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Letramentos e
participação social
SEA
PPGE - Unifesp
Qual o tema/objeto de estudo?
Quais as motivações?
Quais expectativas?
Polo positivo
Polo negativo
Determinam posições para sociedades, Culturas letradas/Escrita
Culturas orais/Fala
produções culturais e atores sociais Presença/uso da escrita
Ágrafas/ausência de escrita
Escrita alfabética
Escrita não alfabética
Letrados (recente)
Analfabetas
Alfabetizados +
Literacy (1660) – falta de
Evolucionista capacidades advindas do
capacidade de ler e
Mítica aprendizado da escrita
escrever
Homogeneizador
Déficits e faltas
a
Arte rupestre na caverna Cueva de Las Manos,
na Argentina.
Sociedades ágrafas, Sociedades grafocêntricas,
culturas e tradições culturas e tradições do
mundo da oralidade mundo no papel
Escrita alfabética
x
Outros sistemas
Rota para modernidade, para a ciência, a
justiça, a literatura e a democracia;
Escrita
Motor de transformação da mente e da
Com alfabética
sociedade.
Sem escrita
VERSUS
escrita
Símbolos, Marcas, Logotipos, Ícones,
Sistemas de comunicação
vernaculares/situados etc.;
Culturas
Inovação constante;
Reflexividade;
Saberes objetivados
Armazenamento em larga escala, reflexividade e
preservação documental;
Metalinguagem;
letradas
Formas especializadas de discurso (especialização e e
diferenciação das instituições sociais).
Culturas
Pensamento concreto;
Raciocínio prático ou pré-lógico;
Atividade tradicional;
orais
Cultivo da tradição;
Ritualística;
Esquemas práticos;
Saber fazer;
Limites da memorização e dependência do contexto;
Por oposição, sem tradição escrita; sem metalinguagem;
sem formas especializadas de discurso.
Modalidades oral e escrita em oposição:
um olho por um ouvido (Olson, 1991)
VERSUS
• Reflexão sobre crenças implícitas ou explícitas sobre a escrita com e a
partir dos participantes/atores para os quais se dirigem projetos e
ações.
Escrita como Risco
• Prestígio da escrita = a comunidade escrita como à frente
de qualquer outra;
• Produção vigorosa de estudos na História, Sociologia,
Linguística, Educação, tratando de oposições ora como
prestígio e poderosa per si, ora como risco.
Em Platão, risco em relação à capacidade de memorização (almas
esquecidas), possibilidade de adquirir sabedoria (em vez de sábios,
parece-lo-ão);
Em Luria, a possibilidade de desenvolvimento cognitivo...
Parada para reflexão
Desigualdade
Elevada escolarização
Lugar social ocupado pela escrita e pelas produções culturais deste universo;
Instâncias e intuições [agências sociais] que ensinam e/ou possibilitam a circulação do escrito: família,
escola, religião [em alguns casos], por ex.. E aquelas que permitem a difusão e circulação do escrito: trabalho, o
Estado, o comércio, a escola, bibliotecas, associações de moradores etc.;
Objetos e suportes nos quais são produzidos e circulam;
Sujeitos em suas experiências no mundo social: tanto os estabelecidos [os herdeiros do capital cultural] como os de
primeira geração a construir relações com a leitura e escrita;
Processos de apropriação, de transmissão e dos meios de produção [modos de ler predominantes,
práticas de escrita e usos da escrita em determinando grupos sociais].
Escolarização no Brasil
A. Difusão tardia da escolarização: alijamento de grandes segmentos da
população de escola:
Analfabetismo (Ver Ferraro, 2009);
Média de anos de estudo inferior ao EF (8 anos);
Analfabetismo Funcional (ver Ribeiro, 2003 e Ribeiro, Lima e Batista, 2015).
O que as pessoas são capazes ou não de fazer com a modalidade escrita da língua?
Quais fatores intervêm para que consigam participar da cultura escrita?
Participação na cultura escrita
• Práticas de uso da língua escrita: produzidas nas/pelas relações entre
grupos humanos, em tempos e espaços sociais específicos, sendo,
portanto, variável.
• Cultura Escrita;
• Culturas do Escrito.
• Letramentos e escolarização
• Letramentos acadêmicos
• Multiletramentos e escolarização
• Letramentos e reexistência
• Letramentos e literatura
• Literatura periférica
Referências
• CRAHAY, M. Poderá a escola ser justa e eficaz? Lisboa: Instituto Piaget,
2002.
• GNERRE, M. Considerações sobre o campo de estudo da escrita. In:
__________. Linguagem, Escrita e Poder. 1° reimpressão. 3° edição. São
Paulo: Martins Fontes, 1994. P. 35- 94
• LAHIRE, B. Diferenças ou desigualdades: que condições sócio históricas
para a produção de capital cultural? Fórum Sociológico (Online), 18, 2008.
• KLEIMAN, A. B. (Org.). (1995) Os significados do letramento: uma nova
perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras.
• SOARES, M. Práticas de letramento e implicações para a pesquisa e para
políticas de alfabetização e letramento. In: MARINHO, M.; CARVALHO, G.
T. (Orgs.) Cultura escrita e letramento. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2011.