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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA – UNINTA

CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO I
PROFESSOR: CAIO PORTELA
EQUIPE:
Gesley Kelly de Castro Paiva
José Werlon Araújo Lira
Maria Isabele Duarte de Souza
Maxtony da Silva Evangelista
ValdineaTorres de Sousa

AVALIAÇÃO PARCIAL 3

TEMA 1

Em primeiro lugar é importante dizer que o crédito tributário é diferente da


obrigação tributária, enquanto a obrigação tem por objeto o pagamento do tributo ou
penalidade pecuniária o crédito, trata da própria obrigação tributária no estágio do
lançamento. Portanto, a extinção do crédito tributário, geralmente, acarreta a extinção
da obrigação, ou seja, a obrigação extingue-se juntamente com ele. Nos termos do
artigo 156 do CTN, as formas de extinção do crédito tributário, in verbis, que são eles:

O PAGAMENTO

É a modalidade mais comum de extinção do crédito tributário, consiste na


entrega ao sujeito ativo pelo sujeito passivo, ou quem o faça em seu nome, da pecúnia
correspondente ao crédito.
A COMPENSAÇÃO

A compensação pode ser observada no Direito Privado, conforme os arts. 368


e 380 do Código Civil. Ela traz vantagens recíprocas entre o sujeito passivo e ativo,
para o sujeito passivo evita-se a mora de um processo de restituição do que fora pago
indevidamente, para o sujeito ativo (Fazenda Pública) “economiza os custos
burocráticos do processo” (Amaro, 2014,).
Os fundamentos constitucionais que garantem o direito da compensação dos
créditos perante a Fazenda Pública: a cidadania, a justiça, a isonomia, o direito à
propriedade, e por último, a moralidade.

A TRANSAÇÃO

Ressalta-se que a transação é acordo que importe em terminação de litígio e


consequente extinção da obrigação tributária. O artigo 840 do Código Civil permite a
prevenção e o fim do litígio por meio de concessões mútuas onde cada interessado
passa a ceder o que é lhe é de direito chegando a um acordo prevenindo um litígio ou
dando fim a este, o que extingue o crédito tributário. A transação no Direito Tributário
se dá somente para por fim ao litígio, mas não para o evitar.

A REMISSÃO

Quanto a remissão ocorre quando a autoridade administrativa expressamente


autorizada por lei perdoa o tributo, ou seja, dispensa o sujeito passivo do pagamento.
Há previsão no CTN da remissão, artigo 172 do CTN, qual prevê que a lei pode
autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado,
remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: (I) à situação econômica do
sujeito passivo; (II) ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a
matéria de fato; (III) à diminuta importância do crédito tributário; (IV) a considerações
de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; (V) a
condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
A PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA

Nos termos do artigo 173 e 174 do CTN prevê a extinção do crédito tributário
pelo lapso temporal de cinco anos, configurando decadência ou prescrição
respectivamente.
A decadência é a perda do direito de a Fazenda Pública constituir o crédito
tributário após o decorrer de 5 (cinco) anos, contados: (I) do primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; (II) da data em que
se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
Esse prazo de cinco anos, nos casos de lançamento por homologação,
começa a correr a partir da data de ocorrência do fato gerador, exceto se comprovar
que ocorreu simulação, dolo ou fraude, podendo a lei correspondente fixar prazo
diverso para homologação, que se omissa será de cinco anos. Findando tal prazo, de
acordo com o artigo 150 § 4º, do CTN, “sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o
crédito”. Porém se houver dolo, fraude ou simulação “esse prazo só começa no
primeiro dia útil do exercício seguinte.
O prazo de a Fazenda Pública cobrar crédito tributário judicialmente, em ação
de execução de crédito tributário, prescreve (CTN, artigo 156, V) em cinco anos,
contados da sua constituição definitiva (CTN, artigo174).
A prescrição, diferentemente da decadência, se interrompe: (I) pelo despacho
do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (II) pelo protesto judicial; (III) por
qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; (IV) por qualquer ato
inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo
devedor (CTN, artigo 174, parágrafo único).

