelo qual o titular da Opção pode exercê-la.
Volatilidade (σ) - Mede o grau de incerteza em relação ao nível de preço de mercado do ativo-objeto.
Tempo (T) - Tempo para o vencimento da Opção. Quanto maior o tempo, maior será prêmio da Opção,
já que aumentam as possibilidades de que ela seja exercida.
Taxa de Juros (r) - Quanto maior a taxas de juros, maior será o prêmio de uma Call e menor será o de
uma Put.
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• 2.3. Efeito dos fatores X Prêmio das Opções
É sabido que os fatores mencionados acima influenciam diretamente no preço de uma Opção, alguns em
maior escala do que outros. É possível montar uma tabela resumindo o efeito causado pelo aumento de
cada um deles sobre o prêmio de Opções de compra e de venda de uma ação, conforme apresentado
abaixo e no Vídeo 2.
Analisando as informações contidas na tabela fica clara a importância de se entender o efeito causado
por cada um destes fatores. Como qualquer outro ativo, uma Opção somente gera ganhos quando o
investidor a vende por um preço superior ao que ele pagou.
Continuando a análise da tabela e a título de ilustração, suponhamos que um investidor esteja comprado
numa Call. Caso o preço do ativo-objeto venha a subir, o prêmio desta Opção também irá subir. Por
outro lado, ainda no caso de uma Call, quanto maior for o preço de exercício, menor será seu valor, isso
porque a chance desta Opção ser exercida é reduzida. No que diz respeito à volatilidade do preço do
ativo, quanto maior ela for maior será o preço das suas Opções, já que a possibilidade de exercício é
maior. A variável tempo influi positivamente nas Opções americanas, mas pode influenciar positivamente
ou negativamente uma Opção européia. No caso de Opções “fora do dinheiro”, isso implicará numa
maior probabilidade de não ocorrer o exercício e, portanto, menor valor da Opção.
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• 2.4. Volatilidade
Os Mercados de Opções jogam com a incerteza em relação ao nível de preço de mercado do ativo-
objeto para uma determinada data no futuro. Esta incerteza é medida pelo grau de volatilidade do preço
do ativo subjacente.
A volatilidade é uma das principais variáveis num modelo de avaliação de derivativos. Quanto maior a
expectativa de grandes movimentos no preço do ativo-objeto, maior a probabilidade de que a Opção
seja exercida obtendo-se um ganho e, portanto, maior será o prêmio pago por esta Opção.
Histórica IMPLÍCITA
Enquanto a volatilidade histórica é medida pelo desvio padrão dos movimentos no preço do ativo-objeto
- expressa em percentual e calculada, de preferência, para períodos pequenos e bem recentes (quase
sempre diários) - o cálculo da volatilidade implícita toma como base o prêmio da Opção mais líquida do
mercado (At the money). A partir destas informações, é possível obter o nível de volatilidade implícita
que carrega o preço de mercado da Opção objeto de estudo. Em outras palavras, a volatilidade implícita
é o desvio padrão que torna o preço da Opção obtido pelo modelo Black&Scholes igual ao prêmio da
Opção negociada pelo mercado. A volatilidade implícita pode ser então, comparada à que o investidor
considera apropriada, e esta comparação é usada como guia para a negociação da Opção.
Infelizmente, em muitas das vezes, devido à falta de liquidez das Opções, o uso da volatilidade implícita
não é adequado, optando-se assim pela utilização da volatilidade histórica.
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III
IV ESTRATÉGIAS
• 3. Estratégias
A Trava de Alta é uma estratégia que se beneficia com a alta do ativo. Ela consiste na compra de Opções
de Strike K1 e na venda, na mesma quantidade, de Opções de Strike K2, onde necessariamente K2
é maior que K1.
A compra de uma Call configura uma operação de ganho teoricamente ilimitado e custo limitado
no valor do prêmio pago. Ao realizarmos em conjunto a venda de 1 opção com Strike superior
estamos travando o potencial de ganho, porém, em contrapartida, o custo total da operação fica
menor devido ao prêmio recebido pela venda. Outro ponto importante é que trazemos o ponto de
equilíbrio da estratégia para um valor inferior, fazendo com que a Trava de Alta tenha valor esperado
superior a uma simples compra de Call.
Exemplo:
150 %
aumento de ligações
100 %
Resultado da Operação
50 %
0%
-100 %
-150 %
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Assumindo o ativo-objeto XXXX cotado a R$ 10,00, uma Trava de Alta com opções desse ativo poderia
ser configurada pela compra de uma Opção de Strike 10 por R$ 1,50 em conjunto com a venda de
uma opção de Strike 12 por R$0,50.
Com o ativo-objeto acima de 12 reais no vencimento das Opções, ambas são exercidas e o resultado
da estrutura é igual a um lucro de R$ 1,00 por Opção. Com o preço do ativo-objeto entre R$ 10,00 e
R$ 12,00, apenas a opção de menor Strike é exercida e o resultado da operação será igual à diferença
entre o preço do ativo-objeto e o Strike desta, menos o custo de montagem da estrutura (R$ 1,00).
