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1. Resumo
O capacitor é um dispositivo do circuito elétrico que tem como função armazenar cargas elétricas e possui,
para tal objetivo, duas peças denominadas de armadura e entre elas um material que é chamado de dielétrico.
Além disso, é comum sua presença em circuitos associados a resistores, denominados de circuito RC. Durante
a primeira parte do experimento, foi utilizado os dados de tensão e tempo para a construção dos gráficos dos
3 circuitos. Posteriormente, usou-se as equações de tempo de carregamento e descarregamento dos
capacitores, para encontrar o τ. Por fim, com os devidos desdobramentos matemáticos encontrou-se os valores
de erro relativo e incertezas associadas às grandezas medidas, dentro do esperado.
2. Resultados e Discussão
Na primeira parte do experimento foi montado o circuito RC com um capacitor de 100 µF e um resistor
de 4,5 kΩ, como apresenta a Figura 1, inicialmente conectou-se o cabo USB ao desktop e com a ajuda de um
software foi medida a carga de capacitor em função do tempo, e foi verificado que ele se encontrava
descarregado, para carrega-lo foi colocado um jumper na posição CD, e prosseguiu a medição com o
deslocamento do mesmo para a posição AB.
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Após a obtenção dos dados foi usado o mesmo esquema de circuito da Figura 1 e mesmo processo de
medição, agora, no entanto, com a mudança do valor do capacitor para 1000 µF.
Na última parte do experimento o processo de medição permaneceu o mesmo, contudo, o circuito foi
alterado para uma resistência em paralelo, com dois resistores de 4,5 kΩ e um capacitor de 1000 µF, como
apresenta a Figura 2.
Figura 2: Esquema elétrico para o experimento de carga e descarga de capacitores, com resistores em
paralelo.
Com a parte prática do experimento concluída, foram o utilizados os dados obtidos juntamente com o
software SciDavis para a criação dos gráficos de cada parte do circuito, apresentados nas Figuras 3, 4 e 5.
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Iniciou-se os cálculos buscando a obtenção do 𝜏 esperado e sua incerteza a partir das Equações 3 e 4:
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τ= 𝑅 ·𝐶 (3)
𝜎τ = √(𝐶)2 ∙ (𝜎𝑅 )2 + (𝑅)2 ∙ (𝜎𝐶 )2 (4)
Para o circuito 1:
τ = 4, 5 𝑥 103 · 100 𝑥 10−6 = 0,45 s
Para o circuito 2:
Para o circuito 3:
Para circuito 1:
τ𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 11,65 − 11,20 = 0,45 s
Para circuito 2:
τ𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 15,70 − 11,25 = 4,45 s
Para circuito 3:
τ𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 12,25 − 10,05 = 2,20 s
2 2
𝜎τ = √(τ𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 − τ𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑜 ) + (τ𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 − τ𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑜 ) (9)
Para circuito 1:
0,4345884124 + 0,4475233055
τ𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 0,4441055859 s
2
Para circuito 2:
4,4396714025 + 4,470720664
τ𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 4,455196033 s
2
Para circuito 3:
2,2142669629+2,2355288608
τ𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 2,224897912 s
2
Para Erro Relativo % e o Erro Relativo Ajuste foi utilizada a Equação 10:
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑥𝑝
𝑒𝑝 = |1 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡𝑒𝑜
| x 100 (10)
0,425
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 5,5 %
0,450
Para o circuito 2:
4,425
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 1,7 %
4,500
Para o circuito 3:
2,20
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 2,2 %
2,25
0,44
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 2,2 %
0,45
Para o circuito 2:
4,46
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 0,8 %
4,50
Para o circuito 3:
2,24
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 0,4 %
2,25
Como visto acima os erros relativos obtidos com os dados do ajuste foram inferiores comparados aos
erros obtidos pelo esquema de porcentagem, dessa forma, o 𝜏 obtido pelo método do ajuste é o mais confiável.
Dessa maneira, o mesmo foi utilizado para o cálculo das capacitâncias e suas incertezas, presentes na Tabela
1, por meio de uma manipulação da Equação 1 e de sua propagação, visto nas Equações 11 e 12,
respectivamente.
