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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO- UEMAnet


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UAB
CURSO LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

DAYANE GOMES DA SILVA

PROJETO DE PESQUISA
A GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
ESTUDO DE CASO NA ESCOLA COMPLEXO EDUCACIONAL
MANOEL MARIANO DE SOUZA MUNICÍPIO DE BARRA DO
CORDA/MA.

Barra do Corda
2020
DAYANE GOMES DA SILVA

A GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:


ESTUDO DE CASO NA ESCOLA COMPLEXO EDUCACIONAL
MANOEL MARIANO DE SOUZA MUNICÍPIO DE BARRA DO
CORDA/MA.

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de


Licenciatura em Geografia com requisito parcial de
avaliação da disciplina Prática na Dimensão
Educacional.

BARRA DO CORDA

2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3 JUSTIFICATIVA

4 OBJETIVOS

4.1 Geral

4.2 Específicos

5 METODOLOGIA

6 CRONOGRAMA

7 REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino criada pelo


governo federal, que cujo o objetivo é oferecer o Ensino Fundamental e Médio aos jovens,
adultos e idosos que abandonaram os estudos ou que não tiveram oportunidades de estudar, a
quem não teve acesso à educação na escola comum em idade apropriada. O EJA das
oportunidades, pois permite que o aluno retorne as aulas concluindo seus estudos em um
tempo menor. Os alunos do EJA são na maior parte trabalhadores, empregados ou não,
pessoas que buscam uma preparação para o mercado de trabalho, desejam autonomia, para
que possam se dar bem profissionalmente.
O estudo da geografia tem como objetivo instruir aos discentes, para que olhem de
forma mais critica o mundo a sua volta. Tornar-se um ser mais crítico sobre as
responsabilidades, os direitos e deveres sociais, com o objetivo determinante, em fazer com
que o aluno se torne agente de mudanças importantes para a sociedade. Apesar do Brasil
possuir um política educacional abrangente a todas as escolas, ainda existe fatores que
colabora para que a aprendizagem não seja similar em todas elas. São vários problemas
existentes que prejudicam o ensino e aprendizagem, pois são as circunstâncias da vida de cada
um desses alunos, seja ele jovem ou adulto, fatores econômicos, sociais, políticos e culturais,
fatores esses que podem interferir direta ou indiretamente no processo educacional.
As razões pelas quais resolveu-se abordar sobre essa temática diz respeito às
condições de ensino da rede pública no município de Barra do Corda – MA na modalidade
EJA. No que diz a respeito ao rendimento dos alunos da disciplina de Geografia, o que pode
ser empecilho para aproveitamento da disciplina de geografia? Como são ministradas as
aulas? O que deixam os alunos mais envolvidos? Enfim, chegar ao entendimento de quais são
as dificuldades no processo de ensino/aprendizagem.
Para Callai (2001, p.134) diz que a Geografia contribui para a formação do
cidadão, um indivíduo que reconheça o mundo em que vive, que se compreenda como
individuo social. Sendo assim, a geografia tem como objetivo mostrar a dinâmica do espaço,
ou seja o espaço produzido pelo homem que está em constante transformação ao longo do
tempo. É através do estudo dessa disciplina, que entendemos mais a respeito do nosso espaço
geográfico, pois o mesmo possui um caráter histórico e devido isso é capaz de contar a
história e características da ação humana sobre o meio devido isso é capaz de contar a história
e características da ação humana sobre o meio em que vive.
No que se refere a forma de se ministrar as aulas há professores que faz uso de
muitos meios para aplicar suas aulas, mas existe uma boa parte que faz uso apenas do livro
didático, o professor repassa o que ver no livro, ministrando suas aulas com as técnicas de
memorização e descrição, o livro torna-se o manual sagrado e que deve ser seguido à risca,
no dia a dia em sala de aula, outras vezes, ainda é o único recurso que há, então não aplicam
outras formas de ensino e consequentemente se tem aquela aula cansativa e enfadonha, na
qual os alunos se sentem pouco interessados na disciplina.
As razões por qual deixa a disciplina de Geografia por vezes entediante, é os
meios nos quais o professor faz uso para transferir suas aulas. Tais professores são estagnados
ou seja não procuram uma formação continuada, em outros casos não se tem à disposição
outros tipos de ferramentas nas escolas, para que professores e alunos possam fazer uso dessas
em suas aulas. Por vezes os problemas são por causa de professores, outras vezes por causa
das escolas, os lugares onde situa as escolas etc.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Educação de Jovens e Adultos veio logo após a Educação Jesuítica, que era
apenas para formação indígena e catequista da Igreja Católica, mas passou por vários
momentos de grande significado político-social, para sua organização. Mas foi realmente só a
partir dos anos 40, que a Educação de Jovens e Adultos passou a se formar e ser tratada como
um “sistema diferenciado e significativo” para a educação brasileira a década de 40 pode ser
considerada marcante para a educação de jovens e adultos, visto que houve várias iniciativas
políticas e pedagógicas com esse propósito, tais como: regulamentação do FNEP (FUNDO

