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2020/2021
AAS 2
Microbiologia da água
● Praticamente todas as águas naturais contêm bactérias devido à sua
exposição ao ar e ao solo.
● Na sua maioria tratam-se de microrganismos inofensivos, cujo
número e natureza variam consideravelmente de acordo com o lugar e
as condições ambientais.
● Ao longo do seu percurso, as águas naturais, superficiais ou
subterrâneas, podem ser contaminadas com microrganismos
patogénicos como, por exemplo, os protozoários Giardia e
Cryptosporidium, as bactérias Salmonella, Shigella, Vibrio e
Mycobacterium, ou vírus (hepatite A ou polio).
● Alguns destes organismos podem sobreviver longos períodos de
tempo em águas naturais, não necessitando do homem como
hospedeiro, enquanto outros possuem uma capacidade de
sobrevivência muito reduzida. AAS 3
Microbiologia da água
● Para garantir a ausência de agentes patogénicos, a água destinada
ao consumo humano deve ser analisada periodicamente do ponto de
vista microbiológico.
● A aproximação ideal a este problema seria a pesquisa de todos os
microrganismos causadores de doenças intestinais e outras.
● Na prática corrente, esta pesquisa só se realiza em casos
excepcionais pela dificuldade relativa que apresenta; se presentes numa
água, as bactérias patogénicas encontram-se em número restrito e os
métodos destinados ao seu isolamento e quantificação são
frequentemente longos e complexos.
● A via mais frequente de contaminação ocorre através de esgotos
domésticos contendo excrementos com numerosos microrganismos,
pertencentes a espécies patogénicas importantes.
AAS 4
AAS 5
Microrganismos indicadores
●A abordagem geralmente utilizada é a pesquisa de microrganismos,
normalmente presentes nos dejectos humanos e de animais que se
tornam assim indicadores de contaminação fecal. Este é um princípio
universalmente aceite para a vigilância e avaliação da qualidade
microbiológica de água para consumo.
●Utilizam-se como indicadores de contaminação fecal: a bactéria
Escherichia coli e espécies próximas agrupadas sob a designação de
coliformes, os estreptococos fecais e os clostrídios sulfito-redutores,
uma vez que todos estes microrganismos obedecem aos seguintes
critérios:
● Encontram-se apenas no conteúdo intestinal de animais de sangue
quente.
● Existem em densidades que excedem consideravelmente as dos
organismos patogénicos presentes em indivíduos infectados.
AAS 6
Microrganismos indicadores
● Verifica-se uma correlação positiva de uma
contaminação fecal e a presença do microrganismo
indicador.
●A sua persistência na água é igual ou superior à dos
microrganismos patogénicos mais persistentes.
●Apresentam taxas de mortalidade semelhantes às dos
patogénicos mais resistentes após desinfecção ou em
condições de stress.
AAS 7
Microrganismos indicadores
●A análise microbiológica da água serve, também, para a avaliação das
condições em que o tratamento ocorre e se, de facto, a água fica
potável.
● Historicamente, o número de doença com origem na água, no mundo
ocidental, decresceu muito, desde que a desinfecção/cloração foi
introduzida.
● A presença de microrganismos (bactérias + coliformes) não acarreta
riscos sanitários, mas contribui decisivamente para a perda de qualidade
da água (sabores e odores desagradáveis).
