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Escola Técnica Aliança

DIABETES NA TERCEIRA IDADE


SAÚDE DO IDOSO

Itaquaquecetuba
2021
Hannah Gabrièle Nunes Calò
João Vitor Dos Santos

SAÚDE DO IDOSO
Prof:fabiola

Itaquaquecetuba
2021
INTRODUÇÃO

A Diabete Mellitus é uma doença metabólica complexa, resultante da interação


variável entre fatores hereditários e ambientais. Caracteriza- se por secreção anormal
de insulina, níveis elevados de glicose sanguínea e uma variedade de complicações em
órgãos essenciais para a manutenção da vida. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES,
2006).

O diabetes Mellitus (DM) tem se destacado como uma das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis mais relevantes. No Brasil, em 2005, as estimativas eram de 8 milhões
de indivíduos portadores de DM, e esse número está aumentando devido ao
envelhecimento populacional, à maior urbanização, à crescente prevalência de
obesidade e sedentarismo, bem como à maior sobrevida do portador de Diabetes
Mellitus. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2006).

O diabetes é considerado um dos maiores problemas de saúde do mundo e nesse


contexto torna – se imprescindível as pesquisas e o desenvolvimento de novos
fármacos mais eficientes no controle glicêmico e que apresentem o mínimo de efeitos
adversos. Geralmente o tratamento é realizado com um conjunto de fatores, dentre
eles a dieta, exercícios físicos e o uso de fármacos, principalmente em associação.
Existe um grande arsenal farmacológico, entretanto verifica-se com alguma frequência
a dificuldade de alguns pacientes em manter a doença sobre controle.
Qual é a função da insulina e qual glândula
produz esse hormônio?
Embora a maioria das pessoas saibam que diabéticos precisem tomar insulina para
controlar a doença, é comum encontrarmos pessoas que desconhecem a função da insulina
e qual glândula produz esse hormônio. Afinal, diferente do que podemos imaginar, nosso
corpo por si só é capaz de produzir a insulina para fazer a manutenção do açúcar no sangue.
A insulina é um hormônio que possui diversas funções no corpo humano e apesar do
organismo produzir insulina em níveis suficiente para suprir esse gerenciamento, algumas
pessoas nascem com condições de saúde nas quais o hormônio deixa de ser produzido ou
não age como deveria nos níveis de glicose.
Em outros casos, a má alimentação e hábitos de vida do paciente também contribuem para
que o hormônio não seja absorvido corretamente, causando o que chamamos de
resistência insulínica.

Qual glândula produz esse hormônio?


A insulina é um hormônio produzido diretamente no pâncreas, especificamente pelas
células pancreáticas que fazem parte do grupo celular chamado de ilhotas pancreáticas. É
nesse grupo que encontramos as células alfas, que se responsabilizam pela excreção da
insulina, e as betas, que estão ligadas com a produção do glucagon.

Qual a função da insulina no organismo


A principal função da insulina no organismo é conduzir o açúcar no sangue para dentro das
células para que ele seja usado como energia para que o corpo funcione corretamente.
a
insulina age levando a glicose do sangue para dentro das células

De modo geral, o processo metabólico da insulina acontece principalmente quando a


glicose se encontra em altas concentrações na corrente sanguínea, o que muitas vezes
acontece depois da ingestão de carboidratos refinados e alimentos com muito açúcar.
Quando esse hormônio deixa de ser produzido, a glicose não consegue ser revertida em
energia e permanece no sangue em níveis muito altos, o que acaba desencadeando quadros
de diabetes e obesidades.

Como a insulina ajuda os diabéticos?


O hormônio é usado especialmente para tratar quadros de diabetes tipo 1, mas em casos
específicos de diabetes tipo 2 e diabetes gestacional, o especialista pode indicar a injeção
diária de insulina como tratamento.

O que é Diabetes?
Diabetes (CID 10 - E10) é uma síndrome metabólica que acontece pela falta de insulina e/ou
pela incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da
glicose (açúcar) no sangue.
O diabetes acontece, porque o pâncreas não é capaz de produzir insulina em quantidade
suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de
agir de maneira adequada (resistência à insulina).

