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Esquece os males que te apoquentam, desculpa as

ofensas de criaturas que te não compreendem, foge ao


desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e
entendimento para com todos os que te cercam.

Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe


que, em substância, é ato sublime de fraternidade cristã,
purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o
cérebro.

Se necessitas de semelhante intervenção, recolhe-


te à boa vontade, centraliza a tua expectativa nas fontes
celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando
a receptividade edificante, inflama o teu coração na
confiança positiva e recordando que alguém vai arcar
com o peso de tuas aflições, retifica o teu caminho,
considerando igualmente o sacrifício incessante de
Jesus por nós todos, porque, de conformidade com as
letras sagradas, "Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e levou as nossas doenças".

O Passe Espírita - Aluney Elferr Albuquerque Silva

Sobre o assunto, Kardec tratou sobre o aspecto


geral de CURAS e nos demonstra que "este gênero de
mediunidade consiste, principalmente, no dom que
possuem certas pessoas de curar pelo simples toque,
pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o uso de qualquer
medicação". (L. M. Cap. XIV - 175 – 2ª Parte).
Kardec questionava, pois entendia que o fenômeno
não passava de magnetismo, mas sua perspicácia de
cientista demonstrava que alguma coisa a mais existia.
1
Expôs que geralmente todos os magnetizadores são
aptos a curar. Examinando mais profundamente o
assunto, nos demonstra que diferente do magnetizador é
o médium curador, uma vez que esta faculdade é
espontânea, e que alguns a possuem sem terem tido,
jamais, conhecimento do magnetismo. É assim que nos
assinala que neste caso existe a intervenção de uma
potência oculta, que é o que realmente constitui e
caracteriza a mediunidade.
No item 176, do capítulo mencionado, Kardec
formula uma série de perguntas que é importante
analisar.
P: Podem considerar-se as pessoas dotadas de
força magnética como formando uma variedade de
médiuns?
R: Não há que duvidar.

P: Entretanto, o médium é um intermediário entre os


Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em
si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja
intermediário de nenhuma potência estranha.
R: É um erro; a força magnética reside, sem dúvida,
no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos
que ele chama em seu auxílio... ele aumenta a tua força
e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades
necessárias.
Por aí vemos que no mecanismo da cura pelo
Passe, são os Espíritos que conduzem o processo, pois
que:
- Aumentam nossos fluidos
- Dirigem nossos fluidos
- Qualificam nossos fluidos
2
Na 6ª pergunta, desejando saber se nas pessoas
que possuem o dom de curar, se haveria também ação
magnética ou apenas influência dos Espíritos, obteve
como resposta: "uma e outra coisa. Essas pessoas são
verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a influência
dos espíritos".

Conceitos

Segundo Kardec, a ação fluídica se transmite de


perispírito a perispírito, e deste ao corpo material. (Rev.
Espírita - Ano VIII - Setembro 1865 - Volume 9 - Pág.
258).
Tal assertiva é hoje comprovada cientificamente, o
que demonstra o papel importantíssimo do perispírito na
economia orgânica. A comprovação temos em várias
obras e principalmente no livro de Sheila Ostrander e
Lynn Shoroeder, "Experiências Psíquicas Além da
Cortina de Ferro", à pág. 243, quando nos diz: "Os
trabalhos preliminares com a fotografia Kirliana até agora
parecem indicar que a cura psíquica envolve uma
transferência de energia do corpo bioplasmático do
curador para o corpo bioplasmático do paciente.
Sendo o intermediário entre o corpo e o espírito o
perispírito possui esta característica de receptor e
transmissor.
As mudanças ocorridas nesse nível finalmente se
refletem no corpo físico e, segundo se afirma, curam-no.
Que é o Corpo Bioplasmático, energético, da
ciência?
Nada mais que o Perispírito, que Kardec nos
revelou há 142 anos.
3
Assim é que segundo Kardec, o passe, é a
transferência de fluidos de perispírito para perispírito. (A
Gênese - Cap. XIV - Item 31).
No movimento espírita, existem outros conceitos,
tais como:
"É uma transfusão de energias psíquicas..."
(Emmanuel - O Consolador - questão 99)
"É uma transfusão de energias regeneradoras..."
(Marco Prisco - Ementário Espírita)
"Não é unicamente transfusão de energias
anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz
de todos os tratamentos".
(André Luiz - Opinião Espírita - cap. 55)
"...O passe é transfusão de energias fisio-psíquicas,
operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro
do bem cede de si mesmo em teu benefício".
(Emmanuel - Segue-me - cap. O PASSE).

A FÉ E SUA INFLUÊNCIA NOS PROCESSOS DE


CURAS

Verificamos três importantes assuntos no campo do


passe, que são também deveras preponderantes para
que a ação fluídica transmitida ao enfermo possa gerar
profundo restabelecimento.
O poder da fé demonstra, de modo direto e
especial, na ação magnética; por seu intermédio, o
homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-
lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer
irresistível.
Daí decorre que, aquele que, a um grande poder
fluídico normal, junta a FÉ, pode só pela força de sua
vontade dirigida para o bem, operar esses singulares
4
fenômenos de cura e outros mais, tidos antigamente por
prodígios, milagres, mas que não passam de efeitos de
uma lei natural, tal o motivo que levou a Jesus dizer a
seus apóstolos: "Se não curastes, foi porque não tendes
fé". (Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap 7).
Na verdade não há muito o que interpretar destas
palavras de Kardec; apenas queremos aqui ressaltar a
ponte existente entre a fé e a ação fluídica por obra da
força de vontade. Torna-se desnecessário dizer, que na
ausência da fé, por parte do passeista, é a anulação
prática de seu poder fluídico e, no paciente é a falta do
catalisador fundamental do restabelecimento. Conforme
Kardec nos assevera: "Entende-se por fé a confiança
que se tem na realização de uma coisa, a certeza de
atingir determinado fim". A fé que compreendendo o
mecanismo de atuação acredita patentemente na
assistência invisível no momento da ação fluídica. Não
vamos confundir a fé com presunção, pois a fé é
humilde.
Tanto quem doa como também quem recebe esta fé
deverá ser uma diretriz muito importante no resultado
das atividades fluidoterápicas.

MERECIMENTO

Para podermos em profundidade entender o


merecimento faz-se necessário recorrer à teoria da
reencarnação. Como esse tema, por si só, comporta
muitos volumes e não é o nosso objetivo nesse estudo,
nos limitaremos a um raciocínio de Kardec, simples e por
demais objetivo, o qual se não leva os descrentes a
aceitar a reencarnação, pelo menos os induz a pensar e
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reconhecer, logicamente que sua possibilidade é mais
racional e justa que sua negação pura e simples. "Por
virtude do axioma segundo o qual todo efeito tem uma
causa, tais misérias (doenças incuráveis ou de
nascença, mortes prematuras, reveses da fortuna,
pobreza extrema, etc.) são efeitos que hão de ter uma
causa e, desde que admita um Deus justo, essa causa
também há de ser justa. Ora, ao efeito precedendo
sempre a causa, se esta não se encontra na visa atual,
há de ser anterior a essa vida, isto é, há de estar numa
existência precedente a esta." (Allan Kardec, em O
Evangelho Segundo o Espiritismo, cap 5).
Isto posto, afiançamos que a questão do
merecimento está diretamente ligada aos débitos do
passado, tanto desta quanto de outras vidas, como aos
esforços que vimos empreendendo para nos
melhorarmos física, psíquica, moral e espiritualmente.
Porventura, se na vida anterior envolvemos a nós
mesmos em pesados delitos, tendo comprometido
igualmente nosso perispírito, teremos que assumir
também as conseqüências de tais mazelas. Sendo o
nosso órgão espiritual comparado a uma esponja que a
tudo absorve, seguramente transferirá ao novo corpo as
deficiências localizadas, as quais, dependendo da
extensão e gravidade das faltas, demorarão para se re-
harmonizar, envolvendo-nos no aprendizado de
valorização das reais finalidades orgânicas.
Por outro lado, se temos qualquer problema, que
tomamos aqui, o fumo, e devido a esse fumo temos
problemas pulmonares e queremos nos tratar, mas não
largamos o cigarro, por mais ingentes sejam os esforços
fluídicos empregados para o restabelecimento, tudo
redundará em falhas ou ineficiência, no mesmo caso
6
acontece, com os problemas psíquicos (cármico), e não
nos esforçamos por melhorar nosso mundo mental,
nosso padrão vibratório, nosso campo psíquico,
dificilmente conseguiremos atingir nosso desiderato.
Situações tais, vulgarmente chamadas de "ausência de
merecimento", são fatores a serem considerados nos
tratamentos fluidoterápicos.
Como a situação da falta de merecimento está
vinculada diretamente com nossa inferioridade, poucos
são os que aceitam tal explicação com tranqüilidade,
pois, mesmo sendo quem somos, nos acreditamos
melhores do que na realidade o somos e, por isso
mesmo queremos "driblar" a espiritualidade fazendo
rápidas e curtas e diria também sem sentimentos, boas
ações, com isso imaginando adquirir a "senha" do
merecimento. E aí, verificamos algumas opiniões sobre
os passeistas, no sentido de que eles não são "bons",
não estão "amparados pelos espíritos", que não "servem
para tal", e outras mais, todavia costumeiramente nos
esquecemos que às vezes existe maior merecimento em
continuar enfermo do que saudável.
Finalizando, diremos que não existe tratamento
impossível, pitadas de altivez, animo, força de vontade,
crescimento moral, fé são também disposições que
permitimos a nós mesmo para uma futura melhoria física
ou espiritual. E lembrando a máxima de Jesus que "a fé
transporta montanhas".

A VONTADE

Iniciemos seu estudo com Kardec: "Sabe-se que


papel capital desempenha a vontade em todos os
fenômenos do magnetismo. Porém, como há de explicar
7
a ação material de tão sutil agente? - A vontade é
atributo essencial do espírito. Com o auxílio dessa
alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por ação
consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas
propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas.
Tanto quanto do espírito errante, a vontade é igualmente
atributo do espírito encarnado; daí o poder do
magnetizador, poder que se sabe esta na razão direta da
força de vontade. Podendo o espírito encarnado atuar
sobre a matéria elementar, pode do mesmo modo
mudar-lhe as propriedades, dentro de certos limites.
(Livro dos Médiuns, cap 8, item 131)".
A clareza e a objetividade destas palavras não nos
deixam dúvidas. Tratam desde a origem, a sede da
vontade, até seu alcance, sua desenvoltura, ligando-lhe
a intensidade tais sucessos magnéticos da cura. A
vontade, não podendo ser confundida como uma técnica
em si, é a propulsora da ação fluidoterápica por
excelência, tanto a nível de emissão fluídica como de
recepção. Falamos recepção, pois também somos
conhecedores que a vontade firme de receber absorve
com maior profundidade e eficiência a ação fluídica do
magnetizador e dos espíritos envolvidos na tarefa.
E os espíritos ainda, nos garantem que ela (a
vontade) pode ser aumentada por suas influências e
ajuda, indiretamente confirmando-nos que, de fato,
somos por eles dirigidos. (Livro dos Espíritos, questão
459).
"Compreendemos que a matéria mental é o
instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da
matéria física, gerando as motivações de prazer ou
desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que
não se reduzem efetivamente a abstrações, por
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representarem turbilhões de força em que a alma cria os
seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo
para si mesmo os agentes de luz ou de sombra, vitória
ou derrota, infortúnio ou felicidade". (André Luiz,
Mecanismos da Mediunidade, cap 4 - Indução mental).
Então verificando todo o explanado acima,
concluímos generalizando que só seremos bons
passeistas se, além dos caracteres anteriormente já
analisados, possuirmos uma vontade firme e ativa, a
qual é construída com ação e vivência consciente, e não
só com palavras.

O Passeista

"A mediunidade curativa consiste no dom que certas


pessoas tem de curar pelo simples toque, pelo olhar ou
por um gesto. Sem o concurso de qualquer medicação,
sendo o médium um intermediário entre os espíritos e o
homem. (Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, cap 14).
É claro que não nos reportamos aos magnetizadores que
desenvolvem as forças que lhe são peculiares, no trato
as saúde humana. Referimo-nos, sim, aos intérpretes da
espiritualidade superior, consagrados à assistência
providencial dos enfermos para encorajar-lhes a ação,
pois se caracteriza mediunidade, desde que haja
influência exterior ou melhor dizendo, espiritual. Decerto,
o estudo da constituição humana lhes é naturalmente
aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem,
embora não seja médico, se recomenda a aquisição de
conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo que
esse aprendiz de rudimentos da medicina precisa atentar
para a assepsia do seu quadro de trabalho, o médium
passeista necessitará vigilância no seu campo de ação,
9
porquanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo
benfazejo naqueles que se proponha socorrer.
"Os encarnados de um modo geral, poderiam
colaborar em semelhantes atividades de auxílio
magnético?" Perguntou André Luiz.
Todos, com maior ou menor intensidade, poderão
prestar concurso fraterno, nesse sentido - e, porquanto,
revelada a disposição fiel de cooperar a serviço do
próximo, por esse ou aquele trabalhador, as autoridades
de nosso meio designam espíritos sábios e benevolentes
que orientam indiretamente o neófito, utilizando-lhe a
boa vontade e enriquecendo-lhe o próprio valor.
Todavia nas atividades de assistência espiritual, o
passe é das tarefas mais delicadas, exigindo muito
critério, responsabilidade e boa vontade. Os médiuns
precisam revelar algumas qualidades de ordem superior
entre as quais destacamos, como ideal a ser perseguido,
as seguintes: (André Luiz, em Missionários da Luz, cap
19).
* Ter grande domínio sobre si mesmo
* Espontâneo equilíbrio dos sentimentos
* Acendrado amor aos semelhantes
* Alta compreensão da vida
* Profunda confiança no Poder Divino
O passeista é aquele que ministra o passe. Ser um
passeista espírita é uma tarefa de grande
responsabilidade, pois trata-se de ajudar e abençoar as
pessoas em nome de Deus. Pessoas carentes e
sedentas de melhoria, procuram na Casa Espírita, o
recurso do passe como forma de alívio das pressões
psicológicas e sustentação para suas forças morais e
físicas.
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O passeista não precisa ser um santo, mas
necessita esforçar-se na melhoria íntima e no
aprendizado intelectual, conforme acima vemos. Armado
do desejo sincero de servir, quase todos os iniciantes
podem trabalhar neste sagrado ministério. O passeista
deve procurar viver uma vida sadia, tanto física quanto
moralmente. Aos poucos, os vícios terrenos têm que
ceder lugar às virtudes. O uso do cigarro e da bebida
devem ser evitados. Como o passeista doa de si uma
parte dos fluidos que vão fortalecer o lado material e
espiritual do necessitado, esses fluidos precisam estar
limpos de vibrações deletérias oriundas de vícios.
No aspecto mental, o passeista deve cultivar bons
pensamentos no seu dia-a-dia. O orgulho, o egoísmo, a
maledicência, a sensualidade exagerada e a violência
nas atitudes devem ser combatidos constantemente. A
Espiritualidade superior associa equipes de Benfeitores
aos trabalhadores que se esforçam, multiplicando-lhes a
capacidade de serviço.
A fé racional e a certeza no amparo dos bons
Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no
coração de todos os passeistas. É fundamental no
trabalho de passe, doar-se com sinceridade à tarefa sob
sua responsabilidade, vendo em todo sofredor uma alma
carente de amparo e orientação.
O passeista não deve ter preferência por quem quer
que seja. Seu auxílio deve ser igualmente distribuído a
todas as criaturas. As elevadas condições morais do
passeista são fundamentais para que ele consiga obter
um resultado satisfatório no serviço do passe.
Portanto, todos podemos ministrar passes, porém é
necessário um mínimo preparo moral a fim de que a
ajuda seja o mais eficaz possível. Como todas as tarefas
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realizadas dentro da Casa Espírita, esta também carece
de cuidados e atenção por parte de quem se propõe a
executá-la.
"Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos,
orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos
sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer
um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em
Deus." - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro,
1865).

CONDIÇÕES FÍSICAS DO PASSEISTA

Deste ponto de visualização, poderia parecer à


primeira vista que apenas aqueles que têm bom
condicionamento físico são passíveis de aplicar passes.
É fora de dúvidas que uma saúde perfeita, um corpo sem
doenças, favorecerá enormemente na função de uma
boa doação fluídica, transmitindo de uma forma mais
harmônica e profunda os fluidos salutares. Mas, por todo
o estudo que até aqui sintetizamos, é bem fácil verificar
que isso não é tudo; afinal, são inumeráveis os casos de
pessoas que são socorridas por outras mais débeis e
frágeis fisicamente, mas, nem por isso, os alcances são
menos expressivos.
Todavia, neste trabalho, de modo algum estamos
querendo menosprezar o valor do equilíbrio orgânico do
médium passeista, notadamente daquele que doa as
suas próprias energias.
Vejamos como pensa Michaelus em seu livro
Magnetismo Espiritual: "Um corpo sem saúde não pode
transmitir aquilo que não possui; a sua irradiação seria
fraca, ineficaz e mais nociva do que útil, para si e para o
doente."
12
"Deve-se, entretanto, distinguir entre uma pessoa
incessantemente doente da que é apenas atingida de
uma doença local, um mal de estômago, dos rins, etc.,
embora de caráter crônico." (Michaelus, no mesmo livro,
cap 7).
Apesar de parecer contraditório, a saúde é
importante ser velada, mas, de igual modo, não é tudo.
Afinal, como o fluxo magnético provém não só do corpo
senão essencialmente da alma, é desta que devemos
cuidar em primeiro lugar. Só que é indissociável o cuidar
de uma sem o zelar da oura. Outrossim, o estado físico,
por si só, não diz tudo o que precisa ser observado; já
dissemos em outros capítulos, que a mentalização
negativa destrói, desintegra, perturba nossos campos
fluídicos equilibrados e equilibrantes, donde fácil concluir
que o físico não é sobrevalente ao estado mental.
De forma alguma, como já expressamos acima,
queremos dizer que o zelo pela saúde não seja
necessário, pois, o é realmente. Em primeiro lugar por
estarmos cuidando do veículo de manifestação de nosso
espírito na terra, para através dele poder aprender, viver
e obrar. Em segundo lugar que aquele que doa algo,
deverá profundamente se preocupar com o que estar
doando, para que não prejudique aquele que recebe, ao
invés de o ajudar.
Preocupamo-nos aqui, também com a alimentação,
pois conforme André Luiz nos diz em seu livro
Missionários da Luz, cap 19: "O excesso de alimentação
produz odores fétido, através dos poros, bem como das
saídas dos pulmões e do estômago prejudicando as
faculdades radiantes devido às desarmonias que geram
no aparelho gastrointestinal. O álcool e outras
substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros
13
nervosos, modificando certas funções psíquicas e
anulando os melhores esforços na transmissão de
elementos regeneradores e salutares".
A saúde, como podemos verificar, é uma das
condições primordiais para o trabalho do passe.
Se o médium não tem uma saúde, ao menos,
harmônica, como poderá transmiti-la?.
Os fluidos que saem através do passeista é lógico
que vão impregnados de saúde ou de mazelas segundo
a situação de que o médium se encontre.
A vontade que movimenta os fluidos regeneradores,
capazes de re harmonizar o perispírito ou o organismo
enfermiço, pode manipular fluidos deletérios pelo mesmo
mecanismo, criando ou até mesmo acentuando males
em curso de instalação ou de desenvolvimento. O
passeista poderá receber fluidos puros, estes, porém,
serão tisnados ao contato de suas próprias emanações
individuais que lhe alteram o teor regenerativo, poluindo-
os antes de transferi-los ao amigo enfermo.

CONDIÇÕES MORAIS

Fazendo uso das palavras do Codificador em o


Livro dos Médiuns, cap 20, compreenderemos de uma
maneira mais alargada a função da moral em torno do
passe:
"Se o médium, do ponto de vista da execução, não
passa de um instrumento, exerce, todavia, influência
muito grande, sob o aspecto moral. A alma exerce sobre
o espírito livre uma espécie de atração, ou repulsão,
conforme o grau da semelhança existente entre eles. As
qualidades, que de preferência, atraem os bons espíritos
são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de
14
coração, o amor do próximo, o desprendimento das
coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o
orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez,
a sensualidade e todas as paixões que escravizam o
homem à matéria. Além disso, a porta que os espíritos
imperfeitos exploram com mais habilidade é o orgulho,
porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O
orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais
belas faculdades."
Na Revista Espírita de Outubro de 1867, Kardec
publicou uma mensagem do Abade Príncipe de
Hohenlohe muito interessante:
"Conforme o estado de vossa alma e as aptidões do
vosso organismo, podeis, se Deus vo-lo permitir, tanto
curar as dores físicas quanto os sofrimentos morais, ou
ambos. Duvidais de ser capaz de fazer uma ou outra
coisa, porque conheceis as vossas imperfeições. Mas
Deus não pede a perfeição, a pureza absoluta dos
homens da terra. A esse título, ninguém entre vós seria
digno de ser médium curador. Deus pede que vos
melhoreis, que façais esforços constantes para vos
purificar e vos leva em conta a vossa boa vontade.
Melhorai-vos pela prece, pelo amor ao Senhor, de
vossos irmãos e não duvideis que o Todo-Poderoso não
vos dê as ocasiões freqüentes de exercer vossa
faculdade mediúnica. Até lá orai, progredi pela caridade
moral, pela influência do exemplo."
Noutra oportunidade o Codificador indagou ao
espírito Annonay, sonâmbula de uma lucidez notável, a
qual ele conhecera quando encarnada: (Revista espírita,
Março de 1859)
27 - O poder magnético do magnetizador depende
de sua constituição física?
15
Sim, mas muito de seu caráter. Numa palavra;
depende de si próprio.
30 - Quais as qualidades mais essenciais para o
magnetizador?
O coração, as boas intenções sempre firmes; o
desinteresse.
31 - Quais os defeitos que mais o prejudicam?
As más inclinações, ou melhor, o desejo de
prejudicar.
Verificamos que o fluido emanado por nós será
sempre mais depurado a medida que formos mais puros
e despendidos da matéria, a medida que darmos mais
valor aos bens espirituais em detrimento das coisas
materiais.
"As qualidades do fluido humano apresentam
nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e
morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de
um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos ao
magnetizado. As qualidades morais do magnetizados,
isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo
ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante,
aliado à saúde do corpo, dão ao fluido um poder
reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se
das qualidades do fluido espiritual". (Revista Espírita,
Setembro de 1865).

Reflitamos no que nos diz o espírito Alexandre em o


livro Missionários da Luz, cap 19:

"O missionário do auxílio magnético, na crosta


terrestre ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande
domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de
sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta
16
compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança
no Poder Divino."
Não pensemos, todavia, que isso só se aplica aos
espíritas. A moral é chave fundamental para todos os
povos. "Os curandeiros, mesmo aqueles que não são
vistos com os bons olhos da humanidade, inclusive uma
grande parte espírita, são portadores de virtudes
enobrecedoras e, sem dúvida, isso é fundamental para
seus sucessos". (George W. Meek, As Curas
Paranormais).
Através de todas estas análises, sentimos como o
posicionamento moral do médium é muito importante
para o sucesso de sua tarefa. Não esperemos, pois, que
os pacientes sejam sempre "bonzinhos" e que os
espíritos estejam sempre "na agulha" para agiram ao
nosso "estalar de dedos", sem que sejamos nós os
primeiros a estarmos prontos, física e sobretudo,
moralmente para o trabalho. Não seria de se pensar
diferente. A moral há de ter importância preponderante
nos trabalhos fluídicos, já que o meio onde os fluidos são
processados é basicamente mental (para não dizer
espiritual). A mente determina a vibração fluídica a partir
da vontade e esta libera os fluidos, tonificando-os pelos
padrões psíquicos dos emissores; estes fluidos serão tão
melhormente consistentes e harmonizados quanto maior
equilíbrio tiver a moral dos doadores. Assim, deixando de
lado as condições do receptor final (paciente), a emissão
fluídica assume o cunho de pureza determinada pela
moral em que vibram os emissores.

CONDIÇÕES MENTAIS

17
Ondas vitais, essenciais, pensamentos, idéias,
desejos e etc...
Tudo isso age e reage sobre os outros seres,
influenciando-os em sua vontade, sentimentos,
pensamentos e atos. E tudo se reflete na radiação tonal,
na aura individual, criando atmosfera boa ou má, atrativa
ou repulsiva, saudável ou enfermiça. Para termos este
campo vibratório em uma condição menos deplorável, é
imprescindível que tomemos em conta nosso
direcionamento mental, em que diapasão estamos
tratando de vibrar, para sabermos o que iremos receber,
pois, as afinidades vibratórias e que regulam esse
intercâmbio de dar e receber, no plano invisível, forças e
fluidos. Facilitando ou dificultando ainda mais, o trabalho
da espiritualidade responsável pelos trabalhos de
fluidificação.
Estas condições que ora abordamos estão
profundamente relacionadas com as anteriores, ou seja,
as condições morais do médium passeista.
Vamos ainda pensar nas condições psicológicas do
médium ante o serviço do passe. Muitas publicações têm
surgido em nossos tempos, sobre o poder da mente,
com colocações, diríamos, nem sempre bem
ponderadas. Isto porque, na maioria delas, enfatiza-se o
"querer é poder", mas, atribuindo ao querer a simples
repetitividade, até meio irracional, de palavras ou frases
"chaves". Os médiuns hão de desenvolver condições
íntimas de fé e confiança, que se adquirem com muito
labor. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie
de atração ou repulsão, conforme o grau de atitudes
cultivadas existentes entre eles. A mente está presente
como ponto de muita relevância nas manifestações
mediúnicas, pois o cérebro é um aparelho emissor e
18
receptor de ondas mentais; o pensamento é um fluxo
energético do campo espiritual, ou seja, se não
tentarmos manter-nos em um estado constante de
reforma mental, na construção de pensamentos
melhores, seguramente estaremos também prejudicando
esta manifestação de amor através do passe. Pois
atraímos a sintonia que cultivamos. O cultivo da mente
pura é nosso dever, já que como vimos, ela é o filtro por
onde passam as benesses que favorecerão nosso
próximo e, por conseguinte, a nós mesmos.
A energia transmitida pelos amigos espirituais
circula primeiramente na cabeça dos médiuns (só para
recordar, lembremos onde fica o Centro Coronário e qual
a sua importância).
O cérebro é como um aparelho emissor e receptor
de ondas mentais; o pensamento é um fluxo energético
do campo espiritual.
A vibração é um movimento de vaivém, chama-se
movimento vibratório.
Sintonia é a identidade ou harmonia vibratória, isto
é, o grau de semelhança das emissões ou radiações
mentais de dois ou mais espíritos, encarnados ou
desencarnados, ou seja, afinidade moral.
Sabemos que o pensamento é um fluxo fluídico, é
matéria sutil do corpo espiritual, logo é concreto e às
vezes muito visível, podendo perdurar longamente em
dadas circunstâncias.
Portanto o padrão vibratório é uma maneira de
definir o padrão moral do espírito. Atraímos as mentes
que possuem o mesmo padrão vibratório nosso, que
estão no mesmo nível moral. A comunicação
interespiritual é controlada pelo grau de sintonia, a qual a
seu turno, decorre da afinidade moral. Temos por isso, a
19
companhia espiritual que desejamos mediante o nosso
comportamento, sentimentos, pensamentos e
aspirações. Estão ao nosso redor aqueles que
sintonizam conosco ou têm contas a ajustar.
É o caso e a hora de perguntar: como podemos
elevar cada vez mais as nossas vibrações e, assim,
aprimorar a capacidade de sintonia e vibração? -
Enriquecendo o pensamento por meio do
desenvolvimento da INTELIGÊNCIA; - estudo,
conhecimento. SENTIMENTO; - prática do bem, serviço
prestado, moralidade, em suma, auto-aperfeiçoamento
pelo esforço próprio no caminho do bem. Com particular
aplicação à Mediunidade, que não progride sem o
aprimoramento do médium.
Em virtude do princípio de sintonia, estabelece-se
uma dependência entre encarnados e desencarnados
quando ambos estão perturbados e emitindo vibrações
viciadas. A identidade vibratória inferior, no caso do ódio,
ressentimento, tristeza, desânimo, etc., prende os
desencarnados mais ou menos inconscientes do seu
estado, na aura magnética dos encarnados.

QUEM RECEBE (O PACIENTE)

Conforme já estudamos, basicamente são dois os


personagens que se interligam no mecanismo do passe:
o receptor e o doador.
Por isso, o sucesso ou insucesso de um tratamento
fluidoterápico depende, diretamente, do comportamento
deles.
É necessário um comprometimento, não somente
no momento do passe, todavia um comprometimento
20
necessário a mudança íntima do ser, em seus atos
diários, na forma de pensar e agir.
Este é um pensamento genérico, haja vista
sabermos que vários fatores influem no processo, os
quais nem ao menos se limitam à esfera material.
Todavia no momento veremos quem recebe. Não
sabemos de onde veio, por onde veio, que religião tem.
Mas sabemos o essencial: ele é o nosso próximo, e está,
ali necessitando de ajuda e colocando-se na condição de
recebedor, que é indubitavelmente condições iniciais
para qualquer tratamento, assim como o arrependimento
é indiscutivelmente necessário para qualquer processo
de restabelecimento de contas com a bondade Divina,
todavia deverá vir juntamente com a reparação, para
receber algo que esta querendo ou necessitando e
principalmente se propôs a receber algo, que é para nós,
os médiuns, os dirigentes e as Casas Espíritas, um bom
caminho para a prática do amor fraternal, desinteressado
e cristão. Portanto, mãos à obra.
Primeiro, nos conscientizemos de que devemos dar
ao paciente, além do passe, tudo o mais que é da maior
importância: evangelho, orientação, desmistificação do
tratamento e desmistificação dos ídolos, conclamando-os
à reforma interior e à compreensão dos fatos para, pelo
conhecimento, não ser levado a vícios e equívocos que,
embora costumeiros, são injustificáveis.
Como homens, sabemos que a administração do
patrimônio orgânico é tarefa pessoal e intransferível,
estando não apenas sua manutenção sobre nossa
responsabilidade, mas, igualmente sua conservação
dentro dos padrões de equilíbrio que a própria natureza
nos indica. Emmanuel em o Consolador salienta que:
"Quando, porém, o homem espiritual dominar o homem
21
físico, os elementos medicamentosos da Terra estarão
transformados na excelência dos recursos psíquicos e
essa grande oficina achar-se-á elevada a santuário de
forças e possibilidades espirituais juntos das almas".
Podemos destacar entre os que recebem o passe
os seguintes tipos de pacientes:

Paciente com problemas físicos

Incluem os pacientes que apresentam problemas


orgânicos, desprezando qualquer fator que não seja
puramente físico. Subdividiremos este grupo de
pacientes em três:

Portadores de doenças contagiosas

O passeista não deve negar atendimento a essa


categoria por medo de contágio, todavia devemos ter o
bom senso de não expor alguém que venha em busca
de auxílio ao contágio de outro mal. Tal como não será
cristão dispor o contagiante que igualmente busca ajuda,
ao ridículo da execração de outrem. A prudência nos
sugere discernimento e tato.

Portadores de doenças não contagiosas

O paciente aqui enquadrado não expõe outros a


riscos de contágio, seu atendimento poderá ser feito
tanto de forma individualizada quanto em grupo,
dependendo do tratamento e das técnicas a serem
usadas.

Pacientes com problemas espirituais


22
Pacientes nessas circunstâncias sentem com muita
freqüência a "influência ou a aproximação" de espíritos,
quando recebem o passe. Deveremos ai utilizar das
técnicas mais designadas a esse tipo de problema,
desligando o "plug", encarnado – desencarnado para os
devidos tratamentos.
Dividiremos também este grupo em três
subdivisões:
* De origem Perispirítica (Cármica)
* De origem Obsessiva
* Decorrentes de desvios Morais

Pacientes com ambos os problemas

Verificamos aqui, os pacientes com problemas


físicos (orgânicos) e psíquicos (espirituais).
Mais uma vez nos deparamos com a prudência em
analisar e principalmente nunca, descartar o tratamento
da medicina convencional para alguns casos. Através do
estudo, sempre conjugado à intuição espiritual, podemos
avaliar a maior valência do problema do paciente para
bem direcionar o tratamento. Caso prevaleça o aspecto
físico, recomenda-se os cuidados descritos para
pacientes com estes problemas. Contudo, o bom senso
nos recomenda não fazermos distinção tão marcante,
notadamente porque os espíritos serão os verdadeiros
"operadores" e, quase sempre, serão eles que
encaminharão todo o processo, abstração feita à
responsabilidade dos médiuns.
A paciência também será grandioso instrumento
para este tratamento, paciência esta, por parte do
paciente e do passeista.
23
Assim o passe é destinado a:

* Alguém que procura, solicita, se esforça ou requer


emergência;
* Alguém que se encontra hipnotizado
magneticamente, quer por força material ou por força
espiritual;
* Alguém que necessita de recursos terapêuticos
complementar, reparatório ou preparatório;
* Alguém que está sob influencia obsessiva, como
parte do tratamento desobsessivo.

PREPARO DO PASSEISTA E DO PACIENTE

Kardec (Obras Póstumas) nos informa que "a força


magnética é puramente orgânica; pode, como a força
muscular, ser partilha de toda gente, mesmo do homem
perverso; mas só o homem de bem se serve dela
exclusivamente para o bem... mais depurado, o seu
fluido possui propriedades benfazejas e reparadoras,
que não pode ter o homem vicioso ou interessado".
Analisando esta assertiva, concluímos que, para
que exista um perfeito entrosamento Espírito protetor -
passeista, e para o Espírito que vem auxiliar, possa
realmente combinar o seu fluido com o fluido humano,
lhe imprimindo qualidades de que ele carece, é
necessário que o passeista dê condições para que esse
intercâmbio se faça, condições essas de natureza física
e espiritual.
A saúde do passeista é uma condição primordial
para a realização de um bom trabalho. Assim, como a
qualidade do fluido está na razão direta do estado de
24
evolução da alma, assim também, a maior ou menor
eficiência da magnetização, depende da saúde do corpo
físico; a razão é clara: um corpo sem saúde não pode
transmitir aquilo que não possui.
Quanto mais equilibrado o organismo, maior o
rendimento de suas energias, que serão partilhadas. De
um modo geral, deve-se evitar tudo quanto implica em
desgaste ou perda de energia: Excessos sexuais,
trabalhos demasiados, alimentação imprópria,
hiperácida, bem como o álcool, a nicotina e os
entorpecentes de toda a espécie.
Para o passeista, na execução da tarefa que lhe
está subordinada, não basta a boa vontade, como
acontece em outros setores; é necessário revelar
determinadas qualidades de ordem superior,
apresentando grande domínio de si mesmo, espontâneo
equilíbrio de sentimentos, acentuado amor aos
semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e
profunda, confiança no poder divino.
Semelhantes requisitos constituem exigências a que
não se pode fugir, mas a boa vontade sincera, em alguns
casos pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se
justifica em virtude da assistência prestada pelos
benfeitores espirituais aos servidores humanos, ainda
incompletos no terreno das qualidades desejáveis.
A prece representa elemento indispensável para
que a alma do passeista estabeleça comunhão direta
com as forças do bem, favorecendo assim, a canalização
através da mente, dos recursos magnéticos necessários
das esferas elevadas.
Não se deve também abusar da magnetização, com
processos prolongados ou em grandes quantidades, o
que ocasiona dispêndio de fluidos, e conseqüentemente,
25
a fadiga. Não se deve transmitir uma força já em grau de
esgotamento, a qual não beneficia quem recebe, e
prejudica quem transmite.
Resumindo, vida sóbria e moderada, sem abusos,
desequilíbrios, sem excessos e desvios, é o que se
prescreve ao magnetizador.
Existem doentes, em que o magnetismo nenhuma
influência exerce, e outros em que a ação desde logo é
evidenciada e decisiva, por fatores devido ao
magnetizador, ao magnetizado, ou a ambos.
Preparar um doente para aplicação do devido
tratamento espiritual, é colocá-lo em estado de perfeita
harmonia com a fé em Deus.
Alguns itens deverão ser observados para a
preparação do paciente, tais como o ambiente familiar, a
sua posição mental e o estado espiritual.
O principal agente de cura, reside no próprio
doente: é o desejo de transformação interior, e a
elevação mental. Com isso, muito mais eficiente será a
ação da magnetização, e do auxílio do mundo espiritual
superior, far-se-á mais naturalmente.
O magnetismo, em certos estados de ordem
psíquica ou espiritual, basta e pode ser o melhor agente
corretivo. Porém não se pode ter o magnetismo, como
agente curador exclusivo, para a maioria dos casos e
dos indivíduos. É preciso atentar para o corpo já afetado,
e principalmente, para problemas cármicos, quando
então o magnetismo atuará como renovador de energias,
para que possa se suportar com fé e equilíbrio, as
expiações de vidas pretéritas.

Assistência Espiritual: Doação de Fluidos e Amor -


Alexandre Ferreira
26
Tudo se inicia no Plano Espiritual, muitas horas
antes dos trabalhos começarem, com a preparação do
ambiente pelos trabalhadores do Plano Maior.
Quando um assistido chega para o tratamento,
recebe uma ficha com um número e cor que indicam
respectivamente a ordem de chegada e os tipos de
passe que receberá. Esta ficha somente é entregue à
pessoa que será submetida ao tratamento e, para que
não haja regalias, não se pode reservar lugares para
parentes e amigos, e, tampouco, retirar-se da Casa e
retornar em um horário próximo ao início dos trabalhos,
pois isto não condiz com os ensinamentos de amor e
respeito ao próximo.
As fichas de cor amarela e azul indicam que as
pessoas receberão tratamento de passes denominados
Pasteur 1 (P1) e Pasteur 2 (P2) que são,
respectivamente, passes de equilíbrio para o corpo
material e espiritual, sendo que as de cor azul destinam-
se, em geral, àqueles que apresentem dificuldades para
subir escadas. Serão, pois, encaminhados à sala de
passe no andar térreo.
Muitas vezes a ficha amarela ou azul é
acompanhada de uma de cor rosa com um código (A3),
significando que o assistido será submetido a um
tratamento adicional, direcionado em favor de alguma
entidade desencarnada que possa estar ao seu lado. É
importante destacar, que esta entidade nem sempre tem
o propósito deliberado de prejudicá-lo. Muitas vezes, as
entidades se aproximam de nós em busca de auxílio e
seremos, assim, o instrumento para que se recuperem e
sejam ajudadas dentro de uma Casa Espírita.
27
A ficha de cor branca é dada somente às quartas-
feiras para aqueles irmãos que necessitem de
tratamento para o corpo físico, geralmente com graves
problemas de saúde. São, então, encaminhados para
uma sala especial onde uma entidade médica, Dr. Karl,
as orienta e lhes indica o tratamento mais adequado
para cada caso.
Vale ressaltar que o tratamento médico espiritual
não dispensa o tratamento clínico convencional e que os
assistidos, a fim de não sobrecarregarem a equipe de
trabalhadores desta sala, deverão abster-se de procurar
atendimento quando apresentem problemas corriqueiros.
Enquanto aguardam os passes e o início da
preleção, os assistidos devem se manter concentrados,
através de uma leitura edificante ou em prece silenciosa
ao som de uma música relaxante.
Os tarefeiros, para iniciarem as atividades do dia,
ministram Auto-Passe, procurando, assim, não
sobrecarregar os demais companheiros e, em sistema
de rodízio, iniciam a aplicação dos Passes de Limpeza
nos assistidos. Em seguida, dirigem-se às suas
respectivas salas e aguardam o início dos trabalhos. O
Passe de Limpeza é necessário para todas as pessoas,
pois tem a finalidade de retirar as energias negativas que
são adquiridas com as preocupações e agitações do dia-
a-dia.
Durante a preleção, que tem a importante função de
fornecer subsídios para que as pessoas consigam paz e
equilíbrio interior, os assistidos são chamados às salas
de passe para que recebam o devido tratamento.
Ao término da palestra, é importante que todos se
mantenham em silêncio e prece, pois os trabalhos dentro
28
das salas continuam acontecendo e necessitam de
concentração e harmonia.
Lembremo-nos sempre de que a disciplina é o
sustentáculo de toda a organização e é o elemento de
paz e progresso.

O passe espírita - Grupo Espírita Bezerra de


Menezes

"E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres


extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços
e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as
enfermidades fugiam das suas vítimas, e os Espíritos
malignos se retiravam" - (Atos, cap. 19 - 11 e 12).

O que é o passe

Desde os tempos mais antigos, a imposição das


mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para
auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências
espirituais. Em muitos trechos da Bíblia, vemos Jesus e
seus discípulos imporem as mãos sobre os
necessitados, rogando a Deus que os curassem. Jesus
fez largo uso dessa prática e disse que, se quiséssemos,
poderíamos fazer o mesmo.
E desde aquele tempo o homem utiliza-se desse
recurso para aliviar, consolar, melhorar e até curar
doenças físicas e espirituais.
Antes do advento do Espiritismo, sabia-se pouco
sobre a prática desse costume. Os fenômenos de curas
eram envoltos em mistérios e tidos como acontecimentos
sobrenaturais. Ao menos publicamente, ninguém se
aventurou a dar explicações para o estranho poder que
29
tinham as mãos para curar e aliviar os males físicos e
espirituais. Com a chegada da Doutrina Espírita, os
Espíritos superiores explicaram o porquê das coisas.
Ensinaram que as mãos serviam como um instrumento
para a projeção de fluidos magnetizados, doados pelo
operador, e fluidos espirituais, trazidos pelos Espíritos.
Segundo eles, os fluidos curativos eram absorvidos pela
pessoa necessitada por meio dos centros vitais
(chacras), acumuladores e distribuidores de energias,
localizados no perispírito e pelo próprio corpo astral que
age como uma esponja. Estavam assim explicadas,
teoricamente, as curas promovidas por Jesus e pelos
curadores de todos os tempos.
Entre nós, seguidores de Allan Kardec, a imposição
de mãos sobre uma criatura com a intenção de aliviar
sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente
fortalecê-la, ficou conhecida como "passe".
O passe é um dos métodos utilizados nos centros
espíritas para o alívio ou cura dos sofrimentos das
pessoas. Quando ministrado com fé, o passe é capaz de
produzir verdadeiros prodígios. Têm como objetivo o
reequilíbrio do corpo físico e espiritual.

O passeista

O passeista é aquele que ministra o passe. Ser um


passeista espírita é uma tarefa de grande
responsabilidade, pois trata-se de ajudar e abençoar as
pessoas em nome de Deus. Pessoas carentes e
sedentas de melhoria, procuram na Casa Espírita o
recurso do passe como forma de alívio das pressões
psicológicas e sustentação para suas forças morais e
físicas.
30
O passeista não precisa ser um santo, mas
necessita esforçar-se na melhoria íntima e no
aprendizado intelectual. Armado do desejo sincero de
servir, quase todos os iniciantes podem trabalhar neste
sagrado ministério. O passeista deve procurar viver uma
vida sadia, tanto física quanto moralmente. Aos poucos,
os vícios terrenos têm que ceder lugar às virtudes. O uso
do cigarro e da bebida devem ser evitados. Como o
passeista doa de si uma parte dos fluidos que vão
fortalecer o lado material e espiritual do necessitado,
esses fluidos precisam estar limpos de vibrações
deletérias oriundas de vícios.
No aspecto mental, o passeista deve cultivar bons
pensamentos no seu dia-a-dia. O orgulho, o egoísmo, a
maledicência, a sensualidade exagerada e a violência
nas atitudes devem ser combatidos constantemente. A
Espiritualidade superior associa equipes de Benfeitores
aos trabalhadores que se esforçam, multiplicando-lhes a
capacidade de serviço.
A fé racional e a certeza no amparo dos bons
Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no
coração de todos os passeistas. É fundamental no
trabalho de passe, doar-se com sinceridade à tarefa sob
sua responsabilidade, vendo em todo sofredor uma alma
carente de amparo e orientação.
O passeista não deve ter preferência por quem quer
que seja. Seu auxílio deve ser igualmente distribuído a
todas as criaturas. As elevadas condições morais do
passeista são fundamentais para que ele consiga obter
um resultado satisfatório no serviço do passe.
Portanto, todos podemos ministrar passes, porém é
necessário um mínimo preparo moral a fim de que a
ajuda seja o mais eficaz possível. Como todas as tarefas
31
realizadas dentro da Casa Espírita, esta também carece
de cuidados e atenção por parte de quem se propõe a
executá-la.
"Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos,
orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos
sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer
um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em
Deus" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro,
1865).

O que é necessário para ser um bom passeista?

Allan Kardec nos instrui a respeito: "A primeira


condição para isto é trabalhar em sua própria depuração
(moral e ética), a fim de não alterar os fluidos salutares
que está encarregado de transmitir. Esta condição não
poderia ser executada sem o mais completo
desinteresse material e moral. O primeiro é o mais fácil,
e o segundo é o mais raro, porque o orgulho e o
egoísmo são sentimentos difíceis de se extirpar, e
porque várias causas contribuem para os superexcitar
nos médiuns" - (Allan Kardec - Revista Espírita,
Novembro, 1866).

Condições básicas para o exercício do passe


espírita

Fé; Amor ao próximo; Disciplina; Vontade;


Conhecimento; Equilíbrio psíquico; Humildade;
Devotamento; Abnegação.
"Se pretendes, pois guardar as vantagens do passe,
que em substância, é ato sublime de fraternidade cristã,
32
purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o
cérebro" - (Espírito Emmanuel, no livro Segue-me).

Fatores negativos físicos, que prejudicam os


resultados do passe:
Uso do fumo e do álcool; desequilíbrio nervoso;
alimentos inadequados.

Fatores negativos espirituais/morais


Mágoas, más paixões, egoísmo, orgulho, vaidade,
cupidez, vida desonesta, adultério etc.

"O fluido humano está sempre mais ou menos


impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado;
o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por
isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que
acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando através
do encarnado pode alterar-se. Daí, para todo médium
curador, a necessidade de trabalhar para seu
melhoramento moral" - (Allan Kardec - Revista Espírita,
Setembro, 1865).

Tipos de passes

Os passes podem ser classificados em três


categorias: Passe magnético, Passe espiritual e Passe
misto.

Passe magnético

É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas


seus fluidos, utilizando a força magnética existente no
próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer
33
criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam
segundo a condição moral do passeista, sua capacidade
de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o
próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe
assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de
boa vontade, atendem aos mais carentes.
Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é
independente da crença que o passeista ou
magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade.
Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos
Médiuns", questão 176: "...muito embora uma pessoa
desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus
acredita nela".

Passe espiritual

É uma espécie de magnetização feita pelos bons


Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito
das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe
espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos
de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos
planos superiores da Vida, pelo Espírito que veio assisti-
lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido
animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que
as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se
compreender que os recursos oferecidos nas reuniões
públicas de Espiritismo, onde participam grande
quantidade de encarnados e espíritos desencarnados,
são bem maiores do que aqueles que podemos contar
34
em nossas residências, só com a ajuda do anjo
guardião.

Passe misto

É uma modalidade de passe onde se misturam os


fluidos do passeista com os da Espiritualidade. A
combinação é muito maior do que no passe puramente
magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o
tipo de passe que é aplicado nas Casas Espíritas,
contando com a ajuda de equipes espirituais que
trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados.
Os benfeitores espirituais comparecem no momento
do passe, atendendo aos encarnados e também
ministrando eficiente socorro às entidades do plano
espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e
qualificando nossos fluidos.
Mas para que se possa contar sempre com a ajuda
dos bons Espíritos, é necessário observar os cuidados já
ditos anteriormente sobre a depuração íntima de cada
um dos que estão imbuídos do desejo de fazer o bem.
"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais
depurados são os mais saudáveis; desde que esses
fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o
concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a
evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo,
orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja
escutada é preciso que seja feita com humildade e
dilatada por um real sentimento de benevolência e de
caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem
devotamento, nem devotamento sem desinteresse" -
(Allan Kardec - Revista Espírita, Janeiro, 1864).
35
O passe na Casa Espírita

O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de


enfermidades físicas e espirituais junto aos necessitados
que procuram a Casa Espírita. A equipe de passeistas
deve estar alinhada no mesmo pensamento de ajudar
essas pessoas carentes de amparo.
O serviço de aplicação do passe requer critério,
discernimento, responsabilidade e conhecimento
doutrinário. É um complemento aos recursos de
automelhoramento e de reeducação espiritual utilizados
normalmente.

A Técnica do Passe Espírita

Há uma certa discussão no meio espírita sobre


como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados
movimentando-se as mãos ao redor do corpo do
indivíduo, de modo que as energias espirituais
pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros,
acham que o ato de apenas impor as mãos sobre a
cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o
passe dispensa qualquer recurso espetacular. José
Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe
é tão simples que não se pode fazer nada mais do que
dá-lo.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista
Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos médiuns
que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência
desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
36
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às
quais se deve emprestar o valor que merecem".
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma
metodologia para o passe. Cada grupo é livre para se
posicionar de um modo ou de outro, desde que sem
exageros. A técnica deve ser o mais simples possível,
evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno
do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de
trabalhar da forma que achar mais conveniente desde
que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das
duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e
condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo
que se aplique a melhor metodologia, não se
conseguirão bons resultados se o passeista for pessoa
de má índole.

Quando o Passe deve ser aplicado?

A variação das condições fluídicas perispirituais de


qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e
psicológicos, que podem dar origem a enfermidades.
Alterações psicológicas ou traumas orgânicos podem
provocar mudanças fluídicas na camada exterior do
perispírito, agravando doenças ou iniciando estados
mórbidos. Daí, a importância da terapia energética dos
passes como tratamento, mas principalmente como
profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser
aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o
procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de
ritual ou dogma.
37
José Herculano Pires - Obsessão / O Passe / A
Doutrinação

O Passe

I — Suas origens, aplicações e efeitos

O passe espírita é simplesmente a imposição das


mãos, usada e ensinada por Jesus como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do
Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as
mãos de Jesus. Mas há um passado histórico que não
podemos esquecer. Desde as origens da vida humana
na Terra encontramos os ritos de aplicação dos passes,
não raro acompanhados de rituais, como sopro, a fricção
das mãos, a aplicação de saliva e até mesmo (resíduo
do rito do barro), a mistura de saliva e terra para
aplicação no doente. No próprio Evangelho vamos a
descrição da cura de um cego por Jesus usando essa
mistura. Mas Jesus agiu sempre, em seus atos e em
suas práticas, de maneira que essas descrições, feitas
entre quarenta e oitenta anos após a sua morte, podem
ser apenas influência de costumes religiosos da época.
Todo o seu ensino visava afastar os homens das
superstições vigentes no tempo. Essas incoerências
históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele,
mas dos evangelistas. Caso, contrário, Jesus teria
procedido de maneira incoerente no tocante aos seus
ensinos e seus exemplos, o que seria absurdo.
O passe espírita não comporta as encenações e
gesticulações em que hoje envolveram alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes
38
espiritualistas de origem mágica ou feiticista. Todo o
poder e toda a eficácia do passe espírita dependem do
espírito e não da matéria, da assistência espiritual do
médium passeista e não dele mesmo. Os passes
padronizados e classificados derivam de teorias e
práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um
passado já há muito superado. Os espíritos realmente
elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas
à prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual
do passe espírita, que provém da fé racional no poder
espiritual, desaparece ante as ginásticas pretensiosas e
ridículas gesticulações.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao
alto e abertas, para suposta captação de fluidos pelo
passeista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente,
para melhor assimilação fluídica, braços e pernas
descruzados para não impedir a livre passagem dos
fluidos, e assim por diante, só serve para ridicularizar o
passe, o passeista e o paciente. A formação das
chamadas pilhas mediúnicas, com o ajuntamento de
médiuns em torno do paciente, as correntes de mãos
dadas ou de dedos se tocando sobre a mesa –
condenadas por Kardec – nada mais são do que
resíduos do mesmerismo do século passado, inúteis,
supersticiosos e ridicularizantes.
Todas essas tolices decorrem essencialmente do
apego humano às formas de atividades materiais.
Julgamo-nos capazes de fazer o que não nos cabe fazer.
Queremos dirigir, orientar os fluidos espirituais como se
fossem correntes elétricas e manipulá-los como se a sua
aplicação dependesse de nós. O passeista espírita
consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente
humilde para compreender que ele pouco sabe a
39
respeito dos fluidos espirituais – e o que pensa saber é
simples pretensão orgulhosa – limita-se à função
mediúnica de intermediário. Se pede a assistência dos
Espíritos, com que direito se coloca depois no lugar
deles? Muitas vezes os Espíritos recomendam que não
se façam movimentos com as mãos e os braços para
não atrapalhar os passes. Ou confiamos na ação dos
Espíritos ou não confiamos e neste caso é melhor não os
incomodarmos com os nossos pedidos.
O passe espírita é prece, concentração e doação.
Quem reconhece que não pode dar de si mesmo, suplica
a doação dos Espíritos. São eles que socorrem aqueles
por quem pedimos, não nós, que em tudo dependemos
da assistência espiritual.

Passe espírita

O passe é uma prática amplamente difundida entre


os espíritas, que consiste, grosso modo, na imposição
das mãos feita por um indivíduo, que recebe o nome de
passeista, sobre outro, que se acha geralmente sentado
à sua frente, num ambiente à meia-luz. Segundo
diversos teóricos e praticantes do espiritismo, o ato teria
o poder de canalizar "fluidos" ou "energias" benéficos,
oriundos do próprio passeista, de bons espíritos, ou
ainda de ambas as fontes somadas. A prática integra
habitualmente o chamado tratamento espiritual.

Conceituações

Para os dicionários [1] passes (no plural), é: ato de


passar as mãos repetidamente ante os olhos de uma
40
pessoa para magnetizá-la, ou sobre parte doente de uma
pessoa para curá-la...
Jacob Luiz Melo (op. citada abaixo) traz outras
definições sobre a cura ou tratamento espiritual pela
imposição de mãos, em especial por outras correntes
religiosas.
De um pastor colige a seguinte passagem: "...
começo a cura repousando minhas mãos suavemente
sobre a cabeça das pessoa..." [1] e, de um frei católico,
esta: "(passes...) ...são gestos rápidos e enérgicos que
são feitos pela pessoa-que-cura ao lado e ao longo do
corpo da pessoa-que-está-sendo-curada" [2]

Tipificação

A classificação dos passes varia de acordo com a


ótica pela qual este está sendo analisado.

