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Pegando um gancho nessa passagem, eu não sei quem aqui assistiu o O Dilema
das Redes, esse documentário nos mostra justamente as fragilidades dos
indivíduos e como as Big TEch se aproveitam dessas
fragilidades,reprogramando a sociedade e sua forma de enxergar a vida, criando
com isso pensamentos coletivos artificiais para serem usados de acordo com
seus próprios interesses.
Outro exemplo interessante sobre a fragilidade dos indivíduos ocorreu durante o
primeiro mandato da presideneta Dilma Rouseff, onde em 2015 ela inicia o
governo com 50% de popularidade, e em apenas 7 meses, essa popularidade
despenca pra algo em torno de 8 a 7%.
Sabemos que a base da Esquerda representa mais ou menos 30% do
eleitorado, o PT sozinho não tem menos de 15, mas então o que explica essa
queda pra 8% mesmo grande parte da Esquerda tendo conhecimento que
durante aquele momento o governo estava sob ataque jurídico, político e
midiático?
Hoje nós temos o exemplo de Bolsonaro que por mais lambança que faça sua
popularidade se mantém estável dentro da margem do bolsonarismo fiel, não
houve queda brusca e acelerada a exemplo do que aconteceu com Dilma em
2015.
Discutindo com um colega do setor sobre esses assuntos, teve um determinado
momento que ele me indicou a leitura de um livro chamado A Espiral do Silêncio.
mas que é a espiral do silêncio? É uma teoria da ciência política e
comunicação de massa proposta em 1977 pela alemã Elisabeth Noelle-
Neumann. Neste modelo de opinião pública, a ideia central é que os
indivíduos omitem sua opinião quando conflitantes com a opinião
dominante, devido ao medo do isolamento, da crítica, ou da zombaria. Os
agentes sociais analisam o ambiente ao seu redor e, ao identificar que
pertencem à minoria, preferem resguardar-se para evitar impasses. Esse
comportamento gera uma tendência progressiva ao silêncio, tratando-se,
pois, de um movimento ascendente em espiral, daí a denominação espiral
do silêncio, porque o indivíduo, ao não expôr sua ideia, automaticamente
compactua com a maioria, de modo que outras pessoas, que poderiam
com ele concordar, também deixam de verbalizar suas ideias. Quanto
menor o grupo que assume abertamente a opinião divergente, maior o
ônus social em expressá-la.
Pra mim esses dois exemplos que eu citei só reforça genialidade de Georg
Simmel, pois em 1917 propôs uma teoria que ainda é bastante atual, parece até
que foi escrita ontem.
A sociologia não procede de maneira menos legítima que todas as demais ciências ao dissipar as existências individuais para
novamente reuni-las segundo um conceito que lhe seja próprio, e assim perguntar: o que ocorre com os seres humanos e
segundo que regras eles se movimentam
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Sugiro focar, mais do que na leitura da rodada, nas experiências acumuladas de forma geral do grupo de leitura, proposta e
expectativas. Conexões, aprendizados, construçoes coletivas…
25 min – Livro
Josemara Veloso18:14
35 min – Livro