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RESUMO SIMPLES - RELATO DE CASO

AMPUTAÇÃO ALTA DE MEMBRO TORÁCICO EM PACIENTE COM


OSTEOSSARCOMA

Jaine Mendes Lopes (jainemendeslopes@gmail.com)

Ana Karoline Rodrigues Da Costa (karolrdac@gmail.com)

Jamylle Rodrigues De Moura (jamyllerodriguesmoura@gmail.com)

Danilo Rocha De Melo (danilomelo.vet@gmail.com)

Mirlam De Oliveira Sampaio Júnior (mirlamoliveirasjr@gmail.com)

Luan Dos Santos Souza (luannsantosrj@outlook.com)

Evelyn Carla Da Frota Rocha (evelynclfrota@gmail.com)

Felipe Pinheiro Gonçalves Da Silva (felipepinheiro2828@hotmail.com)

Deusdete Conceição Gomes Junior (deusdetegomesvet@gmail.com)

Introdução. O osteossarcoma é o tumor ósseo primário mais observado em


cães e ocorre com maior frequência em raças grandes e gigantes onde afeta
principalmente ossos longos dos membros torácicos. É uma neoformação
invasiva, metastática, com predileção para o pulmão, podendo ocorrer com
menor frequência em outras estruturas ósseas e demais órgãos. Sua etiologia
não é esclarecida, mas são citados fatores como exposição a radiações
ionizantes, produtos químicos, corpos estranhos como implantes ortopédicos, e
a hereditariedade. Objetivo. O presente trabalho tem como objetivo relatar um
caso de osteossarcoma em úmero de cão da raça Rottweiler. Método. Uma
cadela, com 10 anos de idade, pesando 29,7 kg apresentou, de acordo com
seu tutor, claudicação em membro torácico esquerdo, com evolução de 4
meses, associado a aumento de volume na região do ombro. No exame físico
foi observado além do aumento de volume na região proximal do úmero,
temperatura elevada na região e dor à palpação. De acordo com as
características citadas associada a raça e idade do animal suspeitou-se de
osteossarcoma ou condrossarcoma e foi solicitado radiografia do membro
afetado e tórax, ultrassonografia abdominal e ECG para definição diagnóstica e
tratamento a ser instituído. Resultados e discussão. O exame radiográfico do
membro torácico esquerdo revelou lesão de característica mista (osteoblástica
e osteolítica) na região metafisária e reação periosteal intensa do tipo
espiculada, além do aumento do volume das partes moles circunjacentes,
apresentando calcificações amorfas sendo definido diagnóstico de
osteossarcoma. Não foram detectadas metástases a distância ou alterações no
ECG. Optou-se pela amputação do membro torácico esquerdo com remoção
da escápula, amputação alta, com o objetivo de evitar futuras lesões na região
escapular (úlcera de decúbito) por atrofia muscular. A amputação é a
terapêutica mais realizada nos casos de osteossarcoma, com a completa
ressecção do tumor primário, controle da dor e prevenção ou retardamento de
metástases, permitindo melhoria da qualidade de vida do animal com fácil
adaptação a locomoção, entretanto, a cura dificilmente ocorre quando a cirurgia
é realizada isoladamente; a média de sobrevida de animais tratados somente
com amputação é de aproximadamente 4 meses e quando associado há
tratamento quimioterápico esse período tende a ser maior. Ao longo de quatro
dias da cirurgia a ferida apresentou seroma seguida de secreção
mucopurulenta, sugestiva de infecção. Reforçou-se ao tutor a necessidade de
higienização da ferida cirúrgica e aplicação de antisséptico. Três semanas
depois, devido à má cicatrização realizou se debridamento das bordas da ferida
cirúrgica. Após 12 dias, houve completa cicatrização. Durante todo o pós-
operatório o tutor relatou que o animal se apresentava ativo, responsivo, teve
ganho de peso, alimentava-se e ingeria água normalmente, bem como
defecava e urinava com frequência, contudo, 96 dias após o debridamento
tecidual o paciente veio a óbito por causa indefinida, uma vez que o tutor não
autorizou necropsia cosmética. Conclusão. A conduta terapêutica adotada para
tratamento de osteossarcoma possibilitou uma sobrevida de 96 dias e mostrou-
se capaz de melhorar a condição física, remover o componente da dor e
proporcionar a qualidade de vida do paciente.

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