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Modelo para o Culto Doméstico

Número 91

Leitura Bíblica: Salmo 5:1-3

Oração

Hino: "Vigiar e Orar" NC 129

Leitura Bíblica: Deuteronômio 10:12-22

Oração de Confissão

Leitura:"Os imprescindíveis meios de graça"

Orações de gratidão e intercessão.

"Os imprescindíveis meios de graça"

"E agora, Israel, o que é que o Senhor requer de vocês?


Não é que vocês temam o Senhor, seu Deus, andem em
todos os seus caminhos, amem e sirvam o Senhor, seu
Deus, de todo o coração e de toda a alma, para guardarem
os mandamentos do Senhor e os estatutos que hoje lhes
ordeno, para o bem de vocês?" (Deuteronômio 10:12,13).

O Catecismo Maior de Westminster define a


expressão"meios de graça" como "os recursos visíveis e
comuns pelos quais Cristo transmite à sua igreja os
benefícios de sua mediação, ou seja, de sua morte".

Ainda que a expressão, "meios de graça", não se encontre


na Bíblia, é uma designação adequada para aquilo que está
ali ensinado.

Há dois tipos de meios de graça: os particulares e os


públicos. São considerados meios particulares: Leitura da
Palavra de Deus, oração e meditação. Quais são os meios
públicos de graça? Culto para adoração a Deus, os
sacramentos do batismo e da Ceia do Senhor, a comunhão
com os irmãos e as orações coletivas.

O pastor Ricardo Barbosa conta que, no ano de 1989, o


pastor John Stott veio ao Brasil para falar em um
congresso promovido por uma importante instituição
evangélica. Depois de uma de suas palestras, um grupo se
reuniu para conversar com ele. Era um grupo pequeno de
jovens pastores, sentados em torno de um dos maiores
expositores bíblicos da nossa geração, perto de completar
70 anos de idade. A conversa seguiu animada. Ele deu
liberdade para perguntas pessoais.
Porém, de todas, uma resposta impressionou. Foi a
resposta que ele deu quando lhe perguntaram sobre a
razão do seu longo ministério tão frutífero. Ele respondeu:
“Leio a Bíblia e oro todos os dias, vou à igreja todos
os domingos e nunca falto à celebração da Ceia do
Senhor”​. A resposta foi surpreendente por sua
simplicidade, diz Ricardo Barbosa.

Sabemos que ler a Bíblia e orar todos os dias, ir aos cultos


e participar da Ceia nunca foram, por si só, sinais confiáveis
de espiritualidade, muito menos um caminho seguro para a
maturidade. Muitas pessoas fazem isso por puro legalismo.
Por outro lado, sabemos também que não fazer nada disso
é um caminho seguro e certo para o fracasso espiritual.

O doutor James Houston, criticando o abandono da leitura


devocional em nossos dias por uma literatura funcional e
pragmática das Escrituras, afirma: “As práticas devocionais
nos ajudam a perceber que existe algo maior e mais
excelente na vida de comunhão com o Pai".

A. W. Tozer (1897-1963) escreveu um artigo afirmando que


“Deus fala com o homem que mostra interesse”, e que
“Deus nada tem a dizer ao indivíduo frívolo”.

Mais do que cultivar o hábito de ler a Bíblia, orar e


participar do culto solene, o que na verdade devemos fazer,
quando cultivarmos essas práticas devocionais, é
demonstrar o interesse vivo que temos por Deus e por sua
Santa Palavra.
Assim como necessitamos do básico para viver, ou seja,
carecemos do suficiente para comer e vestir e onde
descansar, a vida espiritual repousa sobre o que é
essencial: Bíblia, oração, comunhão, adoração e missão.

Esses hábitos básicos nos colocam no lugar onde possamos


experimentar a graça de Deus e crescer, constantemente,
de forma saudável, no conhecimento Dele.

Todas as vezes que cedemos à sedução do supérfluo e


desprezamos o essencial, tendemos a sucumbir. Sempre
que consideramos ser possível experimentar a graça de
Deus e provar Sua bondade e amor sem nos submetermos
a Ele, deixando que Sua Palavra molde nosso caráter, que a
oração fortaleça nosso espírito e que a comunhão nos
sustente em nossa identidade, nos distanciamos do estilo
de vida proposto pelo Senhor.

As disciplinas espirituais, quais sejam, a prática diária da


oração, a leitura devocional das Escrituras, a adoração e a
comunhão nos cultos públicos são insubstituíveis. O cultivo
destas disciplinas requer de nós não apenas tempo e
perseverança, mas também humildade e coragem para
sermos transformados pelo poder de Deus.

Deus nos chamou para a comunhão pessoal e íntima com


Ele e o próximo. Deus nos chamou para amá-lo e amar ao
próximo de todo o coração.

As práticas devocionais nos transportam para a comunhão


com Deus.

Os meios de graça nos alimentam e orientam os nossos


olhos para o alto.

As práticas devocionais e a intimidade com o Senhor


moldam o nosso caráter.

A Palavra de Deus devolve a vida aos “ossos secos".

"Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo o dia!"


(Salmo 119:97).
"Ao meu coração me ocorre: 'Busquem a minha presença'.
Buscarei, pois, Senhor, a tua face" (Salmo 27:8).

"Ele já mostrou a você o que é bom; e o que o Senhor pede


de você? Que pratique a justiça, ame a misericórdia e ande
humildemente com o seu Deus" (Miquéias 6:8).

Os meios particulares de graça nos foram concedidos para


sustentar-nos em nossa vida vida cristã diária, em um
mundo de atividades cotidianas. Os meios públicos de graça
são para nosso benefício na igreja local pertencente ao
Senhor Jesus Cristo. Praticá-los agora resultará em
crescimento e frutificação de nossa vida cristã. O apego a
esses meios designados por Deus redundará em glória para
Ele, expansão de Seu Reino e nos proporcionará retidão,
alegria e paz, no Senhor.

No amor de Jesus,

Lutero Rocha

Igreja Presbiteriana da Bahia.

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