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Escola de Comunicação
Curso:Jornalismo
Disciplina: História do Jornalismo
Professora: Aline Grego
EVALDO COSTA
Alunos: Jackson Aguiar e Mariana Gonçalves
O personagem escolhido para este relato histórico foi o jornalista Evaldo Costa.
Evaldo tem 66 anos, nasceu no estado da Paraíba mas foi radicado em
Pernambuco. Atua na área do jornalismo desde 1979 até os dias atuais.
Desde o início colocamos como objetivo contar a história de um jornalista negro, a
fim de trazer evidência ao assunto e dar voz ao personagem para que ele pudesse
mostrar as dificuldades que passou antes de tornar-se o que é hoje. Acreditamos
que este é um tema necessário que merece ganhar cada vez mais visibilidade em
todos os espaços possíveis, porém, deve receber um cuidado especial para ser
abordado da maneira correta. Logo, buscamos realizar tudo de maneira minuciosa,
desde os mínimos detalhes, e assim foi feito.
Evaldo, além de ser negro, veio de uma família de classe baixa e precisou lutar
muito para conseguir seu espaço na profissão, portanto, um dos maiores motivos
pelo qual optamos por contar a história desse personagem foi a identificação que
tivemos com ela. Conforme fomos adentrando pouco a pouco no seu universo, foi
gerada ainda mais certeza de que a escolha foi certeira, pois, assim como nós, seria
possível que outros colegas de turma conseguissem encontrar identificação com ao
menos alguma parte da história do nosso personagem.
O jornalista carrega consigo uma bagagem cheia, sua trajetória profissional e
pessoal é riquíssima desde sua infância até sua velhice e, de fato, serviu como
exemplo para nós. Além de servir como exemplo, a história de Evaldo Costa
também pode, muito facilmente, inspirar a quem sonha em atuar na área. Portanto,
também tomamos como propósito trazer inspiração aos nossos colegas de turma
através da nossa apresentação, para que eles fossem instigados a continuar
seguindo seus sonhos de serem futuros jornalistas.
No mais, acreditamos que trajetórias como a de Evaldo realmente merecem ser
contadas para muitas pessoas, merecem reconhecimento, de fato. Esperamos que
jornalistas negros deixem de ser minoria nas redações e estúdios, e no futuro
possam colher os frutos que pessoas como Evaldo plantaram.
Desenvolvimento
Ele começou sua vida acadêmica estudado gráfica no SENAI, começou na área de
tipografia. Depois, em 1978, entrou na Universidade Católica de Pernambuco
(UNICAP) através de política pública que facilitava a entrada no ensino superior, o
crédito educativo, que hoje pode ser comparado com o FIES. Na década de 80, o
Jornal do Comércio estava saindo de uma grande crise e contratando muita gente,
por isso no quarto período, Evaldo nesse contexto de contratação em massa já
consegue ser repórter no Jornal do Comércio. Depois disso, ele foi contratado pelo
Estadão, que na época segundo o próprio jornalista, estava entre um dos melhores
jornais para se trabalhar no Brasil. Após atuar como Editor-executivo, Repórter e em
várias áreas do jornalismo, ele trabalhou no Jornal do Brasil, foi presidente da
CEPE, foi secretário de comunicação de 3 governos diferentes no estado de
Pernambuco. Evaldo na década de 90 passou pela UNICAP como professor, se
tornou uma referência na comunicação pernambucana ocupando os cargos públicos
mais importantes, atualmente ele é diretor do Arquivo Público de Pernambuco.
A avó de Evaldo, Joventina, que nasceu em 1878, foi fruto da lei do ventre livre. A
sua bisavó era uma mulher negra que foi escravizada. Evaldo foi o primeiro da
família da sua mãe a ter o ensino superior, ele ressalta que foi fruto de uma política
pública que facilitava o acesso à educação. Diz que políticas afirmativas para o povo
negro são essenciais para a promoção da igualdade racial na sociedade. O
jornalista, que se reconhece como negro, disse ter se inspirado em pessoas negras
na área do Jornalismo como o Paulo Viana, que era jornalista e organizava a noite
dos tambores silenciosos. Ele reafirma que a representatividade é importante para
pessoas negras conseguirem ocupar espaços de poder. Para Evaldo, pessoas
negras têm que ter mais oportunidades e não podem mais ser exceção dentro do
jornalismo, ele diz que é impossível pensar o combate contra o racismo sem pensar
em políticas de reparação.
Considerações Finais