Recebedor

O passe pode ser classificado, consoante seu


recebedor, em individual ou coletivo.
* O passe individual é aquele onde um ou mais
passeistas realizam o trabalho de imposição de mãos em
cada paciente, a cada vez.
* Será coletivo o passe quando o seu objeto for um
grupo de indivíduos.
Existem Casas Espíritas que dividem o passe
individual em passe corrente (mais simples e rápido) e
isolado (um pouco mais demorado e complexo).

Passeista
41
Ainda segundo a Doutrina Espírita, aquele que
aplica o passe pode atuar com seus fluidos apenas -
chamado anímico; ou receber auxílio espiritual, no passe
mediúnico [3]
* Anímico - será o passe em que há apenas a ação
do passeista na doação fluídica e magnética.
* Mediúnico - onde o passeista é mero instrumento
na ação do Espírito, sendo que este seria o único a atuar
fluídica e magneticamente;
* Misto - onde o processo envolveria tanto
encarnado como desencarnado.

Bibliografia

* ARMOND, Edgard. Passes e Radiações - métodos


espíritas de cura. São Paulo: Aliança, 1986.
* CURTI, Rino. O Passe (imposição de mãos) (2ª
ed.). São Paulo: LAKE, 1988.
* GURGEL, Luiz Carlos de M.. O Passe Espírita. Rio
de Janeiro: FEB, 1991.
* JACINTHO, Roque. Passe e Passeista. São
Paulo: Luz no Lar, 1991.
* MELO, Jacob. O Passe, seu estudo, suas
técnicas, sua prática. Rio de Janeiro: FEB, 1992.
* TAMASSIA, Mauro B.. Você e a Mediunidade.
Matão (SP): O Clarim, 1987.

Fontes e referências

1. Citação retirada de BLADES, Dudley. O que é a


cura?, in "A Energia Espiritual e seu Poder de Cura", cap.
VI, p. 52
42
2. Extraído de BACK, Hugolino; GRISA, Pedro A.
"As técnicas de Jesus", in A Cura pela Imposição de
Mãos, p. 74
3. Para Rino Curti (op. cit.), todos os passes são
mediúnicos, para tanto citando O Livro dos Médiuns (2ª
parte, capítulo XIV, nº 7), de Allan Kardec. Para este
autor a participação do passeista é simples interferência
anímica.

"Esclarecimento do Passe"

Passes e irradiações, magnetização da água.

"Deus, inteligência suprema, causa primeira de


todas as coisas."
Em Deus vivemos e em Deus no movemos quer
queiramos quer não, porque somos seus filhos, mais
próximos ou afastados depende da nossa casa mental.
"Jesus, guia e modelo."
Vos sois deuses, tudo o que eu faço, vós podeis
fazer e muito mais.
"Dai de graça o que de graça recebeste"
"Mas se vosso olho for mau, o vosso corpo é
tenebroso. Se, pois, a luz que está em vós não for senão
trevas, quão grandes serão essas mesmas trevas!" É
também por isso que Ele nos disse, no seu emulador e
sublime carinho."Brilhe a vossa luz."
"Jesus" Vós sois o sal da terra. Mas se o sal se
estragar, com que salgará? Já não servirá para nada a
não ser para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não é possível esconder uma
cidade situada no cimo de um monte, nem se acende
uma candeia para se pôr debaixo de uma vasilha mas
43
num candelabro para que alumie todos os da casa. É
assim que deve brilhar a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as boas obras e glorifiquem Vosso Pai,
que está no céu". (Mateus, 5:13-16).
"Compreende-se que o poder da ação fluídica não
só está na razão da força de vontade, mas sobretudo, da
qualidade do fluído introduzido e, conforme dissemos, tal
qualidade depende da instrução e das qualidades morais
do magnetizador".
"O passe é uma transfusão de energias, alterando o
campo celular"
André Luiz no livro "Nos domínios da Mediunidade"
de Francisco C. Xavier
No meio espírita ouve-se com frequência "não
preciso estudar técnicas e teorias porque Jesus impunha
as mãos e curava". Para imporem as suas teorias, não
raro falam de livros que eu creio talvez não tenham lido
ou se leram, apenas leram o que lhes convinha, como é
o caso do livro de Jacob de Melo "O Passe". Na página
16 no item 2, diz-nos o seguinte:
1. "Jesus só impunha as mãos e curava, portanto
(…) aqui já não se trata de simples falta de estudo, mas
de desconhecimento até de O Novo Testamento. Ao
longo do livro teremos oportunidade de apresentar várias
situações envolvendo a ação fluídica-magnética do
Cristo.
2. "Já faz tanto tempo que aplico assim e dá bons
resultados"; de fato nada nos impede de procedermos
sempre da mesma maneira em nossas atividades e,
ainda assim nos sairmos bem;

Comentários do mentor Áulos sobre os médiuns


passeistas.
44
Necessidades dos médiuns passeistas

"Indiscutivelmente não prescindimos do coração


nobre e da mente pura, no exercício do amor, da
humildade e da fé viva, para que os raios do poder divino
encontrem acesso e passagem por nós, a benefício dos
outros. Para a sustentação de um serviço metódico de
cura, isso é indispensável. Entretanto para o esforço
desse tipo precisam de pessoas escolhidas, com a
obrigação de efetuarem estudos especiais?
Importa ponderar, disse Áulos, convicto que em
qualquer setor de trabalho a ausência de estudo significa
estagnação. Nosso Lar (p.166-167).

Qual a maior necessidade do médium?

O médium tem obrigação de estudar muito,


observar intensamente e trabalhar em todos os instantes
pela sua própria iluminação. Somente desse modo
poderá habilitar-se para o desempenho da tarefa que lhe
foi confiada. "Cooperando eficazmente com os Espíritos
sinceros e devotados ao bem e à verdade." (Emmanuel,
O Consolador, 15 ed., pág. 392)

"Condições irradiantes"

Para falar de Passe tenho que falar das condições


de quem irradia, conforme disse Jesus no citado acima
"brilhe a vossa luz". O pensamento é sempre luz. Uma
mente poderosa intelectualizada, que pensa em ondas
de alta frequência vibratória, produz radiações, que
podem por exemplo, ser verdes ou azuis, mas o verde
45
pode ser encantador ou tétrico, e o azul pode ser
tenebroso ou sublime.
"Assim, as ondas electromagnéticas do
pensamento, carregadas das idéias e emoções do
Espírito, constituem o que se denomina fluido magnético,
que é plasma fluidico vivo, de elevado poder de ação. É
das vibrações da mente espiritual que depende a
harmonia ou a desarmonia orgânicas da personalidade
e, portanto, a saúde ou a doença do perispirito e do
corpo material". (Áureo, Universo e Vida, 4 ed. pág. 98).

" O pensamento exterioriza-se e projecta-se,


formando imagens e sugestões que arremessa sobre os
objectos que se propõe atingir. Quando Benigno e
edificante, ajusta-se as leis que nos regem, criando
harmonia felicidade. Todavia, quando desequilibrado e
deprimente, estabelece aflição e ruína. A química mental
vive na base de todas as transformações, porque
realmente evoluímos em profunda comunhão telepática
com aqueles encarnados ou desencarnados que se
afinam connosco. O pensamento espalha nossas
próprias emanações em toda a parte a que se projecta.
Deixamos vestígios espirituais, onde arremessamos os
raios de nossa mente, assim como o animal deixa no
próprio rasto o odor que lhe é característico(...)" (André
Luiz . Nos domínios da mediunidade, 18, ed, p.186, 243-
244).

"Veículo do pensamento"

"Os fluidos espirituais, que constituem um dos


estados do fluído cósmico universal, são a bem dizer, a
atmosfera dos seres espirituais. Sendo os fluidos o
46
veiculo do pensamento este actua sobre os fluidos como
o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento como o
ar nos traz o som " (Kardec, A Gênese.19.ed.,p281-283).

"Formas de exteriorização do pensamento"

Temos pensamento e vontade; (…)" (Emmanuel ,no


livro Pensamento e Vida;8,ed.,p15,17). Pensamento e
fé:"( André Luiz, no livro Nos domínios da mediunidade ,
18.ed.,p.165)" Actuação do pensamento nos centros de
força; (André Luiz, no livro Entre a terra e o céu,
13.ed.,p127). Velocidade do pensamento; " (André Luiz,
no livro. Acção e reacção, 16ed.,p70), pensamento e
distância; (André Luiz. Nosso Lar, 21,ed.,p147).
Pensamento virtude. (Emmanuel, no livro Pensamento e
vida, 9.ed.,p129-130).
Conceito e características da Aura; (…) A aura è o
espelho onde se vão reflectir todos os nossos estados de
consciência, desde os mais abnegados rasgos de
altruísmo até a mais degradante e objecta perversão
moral; desde os clarões rutilantes do génio aos trémulos
e vagos lampejos da embrionária intelectualidade do
selvagem."
(J.Freire; livro: da Alma humana, 2ed.,p205-206).
"Fotosfera psíquica, a nossa plataforma entretecida
em elementos dinâmicos, atende à cromática variada,
segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos
todos os pensamentos em cores e imagens que nos
respondem aos objectivos e escolhas, enobrecedoras ou
deprimentes. (…) André Luíz , em o livro Evolução em
dois Mundos, 13.ed.,p129-130).

"O Fenómeno Luminoso"


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"Atendimento de passes, sopro curador, alimentos,
água fluida para os dois mil enfermos que dormiam em
pesadelos naquele pavilhão. Portanto trata-se de uma
reunião de espíritos, numa cidade espiritual. "

" A prece de Ismália "

A voz de Ismália penetrava-me o recesso do


coração. Observando-a, por um momento, reparei que a
esposa de Alfredo se transfigurara. Luzes diamantadas
irradiavam de todo o seu corpo, em particular o tórax,
cujo âmago parecia conter misteriosa lâmpada acesa.
Em vista da ligeira pausa que imprimira à oração,
observei a nós outros, verificando que o mesmo
fenómeno se dava connosco, embora menos
intensamente. Cada qual parecia, ali apresentar uma
expressão luminosa, gradativa. As senhoras que
acompanhavam Ismália estavam quase semelhantes a
ela, como se trajassem soberbos costumes radiosos, em
que dominava a cor azul. Depois delas, em brilho, vinha
a luz de Aniceto, de um lilás surpreendente. Em seguida,
tínhamos Alfredo, cuja luz era de um verde suave e
sugestivo, sem grande esplendor. Depois dele vinham
alguns servidores ostentando na fonte claridades
sublimes, expressas em variadas cores, e, logo após,
Vicente e eu, mostrávamos fraca luminosidade, a qual,
porém, nos enchia de júbilo intenso, considerando que a
maioria dos cooperadores em serviço apresentava corpo
obscuro, como acontece na esfera carnal. (André Luiz o
livro Os mensageiros, p.130).
Fizera Ismália nova pausa, agora mais longa.
Enxaguei os olhos humedecidos de pranto. Suave calor,
48
todavia, apossava-se-me da alma. E tão intensa era
essa nova sensação de conforto, que interrompi a
concentração em mim mesmo, a fim de olhar em torno.
Fixando instintivamente o alto, enxerguei maravilhado,
grande quantidade de flocos esbranquiçados, de
tamanho variadíssimos, a caírem copiosamente sobre
nós que orávamos, excepto sobre os que dormiam. Tive
a impressão que eram derramados do céu sobre a nossa
fronte, caindo com a mesma abundância sobre todos,
desde Ismália ao último dos servidores. Não cabia em
mim de admiração, quando novo fenómeno me
surpreendeu. Os flocos leves desapareciam ao tocar-
nos, começando porem, a sair de nossa fronte e do peito
grandes bolhas luminosas, com a coloração da claridade
de que estávamos revestidos, elevando-se no ar e
atingindo as múmias numerosas. Ainda ai, reparava o
problema da gradação espiritual. As luzes emitidas por
Ismália eram mais brilhantes, intensas e rápidas,
alcançando muitos enfermos de uma só vez. Em
seguida, vinham as fornecidas pelas senhoras do seu
circuito pessoal. Depois, tínhamos Aniceto, de Alfredo e
dos demais. Os servos de corpo obscuro emitiam
vibrações fracas, mas visivelmente luminosas. Cada
qual, naquele instante de contacto com o plano superior,
revelava o valor próprio na cooperação que podia
prestar. (André Luiz no livro. Os mensageiros, p.132).
" Penso não restar dúvidas pela acção do
pensamento o passita pode irradiar a cor ou as cores
que ele visualizar, somos o que pensamos não é? (Mas
se ainda restam dúvidas vejamos!)

"Descrição de emanação de energia mental em


outra reunião"
49
"Entrei cauteloso, sem despertar atenção na
assembleia que ouvia, emocionadamente, a palavra
generosa e edificante de operoso instrutor da casa.
Grande número de cooperadores velava atentos. E,
enquanto o devotado mentor falava com o coração nas
palavras, os dezoito companheiros encarnados
demoravam-se em rigorosa concentração do
pensamento, elevado a objectivos altos e puros. Era belo
sentir-lhes a vibração particular. Cada qual emitia raios
luminosos muito diferentes entre si, na intensidade e cor.
Esses raios, confundiam-se à distância
aproximadamente de sessenta centímetros dos corpos
físicos e estabeleciam uma corrente de força, bastante
diversa das energias da nossa esfera. Essa corrente não
se limitava ao círculo movimentado. Em certo ponto,
despejava elementos vitais à maneira de fonte
miraculosa, com origem nos corações humanos que aí
se reuniam. As energias dos encarnados casavam-se
aos fluidos vigorosos dos trabalhadores do nosso plano
de acção, congregados em vasto número, formando
precioso armazém de benefícios para os infelizes,
extremamente apegados ainda às sensações
fisiológicas. Semelhantes forças mentais não são
ilusórias, como pode parecer ao raciocínio terrestre,
menos esclarecido quando às reservas infinitas de
possibilidades além da matéria mais grosseira." (p.12).

Face ao exposto e ainda estou só no começo o


passe será só impor as mãos?

No passe não é só impor as mãos. Temos que ter


cuidado com nosso pensamento. É bom que criemos o
50
hábito de orar. Através do pensamento até podemos
irradiar a cores, não devendo esquecer que o preto
também é cor: Disse-nos Jesus "deixai brilhar a vossa
luz"." Porquê estudar se é só impor as mãos sobre a
cabeça do nosso irmão?" (Esta acção não será por si só
um ritual?)

"A distracção mental dos encarnados vista pelos


espíritos"
"Comentários do instrutor Aniceto"
Entretanto, quem se diz concentrar, forçosamente
se refere ao acto de congregar alguma coisa. Ora, se os
amigos encarnados não tomam a sério as
responsabilidades que lhes dizem respeito, fora dos
recintos, da prática espiritista, se, porventura, são
cultores da leviandade, da indiferença, do erro
deliberado e incessante, da teimosia, da inobservância
interna dos concelhos de perfeição cedidos a outrem,
que poderão concentrar nos momentos fugazes de
serviço espiritual? Boa concentração exige vida recta.
"Por isso vos digo: Quando orardes, crede que
obtereis o que pedis e assim sucederá, Jesus" (Marcos,
11,24).

Oração e vigilância
O " orai e vigiai " de Jesus é roteiro seguro para a
preservação da integridade espiritual dos seres
humanos, em todos os processos obsessivos, uma vez
que a obsessão, atingindo-o com mais profundeza os
escaninhos da mente, causar-lhe-á o desequilíbrio.
(Martins Peralva. o livro Mediunidade e Evolução
cap.25,p.177).
51
"O passe nem sempre é uma oração. A oração,
porém, é sempre um passe, um auto passe " Roque
Jacinto no seu livro " Passes e Passitas."
E o que nos diz Kardec? " A prece, que é um
pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé,
produz o efeito de uma magnetização, não só chamando
o concurso dos bons Espíritos, mas dirigindo ao doente
uma salutar corrente fluídica."
"E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o
levantará. (...). E orai uns pelos outros, para serdes
curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do
justo."
Novo testamento livro de Tiago cap.5-vers.,13-15

"Algumas das curas efectuadas por Jesus"

Cura de um surdo e gago de Decápolis

E trouxeram-lhe um surdo que falava dificilmente; e


rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. E ele,
tirando-o a parte, de entre a multidão, meteu-lhe os
dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua, e
levantando os olhos ao céu, suspirou e disse: Efata; isto
é abre-te. Logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão
da sua língua se desfez, e falava perfeitamente. Novo
Testamento livro de S Marcos cap.7,vers.32-35.

Os dois cegos de Jericó

E eis que dois cegos, assentados junto do caminho,


ouvindo que Jesus passava, clamavam, dizendo:
Senhor, Filho de David, tem misericórdia e piedade de
nós! E Jesus parando, chamou-os, e disse: Que quereis
52
que vos faça? Disseram-lhe eles; Senhor, que os nossos
olhos sejam abertos. Então, movido de íntima
compaixão, tocou-lhes nos olhos, e logo viram; e eles o
seguiram. Novo testamento, livro de S.Mateus.
Cap.20,vers.29-34.

" Cura de um cego de nascença "

E, passando Jesus, viu um cego um homem cego


de nascença. Enquanto estou no Mundo sou a luz do
mundo. Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a sua
saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E
disse-lhe. Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o
Enviado). Foi, pois e lavou-se, e voltou vendo. Novo
testamento, livro de S.João.cap.9,vers.1-7.
Voltando há questão da imposição de mãos como
única formula de doação fluídica, porque Jesus curava
assim. O Mestre amado não curava somente através da
imposição das mãos, mas por todos os meios conforme
os acima citados e não só:
" Então lhes tocou os olhos e disse:"Faça-se
convosco assim como credes!"( Mateus ,9:29).
"Jesus teve pena deles e tocou-lhes os olhos. E no
mesmo instante viam, e o foram seguindo " (Mateus,
20:34).
"Mestre suplicou o cego, faz com que eu
veja!"Disse-lhe Jesus:"Vai que a tua fé te curou."No
mesmo instante via, e o foi seguindo pelo caminho "
(Marcos, 10:51-52).
"Jesus inclinou-se sobre ela e deu ordem à febre: e
a febre deixou-a (Lucas, 4:39).
"Jesus punha as mãos sobre deles e curava-
os"(Lucas, 4-41).
53
" Chegou-se a ele por detrás e tocou-lhe a borla do
manto e no mesmo instante cessou o fluxo de sangue "
(Lucas, 8:44).
"Esta casta não pode sair senão por meio de oração
e jejum."-Jesus. (Marcos, 9:29)

Oração – sintonia com os Planos Superiores.


Jejum-abstenção e superação dos vícios

Programação para todo o espírita. Preparação


permanente para aqueles que trabalham nas lides
desobsessivas.
"Vejamos alguns exemplos de como os discípulos
exerciam este poder"

1º "Deus operava milagres extraordinários por meio


de Paulo. Até lenços e aventais que ele usara eram
aplicados aos enfermos, e as moléstias fugiam deles e
os espíritos malignos saíam" (Actos, 19:11-13)."Já não
sou eu que vivo mas o Cristo que vive em mim".
"Também alguns dos exorcistas judeus, que
percorriam o país, tentaram invocar o nome de Jesus
sobre os endemoninhados, dizendo:"Esconjuro-vos por
Jesus, a quem Paulo anuncia."Quem isto praticava eram
os sete filhos de um tal Ceva, sumo-sacerdote judeu. O
espírito maligno, porem, replicou-lhes: "Conheço a
Jesus, sei quem é Paulo; mas vós quem sois?" E com
isto o homem possesso de espírito maligno investiu
contra eles, subjugou dois deles e a tal ponto lhes fez
sentir o seu poder que, nus e feridos tiveram de fugir
daquela casa " (Actos, 19:13;16).
Observemos agora outra passagem no livro de
(Lucas 9:49;50. E, respondendo João disse Mestre,
54
vimos um que, em teu nome, expulsava os demónios, e
lho proibimos, porque não segue connosco. E Jesus lhes
disse: não o proibais, porque, quem não é contra nós é
por nós.

"Conforme podemos constatar o ascendente moral


esse é que importa "

"Assim como o Cristo disse:" Não vim destruir a lei,


porém cumpri-la ", também o Espiritismo diz:"Não venho
destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina
em contrário ao que o Cristo ensinou".
" O Cristo Jesus como podemos constatar nos
textos acima nunca criou ritual"
" Note-se os ensinos acima referidos foram retirados
do "Livro de passes de Jacob de Melo; O livro curso de
Passe, Editora Auta de Sousa; O Livro Desobsessão por
Corrente Magnética, da Editora Auta de Sousa; o Livro
Obsessão e desobsessão de Suely Caldas
Schubert."Cujas referencias são feitas aos diversos livros
de Chico Xavier e da própria codificação de Allan
kardec."Bem como da própria Bíblia.
Os Espíritos esclarecem: "A prática do bem pode
assumir as fórmulas mais diversas. Sua essência,
porém, é sempre a mesma diante do Senhor."
(Emmanuel, O Consolador, perg.100).

"Cura de um homem que tinha uma das mãos


mirradas "

E os escribas e fariseus atentavam nele,se o curaria


no sábado,para acharem de que o acusar.Mas ele bem
conhecia os seus pensamentos;e disse ao homem que
55
tinha a mão mirrada:Levanta-te fica de pé,no meio.E
levantando-se ele,ficou em pé.Então Jesus lhes
disse:Uma coisa vos hei-de perguntar:é lícito nos
sábados fazer bem,ou fazer mal?Salvar a vida ou matar?
E, olhando para todos em redor,disse ao
homem:Estende a tua mão .Ele assim o fez,e a mão lhe
foi restituída sã como a outra :E ficaram cheios de ira ,e
uns com os outros conferenciavam sobre o que fizera
Jesus.E eu pergunto?É lícito aplicarmos o conhecimento
de técnicas e processos magnéticos que os mentores
Espírituais nos trouxeram através da psicógrafia de
Chico Xavier nos livros abaixo citados para auxiliar os
nossos irmãos?Se não é lícito porquê a Espiritualidade
trouxe esse conhecimento ,será que foi para distrair o
nosso irmão Chico Xavier,ou será que,estamos como os
escribas e fariseus?Jesus perante o insucesso dos
discipulos,não lhes disse vós não conseguintes curar
porquê o seu carma não o permitiu,mas lhes disse por
causa da vossa pouca fé,esta casta só sai com oração e
jejum ou será que não sabemos o que isto quer dizer ?
Depois de os curar dizia-lhes vão e não pecam mais
para que não lhes suceda pior."Fora da caridade não há
salvação"
"Vendo Jesus que o povo se aglomerava cada vez
mais numeroso, ameaçou ao espírito impuro dizendo:
espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não
tornes a entrar nele!"Por entre gritos e violentas
convulsões saiu dele " (Marcos, 9:25-26).
Segundo Kardec, para que ocorra o tratamento das
afecções obsessivas (individuais ou colectivas), è
necessária uma tríplice acção:
1ºA acção fluídica liberta o perispírito do doente da
pressão do espírito Malévolo;
56
2ºO ascendente moral exercido sobre este ultimo
pela autoridade que sobre ele dá a autoridade moral;
3ª Influencia moralizadora dos conselhos que se
lhes dá.

O Codificador nos ensina:

" E muito comum a faculdade de curar pela


influência fluídica e pode desenvolver-se por meio de
exercício; mas, a de curar instantaneamente, pela
imposição das mãos, essa é rara e o seu grau máximo
se deve considerar excepcional." (a Génese,
cap.14,item34)
"Espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento,
instrui-vos, eis o segundo. Todas as verdades se
encontram no Cristianismo; os erros que nele se
enraizaram são de origem humana; (…).".
No dizer de Emanuel, Jesus nos deu a primeira
lição. Estudando e praticando chegaremos a outras
lições; hoje, a nós ministradas pelos Espíritos, ou às
grandes vozes do céu."
Em o Novo Testamento no livro de João cap.14vers
-14. Nos diz o seguinte.
" Em verdade em verdade, vos digo: Quem crê em
mim fará as obras que eu faço, e fará obras maiores que
esta."
Que faríamos nós se alguém na casa espírita cura-
se cuspindo? Decerto falaríamos na falta de higiene que
as técnicas não são espíritas, mas o que diria o cego se
volta-se a ver! Daria Glória a Deus, raros seriam os
espíritas que diriam este médium crê em Deus, estuda e
aplica os ensinos dos espíritos. A sua boca deve ser
Santa. Para que os espíritos o assistam desta maneira.
57
"Técnicas de sopro"

Vejamos as elucidações de (André Luiz. no livro Os


mensageiros, 25,ed.104-105). Psicografia;
Francisco cândido Xavier. (…) O sopro curador,
mesmo na Terra, é sublime privilégio do homem. No
entanto, quando encarnados, demoramo-nos muitíssimo
a tomar posse dos grandes tesouros que nos pertencem
(…) Quem pudesse compreender, entre as formas
terrestres, toda a extensão deste assunto, poderia criar o
mundo os mais eficientes processos soproterápicos. (…)
-Como o passe, que pode ser movimentado pelo
maior número de pessoas, com benefícios apreciáveis,
também o sopro curativo poderia ser utilizado pela
maioria das criaturas com vantagens prodigiosas.
Entretanto, precisamos acrescentar que, em qualquer
tempo e situação, o esforço individual é imprescindível.
(…). Nos círculos carnais, para que o sopro se afirme
suficientemente, é imprescindível que o homem tenha o
estômago sadio, a boca habituada a falar bem, com
abstenção do mal, e a mente recta, interessada em
auxiliar. Obedecendo a esses requisitos, terrenos o
sopro calmante e revigorador; estimulante e curativo.
Através dele, poder-se-á transmitir, também na Crosta, a
saúde o conforto e a vida. (…) No plano carnal, toda
boca, santamente intencionada, pode prestar apreciáveis
auxílios divinos, transmitindo fluidos vitais de saúde e
reconforto."

Como deve ser recebido e dado o passe?

58
Emmanuel responde a está pergunta no livro O
Consolador (perg.99)." O passe poderá obedecer à
formula que forneça maior percentagem de confiança,
não só do que dá como a quem o recebe. Devemos
esclarecer, todavia, que o passe é a transmissão de uma
força psíquica e espiritual, dispensando qualquer
contacto físico na sua aplicação."

Incorporação durante o passe

Do paciente – Roque Jacinto diz-nos: "O momento


do passe, pois, não é o de evocação.
"Não é o de doutrinação dos desencarnados.
"Não é o de orientação formal ao enfermo
André Luís também reportou: "Interromper as
manifestações mediúnicas no horário de transmissões
do passe curativo.
"Pois disciplina é a alma da eficiência".
(O livro Conduta Espírita).
Quando o paciente trouxer o hábito de
manifestações indisciplinadas caberá ao passita leva-lo a
desconcentrar-se.
Utilizam-se os espíritos de Técnicas e processos
magnéticos, durante os trabalhos que desenvolvem?
Porque, se as utilizarem, não há por que não as
empregarmos também.

1ª." (…) Anacleto assumiu nova atitude, dando-me a


entender que ia favorecer suas expansões irradiantes e,
em seguida, começou a actuar por imposição. (…). Foi
então que o magnetizador espiritual iniciou o serviço
mais activo do passe, alijando a maligna influência. Fez
o contacto duplo sobre o epigastro, erguendo ambas as
59
mãos e descendo-as, logo após, morosamente, através
dos quadris até os joelhos, repetindo o contacto na
região mencionada e prosseguindo nas mesmas
operações por diversas vezes." (Missionários da Luz, p,
330).
2º."Anacleto continuou de pé aplicou-lhe um passe
longitudinal sobre a cabeça, partindo do contacto simples
e descendo a mão, vagarosamente, até à região do
fígado. (…)." (Missionários da luz, p.330)
3º."Logo após, muito cuidadosamente, actuou por
imposição de mãos sobre a cabeça da enferma, como se
quisesse aliviar-lhe a mente. Em seguida aplicou passes
rotatórios na região uterina." (Missionários da Luz, p,
332).
4º."Clarêncio, porem, submeteu-a a passes
magnéticos de longo curso, prometendo que a medida
se faria seguir das melhoras necessárias." (Entre a terra
o Céu, 12,ed.,p189).
5º."Jerónimo, (…). Começou aplicando passes de
restauração ao sistema de condução do estímulo, (…).
Em seguida, forneceu certa quantidade de forças ao
pericárdio, (…). Logo após, meu orientador magnetizou,
longamente, a zona em que se localizava o tumor
(…)."Obreiros da vida Eterna, 21.ed.,p262).
6º." A Entidade compassiva, utilizando-se da técnica
longitudinal com pequenas variações, demonstrando,
porém, profundo conhecimento dos centros de força, no
corpo e no perispirito, operou, dispersando, a principio,
as construções mentais perniciosas e desencharcando-
lhe o psiquismo de fluidos prejudiciais, para, logo após,
recompor-lhe o equilíbrio, mediante a doação de energia,
facilmente assimilada pelo organismo." (Loucura e
Obsessão, 2.ed.,p65).
60
7º."A Benfeitora (Irmã Angélica) aplicou-lhe passes
longitudinais. Detendo-se mais na área do epigastro e,
em poucos segundos, ele se exteriorizara, denotando as
sensações traumatizantes que o acto produzira no corpo,
alcançando os tecidos subtis do Espírito pelo processo
automático da acção – reacção." (Painéis da Obsessão,
p.41).
8º."Atentos às instruções do Orientador Espiritual,
acercamo-nos do sofredor em desvario e aplicamos-lhe
passes cuidadosos, anestesiantes." (Grilhões Partidos,
3ed.,p143).
9º."Como o passe, que pode ser movimentado pelo
maior número de pessoas, com benefícios apreciáveis,
também o sopro curativo poderia ser utilizado pela
maioria das criaturas, com vantagens, prodigiosas."( Os
Mensageiros ,17.ed.,p.105).
10º."Quando oportuno, adicionar o sopro curativo
aos serviços do passe magnético, bem como o uso da
água fluidificada, do auto passe, ou da emissão de
forças socorristas, a distancia, através da oração. O bem
eterno é bênção de Deus à disposição de todos."
(Conduta Espírita, 12.,p104).
"Todos estes itens são de livros psicografados por
Francisco Cândido Xavier ,um homem cujo
sobrenome :é o amor , a sua vida foi e será sempre um
exemplo para todos os médiuns ,será que os livros não
prestam?Mas se são bons para que estes ensinos dos
espirítos ?"Quanta falta faz o estudo meu Deus ".

"Uso dos passes dispersivos no Mundo Espiritual"

Citações do espírito Filomeno de Miranda: "A


Mensageira aplicou-lhe passes de dispersão fluídica,
61
desintoxicando-o, numa tentativa de arranca-lo do
estado de hibernação profunda, no qual se recolhera
buscando esconder-se da própria consciência." O livro
de Divaldo Pereira Franco "O Despertar de Aderson."
Outra ainda:" A princípio com movimentos rítmicos e
em direcção longitudinal, desembaraçou o enfermo das
energias absorvidas e dos miasmas venenosos que lhe
empestavam o organismo,como a desintoxicar as
células, facilitando-lhes a remoção. Foram mais
cuidadosamente atendidos os centros coronário,
cardíaco e gástrico, que exteriorizavam coloração escura
e fluido pastoso, letal. Em seguida, passou a transferir-
lhe as forças restauradoras, mediante a imposição das
Mãos nas referidas áreas que, lentamente foram
absorvendo energia salutar e mudando de cor, irradiando
para todo o corpo as vibrações de reequilíbrio. Logo
após, foi magnetizada a água, que lhe foi oferecida em
pequena dose e se encerrou o labor da caridade
fraternal."

"A Distancia e a Velocidade "

a) Quanto mais perto (dos limites da aura)


passarmos as mãos, mais energéticos, mais activantes
serão os passes;
b) Quanto mais distantes mais calmantes serão os
efeitos;
c) Quanto mais lentos, mais concentrados de
fluidos; e
d) Quanto mais rápidos mais dispersivos.

62
"A importância do Dispersivo"

"É indispensável que seja feita uma dispersão, a


qual corresponderia à anti-sepsia hospitalar. Disso tudo
ressalta-se que, quase sempre, antes da aplicação
efectiva do passe, é necessário um dispersivo pois
dessa forma se eliminara (ou se reordenara), no
paciente, uma camada fluidica nociva que lhe está
agregada, com isso facilitando o acesso das energias
renovadas do agente doador. Por sua vez restará uma
percepção mais táctil". Mais palpável" do foco de
desequilíbrio quando actuando de um "tato-magnético "
procedido de um dispersivo. Michaelus in "Magnetismo
Espiritual".

" O Passe a Distância " (Irradiações).

"Jesus também fez curas a distância:" Rogou-lhe o


oficial: Senhor, desce, antes que meu filho morra."Vai,
disse-lhe Jesus teu filho vive. O homem creu na palavra
de Jesus e partiu."Já ele descia, quando os seus servos
lhe vieram ao encontro, anunciando-lhe que o filho
vivia."Então indagou deles a hora o seu filho se sentira
melhor. Informaram: Ontem a hora sétima a febre o
deixou."Com isto reconheceu o pai ser aquele
precisamente a hora em que Jesus lhe disse: Teu filho
vive; e creu ele e toda A sua casa."
(João, cap.4 vers., 49-53).

"Ensina Martins Peralva que " No passe a distância,


que é uma modalidade de irradiação, o médium,
sintonizando-se com o necessitado, a distância, para ele
canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos."E
63
continua:" nas chamadas "sessões de irradiação ", os
doentes são beneficiados á distância, não somente em
virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos
encarnados, como pelos energias extraídas dos
presentes, pelos cooperadores espirituais (…)".

" O Prâna colorido pelo pensamento do emissor


pode ser projectado a pessoas ausentes (…) e dessa
forma se podem obter curas " (Yogue Ramacháraca).

"A cura prânica a distância é semelhante à cura


prânica realizada perto do paciente "., tal como diz a
máxima esotérica de que "A energia segue o
pensamento" (Choa Kok Sui) "Cura prãnica à distancia".

"Um caso de cura à distância ocorrido recentemente


no Cenáculo Espírita Isabel de Aragão"

Uma menina no Canada de 3 anos que nunca falou,


filha da sobrinha duma trabalhadora do Cenáculo,
encontrava-se inclusive a fazer terapia da fala sem os
menores resultados e os médicos sem saber o que fazer.
Inclusive tinha que integrar uma escola especial, os
Médicos apôs terem feito uma serie de exames,
associaram o problema da menina ao parto que tinha
ocorrido com dificuldades A médium pediu os dados da
menina a fotografia e falou com a nossa irmã e disse-lhe
que o caso é de origem espiritual, a avó da parte do pai
faleceu, e encontra-se junto á menina, esta diz não saber
se tal havia sucedido, fala com a sobrinha facto
confirmado, a senhora tinha falecido pouco tempo antes
de a menina nascer. Os trabalhos de irradiação
começam a ser feitos no Cenáculo, em favor da menina
64
e da avó que tinha partido, quando para espanto dos
pais a menina começa a falar, hoje encontra-se numa
escola normal, perfeitamente integrada.

" Vibrações Mentais fluidas e Choque Anímico"

"Isto se compreende tanto melhor quando o poder


dos fluidos está em relação directa
Sabemos ainda que uma descarga fluídica feita
sobre um obsessor por vários espíritas, por meio da
cadeia magnética, pode romper o laço fluídico que o liga
ao obsessor e torna-se para este último um remédio
moral muito eficaz, provando-lhe a sua impotência.

"André Luiz e a Questão das Mãos "


"Cadeia magnética formada com o contacto das
mãos"
André Luiz nos apresenta uma reunião de
desobsessão onde serão atendidos vários espíritos
rebeldes, difíceis, violentos alguns. Assim descreve ele o
seu espanto:"Observei que muitos servidores de nossa
esfera (espiritual) mantinham-se de mão dadas,
formando extensa corrente protectora da mesa
consagrada aos serviços da noite. O quadro era para
mim uma novidade. Alexandre, porém, explicou-me
discreto:" Trata-se da cadeia magnética necessária à
eficiência de nossa tarefa de doutrinação. Sem essa
rede de forças positivas que opera a vigilância
indispensável, não teríamos elementos para conter as
entidades perversas e recalcitrantes." (…) Sentindo
agora, o ambiente em que se achava. Marinho quis
recuar, mas não pôde. A fronteira vibratória estabelecida
65
pelos nossos colaboradores, a reduzida distância da
mesa da fraternidade, impediu-lhe a fuga."

"As Mãos como Aparelho de Recepção"


Desejava investigar mais a fundo as impressões
que lhe assaltavam o campo físico, e observei-lhe,
então, todo o busto, inclusive braços e mãos. Sob
vigorosa onda de força, (…)." Livro Domínios da
Mediunidade p.47).

"O Instrutor Áulos conclui:


"Tais estímulos (recepção vibratória) se expressam
ainda pelos mecanismos das mãos e dos pés, ou pelas
impressões dos sentidos e dos órgãos, que trabalham a
feição de guindastes e condutores, transformadores e
analistas, sob o comando da mente." (p.50)
Isto se compreende tanto melhor quando o poder
dos fluidos está em "relação directa com o adiantamento
moral daquele que o emite."
O "choque anímico tem a sua razão de ser e quanto
a isso, devemos louvar o pioneirismo de Edgar Armond.
O Espírito Felinto, destacado para atender os espíritos
obsessores que vinham ao tratamento,"retirando-os da
ociosidade ou da exploração viciosa aos semelhantes
ainda domiciliados no corpo físico "disse:"Aplicamos-lhes
o choque anímico, antes de outras providências."-
Choque anímico?! (…) (perguntou, espantado, o
Philomeno).".(…) Da mesma forma que, na terapia de
electrochoque, aplicada a pacientes mentais, os espíritos
que se lhes imantam recebem a carga de electricidade,
deslocando-se com certa violência dos seus
hospedeiros, aqui aplicamos, através da psicofonia
66
atormentada, que preferimos utilizar com o nome de
incorporação, por parecer-nos mais compatível com o
tipo de tratamento, empregado, e colhemos resultados
equivalentes.

" O Passe de Pasteur "

Busquemos as obras do engenheiro "Edgard


Armond ou de Moarcyr Petrone". "Os passes
padronizados foram criados sob a orientação dos
Espíritos Benfeitores, de acordo com os conhecimentos
científicos do corpo físico e do corpo espiritual,"Para
cada" Casa deve-se estudar a sua adequação sob a
orientação do Plano Espiritual Superior ",
.
Por sua vez, Edgard Armond diz:" Os trabalhos
denominados de Pasteur " criados para isso na
Federação Espírita d S.Paulo, são uma aplicação do
processo (de cura) e os resultados têm sido bons.".

" A Água Fluidificada "

Lugares não recomendados


Quase fazendo coro à ultima citação de Michaelus,
André Luiz nos adverte para se "Proibir ruídos quaisquer,
baforadas de fumo, vapores alcoólicos, tanto quanto
ajuntamento de gente ou presença de pessoas
irreverentes e sarcásticas nos recintos para assistência e
tratamento espiritual".Pois "De ambiente poluído, nada
de bom se pode esperar ". Waldo Vieira. (Conduta
Espírita)
O lar não é recomendado para se fazer tratamento
fluídico, notadamente quando se trata de problemas
67
obsessivos. Nos lembra Suely Caldas Schubert.
(obsessão e desobsessão).

"Fluidificação ou magnetização da água"

"A fluidificação da água deve ser sempre realizada


no ambiente dedicado ao passe.Quanto à fluidificação
pode ser realizada espiritualmente ou através de um
passita com equilíbrio, físico e espiritual.
(Gurgel, (O passe espírita, p.126-127).

" A Água no plano espiritual"

Na Terra quase ninguém cogita seriamente de


conhecer a importância da água. Em " Nosso lar ",
contudo, outros são os conhecimentos. Acontece, porem,
que só os Ministérios da União Divina são detentores do
maior padrão de Espiritualidade Superior, entre nós,
cabendo-lhes a magnetização geral das águas do rio
Azul, a fim de que sirvam todos os habitantes do" Nosso
Lar".
(…) o mar equilibra-lhe a morada planetária , o
elemento aquoso fornece-lhe o corpo físico ,a chuva dá-
lhe o pão ,o rio organiza-lhe a cidade ,a presença da
água oferece-lhe a bênção do lar e do serviço ;
entretanto, ele sempre se julga o absoluto dominador do
mundo, esquecendo que é filho do Altíssimo, antes de
qualquer consideração. Virá tempo, contudo em que
copiara nossos serviços, encarecendo a importância
dessa dávida do Senhor: Compreenderá, então que a
água, como fluido criador, absorve, em cada lar: as
características mentais de seus moradores. A água no
mundo, meu amigo, não somente carreia os resíduos
68
dos corpos, mas também as expressões da nossa vida
mental. Será nociva nas mãos perversas. Útil nas mãos
generosas e, quando em movimento, sua corrente não
só espalhara bênçãos de vida, mas constituirá
igualmente um veículo da Providência Divina,
absorvendo amarguras, ódios e ansiedades dos homens,
lavando-lhes á casa material e purificando-lhes a
atmosfera íntima " André Luiz, Nosso Lar, 21.ed,p.61-63).
Meditando no texto acima poderemos compreender
melhor o porquê da não fluidificação da água no lar,
sobretudo a criaturas com problemas obsessivos.

"Busquemos o Codificador; nos diz ele que na


mudança das propriedades da água, por obra da
vontade," O Espírito actuante é o do magnetizador,
quase sempre assistido por outro espírito. Ele agora
opera uma transmutação por meio do fluido magnético
que (…) é a substância que mais se aproxima da matéria
cósmica, ou elemento Universal. Ora, desde que ele
pode operar uma modificação nas propriedades da água,
pode também produzir um fenómeno análogo com os
fluidos do organismo, donde o efeito curativo da acção
magnética, convenientemente dirigida "
"Dona Antonina colocou sobre a toalha muito alva
dois copos de água pura ,tomou um exemplar do Novo
Testamento e sentou-se .A dona da casa repartiu com os
pequenos alguns cálices de água cristalina que Hilário e
eu magnetizáramos (…)"
André luiz , Entre a terra e o céu,13,ed.,p.37-41).
Muitos companheiros espíritas reportam-se a
fluidificação das águas nos lares a partir do texto acima
mencionado, só que se esquecem que isto exige vida
recta e a observância do evangelho nas suas vidas, não
69
é para quem chega ao centro com problemas graves,
(fumadores, alcoólicos, drogados e criaturas com graves
problemas obsessivos) André Luiz,( Nos reporta em texto
acima já mencionado de ambientes poluídos nada de
bom se pode esperar).

"O Apostolo Paulo nos diz tudo nos é licito mas nem
tudo nos convêm"

" O C.E.I.A. esclarece; não temos médiuns a nos


trazer receituários através dos espíritos muito menos
passes a cores, mas nos cursos de passes efectivados
nesta Casa, esclarecemos que tudo está na acção do
pensamento, podemos irradiar a cores, o que quisermos
e o perigo que se corre quando os trabalhadores se
ausentam, através dele, " o pensamento " daí que sem
estudo as criaturas estagnam, por isso os que não
estudam não trabalham no Cenáculo."
Emmanuel (Missionários da Luz, prefacio):" Se a
leitura te assombra, se as afirmativas do mensageiro te
parecem revolucionárias, recorre à oração e agradece ao
Senhor o aprendizado, pedindo-lhe que te esclareça e
ilumine, para que a ilusão não te retenha em suas
malhas. Lembra-te de que a revelação da verdade é
progressiva. (…).

" A Verdadeira crítica "

Allan kardec, em o livro dos Médiuns "A verdadeira


crítica deve produzir provas não somente de erudição
como também de um saber profundo acerca do objectivo
de que se trata, de um julgamento e de uma
imparcialidade a toda a prova; (…)."
70
Adverte-nos quanto à necessidade de estudo:"mas
então, quando não se tem tempo de estudar uma coisa,
que não se fale dela e ainda menos não a julguem se
não querem ser acusados de leviandade; ora, se
ocuparmos um lugar na ciência, menos seremos
desculpados por tratar levianamente de um assunto que
não conhecemos."

" Templos do Amor e da Fraternidade ou Meros


Clubes"

Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus


frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem
de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de
aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se
desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez
do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do
estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam
forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e
ainda onde, em vez de cerimonias ou passa tempos
mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os
seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um
Centro assim, fiel observador dos dispositivos
recomendados de inicio pelos organizadores da filosofia
espírita, será detentor da confiança da Espiritualidade
esclarecida, a qual o elevara à dependência de
organizações modelares do Espaço, realizando-se
então, em seus recintos, sublimes empreendimentos,
que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da
Vida.Sòmente esses, portanto, serão registados no
Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do
Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas
experiencias espíritas, porque os demais, ou seja
71
aqueles que se desviam para normas ou práticas
extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço,
considerados meros clubes onde se aglomeram
aprendizes de o espiritismo em horas de lazer. (Dramas
da Obsessão, p.146).

"O Espiritismo é Cristianismo Redivivo"

Como eram formadas as primitivas Igrejas do


Cristianismo e como eram os homens que há frente
delas se encontravam? No dizer do Apostolo Paulo os
ministros de Deus, tinham que ser irrepreensíveis,
marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar. Não dado a vinho, não
cobiçoso de torpe ganância, mas moderado; não
contencioso, não avarento. Que governe bem a sua
própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
modéstia. (porque se alguém não sabe governar a sua
própria casa, terá cuidado da Igreja de Deus?)
Jesus em o livro de S.Mateus cap23:23-24.
"Aí de vós escribas e fariseus , hipócritas !pois que
dizimais a hortelã ,o endro e o caminho desprezam o
mais importante da lei , o juízo , a misericórdia e a fé ;
deveis , porém , fazer estas coisa , e não omitir
aquelas .Condutores cegos!Que coais um mosquito e
engolis um camelo".
Nota: As imagens acima exibidas não são
propriedade do C.E.I.A. Foram retiradas do google, se
estiverem infrigir direitos de autor, contacto-nos,
retiraremos as devidas imagens.

72
As técnicas do passe - Aluney Elferr Albuquerque
Silva

Antes de adentrarmos nas técnicas mais comuns do


passe, direcionadas para as mais diversas
necessidades, existe um ponto de muita importância que
Jacob Melo nos avisa em Seu Livro "Manual do
Passista". No momento da aplicação em si, os passistas
poderão sentir através de leves roçaduras ou impressões
nas pontas dos dedos ou nas palmas das mãos, os
fluidos sendo emanado e a experiência nos mostra que
realmente acontece, há passistas que sentem no centro
da palma da mão uma impressão diferente no momento
da aplicação, todavia há ainda outros que sentem a
mesma impressão nas pontas dos dedos. Jacob Melo,
no Livro supracitado, nos informa que aqueles que
sentem estas impressões na ponta dos dedos, poderiam
sem chamados de Médiuns Passistas Digitais, e os que
sentem esta leve impressão nas palmas das mãos,
seriam os Médiuns Passistas Palmares. Gostaríamos
ainda, de deixar claro que os médiuns que já militam
nessa área e que não sentem estas impressões, de
forma alguma devem pensar que não existe intercâmbio
de fluidos em seus passes, diríamos que estas
sensações também se adquirem por prática e dependem
de outros fatores na sensibilidade de cada um.
E as mãos deverão ficar conforme o passista se
sinta mais tranqüilo e relaxado para desenvolver a
aplicação, continuando assim, com o modo pelo qual o
médium praticava tal aplicação.

DIAGNÓSTICO OU TATO - MAGNÉTICO


73
O primeiro passo realmente, levando em
consideração que no momento do passe estamos na
condição de verdadeiros intermediários, seria conhecer
um pouco mais o irmão que comparece para o passe,
tratando de posicionar as mãos ou a mão primeiramente
sobre o coronário e depois paulatinamente descer, sem
se demorar muito, no intuito de sentir as vibrações do
campo vibratório do paciente, as oscilações do seu tônus
vibratório, as emanações de seu corpo perispiritual,
tendo em vista até mesmo descobrirmos pontos no
organismo com vibrações diferenciadas e problemáticas,
mentalmente não estamos doando nada, por enquanto
somente reconhecendo o paciente, entrando em relação
fluídica com o paciente. Esta técnica também se
desenvolve através da prática. Facultando os médiuns
encontrarem campos em desequilíbrio do paciente,
alguns passistas através desta técnica detectam
informações valiosas e que muito auxiliam no tratamento
fluidoterápico. Utilizando dispersivos para assim, de uma
certa maneira podermos "clarear" o campo vibratório do
paciente e conseqüentemente localizar com maior
facilidade as desarmonias existentes. Façamos uma
rápida comparação da utilidade dos dispersivos nesta
técnica: se uma pessoa esta com problemas na região
gástrica, seu campo vibratório ficará desorganizado.
Fazendo uso do tato-magnético neste momento
poderemos captar uma desorganização é claro,
generalizada e não local ou até mesmo verificar que ele
se encontra mais sério na região do abdômen, mas se
fizermos um dispersivo agiremos diretamente nos fluidos
desordenados, ordenado-os e até mesmo extrairemos os
mesmo que envolvem o corpo deixando o foco em
74
desarmonia, mas acessível ao nosso tato. Da mesma
forma quando fazemos um curativo, primeiramente
assepsiamos e depois cuidamos do foco infeccionado.

EMANAÇÃO DE FLUIDOS

Em "A GÊNESE - CAP. XIV - ITEM 33", Kardec nos


demonstra que "a ação magnética pode produzir-se por
diversas formas:"

1. Pelo próprio fluido do magnetizador (Passista) – é


o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo
humano, cuja ação é subordinada à potência e
sobretudo à qualidade do fluido.
2. Pelos fluidos do Espírito (desencarnado). – atuam
diretamente e sem intermediários sobre o encarnado,
seja para curar ou acalmar um sofrimento, seja para
provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para
exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral
qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja a qualidade
está na raiz das qualidades do espírito.
3. Pelos fluidos do Espírito (desencarnado)
combinando com os fluidos do magnetizador (Passista).
– fluidos derramados sobre o magnetizador e ao qual ele
serve de condutor. É o magnetismo misto, semi-espiritual
ou, se assim melhor nos expressamos, humano-
espiritual. Vemos neste, o fluido espiritual, combinado
com o fluido humano, dando à este último as qualidades
que lhe faltam. O auxílio dos espíritos, em tais
circunstâncias, é por vezes espontâneo, porém com
mais freqüência é provocado pelo apelo do
magnetizador.
75
Conforme já verificamos, o pensamento e a vontade
exercem ação preponderante sobre os fluidos.
Verificamos também, que a ação dos Espíritos é
que realmente dá eficácia curadora, no magnetismo, aos
fluidos humanos.
Dessa forma é importante a conscientização, em
nossas Casas Espíritas, dos médiuns passistas e
mesmo daqueles caracterizados como curadores, de que
são os Espíritos que provocam as curas, servindo o
médium como intermediário, pois são eles, os Espíritos
quem aumentam, dirigem e qualificam nossos fluidos.
Pesquisando Kardec, vamos encontrar na Revista
Espírita - Ano Vii - Jan. 1864 - Pag. 7, importante estudo,
que nos elucida no assunto, quando nos diz:
..."Em geral o que magnetiza (Passista) não pensa
senão em desdobrar essa força fluídica, derramar seu
próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus
cuidados. SEM se ocupar se há ou não uma Providência
interessada no caso, tanto ou mais que ele. AGINDO
SÓ, não pode obter senão o que a sua força, sozinha,
pode produzir; ao passo que os médiuns curadores
começam por elevar sua alma a Deus, e a reconhecer
que, POR SI MESMOS, nada podem... Esse socorro que
envia, são os bons Espíritos que vem penetrar o médium
de seu fluido benéfico, que é transmitido ao doente... e,
que são devidas simplesmente à natureza do fluido
derramado sobre o médium; ao passo que o
magnetizador (passista) ordinário se esgota, por vezes
em vão, a fazer passes, o médium curador infiltra um
fluido regenerador pela simples imposição de mãos,
graças ao concurso dos bons Espíritos".

76
Continuando, à pag. 8 da mesma Revista Espírita,
encontramos:

..."Na ação magnética propriamente dita, é o fluido


pessoal do magnetizador que é transmitido, e esse
fluido, que não é senão o perispírito, sabe-se que
participa sempre, mais ou menos, das qualidades
materiais do corpo, ao mesmo tempo que sofre a
influência do Espírito..."
Verificamos dessa forma, que não há diversos tipos
de Passes. Nos trabalhos de socorro ao próximo,
sempre, estaremos secundados pelos Espíritos.
Assim, o Passe possui um único tipo, que podemos
designá-lo, se assim o desejarmos de humano-espiritual,
dado à simbiose que sempre haverá entre encarnados e
desencarnados, mormente nesse campo de atividade.

TIPOS DE PASSE

IMPOSIÇÃO

Trata-se de técnica concentradora de fluidos,


dependendo da distancia da aplicação efetuada,
funcionará como concentradora e bastante ativante se
aplicado de perto do paciente - e calmante se aplicado
de longe do paciente, desta forma descarregando fluidos
pesados, facilitando a circulação sangüínea.
A forma de executá-lo é muito simples; posiciona-se
a (s) mão (s) sobre o lugar onde se deseja fazer a
aplicação fluídica, sem movimentos e sem algum toque
no paciente. A (s) mãos devem ficar abertas, com os
dedos levemente afastados um dos outros, dificultando
assim, as contrações musculares nas mãos.
77
Os passistas digitais, que acima explicamos vão
tender a deixar os dedos levemente baixos em direção
ao ponto de será fluidificado, e os passistas palmares
concentrarão melhor as palmas das mãos, com os dedos
sem qualquer arqueadura.

Observações importantes:
As imposições, quando se tratando de inflamações,
infecções e cânceres, requerem a aplicação de passes
dispersivos ou de distribuição na localidade onde foi
efetuada a fluidificação:
Mas qual a função neste particular dos passes de
distribuição ou dispersivos?