A CONVERSÃO DE DEPÓSITO EM RENDA

Observa-se na conversão do depósito em renda somente acontece nos casos


de embargos à execução fiscal, extingue o crédito tributário e pressupõe, portanto, a
existência deste. Exceto quando se trata de tributo sujeito a lançamento por
homologação onde é viável o depósito antes da existência do crédito, portanto antes
de uma ação de execução, sendo que o depósito suspende a exigibilidade da
antecipação do pagamento e equivale ao lançamento.
Importante também observar no âmbito federal, a Lei 9.703/98 que
praticamente aboliu a conversão do depósito em renda, uma vez que determinou que
a Caixa Econômica credite os valores depositados à conta única do Tesouro Nacional.

O PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO NOS


TERMOS DO DISPOSTO NO ARTIGO 150 E SEUS §§ 1º E 4º

A extinção do crédito, no caso de tributos sujeitos a homologação, ocorre após


o pagamento no momento da homologação do lançamento. Nessa modalidade de
extinção do crédito tributário era a data do fato gerador quando começava a correr o
prazo de cinco anos para pedir restituição, porém, hoje, conforme Lei Complementar
118/05, e jurisprudência do STJ, a data inicial do prazo para o pedido de restituição é
o pagamento.

A CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, NOS TERMOS DO DISPOSTO NO § 2º DO


ARTIGO 164

A ação de consignação em pagamento extingue o crédito tributário existente


para o sujeito passivo, que usa tal medida pois não consegue efetuar o pagamento,
caso a Fazenda Pública não aceitar tal pagamento. Porém é direito do sujeito passivo
efetuar o pagamento do tributo, e dispõe o CTN, artigo 164 os casos em que tal ação
pode ser proposta, são os tais casos: (I) de recusa de recebimento, ou subordinação
deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de
obrigação acessória; (II) de subordinação do recebimento ao cumprimento de
exigências administrativas sem fundamento legal; (III) de exigência, por mais de uma
pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
A consignação só pode versar sobre o crédito que se propõe pagar (CTN,
artigo 164, § 1º). Se for julgada procedente a ação, considera-se efetuado o
pagamento, convertendo-se a importância consignada em renda, porém, se julgada
improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de
juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis (CTN, artigo 164, § 2º).

A DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL, ASSIM ENTENDIDA A


DEFINITIVA NA ÓRBITA ADMINISTRATIVA, QUE NÃO MAIS POSSA SER
OBJETO DE AÇÃO ANULATÓRIA

É importante dizer que a decisão administrativa, irreformável, pode extinguir


o crédito tributário, mesmo quando este se encontre em constituição, pois, anula o
lançamento já feito ou em elaboração. A decisão administrativa que gera a extinção é
aquela que, em sede de impugnação ou recurso do sujeito passivo, encerra o
procedimento administrativo de lançamento.

A DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO

Uma vez que a decisão judicial é transitada em julgado, e que decida a


invalidade do lançamento, extingue o crédito tributário, ou seja, anula o lançamento já
feito ou em elaboração. Portanto, na extinção do crédito tributário validamente
constituído, há extinção da condizente obrigação tributária. Mediante o desfazimento
do procedimento de constituição do crédito tributário, extingue-se apenas o crédito,
como realidade formal, considerando inexistente a obrigação. Mas se existir em face
de ser o anulamento por vício formal, enseja novo lançamento.

A DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS, NA FORMA E CONDIÇÕES


ESTABELECIDAS EM LEI. (INCLUÍDO PELA LCP Nº 104, DE 10.1.2001)

Para alguns doutrinadores, em especial, Hugo de Brito Machado, o dispositivo


do inciso XI do artigo 156 do CTN, é rigorosamente inútil, em nada se acrescentou no
direito tributário brasileiro. Essa previsão de dação em pagamento em bens imóveis
implica dizer que a Fazenda pode optar por receber prestação diversa da pecuniária.
Essa tal forma de extinção do crédito tributário é, na verdade, instituto de direito
privado, do direito das obrigações, onde o credor pode consentir em receber o imóvel
no lugar da prestação em dinheiro devendo ser observadas as normas de aquisição
de bens imóveis do direito administrativo.

