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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

SÃO PAULO

Gestão da Produção Industrial – Física Experimental 1

Relatório – Pêndulo de Molas


Movimento Harmônico Simples (MHS)

Lucas Yuki Mendes Shimizu Prontuário nº. SP3085856

Matheus Domingues Menatto Prontuário nº. SP3082032

Melissa Marques Pinto Prontuário nº. SP3081931

Física Experimental 1

Professores: William Pareschi Soares

Wilson de Andrade Matos

São Paulo, SP
2021
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MATERIAIS UTILIZADOS

- Três molas helicoidais;

- Haste de fixação;

- Cronômetro;

- Régua;

- Massores diversos;

- Fita adesiva;

- Câmera digital.

OBJETIVO

O experimento tem como objetivo acompanhar e relatar o comportamento de um


pêndulo de molas, sendo em apenas uma ou um conjunto de molas supensas
verticalmente, onde uma massa é inserida em sua extremidade inferior da mola. O
principal objetivo é investigar qual grandeza (massa, amplitude ou constante elástica da
mola) influencia mais no período de oscilação do sistema massa-mola.

PROCEDIMENTO

Para realizar o procedimento, a haste fixa foi posicionada em frente à uma parede branca
para melhor visualização de valores no vídeo. A extremidade superior da mola foi presa a
haste, quanto a extremidade inferior prendia os massores. O cronômetro foi posicionado
no corpo da haste fixa, enquanto a régua foi posicionada ao lado da haste, mais próxima
as molas e aos massores. Ambos os instrumentos (cronômetro e régua) foram
posicionados de forma que mesmo com o deslocamento dos pesos, continuaram vísiveis
e legíveis na captura de vídeo.

Os vídeos foram analisados na mesma plataforma onde foram disponibilizados, no


Youtube. Para obter os resultador com melhor precisão, os vídeos foram reduzidos para a
velocidade 0,25x.
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RESULTADOS E ANÁLISES

O primeiro vídeo trata-se de uma mesma mola, com amplitude de oscilação e constante
elástica fixas, variando-se apenas o valor da massa oscilante.

O procedimento utilizado foi dividir o tempo observado pela quantidade correspondente


de períodos. Ou seja:

T= 2

Tabela 1 – Período (T) em segundos, em função da massa (m) em gramas (g)


m(g) 200g 300g 400g 500g 600g 700g
T (s) 0,562 0,661 0,750 0,830 0,903 0,965

Gráfico 1 – Foram utilizados os dados da tabela 1 - Período (T) em segundos, em função da


massa (m) em gramas (g).

Linearização :
Usando a fórmula: m=k chegamos aos seguintes resultados:
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m(g) 200g 300g 400g 500g 600g 700g
T² /4( )² 0,779 1,078 1,387 1,699 2,011 2,297

Gráfico 2 – Utilizando os valores encontrados na linearização da tabela 1, o gráfico fica da


seguinte forma:

Erro percentual da Constante elástica (k)

= Vt - Ve . 100 = 31,281 – 32,018 . 100 = 2,35%


Vt 31,281

O segundo vídeo trata-se de uma mesma mola, com a mesma constante elástica e
mesmo massor. A massa foi deslocada variando a amplitudes nas cinco tentativas,
seguindo a ordenação do menor para o maior distanciamento do ponto de equilibrio.

Para obter os valores da tabela, a fórmula utilizada foi:

A = Xf-Xi

Sendo Xi = Amplitude da mola sem uma força em sua extremidade inferior a puxando
para baixo;
Xf = O quanto a mola foi distendida para baixo.

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Tabela 2 – Período (T) em segundos (s), em função da amplitude (A) em metros (m)
A(m) 0,13 0,15 0,17 0,19 0,21

T (s) 0,615 0,658 0,691 0,715 0,747

Gráfico 3 - Foram utilizados os dados da tabela 2 - Período (T) em segundos, em função


da amplitude (A) em metros (m).

No terceiro vídeo envolvem variadas configurações de masssas e molas, sendo:

 Duas molas em paralelo


 Três molas em paralelo
 Duas molas em série
 Associação mista (paralelo+série)

Foi realizado o mesmo procedimento da primeira análise para cada uma das situações
colocadas, sendo o tempo observado dividido pelo correspondente número de períodos.

Tabela 3 – Período (T) em segundos (s), em função da constante elástica (k) em Newtons
por metro (N/m).

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Arranjo das Molas k (N/m) T (s)
Três molas em paralelo (k24, k28 e k10) 966,62 0,520
Duas molas em paralelo (k10 e k28) 647,04 0,717
Uma mola (k28) 328,06 0,763
Molas Mista (k10, k28 e k24) 213,71 1,102
Duas molas em série (k10 e k28) 161,73 1,136

Para chegar nos resultados acima, foi necessário primeiramente coletar os dados da
constante elástica das configurações que continham mais de uma mola e realizar os
cálculos para chegar a como se fosse “uma constante” :

Em paralelo: Ke = K28 + K10


Mista: Kef =
Em série: Ke =

Após achar os resultados, foi feita a transformação de g/f para N/m

Ou seja, o valor achado em g/f foi multiplicado por 10.

Gráfico 4 – Foram utilizados os dados da tabela 3 - Período (T) em segundos (s), em


função da constante elástica (k) em Newtons por metro (N/m).