1 acelerar de certa forma a absorção dos fluidos


pelo a área afetada pela infecção ou inflamação e
2 evitar que algumas emanações fluídicas
desarmonizadas da área afetada impregnem as mãos do
passista, sobretudo lembrando que a concentração por
imposição gera um elevado campo magnético, com isso
uma grande corrente de energia circulando entra as
mãos do passista e a região onde se esta fluidificando.
A imposição carrega de fluidos e por ser
caracteristicamente concentradoras esta técnica, sendo
praticada onde se demora muito sobre o coronário
podem provocar tonturas dores de cabeça no paciente,
ações irritantes sobre o sistema nervoso, podendo
ocasionar sérios embaraços magnéticos, neste caso
também recomendamos, os dispersivos intercalados
com as imposições nas áreas fluidificadas, buscando
evitar essas sensações, pois como veremos abaixo os
dispersivos ou como é costumeiramente chamado os
passes de limpeza ou distribuição, auxiliam realmente na
78
maior assimilação e distribuição energética por todo o
corpo, como também na retirada dos excessos.

PASSES LONGITUDINAIS

Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo,


de cima para baixo. A base fundamental desta aplicação
é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do
passista e veiculado pelas suas mãos, transmite-se ao
corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.
Os passes longitudinais movimentam os fluidos e os
distribuem, mas quando ultrapassam as extremidades
( pés e mãos), os descarregam.
Conforme o nome sugere a direção de sua
movimentação: ao longo de - é também chamado passe
de extensão. Ao contrário, os longitudinais são feitos
com movimentos e não com as mãos fixas sobre um só
ponto.
Esta técnica é muito rica entre todas as outras
técnicas. Dependendo da velocidade e da distância com
que são aplicados, os longitudinais atendem todos os
padrões e técnicas estabelecidas pela combinação
desses dois fatores. Assim, um longitudinal lento e
próximo terá características concentradoras de ativantes
e se lento e distante, funcionará como concentrador de
calmante. Os movimentos do passe, através da força
mental, é que irão conduzir, ou melhor dizendo,
direcionar ou dispersar os fluidos que as técnicas
concentradoras acumularam.
Os longitudinais, quando usados como dispersivos
ou passes de distribuição geral, são excelentes para
promover a distribuição e introjeção de fluidos
concentrados no campo vibratório do paciente para
79
absorção do mesmo, restabelece a harmonia das
vibrações anímicas e físicas, auxiliando nas dores,
todavia na resolução de problemas de transe mediúnico,
hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz
necessária muita movimentação para isso, devendo se
utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para
estes problemas. Grande vantagem ai vista é que, por
sua versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para
atender a praticamente todos os casos de fluidificação,
ressalvadas as especialidades que solicitam técnicas
mais objetivas.
O passe tradicionalmente visto nas casas espíritas é
composto de três movimentos:
O primeiro é a imposição das mãos na altura dos
parietais, onde é estabelecido o contato entre as
correntes magnéticas, do passista e do receptor.
Os passes se executam com os braços estendidos
naturalmente, sem nenhuma contração e com a
necessária flexibilidade para a realização dos
movimentos; como regra geral, que deve ser
rigorosamente observada, os passes não podem ser
feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo
para cima, o que seria, se assim podemos nos exprimir,
uma verdadeira "desmagnetização", verificando acima de
tudo que este movimento, digo, de baixo para cima,
causaria uma força contrária a rotação natural dos
chacras dificultando a assimilação e levando os chacras
a não absorverem e manterem os fluidos nas suas
periferias. Todavia acontecendo tais movimentos
errôneos, é necessário aplicar alguns dispersivos ou
comumente chamado os passes de distribuição,
movimentando os fluidos presos nas periferias dos
80
chacras devido os movimentos terem sido de baixo para
cima.
Por isso, as mãos devem descer suavemente, em
movimento nem muito lento, nem muito apressado, até o
ponto terminal do passe e cada vez que se repete um
passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e
afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar
rapidamente ao ponto de partida.
Com a descida das mãos, inicia-se o segundo
movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas
mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em
seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da
mesma, para baixo ou para trás.
O terceiro movimento é a colocação dos fluidos
salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza
a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não
sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação
a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte
comparação: Na frente do paciente existe uma linha
contendo gotas de orvalho que descerão sobre o
mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o
ato de doação.
Poderemos verificar que existe uma mescla acima
do Passe Longitudinal com as Imposições.
Normalmente este modalidade, onde encontramos a
imposição com os longitudinais, servem para os
pacientes com desarmonias fluídicas gerais, quando se
detecta problemas no trânsito fluídico pelos centros
vitais, crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio
das funções nervosas, quando necessita de reforço
fluídico para uma maior harmonização entre todos os
centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples, como
poderemos ver: com uma das mãos fazemos uma
81
imposição sob o centro vital que iremos fluidificar, com a
outra iremos fazer um longitudinal, a partir do centro vital
onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim,
dispersivos gerais. Ressaltamos, ainda que ao final
dessa técnica de conjugação, devemos fazer dispersivos
localizados, sobre o centro em desarmonia, pois o
mesmo poderá reter uma carga grande de fluidos, pois,
enquanto uma mão faz o longitudinal a outra é fixada sob
o chacra desarmonizado. Depois do dispersivo
localizado no chacra desarmonizado aconselhamos um
dispersivo geral sob todo o campo vibratório do paciente.

PASSE COLETIVO

Caracteriza-se esta modalidade, quando o número


de passistas é insuficiente para atender a todos os
freqüentadores individualmente, pode-se lançar mão
deste recurso como medida de emergência. Realiza-se
esse trabalho com o diretor, após a prece e a preleção
evangélica, pedindo a todos os passistas presentes que
doem fluidos aos trabalhadores do plano espiritual e
mentalizem as aplicações dos passes necessários a
cada paciente.
Esta modalidade poderá ser aplicada mentalmente,
imaginando os passistas aplicando os passes através
das projeções mentais sob os pacientes no recinto.

PASSE A DISTÂNCIA – IRRADIAÇÕES

Nesta modalidade, comumente verificamos uma


equipe de médiuns que visitam hospitais e que na busca
do auxílio reservam uma atividade para as irradiações a
distância para aqueles enfermos visitados nos hospitais.
82
O médium sintonizado com o necessitado, a
distância canaliza igualmente fluidos salutares e
benéficos. Os doentes são beneficiados não somente em
virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos
encarnados como pelas energias extraídas dos
presentes pelos cooperadores espirituais.
O passe a distância entretanto é praticado da
seguinte maneira :

Concentração e prece

Idealizar a figura material do doente – se for


conhecido – dando como presente; ou, então, imaginar
sua figura, no local indicado e ir lá com o pensamento.
Fazer sobre essa figura, imaginada ou
ideoplastizada, os passes indicados, encerrando com
uma prece.

AS VIBRAÇÕES IRRADIADAS E AS AQUISIÇÕES


ESPIRITUAIS:

"O Espírito não se acha encerrado no corpo como


numa caixa, irradia por todos os lados..."
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 420)
"Quando o pensamento está em alguma parte, a
alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O
pensamento é um atributo".
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 89 a)
"Todos os Espíritos irradiam com igual força?
Longe disso. Essa força depende do grau de pureza
de cada um".
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. 92 a)
83
Pelas questões acima podemos perceber a
importância das qualidades morais e espirituais para
uma ação eficaz no campo das vibrações. Por isso é
fundamental que o integrante da reunião mediúnica, ou
reunião de passes magnéticos a distância se aprimore a
cada dia, procurando superar as suas imperfeições a fim
de que a sua participação no auxílio aos que mais
sofrem se processe de forma mais consistente.

A VONTADE E O SEU PAPEL NAS VIBRAÇÕES:

"A vontade é a gerência esclarecida e vigilante;


governando todos os setores da ação mental".
"... ela (a vontade) é o leme de todos os tipos de
forças incorporados ao nosso conhecimento.
Só a vontade é suficientemente forte para sustentar
a harmonia do espírito". (Emmanuel. Pensamento e
Vida. Cap. II, páginas 16 e 17)
"A vontade é, assim, a expressão do nosso livre-
arbítrio. Por ela damos os nossos testemunhos e
demostramos os nossos ideais no bem. (...) A vontade é
constituída dos seguintes fatores dinâmicos: impulso,
autodomínio, deliberação, determinação e ação. Todos
eles interligados e decorrentes entre si".
(Ney Prieto Peres. Manuel Prático do Espírita. Parte
III, Cap. 42, pág. 203)

Pelo que percebemos diante das colocações acima,


a vontade é um instrumento fundamental na ação do
bem. Urge que desenvolvamo-la com esforço
perseverante, pois, igualmente através do seu exercício,
nós conseguirmos vencer as nossas más inclinações e
atingirmos o nosso progresso moral.
84
TRANSVERSAL

Técnica essencialmente dispersiva, por este fato


muito eficiente quando aplicada com conhecimento.
Funciona basicamente, com os braços
paralelamente esticados sem enrigecimento dos
mesmos e as mãos voltadas em direção ao ponto que se
deseje aplicar o transversal, abrindo-os com rapidez e
vigor. Tendo bastante cautela quanto a distância tomada
entre as mãos e o corpo do paciente, para não batermos
no mesmo.
Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama
de um companheiro e jogássemos para longe, de forma
que a sujeira não volte mais para ele, simplesmente
posicionando os braços à altura da cabeça, peito e
ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de
dispersão das energias maléficas impregnadas no
campo vibratório do paciente. Depois de abertos os
braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao
ponto onde se deseje fazer nova dispersão.
Sua ação é muito efetiva quando se requer uma
dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar
fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de
transe do paciente que se estamos fluidificando.
Podemos ainda, verificar uma ramificação da
técnica ora estudada é o :
Transversal Cruzado Basicamente, tem o mesmo
procedimento, só que em vez dos braços ficarem
estendidos paralelamente, eles são cruzados à frete do
paciente, sempre em direção ao ponto que se deseje
dispersar. Com eles também visamos projetar fluidos
dispersivos que produzem como que um choque que
85
desarticula as ligações fluídicas do obsessor com o
doente, movimentando as agregações fluídicas
obsessor-doente.
Interessante salientar, que pelo vigor com que é
praticada, essa técnica deveria cansar muito o passista,
mas como o passe, geralmente, é via de mão dupla, o
efeito positivo dos dispersivos no paciente traduz-se
numa sensação de equilíbrio e satisfação no passista.
No caso de dispersão em paciente que acabou de
incorporar, ou que esteve sob efeito de hipnose ou
sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao
domínio da própria consciência e até as vezes do próprio
corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chakra
frontal, com bastante vigor e atenção por parte do
passista. Geralmente o efeito desta prática é muito
rápida. Os braços como acima vimos devem se estender
completamente no sentido lateral.

PERPENDICULAR

Também prática geralmente usada para dispersar,


onde o seu poder é mais consistente, pode também ser
útil em concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu
funcionamento solicita que o paciente esteja formando
um ângulo reto com o passista, no campo das
concentrações fluídicas deve ser aplicado com
velocidade muito lenta.
O passista passará as mãos simultaneamente , uma
pela frente e outra pelas costas, perpendicularmente,
sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no
sentido de dispersar.
O passista faz um giro em torno do paciente para
formar o ângulo adequado da aplicação e posiciona uma
86
mão sobre a parte da frente da cabeça e a outra pela
parte de trás, descendo as duas juntamente de cada
lado do corpo, até os pés

Observações:

1 Quando formos usar o perpendicular como


concentrador de fluidos, deveremos movimentar as mãos
ao longo do corpo do paciente, numa velocidade muito
lenta, conforme algumas experiências, em torno de 8
segundos, da cabeça aos pés.
2 Verificamos patentemente a existência de sub-
chacras em nosso em nosso corpo fluídico, pois,
conforme vemos esta técnica também aciona-os e uma
forma patente de se verificar esta técnica é o fato de nas
reuniões mediúnicas os passistas atenderem os
companheiros em trabalho mediúnico pelas costas, com
resultados sempre satisfatórios, indicando acima de tudo
o interligamento dos chakras.
Verificamos algo mais, que sempre as imposições
feitas para facilitar as manifestações mediúnicas são,
quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral.
(região localizada entre a nuca e as omoplatas). O
umeral também esta em relação com a medula espinhal,
exerce influência sobre as tensões musculares, atua
também na parte do sistema nervoso. Verificamos, ai,
que dispersivos localizados nas costas através dos
perpendiculares, são extremamente eficientes.

CIRCULAR OU ROTATÓRIO

Como podemos deduzir, é a técnica definida que


usa de movimentos circulares.
87
Esta técnica é definida como concentradora, mesmo
quando feitos em giros mais rápidos.
Mas. Por quê? Ë bastante simples.
Como os centros de força, conforme tivemos a
oportunidade de estudar, giram no sentido horário e as
mãos, quando operando esta técnica de circulares ou
rotatórios, giram nesse mesmo sentido, contribuem para
um tempo maior de captação, de forma que o incremento
de velocidade das mãos nos circulares tornarão esses
passes mais concentradores.
É verdade, conforme nos dizem os grandes
estudiosos da matéria como Jacob Melo (O Manual do
Passista), "que existe um limite para o aumento deste
poder concentrante, todavia não sabemos definir ainda
com precisão até que ponto o incremento de velocidade
repercute no aumento do efeito concentrador". O que na
verdade verificamos, é que a ponderação deverá
seguramente ser a diretriz para qualquer passista,
principalmente sabendo que poderá causar danos
magnéticos ao paciente, no caso da demora.
Veremos dois grupos de aplicação nesta
modalidade:
1 Circulares normais - são executados com as
mãos, com os braços sem movimentos.
Como esses passe são além de concentradores,
muito ativantes, deverão ser aplicados muito próximos
ao ponto que se deseja realizá-los. Os dedos ficam
levemente arqueados em direção a esse ponto, com a
palma girando, sempre em sentido horário.
Quando a mão finaliza um giro, retorna-se a
mesma, fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a
munheca permitir - já que o braço, em tese, não deverá
88
mover-se - e reinicia-se o círculo outra vez, repetindo o
processo até que a fluidificação esteja concluída.
2 As aflorações - esta solicita o movimento do braço
e do antebraço. Normalmente, as mãos ficam
espalmadas, sem contrações, ou com o dedos
levemente arqueados.
Como esta técnica é mais utilizada para grande
regiões, pratica-se movimentando o braço no sentido de
giro sobre a região a ser tratada, sempre no sentido
horário e a pequena distância. Normalmente o giro é
feito de forma contínua, mas se houver por alguma
motivo interrupções, as mãos deverão ser afastadas,
fechadas e depois, no reinicio do passe, repousadas no
mesmo ponto em que a floração será reiniciada.
"Os passes circulares, são muito eficientes em
processos de inflamações em pequenas regiões,
problemas digestivos e males em geral do baixo ventre.
No caso de serem usadas as duas mãos, deve estar
muito atento ao sentido do giro, pois nosso automatismo
fisiológico normalmente impulsiona a que a mão tome o
sentido horário e a outra o anti-horário. Em caso de
dúvidas, incicie o passe com uma mão apenas e, logo
em seguida, adicione a outra, que deverá seguir o
mesmo sentido da anterior. Lembrando que os circulares
em sentido anti-horário causas congestões fluídicas,
provocando mal-estares. E dependendo do tempo da
magnetização, poderá causar danos imprevisíveis.
As aflorações também podem ser aplicadas como
se fossem longitudinais. Neste caso, os círculos seriam
feitos ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça
aos pés, com os braços girando em sentido horário".
(Jacob Melo – O manual do Passista)
89
SOPRO ou INSUFLAÇÃO

Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos


aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do
paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área
dos tecidos. Para isso é necessário que o passista aspire
ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal,
deverá Ter capacidade bem ampla de respiração,
podendo obtê-la através de exercícios de respiração
profunda.
André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O
Sopro, nos diz "Nossos técnicos não se forma de pronto.
Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a
preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São
servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram,
ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme
acatamento mas, precisam conservar a pureza da boca
e a santidade das intenções. Nos círculos carnais, para
que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível
que o homem tenha estômago sadio, a boca habituada a
falar o bem, com abstenção do mal, e mente reta,
interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos,
teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e
curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na
Crosta, a saúde, o conforto e a vida".
Divide-se em dois grande grupos:
1 Frias - são muito usadas como dispersivos ou
calmante a depender da distancia e da força que se
imprime no próprio sopro a verificar, pois são aplicadas,
normalmente a uma relativa distância da região que se
deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela que
se queira apagar.
90
O sopro é dado com os pulmões cheio de ar,
liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e
rapidamente e com vigor ( para o objetivo de dispersar,
como acordar o paciente de um sono magnético,
sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa,
afastamento de espírito). Poderemos verificar, que nesta
aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de
fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde
ou desarmonia.
2 Quentes - ao contrário das frias, são
extremamente concentradoras de ativantes. São
aplicadas o mais próximo possível da região que se
queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que
quiséssemos embaçar.
É praticada com os pulmões cheios de ar, com o
aquecimento do estômago, liberando-os lentamente, até
esgotar o ar.
Findando a insuflação, afasta-se a boca do local,
respira-se normalmente algumas vezes e depois, com os
pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.
Verificamos que esta modalidade de insuflação
deverá ser é extremamente desgastante para o passista,
podendo até causar tonturas leves.

Cuidados na Aplicação:

Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais


principais; após um máximo de duas insuflações
quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados
antes de repeti-las, salvo exceções, nunca faça mais de
5 insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é
muito grande.
91
Além da boca sadia, tenha um hálito mental
equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.
Antes dos passes evite alimentos pesados e muito
gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer
insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.
Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar,
fofocar ou levantar falso.
Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às
insuflações quentes o maior grau de eficiência em
tratamentos de inflamações e infeções em pequenas
regiões (tumores localizados, feridas com dificuldade de
cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito
concentrador de ativantes, sempre há riscos de retorno
de cargas fluídicas densas para a fonte.
Assim é muito importante fazer sempre uma
intercalação com dispersões localizadas, inclusive
algumas delas sendo feitas por insuflações frias à
pequena distância, como também o uso de flanela fina
para melhores cuidados (com essas precauções
evitamos possíveis agregações fluídicas
desarmonizadas à boca do passista)

O AUTO PASSE

Edgar Armond, no Livro Passes e Radiações nos


informa que esta é uma modalidade bastante útil porque
permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem
em sua própria cura e utilizarem os recursos imensos
que estão a disposição de todos pela misericórdia de
Deus, Criador e Pai. Os médiuns devem utilizar do Auto
Passe para limpeza psíquica de si mesmo e o
recarregamento de energias dos plexos e centros de
força.
92
Todavia, se analisarmos que como médiuns
passistas, somos verdadeiros filtros e que colaboramos
ou dificultamos e até mesmo contaminados as
aplicações fluídicas da espiritualidade no enfermo,
deveremos crer a partir destas informações que
devemos estar cientes de nossa postura em relação a
nossa conduta moral, sabendo também que o passe é,
via de regra, uma via de mão dupla.
Então somos levados a crer que se estamos
descompensados, não estaríamos também
incapacitados de aplicar o passe?
Nestes casos bastaria uma prece sincera para
restabelecermos nossa harmonização.
Kardec, na Revista Espírita, set 1865, pág 254 – Da
mediunidade curadora, nos assevera: "A prece, que é um
pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé,
produz o efeito de uma magnetização, não só chamando
o concurso dos bons espíritos, mas dirigindo ao doente
uma salutar corrente fluídica". E como somos
transmissores desta corrente, seguramente ficaremos
também envolvidos de uma certa forma nas mesmas.
Não descartamos e respeitamos todas as opiniões
dadas a respeito deste item, concordamos que a prece é
sempre um verdadeiro e profundo mecanismo de auto-
passe. Concluindo que nossa conduta moral mesclada
com o trabalho no bem e o amparo a outros através do
passe, sempre nos facultará recursos imensuráveis de
auxílio em busca de nosso próprio crescimento.

DURANTE A APLICAÇÃO DO PASSE

Enquanto estamos no trabalho de aplicação do


passe, deveremos estar voltados para concentrações em
93
coisas edificantes, em prece, mentalizando um lugar
harmônico, em fim:
1 Confiança na espiritualidade e desejo de ajudar,
todo condicionado na Providência Divina, ou melhor
dizendo, fé, amor e humildade
2 Estar sereno, para assim poder registrar pela
intuição, as orientações espirituais para a fluidificação a
ser desempenhada.
3 Estar mentalizando a recuperação dos órgãos do
enfermo, sob a ação dos mensageiros do Senhor;
sempre condicionando esta recuperação a vontade
Divina e direcionamento moral do paciente.
4 Conhecer a localização dos centros de força, pois
com isso os espíritos que trabalham nesta atividade
poderão através de sua intuição, direcionar as cargas
fluídicas benéficas para os chakras que influenciam as
localidades enfermas.
5 Silencio não somente exterior todavia interior
localizando todas as atenções na ação a ser
desempenhada.
6 Reflexos das impressões dos pacientes, é
bastante comum os passistas sentirem as sensações
que os pacientes experimentam. Ora nosso campo
fluídico absorve com facilidade as emanações do
paciente, nestes casos são recomendados dispersivos
gerais primeiramente antes das aplicações fluídicas. É
comum, também, os passes em pessoas sob a atuação
de espíritos em desequilíbrio, o passista poderá registrar
reflexos negativos desde a hora em que se propões a
ajudar, podendo perdurarem ainda depois do passe.
Sabendo que somos ainda imperfeitos, somos também
criados pela mesma matéria elementar e que nosso
campo vibratório assimila com facilidade outras
94
emanações exteriores que conosco se afinizem,
verificaremos a grande facilidade de as absorver, pois
ainda somos pequenos, daí a grandiosa frase deixada
pelo Divino Amigo "Orai e Vigiai", só assim, através do
altruísmo, da moralização do ser, paulatinamente
modificaremos o nosso ritmo vibratório não afinizando
mais com energias deletérias.
É compreensível que os espíritos envolvidos na
trama obsessiva, conhecendo a disposição do passista
em colaborar, pretendam também mexer com o seu bom
ânimo, afastando-o do caminho do enfermo.
Perseverança e conhecimento das responsabilidades
são porções medicamentosas para tais afecções.

DISPERSIVOS E SUAS IMPORTÂNCIAS

Já falamos bastante em dispersivos ou passes de


distribuição e limpeza, todavia gostaríamos de dar
alguns destaques breves sobre suas funções bem como
a importância nas técnicas dos passes já utilizadas por
nós na nossa casa espírita. O termo dispersivo, também
conhecido por alguns como limpeza fluídica.
Analisando o dicionário Aurélio, o termo dispersar
entre outras coisas significa - fazer ir para diferentes
partes, pôr em debandada, espalhar.
A primeira significação desta palavra em foco , na
cabeça de muitos médiuns tem o sentido de dissipar,
desfazer.
Por isso, conversar um pouco sobre os mesmos nos
levará, seguramente, a melhores compressões desta
técnica.

Os dispersivos:
95
Aqui seguem algumas características dos passes de
distribuição ou dispersivos:

1. Filtram os fluidos, refinando-os para os


atendimentos;
2. Introjetam os fluidos que ficam, por motivos
vários, armazenados nas periferias dos centros vitais
para consumo gradual do paciente;
3. Catalisam fluidos, aumentando seu poder e
velocidade de penetração, fazendo uma assepsia no
campo vibratório do paciente facilitando a penetração
dos mesmos, facilita também o alcance e transferência
entre os centros vitais; quando em grande circuito,
faculta a harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais;
4. Esparge as camadas fluídicas superficiais,
deixando mais visíveis e sensíveis os focos de
desarmonias; elimina os excessos de concentrados
fluídicos por ocasião do passe, assim favorecendo ao
paciente uma sensação de equilíbrio e ao passista uma
recompensação fluídico-magnética que dificulta a
possibilidade de uma fadiga;
5. Resolve desarmonias causadas por fadigas,
embora nestes casos seja quase sempre requerida a
ingestão simultânea de água fluidificada;
6. Corrige eventuais equívocos no uso de técnicas
de passe; redireciona cargas fluídicas entre os centros
vitais. Por fim, é certo que os dispersivos extraem
excessos fluídicos redirecionando-os mesmo, para
regiões mais necessitadas, mas não extraem ou
arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem
alguns, nem muito menos joga-os fora.
96
Quando doamos fluidos através do passe, o
organismo vital do paciente os absorve e retêm, por um
processo de afinidade, não permitindo que fluidos retidos
a partir de então, sejam retomados por um simples
dispersivo.
Os excessos são extraídos exatamente porque não
estão retidos pela combinação ou afinidade, daí a
maleabilidade em seus manuseios.

PASSE NOS CHAKRAS

São aconselháveis para a reativação para os


centros de força nos casos de desenvolvimento
mediúnico, no campo das curas, levando-se em
consideração a localização de cada um e sua
repercussão nos plexos do organismo físico. Aplicam-se
os passes acima mencionados relativos e direcionado
aos pontos onde se encontram os chacras refletido em
nosso organismo físico pelos plexos. Levando sempre
em consideração o tempo de sua aplicação para ao
invés de reativar, sobrecarregar.

10 - CURAS ESPIRITUAIS

ÍNDICE:

10.1 - Afecção, Moléstia, Enfermidades e Doenças

10.2 - Aplicações da Cura

10.3 - Curas Espirituais


97
10.3.1 - O passe

10.3.2 - Técnicas do Passe

10.3.3 - Tipos de Passes

10.3.4 - Preces

10.3.5 - Receituário Mediúnico

10.3.6 - Cirurgias Espirituais

10.3.7 - Tratamento a Distância

10.3.8 - Desobsessão e a Cura

10.3.9 - Água Fluidificada

10.4 - Terapias Holísticas

10.1 - AFECÇÃO, DOENÇA, ENFERMIDADE,


MOLÉSTIA:

A diferença semântica entre afecção, doença,


enfermidade e moléstia tem sido objeto de indagação,
98
tanto do ponto de vista lingüístico, como de terminologia
médica.

O grego clássico sempre foi a fonte inesgotável


onde a ciência médica buscou os elementos formadores
de sua terminologia. Para expressar doença com
radicais gregos utilizam-se os temas nósos e páthos,
com os quais se formaram numerosos compostos, tais
como nosologia, nosografia, patologia, cardiopatia,
patogenia, etc. Páthos, em grego, tem um sentido muito
mais amplo do que nósos, e tanto se refere ao infortúnio
físico como moral, às paixões exacerbadas.[1][2]

Para designar o estado mórbido de um modo geral,


entretanto, prevaleceram na terminologia médica
palavras de origem latina, populares ou semicultas, de
livre trânsito entre médicos e leigos, como achaque,
incômodo, padecimento, mal, afecção, doença,
enfermidade, moléstia. As quatro últimas são as de maior
uso no vocabulário médico. Originalmente cada uma
delas caracterizava um aspecto particular da perturbação
da saúde, o que estava implícito em sua própria
etimologia.

Afecção: provém do latim affectione, ação de afetar,


influência; estado resultante da influência sofrida;
modificação.[3]

99
Doença: do latim, era designada por morbus, i,
donde mórbido, morbidade, morbífico, morbígeno etc. A
palavra doença procede do latim dolentia, de dolens,
entis, particípio presente do verbo doleo, dolere, sentir
ou causar dor, afligir-se, amargurar-se.

Enfermidade: corresponde ao latim infirmitas, atis,


de infirmus, que, por sua vez, resultou da fusão do
prefixo in (negação) + firmus, firme, robusto, saudável.
Denota, portanto, debilidade, fraqueza, perda de forças.

Moléstia: provém de igual palavra latina, molestia,


que exprime enfado, incômodo, estorvo, inquietação,
desassossego.[4]

Assim sendo, cada uma das palavras em estudo


tinha originalmente seu conteúdo semântico próprio.
Afecção expressava as modificações sofridas pelo
organismo resultantes da ação de uma causa; doença
traduzia o sofrimento, a dor que acompanha os estados
patológicos; enfermidade caracterizava o
enfraquecimento, a debilitação do organismo; e moléstia
refletia a sensação de desconforto e mal-estar que
acompanha o estado mórbido.

100
O uso alternativo de um ou de outro termo para
indicar uma condição que enfeixa o significado dos
demais, forçosamente levaria a uma metonímia, o que
efetivamente ocorreu.

As tentativas de manutenção das diferenças


semânticas entre essas quatro denominações, tanto no
passado como no presente, têm sido infrutíferas, sem
qualquer resultado prático.

Plácido Barbosa, em seu Dicionário de Terminologia


Médica Portuguesa, reconhece a impossibilidade de
manter a distinção semântica entre moléstia e doença:
"Moléstia. A significação originária deste termo é a de
enfado, incômodo, ação ou efeito do que é molesto, e
não a de doença, que hoje se lhe dá". "Mas como a
doença é sempre acompanhada de maior ou menor
moléstia, esta relação constante favoreceu e determinou
a metonímia, pela qual moléstia passou a significar
doença". "Estas mudanças de sentido são fenômeno
natural na vida das palavras, e não há que estranhá-lo
em relação à moléstia".[5]

Miguel Couto, em uma tentativa de atribuir um


significado próprio a cada um dos nomes, propõe as
seguintes definições:

101
"Doença - Termo genérico, significando qualquer
desvio do estado normal. Moléstia - Conjunto de
fenômenos que evolvem sob a influência da mesma
causa.

Afecção - Conjunto de fenômenos na dependência


da mesma causa.

Enfermidade - Desarranjo na disposição material do


corpo".[6]

Arnaldo Marques, em seu Manual de Semiologia,


reconhece a dificuldade de atribuir a cada vocábulo um
sentido próprio. São suas as seguintes considerações:
"É, contudo, questão complexa, passível de sérias
controvérsias, definir e conceituar os vocábulos doença,
moléstia, incômodo, achaque, enfermidade,
padecimento, entidade mórbida, condição mórbida -
usadas, todas elas, para significar, de uma maneira vaga
e imprecisa, o fato mórbido, o sofrimento.

Muito embora possamos encontrar pequeninas


diferenças entre o significado de cada uma dessas
palavras, não resta dúvida de que não raro influem na
sua preferência, até um certo ponto, fatores pessoais;
um deles é a literatura estrangeira a que se habitou o
médico. Os que lêem principalmente o inglês (disease,
illness, morbid condition) empregam de preferência
condição mórbida. Os afeiçoados das obras em
102
castelhano servem-se de enfermidade. Outros mais
referem-se, de hábito, à expressão, mais correta, aliás,
moléstia, talvez por influência das obras de língua
francesa (maladie)".[7]

O mesmo autor faz uma ressalva quanto à afecção.


"Se, entretanto, falamos de uma certa doença, referindo-
a como uma simples lesão anatômica - "úlcera do
estômago", "fratura do rádio" - devemos empregar a
expressão afecção e não moléstia".[7]

Lemos Torres dá as seguintes definições:

"Doença - do latim dolentia de dolens = dor, portanto


indica perturbação em que há dor, corresponde à palavra
grega algos, algema que nos legou algia = dor".

"Moléstia - do latim molestia, perturbações da


molens (massa de matéria mole, corpo) sob o influxo de
uma mesma causa, que importuna, acarreta mal-estar e
atormenta, corresponde em grego a nosos, nosema, que
nos deu nosologia, nosografia e nosogenia".

"Afecção - Num sentido amplo e filosófico, afectar


significa atuar sobre um ser vivo, especialmente
103
consciente, maximé em seu sensibilidade e
sentimentalidade ou em seus interesses vitais. No
sentido médico, indica ação maléfica atuando sobre um
órgão ou tecido vivo, acarretando-lhe desvios de suas
funções ou lesando-o fisicamente. Afecção seria a
expressão de um estado morbífico do organismo vivo ou
do ânimo. Entretanto, a afecção não é o mesmo que
moléstia, veio como esta do latim, mas de affectio, onis,
deriva afficio, significa relação, disposição, estado e
modo de ser, corresponde no grego a pathos, pathéma,
que significa modificação qualquer, sofrimento, moléstia,
afecção mórbida".

"Enfermidade - do latim infirmita, infirmitatis (de


infirmus) que significa fraqueza, debilidade. Incapacidade
de realizar algo de habitual devido a uma deficiência;
corresponde no grego a astheneia = astenia, que
designa mais propriamente fraqueza muscular".[8]

Oliveira e col., no livro Controvérsias em


Gastroenterologia, citando O. P. Cirne, emitem os
seguintes conceitos:

"Quando se define doença, ou estado mórbido,


pressupõe-se a coexistência de uma lesão, de uma
etiopatogenia, de um conjunto sintomático e de uma
evolução. Doença é considerada um evento biológico
104
cuja causa pode ser ou não reconhecida pelos métodos
clínicos. Não deve ser confundida com moléstia,
vocábulo que provém de MOLESTO-(O)-IA e que tem a
acepção de mal-estar, de inquietação, não sendo bom
português empregá-lo no sentido de doença ou
enfermidade. Molestar não significa produzir doença,
mas sim atormentar, causar incômodo. Por esta razão
usa-se história da moléstia atual".[9]

Em realidade, nem sempre se usa história da


moléstia atual. Em muitos serviços médicos,
universitários ou não, usa-se também história da doença
atual (HDA).

Pelo exposto, vê-se que não há consenso quanto ao


significado preciso de cada um dos termos empregados
para indicar a alteração da saúde. São eles utilizados
como sinônimos, independentemente da conotação
semântica que cada um possa ter. De todos, o que mais
se diferencia é, sem dúvida, afecção, ao qual se procura
ligar a idéia de alteração anatômica conseqüente ou
determinante do estado mórbido.

Doença, enfermidade e moléstia se eqüivalem,


como atestam os textos médicos atuais e os modernos
léxicos da língua portuguesa, especializados ou não.

É interessante ressaltar que, nos epônimos,


emprega-se de preferência doença ou enfermidade e,
mais raramente, moléstia ou mal (mal de Hansen, mal de
Pott). De modo análogo, as pessoas que apresentam
qualquer perturbação na saúde, mesmo que esta seja
105
rotulada de afecção ou moléstia, são sempre doentes ou
enfermos.

Etimologicamente, doente é o que sente dor, o que


sofre, o que padece; enfermo é o que está debilitado,
enfraquecido pela doença. A etimologia, entretanto, não
determina o significado das palavras; serve apenas
como esclarecimento de sua origem.

A menos que haja uma convenção, torna-se muito


difícil, na atualidade, estabelecer quando se deve
empregar afecção, doença, enfermidade,moléstia ou
mal. O fato, todavia, não constitui o mal maior. O que se
deve evitar é o emprego, cada vez mais freqüente, de
patologia como sinônimo de afecção, doença,
enfermidade ou moléstia. Ouve-se com freqüência, em
comunicações orais, ou lê-se em publicações médicas,
que o doente tem uma determinada patologia ou. até
mesmo duas ou mais patologias!

Referëncias bibliográficas:

1. BAILLY, A. - Dictionnaire grec-français, 16. ed.


Paris, Lib. Hachette, 1950.

2. LIDDELL, H.G., SCOTT, R. - A greek-english


lexicon, 9.ed., Oxford, Claredon Press, 1983.

106
3. MACHADO, J.P. - Dicionário etimológico da
língua portuguesa, 3.ed. Lisboa, Livros Horizonte, 1977.

4. SARAIVA, F.R.S. - Dicionario latino-português,


9.ed. Rio de Janeiro, Liv. Garnier, 1993.

5 BARBOSA, P. - Dicionário de terminologia médica


portuguesa. Rio de Janeiro, Liv. Francisco Alves, 1917.

6 COUTO, M. - Clínica médica, 3.ed. Rio de Janeiro,


Flores & Mano Ed., 1936, p. 223

7. MARQUES, A.- Manual de semiologia. Rio de


Janeiro, Liv. Atheneu, 1959. p. 8.

8. TORRES, U.L., Achegas à nomenclatura médica.


An. Paul. Med. Cir. 82:359-368, 1961.

9. OLIVEIRA, C.A et al. In CASTRO, L.P., ROCHA,


P.R.S. (Ed.).- Controvérsias em Gastroenterologia. Rio
de Janeiro, Liv. Atheneu, 1988, p.129

Reproduzido do livro Linguagem Médica, 3a. ed., da


AB Editora e Distribuidora de Livros Ltda.

Autor: Joffre M. de Rezende. Maiores informações


pelo tel. (62) 212-8622 ou e-mail
abeditora@abeditora.com.br
107
Atualizado em 10/09/2004.

10.2 - APLICAÇÃO DA CURA:

10.2.1 - USANDO FORÇAS DE ESPÍRIT0S


(desencarnados)

ESPIRITISMO:

Tem seu valor maior na CARIDADE, que é ação,


praticidade, realização de tarefas em prol do próximo,
quer pela ação da mediunidade ou ação pelo trabalho
social, da oração e da prece.

A MEDIUNIDADE: Usa a força de espíritos


desencarnados, por meio de passes, esse processo visa
o manipulação de energias astrais e etéricas
manipuladas por forças de outros usando o médium
(mediador) dessa força.

A chave do Espiritismo:
Sempre que você desejar tratar de um assunto
espírita, deverá cuidar para não esquecer de três itens
importantes:

O pensamento,
*
108
a energia,
*

o espírito.

Talvez você não tenha percebido ainda, mas esta é


a chave do Espiritismo, capaz de abrir a porta do
entendimento de qualquer assunto. Sem ela, com toda
certeza, você ficará tateando sem encontrar a maneira
certa de compreender por inteiro a Doutrina.

Não há assunto doutrinário no qual estes três


elementos - pensamento, energia e espírito - não tenham
seu lugar. Em determinados momentos, eles ocupam
papel fundamental; em outros, eles desempenham
função secundária, mas em nenhum momento eles
podem ser postos de lado.

UMBANDA:

O processo de cura da umbanda é igual, usa a


mediunidade dos seus integrantes, para servir dos meios
espirituais, tais como: Passes mediúnicos, cirurgias sem
cortes, aconselhamento, corretivo a obsessores.

Diferente do espiritismo de Allan Kardec, a


Umbanda Trabalha com as forças elementais da
natureza, usando RITUAIS, OFERENDAS, TROCAS.

109
10.2.2 - USANDO AS FORÇAS DA NATUREZA:

XAMANISMO:

É uma filosofia de vida muito antiga, que visa o


reencontro da natureza e com seu próprio mundo interior
do ser humano.

Sua origem não tem raízes históricas é um


conjunto de ensinamentos milenares que, através da
tradição de tribos indígenas do mundo todo, foram sendo
passadas até os dias de hoje.

Esses ensinamentos são baseados na observação


da natureza e seus sinais: sol, lua, Terra, Água, Fogo, Ar,
Animais, Plantas, Vento, Ciclos, etc.

Ao observarem o ciclo da natureza e suas


manifestações, os antigos xamãs puderam perceber sua
conexão com o todo, assim como manter plena e perfeita
harmonia com a natureza, possibilitando a total
integração de seus corpos físico, mental, emocional e
espiritual.

A prática do xamanismo utiliza-se do trabalho com:


ervas, direções sagradas, rituais, jornadas xamânicas,
contato com natureza e seres espirituais, ritmos, danças
e movimentos corporais, elementos básicos da natureza
(água, terra, ar, fogo, cristais, pedras, argila, etc.),
cirurgias espirituais e técnicas de cura e purificação dos
corpos físico, emocional, mental e espiritual, entre outras
coisas.
110
Atualmente, esta havendo um resgate dos
conhecimentos do xamanismo a fim de aplicá-los no dia
a dia, buscando elevar a consciência e alcançar
novamente o equilíbrio, conscientização do aspecto
espiritual de cada um e de sua relação com a natureza e
com o planeta a que pertence, ativação das habilidades
de coragem, força e sabedoria para lidar com questões
generalizadas , curas e prevenção de distúrbios e
doenças.

O conceito básico da cura xamanica é que "


Ninguém cura o outro. A cura está dentro de cada um".

BRUXARIA (WICCA):

A Bruxaria moderna, usa a força feminina do


universo, energia passiva, porém criadora, que aliada, a
força da manipulação das energias da natureza
elemental, torna-se uma ferramenta poderosa na cura.

Feitiço: O feitiço é o uso de elementos físicos,


carregados de energias etéricas e astrais, direcionadas
pela força elemental, para obter a cura. Geralmente nas
curas, usa-se elementos naturais, como: Raízes, ervas,
folhas, flores, sal, animais, parte de animais, etc. Rituais
no preparo, como conjurações, orações. Uso de locais
como encruzilhada, hora exata, etc. POrém o feitiço
geralmente não é usado para a cura, mas para
encantamento.

Magia: Age da mesma forma, usa o processo


ritual, bem como talismãs, objetos da natureza com
capacidade de concentração energética, como ouro,
111
prata, pedras como cristais, elementos mágicos, que
servem como baterias para captar energias e realizar o
processo de proteção.

Benzeduras: A benzedura, é um processo de


magnetismo próprio aliado a forças da natureza, bem
como um ritual, geralmente uma prece, como versos
com dizeres, pequenos mantras, que servem para
fulminar a doença. A benzedura ataca diretamente a
doença, é um processo de cura.

10.2.3 - USANDO FORÇAS INTERIOR


(ANÍMICAS):

REIKI: (霊気 ou 靈氣)

Os reikianos alegam usarem forças externas,


porém não originadas de espíritos desencarnados, seria
forças cósmicas, além das naturais encontradas na
natureza da terra.

É uma forma de terapia de origem japonesa


baseada na manipulação da energia vital (ki) através da
imposição de mãos com o objetivo de reestabelecer o
equilíbrio vital e, assim eliminar doenças e promover
saúde. Apesar de relatos anedóticos, não é reconhecida
pela medicina pela ausência de evidências científicas de
sua eficácia.
112
Clique aqui: para saber mais sobre REIKI

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reiki

MAGNETISMO ANIMAL:

O magnetismo animal ou fluido vital seria, segundo


o seu descobridor, Franz Anton Mesmer, um estado
particular de vibração (ou tom de movimento, em suas
palavras) do fluido universal. Esse processo, pode ser
usado para a cura de determinadas doenças de
aspectos

O magnetismo animal já era conhecido antes de


Mesmer, mas foi ele o grande divulgador dos fenômenos
magnéticos, embora usando métodos considerados
bizarros e charlatanescos. Praticava curas com as mãos,
acreditando ser ele próprio dotado de poderes
magnéticos curativos.

10.3- CURAS ESPIRITUAIS:

10.3.1 - O PASSE:
Passe [do latim passare] – 1. Transfusão de
energias psicofísicas alterando o corpo celular. 2.
Transmissão de fluidos de uma pessoa, encarnada ou
não, a outra, ou a objetos. 3. O passe pode ser:

a) magnético, quando são transmitidos apenas os


fluidos do agente encarnado;

113
b) misto, quando aos primeiros somam-se os fluidos
espirituais, pela força da vontade dos Benfeitores
Espirituais,
c) espiritual, quando não há a intermediação do
passista, com os fluidos dos Espíritos sendo transferidos
diretamente.
http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/vocabulario/
letra-p.html

Assim como a transfusão de sangue representa


uma renovação das forças físicas, o passe é uma
transfusão de energias psíquicas, com a diferença de
que:
os recursos orgânicos são retirados de um
reservatório limitado,
e os elementos psíquicos o são do reservatório
ilimitado das forças espirituais.
O passe poderá obedecer à fórmula que forneça
maior porcentagem de confiança, não só a quem o dá,
como a quem o recebe. Devemos esclarecer, todavia,
que o passe é a transmissão de uma força psíquica e
espiritual, dispensando qualquer contacto físico na sua
aplicação.
pág. 67 - Emmanuel – 194

A eficiência do passe está associada:


1 - capacidade do passista,
2 - receptividade do paciente
3 - e ao seu merecimento.

Suas origens, aplicações e efeitos:


O passe espírita é simplesmente a imposição das
mãos, usada e ensinada por Jesus como se vê nos
114
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do
Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as
mãos de Jesus.

Magia e religião
O passe nasceu nas civilizações da selva como um
elemento de magia selvagem, um rito das crenças
primitivas. A agilidade das mãos em fazer e desfazer as
coisas, sugeria a existência, nelas, de poderes
misteriosos, praticamente comprovados pelas ações
cotidianas da fricção que acalmava a dor, da pressão
dos dedos estancando o sangue ou expulsando um
espinho ou o ferrão de uma vespa ou o veneno de uma
cobra.

Passe à distância:
Não há distância para a ação dos passes. Os
Espíritos Superiores não conhecem as dificuldades das
distâncias terrenas. Podem agir e curar através das
maiores lonjuras. Esse fato, constatado e demonstrado
pelo espiritismo e ridicularizado pelos cientistas
materialistas, está hoje cientificamente comprovado
pelas pesquisas em todo o mundo, através de pesquisas
e experiências dos principais centros universitários da
atualidade. A telepatia, transmissão do pensamento,
intenções e desejos.

Passe de auxílio mediúnico:


Nas sessões de manifestações de Espíritos para
doutrinação o passe é empregado como auxiliar dos
médiuns ainda em desenvolvimento, incapazes de
controlar as manifestações de entidades rebeldes. A
técnica espírita não é de violência, como nas práticas
115
superadas do exorcismo mas de esclarecimento e
persuasão. A ajuda fluídica ao médium envolvido se faz
apenas através da imposição das mãos, sem tocar o
médium

Preparação para o passe:


É muito comum chegarem pessoas ao Centro, ou
mesmo dirigindo-se à casa de um médium, pedindo
passe com urgência. O passe não pode ser dado a
qualquer momento e de qualquer maneira. Deve ser
sempre precedido de preparação do passista e do
ambiente bem como do paciente.

Transfusão fluídica:
O passe é uma transfusão de plasma extrafísico
(para usarmos essa expressão de Rhine) certamente
composto de partículas livres de antimatéria. Nas
famosas pesquisas da Universidade de Kirov, na URSS,
em que os cientistas soviéticos (materialistas)
descobriram o corpo-bioplásmico do homem, verificou-se
por meios tecnológicos recentes que a força-psíquica de
Willian Crookes é uma realidade vital na nossa própria
estrutura psicofísica. O ectoplasma de Charles Richet,
agindo nessas experiências como um plasma radiante,
confirmou a teoria espírita (de Kardec) da ação de fluidos
semimateriais nos fenômenos de telecinesia (movimento
e levitação de objetos à distância).
116
A ciência do passe:
Embora com boas intenções, as pessoas que se
apressaram a oferecer ao público os lineamentos de
uma Ciência do Passe, baseando-se em experiências
comuns do passe utilizado nos Centros Espíritas,
cometeram uma leviandade. Kardec colocou o problema
do passe em termos científicos, no campo da Fluídica,
ou seja, da Ciência dos Fluidos. Com seu rigor
metodológico, ligou o passe à estrutura dinâmica do
perispírito (corpo espiritual), hoje reconhecido como a
fonte de todas as percepções a atividades paranormais.

A Fluídica é hoje uma Ciência Tecnológica, voltada


apenas para o estudo dos fluidos materiais de propulsão.
As descobertas atuais da Parapsicologia, e
particularmente as da Universidade de Kirov,
confirmaram a validade da posição secularmente
precursora de Kardec

A Fluídica se abre, ante o avanço da Física Nuclear,


para a pesquisa da dinâmica dos fluidos em todo o
Cosmos. Só agora começamos a dispor de elementos
para um conhecimento exato, o que vale dizer científico,
da problemática bimilenar do passe.
LINKs:
Técnica de Passes:

http://www.medicina.espiritual.nom.br/medicina_tecp
ass.asp

Estudos e Evidências Científicas da Cura pela


Imposição das Mãos:
117
http://www.terraespiritual.locaweb.com.br/espiritismo
/artigo93.html

Curso:
http://www.nossolar.org.br/passes.php
Fonte:
http://www.espirito.org.br

FACULDADES RADIANTES:
Condição indispensável à exteriorização das
faculdades radiantes. O missionário do auxilio
magnético, na Crosta ou na esfera espiritual, necessita
ter:
- grande domínio sobre si mesmo,
- espontâneo equilíbrio de sentimentos,
- acendrado amor aos semelhantes,
- alta compreensão da vida,
- fé vigorosa
- e profunda confiança no Poder Divino.

MECANISMOS DO PASSE:
Recorreremos ao fenômeno hipnótico, ainda uma
vez, para definir o medianeiro do passe magnético por
autêntico representante do magnetizador espiritual, à
frente do enfermo.

Estabelecido o clima de confiança, qual acontece


entre o doente e o médico preferido, cria-se a ligação
sutil entre o necessitado e o socorrista e, por semelhante
elo de forças, ainda imponderáveis no mundo, verte o
auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um
e outro.
118
Ao toque da energia emanante do passe, com a
supervisão dos benfeitores desencarnados, o próprio
enfermo, na pauta da confiança e do merecimento de
que dá testemunho, emite ondas mentais características,
assimilando os recursos vitais que recebe, retendo-os na
própria constituição fisiopsicossomática, através das
várias funções do sangue.

O socorro, quase sempre hesitante a principio,


corporifica-se à medida que o doente lhe confere
atenção, porque, centralizando as próprias radiações
sobre as províncias celulares de que se serve, lhes
regula os movimentos e lhes corrige a atividade,
mantendo-lhes as manifestações dentro de normas
desejáveis, e, estabelecida a recomposição, volve a
harmonia orgânica possível, assegurando à mente o
necessário governo do veículo em que se amolda.
MECANISMO DA MEDIUNIDADE - pág.160 - André
Luiz - 1959

PASSE E PRECE:
Esclareçamos, porém, que, em toda situação e em
qualquer tempo, cabe ao médium passista buscar na
prece o fio de ligação com os planos mais elevados da
vida, porquanto, através da oração, contará com a
presença sutil dos ínstrutores que atendem aos misteres
da Providência Divina, a lhe utilizarem os recursos para
a extensão incessante do Eterno Bem.
André Luiz - 1959

Link alternativo sobre PASSES


119
10.3.2 - AS TÉCNICAS DO PASSE:

- Retirado do Portal Espírito:

http://www.espirito.com.br/portal/artigos/elferr/as-
tecnicas-do-passe.html

Aluney Elferr Albuquerque Silva

Antes de adentrarmos nas técnicas mais comuns do


passe, direcionadas para as mais diversas
necessidades, existe um ponto de muita importância que
Jacob Melo nos avisa em Seu Livro "Manual do
Passista". No momento da aplicação em si, os passistas
poderão sentir através de leves roçaduras ou impressões
nas pontas dos dedos ou nas palmas das mãos, os
fluidos sendo emanado e a experiência nos mostra que
realmente acontece, há passistas que sentem no centro
da palma da mão uma impressão diferente no momento
da aplicação, todavia há ainda outros que sentem a
mesma impressão nas pontas dos dedos. Jacob Melo,
no Livro supracitado, nos informa que aqueles que
sentem estas impressões na ponta dos dedos, poderiam
sem chamados de Médiuns Passistas Digitais, e os que
sentem esta leve impressão nas palmas das mãos,
seriam os Médiuns Passistas Palmares. Gostaríamos
ainda, de deixar claro que os médiuns que já militam
nessa área e que não sentem estas impressões, de
forma alguma devem pensar que não existe intercâmbio
de fluidos em seus passes, diríamos que estas
120
sensações também se adquirem por prática e dependem
de outros fatores na sensibilidade de cada um.

E as mãos deverão ficar conforme o passista se


sinta mais tranqüilo e relaxado para desenvolver a
aplicação, continuando assim, com o modo pelo qual o
médium praticava tal aplicação.
DIAGNÓSTICO OU TATO - MAGNÉTICO

O primeiro passo realmente, levando em


consideração que no momento do passe estamos na
condição de verdadeiros intermediários, seria conhecer
um pouco mais o irmão que comparece para o passe,
tratando de posicionar as mãos ou a mão primeiramente
sobre o coronário e depois paulatinamente descer, sem
se demorar muito, no intuito de sentir as vibrações do
campo vibratório do paciente, as oscilações do seu tônus
vibratório, as emanações de seu corpo perispiritual,
tendo em vista até mesmo descobrirmos pontos no
organismo com vibrações diferenciadas e problemáticas,
mentalmente não estamos doando nada, por enquanto
somente reconhecendo o paciente, entrando em relação
fluídica com o paciente. Esta técnica também se
desenvolve através da prática. Facultando os médiuns
encontrarem campos em desequilíbrio do paciente,
alguns passistas através desta técnica detectam
informações valiosas e que muito auxiliam no tratamento
fluidoterápico. Utilizando dispersivos para assim, de uma
certa maneira podermos "clarear" o campo vibratório do
paciente e conseqüentemente localizar com maior
facilidade as desarmonias existentes. Façamos uma
rápida comparação da utilidade dos dispersivos nesta
técnica: se uma pessoa esta com problemas na região
121
gástrica, seu campo vibratório ficará desorganizado.
Fazendo uso do tato-magnético neste momento
poderemos captar uma desorganização é claro,
generalizada e não local ou até mesmo verificar que ele
se encontra mais sério na região do abdômen, mas se
fizermos um dispersivo agiremos diretamente nos fluidos
desordenados, ordenado-os e até mesmo extrairemos os
mesmo que envolvem o corpo deixando o foco em
desarmonia, mas acessível ao nosso tato. Da mesma
forma quando fazemos um curativo, primeiramente
assepsiamos e depois cuidamos do foco infeccionado.
EMANAÇÃO DE FLUIDOS

Em "A GÊNESE - CAP. XIV - ITEM 33", Kardec nos


demonstra que "a ação magnética pode produzir-se por
diversas formas:"

1.

Pelo próprio fluido do magnetizador (Passista) – é


o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo
humano, cuja ação é subordinada à potência e
sobretudo à qualidade do fluido.
2.

Pelos fluidos do Espírito (desencarnado). – atuam


diretamente e sem intermediários sobre o encarnado,
seja para curar ou acalmar um sofrimento, seja para
provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para
exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral
qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja a qualidade
está na raiz das qualidades do espírito.
3.
122
Pelos fluidos do Espírito (desencarnado)
combinando com os fluidos do magnetizador (Passista).
– fluidos derramados sobre o magnetizador e ao qual ele
serve de condutor. É o magnetismo misto, semi-espiritual
ou, se assim melhor nos expressamos, humano-
espiritual. Vemos neste, o fluido espiritual, combinado
com o fluido humano, dando à este último as qualidades
que lhe faltam. O auxílio dos espíritos, em tais
circunstâncias, é por vezes espontâneo, porém com
mais freqüência é provocado pelo apelo do
magnetizador.

Conforme já verificamos, o pensamento e a vontade


exercem ação preponderante sobre os fluidos.