TEMA 2

ISENÇÃO

A isenção, ela consiste em uma norma infraconstitucional que exclui o crédito


tributário, impedindo a incidência da norma de tributação. Para tanto, deverá ocorrer
antes da prática do fato gerador. A isenção é uma causa de exclusão do crédito
tributário, nos termos do art. 175, do CTN a isenção seria uma derrogação legal da lei
de incidência fiscal. Isto quer dizer que a isenção impediria a ocorrência do próprio
fato gerador do tributo tornando impossível, assim, se cogitar do nascimento da
obrigação tributária e, muito menos, da constituição do crédito através do lançamento.
Antes da ocorrência do fato deve haver disposição legal excluindo o crédito tributário
que decorreria daquele fato. Por isso se diz que a lei exclui da tributação hipótese que
constitucionalmente poderia ser tributada.

REVOGAÇÃO DE ISENÇÃO

A isenção pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, salvo
se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições. Assim,
somente a isenção alcunhada de onerosa, ou seja, concedida por prazo certo e em
função de determinadas condições, não poderá ser revogada.

ISENÇÃO E PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE

É onde se evitar a surpresa do contribuinte no trato dos seus negócios, no


sentido de evitar a possibilidade de cobrança de um tributo de um dia para o outro.
Por isto, este princípio é também chamado de princípio da não-surpresa. De qualquer
sorte, a anterioridade vem a reforçar outro princípio constitucional: segurança jurídica.
Aos cidadãos-contribuintes, a certeza inclusive de que não será onerado
intempestivamente. Feitas estas considerações preliminares, a revogação da isenção
está pronta para análise. Pelo princípio da anterioridade é vedado cobrar tributos no
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou.

ISENÇÃO E TRIBUTOS BILATERAL

Destaca-se um tipo de isenção – aquela considerada onerosa (também


intitulada bilateral ou contraprestacional), ou seja, a isenção sujeita a prazo certo e a
determinadas condições

ANISTIA

A anistia é a hipótese de uma exclusão do crédito tributário, na qual o crédito


já foi constituído e houve o inadimplemento por parte do contribuinte, cuja
consequência é a imputação de multa. Nesse panorama, a anistia consiste,
exatamente, na feitura de lei posterior com a finalidade de perdoar a multa. Do mesmo
modo, resta a crítica doutrinária que entende por errado a colocação da anistia como
hipótese de exclusão do crédito tributário, tendo-se em vista que o crédito permanece,
a exclusão é tão-somente da multa.

TEMA 3

FISCALIZAÇÃO

Fiscalização tributária é a ação ou o efeito de fiscalizar. Este termo por sua vez,
significa analisar, examinar a regularidade da pratica de uma atividade, para saber se
ela foi realizada de acordo com a lei. Assim como a validade dos atos jurídicos exige-
se a capacidade de quem os pratica e a validade do ato administrativo requer
competência de autoridades ou agentes públicos. Há ainda no Código Tributário
Nacional, Lei nº 5.172, de 1966, a regra geral de aplicação da lei tributária. Nos termos
do art. 106 a lei aplica-se a ato ou fato pretérito em duas situações: em qualquer caso,
quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à
infração dos dispositivos interpretados.
O lançamento tributário, que pode ocorrer de ofício, por declaração ou por
homologação. O lançamento é de ofício quando a autoridade administrativa verifica
que ocorreu o fato gerador, determina a matéria tributável, identifica o sujeito passivo,
calcula o valor devido do tributo e manda o sujeito passivo pagá-lo. A exemplo do
IPTU, do IPVA, das taxas e das contribuições de melhoria.