NACIONAL DE ENSINO PRIMÁRIO), criação do INEP , primeiras atividades voltadas ao


supletivo. E década de 50, pelo grande crescimento de industrias foi necessário formar
pessoas qualificadas para o trabalho. Entretanto foi no final dessa época em meados dos
anos 60 que ampliou-se a preocupação com a educação de adultos. E desde aquela época,
vem se mostrando como sistema apto a melhorar dia-a-dia. Sua política educacional não
nasceu apenas no gabinete, foi a defasagem educacional e a implantação das indústrias no
Brasil, na política de Getúlio Vargas, junto com a própria população brasileira, que causou a
implantação de políticas públicas para a Educação de Jovens e Adultos.
A LDB define que a “Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio na idade
própria”, isso consta no Art. 37, ou seja, dar oportunidades educacionais apropriadas e
gratuitas para jovens e adultos que não puderam efetuar seus estudos na idade regular. Na
mesma Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no artigo 38, ainda em referência a
EJA, a proposição de que os sistemas de ensino mantenham “cursos e exames supletivos, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de
estudos em caráter regular”.
Um grande problema bastante encontrado é que docentes depois de
formados ficam estagnados, ou seja, não procuram uma formação continuada, sendo que isso
é de grande importância, pois influencia bastante na qualidade do ensino, um outro caso
também é que tais professores não são aptos a lecionar para programas como o EJA, pois
esses não passaram por processos formativos concordante com alunos do EJA, dado que são
um público diferente, que possuem suas particularidades, por vezes o professor não está
condizente com as necessidades em sala de aula. Conforme Soares e Simões (2004, p.26) A
LDB 9394/96 estabelece a necessidade de uma formação adequada para se trabalhar com o
jovem e o adulto, bem como uma atenção às características específicas dos trabalhadores
matriculados nos cursos noturnos, oferecendo, assim, um preparo para a profissionalização do
docente que atua nesse segmento.
. A sociedade vive em constante transformações e um professor que procura estar
sempre atualizado, poderá saber como fazer uso das inovações tecnológicas ao seu favor,
então a educação deveria se preocupar em acompanhar essas dinâmicas. No entanto, existem
muitos professores que ao concluírem seu curso ficam inertes, pois não sentem o mínimo
interesse em estar se aprimorando, uma pós-graduação por exemplo, nem todos tentam.
Portanto, é de grande importância que os professores estejam aptos a fazer uso de outras
ferramentas para o ensino, pois vivemos em constante evolução, logo professores que buscam
estar a par dos meios de como repassar sua disciplina, qual melhor forma, saber das
atualidades, esses faram a diferença, pois cabe ao professor estar sempre se aprimorando.
O docente pode expandir sua forma de ensinar, podendo ele se atentar aos temas
do cotidiano extraindo questões que saem nos noticiários, saindo um pouco do currículo
educacional. Na entrevista de Lanna Cavalcanti para revista NOVA ESCOLA, ela destacou
que: o conhecimento geográfico e seus conteúdos vão e voltam várias vezes ao longo do
Ensino Fundamental e do Médio. Se o professor quiser interromper esse conteúdo para
explorar um episódio momentâneo, como um terremoto que virou manchete de jornais e
revistas, não há problema. O educador precisa estar ciente de que não tem de terminar o ano
na última página do livro didático. Ele precisa cumprir a programação, é claro. Mas não
necessariamente tem de esgotar todos os temas.
Para o ensino proveitoso, o docente pode ir além das ferramentas de ensino caso
não dispuser delas, uma aula á campo, é de fato importante, no que se relaciona
principalmente a geografia, pois o professor vai além de apenas explicar conceitos e passa a
mostrar a realidade para os discentes. Lanna Cavalcanti destacou também que: “é com base
nos conteúdos, mas não se reduzindo a eles, que se ensina uma forma de ver a realidade. Ao
apresentar uma paisagem litorânea, uma montanha ou uma serra, estou mostrando coisas aos
estudantes, e é por meio delas que ensino uma maneira de olhar para o ambiente”.
É comum nos deparamos com a situação em que os professores encontra-se com
dilema de ensinar não somente a geografia, mas também a outras disciplinas que não condiz
com a sua formação, e nesse caso são de 3 á 4 disciplinas para se aplicar, e um outro caso
existente é que tem professores que ensinam geografia sem ter a devida qualificação na área,
com a justificativa de completar a carga horaria. Ambas as situações colocam em cheque o
ensino dessa disciplina e ciência de extrema.
Cavalcanti (2010, p.1) afirma que:
Em razão das inúmeras dificuldades que enfrentam no trabalho, alguns professores
se sentem inseguros e se fecham em uma atitude conservadora: optam por manter os
rituais rotineiros e repetitivos da sala de aula, desistindo de experimentar caminhos
novos. Outros pautam seu trabalho pelo desejo permanente de promover a
aprendizagem significativa dos conteúdos que ensinam, envolvendo seus alunos e
articulando intencionalmente seus projetos profissionais a projetos sociais mais
amplos. Estes últimos não buscam simplesmente recursos técnicos, receitas para um
bom ensino, como muitas vezes se diz.