Verificamos também, que a ação dos Espíritos é


que realmente dá eficácia curadora, no magnetismo, aos
fluidos humanos.

Dessa forma é importante a conscientização, em


nossas Casas Espíritas, dos médiuns passistas e
mesmo daqueles caracterizados como curadores, de que
são os Espíritos que provocam as curas, servindo o
médium como intermediário, pois são eles, os Espíritos
quem aumentam, dirigem e qualificam nossos fluidos.

Pesquisando Kardec, vamos encontrar na Revista


Espírita - Ano Vii - Jan. 1864 - Pag. 7, importante estudo,
que nos elucida no assunto, quando nos diz:

..."Em geral o que magnetiza (Passista) não pensa


senão em desdobrar essa força fluídica, derramar seu
123
próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus
cuidados. SEM se ocupar se há ou não uma Providência
interessada no caso, tanto ou mais que ele. AGINDO
SÓ, não pode obter senão o que a sua força, sozinha,
pode produzir; ao passo que os médiuns curadores
começam por elevar sua alma a Deus, e a reconhecer
que, POR SI MESMOS, nada podem... Esse socorro que
envia, são os bons Espíritos que vem penetrar o médium
de seu fluido benéfico, que é transmitido ao doente... e,
que são devidas simplesmente à natureza do fluido
derramado sobre o médium;

ao passo que o magnetizador (passista) ordinário se


esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o médium
curador infiltra um fluido regenerador pela simples
imposição de mãos, graças ao concurso dos bons
Espíritos".

Continuando, à pag. 8 da mesma Revista Espírita,


encontramos:

..."Na ação magnética propriamente dita, é o fluido


pessoal do magnetizador que é transmitido, e esse
fluido, que não é senão o perispírito, sabe-se que
participa sempre, mais ou menos, das qualidades
materiais do corpo, ao mesmo tempo que sofre a
influência do Espírito..."

Verificamos dessa forma, que não há diversos tipos


de Passes. Nos trabalhos de socorro ao próximo,
sempre, estaremos secundados pelos Espíritos.

124
Assim, o Passe possui um único tipo, que podemos
designá-lo, se assim o desejarmos de humano-espiritual,
dado à simbiose que sempre haverá entre encarnados e
desencarnados, mormente nesse campo de atividade.

10.3.3 - TIPOS DE PASSE:


10.3.3.1 - IMPOSIÇÃO DAS MÃOS:

Trata-se de técnica concentradora de fluidos,


dependendo da distancia da aplicação efetuada,
funcionará como concentradora e bastante ativante se
aplicado de perto do paciente - e calmante se aplicado
de longe do paciente, desta forma descarregando fluidos
pesados, facilitando a circulação sangüínea.

A forma de executá-lo é muito simples; posiciona-se


a (s) mão (s) sobre o lugar onde se deseja fazer a
aplicação fluídica, sem movimentos e sem algum toque
no paciente. A (s) mãos devem ficar abertas, com os
dedos levemente afastados um dos outros, dificultando
assim, as contrações musculares nas mãos.

Os passistas digitais, que acima explicamos vão


tender a deixar os dedos levemente baixos em direção
ao ponto de será fluidificado, e os passistas palmares
concentrarão melhor as palmas das mãos, com os dedos
sem qualquer arqueadura.

Observações importantes:
125
As imposições, quando se tratando de inflamações,
infecções e cânceres, requerem a aplicação de passes
dispersivos ou de distribuição na localidade onde foi
efetuada a fluidificação:

Mas qual a função neste particular dos passes de


distribuição ou dispersivos?

1 acelerar de certa forma a absorção dos fluidos


pelo a área afetada pela infecção ou inflamação e

2 evitar que algumas emanações fluídicas


desarmonizadas da área afetada impregnem as mãos do
passista, sobretudo lembrando que a concentração por
imposição gera um elevado campo magnético, com isso
uma grande corrente de energia circulando entra as
mãos do passista e a região onde se esta fluidificando.

A imposição carrega de fluidos e por ser


caracteristicamente concentradoras esta técnica, sendo
praticada onde se demora muito sobre o coronário
podem provocar tonturas dores de cabeça no paciente,
ações irritantes sobre o sistema nervoso, podendo
ocasionar sérios embaraços magnéticos, neste caso
também recomendamos, os dispersivos intercalados
com as imposições nas áreas fluidificadas, buscando
evitar essas sensações, pois como veremos abaixo os
dispersivos ou como é costumeiramente chamado os
passes de limpeza ou distribuição, auxiliam realmente na
maior assimilação e distribuição energética por todo o
corpo, como também na retirada dos excessos.

126
10.3.3.2 - PASSES LONGITUDINAIS:

Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo,


de cima para baixo. A base fundamental desta aplicação
é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do
passista e veiculado pelas suas mãos, transmite-se ao
corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.
Os passes longitudinais movimentam os fluidos e os
distribuem, mas quando ultrapassam as extremidades
( pés e mãos), os descarregam.

Conforme o nome sugere a direção de sua


movimentação: ao longo de - é também chamado passe
de extensão. Ao contrário, os longitudinais são feitos
com movimentos e não com as mãos fixas sobre um só
ponto.

Esta técnica é muito rica entre todas as outras


técnicas.

Dependendo da velocidade e da distância com que


são aplicados, os longitudinais atendem todos os
padrões e técnicas estabelecidas pela combinação
desses dois fatores. Assim, um longitudinal lento e
próximo terá características concentradoras de ativantes
e se lento e distante, funcionará como concentrador de
calmante. Os movimentos do passe, através da força
mental, é que irão conduzir, ou melhor dizendo,
direcionar ou dispersar os fluidos que as técnicas
concentradoras acumularam.

127
Os longitudinais, quando usados como dispersivos
ou passes de distribuição geral, são excelentes para
promover a distribuição e introjeção de fluidos
concentrados no campo vibratório do paciente para
absorção do mesmo, restabelece a harmonia das
vibrações anímicas e físicas, auxiliando nas dores,
todavia na resolução de problemas de transe mediúnico,
hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz
necessária muita movimentação para isso, devendo se
utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para
estes problemas. Grande vantagem ai vista é que, por
sua versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para
atender a praticamente todos os casos de fluidificação,
ressalvadas as especialidades que solicitam técnicas
mais objetivas.

O passe tradicionalmente visto nas casas espíritas é


composto de três movimentos:

O primeiro é a imposição das mãos na altura dos


parietais, onde é estabelecido o contato entre as
correntes magnéticas, do passista e do receptor.

Os passes se executam com os braços estendidos


naturalmente, sem nenhuma contração e com a
necessária flexibilidade para a realização dos
movimentos; como regra geral, que deve ser
rigorosamente observada, os passes não podem ser
feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo
para cima, o que seria, se assim podemos nos exprimir,
uma verdadeira "desmagnetização", verificando acima de
tudo que este movimento, digo, de baixo para cima,
causaria uma força contrária a rotação natural dos
128
chacras dificultando a assimilação e levando os chacras
a não absorverem e manterem os fluidos nas suas
periferias. Todavia acontecendo tais movimentos
errôneos, é necessário aplicar alguns dispersivos ou
comumente chamado os passes de distribuição,
movimentando os fluidos presos nas periferias dos
chacras devido os movimentos terem sido de baixo para
cima.

Por isso, as mãos devem descer suavemente, em


movimento nem muito lento, nem muito apressado, até o
ponto terminal do passe e cada vez que se repete um
passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e
afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar
rapidamente ao ponto de partida.

Com a descida das mãos, inicia-se o segundo


movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas
mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em
seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da
mesma, para baixo ou para trás.

O terceiro movimento é a colocação dos fluidos


salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza
a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não
sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação
a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte
comparação: Na frente do paciente existe uma linha
contendo gotas de orvalho que descerão sobre o
mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o
ato de doação.
Poderemos verificar que existe uma mescla acima
do Passe Longitudinal com as Imposições.
129
Normalmente este modalidade, onde encontramos a
imposição com os longitudinais, servem para os
pacientes com desarmonias fluídicas gerais, quando se
detecta problemas no trânsito fluídico pelos centros
vitais, crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio
das funções nervosas, quando necessita de reforço
fluídico para uma maior harmonização entre todos os
centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples, como
poderemos ver: com uma das mãos fazemos uma
imposição sob o centro vital que iremos fluidificar, com a
outra iremos fazer um longitudinal, a partir do centro vital
onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim,
dispersivos gerais. Ressaltamos, ainda que ao final
dessa técnica de conjugação, devemos fazer dispersivos
localizados, sobre o centro em desarmonia, pois o
mesmo poderá reter uma carga grande de fluidos, pois,
enquanto uma mão faz o longitudinal a outra é fixada sob
o chacra desarmonizado. Depois do dispersivo
localizado no chacra desarmonizado aconselhamos um
dispersivo geral sob todo o campo vibratório do paciente.

10.3.3.3 - PASSE COLETIVO:

Caracteriza-se esta modalidade, quando o número


de passistas é insuficiente para atender a todos os
freqüentadores individualmente, pode-se lançar mão
deste recurso como medida de emergência. Realiza-se
esse trabalho com o diretor, após a prece e a preleção
evangélica, pedindo a todos os passistas presentes que
doem fluidos aos trabalhadores do plano espiritual e
mentalizem as aplicações dos passes necessários a
cada paciente.
130
Esta modalidade poderá ser aplicada mentalmente,
imaginando os passistas aplicando os passes através
das projeções mentais sob os pacientes no recinto.

10.3.3.4 - PASSE A DISTÂNCIA – IRRADIAÇÕES:

Nesta modalidade, comumente verificamos uma


equipe de médiuns que visitam hospitais e que na busca
do auxílio reservam uma atividade para as irradiações a
distância para aqueles enfermos visitados nos hospitais.

O médium sintonizado com o necessitado, a


distância canaliza igualmente fluidos salutares e
benéficos. Os doentes são beneficiados não somente em
virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos
encarnados como pelas energias extraídas dos
presentes pelos cooperadores espirituais.

O passe a distância entretanto é praticado da


seguinte maneira :

Concentração e prece

Idealizar a figura material do doente – se for


conhecido – dando como presente; ou, então, imaginar
sua figura, no local indicado e ir lá com o pensamento.

Fazer sobre essa figura, imaginada ou


ideoplastizada, os passes indicados, encerrando com
uma prece.
AS VIBRAÇÕES IRRADIADAS E AS AQUISIÇÕES
ESPIRITUAIS:
131
"O Espírito não se acha encerrado no corpo como
numa caixa, irradia por todos os lados..."

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 420)

"Quando o pensamento está em alguma parte, a


alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O
pensamento é um atributo".

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 89 a)

"Todos os Espíritos irradiam com igual força?

Longe disso. Essa força depende do grau de pureza


de cada um".

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. 92 a)

Pelas questões acima podemos perceber a


importância das qualidades morais e espirituais para
uma ação eficaz no campo das vibrações. Por isso é
fundamental que o integrante da reunião mediúnica, ou
reunião de passes magnéticos a distância se aprimore a
cada dia, procurando superar as suas imperfeições a fim
de que a sua participação no auxílio aos que mais
sofrem se processe de forma mais consistente.
A VONTADE E O SEU PAPEL NAS VIBRAÇÕES:

"A vontade é a gerência esclarecida e vigilante;


governando todos os setores da ação mental".

132
"... ela (a vontade) é o leme de todos os tipos de
forças incorporados ao nosso conhecimento.

Só a vontade é suficientemente forte para sustentar


a harmonia do espírito". (Emmanuel. Pensamento e
Vida. Cap. II, páginas 16 e 17)

"A vontade é, assim, a expressão do nosso livre-


arbítrio. Por ela damos os nossos testemunhos e
demostramos os nossos ideais no bem. (...) A vontade é
constituída dos seguintes fatores dinâmicos: impulso,
autodomínio, deliberação, determinação e ação. Todos
eles interligados e decorrentes entre si".

(Ney Prieto Peres. Manuel Prático do Espírita. Parte


III, Cap. 42, pág. 203)

Pelo que percebemos diante das colocações acima,


a vontade é um instrumento fundamental na ação do
bem. Urge que desenvolvamo-la com esforço
perseverante, pois, igualmente através do seu exercício,
nós conseguirmos vencer as nossas más inclinações e
atingirmos o nosso progresso moral.

10.3.3.5 - TRANSVERSAL:

Técnica essencialmente dispersiva, por este fato


muito eficiente quando aplicada com conhecimento.

Funciona basicamente, com os braços


paralelamente esticados sem enrijecimento dos mesmos
e as mãos voltadas em direção ao ponto que se deseje
aplicar o transversal, abrindo-os com rapidez e vigor.
133
Tendo bastante cautela quanto a distância tomada entre
as mãos e o corpo do paciente, para não batermos no
mesmo.

Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama


de um companheiro e jogássemos para longe, de forma
que a sujeira não volte mais para ele, simplesmente
posicionando os braços à altura da cabeça, peito e
ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de
dispersão das energias maléficas impregnadas no
campo vibratório do paciente. Depois de abertos os
braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao
ponto onde se deseje fazer nova dispersão.

Sua ação é muito efetiva quando se requer uma


dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar
fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de
transe do paciente que se estamos fluidificando.

Podemos ainda, verificar uma ramificação da


técnica ora estudada é o :

Transversal Cruzado Basicamente, tem o mesmo


procedimento, só que em vez dos braços ficarem
estendidos paralelamente, eles são cruzados à frete do
paciente, sempre em direção ao ponto que se deseje
dispersar. Com eles também visamos projetar fluidos
dispersivos que produzem como que um choque que
desarticula as ligações fluídicas do obsessor com o
doente, movimentando as agregações fluídicas
obsessor-doente.

134
Interessante salientar, que pelo vigor com que é
praticada, essa técnica deveria cansar muito o passista,
mas como o passe, geralmente, é via de mão dupla, o
efeito positivo dos dispersivos no paciente traduz-se
numa sensação de equilíbrio e satisfação no passista.

No caso de dispersão em paciente que acabou de


incorporar, ou que esteve sob efeito de hipnose ou
sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao
domínio da própria consciência e até as vezes do próprio
corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chakra
frontal, com bastante vigor e atenção por parte do
passista. Geralmente o efeito desta prática é muito
rápida. Os braços como acima vimos devem se estender
completamente no sentido lateral.

10.3.3.6 - PERPENDICULAR:

Também prática geralmente usada para dispersar,


onde o seu poder é mais consistente, pode também ser
útil em concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu
funcionamento solicita que o paciente esteja formando
um ângulo reto com o passista, no campo das
concentrações fluídicas deve ser aplicado com
velocidade muito lenta.

O passista passará as mãos simultaneamente , uma


pela frente e outra pelas costas, perpendicularmente,
sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no
sentido de dispersar.

O passista faz um giro em torno do paciente para


formar o ângulo adequado da aplicação e posiciona uma
135
mão sobre a parte da frente da cabeça e a outra pela
parte de trás, descendo as duas juntamente de cada
lado do corpo, até os pés

Observações:

1 Quando formos usar o perpendicular como


concentrador de fluidos, deveremos movimentar as mãos
ao longo do corpo do paciente, numa velocidade muito
lenta, conforme algumas experiências, em torno de 8
segundos, da cabeça aos pés.

2 Verificamos patentemente a existência de sub-


chacras em nosso em nosso corpo fluídico, pois,
conforme vemos esta técnica também aciona-os e uma
forma patente de se verificar esta técnica é o fato de nas
reuniões mediúnicas os passistas atenderem os
companheiros em trabalho mediúnico pelas costas, com
resultados sempre satisfatórios, indicando acima de tudo
o interligamento dos chakras.

Verificamos algo mais, que sempre as imposições


feitas para facilitar as manifestações mediúnicas são,
quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral.
(região localizada entre a nuca e as omoplatas). O
umeral também esta em relação com a medula espinhal,
exerce influência sobre as tensões musculares, atua
também na parte do sistema nervoso. Verificamos, ai,
que dispersivos localizados nas costas através dos
perpendiculares, são extremamente eficientes.

10.3.3.7 - CIRCULAR OU ROTATÓRIO:


136
Como podemos deduzir, é a técnica definida que
usa de movimentos circulares.

Esta técnica é definida como concentradora, mesmo


quando feitos em giros mais rápidos.

Mas. Por quê? Ë bastante simples.

Como os centros de força, conforme tivemos a


oportunidade de estudar, giram no sentido horário e as
mãos, quando operando esta técnica de circulares ou
rotatórios, giram nesse mesmo sentido, contribuem para
um tempo maior de captação, de forma que o incremento
de velocidade das mãos nos circulares tornarão esses
passes mais concentradores.

É verdade, conforme nos dizem os grandes


estudiosos da matéria como Jacob Melo (O Manual do
Passista), "que existe um limite para o aumento deste
poder concentrante, todavia não sabemos definir ainda
com precisão até que ponto o incremento de velocidade
repercute no aumento do efeito concentrador". O que na
verdade verificamos, é que a ponderação deverá
seguramente ser a diretriz para qualquer passista,
principalmente sabendo que poderá causar danos
magnéticos ao paciente, no caso da demora.

Veremos dois grupos de aplicação nesta


modalidade:

1 Circulares normais - são executados com as


mãos, com os braços sem movimentos.
137
Como esses passe são além de concentradores,
muito ativantes, deverão ser aplicados muito próximos
ao ponto que se deseja realizá-los. Os dedos ficam
levemente arqueados em direção a esse ponto, com a
palma girando, sempre em sentido horário.

Quando a mão finaliza um giro, retorna-se a


mesma, fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a
munheca permitir - já que o braço, em tese, não deverá
mover-se - e reinicia-se o círculo outra vez, repetindo o
processo até que a fluidificação esteja concluída.

2 As aflorações - esta solicita o movimento do braço


e do antebraço. Normalmente, as mãos ficam
espalmadas, sem contrações, ou com o dedos
levemente arqueados.

Como esta técnica é mais utilizada para grande


regiões, pratica-se movimentando o braço no sentido de
giro sobre a região a ser tratada, sempre no sentido
horário e a pequena distância. Normalmente o giro é
feito de forma contínua, mas se houver por alguma
motivo interrupções, as mãos deverão ser afastadas,
fechadas e depois, no reinicio do passe, repousadas no
mesmo ponto em que a floração será reiniciada.

"Os passes circulares, são muito eficientes em


processos de inflamações em pequenas regiões,
problemas digestivos e males em geral do baixo ventre.

No caso de serem usadas as duas mãos, deve estar


muito atento ao sentido do giro, pois nosso automatismo
fisiológico normalmente impulsiona a que a mão tome o
138
sentido horário e a outra o anti-horário. Em caso de
dúvidas, incicie o passe com uma mão apenas e, logo
em seguida, adicione a outra, que deverá seguir o
mesmo sentido da anterior. Lembrando que os circulares
em sentido anti-horário causas congestões fluídicas,
provocando mal-estares. E dependendo do tempo da
magnetização, poderá causar danos imprevisíveis.

As aflorações também podem ser aplicadas como


se fossem longitudinais. Neste caso, os círculos seriam
feitos ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça
aos pés, com os braços girando em sentido horário".
(Jacob Melo – O manual do Passista)

10.3.3.8 - SOPRO OU INSUFLAÇÃO:

Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos


aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do
paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área
dos tecidos. Para isso é necessário que o passista aspire
ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal,
deverá Ter capacidade bem ampla de respiração,
podendo obtê-la através de exercícios de respiração
profunda.

André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O


Sopro, nos diz "Nossos técnicos não se forma de pronto.
Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a
preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São
servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram,
ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme
acatamento mas, precisam conservar a pureza da boca
e a santidade das intenções. Nos círculos carnais, para
139
que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível
que o homem tenha estômago sadio, a boca habituada a
falar o bem, com abstenção do mal, e mente reta,
interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos,
teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e
curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na
Crosta, a saúde, o conforto e a vida".

Divide-se em dois grande grupos:

1. Frias - são muito usadas como dispersivos ou


calmante a depender da distancia e da força que se
imprime no próprio sopro a verificar, pois são aplicadas,
normalmente a uma relativa distância da região que se
deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela que
se queira apagar.

O sopro é dado com os pulmões cheio de ar,


liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e
rapidamente e com vigor ( para o objetivo de dispersar,
como acordar o paciente de um sono magnético,
sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa,
afastamento de espírito). Poderemos verificar, que nesta
aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de
fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde
ou desarmonia.

2. Quentes - ao contrário das frias, são


extremamente concentradoras de ativantes. São
aplicadas o mais próximo possível da região que se
140
queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que
quiséssemos embaçar.

É praticada com os pulmões cheios de ar, com o


aquecimento do estômago, liberando-os lentamente, até
esgotar o ar.

Findando a insuflação, afasta-se a boca do local,


respira-se normalmente algumas vezes e depois, com os
pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.

Verificamos que esta modalidade de insuflação


deverá ser é extremamente desgastante para o passista,
podendo até causar tonturas leves.

Cuidados na Aplicação:

Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais


principais; após um máximo de duas insuflações
quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados
antes de repeti-las, salvo exceções, nunca faça mais de
5 insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é
muito grande.

Além da boca sadia, tenha um hálito mental


equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.

Antes dos passes evite alimentos pesados e muito


gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer
insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.

Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar,


fofocar ou levantar falso.
141
Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às
insuflações quentes o maior grau de eficiência em
tratamentos de inflamações e infeções em pequenas
regiões (tumores localizados, feridas com dificuldade de
cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito
concentrador de ativantes, sempre há riscos de retorno
de cargas fluídicas densas para a fonte.

Assim é muito importante fazer sempre uma


intercalação com dispersões localizadas, inclusive
algumas delas sendo feitas por insuflações frias à
pequena distância, como também o uso de flanela fina
para melhores cuidados (com essas precauções
evitamos possíveis agregações fluídicas
desarmonizadas à boca do passista)

10.3.3.9 - O AUTO PASSE:

Edgar Armond, no Livro Passes e Radiações nos


informa que esta é uma modalidade bastante útil porque
permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem
em sua própria cura e utilizarem os recursos imensos
que estão a disposição de todos pela misericórdia de
Deus, Criador e Pai. Os médiuns devem utilizar do Auto
Passe para limpeza psíquica de si mesmo e o
recarregamento de energias dos plexos e centros de
força.

Todavia, se analisarmos que como médiuns


passistas, somos verdadeiros filtros e que colaboramos
ou dificultamos e até mesmo contaminados as
aplicações fluídicas da espiritualidade no enfermo,
142
deveremos crer a partir destas informações que
devemos estar cientes de nossa postura em relação a
nossa conduta moral, sabendo também que o passe é,
via de regra, uma via de mão dupla.

Então somos levados a crer que se estamos


descompensados, não estaríamos também
incapacitados de aplicar o passe?

Nestes casos bastaria uma prece sincera para


restabelecermos nossa harmonização.

Kardec, na Revista Espírita, set 1865, pág 254 – Da


mediunidade curadora, nos assevera: "A prece, que é um
pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé,
produz o efeito de uma magnetização, não só chamando
o concurso dos bons espíritos, mas dirigindo ao doente
uma salutar corrente fluídica". E como somos
transmissores desta corrente, seguramente ficaremos
também envolvidos de uma certa forma nas mesmas.

Não descartamos e respeitamos todas as opiniões


dadas a respeito deste item, concordamos que a prece é
sempre um verdadeiro e profundo mecanismo de auto-
passe. Concluindo que nossa conduta moral mesclada
com o trabalho no bem e o amparo a outros através do
passe, sempre nos facultará recursos imensuráveis de
auxílio em busca de nosso próprio crescimento.

DURANTE A APLICAÇÃO DO PASSE:

Enquanto estamos no trabalho de aplicação do


passe, deveremos estar voltados para concentrações em
143
coisas edificantes, em prece, mentalizando um lugar
harmônico, em fim:

1. Confiança na espiritualidade e desejo de ajudar,


todo condicionado na Providência Divina, ou melhor
dizendo, fé, amor e humildade

2. Estar sereno, para assim poder registrar pela


intuição, as orientações espirituais para a fluidificação a
ser desempenhada.

3. Estar mentalizando a recuperação dos órgãos do


enfermo, sob a ação dos mensageiros do Senhor;
sempre condicionando esta recuperação a vontade
Divina e direcionamento moral do paciente.

4. Conhecer a localização dos centros de força, pois


com isso os espíritos que trabalham nesta atividade
poderão através de sua intuição, direcionar as cargas
fluídicas benéficas para os chakras que influenciam as
localidades enfermas.

5. Silencio não somente exterior todavia interior


localizando todas as atenções na ação a ser
desempenhada.

6. Reflexos das impressões dos pacientes, é


bastante comum os passistas sentirem as sensações
que os pacientes experimentam. Ora nosso campo
fluídico absorve com facilidade as emanações do
paciente, nestes casos são recomendados dispersivos
gerais primeiramente antes das aplicações fluídicas. É
comum, também, os passes em pessoas sob a atuação
144
de espíritos em desequilíbrio, o passista poderá registrar
reflexos negativos desde a hora em que se propões a
ajudar, podendo perdurarem ainda depois do passe.
Sabendo que somos ainda imperfeitos, somos também
criados pela mesma matéria elementar e que nosso
campo vibratório assimila com facilidade outras
emanações exteriores que conosco se afinizem,
verificaremos a grande facilidade de as absorver, pois
ainda somos pequenos, daí a grandiosa frase deixada
pelo Divino Amigo "Orai e Vigiai", só assim, através do
altruísmo, da moralização do ser, paulatinamente
modificaremos o nosso ritmo vibratório não afinizando
mais com energias deletérias.

É compreensível que os espíritos envolvidos na


trama obsessiva, conhecendo a disposição do passista
em colaborar, pretendam também mexer com o seu bom
ânimo, afastando-o do caminho do enfermo.
Perseverança e conhecimento das responsabilidades
são porções medicamentosas para tais afecções.

DISPERSIVOS E SUAS IMPORTÂNCIAS

Já falamos bastante em dispersivos ou passes de


distribuição e limpeza, todavia gostaríamos de dar
alguns destaques breves sobre suas funções bem como
a importância nas técnicas dos passes já utilizadas por
nós na nossa casa espírita. O termo dispersivo, também
conhecido por alguns como limpeza fluídica.

Analisando o dicionário Aurélio, o termo dispersar


entre outras coisas significa - fazer ir para diferentes
partes, pôr em debandada, espalhar.
145
A primeira significação desta palavra em foco , na
cabeça de muitos médiuns tem o sentido de dissipar,
desfazer.

Por isso, conversar um pouco sobre os mesmos nos


levará, seguramente, a melhores compressões desta
técnica.

Os dispersivos:

Aqui seguem algumas características dos passes de


distribuição ou dispersivos:

1.

Filtram os fluidos, refinando-os para os


atendimentos;
2.

Introjetam os fluidos que ficam, por motivos vários,


armazenados nas periferias dos centros vitais para
consumo gradual do paciente;
3.

Catalisam fluidos, aumentando seu poder e


velocidade de penetração, fazendo uma assepsia no
campo vibratório do paciente facilitando a penetração
dos mesmos, facilita também o alcance e transferência
entre os centros vitais; quando em grande circuito,
faculta a harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais;
4.
146
Esparge as camadas fluídicas superficiais,
deixando mais visíveis e sensíveis os focos de
desarmonias; elimina os excessos de concentrados
fluídicos por ocasião do passe, assim favorecendo ao
paciente uma sensação de equilíbrio e ao passista uma
recompensação fluídico-magnética que dificulta a
possibilidade de uma fadiga;
5.

Resolve desarmonias causadas por fadigas,


embora nestes casos seja quase sempre requerida a
ingestão simultânea de água fluidificada;
6.

Corrige eventuais equívocos no uso de técnicas de


passe; redireciona cargas fluídicas entre os centros
vitais. Por fim, é certo que os dispersivos extraem
excessos fluídicos redirecionando-os mesmo, para
regiões mais necessitadas, mas não extraem ou
arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem
alguns, nem muito menos joga-os fora.

Quando doamos fluidos através do passe, o


organismo vital do paciente os absorve e retêm, por um
processo de afinidade, não permitindo que fluidos retidos
a partir de então, sejam retomados por um simples
dispersivo.

Os excessos são extraídos exatamente porque não


estão retidos pela combinação ou afinidade, daí a
maleabilidade em seus manuseios.
10.3.3.10 - PASSE NOS CHAKRAS (Centros de
Força)
147
São aconselháveis para a reativação para os
centros de força nos casos de desenvolvimento
mediúnico, no campo das curas, levando-se em
consideração a localização de cada um e sua
repercussão nos plexos do organismo físico. Aplicam-se
os passes acima mencionados relativos e direcionado
aos pontos onde se encontram os chacras refletido em
nosso organismo físico pelos plexos. Levando sempre
em consideração o tempo de sua aplicação para ao
invés de reativar, sobrecarregar

10.3.4 - PRECE:

A prece é um dos meios pelos quais a cura de um


mal pode ser alcançada. Mas é, também, um meio dos
mais difíceis, haja vista a pequena capacidade que
grande parte dos seres humanos tem para orar. Isto
porque a oração não é um ato mecânico, que se realiza
pelos lábios.

Não. A prece é algo que depende enormemente do


pensamento e da vontade, pois sem estes ela se
transforma em algo sem maior expressão. Quando os
homens aprendem verdadeiramente a orar,
indubitavelmente conseguem sucesso em muitas coisas,
inclusive na solução de seus problemas de saúde.

148
Segundo o ensino doutrinário, podemos, na prece,
realizar três atos fundamentais, que independem de
lugar, tempo, idioma, duração e forma:

louvar;
*

pedir;
*

agradecer.

Quando dizemos "Pai Nosso, que estais no Céu,


santificado seja o vosso nome", usando esta ou aquela
forma verbal, nesta ou naquela atitude física, estamos,
invariavelmente, louvando a Deus, sua Misericórdia e
sua Justiça, porque ao Criador estamos elevando nosso
pensamento respeitoso e agradecido, confiante e
sincero.

A prece outra coisa não é senão uma conversa que


entretemos com Deus, Nosso Pai; com Jesus, Nosso
Mestre e Senhor; com nossos amigos espirituais.

É diálogo silencioso, humilde, contrito, revestido de


unção e fervor, em que o filho, pequenino e imperfeito,
fala com o Pai, Poderoso e Bom, Perfeição das
Perfeições.

149
Quando o espírita ora, sabe, por antecipação, que
sua prece não opera modificações na Lei, que é
imutável; altera-nos, contudo, o mundo íntimo, que se
retempera, valorosamente, de modo a enfrentarmos com
galhardia as provas, que se atenuam ao influxo da
comunhão com o Mundo Espiritual Superior.

Tem, assim, a prece o inefável dom de dar-nos


forças para suportarmos lutas e problemas, internos e
externos, de colocar-nos em posição de vencermos
obstáculos que, antes, pareciam irremovíveis.

A oração não suprime, de imediato, os quadros da


provação, mas renova-nos o espírito, a fim de que
venhamos a sublimá-los ou removê-los.
EMMANUEL

10.3.5 -RECEITUÁRIO MEDIÚNICO:

A mediunidade receitista foi tratada por Kardec de


maneira objetiva. Diz ele em "O Livro dos Médiuns" que
a especialidade dos médiuns receitistas "é a de servir
mais facilmente de intérpretes aos espíritos para
prescrições médicas. Não devemos confundi-los com os
médiuns curadores, porque eles não fazem
absolutamente mais do que transmitir o pensamento do
espírito e não têm, por si próprios, nenhuma influência".

Com a popularização do Espiritismo, este tipo de


mediunidade foi tomada de muitas preocupações,
criando-se em torno dos médiuns receitistas uma aura
150
de medo. Espalhou-se a preocupação de que as receitas
espirituais pudessem, pelo menos no Brasil, contrariar as
leis e trazer para a Doutrina alguns prejuízos. Surgiu
então a orientação de que as receitas dadas por
médiuns deveriam passar pelo crivo dos médicos,
passando estes a responsabilizarem-se por elas.

Se, em algum momento, esta preocupação teve sua


razão de ser, a verdade é que a presença do médico ao
lado do médium receitista passou a ser encarada em
muitos centros espíritas como uma necessidade
inadiável, a ponto de inibir o trabalho mediúnico.

10.3.6 - CIRURGIAS ESPIRITUAIS:

A cura através do que se convencionou chamar


operações espirituais parece ser recente, especialmente
aquelas em que os médiuns utilizam instrumental
cirúrgico. Não há registros de fatos dessa natureza do
século passado. Allan Kardec não as menciona, embora,
na Revista Espírita ele se refira à mediunidade nos
médicos, chegando inclusive a apontá-la como de
grande interesse para o futuro.

As operações espirituais, que se popularizaram


entre nós com o aparecimento do "médium da faca
enferrujada", José Arigó, formam objeto de muita
discussão no movimento espírita, havendo aqueles que
não as aceitam e outros que chegam até a combatê-las.

151
Ao tempo de Arigó, as discussões se tornaram
intensas, a ponto daquela mediunidade escandalizar
conhecidos trabalhadores do movimento espírita, que
temeram pelo futuro. Após sua morte, o clima serenou,
voltando a ficar tenso com o aparecimento do agora
médico Edson Queiroz (que desencarnou no dia 5 de
outubro de 1991, assassinado).

Eis aí uma mediunidade que poderíamos chamar de


"risco", uma vez que exige muita determinação por parte
do médium e coragem do paciente em se submeter à
cirurgia. O "risco" é menor quando a operação é
realizada sem instrumentos cirúrgicos, como acontece
com determinados médiuns, que se utilizam apenas das
mãos.

Mas quando os espíritos solicitam o bisturi, a


situação se modifica e deixa muitas pessoas
desnorteadas, já que a maioria absoluta das cirurgias
neste caso é feita em condições precárias sob o ponto
de vista médico, normalmente sem o uso de anestesia e
assepsia, com a agravante do espírito operador fazer
uso de recursos como sujar propositadamente o local da
incisão, chegando até a mandar cuspir nos cortes.

É aí talvez que o escândalo aumenta. Muitos


médicos e alguns deles bons espíritas não conseguem
ver sentido nesse ato, acabando por se opor a esse tipo
de tratamento. Com Arigó o escândalo chegou até ao
receituário mediúnico que ele às vezes fornecia aos
pacientes, contendo todas as evidências de uma
verdadeira contradição.
152
No entanto, até o presente momento, não há
registro de pacientes que tenham se utilizado aquelas
receitas e tido sua condição agravada. Pelo contrário,
centenas de casos estudados demonstraram, quando
pouco, uma acentuada melhoria do estado geral do
paciente.

10.3.7 - TRATAMENTO A DISTÂNCIA:

Este processo de cura, embora bastante conhecido,


mas ainda pouco explorado, consiste em reunir, em data,
horário e local previamente estabelecidos, de maneira
disciplinada e permanente, um certo número de pessoas
de boa vontade, para, em recolhimento e prece,
destinarem energias (fluidos) para as pessoas
necessitadas.

Em vista do que falamos no início sobre o poder do


pensamento e sua ação sobre os fluidos, ficam claros
para nós as possibilidade deste tipo de reunião.

CIRURGIA FLUÍDICA OU CIRURGIA ASTRAL:

Consiste em uma cirurgia espiritual que será


realizada em sua casa pelos doutores espirituais no dia e
hora pré-determinado por eles após uma avaliação e
preparação do paciente e harmonização do ambiente em
que este será operado.

Além do ritual preparatório para a cirurgia irá


receber também o regime alimentar e cuidados que o
153
paciente terá após a cirurgia e a assistência da equipe
de auxílio e apoio espiritual.

Esta cirurgia fluídica ou astral busca eliminar o mal


físico e promover o equilíbrio corpo e alma afim de que o
sistema imunológico de defesa possa não sofrer
nenhuma interferência externa.

Nota: Em alguns casos se fez necessário uma


limpeza prévia da aura, pois se a mesma estiver
carregada de energias negativas os resultados poderão
ser dificultados.

PERGUNTA: Como se encaram as cirurgias astrais?

DIVALDO FRANCO: - Acreditamos que as cirurgias


astrais são válidas, desde que o paciente esteja com o
seu carma liberado. Daí, constatar-se que nem toda
interferência ;de ordem espiritual, no campo cirúrgico, dá
o resultado que seria de esperar-se. Aliás, mesmo no
Evangelho, encontramos uma referência: nem todos
aqueles que buscaram Jesus foram curados, porque
tinham dívidas, e essas dívidas não estão resgatadas, é
óbvio que a cura não se poderia dar.

10.3.8 - A DESOBSESSÃO E A CURA:

O Espiritismo encara a obsessão em seus variados


graus como uma doença cujo portador deve ser tratado
convenientemente. A ação de um espírito sobre um
encarnado, levando-o a cometer atos tidos como
anormais por nossa sociedade, é que tem não poucas
154
vezes enchido os nossos institutos psiquiátricos. Daí,
pois, a importância de uma doutrina como a espírita,
capaz de dar à doença e ao doente uma visão nova e
diferente, com condições de ir ao fundo da questão e
obter resultados realmente satisfatórios.

E mais, uma doutrina que é capaz de avançar no


diagnóstico e indicar quando a doença é causada por
espíritos e quando ela, na verdade, foi criada pela
própria mente da criatura enferma, oferecendo, a partir
daí, o remédio capaz de levar à cura – quando menos,
de aliviar os sofrimentos. A Desobsessão será tratada
com mais profundidade em matérias posteriores.

10.3.9 - ÁGUA FLUIDIFICADA:

A água pode ser fluidificada, de modo geral, em


benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter
particular para determinado enfermo, e, neste caso, é
conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.

Quanto as condições para que os Espíritos amigos


possam fluidificar a água pura, independe da presença
de médiuns curadores, bem como as reuniões especiais,
de modo algum podem constituir o preço do benefício
aos doentes, porquanto os recursos dos guias
espirituais, nessa esfera de ação, podem independer do
concurso medianímico, considerando o problema dos
méritos individuais. A caridade não pode atender a
situações especializadas.
Emmanuel - 1940
155
A mudança das propriedades da água, por obra da
vontade. O Espírito atuante é o do magnetizador, quase
sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma
transmutação por meio do fluido magnético que é a
substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou
elemento universal.
Nos fluidos corporais estão presentes numerosos
íons – partículas com carga elétrica -,como:

Na+1 (íon sódio),


K+1 (íon potássio),
PO-3/4 (íon fosfórico)
e Cl-1 (íon cloreto).
O movimento dos fluidos corporais significa o
próprio movimento destes íons, daí resultando
surgimento de correntes elétricas. Com aplicação de
campos magnéticos ao corpo, o fluxo de íons se modifica
e seu movimento tornar-se-á mais rápido, estimulando
os canais que transportam estes fluidos, daí resultando
aumento da atividade da área sob ação magnética,
produzindo resultados curativos, quando enferma
(SOUZA, 1994).

Rodrigues (SOUZA, 1999), analisando a água


imantada ou polarizada, afirma que a redução da Tensão
Superficial relaciona-se diretamente com o fato de que,
na célula animal ou vegetal, ocorre uma maior
mobilidade iônica, ou aumento da troca de nutrientes na
membrana celular, especialmente íons de Sódio e
Potássio (além do Fósforo e do Cálcio).

156
Fluidoterapia [do latim: fluidu + do grego: therapeía]
– É o tratamento feito com fluidos:

passes,
*

irradiação,
*

água magnetizada.

Bibliografia:

Obras de Kardec: O Livro dos Espíritos, O Livro dos


Médiuns, A Gênese, A Obsessão.
Obras do autor: Médicos-médiuns e O Centro
Espírita
Obras de André Luiz: Desobsessão, Os
Mensageiros, Evolução em Dois Mundos, Missionários
da Luz, Conduta Espírita, Nos Domínios da
Mediunidade.
Obras de Emmanuel: Vida e Sexo, O Consolador,
Pensamento e Vida.
Obras de Herculano Pires: O Centro Espírita,
Mediunidade, Vampirismo
Obra de Nazareno Tourinho: Edson Queiroz, o novo
Arigó dos Espíritos
Obra de Celso Martins: A Obsessão e o seu
Tratamento Espírita
Obra de Urbano Pereira: Operações Espirituais
Obra de Moacyr Petrone: Assistência Espiritual
157
Obras de Edgard Armond: Passes e Curas
Espirituais, Mediunidade, Curas Espirituais, Trabalhos
práticos de Espiritismo
Obra de Manso Vieira e Godoy Paiva: Manual do
Dirigente das Sessões Espíritas
Obra de Aurélio A. Valente: Sessões Práticas e
Doutrinárias do Espiritismo
Obra de Stephanie Matthews Simonton: A Família e
a Cura
Obra de Louise L. Hay: Cure seu corpo
Obra de Barbara Bowers: Qual é a cor de sua aura?

Fontes Eletrônicas:

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/gebm/as-
curas-espirituais.html
http://www.guia.heu.nom.br

http://www.espirito.com.br/portal/artigos/elferr/as-
tecnicas-do-passe.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Reiki

10.4 - TERAPIAS HOLÍSTICAS:

Clique aqui para acessar a página

Estudos e Evidências Científicas da Cura pela


Imposição das Mãos

158
Luís de Almeida*, Porto, Portugal

luis.almeida@mail.telepac.pt

Existem vários estudos de cariz científico que vêm


comprovar os postulados espíritas em torno do passe e
da magnetização da água.

Como espíritas sabemos que podemos aplicar


sobre a água os "fluidos" curadores que revitalizarão os
campos vibratórios desajustados naqueles que dela
fizerem uso, em busca da sua acção salutar e da própria
transformação interior.

O sábio lionês há 150 anos assegura-nos (1) «O


espírito actuante é o magnetizador, quase sempre
assistido por outros Espíritos (…) Ora, desde que ele
pode operar uma modificação nas propriedades da água,
pode também produzir um fenómeno análogo com os
fluidos do organismo, donde o efeito curativo da acção
magnética, convenientemente dirigida.»

O Dr. Bernard Grad, PhD., biólogo, professor


associado de gerontologia da McGill University"s Allen
Memorial Institute, no Canadá, e autor de mais de 70
trabalhos científicos nas áreas de endocrinologia, câncer
e envelhecimento, fez experiências muito interessantes
na década de 60, sobre o efeito da imposição de mãos
no crescimento de grãos de cevada, e em ratos doentes.
159
O Dr. Grad pesquisou efeitos curadores do
magnetizador húngaro Coronel Oskar Stabany em ratos
que tinham sido submetidos a feridas cirúrgicas
experimentalmente. Nessa experiência, os ratos sujeitos
a imposição de mãos pelo Cor. Stabany cicatrizaram
significativamente mais rápido do que os ratos que foram
deixados sós ou acompanhados por estudantes de
medicina. Estes estudos foram comprovados pelos Drs.
Remi J. Cadoret e G. I. Paul, na Universidade de
Manitoba (EUA), em condições de critério rigoroso, que
concluíram: «os ratos tratados por pessoas dotadas de
poderes curativos apresentaram uma velocidade de
cicatrização significativamente maior».

O Dr. Grad fez similarmente, experiências em que


Stabany "colocou as mãos" sobre água com sal. Esta
água assim tratada foi dada às sementes de cevada, que
cresceram mais rapidamente e tiveram rendimentos mais
elevados do que aquelas que receberam água não
magnetizada.

Grad lembrou-se de dar a água com sal para


pacientes psiquiátricos segurarem. Essa água foi usada
para tratar as sementes de cevada. A água energizada
por pacientes que estavam seriamente deprimidos
produziu um efeito inverso ao da água tratada pelo
passista, ela diminuiu a taxa de crescimento das plantas
ainda abaixo da taxa do grupo controle. Mostrou, assim,
a importância da atitude mental de quem magnetiza.

Grad analisou quimicamente a água para verificar


se a magnetização havia provocado alguma alteração
física mensurável. Análises por espectroscopia de
160
infravermelhos revelaram a ocorrência de significativas
alterações na água tratada pelo passista. O ângulo de
ligação atómica da água havia sido ligeiramente
alterado, bem como uma diminuição na intensidade das
ligações por pontes de hidrogénio entre as moléculas e
significativa diminuição na tensão superficial da água.

A Drª Dolores Krieger, Ph.D, enfermeira e


professora de enfermagem na New York University,
impressionada com a actuação terapêutica do
magnetizador húngaro Stabany, procedeu a uma
investigação, com o apoio da Drª Otelia Bengssten
(médica) e de Dora Kunz (médium vidente), onde
participaram vários doentes portadores das mais
diversas patologias. Esses pacientes foram divididos em
dois subgrupos e seguidos por 3 anos, sendo que um
grupo recebeu tratamento directo por imposição das
mãos além do tratamento convencional e o outro apenas
tratamento convencional. A Drª Krieger fez várias
observações e constatou a ocorrência de aumentos
significativos nos níveis de hemoglobina dos pacientes
do grupo que recebeu o passe. A tendência para a
energia curativa elevar os níveis de hemoglobina era tão
forte que pacientes cancerosos submetidos à imposição
das mãos apresentaram elevações nos níveis de
hemoglobina, apesar de estarem a ser tratados com
quimioterapia. Dolores Krieger concluiu que «que as
elevações nos níveis sanguíneos de hemoglobina
indicavam com segurança a ocorrência de verdadeiras
alterações bioenergéticas e fisiológicas produzidas pela
aplicação das energias curativas.»

161
A Drª Justa Smith, freira da irmandade de
S.Francisco de Penance, bioquímica e enzimologista,
doutorada em pesquisa sobre os efeitos dos campos
magnéticos na actividade das enzimas.

As enzimas são os catalisadores do sistema


metabólico. Qualquer cura ou doença deve activar
primeiramente o sistema enzimático. A Drª Smith decidiu
comparar os efeitos da imposição das mãos do Coronel
Stabany sobre a enzima tripsina, com a acção dos
efeitos de um campo magnético sobre a mesma enzima.
Para tanto, preparou soluções de tripsina, que foram
divididas em 4 frascos de vidro. Um deles foi tratado pelo
Coronel Stabany, que simplesmente colocou as mãos ao
redor do frasco tapado durante um período de 75
minutos. O 2º frasco ficou exposto à luz ultravioleta, no
comprimento de onda mais prejudicial para a proteína.
(O Dr. Grad sugerira que a enzima se tornasse "doente",
a fim de demonstrar a evidência da cura).

Um 3º frasco foi exposto a um campo magnético


elevado (8.000 a 13.000 Gauss) por até 3 horas. O 4º
frasco, não tratado, era o controle. Os resultados de um
mês de estudos demonstraram que a energia ou força
proveniente das mãos de Stabany activavam as
enzimas, quantitativa e qualitativamente, comparáveis à
actividade originada por um campo magnético de 8.000 a
13.000 Gauss. Isso representa uma actividade muito
significativa, considerando que vivemos num campo
magnético médio com cerca de 0,5 Gauss. Os efeitos
nas enzimas danificadas (expostas à luz ultravioleta)
foram essencialmente os mesmos. «Os resultados
indicam que algum tipo de energia foi canalizada pelas
162
mãos do Coronel Stabany, sendo suficiente para activar
as enzimas, num grau significativo.», concluiu a
enzimologista.

O Dr. Edward G. Brame, doutor em espectroscopia


e cromatografia, membro da American Chemical Society,
da American Society for Testing and Materials, da New
York Academy of Sciences e da Society for Applied
Spectroscopy, fez extensas pesquisas espectroscópicas,
durante dois anos, com amostras de água destilada,
submetida a médiuns passistas – curadores. Concluiu
que a água destilada, submetida à influência do
magnetizador humano, apresenta mudanças
moleculares, durante cerca de 4 meses e que o tempo
de exposição aos magnetizadores não se correlacionou
à magnitude das alterações.

O Dr. Brame colocou frascos com água pura, no


meio de um grupo de pessoas que se dispuseram a
fazer uma concentração visando magnetizar a água
neles contida. Não foi feita a imposição de mãos, nem os
frascos nem a água foram tocados, havendo apenas a
concentração. Os resultados foram os mesmos:
ocorreram alterações moleculares na água assim
tratada. Dai, podemos tirar a ilação da importância da
prece e oração (vibração) com a "fé que remove
montanhas".

O Dr. Konstantin Korotkov Ph.D. cientista


pesquisador no Leningrad Polytechnical
Institute; trabalhos científicos em eletrofísica, física
dos gases, biologia, parapsicologia, Director do
Research Center on Medical and Biological Engineering,
163
doutorado pelo Saint-Petersburg" Federal Institute of
Fine Mechanics and Optics, Professor da Open
International University, Editor Associado do Journal
"Consciousness and Physical Reality", Vice-presidente
da Union for Medical and Applied Bio-electrography,
idealizou o equipamento denominado "Crown TV", ou
GDV (do inglês Gas Discharge Visualization ou
simplesmente Biolectrografia) baseado no efeito Kirlian.
Em contraste com a câmara Kirlian, o GDV oferece alta
reprodutibilidade dos achados e mostra as alterações da
aura em tempo real. Com este equipamento fez vários
estudos relevantes, sendo que em um deles analisou
água da torneira que foi guardada em 2 garrafas de 200
ml. Uma das garrafas foi magnetizada pelo famoso
médium – curador, russo, Allan Chumak durante 5
minutos. De imediato fizeram 10 imagens GDV de 20 ml
de água, quer da magnetizada, quer da de controlo. As
fotografias foram digitalizadas, analisadas por
computador, sendo a área das imagens GDV tratadas
reanalisadas por computador. O experimento mostrou
haver uma diferença da área que envolve a água
controle e a magnetizada em mais de 300% e houve
alterações significativas nas propriedades desta.

George Meek, fundador benemérito da Metascience


Foundation e um dos idealizadores do spiricom (2),
atesta que «A água é extremamente sensível a muitos
tipos de radiações. O cientista americano de pesquisas
industriais Robert N. Miller e o físico prof. Philip B.
Reinhart, inventaram 4 instrumentos independentes para
demonstrar que um pouco de energia emanada das
mãos dum curador, pode dar início a uma alteração da
164
ligação molecular entre o hidrogénio e o oxigénio das
moléculas de água»

Dr. Robert Miller, num trabalho pioneiro, a fim de


provar a realidade das energias curativas que podem ser
transferidas do médium passista – curador, para o
paciente, podendo-se resumir da seguinte forma;

1 - Uma energia associada com a cura existe e


pode ser medida com instrumentos adequados.

2 - A água que foi tratada por um curador ou um


íman muda a cor da solução do cristal, proporcionando
assim a indicação visual da presença duma energia
curativa.

3 - A água tratada por um curador ou um íman muda


a tensão superficial, a liga de hidrogénio e as
propriedades de electricidade da água.

4 - Um curador é mais eficiente quando num estado


consciente de absoluto relaxamento, ou seja, no estado
de emissão de ondas alfa.

As experiências do Dr. Miller com os curadores Olga


e Ambrose Worrall mostraram que as energias curativas
podiam afectar sistemas vivos e não vivos a uma
distância de mais de 900Km., nada mais nada menos
que "O Passe à distância" dos espíritas.

Dr. John Zimmerman, na Faculdade de Medicina da


Universidade do Colorado, EUA, efectuou estudos
utilizando SQUID"s (Dispositivos Supercondutores de
165
Interferência Quântica), ultra-sensíveis, para medir o
magnetismo, detectando pequenos aumentos, porém
significativos, nas emanações magnéticas das mãos do
curador, durante o processo de cura. Ele reuniu
evidências adicionais para sugerir que a energia curativa
é realmente de natureza magnética. O Dr. Zimmerman
demonstrou a existência de significativas elevações na
intensidade dos campos magnéticos emitidos pelas
mãos dos curadores; «Isto sugere que as energias vitais
subtis dos curadores, parecem ter principalmente
propriedades magnéticas! As energias dos curadores
diferem dos campos magnéticos pelo facto dos seus
efeitos serem qualitativa e quantitativamente diferentes.
Embora sejam extremamente fracos, os campos
magnéticos associados aos curadores produzem
poderosos efeitos químicos e biológicos».

Richard Gerber (3) atesta, «Parece que a água tem


capacidade de ser "carregada" com diversos tipos de
energias subtis, e em seguida, de "armazená-las" nas
suas moléculas. As energias subtis, sejam elas de
natureza benéfica ou prejudicial, podem ser
armazenadas, conforme demonstraram os estudos de
Grad, utilizando indivíduos com poder de curar e
pacientes vítimas de depressão. A água tratada foi capaz
de introduzir alterações mensuráveis na fisiologia e no
crescimento das plantas.»

Fica bem evidenciado o que os espíritas há muito


defendem, isto é, que em determinadas condições, é
possível influenciar positivamente os campos
energéticos das pessoas bem como da água, através da
chamada Fluidoterapia Espírita, conforme nos atesta o
166
médico André Luiz (4) «A água potável destina-se a ser
fluidificada. O liquido simples receberá recursos
magnéticos de súbito valor para o equilíbrio psicofísico
dos circunstantes. Há lesões e deficiências no veículo
espiritual a se estamparem no corpo físico, que somente
a intervenção magnética consegue aliviar, até que os
interessados se disponham à própria cura.»

* Membro e colaborador do CECA - Centro Espírita


Caridade por Amor
Rua da Picaria, 59 - 1º Frente - 4050-478 Porto
Tel. (+351) 912160015
Email: ceca@sapo.pt

www.ceca.web.pt

Artigo publicado na Revista Internacional de


Espiritismo

NOTAS BIBLIOGRAFICAS

Curso Básico de Passes do CECA – Centro Espírita


Caridade por Amor –, da cidade do Porto,
www.ceca.web.pt do qual o autor é um dos autores e
presidente do Conselho Directivo.

Atlas de Hematología
http://orbita.starmedia.com/~forobioq/atlashemato.html.

(1) Kardec, Allan In O Livro dos Médiuns, Cap.VIII,


FEB.
167
(2) SPIRICOM: é um vocábulo formado pela
contracção de duas palavras do inglês; spirit e
comunication. Ela serve para designar um sistema
electrónico que possibilita a comunicação verbal, directa
e em dois sentidos, com os Espíritos de pessoas já
falecidas.

(3) GERBER, Richard In Vibrational Medicine,


Inner Traditions Intl Ltd, 1988

(4) Xavier, Francisco Cândido – pelo espírito de


André Luiz – In Nos Domínios da Mediunidade, Cap. 12,
FEB.