Diabetes em idosos
Dados levantados pela Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostram que quase um terço das pessoas com
diabetes têm mais de 65 anos.
De acordo com o endocrinologista vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, João
Salles, é necessário considerar que o idoso já está mais predisposto a complicações
cardiovasculares. Também está mais sujeito a ser poli medicado e ter perdas funcionais e
cognitivas, que se somam a problemas como depressão, quedas e fraturas, incontinência urinária
e dores crônicas. Na opinião do endocrinologista, a atenção a esta população deve ser
diferenciada e todas as suas condições precisam ser respeitadas na hora de pensar a estratégia
para tratamento do diabetes em idosos.
Ele explica que uma das razões para o aumento da incidência de diabetes em idosos é a
diminuição da produção de insulina pelo organismo, o que aumenta a quantidade de açúcar na
corrente sanguínea e sobrecarrega o pâncreas. A diminuição na prática de exercícios físicos,
muito comum nessa fase da vida, também é um dos fatores agravantes.
“Os músculos consomem glicose e contribuem para regular os níveis dela no sangue. Com a
sarcopenia e a falta de exercícios, cresce a massa gorda: mais gordura, maior resistência à
insulina”, avalia Salles. “Esse quadro abre espaço não só para o surgimento do diabetes tipo 2,
mas, também, para suas complicações”.
A solução mais indicada para tentar evitar o desenvolvimento do diabetes em idosos, na opinião
do especialista, é a realização de atividades aeróbicas ou de resistência como, por exemplo,
caminhadas e musculação. Ele também chama a atenção para a importância de cuidar do
cardápio
O PACIENTE IDOSO E O DIABETES
Os idosos são os pacientes que sofrem o maior número de alterações fisiológicas, devido à
diminuição natural da eficácia orgânica. A manutenção da saúde junto ao bem-estar destes
pacientes são fatores de interesse para profissionais da saúde e de seus familiares. Trata-se de
uma parcela crescente na população atual, sendo que esse aumento é resultante do avanço
tecnológico, das melhorias de higiene e saúde, da prevenção e controle de infecções, do
desenvolvimento de novos fármacos e de acesso a informação.

O DM2 é uma síndrome do metabolismo defeituoso de carboidratos, lipídeos e proteínas causado


pela diminuição na sensibilidade dos tecidos alvos e pela escassez ou ineficácia de receptores
celulares ao efeito metabólico da insulina produzida normalmente pelo pâncreas segundo Guyton
e Hall. De acordo com estes autores, é o tipo mais comum, correspondendo cerca de 90% dos
casos de diabetes, ocorrendo depois dos 40 anos, frequentemente entre 50 e 60 anos. Sua
etiologia é complexa e multifatorial resultante de fatores genéticos, ambientais, infecciosos e
imunológicos.

Os fatores ambientais assumem uma importância cada vez maior no desenvolvimento da doença.
O estresse dos dias atuais, o sedentarismo e uma alimentação com alto consumo de gorduras
saturadas, poucas fibras, substituição dos alimentos naturais por industrializados e
hipercalóricos, além da diminuição da atividade física e aumento da sobrevida da população,
conduzem a obesidade e são os fatores mais frequentes ao aparecimento do DM, destaca
Coimbra.

A ingestão inadequada de alimentos, na terceira idade, constitui um importante fator de risco


nutricional, devido à obtenção e à forma de preparo dos alimentos (FLORENTINO, 2002).

A qualidade da alimentação dos idosos pode ser influenciada por diversos fatores, dentre eles,
crenças, práticas culturais, estado de integração social, falta de informação ou conhecimentos
sobre nutrição, grau de mobilidade física, deficiências cognitivas, situação econômica e pelo seu
estado de saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005; CERVATO, 1999).

As alterações orgânicas e fisiológicas verificadas no processo de envelhecimento podem


interferir na ingestão dos alimentos, na digestão, absorção e na utilização dos nutrientes, como as
alterações no funcionamento do trato digestório, as alterações na percepção sensorial e
diminuição da sensibilidade à sede. Além disso, ocorre a redução do metabolismo basal e
redistribuição dos compartimentos corporais, com a progressiva diminuição na massa magra total
decorrente da redução da massa muscular, da quantidade de água corpórea, da massa óssea e de
alguns tecidos (CAMPOS, MONTEIRO e ORNELAS, 2000; WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2002).

Associada a estas alterações, os idosos, frequentemente, apresentam uma série de doenças


simultâneas, em que se torna necessário o uso de inúmeros medicamentos que podem interferir
no metabolismo de nutrientes. Esses fenômenos influenciam muito a alimentação e a nutrição e,
por isso, a dieta deve conter quantidade adequada de todos os nutrientes para, de forma
coordenada, fornecer calor e energia e permitir o processo de reparação e regulação do
organismo (CAMPOS, MONTEIRO e ORNELAS, 2000; CERVATO, 1999).

MUDANÇAS FÍSICAS/PSICOLÓGICAS
Quando as articulações são sobrecarregadas, distúrbios que afetam as articulações temporo-
mandibulares podem surgir e o indivíduo tem sua qualidade de vida alterada, não se deparando
somente às limitações impostas pelo envelhecimento, mas passa a ser portador de dores
orofaciais e dificuldades de alimentação, fonação e deglutição, incorporados inúmeras vezes ao
estresse, afetando toda a sua estrutura social (STECHMAN NETO ET.al., 2002).