A disciplina de Geografia mal ministrada será frustrante mesmo para os alunos,


pois se o professor não tiver entusiasmo, gosto pela disciplina, consequentemente seus alunos
também não terão. Quando se trata de motivação, é importante compreender, por um lado,
que é papel do professor orientar, direcionar e intervir nos motivos dos alunos, realizando a
mediação didática (LIBANEO, 2009).

3 JUSTIFICATIVA
A presente pesquisa possui relevância para as questões educacionais, com
destaque para a EJA, haja vista sua importância para as pessoas que não tiveram acesso à
educação no devido tempo, e que poderão ter. Partindo desse pressuposto, o estudo de caso na
escola Complexo Educacional Manoel Mariano de Souza, é de extrema importância para a
compreensão das dificuldades encontradas, como a evasão escolar, que se torna maior nesta
modalidade devido a ocupação dos estudantes, por vezes estão cansados e deixam de
comparecer até chegar na desistência. Além disso, outra questão a ser notada é que nem todos
os professores são aptos para aplicar as aulas da disciplina de geografia, existe alguns que são
adaptados de acordo com as necessidades de sua turma, porém não são todos. Suas
metodologias de ensino é a tradicional, ou seja, fazem apenas o uso do livro didático.
Tais abordagens dessa pesquisa podem contribuir de forma significativa para o
entendimento dos índices de evasão escolar na EJA, além de compreender como as
metodologias empregadas na sala de aula podem contribuir para o aumento no desempenho
dos estudantes e influenciar na sua conclusão do curso, bem como evidenciar a
responsabilidade do professor no aprimoramento para que seus alunos de um contexto geral,
tornem-se interessados por suas aulas, pois professor que busca de vários meios para ensinar,
encontra a forma certa de conquistar boa parte de sua turma.

4 OBJETIVOS

4.1 Geral:

-Analisar o ensino da geografia na EJA a partir do estudo de caso na escola Complexo


Educacional Manoel Mariano de Souza.