O QUE É A POSIÇÃO DO RECEPTOR E


DO PASSISTA
SEU MECANISMO OBSERVAÇÕES
O PASSE AO LONGO DA HISTÓRIA O
COMEÇO DA APLICAÇÃO DO PASSE
TIPOS DE PASSE NO PASSISTA
CENTROS DE FORÇA DURANTE A
APLICAÇÃO DO PASSE
O PASSISTA FINALIZANDO O PASSE
PREPARANDO - SE PARA O PASSE
PRECE FINAL

168
O QUE É

topo
O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para
outro. Emmanuel o define como uma "transfusão de
energias fisio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe,
porque oferece novo contingente de fluidos já
existentes.Emmanuel o considera "equilibrante ideal da
mente, apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara
sua ação a do antibiótico e à assepsia, que servem ao
corpo, frustrando instalação de doenças.
SEU MECANISMO
topo
Constantemente, estamos irradiando e recebendo
fluidos do meio que habitamos e dos seres (encarnados
ou não) com que convivemos, numa transmissão natural
e automática.O passe, porém, é uma transfusão feita
com intenção e propósito. Quem aplica, atua
deliberadamente.Para que o passe alcance o melhor
resultado, é necessário:1) que o passista use o
pensamento e a vontade, a fim de captar os fluido, emiti-
los e fazê-los convergir para o assistido;2) que haja um
clima de confiança entre o socorrista e o assistido, a fim
de se formar um elo de força entre eles, pelo qual "verte
o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de
um e de outro";3) que o assistido esteja receptivo, para
que sua mente adira à idéia de trabalho restaurativo e
comece a sugeri-lo a todas as células do corpo físico;
então irá assimilando os recursos vitais que estiver
recebendo e o reterá na própria constituição
fisiopsicossomática.
(Cap. XXII, Mediunidade Curativa, do livro
"Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz).
169
O PASSE AO LONGO DA HISTÓRIA
topo
O passe não surgiu com o Espiritismo, não é uma
criação da Doutrina Espírita.Esse meio de socorrer os
enfermos do corpo e da lama já era conhecido e
empregado na Antiguidade.Jesus o utilizou, "impondo as
mãos" sobre os enfermos e os perturbados
espiritualmente, para beneficiá-los. E ensinou essa
prática aos seus discípulos e apóstolos, que também a
empregaram, largamente, como vemos em "Atos dos
Apóstolos".Ao longo dos tempos, o passe continuou a
ser usado, sob várias denominações e formas, em todo o
mundo, ligado ou não a práticas religiosas.No século
anterior a Kardec, tudo o que então se conhecia sobre
fluidos e como empregá-los estava consubstanciado no
Magnetismo, de que o médico austríaco Franz Anton
Mesmer foi o grande expoente, beneficiando muitos
enfermos. Mas havia, ainda, muita ignorância sobre o
que fossem os fluidos e a forma de sua trans -missão.A
codificação da Doutrina dos Espíritos, por Allan Kardec,
permitiu entendermos melhor o processo pelo qual o ser
humano influencia e é influenciado fluidicamente, tanto
no plano material como no espiritual.Na atualidade, o
passe continua a ser empregado por outras religiões,
que o apresentam sob nomes e aparências diversas
(benção, unção, johrei, benzedura). Pessoas sem
qualquer relação com movimentos religiosos também o
empregam.
É no meio espírita, porém, que o passe é mais bem
compreendido, mais largamente difundido e utilizado.
Nele, o passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a
se tornar uma das principais práticas de ação fluídica.
170
Nada mais natural, pois o Espiritismo é a revivescência
do puro Cristianismo.
TIPOS DE PASSE
topo
Quanto ao seu agente o passe pode ser classificado
em:
1) MAGNÉTICO - Quando ministrado somente com
os recursos fluídicos do próprio passista (magnetismo
humano).
2) ESPIRITUAL - Quando ministrado pelos Espíritos
unicamente com seus próprios fluidos (magnetismo
espiritual), sem o concurso de intermediário
(passista).Os Espíritos agem com observância da
sintonia e considerando os méritos ou necessidades do
assistido, que, às vezes, nem percebe ter sido
beneficiado.Para receber um passe espiritual basta orar
e colocar-se em estado receptivo.
3) HUMANO - ESPIRITUAL - Quando os Espíritos
combinam seus fluidos com os do passista, dando-lhes
características especiais."O fluido humano está sempre
mais ou menos impregnado de impurezas físicas e
morais do encarnado; o dos bons Espíritos é
necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem
propriedades mais ativas, que acarretam um
fortalecimento mais pronto" . (Revista Espírita Set/1865 -
"Da Mediunidade Curadora")
O concurso dos Espíritos poderá ser espontâneo ou
provocado pelo passista, com uma prece ou
simplesmente num propósito (que equivale a um apelo
íntimo). Essa assistência espiritual é sempre desejável.
4) MEDIÚNICO - Quando os Espíritos atuam através de
um encarnado mediunizado.O fluido dos bons Espíritos
"Passando através do encarnado, pode alterar-se um
171
pouco" (como água límpida passando por um vaso
impuro) "Daí, para todo verdadeiro médium curador, a
necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração".
(Revista Espírita, set/1865 "Da Mediunidade Curadora").
Haverá ocasiões em que seja bom e mesmo
necessário o passista atuar inteiramente
mediunizado.Mas, NOS SERVIÇOS COMUNS DO
PASSE NUM CENTRO, ISSO NÃO É ACONSELHÁVEL,
porque:* Nem sempre o assistido está preparado para
presenciar manifestações mediúnicas e poderá se
impressionar mal, mesmo sem que o comunicante
chegue a falar qualquer palavra.* Poderá causar uma
diferenciação entre os passistas que não se justifica e é
indesejável. O passe não é o momento adequado para
as manifestações mediúnicas. Quem é médium, além de
passista, tem as reuniões apropriadas para dar
passividade aos espíritos comunicantes. "Interromper as
manifestações mediúnicas no horário de transmissão do
passe curativo. Disciplina é a alma da eficiência". (André
Luiz).
CENTROS DE FORÇA
topo
Centros de força são acumuladores de energia e
distribuidores de energia.
Estão localizados no perispírito e são os receptores
dos fluídos dirigidos pelo passe.
O perispírito interage de forma profunda com o
corpo físico e por isso as energias transmitidas pelo
passe e recebidas inicialmente pelos centros de força,
atingem o corpo carnal através dos plexos,
proporcionando a renovação das células enfermas.Os
centros de força vibram todos em sintonia uns com os
172
outros, mas cada qual possui também sua função
específica.

Função dos centros de força:


Centro Coronário
Este centro deve ser considerado o mais
significativo em razão de seu alto potencial de radiações,
uma vez que nele se assenta a ligação com a mente que
é sede da nossa consciência.Assimila as energias
recebidas do plano superior e supervisiona os outros
centros que lhe obedecem ao comando.Desta forma
orienta e disciplina todo o trabalho a ser realizado pelos
demais centros
.Centro Frontal
Tem atividade muito abrangente. Atua sobre as
glândulas endócrinas, sobre o sistema nervoso e
comanda as percepções que correspondem à visão, a
audição e ao tato.
Centro Laríngeo
Controla as atividades vocais, do timo, da tiróide e
das paratireóides, controlando totalmente a respiração e
a fonação.
Centro Cardíaco
Sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio
geral, dirigindo a emotividade e a circulação das forças
de base. É o responsável por todo o aparelho
circulatório.
Centro Esplênico
Sediado na região do baço regula a circulação
adequada de forças vitais, o sistema hemático e a
variação do volume sanguíneo.
Centro Solar ou Gástrico
173
É o responsável pela digestão e absorção dos
alimentos sólidos e fluidos Que penetram a nossa
organização.
Centro Genésico
Orientador da função exercida pelo sexo atende à
modelagem de novas formas entre os homens e também
desenvolve estímulos criadores, visando à realização de
trabalhos fraternos entre as criaturas.
O PASSISTA
topo
QUEM PODE APLICAR PASSES?
Em princípio, qualquer pessoa saudável e de boa
vontade em auxiliar pode aplicar passes.Não lhe faltará
ajuda espiritual, porque, na falta de elemento mais
eficiente, os espíritos utilizam toda aquele que, tendo
saúde e razoável equilíbrio, se dispuser ao passe.Mas,
para servir bem neste campo, de modo mais efetivo, é
preciso que se cultive e mantenha algumas condições
básicas, a saber:
1) FISICAMENTE - ter saúde e boa disposição.É
indispensável que o passista cuide do físico, porque no
passe há contribuição magnética pessoal, e do seu
estado de saúde dependerão: a quantidade e qualidade
dos fluidos que doará.
Devem abster-se de dar passes às pessoas com
doenças graves, infecciosas, debilitantes, pois não está
em condições de doar fluidos e os que estão enfermiços.
Mas não são impedimentos para que se aplique passes
as indisposições ligeiras ou estados crônicos não
debilitantes nem contagiosos (Ex. dor de
cabeça,bronquite, alergia).
Os cuidados do passista com o físico visarão
principalmente:
174
* Higiene, para assegurar a própria saúde e a dos
assistidos;

* Alimentação, que será sem excessos, adequada


ao organismo, com alimentos que ofereçam maior
concentração energética;· Abolir vícios, tais como o
álcool, fumo, tóxicos, pois prejudicam o rendimento do
passista, impregnam maleficamente os fluidos e servem
de atração aos maus espíritos;

* Evitar atividades esgotantes e excessos


desnecessários a fim de manter suas reservas de
energia vital em condições de servir.
2) Espiritualmente - cultivar as virtudes e manter
conduta cristã.É indispensável que o passista se cuide
espiritualmente, para que produza fluídos bons e não
altere prejudicialmente os que recebem dos bons
Espíritos.Os cuidados do passista, quanto ao espírito,
visarão, principalmente:
* O sentimento fraterno, o sincero desejo de ajudar
ao próximo;
* A fé, em si mesmo, na ajuda e poder divinos, na
possibilidade de beneficiar com o passe;
* A reforma íntima, buscando sempre se aperfeiçoar
moralmente* O equilíbrio emocional, para não se
desgastar nem perturbar por mágoas excessivas,
paixões, ressentimentos, inquietudes, temores,
nervosismo...
* Abster-se de aplicar passes, quando em
desequilíbrio espiritual acentuado. Entretanto, não
impedem que apliquemos passes àquelas alterações de
ânimo que são comuns aos problemas e aflições da vida,
175
porque isso tudo nos cumpre superar na oração e no
desejo de servir;
* A perseverança no trabalho, para que os amigos
espirituais possam confiar e contar com a pessoa para a
tarefa.Procure o passista manter conduta cristã sempre,
porque a necessidade de aplicar passe em alguém pode
surgir a qualquer momento e deverá estar preparado.
3) Intelectualmente: ter conhecimentos específicos
sobre o passe.
Portanto, não ficar só aguardando que lhe surja a
qualidade de passista, como se ela fosse um
acontecimento miraculoso e não um serviço do bem, que
pede do candidato o esforço voluntário e laborioso do
começo.Convém procurar conhecer com o que está
lidando e para quê e também para poder oferecer
maiores condições ao espírito magnetizador que quiser
nos assistir, inclusive recebendo melhor as sugestões.
É aconselhável aos passistas fazer estudos
relacionados aos passes, curas e radiações espirituais,
inclusive sobre centros de força, a técnica de aplicação
do passe, preparo do ambiente e do assistido.Ausência
de estudo significa estagnação, em qualquer setor de
trabalho.
PREPARANDO - SE PARA O PASSE
topo
Para o melhor resultado da emissão e recepção dos
fluidos, passita e receptor precisam estar
convenientemente preparados.
O Preparo do receptor
Pelo seu estado mental e emotivo. o receptor
enfermo ou sofredor poderá ter, em relação ao passe,
um estado receptivo, repulsivo ou neutro.O ideal é que
esteja receptivo, pois o passe será tanto mais eficiente
176
quanto mais intensa a adesão da vontade do paciente ao
influxo recebido.
Por isso, o passista, antes de aplicar o passe, deve
procurar estabelecer com o receptor a simpatia possível,
animando-o e interessando-o nas coisas espirituais.

Orientará, em síntese, sobre o seguinte:


- os fluidos existem e as leis divinas permitem que
trabalhemos com eles para aliviar e curar os nossos
males;
- é preciso ter fé, não como mera atitude mística,
mas sim como força atrativa e fixadora das energias
benéficas ;fé + recolhimento + respeito = receptividade;
ironia + descrença + dureza de coração = refratariedade
- deve orar, silenciosamente, enquanto recebe o
passe, para acolher e assimilar bem as energias que lhe
forem transmitidas;
- o passe sempre beneficia, mas o grau dos
resultados se fará de acordo com a fé, merecimento ou
necessidade.O preparo de quem vai receber o passe é
um pouco diferente no Centro e nos Lares, no Centro,
onde são muitas as pessoas a serem assistidas, as
informações costumam ser dadas de modo coletivo e o
passista não conversa antes com o receptor.
Vide orientação nas aulas; "Passes no Centro e fora
dele".
O preparo do passista será feito através de:
1)Concentração
Para tudo que vamos fazer, precisamos primeiro
nos concentrar, centralizar a atenção no que vamos
fazer.No caso do passe, quem o vai transmitir deve
firmar o pensamento na atividade espiritual que irá
desenvolver, no bem que deseja fazer ao assistido e no
177
campo que pretende obter do Mundo Maior para essa
realização.
2) Oração
"A oração é prodigioso banho de forças, tal a
vigorosa corrente mental que atrai". (André Luiz, Cap.17
Serviço de Passes, "Nos Domínios da Mediunidade")
Orando, o passista consegue:
* Expulsar do próprio mundo interior os sombrios
remanescentes da atividade comum da luta diária;
* Sorver do plano espiritual superior as substâncias
renovadoras para, depois, operar com eficiência em
favor do próximo;
* Atrair a simpatia de veneráveis magnetizadores do
plano espiritual. André Luiz, no Cap. XVII, Serviço de
Passes, em Nos Domínios da Mediunidade, mostra-nos
Clara e Henrique meditando e orando para, em seguida,
aplicarem passes nos necessitados.
Fica evidente, pois, que não há necessidade alguma
de o passista receber passe antes do trabalho a fim de
estar em condições de aplicar passes.
Isto se não houver relegado seus deveres a esfera
secundária, porque:

* A oração precipitada, com que muitos tentam atrair


vibrações salutares, no ato da assistência, raramente
consegue criar um clima psíquico no agente ou no
assistido que seja favorável ao êxito do
empreendimento;

* A simples imposição de mãos, com o conseqüente


apelo às Potências Sublimes, não quer significar
condição preponderante.
A Posição do Receptor e do Passista
178
topo

O receptor fica sentado por ser para ele uma


posição confortável e segura.
O passista geralmente fica de pé, para ter maior
facilidade de movimentos, durante a aplicação do passe;
mas, também poderá estar sentado.
O passista estará frente ao assistido desde o
momento em que se concentra e se aproximar dele no
momento exato da efetiva aplicação do passe.
OBSERVAÇÕES
topo
Deve - se ou não cruzar braços e pernas?
Wenefledo de Toledo em "Passes e Curas
Espirituais", diz que ao nos concentrarmos ou nos
colocarmos em "estado receptivo" não devemos cruzar
pernas ou braços porque isso interrompe a marcha das
correntes fluídicas.

De nossa parte, porém, o que podemos dizer é que


o corpo fica mais bem acomodado e a circulação se faz
livre e perfeitamente, sem os braços e pernas cruzados.

É preciso retirar certos objetos que o assistido ou


passista portem?
Não há necessidade de passistas ou assistidos
retirem sapatos, relógio, aliança, níqueis ou outros
objetos metálicos que tragam consigo, a não ser que
possam incomodar ou distrair a atenção durante o
trabalho (ex: pulseiras ou colares que fiquem tilintando
ou que atrapalhem os movimentos).

179
Também não é necessário tirar o maço de cigarros
do bolso ou da bolsa, pois o problema não, e a presença
do cigarro, mas a presença do vício e a responsabilidade
do que causa à saúde do passista, e na impregnação de
seus fluidos e na atração das companhias espirituais.
O COMEÇO DA APLICAÇÃO DO PASSE
topo
O passe, propriamente dito, começa com o
estabelecimento do contato espiritual do passista com o
receptor e a imposição das mãos.
1) O Contato Espiritual com o Receptor
Contato espiritual é o processo pelo qual o passista
estabelece ligação mental e fluídica com o receptor, seja
com este presente ou a distância.
Às vezes, isso é conseguido em poucos instantes
de concentração contínua, de outras vezes e por causas
que nem sempre podemos conhecer, leva mais tempo.
Sinais que denunciam o contato estabelecido.Não
são obrigatórios e nem sempre se apresentam, mas
podem ser assim.
NO PASSISTA
topo
Impressão física causada pelos fluidos que
começam a envolvê-lo, por qualquer parte do corpo
(pernas, braços, cabeça, face, laterais do corpo).
Sinais materiais, como formigamento da pele, dos
pés, mãos; ondas de calor ou então palidez, por causa
de alterações na circulação sanguínea devido a possível
influenciação dos espíritos.Nada disso, porém, se
ocorrer, causará qualquer mal efetivo a um passista bem
preparado, que sabe reagir adequadamente ao que
ocorre.
NO RECEPTOR
180
Os mesmos sintomas podem ocorrer e ainda crises
de choro por estarem bastante emocionados com o
ambiente que os recebe.O passista deverá estar
habilitado a reconhecer esses estados e, prontamente,
evitar conseqüências desagradáveis.Desde que se
aproxima do receptor para o passe o passista começa a
penetrar no ambiente espiritual do assistido. Mas é ao
impor as mãos que esse contato perispiritual se acentua.
2) A Imposição das Mãos
É o ato de o passista colocar as mãos acima da
cabeça do assistido.Geralmente é feito com as mãos
espalmadas, dedo levemente separado uns dos outros,
sem contração muscular. É nesse movimento e postura
que os fluidos serão conduzidos e dispensados.
O fluido vital (por ser elemento de natureza mais
material do que espiritual) circula como uma verdadeira
força nervosa por todo o nosso sistema nervoso e se
escapa pelas extremidades das mãos,
especialmente.Força de natureza eletromagnética, ele
modifica o campo vibratório do assistido, transmitindo-lhe
novas energias.
DURANTE A APLICAÇÃO DO PASSE
topo
Enquanto aplica o passe, o passista deve manter a
seguinte disposição e atitude:
1) Intimamente
Confiança e desejo de ajudar, tudo condicionada à
vontade de Deus. Ou seja: FÉ, AMOR e HUMILDADE.
Para uma disposição íntima assim, o "amparo divino
é seguro e imediato".
Serenidade, para poder registrar, através da
intuição, a orientação espiritual para o passe que estiver
aplicando.
181
Mentalização de recuperação do assistido que está
sob a ação dos mensageiros do Alto; porque receber,
transmitir e fixar energias são funções exclusivas da
mente.Substituir a curiosidade (que alguma enfermidade
física ou espiritual possa causar) pelo amor fraternal, ou
não haverá êxito.

2) Externamente a fórmula do passe não importa.


Poderá obedecer à fórmula que maior confiança
ofereça a quem o aplica como a quem o
recebe(Pergunta 99 do "O Consolador" de Emmanuel).
Mas o passe deverá sempre ser ministrado de modo
silencioso, com simplicidade e naturalidade.
(item 54, Cap. VI de "Obras Póstumas" de Allan
Kardec).
"Lembrar-se de que na aplicação do passe não se
faz preciso a gesticulação violenta, a respiração ofegante
ou o bocejo contínuo, e de que não há necessidade de
tocar o assistido. A transmissão do passe dispensa
qualquer recurso espetacular". (André Luiz, Cap. 28 de
"Conduta Espírita").
Evitar, portanto, gestos cabalísticos, esfregar as
mãos, estalar os dedos, mímicas, tremores, suspiros,
assopros, gemidos.
Quanto ao toque no assistido, normalmente o passe
espírita é feito sem tocar o enfermo. No Centro Espírita,
especialmente, deve-se evitar tocar o assistidos, porque,
além do toque ser desnecessário, na quase totalidade
dos casos que atendemos:

182
_ muitos desconhecem o Espiritismo e assistidos ou
acompanhantes vêem com estranheza e suspeita o
toque pessoal;
_ somos criaturas ainda imperfeitas e o toque físico
pode desviar-nos da elevação de pensamento
necessária ao passe. Portanto, prevenindo males
maiores e salvaguardando o trabalhador do passe e a
casa espírita de quaisquer prejuízos ou suspeita,
recomenda-se a aplicação do passe sem qualquer toque
no receptor.

Reflexos
Na execução de sua tarefa, o passista pode,
algumas vezes, experimentar sensações relacionadas
com o problema do assistido.
Como está imbuído do desejo de ajudar o
semelhante, é compreensível que se sintonize com ele, a
ponto de experimentar reflexos dos seus padecimentos.
Toda tarefa de assistência pede abnegação. Mas o
passista dispõe de recursos para eliminar os reflexos e
poderá abreviar tal providência, tendo a mente voltada
para a prece e a perseverança no bem.
Nos passes em pessoas sob a atuação de espíritos
em desequilíbrio, o passista poderá registrar reflexos
negativos desde a hora em que se dispõe a ajudar,
podendo perdurar ainda depois do passe. É
compreensível que os espíritos envolvidos na trama
obsessiva, conhecendo-lhe a disposição de colaborar,
pretendam arrefecer-lhe o ânimo, afastando-o do
caminho do enfermo. Fé, perseverança no trabalho são a
melhor medida para a superação desses obstáculos. E
não nos esqueçamos de que a proteção espiritual é
constante.
183
Exaustão
O passista, como mero instrumento que, através da
prece, recebe para dar, não precisa "jamais temer a
exaustão das forças magnéticas" (André Luiz, Cap. 28
de "Conduta Espírita").
Portanto, desde que haja imperiosa necessidade, o
passista poderá aplicar tantos passes quantos forem
precisos, confiante no inesgotável manancial da infinita
misericórdia de Deus.
Mas poderá sentir cansaço físico ou mental por
estar aplicando passes em muitas pessoas e por muito
tempo.
Cabe ao passista, mesmo reconhecendo ser um
simples intermediário, poupar suas reservas energéticas
evitando excessos desnecessários ou mau uso, e
buscará os meios naturais que o auxiliem na mais rápida
recuperação (oração, repouso, alimentação).
Desse modo ajudará o esforço da espiritualidade
em seu favor.
FINALIZANDO O PASSE
topo

Resultados do Passe
Não obstante a ajuda dos bons Espíritos, o
resultado do passe dependerá das condições do
passista e do receptor.
Tendo recebido o passe, alguns enfermos se
sentem curados, outros acusam melhoras, outros
permanecem impermeáveis ao serviço de
auxílio.Classificando o resultado do passe, daremos que
ele pode ser: Benéfico, quando:
184
# o passista está em condições físicas e espirituais
para transmiti-lo.
# e quem recebe está receptivo.
São sempre benéficos os resultados de um passe
alicerçado na oração e na sinceridade de propósitos.
Porém, podem parecer mais ou menos expressivos,
porque há a considerar as necessidades evolutivas e
provacionais do assistido. Às vezes, a ajuda do passe
pode se traduzir em melhor disposição mental, em
confiança e resignação. Mesmo bom, o resultado do
passe será passageiro, não se fixará em definitivo, se a
pessoa não mantiver conduta cristã aconselhável.
Maléfico, quando
:# o passista está despreparado física e
espiritualmente e emite fluídos grosseiros/perturbadores
em direção ao assistido
# o assistido, também despreparado, não sabe ou
não pode fazer frente à carga fluídica que recebe do
passista.

Não sofrerá prejuízo o assistido que:


# acionar seu próprio potencial fluídico para repelir,
neutralizar ou modificar os maus fluidos que lhe foram
endereçados
# merecer a interferência de bons Espíritos em seu
favor.
* Nulo, quando o assistido, embora receba boa
ajuda do passista, se mantém impermeável (descrença,
leviandade, aversão).Neste caso, as energias não
absorvidas pelo assistido se combinam com os fluidos
ambientes e ficam, assim, de patrimônio geral, até serem
canalizadas ou atraídas para quem lhes ofereça
receptividade.
185
Atitude do Passista diante bons resultados
alcançados no passe:
Qualquer que seja a sua modalidade, o passe, em
última análise, procede de Deus, sendo o passista um
instrumento de Sua vontade.
Como intermediário dessa vontade, entregue o
passista ao Plano Superior a condução do seu trabalho,
com naturalidade e humildade evitando
# "contemplar" excessivamente os bons resultados
alcançados - é porta aberta à vaidade# falar sempre dos
benefícios que tem proporcionado com seus passes - é
ostentação orgulhosa
# ficar curioso ou aflito por resultados nos passes -
semeamos o bem, mas a germinação, desenvolvimento,
flor e fruto dele pertencem a Deus.
Certo é, porém, que haverá sempre uma
recompensa natural para quem se doa no passe.
Dando, recebemos; e geralmente recebemos bem
mais do que damos, porque Deus é muito generoso.
PRECE FINAL
topo
Quer tenham sido amplos ou reduzidos os
resultados do passe, nele tivemos a oportunidade de
servir, em nome de Jesus, com a permissão divina e a
ajuda dos bons espíritos. Cumpre-nos, pois, agradecer
numa oração, pelo que nos foi dado realizar.
Dados Extraído do livro "Fluidos e Passes", de
Therezinha de Oliveira

PASSES:
186
204.1 - MAGNETISMO ANIMAL:

As experiências modernas com hipnose e estados


de transe começam com Friedrich Anton Mesmer (1734-
1815). Nascido em Izang, Swabia, Alemanha, em 23 de
maio de 1734. Estudou Teologia e Filosofia antes de
ingressar, em 1759, no curso de Direito para, no ano
seguinte, iniciar seus estudos em Medicina. Estudou
também Música e abraçou o estudo das ciências
proibidas – a Astrologia e a Alquimia, o que contribuiu
para a elaboração de sua tese. Entrou na Universidade
de Viena, onde – influenciado pelas idéias de Paracelso.
Mesmer doutorou-se com uma tese intitulada: Dissertatio
physico-medica de planetarum influxu, na qual se
propunha demonstrar a influência dos astros e dos
planetas, ao mesmo tempo como causas de doenças e
como forças curativas.

Mesmer estava preocupado unicamente com o


conteúdo de sua descoberta, e não com a forma de
aplicá-la. Ele considerava transitório, e até mesmo
irrelevante, o uso de instrumentos em sua terapia. Em
nenhuma parte de sua obra ele estabeleceu um método
de cura que pudesse ser ensinado ou seguido pelos
médicos.

De acordo com Mesmer, um médico, conhecedor da


fisiologia, da patologia e das teorias do magnetismo
animal poderia encontrar em sua prática os meios mais
adequados à sua natureza e a de seus pacientes:

187
"Esperam-se sem dúvida explicações sobre a
maneira de se aplicar o magnetismo animal, e de torná-
lo um meio curativo eficaz; mas como,
independentemente da teoria, este novo método de curar
exige indispensavelmente uma instrução prática e
seguida, não creio ser possível dar aqui a descrição,
nem desta prática, nem do aparelho e das máquinas de
diferentes espécies, nem dos procedimentos de que me
servi com sucesso, porque cada um, em conseqüência
da sua instrução, se aplicará em estudá-los, e aprenderá
por si mesmo a variá-los e a acomodá-los às
circunstâncias e às diversas situações da doença."
(Mesmer, 1799)

O magnetizador deveria desenvolver seus métodos


terapêuticos pelo livre exercício da experimentação,
respeitando uma condição essencial da ciência.

Quando alguns discípulos de Mesmer quiseram


publicar as anotações de seu curso, que continham a
descrição de alguns instrumentos, foram expressamente
desautorizados por ele. Porém, agindo, contra a vontade
de seu mestre, levaram ao público seus 344 Alforismos*
anotados durante as aulas.

Em 1774 Mesmer começou a propagar a sua teoria


do magnetismo animal que se resume no seguinte
(segundo os 27 aforismos por ele publicados em Paris,
em 1776): A doença resulta da freqüência irregular dos
fluidos astrais e a cura depende da regulagem adequada
dos mesmos, com a ajuda de uma pessoa que tenha a
habilidade de controlar esses fluidos, que existiria em
todas as pessoas, e transmiti-los aos outros, utilizando a
188
imposição das mãos (ou passes) a fim de que as ondas
emanem da ponta dos dedos ou guiando a energia com
uma varinha de ferro, de forma direta ou indireta (por
meio de objetos magnetizados pelo seu contato) ao qual
ele chamou de "magnetismo animal", devido as suas
características de fluxo e refluxo, atração e repulsão,
semelhante ao magnetismo mineral. Ao entrar em
contato com esse "fluido" o indivíduo entraria em "crise"
(convulsões) – sem a qual não seria produzida a cura.

Essas "crises" produziam, por vezes, a cura das


doenças sem que fosse necessária a prescrição de
remédios ao paciente (tais "crises" compreendiam na
maioria dos casos convulsões caracterizadas por
movimentos violentos e involuntários do corpo todo,
constrição da garganta, palpitação e náuseas, os olhos
envesgam e piscam constantemente, delírios, isto tudo é
precedido ou seguido de um estado de languidez e
fantasia, um tipo de abatimento ou sono – Na maioria
das vezes o doente debatia-se, agitava-se
violentamente, parecia, finalmente, desfalecer e entrar
em calma, tendo os seus sintomas aliviados). Ele achava
que, provocando as convulsões nos pacientes
submetidos ao magnetismo, colocaria os fluidos do corpo
em harmonia, banindo o mal [não nos esqueçamos que
estamos falando de uma época em que era praxe
médica prescrever-se sangrias em pacientes em estado
grave de saúde com o auxílio de punhais – quase nunca
esterelizados, ou de sanguessugas!]. Mesmer conseguiu
curar um grande número de pessoas usando apenas o
método que inventara, realizando várias cirurgias e
189
anestesias sobre o sono mesmérico, desenvolvendo-se
a partir daí a expressão Mesmerismo.

Fonte:

http://br.geocities.com/lumini_biografia_ocultistas/LU
MINI_BIOGRAFIA_DOS_GRANDES_OCULTISTAS_AR
QUIVOS/Mesmer.html

http://magnetizador.blogspot.com/2008/04/prtica-do-
magnetismo-por-mesmer.html

204.2 - PASSES:

PASSES MAGNÉTICOS
*

PASSES MEDIÚNICOS
*

REIKI (clique aqui)

O QUE ESSAS TRÊS PRÁTICAS TÊM EM


COMUM?

Em primeiro lugar
A utilização de energias sutis ou extrafísicas, ou
seja, energias que não são produzidas pelo corpo físico
humano.
190
Em segundo lugar
Essas energias sutis ou extrafísicas, embora sejam
de diferentes tipos em cada uma dessas três práticas,
são, todas elas, extremamente benéficas à saúde e ao
bem-estar do ser humano.

QUEM PODE APLICAR?

O Passe Magnético
Em tese, qualquer encarnado que atenda a algumas
exigências mínimas, tais como ter suficientes maturidade
e saúde física e mental. Entretanto, além disto, pelo
menos o bom senso recomenda que somente aqueles
encarnados que foram eficazmente treinados (na teoria e
na prática) apliquem Passes Magnéticos.

O Passe Mediúnico
Somente aqueles encarnados dotados da faculdade
mediúnica chamada "incorporação", ou seja, os médiuns-
passistas.

O Reiki
Somente aqueles encarnados que foram iniciados,
pelo menos no primeiro grau do Reiki, por um Mestre
(terceiro grau) Reiki. Aliás, este é o primeiro "mistério" do
Reiki, haja vista que somente aquela iniciação pode
transformar um encarnado em um "canal Reiki"...

OS AUTORES PRINCIPAIS E SECUNDÁRIOS

No Passe Magnético
191
O autor principal é o passista magnético. Os autores
secundários são os benfeitores espirituais,
desencarnados, que, naquele momento, auxiliam o
passista magnético. Mas quem comanda e dirige, como
quiser, souber e puder, é o passista magnético.

No Passe Mediúnico
O autor principal é o guia mediúnico, desencarnado,
que, naquele momento, está "incorporado" no seu
médium-passista. O autor secundário poderá (e deverá)
ser o médium-passista, se ele quiser, souber e puder.
Em tese, quem comanda e dirige - como quiser, souber e
puder - é o guia mediúnico, mas o médium-passista
poderá intervir, se quiser, souber e puder.

No Reiki
O único autor é o "canal Reiki", encarnado, que
comanda e dirige - como quiser, souber e puder - o Reiki.
Entretanto, pode-se presumir que os Mestres Maiores do
Reiki, desencarnados, pelo menos atuem intuindo seus
"canais Reiki", e/ou, como veremos a seguir, quem sabe
até intermediando o fornecimento das energias
curadoras.

AS ENERGIAS E OS SEUS FORNECEDORES:

No Passe Magnético
O fornecedor principal é o passista magnético, que
manuseia e fornece suas próprias energias humanas e
também não humanas (por exemplo, o Prana) contidas
no seu campo magnético. Os fornecedores secundários
são os benfeitores espirituais, desencarnados, que,
naquele momento, auxiliam o Passe Magnético sempre
192
com suas próprias energias humanas e não humanas, e
- opcionalmente - com outras energias não humanas, se
eles souberem, puderem e quiserem fazer isto.

No Passe mediúnico
O fornecedor principal é o guia mediúnico, naquele
momento "incorporado" no seu médium-passista, que
manuseia tanto as suas próprias energias humanas e
não humanas contidas no seu campo magnético quanto
outras, não humanas, se for o caso, trazidas por ele do
plano astral, e - se ele souber, quiser e puder - de outros
planos mais elevados. O fornecedor secundário poderá
(e deverá) ser o médium-passista, caso ele disponha de
energias humanas e não humanas de boa qualidade e
na quantidade suficiente no seu próprio campo
magnético. Neste caso, o guia mediúnico manuseará
também essas energias humanas e não humanas do seu
médium-passista.

No Reiki
Este é o segundo "mistério". A Mestra que me
iniciou disse, laconicamente, que o Reiki utiliza energias
curadoras do universo. Eu bem sei que são energias
curadoras, mas podemos presumir - em primeiro lugar -
que se tratam de energias solares (um tipo específico de
Prana?) obviamente fornecidas e enviadas pelo Cristo do
nosso Sistema Solar, e - em segundo lugar - que essas
energias solares são aqui, na Terra, intermediadas,
administradas e "aclimatadas" pelos Mestres Maiores do
Reiki, desencarnados.

FONTE:http://www.portaluz.com.br/padrao_RESUM
O_22.htm
193
O Espiritismo não pratica curanderismo:

FLUIDOTERAPIA TEM

CONFIRMAÇÃO CIENTÍFICA

EMBASAMENTO DOUTRINÁRIO-CIENTÍFICO

Os Espíritos superiores explicam, através da


codificação kardecista, que as mãos servem como
instrumento para a transmissão do magnetismo humano
que, com as energias distribuídas pelos Espíritos,
constituem o passe espírita .

Segundo eles, os fluidos terapêuticos são


absorvidos pela criatura necessitada por intermédio dos
centros vitais, ou chacras, localizados no perispírito, o
qual age assemelhado a uma esponja, assim como
permanecem na água magnetizada por essas mesmas
energias.

Assim, as curas promovidas por Jesus e terapeutas


de todas as épocas ganham uma teoria plausível e
demonstram que o Espiritismo não faz concorrência
alguma com a Medicina dos homens.

Para conhecimento, eis algumas transcrições


importantes:
194
"Podendo o Espírito encarnado actuar sobre a
matéria elementar, pode do mesmo modo mudar-lhe as
propriedades, dentro de certos limites. Assim se explica
a faculdade de cura pelo contacto e pela imposição das
mãos, faculdade que algumas pessoas possuem em
grau mais ou menos elevado."

Allan Kardec - O LIVRO DOS MÉDIUNS, item 131.

"Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos,


orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos
sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer
um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em
Deus"

REVISTA ESPÍRITA, Setembro, 1865.

"(...) A acção fluídica se transmite de perispírito a


perispírito, e deste ao corpo material."

REVISTA ESPÍRITA, Setembro 1865.

"Pela identidade de sua natureza, este fluido,


condensado no perispírito, pode fornecer ao corpo os
princípios reparadores (...) A cura se opera pela
substituição de uma molécula sã a uma molécula malsã."

A GÊNESE, cap. XIV, item 31.

195
"Os fluidos, obedecendo a uma poderosa vontade, a
um ardente desejo de fazer o bem, penetram os
organismos debilitados e suas moléculas benéficas,
substituindo as que estão doentes, restituem
gradualmente a saúde aos enfermos, o vigor aos
valetudinários."

Léon Denis - DEPOIS DA MORTE, cap. XVII.

"A água, no mundo, não somente carreia os


resíduos dos corpos mas também as expressões de
nossa vida mental. Será nociva nas mãos perversas, útil
nas mãos generosas e, quando em movimento, sua
corrente não só espalhará bênçãos de vida, mas
constituirá igualmente um veículo da Providência Divina,
absorvendo amarguras, ódios e ansiedades dos homens,
lavando-lhes a casa material e purificando-lhes a
atmosfera íntima."

André Luiz, psicografia de F.C. Xavier -


NOSSO LAR.

"A mente dos homens, indirectamente controlada


pelo comando superior, interfere no acervo de recursos
do Planeta (...)"

MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, cap. IV.

TERAPIA ANTIGA
196
No velho Egipto, os pacientes eram levados ao
estado de letargia através da magnetização, quando
então realizavam intervenções cirúrgicas, inclusive
trepanações.

MESMER E O MAGNETISMO

O Dr. Franz Anton Mesmer, (séc. XVIII) doutorado


pela Universidade de Viena, escrevia:

"O fluido é o meio de uma influência mútua, entre os


corpos celestes, a terra e os corpos animados." Deduziu
que as moléstias são ou falta ou desequilíbrio na
distribuição do magnetismo pelo corpo".

A ciência confirma a prática fluidoterápica?

197
Água do Dique Fujiwara, antes de oferecer uma
oração.

A mesma água , após oferecer uma oração.

Durante oito anos, a partir de 1984, o cientista


japonês dr. Masuro Emoto e sua equipe cristalizaram e
fotografaram moléculas de água das mais variadas
partes do mundo, retiradas de rios, de lagos, da chuva e
da neve, e submetidas às vibrações de pensamentos,
sentimentos, palavras, idéias e músicas, conseguindo
registrar em imagens a reação dessas amostras a esses
estímulos.
Dessa forma, obtiveram desenhos magníficos,
como que jóias esculpidas na estrutura molecular da
água quando a amostra esteve exposta às palavras
como "amor e gratidão", à vibração da palavra "obrigado"
ou ao nome de alguém já falecido como Madre Teresa de
Calcutá. Todavia, quando a vibração escolhida era
desagregadora, a imagem mostrou-se disforme, não se
formando os desenhos geométricos.

198
Tais experiências estão contidas no livro
"Mensagem das Águas", de 1999, ilustrado com 161
fotos coloridas, conseguindo provar contundentemente
que a estrutura molecular da água se transforma de
acordo com o ambiente, seja ele poluído ou
naturalmente puro, pelo que revela o quanto nossas
emoções e nossos pensamentos se reflectem na água
que possui altíssimo poder de assimilação de energias e
vibrações ambientais.

A autoterapia por meio da escolha dos pensamentos


e da forma como os executamos, activando nossas
defesas orgânicas, não é mais apenas uma
possibilidade, evidencia-se oferecendo a convicção de
que é possível regenerarmos o nosso mundo.

Em artigo sobre o assunto, Fernando Ós lembra


com propriedade que "a cura pelas águas é tão antiga
quanto a medicina dos homens", e que "os Espíritos
elevados sabem o valor dessa terapia e vêem na água a
infinita sabedoria de Deus".

Fonte:
http://paginas.terra.com.br/religiao/confrariaconsolador/fl
uidoterapia.html

CEI
199
O Passe (Parte 1)

Todos os que já foram algum dia a um centro


espírita, certamente já receberam um passe.

Segundo o dicionário Michaelis, passe é o "ato de


passar as mãos, e com isso fluidos magnéticos,
repetidas vezes por diante ou por cima da pessoa que se
pretende curar ou livrar de coisas ruins".

O passe é uma prática amplamente difundida entre


os espíritas, que consiste na imposição das mãos feita
por um indivíduo, que recebe o nome de passista, sobre
outro, o recebedor.

A sua prática integra habitualmente o chamado


tratamento espiritual, que na maioria das vezes consiste
na administração dos passes e/ou água fluidificada,
entre outros, dependendo do caso.

O que é exatamente o passe?

O passe é uma transfusão de energias vitais e


espirituais, isto é, a passagem de energias de um para
outro indivíduo. As energias vitais são oriundas dos
encarnados que aplicam o passe (passistas) e as
200
energias espirituais dos desencarnados (espíritos que
colaboram no passe).

É importante frisar que o passe não é a mesma


coisa que o Reiki*, ainda que as duas técnicas utilizem a
imposição das mãos. A filosofia do Reiki afirma que esta
é uma técnica que capta a energia vinda do Cosmo,
transmitindo-a ao reikiano (quem aplica), para que este
sirva apenas de canal e repasse a energia para o
paciente. Ou seja, o Reiki não considera a presença da
espiritualidade (apesar dos reikianos quase sempre
referirem-se aos "mestres") e também a pessoa que
aplica o Reiki, teoricamente, não atuaria de nenhuma
maneira perante quem recebe. Vemos aí, então, as
grandes diferenças entre o Reiki e o Passe Espírita.
Mas, obviamente, as duas técnicas têm o seu valor,
assim como tudo o que é realizado com a intenção de
promover o bem-estar do indivíduo.

Para quê serve?

A variação das condições fluídicas-perispirituais de


qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e
psicológicos, que podem dar origem a enfermidades.

Daí, a importância da terapia energética dos


passes, não só como tratamento, mas principalmente
como profilaxia das enfermidades.

O passe atua no campo de energia do indivíduo e


tem como principal objetivo o reequilíbrio dos corpos
201
físico e espiritual, visando assim a cura das mais
diversas desordens fisiológicas.

Como ocorre?

O passe é um procedimento fluídico-magnético. A


transfusão se dá através da imposição das mãos, sem a
necessidade de tocar-lhe o corpo, porque a força
energética se projeta de uma para outra aura,
estabelecendo uma verdadeira ponte de ligação, as
mãos apenas direcionam o fluxo. Os Espíritos superiores
ensinam que as mãos servem como instrumento para a
projeção e direcionamento dos fluidos magnetizados,
doados pelo operador, bem como dos fluidos espirituais,
trazidos pelos Espíritos.

Tipos de passe:

* Anímico** ou magnético – É o passe em que há


apenas a ação do passista na doação fluídica e
magnética. É um tipo de passe em que a pessoa doa
apenas seus fluidos vitais, utilizando-se dessa força
magnética para vitalizar o paciente.

* Mediúnico ou espiritual – Neste tipo de passe, o


paciente não recebe fluidos vitais do passista, que neste
caso, será mero instrumento na ação do Espírito, que
será o único a atuar fluídica e magneticamente. Portanto,
os Espíritos aplicam fluidos espirituais diretamente no
perispírito do paciente.
202
* Misto – É uma modalidade de passe onde se
misturam os fluidos vitais do passista com os fluidos
medicamentosos da Espiritualidade, ou seja, este
processo envolve tanto encarnado como desencarnado
no processo da doação.

Recebedor

É a pessoa que recebe o passe. Neste caso, o


passe pode ser classificado, consoante seu recebedor,
em individual ou coletivo.

* O passe individual é aquele onde um ou mais


passistas realizam o trabalho de imposição de mãos em
cada paciente, a cada vez. Ou seja, quem recebe o
passe, recebe-o sozinho, de um passista.
* O passe será coletivo quando o seu objeto for um
grupo de indivíduos. Como nos casos em que as
pessoas que estejam presentes em uma palestra, por
exemplo, recebem um passe coletivo, de um ou mais
médiuns, todos de uma só vez.

Existem centros espíritas que dividem o passe


individual em passe corrente (mais simples e rápido) e
isolado (um pouco mais demorado e complexo).

203
Geralmente quem recebe o passe, no caso de ser
individual, fica sentado à frente do passista, em um
ambiente à meia-luz e no momento do passe é solicitado
à pessoa que irá receber, que esta mentalize Jesus ou
faça uma prece, ou seja, eleve o seu pensamento. Isto
certamente facilita a recepção dos fluidos magnéticos.

Passista

É a pessoa que aplica o passe. Pode atuar de


várias maneiras: com seus fluidos apenas, no passe
chamado anímico ou magnético; ou receber auxílio
espiritual, no passe mediúnico ou espiritual.

Usa-se, com freqüência, no meio espírita, o termo


"médium passista". Na verdade, isto induz ao erro, pois
qualquer pessoa pode atuar como passista, visto que o
passe magnético não é um ato mediúnico. Trata-se de
uma transfusão de energia magnética, algo semelhante
à transfusão de sangue. Não é preciso uma condição
especial para doar sangue, apenas que o doador seja
saudável. O mesmo acontece com o passe magnético.

Para o passe mediúnico, é interessante que esta


pessoa seja médium, pois ela atuará mais facilmente
como instrumento para a atuação do Espírito, que será,
neste caso, o agente do passe.

Embora contando com a participação dos espíritos


na aplicação, o passista é um doador de energias. Não é
preciso, portanto, ter uma mediunidade específica.
Qualquer pessoa pode aplicá-lo, desde que conheça a
204
técnica e se submeta às disciplinas que lhe são
inerentes. Basta estar bem, física e psiquicamente e
cultivar o desejo sincero de servir.

Muitos centros espíritas promovem cursos para


pessoas que desejam atuar como passistas e isto é
muito importante, pois é necessário um preparo para que
a pessoa inicie esta prática. Ocorre que muitas pessoas
confundem e acham que isto é um curso para ser
médium, o que na minha modesta opinião é um erro,
pois a mediunidade é uma faculdade própria de cada
pessoa, mas alguns a têm mais desenvolvida e outros
não, portanto, acho um absurdo alguém achar que pode
fazer um curso para se tornar médium; é possível, sim (e
recomendável, inclusive), a pessoa fazer um curso para
aprender a desenvolvê-la e lidar com ela, mas isso é
outra coisa...

Para saber mais sobre mediunidade, veja o post:


http://espiritananet.blogspot.com/2007/10/mediunidade-
o-que-mediunidade-faculdade.html

Lembrando sempre: Toda prática espírita deverá ser


gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça
o que de graça recebestes".

* Segundo os preceitos do REIKI, REI se refere à


força cósmica, à energia universal. KI é a energia da
força vital. Quando essas duas energias se encontram, a
205
energia cósmica com a individual, forma-se o REIKI. Os
praticantes desta técnica afirmam que ela não está
ligada a nenhuma religião ou seita.

** O termo anímico vem de animismo, termo usado


na prática espírita para designar um estado de transe, no
qual quem opera, produzindo fenômenos psíquicos e
mesmo efeitos físicos, é o Espírito do próprio encarnado
e não um Espírito desencarnado. Ou seja, diz-se que um
passe é anímico quando a pessoa interfere de algum
modo, com consciência, na ação. Como vimos, no passe
anímico, também chamado passe magnético, ocorre
apenas a ação do passista na doação fluídica e
magnética.

Pess

O Passe (Parte 2)

Olá, amigos!

Retomando o tema "passes", iniciado na semana


passada em O Passe (Parte 1), escrevo novamente
sobre este assunto, falando um pouco agora sobre a
importância da "higienização mental" e da correta
conduta moral, importante tanto para quem aplica,
quanto para quem recebe o passe.

206
Bom, como já sabemos, o passe é uma transfusão
de energias espirituais e vitais, isto é, a passagem de
energias de um indivíduo para outro. Vejamos a conduta
mais correta a seguir durante a realização deste
tratamento:

O PASSISTA

Como já vimos, não há exatamente uma


necessidade que a pessoa seja médium para ser um
passista, apenas que haja uma vontade sincera de
praticar o bem, mas é importante que a pessoa que
pretende atuar como passista tome certas providências
em relação à sua própria conduta, pois a mente influi,
poderosamente, sobre todos os seus centros de forças*,
os quais canalizam as energias que os seus
pensamentos, somados aos seus sentimentos,
direcionam, e como o passista atua como um doador de
fluidos, este cuidado é essencial para a realização do
trabalho.

O QUE É NECESSÁRIO PARA SER UM BOM


PASSISTA?

Como o passista doa de si uma parte dos fluidos


que vão fortalecer o lado material e espiritual do
necessitado, esses fluidos precisam estar limpos de
vibrações deletérias oriundas de vícios.
207
O passista não precisa ser um "santo", mas
necessita esforçar-se na melhoria íntima e no
aprendizado intelectual. Pois, do contrário, poderá mais
prejudicar do que ajudar.

Fatores negativos que prejudicam os resultados do


passe:

Fatores físicos:

- Uso do fumo e do álcool (seus resíduos no


organismo desarmonizam o campo vibratório do
indivíduo);

- Alimentos inadequados (é útil a privação dos


alimentos mais condimentados e mais pesados, de difícil
digestão, como a carne vermelha, porque afetam os
fluidos a serem doados);

- Desequilíbrio mental (a qualidade da atmosfera


fluídica que envolve o passista é sempre elemento dos
mais determinantes quanto aos resultados que se obtém
através do passe. O passista deve, por isso, buscar
permanentemente a melhoria de sua psicosfera, através
de todos os meios ao seu alcance. O estudo, o trabalho,
o exercício da caridade, a vigilância e a prece são
algumas das ferramentas ao seu dispor para alcançar
esse objetivo).
208
Fatores espirituais/morais: Sentimentos como
mágoas, ciúmes, egoísmo, orgulho, vaidade, cupidez,
vida desonesta, melindres, etc devem ser evitados.

As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do


estado de saúde do passista e as espirituais do seu grau
de desenvolvimento moral. Assim é que o passista
deverá estar, o mais possível, em perfeito equilíbrio
orgânico e moral. Portanto, todos nós podemos ministrar
passes, porém é necessário um mínimo de preparo
moral a fim de que a ajuda seja a mais eficaz possível.

O RECEBEDOR (OU PACIENTE)

A pessoa que irá receber o passe deverá


permanecer em estado de confiança e de simpatia com o
tratamento, bem como em adequada sintonia vibratória
com o passista. Está confirmado pela experiência que o
passe será tanto mais eficiente quanto maior for a
adesão do paciente.

Para que essa conexão aconteça e a adesão se


consolide é preciso que o assistido elimine pensamentos
negativos, abstendo-se da ironia, da descrença, das
vibrações anti-fraternas, das preocupações meramente
materiais e outras situações do gênero, para que não
ofereça obstáculos à recepção dos fluidos benfazejos
que lhe serão ministrados.
209
Para o bem do próprio necessitado, é importante
alimentar uma conduta mental de compenetração
respeitosa, de recolhimento reflexivo e de respeito a
todos os que estão envolvidos na mesma intenção de
benefício.

DISPOSIÇÃO PSÍQUICA DE QUEM RECEBE O


PASSE

É importante saber que a disposição psíquica de


quem recebe o passe é que garantirá uma maior ou
menor assimilação das energias.

Quando a pessoa que vai receber o passe está no


clima de meditação e de prece, permite um
afrouxamento dos laços vitais que lhe unem o espírito ao
corpo.

Em conseqüência ele experimenta a expansibilidade


do perispírito** ou corpo espiritual, que, utilizando-se da
inerente propriedade de absorvidade, assimila os fluidos,
à maneira de uma esponja em contato com um líquido
qualquer.

E, porque o perispírito** está unido ao corpo físico,


essas energias também lhe alcançam a roupagem
orgânica (o corpo físico), propiciando-lhe grande alívio.

Esta absorção dos fluidos dá-se particularmente


através dos centros vitais ou centros de força* , onde a
210
ligação do perispírito** ao corpo acontece de forma mais
intensa e completa.

Portanto, no dia em que a pessoa for receber um


passe, ou qualquer outro tipo de tratamento espiritual,
deve tomar os seguintes cuidados:

* Estar receptivo (favorável ao recebimento da


ajuda, vibrando mentalmente para melhor absorver o
recurso espiritual);
* Estar disposto a se melhorar espiritualmente;
* Praticar a oração;
* Evitar desentendimentos;
* Evitar ambientes negativos;
* Evitar intoxicar-se com fumo, alcoólicos,
excessos alimentares e sexuais etc...

É importante frisar, porém, que os cuidados acima


listados, são de fundamental importância não só no dia
de receber o passe, mas durante toda a vida do
indivíduo. O ambiente familiar onde reine a harmonia e o
respeito contribui bastante para a boa saúde física e
mental de qualquer pessoa. A realização do evangelho
no lar é uma ferramenta importante para a manutenção
da união da família e da paz no ambiente doméstico.

211
* Os centros vitais ou centros de força (também
conhecidos como chakras) localizam-se no campo
vibratório que envolve o corpo físico (perispírito). Os
centros de força estão ligados às glândulas e ao sistema
nervoso, possuindo assim ampla influência sobre os
órgãos do corpo, sendo responsáveis pela circulação da
energia e do funcionamento do organismo como um
todo.

** Perispírito: É o traço de união entre a vida


corpórea e a vida espiritual. É um envoltório semi-
material do espírito. Nos encarnados, serve de laço ou
intermediário entre o Espírito e a matéria.

Gente, é isso, espero que tenham gostado e,


sobretudo, compreendido um pouco mais sobre a
importância do equilíbrio mental, importante não só para
quem está envolvido com a terapia do passe, mas para
todos nós, em todos os momentos de nossas vidas!

Muita luz a todos!

Adriana

Para saber mais sobre fluido universal, fluido vital e


perispírito acesse o link:
http://magnetizador.blogspot.com/2007/11/fluidos-
conceitos.html
212
Livros recomendados:

* Passes e Radiações – Edgard Armond – Ed.


Aliança

* Passes e Curas Espirituais – Wenefledo de


Toledo – Ed. Pensamento

* Cure-se e Cure Pelos Passes – Jacob Melo – Ed.


Vida & Saber

* Manual do Passista: Curando Pelo Amor e Pelo


Magnetismo – Jacob Melo – Ed. Vida & Saber

Por: Adri

Especial

Ano 1 - N° 46 - 9 de Março de 2008

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA


mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)

Anotações em torno do passe


213
Aqui no Paraná já faz mais de trinta anos que a
orientação emanada dos órgãos de unificação ligados à
Federação, a respeito do passe, tem sido no sentido de
aplicá-lo da forma mais singela possível, tal como se
fazia nos tempos apostólicos: a simples imposição de
mãos.

