Este documento relata um caso de amputação alta do membro torácico esquerdo de uma cadela da raça Rottweiler de 10 anos de idade com diagnóstico de osteossarcoma no úmero. A cadela apresentava claudicação e aumento de volume no ombro por 4 meses. Após exames radiográficos e diagnóstico, optou-se pela amputação cirúrgica para remover o tumor primário e controlar a dor. A cirurgia melhorou a qualidade de vida do animal por 96 dias até sua morte por causas
Este documento relata um caso de amputação alta do membro torácico esquerdo de uma cadela da raça Rottweiler de 10 anos de idade com diagnóstico de osteossarcoma no úmero. A cadela apresentava claudicação e aumento de volume no ombro por 4 meses. Após exames radiográficos e diagnóstico, optou-se pela amputação cirúrgica para remover o tumor primário e controlar a dor. A cirurgia melhorou a qualidade de vida do animal por 96 dias até sua morte por causas
Este documento relata um caso de amputação alta do membro torácico esquerdo de uma cadela da raça Rottweiler de 10 anos de idade com diagnóstico de osteossarcoma no úmero. A cadela apresentava claudicação e aumento de volume no ombro por 4 meses. Após exames radiográficos e diagnóstico, optou-se pela amputação cirúrgica para remover o tumor primário e controlar a dor. A cirurgia melhorou a qualidade de vida do animal por 96 dias até sua morte por causas
Introdução. O osteossarcoma é o tumor ósseo primário mais observado em
cães e ocorre com maior frequência em raças grandes e gigantes onde afeta principalmente ossos longos dos membros torácicos. É uma neoformação invasiva, metastática, com predileção para o pulmão, podendo ocorrer com menor frequência em outras estruturas ósseas e demais órgãos. Sua etiologia não é esclarecida, mas são citados fatores como exposição a radiações ionizantes, produtos químicos, corpos estranhos como implantes ortopédicos, e a hereditariedade. Objetivo. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de osteossarcoma em úmero de cão da raça Rottweiler. Método. Uma cadela, com 10 anos de idade, pesando 29,7 kg apresentou, de acordo com seu tutor, claudicação em membro torácico esquerdo, com evolução de 4 meses, associado a aumento de volume na região do ombro. No exame físico foi observado além do aumento de volume na região proximal do úmero, temperatura elevada na região e dor à palpação. De acordo com as características citadas associada a raça e idade do animal suspeitou-se de osteossarcoma ou condrossarcoma e foi solicitado radiografia do membro afetado e tórax, ultrassonografia abdominal e ECG para definição diagnóstica e tratamento a ser instituído. Resultados e discussão. O exame radiográfico do membro torácico esquerdo revelou lesão de característica mista (osteoblástica e osteolítica) na região metafisária e reação periosteal intensa do tipo espiculada, além do aumento do volume das partes moles circunjacentes, apresentando calcificações amorfas sendo definido diagnóstico de osteossarcoma. Não foram detectadas metástases a distância ou alterações no ECG. Optou-se pela amputação do membro torácico esquerdo com remoção da escápula, amputação alta, com o objetivo de evitar futuras lesões na região escapular (úlcera de decúbito) por atrofia muscular. A amputação é a terapêutica mais realizada nos casos de osteossarcoma, com a completa ressecção do tumor primário, controle da dor e prevenção ou retardamento de metástases, permitindo melhoria da qualidade de vida do animal com fácil adaptação a locomoção, entretanto, a cura dificilmente ocorre quando a cirurgia é realizada isoladamente; a média de sobrevida de animais tratados somente com amputação é de aproximadamente 4 meses e quando associado há tratamento quimioterápico esse período tende a ser maior. Ao longo de quatro dias da cirurgia a ferida apresentou seroma seguida de secreção mucopurulenta, sugestiva de infecção. Reforçou-se ao tutor a necessidade de higienização da ferida cirúrgica e aplicação de antisséptico. Três semanas depois, devido à má cicatrização realizou se debridamento das bordas da ferida cirúrgica. Após 12 dias, houve completa cicatrização. Durante todo o pós- operatório o tutor relatou que o animal se apresentava ativo, responsivo, teve ganho de peso, alimentava-se e ingeria água normalmente, bem como defecava e urinava com frequência, contudo, 96 dias após o debridamento tecidual o paciente veio a óbito por causa indefinida, uma vez que o tutor não autorizou necropsia cosmética. Conclusão. A conduta terapêutica adotada para tratamento de osteossarcoma possibilitou uma sobrevida de 96 dias e mostrou- se capaz de melhorar a condição física, remover o componente da dor e proporcionar a qualidade de vida do paciente.