Linearização :

Usando a fórmula: k = m chegamos aos seguintes resultados:


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Arranjo das Molas k (N/m) 4( )²/T²
Três molas em paralelo (k24, k28 e k10) 966,62 146,000
Duas molas em paralelo (k10 e k28) 647,04 76,792
Uma mola (k28) 328,06 67,812
Molas Mista (k10, k28 e k24) 213,71 32,508
Duas molas em série (k10 e k28) 161,73 30,591

Gráfico 5 - Utilizando os valores encontrados na linearização da tabela 3, o gráfico fica da


seguinte forma:

Erro percentual da massa (m)

= Vt - Ve . 100
Vt

= 96,662 - 73,913 . 100

96,662

= 23,5%

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DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

Mesmo feita uma convenção quanto a análise dos períodos, como determinar como
parâmetro de visualização o gancho ou utilização do mesmo software e seus recursos
(zoom e tempo de resposta), não garantem a precisão na coleta de dados em vista da
diferença do olho clínico de cada um dos integrantes. Outro agravante que causou
interferência foi a falta de nivelamento da régua, o suficiente para distorcer as medidas
reais, além da a qualidade do vídeo que, ao dar zoom, dificultou a localização dos pontos
correspondentes a tais medidas que se apresentaram distorcidas. Esse último foi ainda mais
agravado devido à qualidade da imagem, o que rendeu maior tempo de análise e
possibilitou a ocorrência de maiores incompatibilidades nas medições. Ainda que não tão
impactante também consideramos que o enquadramento amador de alguns dos vídeos
(captação do movimento de forma inclinada) influenciou na distorção das imagens.
Além disso, destacar onde o movimento harmônico simples, sistema massa-mola, está
presente em algumas situações do cotidiano. Uma delas é a utilização de molas nos trilhos
metroferroviários São Paulo, na Companhia Metrô. O sistema é utilizado para amortecer as
vibrações causadas pelo tráfego de trens, que causam desconforto e pequenos tremores às
edificações próximas¹. Outro exemplo de tecnologia utilizando o sistema de molas é em
construções japonesas, onde são utilizados amortecedores, sob os edifícios, com o objetivo
absorverem a tremedeira casjo haja um terremoto. Em construções mais simples, os
materiais são feitos de borracha, e em outras mais complexas, os equipamentos são
controlados eletrônicamente.²

¹Coordenadoria de Via Permanente, Metrô SP. Sistemas Atenuadores De Vibrações Causadas Pelo Tráfego De
Trens, Metodologia De Dimensionamento E Homologação Adotada Pela Área DeSuperestrutura De Via Permanente
Da Companhia Do Metropolitano De São Paulo. São Paulo, 2007.Disponível em:
http://www.aeamesp.org.br/biblioteca/stm/13SMTF070829T25.pdf . Acesso em 11 de Novembro de 2021.
O Japão e a incrível Engenharia Antissísmica. Constru 360°. Disponível em:
https://constru360.com.br/o-japao-e-a-incrivel-engenharia-anti-sismica-terremoto/. Acesso em 12 de Novembro de
2021

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No movimento harmônico simples (MHS) acontece uma vibração de estritamento, que é
quando o sistema entra em movimento e os átomos se deslocam causando uma variação
entre as particulas .
Comparando o período e a amplitude entre Santos - cidade em nível do mar - e La
Rinconada - cidade Peruana a 5100 metros de altitude -, percebemos que o período é maior
em Santos, pois o corpo oscilante está sujeito a uma aceleração maior, que é a gravidade.
Sendo válido para a amplitude também, que é menor em La Rinconada pois tem menor
gravidade .
Por fim iremos relacionar o MCU (Movimento Circular Uniforme) com o MHS (Movimento
Harmônico Simples), vamos considerar uma partícula que descreva o MCU ao longo de um
circulo de raio R, atingindo um feixe de luz da esquerda para a direita, e após isso é
projetado esse MCU em um eixo x, onde é possível observar um MHS. O mesmo pode ser
observado se fosse feito em um sistema massa mola, obtendo o mesmo resultado.
Além disso, o sistema massa mola tem a ajuda da força elástica pra buscar a posição de
equilíbrio, conhecida também como força restauradora, permitindo também associar esse
movimento ao MCU .

Luis Carlos Beraldi, Dinâmica de um Oscilador não-linear forçado sujeito a um potencial biestavel. Disponível em:
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/48795/D%20-%20LUIZ%20CARLOS%20BERALDI.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Acesso em: 12 de novembro de 2021.
Talita M. Lacerda, Espectromania no infravermelho (FTIR) e a espectromania de ressonância magnética nuclear (RMN).
Disponível em:
https://documentcloud.adobe.com/link/review?uri=urn:aaid:scds:US:f037892a-6007-4d9d-85c8-
65b52a0981c7#pageNum=1. Acesso em: 12 de novembro de 2021.
Domingos Soares. Aceleração da gravidade. Disponível em: https://lilith.fisica.ufmg.br/~dsoares/g/gleigo.htm.
Acesso em: 12 de novembro de 2021.
Ezequiel Costa. Oscilações. Disponível em:
https://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/fisicaequimica/relacaodedocentes973/ezequielcostasiqueira/notas_a
ula_prova2.pdf. Acesso em: 12 de novembro de 2021.
Redação Beduka, Física Ondulatória. Disponível em: https://beduka.com/blog/materias/fisica/fisica-ondulatoria/.
Acesso em: 12 de novembro de 2021.

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