Ensina-nos um dos textos que formam a apostila do


Centro de Orientação e Educação Mediúnica
(COEM),

obra elaborada sob a supervisão do Dr. Alexandre


Sech (11a Sessão de Exercício Prático, Centro Espírita
Luz Eterna, edição de 1978):

"A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o


exemplo correto de transmitir o passe.

"Os movimentos que gradativamente foram sendo


incorporados à forma de aplicação do passe criaram
verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita,
desfigurando a verdadeira técnica.

"Os passistas passaram a se preocupar mais com


os movimentos que deveriam realizar do que com o
dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos."

Temos ministrado nos últimos anos diversos


seminários a respeito desse tema e notamos que,
felizmente, o ensinamento acima transcrito não tem
causado mais nenhuma surpresa, aqui ou noutros
Estados, excetuados os casos especialíssimos das
214
Casas Espíritas que, por uma questão regimental,
adotam as lições do comandante Edgard Armond,
conhecido divulgador, no meio espírita, dos chamados
passes padronizados.

O passe espírita origina-se das práticas de


cura do Cristianismo Primitivo

Alguém, contudo, pergunta-nos qual é a


fundamentação kardequiana para a postura acima
referida, adotada pelo Centro Espírita Luz Eterna e pelos
formuladores do programa do COEM, dentre os quais se
incluem, além do Dr. Alexandre Sech, os nossos
caríssimos amigos Dr. Célio Trujillo Costa e o professor
Ney Paulo de Meira Albach.

Poderíamos responder à pergunta mencionando um


único autor: José Herculano Pires (foto), que foi, no dizer
de Chico Xavier, "o metro que melhor mediu Kardec".

Eis o que ele, a respeito do tema, escreveu


("Obsessão, o passe, a doutrinação", editora Paidéia,
págs. 35 a 37):

"O passe espírita é simplesmente a imposição das


mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos

Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do


Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as
mãos de Jesus.

215
"O passe espírita não comporta as encenações e
gesticulações em que hoje o envolveram alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes
espiritualistas de origem mágica ou feiticista.

"Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita


dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passista e não dele mesmo. Os
passes padronizados e classificados derivam de teorias
e práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um
passado há muito superado. Os Espíritos realmente
elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas
apenas a prece e a imposição das mãos.

"Toda a beleza espiritual do passe espírita, que


provém da fé racional no poder espiritual, desaparece
ante as ginásticas pretensiosas e ridículas
gesticulações."

Não são as mãos do passista que dirigem o fluido,


mas o Espírito que vem em seu auxílio

Mas, considerando seja isso insuficiente,


lembremos algumas passagens extraídas da obra de
Kardec, que sempre utilizou a expressão médium
curador em lugar de médium passista e que, quando
trata do assunto, se refere tão-somente à imposição de
mãos:

1) Em "O Livro dos Médiuns", capítulo XIV, item 176,


o Codificador do Espiritismo consigna a seguinte
instrução dada pelos Espíritos: "Se você magnetiza com
o fito de curar, por exemplo, e invoca um bom Espírito
216
que se interessa por você e pelo doente, ele aumenta
sua força e sua vontade, dirige seu fluido e lhe dá as
qualidades necessárias" (o grifo é nosso).

Está dito aí, com a maior clareza possível, que não


são as mãos do médium passista que dirigem o fluido,
mas sim o Espírito que vem em seu auxílio, o qual sabe
melhor do que o encarnado qual a necessidade
específica do enfermo beneficiado pela imposição de
mãos.

2) Em "Obras Póstumas" (Manifestações dos


Espíritos, itens 52 e 53), Kardec diz que "a faculdade de
curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de
uma força excepcional de expansão, mas diversas
causas concorrem para aumentá-la, entre as quais são
de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos
sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo
ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a
confiança em Deus; numa palavra, todas as qualidades
morais" (o grifo é nosso). E acrescenta: "A ação fluídica,
ao demais, é poderosamente secundada pela confiança
do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a fé,
concedendo-lhe o bom êxito".

3) No número de janeiro de 1864 da "Revista


Espírita" (Edicel, ano de 1864, pág. 7), Kardec inseriu
uma mensagem de Mesmer (Espírito), recebida na
Sociedade Espírita de Paris em 18-12-1863, em que o
aludido Espírito analisa a questão das curas através do
magnetismo animal e do magnetismo espiritual. Mesmer
diz ali que Deus sempre recompensa o humilde sincero
que pede a ajuda espiritual, enviando-lhe o socorro para
217
que ele possa auxiliar o enfermo. "Esse socorro que
envia são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium
de seu fluido benéfico, que é transmitido ao doente",
afirma Mesmer. E acrescenta: "Também é por isto que o
magnetismo empregado pelos médiuns curadores é tão
potente e produz essas curas qualificadas de
miraculosas, e que são devidas simplesmente à natureza
do fluido derramado sobre o médium; ao passo que o
magnetizador ordinário se esgota, por vezes em vão, a
fazer passes, o médium curador infiltra um fluido
regenerador pela simples imposição das mãos, graças
ao concurso dos bons Espíritos" (o grifo é nosso).

Apenas a ignorância é que nos faz crer na influência


desta ou daquela fórmula

4) No número de setembro de 1865 da "Revista


Espírita" (Edicel, ano 1865, pág. 254), o Codificador
ensina: "Se a mediunidade curadora pura é privilégio das
almas de escol, a possibilidade de suavizar certos
sofrimentos, mesmo de os curar, ainda que não
instantaneamente, umas tantas moléstias, a todos é
dada, sem que haja necessidade de ser magnetizador. O
conhecimento dos processos magnéticos é útil em casos
complicados, mas não indispensável. Como a todos é
dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem,
muitas vezes basta impor as mãos sobre a dor para a
acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a
fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus. É de notar
que a maior parte dos médiuns curadores inconscientes,
os que não se dão conta de sua faculdade, e que por
vezes são encontrados nas mais humildes posições e
em gente privada de qualquer instrução, recomendam a
218
prece e se entreajudam orando. Apenas sua ignorância
lhes faz crer na influência desta ou daquela fórmula" (o
grifo é nosso).

Vistas as diversas colocações de Kardec sobre o


tema, resta-nos observar que a leitura atenciosa dos
Atos dos Apóstolos comprovará a correção da postura
assumida por J. Herculano Pires. A prece feita por Pedro,
rogando a Deus lhe concedesse a ele e aos seus
companheiros o poder de, estendendo as mãos sobre os
enfermos, curar as enfermidades (Atos, 4:30), foi
plenamente atendida, conforme mostram inúmeros fatos
relatados em Atos dos Apóstolos (5:12, 6:6, 9:17, 19:6 e
28:8) e no Evangelho segundo Marcos (5:23 e 16:15 a
18), visto que Lucas, o autor de Atos, nos informa que
"pelas mãos dos apóstolos se faziam muitos milagres e
prodígios entre a plebe", sem fazer qualquer referência a
passes padronizados, longitudinais, rotatórios, de
dispersão ou de varredura.

Tipos de passe

Os passes podem ser classificados em três


categorias:

a) Passe magnético

219
É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas
seus fluidos, utilizando a força magnética existente no
próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer
criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam
segundo a condição moral do passista, sua capacidade
de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o
próximo. No passe magnético, geralmente se recebe
assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de
boa vontade, atendem aos mais carentes. Lembramos
aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da
crença que o passista ou magnetizador possa ter em
Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a
Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questão 176 :

"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o


bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".

b) Passe espiritual

É uma espécie de magnetização feita pelos bons


Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito
das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe
espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos
de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos
planos superiores da Vida, pelo Espírito que veio assisti-
lo. Pelo fato de não estar misturado ao fluido
animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que
as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se
compreender que os recursos oferecidos nas reuniões
públicas de Espiritismo, onde participam grande
quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados,
220
são bem maiores do que aqueles que podemos contar
em nossas residências, só com a ajuda do anjo
guardião.

c) Passe misto

É uma modalidade de passe onde se misturam os


fluidos do passista com os da Espiritualidade. A
combinação é muito maior do que no passe puramente
magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o
tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas,
contando com a ajuda de equipes espirituais que
trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados. Os
benfeitores espirituais comparecem no momento do
passe, atendendo aos encarnados e também
ministrando eficiente socorro às entidades do plano
espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e
qualificando nossos fluidos. Mas para que se possa
contar sempre com a ajuda dos bons Espíritos, é
necessário observar os cuidados já ditos anteriormente
sobre a depuração íntima de cada um dos que estão
imbuídos do desejo de fazer o bem.

"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais


depurados são os mais saudáveis; desde que esses
fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o
concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a
evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo,
orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja
escutada é preciso que seja feita com humildade e
dilatada por um real sentimento de benevolência e de
221
caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem
devotamento, nem devotamento sem desinteresse" -
(Allan Kardec - Revista Espírita, Janeiro, 1864).

a) A Técnica do Passe Espírita

Há uma certa discussão no meio espírita sobre


como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados
movimentando-se as mãos ao redor do corpo do
indivíduo, de modo que as energias espirituais
pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros,
acham que o ato de apenas impor as mãos sobre a
cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o
passe dispensa qualquer recurso espetacular. José
Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe
é tão simples que não se pode fazer nada mais do que
dá-lo.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista
Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos médiuns
que:

"Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência


desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às
quais se deve emprestar o valor que merecem".

Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma


metodologia para o passe. Cada grupo deve ter o bom
senso de trabalhar da forma que achar mais conveniente
222
desde que dentro de uma fundamentação doutrinária
lógica. O que é preciso levar em conta é que nenhuma
forma de aplicar o passe surtirá efeito se o médium não
tiver dentro de si a vontade de ajudar e condições morais
salutares para concretizá-lo. Mesmo que se aplique a
melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados
se o passista for pessoa de má índole.

b) Quando o Passe deve ser aplicado?

A variação das condições fluídicas perispirituais de


qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e
psicológicos, que podem dar origem a enfermidades.
Alterações psicológicas ou traumas orgânicos podem
provocar mudanças fluídicas na camada exterior do
perispírito, agravando doenças ou iniciando estados
mórbidos. Daí, a importância da terapia energética dos
passes como tratamento, mas principalmente como
profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser
aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o
procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de
ritual ou dogma.

Postado p

Passe é coisa séria!

223
A fotografia da aura (emanação de campos
energéticos que circundam os corpos dos seres vivos)
foi possível graças ao casal russo Semyon e Valentina
Kirlian que criou o método de seu registro fotográfico - a
kirliangrafia. Através de uma fotografia Kirlian, é possível
analisar cor e textura da aura, a qual pode se apresentar
mais ou menos luminosa, variando de cor, de
intensidade e de tamanho, conforme o estado físico,
emocional, mental e espiritual do indivíduo (veja desenho
acima mostrando os vários campos enrgéticos que
possuímos). A foto (à direita) é obtida quando se
fotografa a ponta dos dedos das mãos, por onde passam
os meridianos ligados a cada área do corpo podendo
dessa forma ser avaliado o estado geral e os campos
energéticos em detalhes do indivíduo.

Na terapêutica espírita do PASSE, no momento da


imposição de mãos, está havendo uma alteração
energética benéfica em quem está doando e recebendo
os fluidos. Tal comprovação é devido à maquininha
inventada, em 1939, pelos Kirlian.

Se quiser ver vários exemplos de fotos kirlians,


inclusive de médiuns, antes e durante o transe
mediúnico, recomendo clicar AQUI , para baixar um
powerpoint bem interessante que consta no site
PSICENTER. Esta é uma dica do nosso irmão Paulo
Pinto e serve para acabar de vez com qualquer dúvida
que tenhamos sobre a energia alterar ou não o
funcionamento celular.

224
Serve de alerta também para todos que nos
dispomos a colaborar nas cabines de passe dos centros
espíritas. Apesar de sabermos que o passe espírita é
misto (fluidos dos Espíritos e dos passistas encarnados),
é responsabilidade intransferível do voluntário do passe
se preparar física, emocional, mental e espiritualmente
para atividade tão sublime. Inegável que os Espíritos
supram nossas deficiências inconscientes. Se não
estivermos devidamente preparados, saber e ter a
humildade de dizer NÃO se faz mister.
Postad

As técnicas do passe

Aluney Elferr Albuquerque Silva

Antes de adentrarmos nas técnicas mais comuns do


passe, direcionadas para as mais diversas
necessidades, existe um ponto de muita importância que
Jacob Melo nos avisa em Seu Livro "Manual do
Passista". No momento da aplicação em si, os passistas
poderão sentir através de leves roçaduras ou impressões
nas pontas dos dedos ou nas palmas das mãos, os
fluidos sendo emanado e a experiência nos mostra que
realmente acontece, há passistas que sentem no centro
da palma da mão uma impressão diferente no momento
da aplicação, todavia há ainda outros que sentem a
mesma impressão nas pontas dos dedos. Jacob Melo,
no Livro supracitado, nos informa que aqueles que
sentem estas impressões na ponta dos dedos, poderiam
225
sem chamados de Médiuns Passistas Digitais, e os que
sentem esta leve impressão nas palmas das mãos,
seriam os Médiuns Passistas Palmares. Gostaríamos
ainda, de deixar claro que os médiuns que já militam
nessa área e que não sentem estas impressões, de
forma alguma devem pensar que não existe intercâmbio
de fluidos em seus passes, diríamos que estas
sensações também se adquirem por prática e dependem
de outros fatores na sensibilidade de cada um.

E as mãos deverão ficar conforme o passista se


sinta mais tranqüilo e relaxado para desenvolver a
aplicação, continuando assim, com o modo pelo qual o
médium praticava tal aplicação.
DIAGNÓSTICO OU TATO - MAGNÉTICO

O primeiro passo realmente, levando em


consideração que no momento do passe estamos na
condição de verdadeiros intermediários, seria conhecer
um pouco mais o irmão que comparece para o passe,
tratando de posicionar as mãos ou a mão primeiramente
sobre o coronário e depois paulatinamente descer, sem
se demorar muito, no intuito de sentir as vibrações do
campo vibratório do paciente, as oscilações do seu tônus
vibratório, as emanações de seu corpo perispiritual,
tendo em vista até mesmo descobrirmos pontos no
organismo com vibrações diferenciadas e problemáticas,
mentalmente não estamos doando nada, por enquanto
somente reconhecendo o paciente, entrando em relação
fluídica com o paciente. Esta técnica também se
desenvolve através da prática. Facultando os médiuns
encontrarem campos em desequilíbrio do paciente,
alguns passistas através desta técnica detectam
226
informações valiosas e que muito auxiliam no tratamento
fluidoterápico. Utilizando dispersivos para assim, de uma
certa maneira podermos "clarear" o campo vibratório do
paciente e conseqüentemente localizar com maior
facilidade as desarmonias existentes. Façamos uma
rápida comparação da utilidade dos dispersivos nesta
técnica: se uma pessoa esta com problemas na região
gástrica, seu campo vibratório ficará desorganizado.
Fazendo uso do tato-magnético neste momento
poderemos captar uma desorganização é claro,
generalizada e não local ou até mesmo verificar que ele
se encontra mais sério na região do abdômen, mas se
fizermos um dispersivo agiremos diretamente nos fluidos
desordenados, ordenado-os e até mesmo extrairemos os
mesmo que envolvem o corpo deixando o foco em
desarmonia, mas acessível ao nosso tato. Da mesma
forma quando fazemos um curativo, primeiramente
assepsiamos e depois cuidamos do foco infeccionado.
EMANAÇÃO DE FLUIDOS

Em "A GÊNESE - CAP. XIV - ITEM 33", Kardec nos


demonstra que "a ação magnética pode produzir-se por
diversas formas:"

1. Pelo próprio fluido do magnetizador (Passista) –


é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo
humano, cuja ação é subordinada à potência e
sobretudo à qualidade do fluido.
2. Pelos fluidos do Espírito (desencarnado). –
atuam diretamente e sem intermediários sobre o
encarnado, seja para curar ou acalmar um sofrimento,
seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja
para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou
227
moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja a
qualidade está na raiz das qualidades do espírito.
3. Pelos fluidos do Espírito (desencarnado)
combinando com os fluidos do magnetizador (Passista).
– fluidos derramados sobre o magnetizador e ao qual ele
serve de condutor. É o magnetismo misto, semi-espiritual
ou, se assim melhor nos expressamos, humano-
espiritual. Vemos neste, o fluido espiritual, combinado
com o fluido humano, dando à este último as qualidades
que lhe faltam. O auxílio dos espíritos, em tais
circunstâncias, é por vezes espontâneo, porém com
mais freqüência é provocado pelo apelo do
magnetizador.

Conforme já verificamos, o pensamento e a vontade


exercem ação preponderante sobre os fluidos.

Verificamos também, que a ação dos Espíritos é


que realmente dá eficácia curadora, no magnetismo, aos
fluidos humanos.

Dessa forma é importante a conscientização, em


nossas Casas Espíritas, dos médiuns passistas e
mesmo daqueles caracterizados como curadores, de que
são os Espíritos que provocam as curas, servindo o
médium como intermediário, pois são eles, os Espíritos
quem aumentam, dirigem e qualificam nossos fluidos.

Pesquisando Kardec, vamos encontrar na Revista


Espírita - Ano Vii - Jan. 1864 - Pag. 7, importante estudo,
que nos elucida no assunto, quando nos diz:

228
..."Em geral o que magnetiza (Passista) não pensa
senão em desdobrar essa força fluídica, derramar seu
próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus
cuidados. SEM se ocupar se há ou não uma Providência
interessada no caso, tanto ou mais que ele. AGINDO
SÓ, não pode obter senão o que a sua força, sozinha,
pode produzir; ao passo que os médiuns curadores
começam por elevar sua alma a Deus, e a reconhecer
que, POR SI MESMOS, nada podem... Esse socorro que
envia, são os bons Espíritos que vem penetrar o médium
de seu fluido benéfico, que é transmitido ao doente... e,
que são devidas simplesmente à natureza do fluido
derramado sobre o médium;

ao passo que o magnetizador (passista) ordinário se


esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o médium
curador infiltra um fluido regenerador pela simples
imposição de mãos, graças ao concurso dos bons
Espíritos".

Continuando, à pag. 8 da mesma Revista Espírita,


encontramos:

..."Na ação magnética propriamente dita, é o fluido


pessoal do magnetizador que é transmitido, e esse
fluido, que não é senão o perispírito, sabe-se que
participa sempre, mais ou menos, das qualidades
materiais do corpo, ao mesmo tempo que sofre a
influência do Espírito..."

Verificamos dessa forma, que não há diversos tipos


de Passes. Nos trabalhos de socorro ao próximo,
sempre, estaremos secundados pelos Espíritos.
229
Assim, o Passe possui um único tipo, que podemos
designá-lo, se assim o desejarmos de humano-espiritual,
dado à simbiose que sempre haverá entre encarnados e
desencarnados, mormente nesse campo de atividade.
TIPOS DE PASSE
IMPOSIÇÃO

Trata-se de técnica concentradora de fluidos,


dependendo da distancia da aplicação efetuada,
funcionará como concentradora e bastante ativante se
aplicado de perto do paciente - e calmante se aplicado
de longe do paciente, desta forma descarregando fluidos
pesados, facilitando a circulação sangüínea.

A forma de executá-lo é muito simples; posiciona-se


a (s) mão (s) sobre o lugar onde se deseja fazer a
aplicação fluídica, sem movimentos e sem algum toque
no paciente. A (s) mãos devem ficar abertas, com os
dedos levemente afastados um dos outros, dificultando
assim, as contrações musculares nas mãos.

Os passistas digitais, que acima explicamos vão


tender a deixar os dedos levemente baixos em direção
ao ponto de será fluidificado, e os passistas palmares
concentrarão melhor as palmas das mãos, com os dedos
sem qualquer arqueadura.

Observações importantes:

As imposições, quando se tratando de inflamações,


infecções e cânceres, requerem a aplicação de passes
230
dispersivos ou de distribuição na localidade onde foi
efetuada a fluidificação:

Mas qual a função neste particular dos passes de


distribuição ou dispersivos?

1 acelerar de certa forma a absorção dos fluidos


pelo a área afetada pela infecção ou inflamação e

2 evitar que algumas emanações fluídicas


desarmonizadas da área afetada impregnem as mãos do
passista, sobretudo lembrando que a concentração por
imposição gera um elevado campo magnético, com isso
uma grande corrente de energia circulando entra as
mãos do passista e a região onde se esta fluidificando.

A imposição carrega de fluidos e por ser


caracteristicamente concentradoras esta técnica, sendo
praticada onde se demora muito sobre o coronário
podem provocar tonturas dores de cabeça no paciente,
ações irritantes sobre o sistema nervoso, podendo
ocasionar sérios embaraços magnéticos, neste caso
também recomendamos, os dispersivos intercalados
com as imposições nas áreas fluidificadas, buscando
evitar essas sensações, pois como veremos abaixo os
dispersivos ou como é costumeiramente chamado os
passes de limpeza ou distribuição, auxiliam realmente na
maior assimilação e distribuição energética por todo o
corpo, como também na retirada dos excessos.
PASSES LONGITUDINAIS

Passe longitudinal é aquele feito ao longo do corpo,


de cima para baixo. A base fundamental desta aplicação
231
é a formação de uma corrente de fluidos que, partindo do
passista e veiculado pelas suas mãos, transmite-se ao
corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.

Os passes longitudinais movimentam os fluidos e os


distribuem, mas quando ultrapassam as extremidades
( pés e mãos), os descarregam.

Conforme o nome sugere a direção de sua


movimentação: ao longo de - é também chamado passe
de extensão. Ao contrário, os longitudinais são feitos
com movimentos e não com as mãos fixas sobre um só
ponto.

Esta técnica é muito rica entre todas as outras


técnicas. Dependendo da velocidade e da distância com
que são aplicados, os longitudinais atendem todos os
padrões e técnicas estabelecidas pela combinação
desses dois fatores. Assim, um longitudinal lento e
próximo terá características concentradoras de ativantes
e se lento e distante, funcionará como concentrador de
calmante. Os movimentos do passe, através da força
mental, é que irão conduzir, ou melhor dizendo,
direcionar ou dispersar os fluidos que as técnicas
concentradoras acumularam.

Os longitudinais, quando usados como dispersivos


ou passes de distribuição geral, são excelentes para
promover a distribuição e introjeção de fluidos
concentrados no campo vibratório do paciente para
absorção do mesmo, restabelece a harmonia das
vibrações anímicas e físicas, auxiliando nas dores,
todavia na resolução de problemas de transe mediúnico,
232
hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz
necessária muita movimentação para isso, devendo se
utilizada nestes casos as técnicas mais objetivas para
estes problemas. Grande vantagem ai vista é que, por
sua versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para
atender a praticamente todos os casos de fluidificação,
ressalvadas as especialidades que solicitam técnicas
mais objetivas.

O passe tradicionalmente visto nas casas espíritas é


composto de três movimentos:

O primeiro é a imposição das mãos na altura dos


parietais, onde é estabelecido o contato entre as
correntes magnéticas, do passista e do receptor.

Os passes se executam com os braços estendidos


naturalmente, sem nenhuma contração e com a
necessária flexibilidade para a realização dos
movimentos; como regra geral, que deve ser
rigorosamente observada, os passes não podem ser
feitos no sentido contrário às correntes, isto é, de baixo
para cima, o que seria, se assim podemos nos exprimir,
uma verdadeira "desmagnetização", verificando acima de
tudo que este movimento, digo, de baixo para cima,
causaria uma força contrária a rotação natural dos
chacras dificultando a assimilação e levando os chacras
a não absorverem e manterem os fluidos nas suas
periferias. Todavia acontecendo tais movimentos
errôneos, é necessário aplicar alguns dispersivos ou
comumente chamado os passes de distribuição,
movimentando os fluidos presos nas periferias dos
233
chacras devido os movimentos terem sido de baixo para
cima.

Por isso, as mãos devem descer suavemente, em


movimento nem muito lento, nem muito apressado, até o
ponto terminal do passe e cada vez que se repete um
passe, deve-se ter o cuidado de fechar as mãos e
afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar
rapidamente ao ponto de partida.

Com a descida das mãos, inicia-se o segundo


movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas
mãos; ao final do movimento, as mãos se fecham e em
seguida é feita a eliminação dos fluidos negativos da
mesma, para baixo ou para trás.

O terceiro movimento é a colocação dos fluidos


salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza
a doação dos fluidos e o movimento deve ser suave, não
sendo necessário imprimir força ao mesmo. Com relação
a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte
comparação: Na frente do paciente existe uma linha
contendo gotas de orvalho que descerão sobre o
mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o
ato de doação.
Poderemos verificar que existe uma mescla acima
do Passe Longitudinal com as Imposições.

Normalmente este modalidade, onde encontramos a


imposição com os longitudinais, servem para os
pacientes com desarmonias fluídicas gerais, quando se
detecta problemas no trânsito fluídico pelos centros
vitais, crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio
234
das funções nervosas, quando necessita de reforço
fluídico para uma maior harmonização entre todos os
centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples, como
poderemos ver: com uma das mãos fazemos uma
imposição sob o centro vital que iremos fluidificar, com a
outra iremos fazer um longitudinal, a partir do centro vital
onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim,
dispersivos gerais. Ressaltamos, ainda que ao final
dessa técnica de conjugação, devemos fazer dispersivos
localizados, sobre o centro em desarmonia, pois o
mesmo poderá reter uma carga grande de fluidos, pois,
enquanto uma mão faz o longitudinal a outra é fixada sob
o chacra desarmonizado. Depois do dispersivo
localizado no chacra desarmonizado aconselhamos um
dispersivo geral sob todo o campo vibratório do paciente.
PASSE COLETIVO

Caracteriza-se esta modalidade, quando o número


de passistas é insuficiente para atender a todos os
freqüentadores individualmente, pode-se lançar mão
deste recurso como medida de emergência. Realiza-se
esse trabalho com o diretor, após a prece e a preleção
evangélica, pedindo a todos os passistas presentes que
doem fluidos aos trabalhadores do plano espiritual e
mentalizem as aplicações dos passes necessários a
cada paciente.

Esta modalidade poderá ser aplicada mentalmente,


imaginando os passistas aplicando os passes através
das projeções mentais sob os pacientes no recinto.
PASSE A DISTÂNCIA – IRRADIAÇÕES

235
Nesta modalidade, comumente verificamos uma
equipe de médiuns que visitam hospitais e que na busca
do auxílio reservam uma atividade para as irradiações a
distância para aqueles enfermos visitados nos hospitais.

O médium sintonizado com o necessitado, a


distância canaliza igualmente fluidos salutares e
benéficos. Os doentes são beneficiados não somente em
virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos
encarnados como pelas energias extraídas dos
presentes pelos cooperadores espirituais.

O passe a distância entretanto é praticado da


seguinte maneira :

Concentração e prece

Idealizar a figura material do doente – se for


conhecido – dando como presente; ou, então, imaginar
sua figura, no local indicado e ir lá com o pensamento.

Fazer sobre essa figura, imaginada ou


ideoplastizada, os passes indicados, encerrando com
uma prece.
AS VIBRAÇÕES IRRADIADAS E AS AQUISIÇÕES
ESPIRITUAIS:

"O Espírito não se acha encerrado no corpo como


numa caixa, irradia por todos os lados..."

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 420)

236
"Quando o pensamento está em alguma parte, a
alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O
pensamento é um atributo".

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. q. 89 a)

"Todos os Espíritos irradiam com igual força?

Longe disso. Essa força depende do grau de pureza


de cada um".

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. 92 a)

Pelas questões acima podemos perceber a


importância das qualidades morais e espirituais para
uma ação eficaz no campo das vibrações. Por isso é
fundamental que o integrante da reunião mediúnica, ou
reunião de passes magnéticos a distância se aprimore a
cada dia, procurando superar as suas imperfeições a fim
de que a sua participação no auxílio aos que mais
sofrem se processe de forma mais consistente.
A VONTADE E O SEU PAPEL NAS VIBRAÇÕES:

"A vontade é a gerência esclarecida e vigilante;


governando todos os setores da ação mental".

"... ela (a vontade) é o leme de todos os tipos de


forças incorporados ao nosso conhecimento.

Só a vontade é suficientemente forte para sustentar


a harmonia do espírito". (Emmanuel. Pensamento e
Vida. Cap. II, páginas 16 e 17)
237
"A vontade é, assim, a expressão do nosso livre-
arbítrio. Por ela damos os nossos testemunhos e
demostramos os nossos ideais no bem. (...) A vontade é
constituída dos seguintes fatores dinâmicos: impulso,
autodomínio, deliberação, determinação e ação. Todos
eles interligados e decorrentes entre si".

(Ney Prieto Peres. Manuel Prático do Espírita. Parte


III, Cap. 42, pág. 203)

Pelo que percebemos diante das colocações acima,


a vontade é um instrumento fundamental na ação do
bem. Urge que desenvolvamo-la com esforço
perseverante, pois, igualmente através do seu exercício,
nós conseguirmos vencer as nossas más inclinações e
atingirmos o nosso progresso moral.
TRANSVERSAL

Técnica essencialmente dispersiva, por este fato


muito eficiente quando aplicada com conhecimento.

Funciona basicamente, com os braços


paralelamente esticados sem enrigecimento dos
mesmos e as mãos voltadas em direção ao ponto que se
deseje aplicar o transversal, abrindo-os com rapidez e
vigor. Tendo bastante cautela quanto a distância tomada
entre as mãos e o corpo do paciente, para não batermos
no mesmo.

Neste caso, é como se nós arrancássemos a lama


de um companheiro e jogássemos para longe, de forma
que a sujeira não volte mais para ele, simplesmente
posicionando os braços à altura da cabeça, peito e
238
ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de
dispersão das energias maléficas impregnadas no
campo vibratório do paciente. Depois de abertos os
braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao
ponto onde se deseje fazer nova dispersão.

Sua ação é muito efetiva quando se requer uma


dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar
fluidos concentrados quanto para desfazer o estado de
transe do paciente que se estamos fluidificando.

Podemos ainda, verificar uma ramificação da


técnica ora estudada é o :

Transversal Cruzado Basicamente, tem o mesmo


procedimento, só que em vez dos braços ficarem
estendidos paralelamente, eles são cruzados à frete do
paciente, sempre em direção ao ponto que se deseje
dispersar. Com eles também visamos projetar fluidos
dispersivos que produzem como que um choque que
desarticula as ligações fluídicas do obsessor com o
doente, movimentando as agregações fluídicas
obsessor-doente.

Interessante salientar, que pelo vigor com que é


praticada, essa técnica deveria cansar muito o passista,
mas como o passe, geralmente, é via de mão dupla, o
efeito positivo dos dispersivos no paciente traduz-se
numa sensação de equilíbrio e satisfação no passista.

No caso de dispersão em paciente que acabou de


incorporar, ou que esteve sob efeito de hipnose ou
sonambulismo e está sentindo dificuldade de retornar ao
239
domínio da própria consciência e até as vezes do próprio
corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chakra
frontal, com bastante vigor e atenção por parte do
passista. Geralmente o efeito desta prática é muito
rápida. Os braços como acima vimos devem se estender
completamente no sentido lateral.
PERPENDICULAR

Também prática geralmente usada para dispersar,


onde o seu poder é mais consistente, pode também ser
útil em concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu
funcionamento solicita que o paciente esteja formando
um ângulo reto com o passista, no campo das
concentrações fluídicas deve ser aplicado com
velocidade muito lenta.

O passista passará as mãos simultaneamente , uma


pela frente e outra pelas costas, perpendicularmente,
sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no
sentido de dispersar.

O passista faz um giro em torno do paciente para


formar o ângulo adequado da aplicação e posiciona uma
mão sobre a parte da frente da cabeça e a outra pela
parte de trás, descendo as duas juntamente de cada
lado do corpo, até os pés

Observações:

1 Quando formos usar o perpendicular como


concentrador de fluidos, deveremos movimentar as mãos
ao longo do corpo do paciente, numa velocidade muito
240
lenta, conforme algumas experiências, em torno de 8
segundos, da cabeça aos pés.

2 Verificamos patentemente a existência de sub-


chacras em nosso em nosso corpo fluídico, pois,
conforme vemos esta técnica também aciona-os e uma
forma patente de se verificar esta técnica é o fato de nas
reuniões mediúnicas os passistas atenderem os
companheiros em trabalho mediúnico pelas costas, com
resultados sempre satisfatórios, indicando acima de tudo
o interligamento dos chakras.

Verificamos algo mais, que sempre as imposições


feitas para facilitar as manifestações mediúnicas são,
quando não sobre o coronário, sobre a região do umeral.
(região localizada entre a nuca e as omoplatas). O
umeral também esta em relação com a medula espinhal,
exerce influência sobre as tensões musculares, atua
também na parte do sistema nervoso. Verificamos, ai,
que dispersivos localizados nas costas através dos
perpendiculares, são extremamente eficientes.
CIRCULAR OU ROTATÓRIO

Como podemos deduzir, é a técnica definida que


usa de movimentos circulares.

Esta técnica é definida como concentradora, mesmo


quando feitos em giros mais rápidos.

Mas. Por quê? Ë bastante simples.

Como os centros de força, conforme tivemos a


oportunidade de estudar, giram no sentido horário e as
241
mãos, quando operando esta técnica de circulares ou
rotatórios, giram nesse mesmo sentido, contribuem para
um tempo maior de captação, de forma que o incremento
de velocidade das mãos nos circulares tornarão esses
passes mais concentradores.

É verdade, conforme nos dizem os grandes


estudiosos da matéria como Jacob Melo (O Manual do
Passista), "que existe um limite para o aumento deste
poder concentrante, todavia não sabemos definir ainda
com precisão até que ponto o incremento de velocidade
repercute no aumento do efeito concentrador". O que na
verdade verificamos, é que a ponderação deverá
seguramente ser a diretriz para qualquer passista,
principalmente sabendo que poderá causar danos
magnéticos ao paciente, no caso da demora.

Veremos dois grupos de aplicação nesta


modalidade:

1 Circulares normais - são executados com as


mãos, com os braços sem movimentos.

Como esses passe são além de concentradores,


muito ativantes, deverão ser aplicados muito próximos
ao ponto que se deseja realizá-los. Os dedos ficam
levemente arqueados em direção a esse ponto, com a
palma girando, sempre em sentido horário.

Quando a mão finaliza um giro, retorna-se a


mesma, fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a
munheca permitir - já que o braço, em tese, não deverá
242
mover-se - e reinicia-se o círculo outra vez, repetindo o
processo até que a fluidificação esteja concluída.

2 As aflorações - esta solicita o movimento do braço


e do antebraço. Normalmente, as mãos ficam
espalmadas, sem contrações, ou com o dedos
levemente arqueados.

Como esta técnica é mais utilizada para grande


regiões, pratica-se movimentando o braço no sentido de
giro sobre a região a ser tratada, sempre no sentido
horário e a pequena distância. Normalmente o giro é
feito de forma contínua, mas se houver por alguma
motivo interrupções, as mãos deverão ser afastadas,
fechadas e depois, no reinicio do passe, repousadas no
mesmo ponto em que a floração será reiniciada.

"Os passes circulares, são muito eficientes em


processos de inflamações em pequenas regiões,
problemas digestivos e males em geral do baixo ventre.

No caso de serem usadas as duas mãos, deve estar


muito atento ao sentido do giro, pois nosso automatismo
fisiológico normalmente impulsiona a que a mão tome o
sentido horário e a outra o anti-horário. Em caso de
dúvidas, incicie o passe com uma mão apenas e, logo
em seguida, adicione a outra, que deverá seguir o
mesmo sentido da anterior. Lembrando que os circulares
em sentido anti-horário causas congestões fluídicas,
provocando mal-estares. E dependendo do tempo da
magnetização, poderá causar danos imprevisíveis.

243
As aflorações também podem ser aplicadas como
se fossem longitudinais. Neste caso, os círculos seriam
feitos ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça
aos pés, com os braços girando em sentido horário".
(Jacob Melo – O manual do Passista)
SOPRO ou INSUFLAÇÃO

Consiste em insuflar com a boca, mais ou menos


aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do
paciente, fazendo penetrar o máximo possível na área
dos tecidos. Para isso é necessário que o passista aspire
ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal,
deverá Ter capacidade bem ampla de respiração,
podendo obtê-la através de exercícios de respiração
profunda.

André Luiz em Os mensageiros – Cap 19 – O


Sopro, nos diz "Nossos técnicos não se forma de pronto.
Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a
preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São
servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram,
ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme
acatamento mas, precisam conservar a pureza da boca
e a santidade das intenções. Nos círculos carnais, para
que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível
que o homem tenha estômago sadio, a boca habituada a
falar o bem, com abstenção do mal, e mente reta,
interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos,
teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e
curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na
Crosta, a saúde, o conforto e a vida".

Divide-se em dois grande grupos:


244
1 Frias - são muito usadas como dispersivos ou
calmante a depender da distancia e da força que se
imprime no próprio sopro a verificar, pois são aplicadas,
normalmente a uma relativa distância da região que se
deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela que
se queira apagar.

O sopro é dado com os pulmões cheio de ar,


liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e
rapidamente e com vigor ( para o objetivo de dispersar,
como acordar o paciente de um sono magnético,
sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa,
afastamento de espírito). Poderemos verificar, que nesta
aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de
fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde
ou desarmonia.

2 Quentes - ao contrário das frias, são


extremamente concentradoras de ativantes. São
aplicadas o mais próximo possível da região que se
queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que
quiséssemos embaçar.

É praticada com os pulmões cheios de ar, com o


aquecimento do estômago, liberando-os lentamente, até
esgotar o ar.

Findando a insuflação, afasta-se a boca do local,


respira-se normalmente algumas vezes e depois, com os
pulmões novamente cheios, repete-se a insuflação.

245
Verificamos que esta modalidade de insuflação
deverá ser é extremamente desgastante para o passista,
podendo até causar tonturas leves.
Cuidados na Aplicação:

Evite-se aplicar diretamente sob os centros vitais


principais; após um máximo de duas insuflações
quentes, faça-se uma série de dispersivos localizados
antes de repeti-las, salvo exceções, nunca faça mais de
5 insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é
muito grande.

Além da boca sadia, tenha um hálito mental


equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.

Antes dos passes evite alimentos pesados e muito


gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer
insuflações se tiver problemas gástricos e de esôfago.

Não use a palavra para acusar, falar mal, condenar,


fofocar ou levantar falso.

Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às


insuflações quentes o maior grau de eficiência em
tratamentos de inflamações e infeções em pequenas
regiões (tumores localizados, feridas com dificuldade de
cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito
concentrador de ativantes, sempre há riscos de retorno
de cargas fluídicas densas para a fonte.

Assim é muito importante fazer sempre uma


intercalação com dispersões localizadas, inclusive
algumas delas sendo feitas por insuflações frias à
246
pequena distância, como também o uso de flanela fina
para melhores cuidados (com essas precauções
evitamos possíveis agregações fluídicas
desarmonizadas à boca do passista)
O AUTO PASSE

Edgar Armond, no Livro Passes e Radiações nos


informa que esta é uma modalidade bastante útil porque
permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem
em sua própria cura e utilizarem os recursos imensos
que estão a disposição de todos pela misericórdia de
Deus, Criador e Pai. Os médiuns devem utilizar do Auto
Passe para limpeza psíquica de si mesmo e o
recarregamento de energias dos plexos e centros de
força.

Todavia, se analisarmos que como médiuns


passistas, somos verdadeiros filtros e que colaboramos
ou dificultamos e até mesmo contaminados as
aplicações fluídicas da espiritualidade no enfermo,
deveremos crer a partir destas informações que
devemos estar cientes de nossa postura em relação a
nossa conduta moral, sabendo também que o passe é,
via de regra, uma via de mão dupla.

Então somos levados a crer que se estamos


descompensados, não estaríamos também
incapacitados de aplicar o passe?

Nestes casos bastaria uma prece sincera para


restabelecermos nossa harmonização.

247
Kardec, na Revista Espírita, set 1865, pág 254 – Da
mediunidade curadora, nos assevera: "A prece, que é um
pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé,
produz o efeito de uma magnetização, não só chamando
o concurso dos bons espíritos, mas dirigindo ao doente
uma salutar corrente fluídica". E como somos
transmissores desta corrente, seguramente ficaremos
também envolvidos de uma certa forma nas mesmas.

Não descartamos e respeitamos todas as opiniões


dadas a respeito deste item, concordamos que a prece é
sempre um verdadeiro e profundo mecanismo de auto-
passe. Concluindo que nossa conduta moral mesclada
com o trabalho no bem e o amparo a outros através do
passe, sempre nos facultará recursos imensuráveis de
auxílio em busca de nosso próprio crescimento.
DURANTE A APLICAÇÃO DO PASSE

Enquanto estamos no trabalho de aplicação do


passe, deveremos estar voltados para concentrações em
coisas edificantes, em prece, mentalizando um lugar
harmônico, em fim:

1 Confiança na espiritualidade e desejo de ajudar,


todo condicionado na Providência Divina, ou melhor
dizendo, fé, amor e humildade

2 Estar sereno, para assim poder registrar pela


intuição, as orientações espirituais para a fluidificação a
ser desempenhada.

3 Estar mentalizando a recuperação dos órgãos do


enfermo, sob a ação dos mensageiros do Senhor;
248
sempre condicionando esta recuperação a vontade
Divina e direcionamento moral do paciente.

4 Conhecer a localização dos centros de força, pois


com isso os espíritos que trabalham nesta atividade
poderão através de sua intuição, direcionar as cargas
fluídicas benéficas para os chakras que influenciam as
localidades enfermas.

5 Silencio não somente exterior todavia interior


localizando todas as atenções na ação a ser
desempenhada.

6 Reflexos das impressões dos pacientes, é


bastante comum os passistas sentirem as sensações
que os pacientes experimentam. Ora nosso campo
fluídico absorve com facilidade as emanações do
paciente, nestes casos são recomendados dispersivos
gerais primeiramente antes das aplicações fluídicas. É
comum, também, os passes em pessoas sob a atuação
de espíritos em desequilíbrio, o passista poderá registrar
reflexos negativos desde a hora em que se propões a
ajudar, podendo perdurarem ainda depois do passe.
Sabendo que somos ainda imperfeitos, somos também
criados pela mesma matéria elementar e que nosso
campo vibratório assimila com facilidade outras
emanações exteriores que conosco se afinizem,
verificaremos a grande facilidade de as absorver, pois
ainda somos pequenos, daí a grandiosa frase deixada
pelo Divino Amigo "Orai e Vigiai", só assim, através do
altruísmo, da moralização do ser, paulatinamente
modificaremos o nosso ritmo vibratório não afinizando
mais com energias deletérias.
249
É compreensível que os espíritos envolvidos na
trama obsessiva, conhecendo a disposição do passista
em colaborar, pretendam também mexer com o seu bom
ânimo, afastando-o do caminho do enfermo.
Perseverança e conhecimento das responsabilidades
são porções medicamentosas para tais afecções.
DISPERSIVOS E SUAS IMPORTÂNCIAS

Já falamos bastante em dispersivos ou passes de


distribuição e limpeza, todavia gostaríamos de dar
alguns destaques breves sobre suas funções bem como
a importância nas técnicas dos passes já utilizadas por
nós na nossa casa espírita. O termo dispersivo, também
conhecido por alguns como limpeza fluídica.

Analisando o dicionário Aurélio, o termo dispersar


entre outras coisas significa - fazer ir para diferentes
partes, pôr em debandada, espalhar.

A primeira significação desta palavra em foco , na


cabeça de muitos médiuns tem o sentido de dissipar,
desfazer.

Por isso, conversar um pouco sobre os mesmos nos


levará, seguramente, a melhores compressões desta
técnica.

Os dispersivos:

Aqui seguem algumas características dos passes de


distribuição ou dispersivos:
250
1. Filtram os fluidos, refinando-os para os
atendimentos;
2. Introjetam os fluidos que ficam, por motivos
vários, armazenados nas periferias dos centros vitais
para consumo gradual do paciente;
3. Catalisam fluidos, aumentando seu poder e
velocidade de penetração, fazendo uma assepsia no
campo vibratório do paciente facilitando a penetração
dos mesmos, facilita também o alcance e transferência
entre os centros vitais; quando em grande circuito,
faculta a harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais;
4. Esparge as camadas fluídicas superficiais,
deixando mais visíveis e sensíveis os focos de
desarmonias; elimina os excessos de concentrados
fluídicos por ocasião do passe, assim favorecendo ao
paciente uma sensação de equilíbrio e ao passista uma
recompensação fluídico-magnética que dificulta a
possibilidade de uma fadiga;
5. Resolve desarmonias causadas por fadigas,
embora nestes casos seja quase sempre requerida a
ingestão simultânea de água fluidificada;
6. Corrige eventuais equívocos no uso de técnicas
de passe; redireciona cargas fluídicas entre os centros
vitais. Por fim, é certo que os dispersivos extraem
excessos fluídicos redirecionando-os mesmo, para
regiões mais necessitadas, mas não extraem ou
arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem
alguns, nem muito menos joga-os fora.

Quando doamos fluidos através do passe, o


organismo vital do paciente os absorve e retêm, por um
processo de afinidade, não permitindo que fluidos retidos
251
a partir de então, sejam retomados por um simples
dispersivo.

Os excessos são extraídos exatamente porque não


estão retidos pela combinação ou afinidade, daí a
maleabilidade em seus manuseios.
PASSE NOS CHAKRAS

São aconselháveis para a reativação para os


centros de força nos casos de desenvolvimento
mediúnico, no campo das curas, levando-se em
consideração a localização de cada um e sua
repercussão nos plexos do organismo físico. Aplicam-se
os passes acima mencionados relativos e direcionado
aos pontos onde se encontram os chacras refletido em
nosso organismo físico pelos plexos. Levando sempre
em consideração o tempo de sua aplicação para ao
invés de reativar, sobrecarregar.

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do


Espiritismo
http://www.cvdee.org.br

Entrevista Virtual
Entrevistado(a): Therezinha Oliveira
Tema: O passe no Centro Espírita
Num. Questões: 68

Nota: O conteúdo das respostas é de inteira


responsabilidade do autor, cabendo
252
ao CVDEE o papel de divulgação e incentivo ao
estudo da Doutrina Espírita.
Obs: A entrevista pode ser divulgada livremente em
outros meios de comunicação,
sendo obrigatória a citação da fonte.

--- Questão [#001]


Qual a importância do passe no centro espírita?

Resposta: O passe na casa espírita representa um


bom recurso de auxílio às
pessoas que estejam enfermas,
ou desgastadas emocionalmente ou, ainda, sob
assédio de maus espíritos. Não
deve ser a atividade única
nem a mais importante na casa espírita, e deve
estar sempre associado à tarefa
de esclarecimento e
orientação doutrinária do assistido, porque o
objetivo primordial do
Espiritismo é o progresso intelecto-moral da
humanidade e não o simples e
momentâneo alívio de seus males.

--- Questão [#002]


Você acha que os passes dispersivos são sempre
necessários?

Resposta: Sempre, rotineiramente, não, mas


costumam preparar melhor o assistido
para a recepção das novas energias.

--- Questão [#003]


253
Em um ataque epiléptico, qual tipo de passe
devemos utilizar?

Resposta: O ataque epiléptico resulta de uma


disritmia cerebral. Durante ele, é
necessário alguns cuidados físicos: não mexer na
pessoa senão o necessário para
colocar sua cabeça em posição favorável e procurar
evitar que ela "engula" a
própria língua. Espiritualmente, ficar em oração,
rogando o auxílio do plano
espiritual. Quando a pessoa retornar ao normal,
reconfortá-la fraternalmente e
aplicar um passe de refazimento.

--- Questão [#004]


E nos casos de possessão?

Resposta: Passes dispersivos são os mais


aconselháveis, num primeiro momento,
para retirar fluidos dos quais o obsessor se está
utilizando para agir sobre o
obsidiado. Quando este já estiver liberado (ainda
que momentaneamente) do
assédio do obsessor, aplicar, então, passes de
refazimento, de transmissão de
energias boas, das quais ficou desgastado.

--- Questão [#005]


O passe só pode ser dado no centro espírita?

Resposta: De preferência, sim, porque o centro


espírita conta com especial
254
assistência de espíritos e recursos fluídicos de que
outros locais não dispõem,
porque visa ao atendimento do público em geral e
precisa estar devidamente
aparelhado para isso. O passe também poderá ser
aplicado em outros locais, como
socorro de emergência ou quando os assistidos não
possam se dirigir ao centro
espírita. (por exemplo: enfermos acamados, em
seus lares ou nos hospitais) mas,
nesses casos, convém observar certos cuidados,
como é orientado em nosso livro
Fluidos e Passes.

--- Questão [#006]


Se alguém nos pedir para irmos à sua casa dar um
passe em alguém obsediado,
devemos ir?

Resposta: Como os lares não costumam apresentar


condições ideais para esse
trabalho, é preferível começar a ajuda pela
assistência à distância, até que
haja condições de o obsidiado ser trazido ao centro
espírita para um
atendimento mais direto.

--- Questão [#007]


Qual a alimentação mais apropriada que o médium
deve ter antes do trabalho do
passe? E após?

255
Resposta: A alimentação do passista, usualmente e
não apenas antes do trabalho
de passe, deve ser saudável e comedida. Após a
aplicação de passes, às vezes o
passista sente necessidade de se alimentar melhor,
talvez para compensar as
energias despendidas.

--- Questão [#008]


Como podemos saber se temos o dom de dar o
passe? Mesmo sem ter conhecimentos
profundos podemos aprender a dar o passe?

Resposta: Para saber se somos médiuns ou não, é


preciso experimentar, diz
Kardec. O mesmo se pode dizer sobre a aplicação
de passes. Poderemos
experimentar dar passe mesmo sem ter
conhecimentos profundos a respeito; mas,
quem nenhum conhecimento tem sobre o passe,
quem ignora que é preciso o preparo
do assistido e o que pode ocorrer durante o passe;
então, é preferível se
abstenha de dar passe, até obter o necessário
know-how a respeito.

--- Questão [#009]


De acordo com O Livro dos Médiuns toda ação por
parte do homem seria secundada
por espíritos afins com o objetivo do ato. Se
pensarmos assim podemos afirmar
que não há o chamado "passe magnético", como
classifica Kardec, e sim apenas o
256
"humano-espiritual"?

Resposta: Geralmente, costuma haver, mesmo


sobre os magnetizadores, a
assistência de bons espíritos, sendo, portanto, o
passe humano-espiritual; o
que não quer dizer que o magnetizador não possa
agir de si mesmo e, neste caso,
seu passe é magnético.

--- Questão [#010]


Trabalho no passe buscando o preparo de bons
pensamentos e vibrações antes de
iniciar a tarefa, mas durante o passe sinto meu
corpo bem quente, minhas mãos
ficam em grande temperatura. Isso é normal?

Resposta: Significa, apenas, que está em grande


ação magnética, o que é natural.

--- Questão [#011]


Gostaria de saber com qual idade o jovem pode
começar a trabalhar no passe?

Resposta: Talvez seja aceitável a idade mínima de


16 anos, por já haver bom
desenvolvimento físico e também certa definição de
caráter e conduta. Mas não
há uma idade determinada, como também não o há
para o exercício mediúnico. É
mais uma questão de maturidade espiritual e de
estar saudável e habilitado pelo
estudo para essa prática.
257
--- Questão [#012]
Para dar o passe, basta freqüentar o centro e estar
fazendo curso?

Resposta: Não; é indispensável, ainda, estar bem


de saúde física e em
equilíbrio espiritual (que só se mantém com um bom
proceder), e alimentar um
sincero desejo de ajudar o próximo.

--- Questão [#013]


Tenho gripe com freqüência. Posso dar passes
quando ainda não estou
completamente curada?

Resposta: Desde que não esteja debilitado


fisicamente, o passista pode aplicar
passes. Apenas nos casos de enfermidade grave e
prolongada é que estará em
carência de energias boas e, então, deverá evitar de
aplicar passes, pois não
terá energias para doar.

--- Questão [#014]


Aqueles paranormais que entortam garfos seriam
bons passistas?

Resposta: Os verdadeiros sensitivos, quando


revelam a capacidade de agir sobre
a matéria, poderiam ser bons passistas. Aliás, todos
nós, quando saudáveis e
equilibrados, podemos transmitir energias a outrem.
258
--- Questão [#015]
De que forma a pessoa que transmite o passe fica
sem ser atingida por energias
baixas das pessoas que atende?

Resposta: Pela simples razão de que não fica em


atitude receptiva mas emissora,
portanto, não é obrigatório que esteja assimilando
nada do assistido, embora
possa perceber se este está em desequilíbrio. É
para estar bem e preparado e
evitar qualquer ocorrência indesejável que o
passista se prepara previamente,
com vigilância e oração, antes de começar a aplicar
o passe.

--- Questão [#016]


Podemos dar o passe involuntariamente?

Resposta: Às vezes, sem o saber estamos doando


energias para alguém por o
observarmos penalizados, quem sabe com vontade
de ajudar; também pode alguém
atrair para si as nossas energias. Não deixa de ser
uma transmissão de
energias, um passe, embora não tenha sido feito
consciente e voluntariamente.

--- Questão [#017]


Eu gostaria de saber como uma pessoa que chega
a uma casa espírita para tomar
259
um passe, pode ter certeza de estar recebendo
energias boas e o que acontece
quando o passista está em desequilíbrio?

Resposta: É preciso que observemos o ambiente da


casa em que adentramos para
receber o passe: se os trabalhos se processam com
disciplina e boa orientação
doutrinária, sem cobrança pelos serviços prestados,
etc. Se assim for, é de se
presumir que os seus trabalhadores igualmente
estejam bem orientados e
preparados para o serviço de passe.
Se o passista estiver em desequilíbrio, não terá
boas energias para transmitir
ao assistido. Este, porém, não assimilará a
perturbação do passista, a não ser
que ofereça sintonia mental e fluídica para tanto.

--- Questão [#018]


O que acontece no momento do passe com quem
dá e com quem recebe?