Com o ativo abaixo de R$ 10,00 reais no vencimento das Opções nenhuma delas será exercida e o
resultado da operação é igual a um prejuízo limitado ao custo de montagem da estratégia (R$ 1,00).
Ao contrario da Trava de Alta, a Trava de Baixa é uma estratégia em que esperamos um cenário
de baixa do ativo-objeto. Ela consiste na venda de Opções de Strike K1 e na compra, na mesma
quantidade, de opções de Strike K2, onde necessariamente K2 é maior que K1.
Note que a venda descoberta de uma Call configura uma operação de perda, teoricamente,
ilimitada e ganho potencial limitado ao prêmio recebido pela venda, mostrando-se uma operação
extremamente arriscada. Ao realizarmos a compra de 1 Opção com Strike superior estamos
travando a perda potencial exatamente no valor deste Strike, fazendo com que o risco máximo da
estrutura seja conhecido logo na entrada da operação. Neste caso, o ganho máximo passa a ser o
valor recebido pela venda da Opção de Strike inferior menos o valor pago na compra da opção de
Strike superior, responsável pela trava da operação.
Exemplo:
150 %
aumento de ligações
100 %
Resultado da Operação
50 %
0%
-100 %
-150 %
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Assumindo o ativo-objeto XXXX cotado a R$ 10,00, uma possível Trava de baixa poderia ser configurada
pela venda de uma Opção de Strike 10 por R$1,50 em conjunto com a compra de Opção de Strike
12 por R$ 0,50.
Com o ativo-objeto abaixo de 10 reais no vencimento das Opções, nenhuma delas será exercida e o
resultado da operação será igual ao saldo recebido em sua montagem, representado pela diferença
entre o prêmio caro, recebido pela venda da opção de menor Strike, e o prêmio barato, pago pela
compra da opção de maior Strike. Com o preço do ativo-objeto situado entre os dois Strikes operados
na data de vencimento dos contratos, apenas a Opção de Strike 10 será exercida. Neste caso, o
resultado da operação será igual à diferença entre o menor Strike (10) e o preço à vista do ativo-
objeto mais o saldo recebido na montagem da operação. Com o ativo acima de R$ 12,00 reais na
data de vencimento das Opções, ambas serão exercidas e o resultado da operação será igual a um
prejuízo de R$ 1,00.
É exatamente em K2, sendo este o Strike do centro, o valor de ganho máximo nessa estrutura.
Exemplo:
Borboleta
100 %
Resultado da Operação
50 %
0%
8 91 0 11 12 13 14 15 16
-50 %
-100 %
-150 %
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• 3.1.4 Borboleta de Baixa
O financiamento, também conhecido como venda coberta de Opções, é uma estratégia largamente
utilizada no mercado. Basicamente consiste em vender uma Opção para cada ativo que se tenha na
carteira.
Conceitualmente, o financiamento é uma estratégia que objetiva a proteção da carteira de ações, mais
especificamente do ativo em que estamos fazendo o financiamento. Contudo, se houver exercício da
Opção, a taxa de remuneração será constante e, na maioria das vezes, substancialmente superior
às taxas praticadas no mercado de renda fixa. Se não houver exercício, o cliente permanece com as
ações em carteira e embolsa o prêmio recebido pela venda das Opções.
• 3.1.5 Financiamento
O Financiamento, também conhecido como venda coberta de Opções, é uma estratégia largamente
utilizada no mercado. Basicamente consiste em vender uma Opção para cada ativo que se tenha na
carteira. Conceitualmente, o financiamento é uma estratégia que objetiva a proteção da carteira de
ações, mais especificamente do ativo em que estamos fazendo o financiamento. Contudo, se houver
exercício da Opção, a taxa de remuneração será constante e, na maioria das vezes, substancialmente
superior às taxas praticadas no mercado de renda fixa. Se não houver exercício, o cliente permanece
com as ações em carteira e embolsa o prêmio recebido pela venda das Opções.
Na primeira, busca-se proteger o ativo contra oscilações no mercado à vista, porém a intenção inicial
não é a de se desfazer da ação. Para isso vende-se Opções com Strike superior ao preço do ativo no
momento, ou seja, monta-se um financiamento com uma Opção fora do dinheiro.
Caso a Opção não seja exercida, o prêmio recebido na venda representa um percentual de proteção
contra uma desvalorização do ativo. Caso o ativo supere o valor do Strike da Opção vendida no dia
do exercício, o investidor receberá 100% da valorização até esse Strike mais o prêmio recebido pela
venda da oOpção.
É importante ressaltar que quanto mais fora do dinheiro, menor a chance de exercício, porém,
também é menor o prêmio recebido e, por consequência, o percentual de proteção.
