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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO – UFRPE

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA – UAST


CURSO DE BACAHRELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS

JOÃO DE DEUS FILHO

ATIVIDADE 04 (II UNIDADE)


A Escola Clássica David Ricardo

Atividade como requisito avaliativo para a


disciplina de Economia Política.
Docente: Profª. Everlândia Souza

SERRA TALHADA – PE
2021
NUNES, António José Avelãs. Uma introdução à economia política. São Paulo: Quartier Latin
do Brasil, 2007.

A Escola Clássica David Ricardo

Para iniciamos falando da Escola Clássica David Ricardo, iniciaremos pelo o


histórico da vida de quem foi David Ricardo (1772-1823), sendo esse um economista
britânico muito influentes do contexto econômico até dias atuais, deixando importantes
contribuições para o pensamento econômico mundial. Herdeiro de uma fortuna na Bolsa
de Valores, sempre demostrou uma grande aptidão para o negócio do pai e com ele
aprendeu os conceitos básicos de finanças.

Entre algumas obras temos as de maiores destaque que foi em 1799, aonde
escreveu: “O Alto Preço do Ouro, uma Prova da Depreciação das Notas de Banco”,
influenciado pela “A Riqueza das Nações” de Adam Smith. Outra obra foi o “Ensaio
Sobre a Influência de um Baixo Preço do Cereal Sobre os Lucros do Capital” (1815). Já
em 1817 escreveu “Princípios da Economia Política e Tributação”, onde são analisadas
as leis que determinam a distribuição de tudo o que poderia ser produzido pelas três
classes da comunidade: os proprietários da terra, os trabalhadores e os donos do capital.

Outras grandes teorias constituíram o nome de David Ricardo, assim como “a


teoria das vantagens comparativas”, que constituem a base essencial da teoria do
comércio internacional, onde demonstrou que duas nações podem beneficiar-se
mutuamente do comércio livre, mesmo que uma delas seja menos eficiente na produção
de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. E por fim a sua “teoria da
renda da terra”, uma interligação dos preços dos cereais à repartição da renda, ao
aumento da população, ao preço da renda da terra, às vantagens recíprocas do comércio
internacional e ao nível de salário e subsistência dos trabalhadores.

Na teoria do valor, David Ricardo considera que nenhum trabalho pode


aumentar sua oferta e a quantidade de trabalho empregada na sua produção tampouco
afeta seu preço. Quanto mais um bem for demandado pelos consumidores, maior será
sua escassez e, portanto, maior o seu preço, neste mesmo contexto, David Ricardo
afirma que o valor da mercadoria está ligado a quantidade de esforço de trabalho
empregado para produzi determinada produção.

Seguindo esses argumentos imposto as teorias de Adam Smith, podemos conclui


que qualquer economia na utilização do trabalho reduz o valor relativo de um bem, e
mais considerando que nas atividades produtivas utilizem capital fixo e capital
circulante na mesa proporção, assim poderíamos defender que o valor de um bem
depende da quantidade relativa de trabalho necessária para o produzir e não da maior ou
menor remuneração auferida por esse trabalho.

Outra contribuição que merece discorremos aqui é a Teoria da Distribuição do


Rendimentos, na qual Ricardo escreve em 1820, uma carta para Malthus, que tinha
como informação principal que o problema da Economia Política consistia em
determinar as leis que regem a distribuição. Sendo que o mesmo considerar três classes
da comunidade, quem é o proprietário da terra, o possuidor do capital necessário para o
cultivo e os trabalhadores que a amanham.

Ricardo consegui fazer uma ligação da teoria do valor com a teoria da


distribuição do rendimento em três grandes princípios, as rendas da terra apresentam
tendências para se elevara; os salários manter-se-á a um nível de subsistência; e a taxa
de lucro tende a baixar continuamente.

Na teoria do salário, encontramos o pessimismo, pois Ricardo tenta explicar o


salário considerando o trabalho como uma mercadoria, á qual se pode aplicar a distinção
de Smith entre preço natural e preço de mercado. Sendo que no Preço de mercado do
trabalho é aquele que pago por ele com base na relação natural entre a oferta e a procura
é caro quando escasseia e barato quando abunda.

Um ponto fundamental é a Lei de Say, que é aceitada por Ricardo, considerando


realmente que a economia atua conforme a mão invisível já tratada na leitura de Adam
Smith. Relembrando que a lei de Say mais conhecida como Lei de mercados de Say ou
Lei da preservação do poder de compra decorre de uma igualdade entre a oferta e a
demanda, baseada na frase de que “a oferta cria sua própria demanda”, ou seja,
segunda a teoria, não existem as chamadas crises de “superprodução”, uma vez que
tudo o que é produzido pode ser consumido já que a demanda de um bem é
determinada pela oferta de outros bens.

Say afirmava que as pessoas não produziam por produzir, mas para trocar seus
produtivos por outros bens que desejam ou de que necessitam.

Logo, para David Ricardo, “Say demonstrou de modo mais satisfatório que não
há nenhum montante de capital que não possa ser investido num país porque a procura
só pode ser limitada pela produção. Ninguém produz se não tiver a intenção de
consumir ou de vender e ninguém vende se não tiver a intenção de comprar (...) a
moeda é só o meio pelo qual se efetua a troca”.

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