4.2 Específicos:
- Verificar quais os motivos que levaram os educandos a pararem e retornarem aos estudos;
- Identificar as metodologias utilizadas nesta modalidade de ensino;
- Ressaltar a importância da Geografia na EJA e a aplicabilidade desta disciplina no contexto
diário dos alunos;

5 METODOLOGIA

A presente pesquisa possui uma abordagem quanti-qualitativa, no sentido de


possibilitar uma maior compreensão do fenômeno estudado buscando uma ponderação sobre
o ensino da disciplina de Geografia aplicada no EJA. Através do estudo de Geografia os
alunos de EJA devem compreender como diferentes grupos sociais e culturais interagem com
a natureza na construção de seu espaço; observar as singularidades ambientais do lugar em
que vivem percebendo o que o diferencia e o aproxima de outros lugares e, assim, adquirir
uma consciência maior dos vínculos afetivos e de identidade que estabelecem com os lugares
de convivência. Os professores devem possibilitar que os alunos de EJA compreendam como
e por que suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos ou à natureza,
têm consequências (tanto para si como para a sociedade).

Segundo Albring (2013) sitado por Mattos e Machado (2014, p.5)

Os educandos da EJA, possuem objetivos/aspirações diferentes daquelas dos


frequentadores da educação regular. Buscam crescimento imediato, ou seja,
uma melhor qualidade de vida, para si e para a família, qualidade esta que por
vários e/ou diferentes motivos lhes fora negada e/ou tirada, como já apontado
anteriormente. Procuram a escola almejando alcançarem melhores
possibilidades de emprego, sendo a EJA uma oportunidade para isso.

O método utilizado foi a pesquisa documental, investigando por meio de documentos


com o objetivo de descrever e caracterizar as situações existentes no meio educacional voltada
ao ensino da Geografia no EJA. Utilizando também questionários formais através de
entrevista estruturada com perguntas fixas, para que assim chegar a compreender esse
fenômeno. Foi então colhido dados a partir de perspectivas vivenciadas pelo professor da
escola Complexo Educacional Manoel Mariano de Souza que respondeu aos questionários em
relação a realidade vividas na escola.

6 CRONOGRAMA

Atividades Mês Mês Mês Mês Mês


Escolha do tema X

Levantamento
X X X
Bibliográfico
Coleta de fontes X

Revisão para
X
correções
7 REFERENCIAS

CAVALCANTI, Lanna de Souza. O ensino de geografia com novas abordagens. [entrevista


concedida a] Beatriz Vichessi. Nova Escola. 2010. Disponível em :
https://novaescola.org.br/conteudo/901/lana-de-souza-cavalcanti-fala-sobre-o-ensino-de-
geografia-com-novas-abordagens. Acesso em : 20 de Outubro de 2020

CAVALCANTI, Lanna de Souza. A geografia e a realidade escolar contemporânea: avanços,


caminhos e alternativas. ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM
MOVIMENTO – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte. 2010. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7167-3-3-geografia-realidade-escolar-
lana-souza/file. Acesso em: 20 de Outubro de 2020

CRUZ, Antônio Carlos dos Santos. A formação docente e seus desafios na preparação do
aluno para o mundo moderno. Núcleo do Conhecimento. Disponível em:
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/eja-a-formacao-docente. Acesso em: 17
de Novembro 2020

FONSECA, Paulo Roberto. A formação da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Brasil


Escola. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-formacao-
educacao-jovens-adultos-no-brasil.htm. Acesso em: 17 de Novembro de 2020

FREITAS, Giuliano Martins. A EJA e o preparo para o trabalho. Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao/a-eja-preparo-para-trabalho.htm. Acesso em: 02
de Dezembro de 2020

MACHADO, Vanessa C.; MATTOS, Mayra de. Ensino de geografia na educação de jovens e
adultos. Artigos da disciplina estágio curricular supervisionado em geografia II: segundo
semestre de 2013. Florianópolis ;UFSC,2014 .Disponível
em:https://nepegeo.paginas.ufsc.br/files/2014/06/ARTIGO-Vanessa-e-Mayra1.pdf. Acesso
dia 05 de Dezembro 2020
MEDEIROS. Jessica Bilitario. A geografia e seus desafios na educação. Brasil Escola.
Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-geografia-seus-
desafios-na-educacao-2.htm. Acesso em: 20 de Outubro 2020

SOARES, L. J. G.; SIMÕES, F. M. A formação inicial do educador de jovens e adultos.


Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 29, n. 2, p. 26, 2004. Disponível
em:https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/25389/14723. Acesso em: 01 de
Dezembro de 2020

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