DÍVIDA ATIVA

Dívida Ativa é um cadastro que reúne as informações de todas as pessoas


físicas e jurídicas que possuem algum tipo de débito vencido e não pago. Portanto, é
uma dívida líquida, certa e exigível. Art. 201 do CTN; Constitui dívida ativa tributária a
proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição
administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela
lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como
tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações
posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle
dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal. (...). § 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: I - o nome do
devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de
um e de outros; II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de
calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem,
a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; IV - a indicação, se for o
caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo
fundamento legal e o termo inicial para o cálculo; V - a data e o número da inscrição,
no Registro de Dívida Ativa; e VI - o número do processo administrativo ou do auto de
infração, se neles estiver apurado o valor da dívida.
CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA

A inscrição do crédito em Dívida Ativa ocorre quando o contribuinte não quita


os tributos, multas e demais débitos devidos ao Município. Todos os créditos
municipais são inscritos na Dívida Ativa – tanto os de natureza tributária (fiscal) como
os de natureza não-tributária. A Certidão de Dívida Ativa (CDA) é um título executivo
extra judicial que certifica a inscrição do débito na Dívida Ativa do município e que
servirá de instrumento para fins de cobrança judicial e extra judicial.

CERTIDÃO POSITIVA

É um atestado que a empresa ou contribuinte em geral possui débitos com o


fisco, entretanto, está, até o momento da emissão, devidamente regularizado e
adimplente, é o caso típico do parcelamento de algum tributo, é fato que ele deve
(positiva), mas está sendo paga (negativa) a dívida portanto não pode ser impedido
de exercer nenhum direito, sem inscrição no CADIN por ex. (Cadastro Informativo de
créditos não quitados do setor público), daí se diz que emite-se uma certidão
POSITIVA (deve) com efeitos de NEGATIVA (está sendo paga ou suspensa a
exigibilidade de cobrança).

EXECUÇÃO FISCAL

A ação de execução fiscal é o instrumento por via do qual a Fazenda Pública


tenta receber judicialmente um crédito que acredita possuir. Por isso, ocorre depois
de uma tentativa frustrada de cobrança na esfera administrativa. Portanto, o artigo 914
do Novo CPC, que permite que o executado possa embargar a execução sem garantia
do juízo, não é aplicado na execução fiscal, embora seja regra no âmbito do Direito
Civil. “Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução,
poderá se opor à execução por meio de embargos”.
Na execução fiscal, o direito do credor é pressuposto em um título executivo
extrajudicial chamado de certidão de dívida ativa (CDA). A elaboração desse
documento é de forma unilateral, pela própria Fazenda Pública, diferente dos demais
títulos executivos extrajudiciais. Porém, o fato desse direito ser pressuposto não
significa que os créditos que justificam a ação devam ser cobrados a todo custo. E,
isso é quase sempre esquecido pelas Fazenda Públicas, ocasionando nas inúmeras
execuções fiscais inúteis que atualmente se encontram no Judiciário.

TEMA 4

NATUREZA DA GARANTIA

Reside na obrigação do Estado em cumprir as suas funções que dependem


da arrecadação que vem dos impostos. Do referido tributo depende a manutenção da
ordem social, tendo em vista que o Estado destina a maior parte do que arrecada com
tributos, para manter as suas obrigações constitucionais nas áreas de segurança
pública, educação, saúde e as demais que são funções próprias de manutenção do
Estado, e para isso os impostos são imprescindíveis. Da referida matriz obrigatória do
Estado, se origina a obrigação tributária do contribuinte, pois um depende
obrigatoriamente do outro. Se o Estado não pode deixar de receber,
consequentemente o contribuinte não pode deixar de pagar. Portanto a natureza da
garantia envolve o direito de receber, por parte do credor que é o Estado, e a
obrigação de pagar, por parte do contribuinte. É nesse sentido que o Estado e o
contribuinte convencionam garantias de pagamentos envolvendo bens que servem de
garantia da liquidez envolvida, ou seja, se dever ao fisco tem que pagar de uma forma
ou de outra; nisso consiste a garantia de pagar: com recursos financeiros ou com bens
correspondentes. Portanto a natureza da garantia é de caráter obrigatório, dentro da
compreensão do relato acima. O artigo 183 parágrafo único do CTN, determina a
natureza das garantias do credito tributário.