A idade avançada é acompanhada por perdas, acentuando-se os problemas de saúde, de


depressão, e, muitas vezes, de rejeição, apesar de será fase da sabedoria e da maturidade. As
alterações psicológicas surgem através de diversos fatores que podem conduzir ao
engrandecimento ou ao esgotamento do idoso. Com o envelhecimento, as habilidades verbais, a
memória e a atenção se deterioram com mais facilidade, enquanto que as habilidades numéricas,
a capacidade imaginativa e de julgamento permanecem quase que intactas (FAJARDO et al.,
2003).

Segundo o geriatra GUIMARÃES (2004), membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e


Gerontologia (SBGG), as formas graves de depressão diminuem com o envelhecimento, mas as
depressões mais leves aumentam muito na população idosa. Relata ainda que cerca de 30% das
pessoas idosas que procuram um médico apresentam formas brandas de depressão, mas que
podem prejudicar a qualidade de vida destes pacientes.

Tipos de diabetes

Pré-diabetes
O pré-diabetes é quando o paciente tem potencial para desenvolver a doença, como se
fosse um estado intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2.
Afinal, no caso do tipo 1 não existe pré-diabetes: a pessoa nasce com uma
predisposição genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina, podendo
desenvolver o diabetes em qualquer idade.

Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é quando o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina em
decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com que nossos anticorpos
ataquem as células que produzem a esse hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca
de 5 a 10% dos pacientes com diabetes.
Diabetes tipo 2
O diabetes tipo 2 é consequência da combinação de dois fatores: a diminuição da secreção de
insulina e um defeito na sua ação, conhecido como resistência à insulina.

Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis.
Contudo, com o passar do tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes
tipo 2 ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.

Diabetes gestacional
O diabetes gestacional é o aumento da resistência à ação da insulina na gestação,
levando ao aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela primeira vez na
gestação, podendo ou não persistir após o parto.
A causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida, mas envolve mecanismos
relacionados à resistência à insulina.

Sintomas de Diabetes
Os principais sintomas do diabetes são vontade frequente de urinar, fome e sede
excessiva e emagrecimento. Esses sintomas acontecem em decorrência da produção
insuficiente de insulina ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente sua
ação, causando assim um aumento da glicose no sangue.

Tratamento de Diabetes
O tratamento de diabetes tem como objetivo controlar a glicose presente no sangue do
paciente evitando que apresenta picos ou quedas ao longo do dia.

Como aplicar insulina


Os pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para
manterem a glicose no sangue em valores normais.
Para fazer essa medida é necessário ter em casa um glicosímetro, dispositivo capaz de
medir a concentração exata de glicose no sangue.
Medicamentos para Diabetes
Existem alguns medicamentos normalmente indicados para diabetes dependendo do
caso, como:
· Azukon MR
· Cloridrato de metformina (como Glifage XR)
· Galvus
· Glibenclamida
· Januvia
· Victoza
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso,
bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as
orientações do seu médico e NUNCA se automedique.
Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo
mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as
instruções na bula.
Em pacientes com diabetes, pode ocorrer hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no
sangue) durante a terapia com cloridrato de fluoxetina e hiperglicemia (alta taxa de
açúcar no sangue) após a suspensão do medicamento.
Portanto, a dose de insulina e/ou hipoglicemiante oral deve ser ajustada quando o
tratamento com este medicamento for estabelecido e após a sua suspensão.
Diabetes tem cura?
Tecnicamente, pela ótica da medicina, o diabetes não tem cura. Entretanto, a doença é
totalmente controlável com o tratamento adequado e outros cuidados no estilo de vida
que o paciente deve seguir.
Se a pessoa desenvolve a doença de forma secundária, em decorrência de situações
como, por exemplo, o uso contínuo de corticoides, obesidade mórbida e alcoolismo, é
possível que os níveis de açúcar no sangue se normalizem com o devido controle
dessas condições. E isto, muitas vezes, é visto como um cura.
Mas o que acontece, na verdade, é um bom controle da doença. Assim, caso a pessoa
volte a ganhar peso ou retome os hábitos alcoolistas, muito provavelmente o diabetes
tornará a aparecer. Por isso, é importante fazer o devido acompanhamento com
especialistas para alcançar uma melhor qualidade de vida.

Conclusão
A DIABETES É UMA DOENÇA REAL E NÃO PODE SER IGNORADA.

CONTROLAR A DIABETES ATRAVÉS DE DIETA E ATIVIDADE FÍSICA REGULAR, CASO NÃO HAJA O
CONTROLE ADEQUADO, DOENTE DEVE RECORRER A MEDICAÇÃO ESPECÍFICA E, EM CERTOS
CASOS, AO USO DA INSULINA
REFERENCIAS
Núcleo do
conhecimento:https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/
diabetes-na-terceira-idade

Minhavida:https://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes

Centro de Diabetes
Curitiba:http://www.centrodediabetescuritiba.com.br/artigos/trata
mento-do-diabetes-na-terceira-idade/

Farmadelivery:https://blog.farmadelivery.com.br/funcao-da-
insulina.html

Abrigo do Marinheiro:https://abrigo.org.br/node/907

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