Legionella
Resistência a
Escassez hídrica
antimicrobianos
Bioterrorismo
AAS 8
AAS 9
AAS 10
Microbiologia das águas
●Alguns microrganismos patogénicos são mais resistentes que os
coliformes aos tratamentos de desinfeção da água (Giardia e
Cryptosporidium e vírus): Falsos negativos
●Os coliformes podem crescer em biofilmes nas paredes das tubagens
usadas na distribuição de água: Falso negativo
●A concentração de coliformes pode aumentar na água, em resultado de
alterações nas condições ambientais (temperatura, presença de matéria
orgânica…)
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AAS 12
Outros indicadores de
contaminação
● Estreptococos ou Enterococos fecais
● Indicadores de poluição recente
●Crescimento e selecção através de meios seletivos (Meio KF) - Inibidor
de crescimento de bactérias Gram-negativas (azida de sódio)
● Enterococcus faecalis – fezes humanas
● Streptococcus equinus, S. bovis – animais
● Razão Coliformes fecais / Streptococos ou enterococos fecais
● > 4 poluição de origem humana Guidelines
● < 0,7 poluição de origem animal (pocilgas)
AAS 13
Outros indicadores de
contaminação
● Clostridium perfringens
● Intestino humano e animal (menor número)
● Gram-positivos e anaeróbios obrigatórios
●Formação de endósporos (esporos persistem na água durante
períodos longos e resistem ao tratamento com cloro)
● Poluição antiga
AAS 14
Outros indicadores de
contaminação
● Pseudomonas aeruginosa
● Águas de recreio (piscinas), equipamento hospitalar
● Microrganismo patogénico oportunista (e emergente)
● Resistente a antibióticos
● Vírus entéricos
● Trato intestinal
● Não cultiváveis (recurso a técnicas de biologia molecular)
AAS 15
Decreto-lei nº 306/2007
AAS 16
Decreto-lei nº 306/2007
AAS 17
Decreto-lei nº 306/2007
AAS 18
AAS 19
Coliformes
●A sua pesquisa laboratorial reveste-se de
interesse porque são bons indicadores da eficácia
do tratamento da água para consumo humano:
– Integridade dos sistemas de distribuição
– Presença de biofilmes
–Eficácia dos tratamentos (sequência, operações,
concentrações)
AAS 20
Coliformes
●Os factores que afectam os tratamentos
biológicos são o tempo de contacto, a
concentração de matéria orgânica e do agente
aplicado.
AAS 21
Coliformes
●São, além disso, bons indicadores de
contaminação microbiológica:
–Persistência na amostra;
–Facilidade de detecção;
–Correlação com a presença de microrganismos
indicadores de contaminação fecal como
Escherichia coli.
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Coliformes
● Pesquisa laboratorial com meio VRBL
AAS 23
Coliformes
AAS 24
Escherichia coli
AAS 25
Escherichia coli
●Enterobactéria muito comum, principal indicador
de contaminação fecal;
● Gram-negativa;
● Não forma esporos;
● Flagelada e móvel;
●Fermenta glucose e lactose com produção de
gás
● Anaeróbio facultativo
AAS 26
Enterococos fecais
● Indicadores de poluição de origem fecal
● Streptococcus spp, Enterococcus faecalis
●Pesquisa com meio Slanetz & Bartley e
confirmação com meio de esculina e azida sódica
AAS 27
AAS 28
Clostrídios sulfito-redutores
● Microrganismos anaeróbios Gram-positivos
● Formadores de esporos
● Metabolismo redutor de sulfitos
● Presentes no trato intestinal de animais de sangue quente
AAS 29
Provas bioquímicas -
Enterobactérias
AAS 30
AAS 31
Provas bioquímicas -
Enterococos
AAS 32
AAS 33
Membrana Filtrante
● https://www.youtube.com/watch?v=w-nkxOkhjMI
AAS 34
Técnicas laboratoriais
● Enriquecimento em meios líquidos (NMP – semiquantitativo)
● Contagem de colónias
●Microscopia (enumeração directa) – limite de detecção
elevado, melhorado por imunofluorescência
● Métodos impedimétricos
● Métodos imunológicos
● Métodos de ADN
● Medições de ATP – higiene de superfícies
● Métodos turbidimétricos
AAS 35
Técnicas laboratoriais
●Sensibilidade (limite de detecção/quantificação;
falsos + e falsos - e especificidade
(selectivo/diferencial)
● Validade (ligação com a realidade)
– Recuperação
– Repetibilidade
– Reprodutibilidade
– Robustez
AAS 36