τ
𝐶= (11)
𝑅
1 2 τ 2
𝜎C = √(𝑅) ∙ (𝜎τ )2 + (− 𝑅2 ) ∙ (𝜎𝑅 )2 (12)
1 2 0,44 2
𝜎C = √( ) ∙ (0,01)2 + (− ) ∙ (0,01 𝑥 103 )2 = 2,232819724 x 10-6
4,5 𝑥 103 (4,5 𝑥 103 )2
Para o circuito 2:
4,46
𝐶= = 9,91111 x 10-4 F
4,5 𝑥 103
1 2 4,46 2
𝜎C = √(4,5 𝑥 103 ) ∙ (0,02)2 + (− (4,5 𝑥 103 )2 ) ∙ (0,01 𝑥 103 )2 = 4,960237566 x 10-6
Para o circuito 3:
2,24
𝐶= 2,25 𝑥 103
= 9,95555 x 10-4 F
1 2 2,24 2
𝜎C = √(2,25 𝑥 103 ) ∙ (0,02)2 + (− (2,25 𝑥 103 )2 ) ∙ (0,004 𝑥 103 )2 = 9,063377 x 10-6
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Para calcular o erro relativo em relação ao C calculado teoricamente acima e o C nominal, usou-se a
Equação 10, assim temos:
Para o circuito 1:
98
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 2 %
100
Para o circuito 2:
991
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 0,9 %
1000
Para o circuito 3:
996
𝑒𝑝 = |1 − | x 100 = 0,4 %
1000
Por fim, ao analisar os gráficos presentes nas Figuras 3 e 4, percebe-se que devido ao aumento da
capacitância e a permanência da resistência constante, o tempo de carga e descarga é maior no circuito 2
comparado com o circuito 1. E ao observar os gráficos das Figuras 4 e 5, percebe-se que devido a diminuição
da resistência e a permanência da capacitância constante, o tempo de carga e descarga é menor no circuito 3
comparado ao 2. Isso se deve a relação presente na Equação 1, onde o tempo é diretamente proporcional a
capacitância quando a resistência é constante, e diretamente proporcional a resistência quando a capacitância
é constante.
4. Conclusões
Específicas:
• O valor mensurado para 𝜏médio para os circuitos 1, 2 e 3 foram de 0,425, 4,425 e 2,20 segundos,
respectivamente.
• O valor mensurado para 𝜏 ajuste médio para os circuitos 1, 2 e 3 foram de 0,444 ± 0,01, 4,455± 0,02 e
2,225± 0,01 segundos, respectivamente.
• O erro relativo ajuste para os circuitos 1, 2 e 3 foram, respectivamente, 2,2%, 0,8% e 0,4%, tendo um
valor inferior em comparação ao erro relativo.
• A determinação das capacitâncias e das respectivas incertezas foram de: 9,777 x 10-5 ± 2,232 x 10-6 F
para o circuito 1, com um erro relativo de 2%, 9,911x 10-4 ± 4,96 x 10-6 F para o circuito 2, com um
erro relativo de 0,9%, 9,955 x 10-4 ±9,063 x 10-6 F para o circuito 3, com um erro relativo de 0,4%.
Geral:
Neste presente trabalho foram realizados alguns experimentos científicos sobre Cargas e Descargas de
capacitores, o que permitiu a consolidação e a união entre conhecimento teórico e prático. Além disso,
percebe-se que as diferenças do tempo de carga e descarga entre circuitos ocorrem em concordância com a
Equação 1 apresentada. Desta forma, os experimentos foram realizados com êxito e apresentaram resultados
satisfatórios e coerentes.
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5. Referências Bibliográficas
● Departamento de Física, Apostila de Física B – 2020.2, Universidade Federal de Sergipe
● YOUNG, H.D.; FREEDMAN, R.A. Física de Sears & Zemansky: Eletromagnetismo: Volume 3,12. ed.,
Editora Pearson Universidade, 2008.