Resposta: O passista, desejando ajudar alguém


com o passe, atrai a assistência
de bons espíritos, que o auxiliam a direcionar os
fluidos para o assistido. Se
o assistido estiver receptivo, sua mente adere à
idéia de trabalho restaurativo
e começa a sugeri-lo a todas as células do corpo
físico. No dizer de André
Luiz (Cap. XXII de Mecanismos da Mediunidade),
assim que se estabelece o clima
260
de confiança entre o socorrista e o necessitado,
forma-se um elo de forças
entre eles, pelo qual verte o auxílio da esfera
superior, na medida dos
créditos de um e de outro.

--- Questão [#019]


De que forma posso melhor aproveitar o momento
do passe? E como ele pode me
proteger no dia-a-dia? Ou o que devo fazer para
que ele me proteja no dia-a-dia?

Resposta: Para um bom estado receptivo das


energias do passe, acalme seu
coração, pacifique sua mente, eleve seu
pensamento a Deus, confiando na
misericórdia divina, e ore silenciosamente, pedindo
que lhe sejam
proporcionadas as bênçãos de que precisa, para
prosseguir vivendo e cumprindo
seus deveres para com Deus, consigo mesmo e
com o próximo.
O passe lhe fortalecerá fluidicamente e a prece
atrairá para você o amparo dos
bons espíritos, como ajuda misericordiosa de Deus,
para que você tenha
equilíbrio e boa disposição para viver. Mas, o que
fará você estar protegido no
seu dia-a-dia, será o bem que você pensar e fizer,
porque a justiça divina só
dá a cada um segundo as suas obras.

--- Questão [#020]


261
Ouvimos comentário que numa casa espírita as
crianças, durante a reunião
pública, têm aulas de evangelização e por isso não
necessitam receber o passe,
apenas os adultos o recebem. Isto está correto?

Resposta: As crianças saudáveis e equilibradas


realmente não precisam receber
passe, como também não o necessitam os adultos
igualmente saudáveis e
equilibrados. Mas para as crianças enfermas, ou
que apresentem perturbação ou
desequilíbrio, será benéfica uma adequada
transmissão de energias, para o que
haverá na casa espírita reuniões especializadas de
assistência espiritual.

--- Questão [#021]


Um bebê que ainda não foi batizado em nenhuma
religião pode receber o passe? E
é aconselhável fazê-lo para proteger a criança?

Resposta: O batismo é uma prática exterior adotada


em algumas religiões cristãs
mas não é prática indispensável para a vida e bem-
estar de ninguém. Quem
reencarna já está abençoado por Deus com a
oportunidade de uma nova existência
corpórea. A criança recém-nascida também não
precisa de passe, a não ser quando
enferma ou desequilibrada. Se queremos pedir a
proteção divina para a criança,
basta orarmos com sinceridade e amor por ela.
262
--- Questão [#022]
Podemos curar doenças através do passe?

Resposta: Sim, quando a possibilidade exista dentro


das leis divinas e
dependendo do tipo de fluidos que transmitimos e
do efeito restaurador que eles
possam ter sobre algum órgão corpóreo em
desgaste ou em desequilíbrio funcional.

--- Questão [#023]


Os passes podem melhorar o estado de melancolia
aparentemente muito comum numa
pessoa deprimida?

Resposta: Sim, se a pessoa estiver bem receptiva,


haverá de sentir certa
melhora em seu estado geral. Entretanto, não
bastará isso para superar de todo
o seu problema, pois é nosso modo de pensar e
sentir que causa o nosso ajuste
ou desajuste espiritual.
Conforme o caso, portanto, será preciso que a
pessoa seja esclarecida e ajudada
para sair do seu estado depressivo, embora o passe
a alivie momentaneamente.

--- Questão [#024]


Quanto tempo deve durar o passe?

Resposta: Não há um tempo determinado para que


a transmissão de energias entre
263
passista e assistido se conclua. Na casa espírita,
como o passe é feito com
assistência dos espíritos, costuma ser de 40
segundos, mais ou menos.

--- Questão [#025]


Há alguma ligação entre o hipnotismo e a terapia do
passe?

Resposta: Do passe espírita, propriamente dito,


não.

--- Questão [#026]


Quais são e de onde são tirados os fluidos
envolvidos no processo do passe?

Resposta: Como vimos em resposta anterior,


costumam ser originados do próprio
passista ou do plano espiritual. Também podem ser
trabalhados no passe,
derivados do fluido universal.

--- Questão [#027]


É real o fato de pessoas terem o poder de fazerem
plantas crescerem com a
imposição das mãos? Até "ressuscitá-las"? Pode-se
dar passes em animais?

Resposta: Podemos influir beneficamente sobre o


reino vegetal e o animal, mas
em determinados limites, pois plantas e animais
acusam prejuízos quando é
264
demasiado insistente a magnetização que lhes
impomos. Convém restringir a nossa
atuação nesse campo com ligeira imposição de
mãos e uma prece para que
espíritos benévolos e experientes na ajuda a plantas
e animais utilizem em
favor deles as nossas energias.

--- Questão [#028]


Sobre o modo e técnicas de aplicação do passe.

Resposta: Como foram várias as perguntas a este


respeito, vamos agrupá-las e
dar, em seguida, uma única resposta.

Quais são os tipos de passes?

Kardec, diz superficialmente sobre a simplicidade na


aplicação do passe (apenas
imposição de mão)
e Herculano Pires reforça essa afirmativa. Mas em
todos os cursos que se faz de
passes fala-se nas
técnicas (longitudinal, transversal, circular etc), e
André em seus livros
menciona algumas dessas técnicas.
Eis a minha pergunta: Essas técnicas são corretas
ou apenas com a simples
imposição de mãos no chacra coronário é
suficiente?
Na nossa Casa Espírita houve uma certa
divergência quanto aos procedimentos
para se aplicar o passe.
265
A maioria dos trabalhadores vieram da Federação
Espírita do Estado de São
Paulo, onde se seguem as orientações
de Edgard Armond. Aqueles que são filiados à USE
têm outro procedimento. Então
decidiu-se pela simplificação do passe, com a
simples imposição de mãos,
seguindo a linha que parece ser utilizada pela
maioria, atualmente.

Com a finalidade de nos mantermos atualizados,


gostaria de saber quais os tipos
de passe que são utilizados hoje em dia, nas Casas
Espíritas. É indispensável a
gesticulação das mãos, nos passes dentro do
Centro Espírita?
Que dizer das práticas que recorrem a gestos dos
mais variados, impondo uma
espécie de "mecânica" do passe? Não seria mais
eficaz a simples e fraterna
imposição de mãos?

Algumas instituições Espíritas fazem campanha


contrária ao uso de técnicas na
aplicação de passes em algumas Casas Espíritas
(técnicas que foram estudadas
por diversos magnetizadores) afirmando que Jesus
apenas utilizava a imposição
das mãos. Qual seria a postura correta diante desta
questão?

Qual a importância das técnicas utilizadas na


aplicação do passe e que foram
266
desenvolvidas após anos de estudos por antigos
magnetizadores como Mesmer,
Puysegur e outros?

R: Os amigos espirituais nos dizem que se pode


recorrer à fórmula que mais nos
inspire confiança. Convém, apenas, não criarmos
polêmicas inúteis entre nós nem
exagerarmos na gesticulação. As técnicas utilizadas
pelos antigos
magnetizadores têm a importância que lhe atribuem
os seus estudiosos e
praticantes, não sendo, porém, prática indicada para
a casa espírita, em que os
passes não são feitos apenas com o magnetismo
humano mas com a ajuda dos bons
espíritos.
No C.E.A.K., em Campinas, costumamos orientar os
passistas a procederem como
está em nosso livro Fluidos e Passes:
1) Procurar estabelecer o contato mental e fluídico
com o assistido.
2) Breve imposição das mãos sobre a cabeça do
assistido, para "carregar" de
fluidos a serem transmitidos.
3) Aplicar, então, o passe longitudinal, algumas
vezes; se houver intuição a
respeito ou notar necessidade, aplicar, também,
passes rotatórios ou
transversais.
4) Encerrar com uma imposição.

--- Questão [#029]


267
Como dirigente do grupo de passes, fico em dúvida
se durante a aplicação do
passe, o dirigente deve dizer alguma coisa. Por
exemplo, direcionar o
pensamento das pessoas ao envolvimento
magnético, aos fluidos do plano
espiritual superior que estão sendo jorrados, etc. ou
não.

Resposta: Na casa espírita, geralmente temos


vários passistas aplicando passe
em várias pessoas ao mesmo tempo e cada qual
tem relativa autonomia no
procedimento (uns são mais rápidos que outros;
alguns sentem necessidade de
variar no tipo de passe aplicado etc.). Portanto, não
comporta que o dirigente
fique tentando orientar nesse momento a aplicação
dos passes.
Previamente, as pessoas foram instruídas sobre o
que é o passe e como se
comportarem durante ele para se tornarem
receptivos aos fluidos ministrados.
E, em cada turma, antes de se aplicar o passe e ao
final dele, é feita pequena
prece. Mas a aplicação do passe é feita em silêncio
respeitoso e com muito
fervor nos assistidos e nos passistas.

--- Questão [#030]


Que relação existe entre os chacras e o passe?

268
Resposta: É que a emissão e recepção das
energias transmitidas no passe se faz
através dos centros de força (chacras).

--- Questão [#031]


O cruzar as pernas ou braços prejudica em alguma
coisa no passe?

Resposta: Os magnetizadores falariam de


impedimento às correntes centrípetas ou
centrífugas mas, do ponto de vista espírita, não há
qualquer inconveniente,
pois os fluidos são absorvidos pelos centros de
força. Porém, o inconveniente
está em que, às vezes, os membros cruzados
podem ficar dormentes ou requererem
movimentação, exigindo a atenção do assistido que,
no momento do passe, deveria
ficar concentrado e receptivo.

--- Questão [#032]


O passista deve abster-se de carne vermelha antes
e após o trabalho de passe?
Sou passista e gosto muito de café. Gostaria de
saber quanto tempo antes do
passe devo deixar de tomar café.

Resposta: Certamente o passista espírita já procura


que sua alimentação seja
usualmente saudável, e não faz uso habitual do
álcool ou do fumo, pois sabe que
precisa de suas energias em equilíbrio para
transmiti-las a outrem. Antes do
269
serviço de passe, especialmente, sua alimentação
será frugal, bem moderada, e
evitará o álcool ou qualquer outra substância
prejudicial.

--- Questão [#033]


Como saber se os efeitos resultantes do passe não
são fruto de auto-sugestão?
Ou do pensamento positivo como nos casos do
efeito placebo?

Resposta: Somente o exercício dessa prática pode


acabar nos dando a convicção
de seus bons efeitos, pois não há sugestão que
funcione tanto e tão bem quanto
o passe.

--- Questão [#034]


Quando um assistido cai desmaiado, por exemplo,
por que dizem que não se pode
socorrê-lo? Não pode pôr a mão?

Resposta: R: Pode-se socorrer, sim, mas é preciso


estar habilitado para isso.
Num caso assim, todos querem socorrer mas nem
sempre se deve tocar no desmaiado
nem mover o seu corpo do lugar, pois não se sabe o
que causou o desmaio. É
preferível que o dirigente ou encarregado da reunião
(o qual deve ter o preparo
prévio para essas emergências) promova o socorro
necessário, que abrange várias
medidas, sendo as principais:
270
1) Falar com o acompanhante do assistido para
obter informações sobre a
possível causa do desmaio (acontece sempre?
sofre de alguma enfermidade? etc.).
2) Se a causa do desmaio for física (como ataque
cardíaco ou epiléptico) poderá
recorrer ao auxílio de algum médico ou enfermeiro
presente ou providenciar a
remoção do assistido para o pronto-socorro.
3) Se a causa for uma influência espiritual e
desequilíbrio mediúnico, não há
necessidade de se tocar no assistido desmaiado.
Recorrer à prece (rogando o
amparo dos bons espíritos) e ao passe dispersivo;
se possível, chamar a pessoa
pelo nome, estimulando-a a retornar ao seu normal
e a se recompor.

--- Questão [#035]


Recentemente, o centro que freqüento estabeleceu
que para tomar PASSE após as
reuniões públicas, só se a pessoa estiver em
tratamento após consulta. É
correto isso? (vale salientar que existe um dia da
semana, em que os que estão
em tratamento comparecem e recebem PASSE de
equipe)

Resposta: Os amigos espirituais nos têm orientado


que é preferível não
colocarmos impedimentos taxativos ao passe,
porque nem sempre podemos avaliar
271
com acerto se há ou não real necessidade do
assistido em recebê-lo. Com as
preleções que preparam para o passe, como vimos
nas questões anteriores, se
consegue diminuir o número de candidatos ao
passe, sem ser preciso recusá-lo a
ninguém.

--- Questão [#036]


Notamos em certas reuniões públicas na casa
espírita que as pessoas saem
decepcionadas quando informadas, que naquele dia
o passe seria coletivo. Como
proceder, se nestas reuniões comparecem pessoas
sem conhecimento doutrinário,
desejosos de buscar consolo e auxílio no passe?

Resposta: Ver a resposta anterior.

--- Questão [#037]


Como devemos proceder com o assistido que todos
os dias vai ao centro para
tomar passe?

Resposta: Ver, também, a resposta anterior.

--- Questão [#038]


Alguns centros espíritas aboliram o passe na
reunião pública, deixando-o para
reunião específica. Verificamos que a freqüência
diminuiu bastante.

272
Resposta: A freqüência não diminuirá se a parte
doutrinária da reunião pública
for feita de modo apropriado, com expositores que
saibam falar ao público e
temas que atraiam o interesse dos ouvintes. E
também se pode fazer ao final uma
vibração geral, em que todos os presentes
participam com seu pensamento e
sentimento, sentindo-se, ao final, atendidos e
satisfeitos espiritualmente.

--- Questão [#039]


Fala-se em pessoas que são "papa-passes" e que é
necessário discernimento de
quando se necessita de tal benefício. No entanto, às
vezes estamos tão
obsidiados que julgamos não estar necessitando.
Como proceder?

Resposta: É justamente para verificar se a pessoa


precisa ou não do passe que,
no centro espírita, se costuma fazer um atendimento
fraterno prévio às pessoas
que buscam o auxílio da casa espírita. E,
percebendo-se a obsessão no
assistido, será ele encaminhado para receber o
passe e seu nome irá para o
grupo de assistência espiritual, no qual se vai orar
por ele e, se for o caso,
receber a comunicação do eventual ou eventuais
obsessores, para esclarecimento.

--- Questão [#040]


273
O que pode acontecer com a pessoa que vai a
vários centros espíritas receber
diversos passes? Passe em excesso faz mal?

Resposta: É uma questão de se esclarecer a


pessoa que copo que já está cheio
não comporta mais líquido. As energias que foram
doadas pelos passistas e não
puderam ser assimiladas pelo assistido (que já
estava abastecido) serão
reaproveitadas em benefício de outros.

--- Questão [#041]


Quando o médium estiver dando passe, por algum
motivo tiver se indisposto
anteriormente com o paciente, é possível receber as
energias ruins nesse
momento? Como se prevenir desse acidente?

Resposta: O passista não receberá nenhuma


influência má, se, além do preparo
prévio (citado na questão anterior) souber atuar no
clima do perdão e da
oração, em favor dessa pessoa em quem vai aplicar
o passe.

--- Questão [#042]


Existem casos específicos em que é necessário se
fazer um passe dentro de uma
sala onde se irá fazer um trabalho mediúnico, ao
invés de se fazer o passe em
uma sala de passes? Se sim, quais seriam estes
casos específicos?
274
Resposta: Geralmente, não há necessidade
específica para isso. Talvez se possam
fazer duas exceções:
1) Nos casos de obsessão, quando o assistido
recebe passe na sala mediúnica, o
espírito já fica ali retido e já canalizado para
atendimento através de
determinado médium, que lhe irá servir de
intermediário.
2) No caso de assistido que costuma apresentar
reações desequilibradas no
momento do passe, aplicando-o separadamente, se
evita impressionar ou perturbar
os demais assistidos; tal situação, porém, deverá
ser corrigida o mais breve
possível, orientando-se o assistido para bem se
comportar, mesmo ante a
influência espiritual que sofre, e, então, voltará a
receber passe com os
demais.

--- Questão [#043]


Na casa onde trabalhamos, no final do trabalho de
passe, todos os
trabalhadores, passistas ou não, se reúnem e fazem
uma vibração em benefício de
todas as tarefas e tarefeiros da casa, rogando a
Jesus fortalecimento e
persistência para todos. É correta esta atitude
depois do passe?

275
Resposta: Vibrar em benefício das tarefas e
tarefeiros da casa espírita é não
só possível como aconselhável. O fato de ser ao
final do serviço de passe, não
deve causar preocupação, pois já se fez a
recomposição dos trabalhadores,
apenas não precisa ser prolongada.

--- Questão [#044]


Ao médium aplicar o passe, o paciente tem que ficar
de olhos abertos, ou
fechados? E qual a razão de, uma vez os olhos do
paciente fechados, o médium
mandar abrir? Se uma pessoa está prestes a dar
passividade, e não queremos que
isto aconteça, qual tipo de passe utilizaremos para
este fim?

Resposta: Não é indispensável que o assistido


feche os olhos. Porém, de olhos
fechados se abstrairá melhor do que acontece ao
redor e fará a sua introspeção,
concentrando-se para receber o passe. Mas, se o
assistido ameaça entrar em
transe, diremos que abra os olhos e se
desconcentre, para que o transe não se
aprofunde, pois o momento do passe não é o
adequado para as comunicações
mediúnicas. Podemos, também, aplicar passes
dispersivos e chamar atenção da
pessoa para que se desconcentre e retome o
comando de seu corpo.
276
--- Questão [#045]
Em que obra Allan Kardec se refere ao o passe e à
fluidificação?

Resposta: Em O Livro dos Médiuns, A Gênese e em


alguns volumes da Revista
Espírita. Para sua pesquisa, sugerimos consultar:
"Prontuário da Obra de Allan
Kardec", de Ney da Silva Pinheiro (Edicel).

--- Questão [#046]


Quais são os livros onde posso encontrar
experiências científicas sobre a
eficácia do passe?

Resposta: Para o estudo sobre passes, preparo do


passista e do assistido,
formas de aplicá-los etc. há várias obras na
literatura espírita. Permito-me
começar com o nosso Fluidos e Passes, citando em
seguida alguns outros: Você e
o Passe, de Wilson Garcia e Wilson Francisco (Co-
edição Eldorado/EME); Terapia
pelos Passes, de Manoel P. de Miranda (da LEAL),
Manual do Passista, de Jacob
Melo (Editora Mnêmio Túlio).
Quanto a experiências científicas a respeito da
eficácia do passe, conheço o
Magnetismo Curativo, de Alphonse Bué e o
Magnetismo Espiritual, de Michaelus
(ambos editados pela FEB). No mais, tenho lido
esparsamente na imprensa
277
notícias sobre pesquisas em torno da eficácia da
prece e do passe, falando de
resultados favoráveis, mas não observei a citação
de livros.

--- Questão [#047]


Gostaria de saber qual a diferença que realmente
existe, entre o passe espírita
e o passe reikiano?

Resposta: Ambos falam da possibilidade de


beneficiarmos as criaturas,
canalizando a energia universal e impondo as mãos.
Mas há algumas diferenças
fundamentais entre os dois.
No passe espírita, há a união da energia universal
com a do passista e, também,
a dos bons espíritos; sua prática requer apenas
algum conhecimento de nossa
natureza espiritual e dos fluidos e, principalmente,
boa conduta moral; quem
transmite o passe espírita nada cobra por isso.
No reiki, dizem que não há transmissão de energia
pessoal, apenas a universal e
vital; mas para aprender a aplicar o reiki é preciso
uma iniciação feita por
mestres e existem 3 graus a serem alcançados; o
curso é pago e também quem
aplica o reiki cobra dos seus pacientes. A prática do
reiki admite a mescla com
outras técnicas, por exemplo, os cristais, o que não
ocorre no passe espírita.
278
--- Questão [#048]
Existem passagens bíblicas que se referiram ao
passe?

Resposta: Sim, todas as vezes em que se lê que


Jesus ou os seus discípulos
impunham as mãos. Ali não se descreve se era uma
imposição simples ou se
utilizariam de outras formas.

--- Questão [#049]


Além de JESUS e seus discípulos e apóstolos,
quem mais realizou curas, apenas
com as imposições das mãos, antigamente e
atualmente?

Resposta: As curas realizadas assim por Jesus e


seus discípulos e apóstolos
eram por meio da mediunidade de efeitos físicos. A
mediunidade de efeitos
físicos continua existindo e, utilizando o ectoplasma
emanado pelos médiuns, os
espíritos podem produzir modificações na matéria e
até curas. Por isso, através
da história, há relatos de médiuns que também
realizaram fenômenos notáveis,
tanto na história dos santos católicos como nos
místicos de várias religiões,
entre povos primitivos e, também, no trabalho
desenvolvido por médiuns
espíritas, como registram inúmeros livros, da
antigüidade e do presente.
279
--- Questão [#050]
Qual é a porcentagem de responsabilidade, no
passe, do passista, do que recebe
e dos espíritos?

Resposta: A responsabilidade, em qualquer ação, é


de quem age; e corresponde ao
grau de conhecimento espiritual que o agente tenha.
Mas talvez possamos dizer
que, no passe, é grande a responsabilidade do
passista que está efetuando a
transmissão das energias. O assistido tem a
responsabilidade pela boa atitude
receptiva. E os espíritos têm a responsabilidade do
bom aproveitamento e
direcionamento das energias fornecidas pelo
passista.

--- Questão [#051]


Como devemos proceder no caso em que uma
pessoa só gosta de tomar passes com o
passista tocando nela, pois ela se sente rejeitada se
o passista não tocá-la?
Esse sentimento de rejeição não atrapalhará no
processo de cura?

Resposta: Em substituição ao toque desnecessário


e inconveniente, que se use o
trato fraterno e o atendimento esclarecedor; a
pessoa sentirá e perceberá que
está acolhida e ajudada, não precisando de que a
toquem.
280
--- Questão [#052]
O desgaste físico não acentuado, o sono, inviabiliza
o passe?

Resposta: Não inviabiliza mas talvez diminua os


bons resultados possíveis; mas
os bons espíritos complementam a ação do
passista, quando houver nele
merecimento para tanto, ou grande necessidade no
assistido.

--- Questão [#053]


Por que sentimos como se fôssemos um pêndulo de
relógio quando tomamos passe
com determinados passistas?

Resposta: Essa sensação pode ser decorrente de


um começo de expansão
perispiritual, favorecida pela ação fluídica do
passista.

--- Questão [#054]


Por que, quando eu recebo o passe no centro,
tenho uma espécie de arrepio,
ficando meio trêmulo?

Resposta: Quer dizer que os fluidos do passista


estão sendo assimilados por
você e causando mudanças benéficas, tanto em seu
corpo físico como no seu
perispírito (corpo espiritual).

--- Questão [#055]


281
Alguns meses atrás fui ao Centro Bezerra de
Menezes para receber o passe. Ao
receber o passe, senti uma angústia muito grande e
comecei a chorar. Minhas
pernas ficaram bambas e minha mão começou a
formigar. Assim que terminou o
passe, tive uma sensação de alívio e dor (interior),
recebendo amparo dos
encarregados em ajudar. Informaram-me que
possuo mediunidade e que começasse a
freqüentar a reunião de desenvolvimento mediúnico.

Resposta: Primeiramente, aconselharíamos que


você recebesse assistência
espiritual e, também, que freqüentasse estudos
preparatórios sobre doutrina
espírita e mediunidade. Então, você estaria em
condições de começar a exercitar
sua faculdade mediúnica, no grupo de
desenvolvimento dessa casa espírita.

--- Questão [#056]


Fui ao centro com intuito de esclarecer alguns
desdobramentos que estavam
ocorrendo quando estava adormecendo (sinto o
corpo paralisar, e não consigo
mexer). Queria saber se tenho realmente
mediunidade e por que ocorrem
desdobramentos tão estranhos comigo?

Resposta: Não obstante sua pergunta não tenha a


ver especificamente com passes,
282
peço-lhe ler a resposta anterior que também pode
orientar você.

--- Questão [#057]


É correto aproveitar o interesse das pessoas pelo
passe e só aplicá-lo após a
palestra evangélica?

Resposta: Sim, porque as pessoas não sabem que,


se melhorarem seu modo de
pensar e agir, não se desgastarão tanto e sempre
estarão abastecidas de boas
energias. É preciso que sejam esclarecidas a
respeito, pela mensagem evangélica
à luz do Espiritismo. Não devemos apenas dar o
peixe mas ensinar a pescar.

--- Questão [#058]


Quando o passista se aproxima do receptor, e
envolve-o com energias recebidas
da espiritualidade, faz-se necessário que o passista
toque o receptor? Já que o
passista é o condutor das energias que vêm da
espiritualidade, seria necessário
que este contatasse fisicamente com os receptores?

Resposta: Não há essa necessidade e o toque pode


ensejar vários inconvenientes,
tanto para o passista como para o assistido, quer
por ocasionar desconcentração
no assistido, ou indesejados envolvimentos
pessoais ou a suspeita de
283
procedimento inconveniente. Portanto, na casa
espírita, convém se evite
qualquer toque no assistido durante a aplicação de
passes.

--- Questão [#059]


É importante esclarecer as pessoas sobre a
necessidade ou não de se receber o
passe?

Resposta: Sem dúvida, é preciso orientar os


freqüentadores para que não vejam
no passe uma prática indispensável toda vez que
entrem na casa espírita.
Preleções devem esclarecer os assistentes sobre o
que é o passe, quando e como
recebê-lo, esclarecendo, também, que só o fato de
estamos no ambiente bom da
casa espírita e com o pensamento elevado já nos
enseja recebamos boas energias,
sem necessidade de que nos apliquem um passe
pessoalmente.

--- Questão [#060]


Os toques e ruídos no momento do passe produz
algum distúrbio no paciente,
fluidicamente falando?

Resposta: Sobre o toque, ver a resposta anterior.


Quanto aos ruídos (e os
toques, também), provocam a desconcentração no
assistido, que precisaria estar
bem concentrado e receptivo.
284
--- Questão [#061]
No CE que freqüento, cada passista faz do jeito que
quer. Como corrigir
eventuais excessos sem melindrar passistas
antigos?

Resposta: É bom recorrer a estudos gerais do grupo


sobre o passe e suas
técnicas. Quem sabe se, assistindo palestras e
participando de estudos em grupo
sobre o assunto, os próprios passistas se
disponham às necessárias mudanças.

--- Questão [#062]


Trabalho em um Centro onde vários médiuns
trabalham sentados em volta de uma
mesa e a assistência fica de pé, de mão dadas com
os médiuns, fechando, assim,
a corrente. Minhas dúvidas são: pode o médium dar
passes nessa posição? A
imposição das mãos para irradiação de fluidos pode
ser realizada nessas
circunstâncias?

Resposta: Tal disposição não é a usual nas casas


espíritas mas, ainda assim,
haverá transmissão de fluidos, entre os
participantes da "corrente", pois os
fluidos serão emanados através dos centros de
força; faltará, porém, um
direcionamento mais específico das energias para
cada assistido, como ocorreria
285
numa usual imposição e aplicação do passe.

--- Questão [#063]


Na casa espírita onde trabalhamos, na câmara de
passe, a cada mês, faz-se um
rodízio, obedecendo a ordem alfabética, um médium
passista dirige o passe,
designando dois médiuns passistas para, dentro da
sala de passe, receber e
despedir as pessoas, dois médiuns para fazer a
prece inicial e final,
respectivamente. Isso com o objetivo de propiciar a
todos oportunidade de
trabalho e de envolvimento com o mesmo. Este
sistema traz benefício para o
trabalho de passe no Centro Espírita?

Resposta: Talvez seja eficiente e razoável se


proceder assim num Centro em que
há poucas pessoas para receber passe e vários
passistas querendo servir nessa
tarefa.
Permito-me informar como procedemos no C.E.
"Allan Kardec", em que o número de
pessoas a serem assistidas em cada reunião (ao
redor de 40 a 80) é bem superior
ao número de passistas (cerca de 10 a 12).

1) Em sala à parte, os assistidos recebem uma


preleção evangélico-doutrinária
de 20 a 25 minutos; enquanto isso, na sala de
passes o grupo faz estudos sobre
286
fluidoterapia e evangelho, finalizando com prece
que os prepara para o serviço;

2) Ao fim da preleção, os candidatos ao passe são


encaminhados para a sala de
passes; à porta dela, um auxiliar de portaria os
acolhe e faz entrar na sala em
turmas iguais ao número de passistas disponíveis;
entrando na sala, cada
assistido se dirige a uma cadeira, ao lado da qual
está um passista.

3) Acomodados os candidatos ao passe, um dos


passistas (em rodízio) faz uma
prece breve, em nome dos assistidos, rogando a
Deus o amparo e proteção de que
precisam e, em seguida, os passistas aplicam os
passes.

4) Ao término do passe, o mesmo passista que fez a


prece inicial faz também a
de agradecimento ainda em nome dos assistidos;
após a prece, os assistidos são
liberados, entrando nova turma deles, se houver.

Observação: o objetivo da prece antes e depois dos


passes é orientar os
assistidos a pedir e a agradecer o benefício
recebido.

--- Questão [#064]


Em algumas casas espíritas, são recomendados
passes especiais com vários
287
médiuns. Tal recomendação é necessária?

Resposta: Não, embora se possa, em alguns casos,


reunir alguns companheiros
como apoio para o passe a ser aplicado pelo
passista.

--- Questão [#065]


Por sermos energia, o assistido portador do celular
ou o passista usando
celular interfere no passe, diminuindo o magnetismo
ou algo assim?

Resposta: Penso que não, mas convém que os


celulares sejam desativados durante
o passe, para não fazerem ruído que perturbe a
concentração de todos.

--- Questão [#066]


É verdade que existia um médium curador russo
que, apenas com o passe, curava
os deficientes fisícos e fazia uma fogueira de
muletas? Que relatos semelhantes
nós podemos encontrar na história? Em quais
livros?

Resposta: Ignoro esse caso especial, mas peço ver


a resposta anterior. Quanto
às obras espíritas que estudam a transmissão de
energias, trazem relatos
admiráveis, porém, sem exageros nem crendices.

--- Questão [#067]


288
Por que em vários centros espíritas o passista está
mediunizado?

Resposta: Nos passes na casa espírita, o passista


sempre estará assistido
espiritualmente e pode sentir certo envolvimento.
Mas não deve se deixar
mediunizar e, muito menos, que o espírito converse
com o assistido, porque, sem
a avaliação prévia do dirigente, poderia haver algum
inconveniente no que o
espírito estivesse dizendo ou fazendo. No dizer de
Emmanuel, o médium é o
coração e o dirigente é a cabeça.

--- Questão [#068]


Quais são os possíveis problemas que podem
ocorrer no caso de os passistas não
terem conhecimentos doutrinários a respeito do
passe?

Resposta: São vários. Por exemplo: não obterem o


resultado possível fazendo a
pessoa descrente desse recurso valioso;
carregarem demais de fluidos a pessoa,
levando-a ao transe mediúnico; não saber o que
fazer caso a pessoa apresente
algum distúrbio no momento do passe etc.

Reflexões sobre o Passe


289
Rubens Santini

I – O passe

Suely Caldas, em "Obsessão/Desobsessão",


sintetizou uma definição muito interessante sobre o
passe:

"O passe é um ato de amor na sua expressão mais


sublimada, é uma doação ao paciente daquilo que o
médium tem de melhor, enriquecido com os fluídos que o
seu guia espiritual traz, e ambos – médium e Benfeitor
espiritual -, formando uma única vontade e expressando
o mesmo sentimento de amor."

Jesus curou o cego de Jericó (Mateus XX v.34)


utilizando da imposição de suas mãos. Ou seja, aplicou-
lhe o passe magnético.

Ananias, impondo as suas mãos, fez Saulo (Paulo


de Tarso) recuperar a sua visão. (Atos Apostólicos IX
v.17)

Não se ignora que tanto o passe, como a radiação e


a magnetização, são conhecidas desde a antigüidade,
onde a sua prática era limitada a iniciados e sacerdotes
de seitas fechadas. O Espiritismo revive este mesmo
tratamento utilizado pelos apóstolos e discípulos de
Jesus, trazendo os seus benefícios a todas as pessoas.
290
Mas, segundo Edgard Armond, em "Passes e
Radiações", "...mesmo entre os Espíritas, o
conhecimento dos passes é deficiente e muito empírica
sua aplicação; há muito arbítrio pessoal e cada um age
como entende, ..."

Um dos objetivos desta compilação é dar uma


contribuição, trazendo algumas informações, para que
doador e receptor façam um melhor proveito desta
terapia fluídica.

Para a eficiência do passe, duas condições básicas


são necessárias:

· a capacidade do passista – desenvolvendo


valores de serenidade, equilíbrio, desejo de servir, amor
pelo semelhante.

· a receptividade do paciente – o beneficiário


deverá estar em sintonia com o seu doador, elevando o
seu pensamento em oração, confiante que a ajuda virá
do Plano Maior.

Segundo Kardec, em "A Gênese", "...é muito comum


a faculdade de curar pela influência fluídica e pode
desenvolver-se por meio do exercício; mas, a de curar
instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é
mais rara e o seu grau máximo se deve considerar
excepcional." Pois temos que levar em conta a questão
do merecimento, os compromissos cármicos e muitas
vezes as nossas limitações como doadores.
291
-o-o-o-o-o-o-o-
II – Tipos de passe

Seguindo o que foi proposto por Kardec ("A


Gênese"), o passe pode ser divido em três tipos:

(1) Magnético – o fluido utilizado emana


principalmente do passista, ou seja, é o magnetismo
humano. Podemos dizer que é o animismo de cura. Sua
finalidade é atender a problemas orgânicos, físicos e/ou
perispirituais.

(2) Espiritual – o fluido provêm basicamente do


mundo espiritual. A influência poderá ser direta dos
Espíritos ao encarnado, ou o passista poderá ser
simplesmente o seu "canal". A sua finalidade é curar ou
acalmar um sofrimento, atender a problemas espirituais
cuja origem seja de processos obsessivos ou de desvios
morais.

(3) Misto – é a combinação fluídica espiritual com


a magnética. Os fluídos aqui utilizados atuarão no
perispírito, nas células do corpo físico e no Espírito do
paciente.
III – Quem pode aplicar?

Inicialmente uma dúvida: "Médiuns curadores e


passistas são a mesma coisa?". Resposta: "Pode ser
que sim, pode ser que não." Para ser passista não é
necessário que seja médium. Mas, um médium curador
pode ser passista.

292
Para ser passista, não basta apenas boa vontade, é
necessário saber o que está fazendo.

Para o seu aprendizado não há necessidade de


estudos prolongados sobre teorias científicas dos fluidos
e magnetismo, mas de alguns conhecimentos de
emissão de fluidos, de padrões vibratórios, dos centros
de força, os cuidados com a fadiga fluídica, a sintonia
com o paciente, como superar os seus vícios, e por aí
adiante.

"Conheceis a Verdade e ela vos libertará".

O recomendável é que se faça um curso em seu


Centro Espírita.

Qualquer pessoa poderá ser passista, mas existem


algumas restrições sobre qual tipo de passe poderá ser
aplicado.

(1) Passes Espirituais – neste caso a grande


maioria das pessoas podem aplicar este tipo de passe,
onde o indivíduo será apenas o canal deste fluído
espiritual. Só que para ser um canal de qualidade, é
necessário manter os pensamentos e os sentimentos de
amor ao próximo, procurando vibrar o que há de melhor.

(2) Passes Mistos ou Magnéticos – aqui há


algumas restrições:

· Crianças e adolescentes: o processo de ligação


do perispírito ao corpo físico ainda não está totalmente
finalizada neste período. Não é recomendável que a
293
criança e o adolescente doem fluídos que ainda são
necessários para o seu desenvolvimento, evitando assim
um perda molecular e ocasionando uma descompen-
sação fluídica.

· Idosos: para aqueles que até a terceira idade


nunca fizeram doação de fluidos magnéticos, é
aconselhável não iniciar esta prática, pois nesta faixa
etária estas pessoas estão necessitando que seus
centros de força recebam complementos fluídicos.

· Gestantes: recomenda-se que as gestantes


evitem de aplicar passes magnéticos, já que são
doadoras 24 horas ao dia durante todo o período
gestacional. Mas, podem permanecer na equipe de
serviço espiritual para receberem auxílio.

-o-o-o-o-o-o-o-
IV – Sintonia com o paciente

O momento mais importante do passe, é quando


o passista deve estabelecer uma sintonia com o
paciente.

Criar sintonia é estabelecer um clima de


confiança, afinidade e amizade entre o doador e o
receptor.

O paciente precisa sentir-se seguro, confiar que


está ali, naquele momento, onde irá receber o auxílio
que tanto necessita.

294
Jacob Melo, em seu belíssimo livro "O Passe –
seu estudo, suas técnicas, sua prática", nos afirma que
"... o passista, pela oração e por uma imposição de
mãos, procura modular suas vibrações, fluídicas,
psíquicas e mentais, às do mundo espiritual que o
assiste a fim de melhor sorver as energias daquele
plano, ao tempo em que deve nutrir o desejo sincero e
alimentar a vontade firme de ajudar seu paciente. Alie-se
a isso, um sentimento profundo e sincero de muito amor
por ele. Isto favorece o estabelecimento de um clima
para cura, ..."

Isto é importante para que as trocas fluídicas


sejam harmoniosas, evitando assim a sensação de mal-
estar para ambas as partes no final do passe.
V – No momento do passe

Ausência de fé por parte do passista, é


desnecessário dizer que, é praticamente nula a sua ação
naquele momento.

Podemos entender por fé como a confiança que se


tem em realizar algo, a certeza de atingir o nosso
objetivo.

Léon Denis, em "No Invisível", afirma que "... a fé


vivaz, a vontade, a prece e a evocação dos poderes
superiores amparam o operador e o sensitivo. Quando
ambos se acham unidos pelo pensamento e pelo
coração, a ação curativa é mais intensa."

A participação do paciente também é muito


importante no momento do passe. Se tiver o
295
comportamento dispersivo e com má vontade, estará
gerando energias de alto teor destrutivo anulando assim
a energia emitida pelo passista.

Em "O Livro dos Médiuns", os Espíritos Superiores


disseram a Kardec: "Não basta que um doente diga ao
seu médico: dê-me saúde, quero passar bem. O médico
nada pode, se o doente não faz o que é preciso."

Portanto, tanto para quem emite e para quem


recebe o passe, a fé e a vontade agilizam o processo de
cura.

-o-o-o-o-o-o-o-
VI – Número pré-determinado de vezes

Infelizmente existem vários Centros Espíritas que


estipulam um determinado número de passes para que o
paciente fique curado. Muitas vezes, o paciente não é
orientado para retornar para que possa ser feita uma
reavaliação, para verificar se há necessidade em
continuar o tratamento ou não.

Em "O Passe – seu estudo, suas técnicas, sua


prática", Jacob Melo afirma o seguinte:

"Afinal, se a própria medicina ensina que não existe


tratamento igual para pessoas e casos diferentes, como
poderia a terapia fluídica ser tão determinista? Quem
tenha aplicado passes ou racionalize seu entendimento,
facilmente concluirá que qualquer fixação ou padrão
exclusivo neste sentido demonstra comodismo,
ritualismo ou desconhecimento de causa, porque, se os
296
tratamentos fluídicos fossem tão rigidamente fixados,
razão não haveria para se considerarem os fatores
morais, de fé, merecimento e esforço próprio. Fica
sinalizado, mais uma vez, que precisamos estudar e
sentir os casos, analisando os fatos e as situações,
inspirando-nos nos Bons Espíritos e agindo com bom
senso, discernimento e amor, pois quem ama
verdadeiramente e indistintamente não pode amar
apenas por número fixo de vezes."
VII – Passe à distância

Também conhecido como Irradiação, onde os


doentes são beneficiados à distância.

O passista, ou um familiar solicitante, sintoniza-se


com o necessitado e canaliza fluídos salutares e
edificantes.

Vamos dar um exemplo bem prático.

Um paciente adentra a sala de passes e solicita


uma vibração para um familiar que se encontra doente
em sua residência. O passista solicita para que o
portador do pedido pense em sua casa e no seu familiar.
Mentalmente, o suplicante fará uma prece, visualizando
o seu ente querido e no benefício que este irá receber.
Ao mesmo tempo em que a pessoa se eleva em seus
pensamentos, o passista fará a imposição de suas mãos
sobre a cabeça do solicitante, unindo-se à sua radiação
de amor e cura, transmitindo assim o passe à distância.
A eficácia deste benefício se concretizará, a partir do
momento em que haja sintonia entre aquele que
administra o passe e aquele que o recebe. Com certeza,
297
diversos Irmãos do Plano Maior estarão se mobilizando
para realizar este trabalho de auxílio.
VIII – Tempo para a cura

O que é uma cura?

É o paciente se recuperar da doença que o afligia,


mas continua com os mesmos desvios morais?

É a doença intensificar os seus males, mas o


paciente se reforma moralmente?

Nos casos acima citados, onde houve a cura?

Vamos ilustrar com uma história contada por Divaldo


Franco. Uma senhora o procurou aflita e relatou sobre os
problemas que estava vivenciando com a doença de seu
marido. Bezerra de Menezes apareceu, em Espírito, e
falou a Divaldo que o problema do marido dela seria
solucionado nos próximos dias, para que ela ficasse
tranqüila. Divaldo retransmitiu o recado e ela retornou
mais reconfortada para o seu lar. Na semana posterior,
ela retorna a "Mansão do Caminho", Centro Espírita
onde Divaldo atua, furiosa e muito triste porque a doença
de seu marido se agravara e este havia desencarnado.
Como isto se explicava, se Bezerra havia dito que tudo
iria se resolver? Divaldo meio sem graça, confortou esta
senhora, fez o que pode para acalmá-la. Mais tarde, em
conversa com Bezerra indagou o ocorrido, pois o havia
colocado numa situação bastante delicada. Bezerra,
benevolentemente, o esclareceu que a doença do corpo
físico foi a redenção espiritual daquela Entidade, que
298
esta havia quitado uma grande dívida de tempos
pretéritos.

Em outros casos, aparentes pioras dos quadros


clínicos não querem dizer pioras reais. Na Homeopatia,
em alguns pacientes, o medicamento começa a fazer
efeito, quando por um curto período de tempo, os
sintomas da doença são intensificados, parecendo que o
remédio não está fazendo efeito, mas está levando o
próprio organismo a reagir, proporcionando logo a seguir
a cura do mal que afligia o paciente. Nos casos das
vacinas, ocorre situações semelhantes, as reações que
estas proporcionam, indicam a ação imunológica em
eclosão.

Para concluir esta nossa linha de raciocínio: se


houver uma piora do paciente nas primeiras aplicações
do passe, instrui-lo a continuar com o tratamento, pois
em muito breve irá encontrar sensíveis melhoras.

-o-o-o-o-o-o-o-
IX – Inconvenientes de quem pára de aplicar o
passe

Peço a licença para transcrever alguns trechos,


extraído do livro "Manual do Passista" de Jacob Melo,
que trata sobre este tema.

"...Eis aí um momento dito inglório: aquele


quando alguém decide não ser mais passista! Inglório
porque há o risco de se estar sob influência negativa, de
se encontrar em meio a querelas entre membros de um
grupo, ou por problemas de saúde: física, psíquica ou
299
moral. E o pior é que muitas vezes apontam o "desertor"
como alguém obsidiado e que "pagará muito caro por
isso". Particularmente, não vemos assim.

Corroborando com o prognóstico acima, alguns


dirigentes ou coordenadores de passes vaticinam que
"você pode sair, mas não dou dois meses para voltar
cheio de problemas...". E o pior é que muitas vezes "o
mal pega" e a pessoa volta. Volta como? Volta triste,
acabrunhada, sentindo-se infeliz e inferiorizada e, nesse
clima, submete-se a uma terapia desobsessiva para,
logo depois, voltar à lide de passista. (...)

O que será que se esconde por trás disso tudo? O


que motivará esse "voltar cheio de problemas"? Será que
se trata mesmo (apenas) de obsessão? Será que depois
de iniciado um trabalho, não se pode mais mudar de
atividade? Será que os Espíritos não nos ajudariam
numa nova opção de serviço?

Para compor nosso raciocínio, isolemos os


passistas em dois grupos: os espirituais e os
magnéticos.

Os espirituais são aqueles em que os fluídos


doados são de origem espiritual, os quais apenas
passam pelo passista; os magnéticos são aqueles em
que o passista usina suas próprias "energias"
transferindo para o paciente.

Nessa posição, quando um passista espiritual está


na ativa, ou seja, aplicando passes com regularidade, ele
tem a seu favor um trânsito de fluídos muito sutis,
300
impregnados de uma suavidade e de uma harmonização
de registro muito agradável.(...) Outro aspecto a ser
considerado é que o passista espiritual, consciente de
seus compromissos e responsabilidades, está contando
com boas companhias espirituais de uma maneira mais
assídua, (...). Disso resulta que se o passista, tal como
descrito, deixar de aplicar passes, sentirá a falta dessa
harmonia que estava sempre e sempre se renovando em
seu cosmo fluídico, além de igualmente se ressentir da
ausência dos Espíritos que laboravam na assistência
fluídica por seu intermédio, agora irão continuar os
trabalhos via outros passistas. Neste caso, se o motivo
de querer deixar de aplicar passes se deve a momento
de tormenta, a impossibilidades físicas ou a eventuais
inseguranças, deverá ser analisada com bastante critério
a decisão, pesando-lhe as conseqüências diretas, a fim
de não se atormentar mais no empós. Se imaginas de
idéias obsessivas, e mesmo assim quiser deixar a tarefa
do passe, o ideal é mudar de tarefa em vez de
simplesmente deixar aquela outra. (...)

Com os passistas magnéticos, outro complicador se


interpõe. (...)Os centros vitais do passista, quando em
ação magnética, entram em regime de usinagem fluídica,
a fim de produzirem as energias vitais que serão doadas.
Apesar dessa usinagem se dar nas estruturas do
perispírito, suas ação e repercussão convergem para as
potencialidade do corpo somático. Ali e dali são
elaborados e extraídos os fluídos orgânicos, em regime
de refinamento, para os trabalhos magnéticos. Ocorre
que a prática regular do magnetismo gera
condicionamentos, ritmos, cadências nessas usinas
fluídicas, de sorte que, depois de algum tempo de
301
prática, independente da ação consciente de doação
magnética, essas usinas entram em ação, numa espécie
de reflexo condicionado. É nessa hora que o problema
se instala: o passista magnético, depois do período de
prática que lhe gerou esse condicionamento, tem seus
centros vitais ativados por um processo de usinagem
fluídica, de forma automática, sempre que o ciclo se
completa. Por exemplo: se o passista já se acostumou a
aplicar passes magnéticos todas as sextas-feiras,
quando ele pára repentinamente com sua tarefa, a cada
sexta-feira suas usinas fluídicas entrarão em ação,
elaborando energias vitais de doação, mesmo ele não
estando fazendo aplicações de passes. Como os fluidos
daí oriundos não são plena e coerentemente aplicados
(transferidos), ocorre uma espécie de "congestão
fluídica". (...) Como resultado final, dentro de pouco
tempo ele retorna à Casa para se ver livre daqueles mal-
estares.(...) Pelo andar da carruagem, pode parecer que
o passista magnético não poderá deixar de sê-lo jamais.
Essa "condensação", felizmente, inexiste. Há maneiras
seguras de se deixar de sê-lo. A mais garantida delas é
começar a quebrar o ritmo de usinagem. Quando se
pode prever quando deixará de aplicar passes, pode-se
igualmente estruturar um "programa de descondiciona-
mento". Ou seja: a cada vez regular que se aplica
passes, vai-se reduzindo o número de aplicações e a
intensidade de usinagem – esta segunda parte nem
sempre é de fácil ou conveniente domínio e
aplicabilidade. Agindo assim, vamos quebrando a
"cadência" de usinagem espontânea, até o ponto em que
pararemos a atividade com pouca repercussão de
congestão fluídica. Uma outra é, deixando de ser
passista, passar a ser paciente, especialmente de
302
passes com técnicas dispersivas. Dessa forma, estará
descongestionando os centros usinadores. (...)

Um passista, portanto, pode deixar de sê-lo; não


estará condenado a sê-lo indefinidamente. Mas cumpre
observar alguns cuidados, pois muito pior que deixar de
ser passista ou sofrer algumas conseqüências em
função do descuido como venha a fazê-lo, é a dor do
arrependimento amanhã por não ter feito ontem e hoje o
bem que poderia ter desenvolvido em favor do próximo e
de si mesmo."
X – Fadiga fluídica

Kardec, em "O Livro dos Médiuns", perguntou aos


Espíritos Superiores:

"O exercício da faculdade mediúnica pode causar


fadiga?".

Eis a resposta:

"O exercício muito prolongado de toda e qualquer


faculdade pode conduzir à fadiga; a mediunidade está no
mesmo caso, principalmente a que se aplica aos efeitos
físicos; ocasiona, necessariamente, um dispêndio de
fluido que conduz a fadiga, e se repara com repouso."

Segundo as pesquisas realizadas por Jacob Melo


e relatadas nos seus dois livros: "O Passe – seu estudo,
suas técnicas, sua prática" e em "Manual do Passista", a
fadiga fluídica existe e pode ser facilmente comprovada.

303
Geralmente ouvimos passistas afirmarem que
jamais se cansam quando aplicam passes, mesmo
aplicando uma quantidade consideravelmente alta,
enquanto que outros sentem um certo desgaste já com
uma quantidade bem inferior. Por que isto ocorre?

O passista que não se cansa, está atuando como


um "canal" de energias espirituais, ou seja, ele é um
passista espiritual. A doação de energias espirituais não
cansam e nem geram fadiga.

No segundo caso, o passista que se cansa com


mais facilidade, está doando energias próprias, ou seja
está doando o seu magnetismo. É considerado um
passista magnético. O desgaste é proporcional à
quantidade de energia doada. Quando o passista é reco-
nhecido como magnetizador, é comum haver um certo
esgotamento fluídico após um determinado número de
aplicações de passes. A recuperação fluídica pode se
dar de diversas maneiras: com repouso, exercícios
respiratórios, através da prece pedindo auxílio aos
Mentores, efetuar caminhadas ao ar livre.

Mas como saber qual o tipo de fluido que estamos


doando?

O reconhecimento da origem fluídica se dará com a


prática e na atenção que dedicamos no momento da
doação.

Quando estamos doando energias espirituais,


sentimos a ação se realizar no centro de força do
coronário. A sensação é como uma leve brisa tocasse os
304
nossos cabelos, ou um leve rocio no alto da cabeça. Ao
final do passe há uma sensação muito agradável, não
havendo nenhum tipo de desgaste energético.

Quando as energias são do próprio passista, os


centros de força que funcionam mais ativamente são
laríngeo, cardíaco, gástrico e esplênico. Os passistas
magnéticos têm claros sinais indicativos da "usinagem
magnética" que se processo no próprio corpo.

É bom deixar registrado, confirmando o que Kardec


expôs em "O Livro dos Médiuns" e que foi mencionado
acima, a fadiga se origina na transferência de fluidos
humanos, e não de fluidos espirituais.
XI – Recomendações finais

· Na hora da aplicação do passe, tenhamos os


pensamentos otimistas. O pessimismo gera vibrações
negativas, fluidos fracos. Não devemos dar passes
contrariados, melancólicos, negativos. O que estamos
sentindo e pensando na hora da aplicação, estaremos
passando para o paciente. O passista deve curar a si
mesmo em primeiro lugar.

· Não aplicar passes: se tiver vícios regulares de


fumo e álcool; se alimentou-se de maneira "pesada"; se
estiver estafado física e/ou mentalmente; se não fez nem
uma prece inicial ou uma pequena reflexão sobre um
texto evangélico.

· Sobre a alimentação do passista, Jacob Melo


afirma no seu livro "O Passe – seu estudo, suas
técnicas, sua prática": "A carne não é pecaminosa; isto é
305
ponto pacífico! Mas ela dispõe de certas toxinas que,
quando assimiladas, interferem na qualidade radiante
dos fluidos, podendo inibir condições mais favoráveis ao
tratamento fluidoterápico. Seu consumo desregrado ou
exagerado torna a qualidade de nossos fluidos
magnéticos mais inferiorizada, com maior dosagem de
impurezas orgânicas, ..."

· André Luiz nos aconselha em "Conduta Espírita":


"Lembrar-se de que na aplicação de passes não se faz
precisa a gesticulação violenta, a respiração ofegante ou
o bocejo contínuo, e de que nem sempre há necessidade
do toque no paciente."

· Se o paciente durante o passe, tiver vontade de


rir, chorar, respiração ofegante, apavorar-se - são
indícios de envolvimento espiritual. Orientá-lo a abrir os
olhos e fazer uma respiração pausada, eliminando as
idéias que cheguem inoportunas.

· O paciente deve agradecer a Deus e aos bons


Espíritos pelos benefícios recebidos, e não ao passista
que foi mero instrumento da Espiritualidade.

-o-o-o-o-o-o-o-

XII – Fontes bibliográficas utilizadas na pesquisa:

(1) "Obsessão / Desobsessão" – Suely Caldas


Schubert
306
(2) "O Passe" – Richard Simonetti

(3) "Passes e Radiações – Métodos Espíritas de


cura" – Edgard Armond

(4) "O Passe Magnético – seus fundamentos e sua


aplicação" – Salvador Gentile

(5) "Passe e Passista" – Roque Jacintho

(6) "O Passe – seu estudo, suas técnicas, sua


prática" – Jacob Melo

(7) "Manual do passista" – Jacob Melo

(8)"O Livro dos Médiuns" – Allan Kardec

(9) "A Gênese" – Allan Kardec

(10) "Aos que se tratam pela Homeopatia"– Célia


R. Barollo

(11) "Médiuns"–João Nunes Maia ditado pelo


Espírito Miramez

Organizador desta compilação: Rubens Santini


(rubsanti@uol.com.br)
A cópia é perm

307
O passe
O que são fluidos
Preparando-se para o passe
O que é passe
A posição do receptor e do passista.
Seu mecanismo
Observações.
O passe ao longo da história
O começo da aplicação do passe.
Tipos de passes
Durante a aplicação do passe
Centros de força
Finalizando o passe.
O passista
Prece final

O que são fluidos.