PRIVILÉGIOS TRIBUTÁRIOS

São as isenções ou benefícios concedidos pelo Estado que é o credor


tributário, a determinados contribuintes, ou seja, a grupos de pessoas ou empresas
com respaldo de lei específica. É consenso que não existe benefícios socias
comprovados advindos desses privilégios tributários, tendo em vista os mesmos
serem fatores de injustiça tributária no sentido de que a sua isenção do pagamento
do tributo pode sobrecarregar outros grupos de contribuintes. Sobre este raciocínio é
que estudiosos da área defendem que é necessário haver uma grande reforma
tributária no Brasil, que inclua todos os contribuintes no fatiamento tributário, tornando-
o mais leve para todos. No entanto há quem defenda os privilégios tributários em
ocasiões atípicas como foi o caso, por exemplo, da pandemia de coronavírus cujos
efeitos acabaram por fechar empresas ou leva-las à carência comprovada de ajuda
por parte do governo para os seus reerguimentos. Portanto, a todo privilégio tributário
deve corresponder uma contrapartida compensatória, ou seja, uma obrigação a ser
paga como forma de compensar, em parte, se for o caso, por um determinado tempo,
ou a totalidade do benefício recebido, conforme o artigo 184 do CNT.

BENS INALCANÇÁVEIS NA EXECUÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

São inalcançáveis na execução os bens em geral que não podem ser


subtraídos do patrimônio do cidadão, para efeito de quitação de dívidas. Citamos
como exemplos, os bens móveis que tenham utilidade doméstica e que sejam
indispensáveis para o dia a dia da família, contanto que não sejam de alto valor,
configurando utilidade de luxo, assim como o bem imóvel utilizado para a residência
fixa da família. Também os vestuários e outros objetos, desde que não sejam de
grande valor. Além desses, todos os objetos indispensáveis para o exercício de uma
profissão são impenhoráveis, como por exemplo os livros, máquinas, dentre outros.
São incluídos ainda os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações,
proventos de aposentadoria e pensões. Também a pequena propriedade rural, se for
trabalhada pela família em forma de agricultura familiar, assim como caderneta de
poupança cujo valor não ultrapasse 40 salários mínimos, conforme o artigo 121 do
CTN.
MOMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE FRAUDE FISCAL

A fraude fiscal consiste na prática de adulteração ou falsificação de


documentos de toda natureza pertinente ao controle ou funcionamento geral dos
fiscos, seja municipal, do distrito federal, estadual ou federal, com o objetivo de alterar
dados fiscais que levem ao não pagamento devido de obrigações tributárias gerando
vantagens indevidas e ilegais ao devedor, bem como gerando prejuízos ao ente
credor. Essas práticas são conhecidas como ações determinantes de evasão fiscal ou
de sonegação de impostos e podem ser praticadas por pessoas físicas ou jurídicas.
A prática da fraude fiscal se constitui em crime definido em lei específica, configurada
no art. 185 do CNT.

QUITAÇÃO DE TRIBUTOS

Consiste no pagamento de dívidas ou obrigações tributárias realizadas por


pessoa física ou jurídica, com relação aos sistemas de arrecadação de tributos ou
impostos, sejam de ordem municipal, do distrito federal, estadual ou federal. É a
chamada quitação ou pagamento que extingue obrigações tributárias especificadas
em lei. O pagamento ao qual nos referimos pode ocorrer com moeda corrente ou
alienação de bens. Existe ainda o caso da prescrição da dívida tributária, que se não
for cobrada no de 5 anos ela pode ser extinta por decurso de prazo, conforme o artigo
156 do CNT.

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