Podemos também efetuar o financiamento utilizando Opções dentro do dinheiro, ou seja, com Strike
inferior ao preço do ativo no momento da entrada na operação. Neste tipo de financiamento, o
investidor deseja ser exercido e obter uma taxa fixa de remuneração. Como visto anteriormente,
uma Opção de compra dentro do dinheiro normalmente vale mais do que a diferença entre seu
Strike e o preço à vista do ativo-objeto. Esse valor residual é chamado de valor extrínseco ou valor
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do tempo e é o que o investidor ganha em um financiamento com Opções dentro do dinheiro. Na
maioria das vezes as taxas obtidas com esse tipo de operação são substancialmente superiores às
praticadas no mercado.
Estratégias não direcionais são aquelas em que a direção do movimento do preço do ativo-objeto
não influencia o resultado da operação. Antes de começarmos a falar sobre esse tipo de estratégia
devemos esclarecer alguns pontos fundamentais para a melhor compreensão do assunto.
O modelo de Black & Scholes consiste em um conjunto de equações que visam o cálculo do prêmio
justo das Opções. Lançando mão de algumas variáveis, as equações do modelo dão ao investidor o
prêmio justo de determinada Opção para um determinado cenário. Abaixo mostramos as variáveis
que devem ser imputadas no modelo para o cálculo do prêmio justo.
O Preço do ativo-objeto
Preço de exercício
Volatilidade do ativo-objeto
Taxa de juros
Além do prêmio justo da Opção, o modelo também nos informa como este se comporta quando
uma das variáveis que o influenciam é alterada, enquanto as outras são mantidas constantes. Essas
informações são obtidas através das chamadas letras gregas.
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Delta
É a primeira derivada do prêmio da Opção em relação ao preço
do ativo-objeto. Mede a variação do prêmio para cada variação
de R$ 1,00 no preço do ativo-objeto.
GAMMA
É a segunda derivada do prêmio da Opção em relação ao preço
do ativo-objeto. Mede a variação do delta para cada variação
de R$ 1,00 no preço do ativo-objeto.
THETA
É a primeira derivada do prêmio da Opção em relação ao
tempo. Mede o decaimento do prêmio para cada variação de
um dia até a data de vencimento.
VEGA
É a primeira derivada do prêmio da Opção em relação a
volatilidade. Mede a variação do prêmio para cada variação de
1% na volatilidade do ativo-objeto.
RHO
É a primeira derivada do prêmio da Opção em relação à taxa de
juros. Mede a variação do prêmio da Opção para cada variação
de 1% na taxa de juros.
Como dito antes, em uma operação não direcional com Opções a direção do movimento no preço
do ativo-objeto não pode impactar no resultado da estratégia. Para tanto, o investidor deve montar
um portfólio que possua o delta igual a zero. Para alcançar esse objetivo, o investidor deve realizar
uma operação chamada Delta Hedge, tomando posição contrária no ativo-objeto a que se está no
mercado de Opções. Por exemplo, se estiver comprado em 10.000 Opções de compra com delta
igual a R$ 0,50, para efetuar um Delta Hedge deverá vender 5.000 ativos-objetos.
Observe que se o preço do ativo subir R$1,00, o investidor estará ganhando R$ 5.000,00 na posição
comprada em Opções (delta = 0,50) e perdendo R$ 5.000,00 na posição vendida em ativos-objetos
(delta = 1). Analogamente, se o preço do ativo-objeto cair R$ 1,00, o investidor perderá R$ 5.000,00
na posição em Opções e ganhará R$ 5.000,00 na posição vendida em ativos-objetos. Observe que,
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autorização, nos termos da Lei 9.610/98.
ao montarmos uma estrutura Delta Hedge, alterações no preço do ativo-objeto passam a não mais
impactar a carteira como um todo.
Como vimos anteriormente, o delta da Opção não é constante. Seu valor se altera com alterações
no preço do ativo-objeto em uma proporção dada pela letra grega Gamma. Por esse motivo, o
Delta Hedge é uma estrutura dinâmica, já que deve ser modificada de acordo com oscilações no
delta da opção operada.
Para montarmos uma posição comprada em volatilidade, devemos comprar Opções e vender ações
no mercado à vista na proporção delta. Para vendermos volatilidade, devemos vender Opções e
comprar ações no mercado à vista na proporção delta. Como visto anteriormente, o impacto no
preço justo da Opção causado por uma alteração na volatilidade do ativo-objeto é dado pela letra
grega Vega. As Opções com maiores Vegas são aquelas que possuem preço de exercício próximo ao
preço à vista do ativo-objeto.
Exemplo:
Observe agora o que acontece com nosso portfólio quando a volatilidade do ativo-objeto se altera.
Com um aumento de 1% na volatilidade do ativo XXXX, a posição vendida neste não é afetada, porém,
o prêmio da Opção comprada aumenta R$ 0,02, o que nos faz ganhar R$ 200,00 em nossa posição
comprada em Opções. Com uma diminuição de 1% na volatilidade do ativo-objeto, a posição vendida
neste não é afetada, porém, perdemos R$ 200,00 em nossa posição comprada em Opções.
A venda de volatilidade não será aqui abordada por ser análoga à operação explicada acima.
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