Os fluidos são o veículo do pensamento dos


Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados.
Todos estamos mergulhados no fluido universal, ou fluido
cósmico, substância básica da Criação, que varia da
imponderabilidade (matéria sutil) até a ponderabilidade
(matéria densa).

"O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do


Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento
308
primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos
e seres, como peixes no oceano." André Luiz

topo

O que é passe.

O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para


outro.

Emmanuel o define como uma "transfusão de


energias físio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe
porque oferece novo contingente de fluidos já existentes.
Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente,
apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua
ação à do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo
frustrando instalação de doenças.

topo

Seu mecanismo

Estamos constantemente irradiando e recebendo


fluidos do meio em que habitamos, bem como dos seres
(encarnados ou não) com quem convivemos, numa
transmissão natural e automática. Sempre que
pensamos e sentimos, estamos a movimentar esses
fluidos, ou energias. Cada estado de alma corresponde à
emissão/absorção de um certo tipo de energia, que entra
309
pelos centros de força espiritual, mediante a sua
natureza, incorporando-se à tessitura do perispírito
(corpo espiritual) e trazem-nos estados de mau-estar ou
de bem-estar. Pensamos e agimos, criando assim a
nossa própria (in)felicidade.

Para que o passe alcance o melhor resultado, é


necessário:
1)

que o passista use o pensamento e a vontade, a fim


de captar os fluidos, emiti-los e fazê-los convergir para o
assistido;
2)

que haja um clima de confiança entre o socorrista e


o assistido, a fim de se formar um elo de força entre eles,
pelo qual "verte o auxílio da Esfera Superior, na medida
dos créditos de um e de outro";
3)

que o assistido esteja receptivo, para que sua


mente adira à idéia de trabalho restaurativo e comece a
sugeri-lo a todas as células do corpo físico; então irá
assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e
os reterá na própria constituição fisiopsicossomática.
(Cap. XXII, Mediunidade Curativa, do livro
"Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz).

topo

O passe ao longo da história


310
Ao contrário do que podem pensar alguns, o uso do
magnetismo como forma de cura é bastante antigo,
sendo utilizado desde a antigüidade e não surgiu com o
Espiritismo, não sendo uma criação da Doutrina Espírita.
Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da alma
já era conhecido e empregado na antigüidade.

Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes,


respectivamente, curavam pela aplicação do olhar.

No Egito, multidões acorriam ao templo da deusa


Isis, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos
sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.

Jesus o utilizou, "impondo as mãos" sobre os


enfermos e perturbados espiritualmente, para beneficiá-
los e ensinou essa prática aos seus discípulos e
apóstolos, que também a empregaram, largamente,
como vemos em "Atos dos Apóstolos".

Ao longo dos tempos, o passe continuou a ser


usado, sob várias denominações e formas, em todo o
mundo, ligado ou não a práticas religiosas.

No século anterior a Kardec, tudo o que então se


conhecia sobre fluidos e como empregá-los estava
consubstanciado no magnetismo, de que o médico
austríaco Franz Anton Mesmer foi o grande expoente,
beneficiando muitos enfermos. Mas havia, ainda, muita
ignorância sobre o que fossem os fluidos e a forma de
sua transmissão.
311
A codificação da Doutrina dos Espíritos, por Allan
Kardec, permitiu entendermos melhor o processo pelo
qual o ser humano influencia e é influenciado
fluidicamente, tanto no plano material como no espiritual.

Na atualidade, o passe continua a ser empregado


por outras religiões, que o apresentam sob nomes e
aparências diversas (benção, unção, johrei,
benzedura ...). Pessoas sem qualquer relação com
movimentos religiosos também o empregam.

É no meio espírita, porém, que o passe é mais bem


compreendido, mais largamente difundido e utilizado. O
passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a se tornar
uma das principais práticas de ação fluídica. Nada mais
natural, pois o Espiritismo é a revivescência do puro
Cristianismo.

Topo

Tipos de passe

Os Espíritos superiores explicam, através da


codificação kardecista, que as mãos servem como
instrumento para a transmissão do magnetismo humano
que, com as energias distribuídas pelos Espíritos,
constituem o passe espírita.

Devido aos excessos, infelizmente mais comuns do


que seria de desejar, de gesticulação, e de outros
atavismos como estalidos de dedos, sem referência
experimental e muito menos científica, o melhor passe, a
exemplo de Jesus, é, sobretudo e apenas, a imposição
312
das mãos, sem tocar na pessoa que vai receber o passe.
Isso porque o que funciona, na verdade, é a mente.

Tipos de passes:

1)

Magnético - Quando ministrado somente com os


recursos fluídicos do próprio passista (magnetismo
humano).
2)

Espiritual - Quando ministrado pelos Espíritos,


unicamente com seus próprios fluidos (magnetismo
espiritual), sem o concurso de intermediário (passista).
Os Espíritos agem com observância da sintonia e
considerando os méritos ou necessidades do assistido,
que, às vezes, nem percebe ter sido beneficiado. Para
receber um passe espiritual basta orar e colocar-se em
estado receptivo.
3)

Humano-espiritual - Quando os Espíritos combinam


seus fluidos com os do passista, dando-lhes
características especiais. "O fluido humano está sempre
mais ou menos impregnado de impurezas físicas e
morais do encarnado; o dos bons Espíritos é,
necessariamente, mais puro e, por isto mesmo, tem
propriedades mais ativas, que acarretam um
fortalecimento mais pronto".
(Revista Espírita Set/1865 - "Da Mediunidade
Curadora")
313
O concurso dos Espíritos poderá ser espontâneo ou
provocado pelo passista, com uma prece, ou
simplesmente num propósito (que eqüivale a um apelo
íntimo). Essa assistência espiritual é sempre desejável.
4)

Mediúnico - Quando os Espíritos atuam através de


um encarnado mediunizado. O fluido dos bons Espíritos
"...Passando através do encarnado, pode alterar-se um
pouco..." (como água límpida passando por um vaso
impuro) "...Daí, para todo verdadeiro médium curador, a
necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração".
(Revista Espírita, set/1865 "Da Mediunidade
Curadora").
5) Coletivo - Quando a equipe do passe magnético
é de pequeno número face à multidão que o procura,
sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados,
recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o principal,
neste processo de ajuda espiritual, é a sintonia do
candidato a receber o passe, os próprios espíritos-
passistas durante a palestra ministram bênçãos fluídicas
a quem estiver nas condições necessárias para
participar na ocorrência deste fenômeno enquanto
beneficiado.

Haverá ocasiões em que seja bom e mesmo


necessário o passista atuar inteiramente mediunizado.
Mas, NOS SERVIÇOS COMUNS DO PASSE NUM
CENTRO, ISSO NÃO É ACONSELHÁVEL, porque:

a)

314
nem sempre o assistido está preparado para
presenciar manifestações mediúnicas e poderá se
impressionar mal, mesmo sem que o espírito interferente
chegue a falar qualquer palavra;
b)

poderá causar uma diferenciação entre os


passistas, que não se justifica, e é indesejável.

A aplicação do passe não é o momento adequado


para as manifestações mediúnicas.

Quem é médium, além de passista, tem as reuniões


apropriadas para dar passividade aos espíritos
comunicantes. "Interromper as manifestações
mediúnicas no horário de transmissão do passe curativo.
Disciplina é a alma da eficiência". (André Luiz).

topo

O passista

Quem pode aplicar passes?


Em princípio, qualquer pessoa saudável e de boa
vontade em auxiliar pode aplicar passes. Não lhe faltará
ajuda espiritual, porque, na falta de elemento mais
eficiente, os espíritos utilizam todo aquele que se
dispuser ao passe, tendo saúde e razoável equilíbrio.
Mas, para servir bem neste campo, de modo mais
efetivo, é preciso que se cultive e mantenha algumas
condições básicas, a saber:
315
1)

Fisicamente
Ter saúde e boa disposição. É indispensável que o
passista cuide do físico, porque no passe há contribuição
magnética pessoal, e do seu estado de saúde
dependerão: a quantidade e qualidade dos fluidos que
doará.

Devem abster-se de dar passes as pessoas com


doenças graves, infecciosas, debilitantes e durante
desequilíbrio espiritual, pois não estão em condições de
doar fluidos. Mas, as indisposições ligeiras ou estados
crônicos não debilitantes nem contagiosos, não são
impedimentos para que se aplique passes (ex. dor de
cabeça, bronquite, alergia). Os cuidados do passista com
o físico visarão os seguintes aspectos:
higiene, para assegurar a própria saúde e a dos
assistidos;

alimentação, que será sem excessos, adequada ao


organismo, com alimentos que ofereçam maior
concentração energética;

abstenção de vícios, tais como o álcool, fumo,


tóxicos, pois prejudicam o organismo e o rendimento do
passista, impregnam maleficamente os fluidos e servem
de atração aos maus espíritos;

316
evitar atividades esgotantes e excessos
desnecessários, a fim de manter suas reservas de
energia vital em condições de servir.

2)

Espiritualmente
Cultivar as virtudes e manter conduta cristã. É
indispensável que o passista se cuide espiritualmente,
para que produza fluídos bons e não altere
prejudicialmente as energias que recebem dos bons
Espíritos. Os cuidados do passista, quanto ao espírito,
visarão, principalmente:
o sentimento fraterno, o desejo sincero de ajudar
ao próximo;

a fé em si mesmo, na ajuda dos poderes divinos e


na possibilidade de beneficiar com o passe;
a reforma íntima, buscando sempre se
aperfeiçoar moralmente;

o equilíbrio emocional, para não se desgastar nem


perturbar por mágoas excessivas, paixões,
ressentimentos, inquietudes, temores, nervosismo...

abster-se de aplicar passes, quando em


desequilíbrio espiritual acentuado. Entretanto, não
impedem que apliquemos passes aquelas alterações de
317
ânimo que são comuns às aflições e problemas
cotidianos, porque isso tudo nos cumpre superar na
oração e no desejo de servir;

a perseverança e assiduidade no trabalho, para que


os amigos espirituais possam confiar e contar com a
pessoa para a tarefa. O passista deverá manter sempre
uma conduta cristã, porque a necessidade de aplicar
passe em alguém pode surgir a qualquer momento e
deverá estar preparado.

3)

Intelectualmente:
Ter conhecimentos específicos sobre o passe.
Portanto, não ficar só aguardando que lhe surja
naturalmente a qualidade de passista, como se ela fosse
um acontecimento miraculoso e não um serviço do bem,
que pede do candidato o esforço voluntário e laborioso
do começo. Convém procurar conhecer os mecanismos
do que está lidando e para quê servem, também para
poder oferecer maiores condições ao espírito
magnetizador que quiser nos assistir.

É aconselhável aos passistas fazer estudos


relacionados ao passe, técnica de aplicação, curas,
radiações espirituais, centros de força, preparo do
ambiente e do assistido etc.

Ausência de estudo significa estagnação, em


qualquer setor de trabalho.
318
Topo

Preparando-se para o passe

Para o melhor resultado da emissão e recepção dos


fluidos, o passista e o receptor precisam estar
convenientemente preparados.

Preparo do receptor
Pelo seu estado mental e emotivo, o receptor
enfermo ou sofredor poderá ter, em relação ao passe,
um estado receptivo, repulsivo ou neutro. O ideal é que
esteja receptivo, pois o passe será tanto mais eficiente
quanto mais intensa a adesão da vontade do paciente ao
influxo recebido. Por isso, o passista, antes de aplicar o
passe, deve procurar estabelecer com o receptor a
simpatia possível, animando-o e interessando-o nas
coisas espirituais.

Orientará, em síntese, sobre o seguinte:

os fluidos existem e as leis divinas permitem que


trabalhemos com eles para aliviar e curar os nossos
males;
é preciso ter fé, não como mera atitude mística,
mas sim como força atrativa e fixadora das energias
benéficas;
fé + recolhimento + respeito = receptividade;
ironia + descrença + dureza de coração =
refratariedade.
319
o receptor deve orar, silenciosamente, enquanto
recebe o passe, para acolher e assimilar bem as
energias que lhe forem transmitidas;
o passe sempre beneficia, mas o grau dos
resultados se fará de acordo com a fé, merecimento ou
necessidade.

O preparo do passista será feito através de:

1)

Concentração - Para tudo que vamos fazer,


precisamos, primeiramente, nos concentrar, centralizar a
atenção no que vamos fazer. No caso do passe, quem o
vai transmitir deve firmar o pensamento na atividade
espiritual que irá desenvolver, no bem que deseja fazer
ao assistido e na concorrência que pretende obter do
Mundo Maior para essa realização.

2) Oração - "A oração é prodigioso banho de forças,


tal a vigorosa corrente mental que atrai". (André Luiz,
Cap.17 Serviço de Passes, "Nos Domínios da
Mediunidade") Orando, o passista consegue:

expulsar do próprio mundo interior os sombrios


remanescentes da atividade comum da luta diária;

sorver do plano espiritual superior as substâncias


renovadoras para, depois, operar com eficiência em
favor do próximo;
320
atrair a simpatia de veneráveis magnetizadores do
plano espiritual.

André Luiz, no Cap. XVII, Serviço de Passes, em


"Nos Domínios da Mediunidade", nos mostra Clara e
Henrique meditando e orando para, em seguida,
aplicarem passes nos necessitados. Fica evidente, pois,
que não há necessidade alguma de o passista receber
passe antes do trabalho, a fim de estar em condições de
aplicar passes. Isto se não houver relegado seus
deveres á esfera secundária, porque:

a oração precipitada, com que muitos tentam atrair


vibrações salutares, no ato da assistência, raramente
consegue criar um clima psíquico no agente ou no
assistido que seja favorável ao êxito da tarefa;

simples imposição de mãos, com o conseqüente


apelo às Potências Sublimes, não quer significar
condição adequada.

Topo

A Posição do Receptor e do Passista

O receptor fica sentado, por ser para ele uma


posição confortável e segura.
321
O passista, geralmente, fica de pé, para ter maior
facilidade de movimentos durante a aplicação do passe,
mas também poderá estar sentado.

O passista estará à frente ao assistido, desde o


momento em que se concentra, e se aproxima dele no
momento exato da efetiva aplicação do passe.

Topo

Observações

Deve-se ou não cruzar braços e pernas?


Wenefledo de Toledo, em "Passes e Curas
Espirituais", diz que ao nos concentrarmos ou nos
colocarmos em "estado receptivo" não devemos cruzar
pernas ou braços porque isso interrompe a marcha das
correntes fluídicas.

De nossa parte, porém, o que podemos dizer é que


o corpo fica mais bem acomodado e a circulação se faz
livre e perfeita, sem os braços e pernas cruzados.

É preciso retirar certos objetos que o assistido ou


passista portem?
Não há necessidade de passistas ou assistidos
retirarem sapatos, relógio, aliança, níqueis ou quaisquer
outros objetos que tragam consigo, a não ser que
possam incomodar ou distrair a atenção durante o
trabalho (ex.: pulseiras ou colares que fiquem tilintando
ou que atrapalhem os movimentos).
322
Também não é necessário tirar o maço de cigarros
do bolso ou da bolsa, pois o problema não é a presença
do cigarro, mas a presença do vício e, no caso do
passista, a responsabilidade pela saúde do seu corpo,
por causa da impregnação de fluidos e na atração das
companhias espirituais indesejáveis.

Existe passe especial?


O passe especial foi uma denominação inadequada
dada ao passe ministrado às pessoas em tratamento nos
centros espíritas. Logo foi visto como sendo "diferente" e
as pessoas querem recebê-lo a todo custo. Na maioria
das vezes é desnecessário, pois o passe convencional
atende às necessidades gerais.

A diferença entre os passes está na equipe


espiritual que secunda os passistas no momento do
atendimento, no tempo de imposição das mãos sobre o
paciente e nas diversas fases do processo terapêutico
utilizado nas casas. E, é claro, depende das condições
morais de quem o aplica. De nada adiantam técnicas,
formas ou teorias especiais se o passista for pessoa de
má índole ou não trabalhar por sua depuração moral.

O que é água fluidificada?


É a água magnetizada por fluidos espirituais e
humanos, realizada com as preces e imposição das
mãos.

Por quê fechar o frasco que contém a água a ser


fluidificada?
O frasco que contém a água a ser fluidificada tanto
pode estar aberto quanto fechado. Por uma questão de
323
higiene, certamente que será muito melhor que ele
esteja com tampa. Isto não influi no resultado da
magnetização, pois as substâncias colocadas na água
pelos Espíritos que trabalham na fluidoterapia, através
da imposição das mãos dos encarnados, atravessam os
campos da matéria tangível com facilidade.

Topo

O começo da aplicação do passe

O passe propriamente dito começa com o


estabelecimento do contato espiritual do passista com o
receptor e a imposição das mãos.

Esse contato espiritual é o processo pelo qual o


passista estabelece ligação mental e fluídica com o
receptor, seja com este presente ou à distância. Às
vezes, isso é conseguido em poucos instantes de
concentração contínua. De outras vezes, por causas
desconhecidas, leva mais tempo.

Sinais que denunciam o contato estabelecido.

Não são obrigatórios e nem sempre se apresentam,


mas podem ser assim:

No passista

Impressão física causada pelos fluidos que


começam a envolvê-lo, por qualquer parte do corpo
(pernas, braços, cabeça, face, laterais do corpo). Sinais
324
materiais, como formigamento da pele, dos pés, mãos;
ondas de calor ou então palidez, por causa de alterações
na circulação sangüínea devido a possível influenciação
dos espíritos. Nada disso, porém, se ocorrer, causará
qualquer mal efetivo a um passista bem preparado, que
sabe reagir adequadamente ao que ocorre.

No receptor

Os mesmos sintomas podem ocorrer e ainda crises


de choro por estarem bastante emocionados com o
ambiente que os recebe. O passista deverá estar
habilitado a reconhecer esses estados e, prontamente,
evitar conseqüências desagradáveis. Desde que se
aproxima do receptor para o passe o passista começa a
penetrar no ambiente espiritual do assistido. Mas é ao
impor as mãos que esse contato perispiritual se acentua.

A imposição das mãos

É o ato de o passista colocar as mãos acima da


cabeça do assistido. Geralmente é feito com as mãos
espalmadas, dedos levemente separados uns dos
outros, sem contração muscular. É nessa postura que os
fluidos serão conduzidos e dispersos.

O fluido vital, por ser elemento de natureza mais


denso do que espiritual, circula como uma verdadeira
força nervosa por todo o sistema nervoso e escapa
especialmente pelas mãos. Força de natureza
eletromagnética, ele modifica o campo vibratório do
assistido, transmitindo-lhe novas energias.
325
Topo

Durante a aplicação do passe

Enquanto aplica o passe, o passista deve manter a


seguinte disposição e atitude:
1) Intimamente
- Confiança e desejo de ajudar, tudo condicionado à
vontade de Deus. Ou seja: FÉ, AMOR e HUMILDADE.
Para uma disposição íntima assim, o "amparo divino é
seguro e imediato".
- Serenidade, para poder registrar, através da
intuição, a orientação espiritual para o passe que estiver
aplicando.
- Mentalização de recuperação do assistido que
está sob a ação dos mensageiros do Alto, porque
receber, transmitir e fixar energias são funções
exclusivas da mente.
- Substituir a curiosidade (que alguma enfermidade
física ou espiritual possa causar) pelo amor fraternal, ou
não haverá êxito.

2)

Externamente
A fórmula do passe não importa. Poderá obedecer à
fórmula que maior confiança ofereça a quem o aplica
como a quem o recebe (Pergunta 99 do "O Consolador"
de Emmanuel). Mas o passe deverá sempre ser
ministrado de modo silencioso, com simplicidade e
naturalidade. (Item 54, cap. VI de "Obras Póstumas" de
Allan Kardec).
326
"Lembrar-se de que na aplicação do passe não se
faz preciso a gesticulação, a respiração ofegante ou o
bocejo contínuo, e de que não há necessidade de tocar o
assistido. A transmissão do passe dispensa qualquer
recurso espetacular". (André Luiz, cap. 28 de "Conduta
Espírita").
Evitar, portanto, gestos cabalísticos, esfregar as
mãos, estalar os dedos, mímicas, tremores, suspiros,
assopros, gemidos...
Quanto ao toque no assistido, normalmente o passe
espírita é feito sem tocar o enfermo. No Centro Espírita,
especialmente, deve-se evitar tocar o assistidos, porque,
além do toque ser desnecessário, na quase totalidade
dos casos que atendemos:
- muitos desconhecem o Espiritismo e assistidos
ou acompanhantes vêem com estranheza e suspeita o
toque pessoal;
- somos criaturas ainda imperfeitas e o toque
físico pode desviar-nos da elevação de pensamento
necessária ao passe. Portanto, prevenindo males
maiores e salvaguardando o trabalhador do passe e a
casa espírita de quaisquer prejuízos ou suspeita,
recomenda-se a aplicação do passe sem qualquer toque
no receptor.

Reflexos

Na execução de sua tarefa, o passista pode,


algumas vezes, experimentar sensações relacionadas
com o problema do assistido.
Como está imbuído do desejo de ajudar o
semelhante, é compreensível que se sintonize com ele, a
ponto de experimentar reflexos dos seus padecimentos.
327
Toda tarefa de assistência pede abnegação. Mas o
passista dispõe de recursos para eliminar os reflexos e
poderá abreviar tal providência, tendo a mente voltada
para a prece e a perseverança no bem.
Nos passes em pessoas sob a atuação de espíritos
em desequilíbrio, o passista poderá registrar reflexos
negativos desde a hora em que se dispõe a ajudar,
podendo perdurar ainda depois do passe. É
compreensível que os espíritos envolvidos na trama
obsessiva, conhecendo-lhe a disposição de colaborar,
pretendam arrefecer-lhe o ânimo, afastando-o do
caminho do enfermo. Fé, perseverança no trabalho são a
melhor medida para a superação desses obstáculos. E
não nos esqueçamos de que a proteção espiritual é
constante.

Exaustão

O passista, como mero instrumento que, através da


prece, recebe para dar, não precisa "jamais temer a
exaustão das forças magnéticas" (André Luiz, cap. 28 de
"Conduta Espírita"). Portanto, desde que haja imperiosa
necessidade, o passista poderá aplicar tantos passes
quantos forem precisos, confiante no inesgotável
manancial da infinita misericórdia de Deus. Contudo,
poderá sentir cansaço físico ou mental por estar
aplicando passes em muitas pessoas e por muito tempo.
Cabe ao passista, mesmo reconhecendo ser um simples
intermediário, poupar suas reservas energéticas evitando
excessos desnecessários ou mau uso, e buscará os
meios naturais que o auxiliem na mais rápida
recuperação (oração, repouso, alimentação). Desse
modo ajudará o esforço da espiritualidade em seu favor.
328
Topo

Finalizando o passe

Resultados do Passe

Não obstante a ajuda dos bons Espíritos, o


resultado do passe dependerá das condições do
passista e do receptor. Tendo recebido o passe, alguns
enfermos se sentem curados, outros acusam melhoras,
outros permanecem impermeáveis ao serviço de auxílio.

Classificando o resultado do passe, daremos que


ele pode ser:

Benéfico
Quando o passista está em condições físicas e
espirituais para transmiti-lo e quem recebe está
receptivo.

São sempre benéficos os resultados de um passe


alicerçado na oração e na sinceridade de propósitos.
Porém, podem parecer mais ou menos expressivos,
porque há que se considerar as necessidades evolutivas
e provacionais do assistido.

Às vezes, a ajuda do passe pode se traduzir em


melhor disposição mental, em confiança e resignação.
Mesmo bom, o resultado do passe será passageiro, não
se fixará em definitivo, se a pessoa não mantiver
conduta cristã aconselhável.
329
Maléfico
Quando o passista está despreparado física e
espiritualmente e emite fluídos grosseiros /
perturbadores em direção ao assistido e esse, também
despreparado, não sabe ou não pode fazer frente à
carga fluídica que recebe do passista.

Não sofrerá prejuízo o assistido que:

- acionar seu próprio potencial fluídico para repelir,


neutralizar ou modificar os maus fluidos que lhe foram
endereçados;
- merecer a interferência de bons Espíritos em seu
favor;
- haverá efeito nulo, quando o assistido, embora
receba boa ajuda do passista, se mantém impermeável
(descrença, leviandade, aversão). Neste caso, as
energias não absorvidas pelo assistido se combinam
com os fluidos ambientes e ficam, assim, de patrimônio
geral, até serem canalizadas ou atraídas para quem lhes
ofereça receptividade.

Atitude do Passista diante dos bons resultados


alcançados no passe:

Qualquer que seja a sua modalidade, o passe, em


última análise, procede de Deus, sendo o passista um
instrumento de Sua vontade. Como intermediário dessa
vontade, tendo entregue a condução do seu trabalho ao
Plano Superior , o passista, com naturalidade e
humildade evitará:
- "contemplar" excessivamente os bons resultados
alcançados - porta aberta à vaidade;
330
- falar sempre dos benefícios que tem
proporcionado com seus passes - ostentação orgulhosa;
- ficar curioso ou aflito por resultados nos passes -
semeamos o bem, mas a germinação, desenvolvimento,
flor e fruto dele pertencem a Deus. Certo é, porém, que
haverá sempre uma recompensa natural para quem se
doa no passe.

Dando, recebemos; e, geralmente, recebemos bem


mais do que damos, porque Deus é infinitamente
generoso.

Topo

Prece final

Quanto aos resultados do passe, quer tenham sido


amplos ou reduzidos, com a permissão divina e a ajuda
dos bons espíritos, nele tivemos a oportunidade de servir
em nome de Jesus. Cumpre-nos, pois, agradecer numa
oração, pelo que nos foi dado realizar.

(Dados extraído do livro "Fluidos e Passes", de


Therezinha de Oliveira)

O passe espírita

"E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres


extraordinários, a ponto de levarem aos enfermos lenços
e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as
331
enfermidades fugiam das suas vítimas, e os Espíritos
malignos se retiravam" - (Atos, cap. 19 - 11 e 12).

7.0 - O QUE É O PASSE

Desde os tempos mais antigos, a imposição das


mãos é uma das fórmulas usadas pelas pessoas para
auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências
espirituais. Em muitos trechos da Bíblia, vemos Jesus e
seus discípulos imporem as mãos sobre os
necessitados, rogando a Deus que os curassem. Jesus
fez largo uso dessa prática e disse que, se quiséssemos,
poderíamos fazer o mesmo.
E desde aquele tempo o homem utiliza-se desse
recurso para aliviar, consolar, melhorar e até curar
doenças físicas e espirituais.
Antes do advento do Espiritismo, sabia-se pouco
sobre a prática desse costume. Os fenômenos de curas
eram envoltos em mistérios e tidos como acontecimentos
sobrenaturais.
Ao menos publicamente, ninguém se aventurou a
dar explicações para o estranho poder que tinham as
mãos para curar e aliviar os males físicos e espirituais.
Com a chegada da Doutrina Espírita, os Espíritos
superiores explicaram o porquê das coisas. Ensinaram
que as mãos serviam como um instrumento para a
projeção de fluidos magnetizados, doados pelo operador,
e fluidos espirituais, trazidos pelos Espíritos. Segundo
eles, os fluidos curativos eram absorvidos pela pessoa
necessitada por meio dos centros vitais (chacras),
acumuladores e distribuidores de energias, localizados
no perispírito e pelo próprio corpo astral que age como
uma esponja. Estavam assim explicadas, teoricamente,
332
as curas promovidas por Jesus e pelos curadores de
todos os tempos.
Entre nós, seguidores de Allan Kardec, a imposição
de mãos sobre uma criatura com a intenção de aliviar
sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente
fortalecê-la, ficou conhecida como "passe".
O passe é um dos métodos utilizados nos centros
espíritas para o alívio ou cura dos sofrimentos das
pessoas. Quando ministrado com fé, o passe é capaz de
produzir verdadeiros prodígios. Têm como objetivo o
reequilíbrio do corpo físico e espiritual.

7.1 - O PASSISTA

O passista é aquele que ministra o passe. Ser um


passista espírita é uma tarefa de grande
responsabilidade, pois trata-se de ajudar e abençoar as
pessoas em nome de Deus. Pessoas carentes e
sedentas de melhoria, procuram no centro espírita o
recurso do passe como forma de alívio das pressões
psicológicas e sustentação para suas forças morais e
físicas.
O passista não precisa ser um santo, mas necessita
esforçar-se na melhoria íntima e no aprendizado
intelectual. Armado do desejo sincero de servir, quase
todos os iniciantes podem trabalhar neste sagrado
ministério. O passista deve procurar viver uma vida
sadia, tanto física quanto moralmente. Aos poucos, os
vícios terrenos têm que ceder lugar às virtudes. O uso do
cigarro e da bebida devem ser evitados. Como o
passista doa de si uma parte dos fluidos que vão
fortalecer o lado material e espiritual do necessitado,
333
esses fluidos precisam estar limpos de vibrações
deletérias oriundas de vícios.
No aspecto mental, o passista deve cultivar bons
pensamentos no seu dia-a-dia. O orgulho, o egoísmo, a
maledicência, a sensualidade exagerada e a violência
nas atitudes devem ser combatidos constantemente. A
Espiritualidade superior associa equipes de Benfeitores
aos trabalhadores que se esforçam, multiplicando-lhes a
capacidade de serviço.
A fé racional e a certeza no amparo dos bons
Espíritos são sentimentos que devem estar presentes no
coração de todos os passistas. É fundamental no
trabalho de passe, doar-se com sinceridade à tarefa sob
sua responsabilidade, vendo em todo sofredor uma alma
carente de amparo e orientação.
O passista não deve ter preferência por quem quer
que seja. Seu auxílio deve ser igualmente distribuído a
todas as criaturas. As elevadas condições morais do
passista são fundamentais para que ele consiga obter
um resultado satisfatório no serviço do passe.
Portanto, todos podemos ministrar passes, porém é
necessário um mínimo preparo moral a fim de que a
ajuda seja o mais eficaz possível. Como todas as tarefas
realizadas dentro do centro espírita, esta também carece
de cuidados e atenção por parte de quem se propõe a
executá-la.

"Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos,


orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos
sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer
um, se trouxer a fé, o fervor, a vontade e a confiança em
Deus" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro,
1865).
334
O que é necessário para ser um bom passista?

Allan Kardec nos instrui a respeito: "A primeira


condição para isto é trabalhar em sua própria depuração
(moral e ética), a fim de não alterar os fluidos salutares
que está encarregado de transmitir. Esta condição não
poderia ser executada sem o mais completo
desinteresse material e moral. O primeiro é o mais fácil,
e o segundo é o mais raro, porque o orgulho e o
egoísmo são sentimentos difíceis de se extirpar, e
porque várias causas contribuem para os superexcitar
nos médiuns" - (Allan Kardec - Revista Espírita,
Novembro, 1866).

Condições básicas para o exercício do passe


espírita

Fé; Amor ao próximo; Disciplina; Vontade;


Conhecimento; Equilíbrio psíquico; Humildade;
Devotamento; Abnegação.

"Se pretendes, pois guardar as vantagens do passe,


que em substância, é ato sublime de fraternidade cristã,
purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o
cérebro" - (Espírito Emmanuel, no livro Segue-me).

Fatores negativos físicos, que prejudicam o passe

Uso do fumo e do álcool ; Desequilíbrio nervoso;


Alimentos inadequados.

335
Fatores negativos espirituais e morais, que
prejudicam o passe

Mágoas, más paixões, egoísmo, orgulho, vaidade,


cupidez, vida desonesta, adultério etc.

"O fluido humano está sempre mais ou menos


impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado;
o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por
isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que
acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando através
do encarnado pode alterar-se. Daí, para todo médium
curador, a necessidade de trabalhar para seu
melhoramento moral" - (Allan Kardec - Revista Espírita,
Setembro, 1865).

7.2 - TIPOS DE PASSES

Os passes podem ser classificados em três


categorias: Passe magnético, Passe espiritual e Passe
misto.

a) Passe magnético

É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas


seus fluidos, utilizando a força magnética existente no
próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer
criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam
segundo a condição moral do passista, sua capacidade
de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o
próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe
assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos
336
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de
boa vontade, atendem aos mais carentes.
Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é
independente da crença que o passista ou magnetizador
possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos
disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns",
questão 176 :

"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o


bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".

b) Passe espiritual

É uma espécie de magnetização feita pelos bons


Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito
das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe
espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos
de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos
planos superiores da Vida, pelo Espírito que veio assisti-
lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido
animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que
as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se
compreender que os recursos oferecidos nas reuniões
públicas de Espiritismo, onde participam grande
quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados,
são bem maiores do que aqueles que podemos contar
em nossas residências, só com a ajuda do anjo
guardião.

c) Passe misto

337
É uma modalidade de passe onde se misturam os
fluidos do passista com os da Espiritualidade. A
combinação é muito maior do que no passe puramente
magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o
tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas,
contando com a ajuda de equipes espirituais que
trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados.
Os benfeitores espirituais comparecem no momento
do passe, atendendo aos encarnados e também
ministrando eficiente socorro às entidades do plano
espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e
qualificando nossos fluidos.
Mas para que se possa contar sempre com a ajuda
dos bons Espíritos, é necessário observar os cuidados já
ditos anteriormente sobre a depuração íntima de cada
um dos que estão imbuídos do desejo de fazer o bem.

"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais


depurados são os mais saudáveis; desde que esses
fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o
concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a
evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo,
orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja
escutada é preciso que seja feita com humildade e
dilatada por um real sentimento de benevolência e de
caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem
devotamento, nem devotamento sem desinteresse" -
(Allan Kardec - Revista Espírita, Janeiro, 1864).

7.3 - O PASSE NO CENTRO ESPÍRITA

O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de


enfermidades físicas e espirituais junto aos necessitados
338
que procuram o centro espírita. A equipe de passistas
deve estar alinhada no mesmo pensamento de ajudar
essas pessoas carentes de amparo.
O serviço de aplicação do passe requer critério,
discernimento, responsabilidade e conhecimento
doutrinário. É um complemento aos recursos de
automelhoramento e de reeducação espiritual utilizados
normalmente.

a) A Técnica do Passe Espírita

Há uma certa discussão no meio espírita sobre


como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados
movimentando-se as mãos ao redor do corpo do
indivíduo, de modo que as energias espirituais
pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros,
acham que o ato de apenas impor as mãos sobre a
cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o
passe dispensa qualquer recurso espetacular.
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz
que o passe é tão simples que não se pode fazer nada
mais do que dá-lo.

Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista


Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos médiuns
que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência
desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às
quais se deve emprestar o valor que merecem".

339
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma
metodologia para o passe. Cada grupo é livre para se
posicionar de um modo ou de outro, desde que sem
exageros. A técnica deve ser o mais simples possível,
evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno
do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de
trabalhar da forma que achar mais conveniente desde
que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das
duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e
condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo
que se aplique a melhor metodologia, não se
conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de
má índole.

b) Quando o Passe deve ser aplicado?

A variação das condições fluídicas perispirituais de


qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e
psicológicos, que podem dar origem a enfermidades.
Alterações psicológicas ou traumas orgânicos podem
provocar mudanças fluídicas na camada exterior do
perispírito, agravando doenças ou iniciando estados
mórbidos. Daí, a importância da terapia energética dos
passes como tratamento, mas principalmente como
profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser
aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o
procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de
ritual ou dogma.

340
O Passe Espírita

O passe espírita é simplesmente a imposição das


mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do
Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são
as mãos de Jesus. Mas há um passado histórico que
não podemos esquecer. Desde as origens da vida
humana na Terra encontramos os ritos de aplicação dos
passes, não raro acompanhados de rituais, como o
sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até
mesmo a mistura de saliva e terra para aplicação no
doente. No próprio Evangelho vemos a descrição da
cura de um cego por Jesus usando essa mistura. Mas
Jesus agiu sempre, em seus atos e em suas práticas, de
maneira anti-ritual, de maneira que essas descrições,
feitas entre quarenta e oitenta anos após a sua morte,
podem ser apenas influências de costumes religiosos da
época. Todo o seu ensino visava a afastar os homens
das superstições vigentes no tempo. Essas incoerências
históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele,
mas dos evangelistas. Caso contrário Jesus teria
procedido de maneira incoerente no tocante aos seus
ensinos e aos seus exemplos, o que seria absurdo.

O passe espírita não comporta as encenações em


que hoje o envolveram alguns teóricos improvisados,
geralmente ligados a antigas correntes espiritualistas de
origem mágica ou feiticista. Todo o poder e toda a
eficácia do passe espírita dependem do espírito e não da
matéria., da assistência espiritual do médium passista e
não dele mesmo. Os passes padronizados e
classificados derivam de teorias e práticas mesméricas,
341
magnéticas e hipnóticas de um passado já há muito
superado. Os Espíritos realmente elevados não
aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas à
prece e a imposição das mãos. Toda a s encenações
preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas, para
suposta captação de fluídos pelo passista, mãos abertas
sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação
fluídica, braços e pernas descruzados para não impedir a
livre passagem dos fluidos, e assim por diante, só
servem para ridicularizar o passe, o passista e o
paciente. A formação das chamadas pilhas mediúnicas,
com o ajuntamento de médiuns em torno do paciente,
as correntes de mãos dadas ou de dedos se tocando
sobre a mesa – condenadas por Kardec – nada mais são
do que resíduos do mesmerismo do século passado,
inúteis, supersticiosos e ridicularizantes.

Todas essas tolices decorrem essencialmente do


apego humano às formas de atividades materiais.
Julgamo-nos capazes de fazer o que não nos cabe fazer.
Queremos dirigir, orientar os fluídos espirituais como se
fossem correntes elétricas e manipula-los como se a sua
aplicação dependesse de nós. O passista espírita
consciente, conhecedor da doutrina e suficientemente
humilde para compreender que ele pouco sabe a
respeito dos fluídos espirituais – e o que pensa saber é
simples pretensão orgulhosa – limita-se à função
mediúnica de intermediário. Se pede a assistência dos
Espíritos, com que direito se coloca depois no lugar
deles? Muitas vezes os Espíritos recomendam que não
se faça movimentos com as mãos e os braços para não
atrapalhar os passes. Ou confiamos na ação dos
342
Espíritos ou não confiamos e neste caso é melhor não os
incomodarmos com os nossos pedidos.

O passe espírita é prece, concentração e doação.


Quem reconhece que não pode dar de si mesmo, suplica
a doação dos Espíritos. São eles que socorrem aqueles
por quem pedimos, não nós, que em tudo dependemos
da assistência espiritual.

A técnica do passe não pertence a nós, mas


exclusivamente aos Espíritos Superiores. Só eles
conhecem a situação real do paciente, as possibilidades
de ajuda-lo em face de seus compromissos nas provas,
a natureza dos fluídos de que o paciente necessita e
assim por diante. Os médiuns vivem a vida terrena e
estão condicionados na encarnação que merecem e de
que necessitam. Nada sabem da natureza dos fluídos,
da maneira apropriada e eficaz de aplica-los, dos efeitos
diversos que eles podem causar. Na verdade, o médium
só tem uma percepção vaga, geralmente epidérmica,
dos fluídos. É simples atrevimento – e portanto
charlatanismo – querer manipula-los e distribuí-los a seu
modo e a seu critério. As pessoas que acham que os
passes ginásticos ou dados em grupos formados ao
redor do paciente são passes fortes, assemelham-se às
que acreditam mais na força da feitiçaria, com seus
apetrechos selvagens, do que no poder espiritual. As
experiências espíritas sensatas e lógicas, em todo o
mundo, desde os dias de Kardec até hoje, mostraram
que mais vale uma prece silenciosa, às vezes na
ausência e sem o conhecimento do paciente, do que
todas as encenações e alardes de força dos ingênuos
que ignoram os princípios doutrinários.
343
Não há distância para a ação dos passes. Os
Espíritos Superiores não conhecem as dificuldades das
distâncias terrenas. Podem agir e curar através das
maiores lonjuras. Não obstante, não se deve desprezar
a importância do efeito psicológico da presença do
paciente num ambiente mediúnico ou da presença do
passista junto a ele, pelo calor humano e da doação
fluídica direta, seja do médium ou também das pessoas
que o acompanham. Assim, o passe à distância só deve
ser empregado quando for de todo impossível o passe
de contacto pessoal.

É muito comum chegarem pessoas ao Centro, ou


mesmo dirigindo-se à casa de um médium, pedindo
passe com urgência. O passe não pode ser dado a
qualquer momento e de qualquer maneira. Deve ser
sempre precedido de preparação do passista e do
ambiente, bem como do paciente. O médium precisa de
preparação para bem se dispor ao ato mediúnico do
passe. Atender a esses casos imediatamente é dar
prova de ignorância das leis do passe. Tudo depende de
sintonias que precisam ser estabelecidas. Sintonia do
médium com seu estado íntimo; sintonia do passista
com o Espírito que vai atende-lo; sintonia das pessoas
presentes com o ambiente que se deve formar no
recinto. Tudo isso se consegue através da prece e do
interesse de todos pela ajuda ao necessitado.

O passe é uma transfusão de plasma extrafísico


certamente composto de partículas livres de anti-matéria.
As mãos humanas funcionam, no passe espírita, como
antenas que captam e transmitem as energias do plasma
344
vital de anti-matéria. Hoje conhecemos, portanto, toda a
dinâmica do passe espírita como transmissão de fluidos
no processo aparentemente simplíssimo e eficaz do
passe. Não há milagre nem sobrenatural na eficácia do
passe, modestamente aplicado e divulgado por Jesus há
dois mil anos.

O Passe: Entrevista com Jacob Melo

Clique aqui para assistir vídeo sobre

MAGNETISMO E DEPRESSÃO com JACOB


MELO

Duração: 55 min

Entrevista com Jacob Melo

(Autor de "O Passe - Seu Estudo, Suas Técnicas,


Sua Prática")
Entrevista realizada no canal IRC Espiritismo

Em seu livro Passes e Radiações, Edgard Armond


atribuiu diferentes tipos de passes para a conduta em
centros espíritas. Como você vê essa divisão técnica dos
passes?
345
Jacob Melo - Em princípio, preferimos as anotações
de Kardec. Ele dividiu didaticamente o passe em três
níveis: espiritual, humano e misto. Uma profusão de
técnicas, sem o respaldo do Magnetismo, põe em dúvida
algumas dessas técnicas. Assim, reconhecemos a
validade de uma distinção de técnicas em função dos
objetivos, desde que resguardados os cuidados
pertinentes. A meu ver, Edgard Armond não apresentou
em suas obras as justificativas que se fariam
necessárias. Não digo que elas sejam desprovidas de
valor prático, mas carecem de uma base de sustentação
teórica, em termos de Magnetismo, e prática, em termos
do que sugere Allan Kardec.

Só médiuns passistas podem aplicar o passe? É


necessária uma aptidão especial ou um "não médium"
pode aplicar também?

Jacob Melo - Em tese, qualquer pessoa pode aplicar


passe. Tomando-se a divisão de Kardec, em alguns
casos são necessários algumas aptidões e
predisposições. No caso do Magnetismo ou passe
humano, a pessoa deverá possuir disposição natural ou
induzida de doação magnética. Para o caso do passe
espiritual, há que se atender às necessidades morais.
Portanto, não há necessidade de ser obrigatoriamente
médium, mas há a necessidade de disposição de doação
fluídica e de amor.

Qual é a necessidade de se aplicar passe deitado,


se a pessoa não está debilitada?
346
Jacob Melo - O uso de uma maca ou cama deve
estar relacionado a algum fator, seja esse fator de ordem
de comodidade do passista ou de melhor conforto para o
paciente. Havemos de convir que, quanto mais
confortáveis estejam ambos, melhores condições terão
para o sucesso da transmissão e recepção fluídica.
Entretanto, os passes podem ser aplicados com os
pacientes em pé, deitados, sentados, de frente, de
costas etc.

Essa modalidade deve ser rotineiramente aplicada


nos Centros Espíritas, como temos visto inclusive na
sala de passe do Conbrade?

Jacob Melo - Não é necessário que esta prática seja


rotineira, nem mesmo a própria aplicação do passe. Este
deve ser aplicado apenas e tão somente quando é
constatada a necessidade dele. Só que, se eliminarmos
os passes das casas espíritas, baseados nessa
premissa, sem dúvida iremos cair num fator de
complicação muito sério. Como sempre, o bom senso
indica a melhor medida, a melhor ocasião e a melhor
maneira.

Somos informados que os nossos fulcros


energéticos ou chakras, quando em estado normal,
giram numa determinada velocidade. Estando o corpo
doente (em desequilíbrio), continuam os chakras com a
mesma velocidade?

347
Jacob Melo - Não. Nem com a mesma intensidade,
nem com a mesma regularidade. Daí a necessidade da
ordenação dos campos vitais (chakras).

É certo afirmar que, ao aproximarmos mais as mãos


do paciente, estamos doando energia excitante e, ao
afastarmos, energia calmante?

Jacob Melo - Quase isso! Os passes próximos, em


relação ao Magnetismo, tornam os efeitos fluídicos com
características ativantes ou excitantes. Quando
aplicados à distância do corpo do paciente, tornam-se
calmantes. Portanto, não são energias excitantes ou
calmantes e sim a percepção e o efeito delas.

Com relação a uma pessoa refratária ao passe de


um médium - passe magnético, espiritual ou misto qual a
conduta mais adequada do passista nesse momento?

Jacob Melo - Imaginemos o passista portador de


Magnetismo Humano. Com técnicas dispersivas
(movimentação rápida das mãos), ele atenua essas
discrepâncias fluídicas. O ideal, contudo, é o passista
aprender técnicas para entrar em "relação magnética" ou
"contato magnético" com o paciente. No caso do passista
espiritual, há uma necessidade evidente de maior poder
de concentração e oração. Mesmo aí, as técnicas
dispersivas também ajudam sobremaneira.

Quais os centros de forças e os plexos que mais


atuam no passe? Até onde vai a importância deles no
passe?
348
Jacob Melo - No caso do passista magnético, os
centros vitais que mais "usinam" fluidos são o gástrico, o
esplênico e o laríngeo. Apesar disso, os outros também
atuam. A importância disso vai repercutir diretamente na
qualidade e no refinamento dos fluidos em usinagem.
Por exemplo, o entendimento do funcionamento desses
centros vitais explicarão, sem quaisquer misticismos, as
implicações decorrentes da ingestão de alimentos,
medicamentos, drogas, uso e abuso do sexo etc. Nos
pacientes, há a necessidade de se verificar os mais
desarmonizados para se propiciar um melhor
atendimento.

No passe, a pessoa que aplica obrigatoriamente


tem que ser moralmente "superior" à pessoa que está
recebendo? O passista pode se prejudicar em alguma
situação?

Jacob Melo - A questão "superior" é subjetiva por si


mesma. No caso do passe espiritual, há uma
necessidade imperiosa de um equilíbrio moral e
espiritual por parte do passista. No caso do Magnetismo,
a própria vida nos demonstra que pessoas de moral
duvidosa têm obtido resultados vulgarmente qualificados
de milagrosos. Quanto à questão de um passista sofrer
prejuízos, infelizmente pode, haja vista o número
relativamente grande de passistas que chegam a
lamentáveis casos de fadiga fluídica. Isso tanto se deve
a excessos de doação magnética quanto à falta de
técnicas e de desconhecimento sobre como se defender
com as próprias técnicas.
349
Já ouvimos falar de diversas técnicas de passe,
como passes transversais, rotatórios, perpendiculares,
longitudinais. Gostaria de saber o que difere nessas
técnicas, ou são todas iguais?

Jacob Melo - Há diferença entre elas sim. Por


exemplo, os transversais e perpendiculares são, na sua
maioria, dispersivos. Os rotatórios normalmente são
concentradores e os longitudinais tanto podem ser
dispersivos, concentradores, ativantes ou calmantes.
Logo, há uma necessidade real de estudo para uma
maior segurança do uso das técnicas.

Quando uma pessoa que não acredita nos efeitos


do passe (por exemplo, materialista) é levada a tomá-lo,
os efeitos são os mesmos ou a disposição prévia e boa
vontade do receptor influi nos resultados?

Jacob Melo - Influi decisivamente. Isto não quer


dizer que um descrente não possa ser beneficiado, só
que esta não é a regra. Observemos que a própria
ciência prova que o fato de acreditarmos mais em um
médico do que noutro já potencializa ou diminui os
efeitos do tratamento. O que não se esperar de uma
transferência tão sutil quanto a fluídica veiculada através
do passe?

350
Já se ouviu falar de casos de morte cerebral em
uma regressão na transmissão do passe. Que restrições
devem ser tomadas para transmiti-lo e por que ele é
tantas vezes tão perigoso?

Jacob Melo - Vamos por partes. Primeiro, não


conheço nenhum caso conforme o narrado. Depois, as
imposições são, por si sós, concentradoras fluídicas.
Como se aplica muita imposição sobre o coronário, o
passista, sendo um doador de densos fluidos
magnéticos, naturalmente saturará este centro de uma
maneira desequilibrante e, daí, podem advir
conseqüências constrangedoras. Para se evitar tais
ocorrências é que se conta com os passes dispersivos.
As restrições deverão ser vencidas através do
conhecimento. Para tanto, cabe às diretorias das casas
espíritas fazerem regularmente treinamentos e
avaliações de seu quadro de passistas.

Se eu estiver pensando mentalmente em acalmar, a


distância terá mesmo influência? Qual a distância das
mãos para acalmar e para excitar?

Jacob Melo - Lamentavelmente, em termos de


magnetismo humano, nossa indução mental nem sempre
supera a influência fluídica. No GEAK, grupo ao qual
estamos ligados em Natal, temos feito pesquisas nesta
área há mais de sete anos e já temos muitas evidências
de que a indução mental para se obter um resultado
diferente do que o magnetismo ensina não tem sido
positivo. As distâncias médias consideradas são um
palmo do corpo do paciente (25 centímetros, em média).
Daí, em direção ao corpo, são ativantes e, em se
351
afastando do corpo, quanto mais distantes, mais
calmantes.

Como controlar a quantidade de energia aplicada?

Jacob Melo - Só a prática determina. Se você ou o


passista é doador de fluidos magnéticos e está se
iniciando agora na prática, recomendamos um máximo
de três aplicações por sessão e uma sessão por
semana. A partir daí, observe-se para saber suas
reações no dia imediatamente posterior à aplicação.
Havendo cansaço ou sono, insônia, ressaca e
indisposições gástricas, é provável ter havido um
excesso de doação ou a falta de uma aplicação técnica
mais correta. Não tendo havido problema, vá
aumentando a cada semana um passe até chegar ao
seu limite ideal. Apesar desta resposta, seria necessária
uma abordagem mais ampla para que pudéssemos
entender o motivo de tantos cuidados com a aplicação
do passe.

Após a doação, ocorrendo fraqueza, como


recuperar as energias?

Jacob Melo - Sendo fraqueza detectada ainda no


ambiente onde houve a aplicação do passe, solicite a um
outro passista que lhe aplique passes dispersivos.
Havendo água fluidificada, beba um pouco. No caso da
fraqueza surgir no dia seguinte, evite desgastes físicos
desnecessários, alimente-se de maneira mais leve que o
habitual, se possível caminhe (não se trata de
caminhada como exercício físico e sim como um
352
passeio) em algum lugar onde respire ar puro e, não
sendo portador de diabetes, tome água de coco. Não
estamos falando das implicações e necessidades
espirituais, porque acreditamos que todos sabemos do
conveniente e necessário uso da oração e da conexão
com o mundo espiritual superior.

O que é o "sopro" ou "insuflação quente"? E o que é


a "insuflação fria"?

Jacob Melo - São as técnicas em que se usam as


doações fluídico-magnéticas pelo sopro. A insuflação
quente tem por característica ser extremamente ativante,
enquanto que a fria normalmente é calmante e
dispersiva. Em termos de aplicação, a fria é procedida
como quem sopra uma vela, enquanto a quente é como
um "bafo". Não se entenda, entretanto, que basta soprar
para se fazer insuflação. É necessário que se tenha a
disposição de exteriorização fluídica pelas vias
superiores.

No passe magnético, existe realmente a relação


recepção/doação através das mãos esquerda e direita?

Jacob Melo - Isto é muito comentado pela chamada


escola dos polaristas. Ocorre que nem mesmo os
polaristas são concordantes entre si. Por sua vez, a
prática demonstra não haver maior significado na
inversão das mãos, tanto é que, particularmente, nunca
vi em nenhum Centro Espírita algum passista, antes de
iniciar sua tarefa, perguntar se os pacientes são
canhotos ou destros.
353
Como você compara a dieta vegetariana com a
carnívora para um médium passista?

Jacob Melo - Tudo leva a crer que o vegetariano


leva vantagens. Mas lembramos que, em tudo, a virtude
está no meio. Se em O Livro dos Espíritos, no Novo
Testamento e numa entrevista de Chico Xavier
encontramos informações que não condenam
definitivamente a carne, não seremos nós que o
faremos. Ainda assim, não podemos concordar com o
excesso de alimentação, seja vegetariana ou não.
Portanto, não creio que o vegetariano, só por isso, seja
melhor que o carnívoro, apesar das vantagens que ele
tenha, já que todos sabemos dos inconvenientes
decorrentes da dificuldade de digestão da carne animal.
Um exemplo: É melhor comer um bife com moderação
do que jantar meio quilo de alface, vinte tomates,
quarenta cebolas e, de sobremesa, duas melancias.

Existe uma correlação tempo/efeito nos passes tipo


magnético e espiritual?

Jacob Melo - Existe correlação tempo/efeito. Existe


correlação passe magnético e espiritual. O tempo e o
efeito tanto dependem das técnicas quanto dos passistas
e dos pacientes. Os passes espirituais, a rigor, não
carecem de técnicas, mas as técnicas, se bem
conhecidas e aplicadas, em nada prejudicam, ao
contrário, só contribuem favoravelmente. Os passes
magnéticos, estes sim, precisam de conhecimentos e
experiências para se alcançar uma melhor correlação
tempo/efeito.
354
PASSE

O PASSE EM NOSSA CASA

O passe não é magia, não está ligado a ritualismos,


não é dogmatismo. O passe consiste na transmissão,
normalmente através das mãos, de fluidos do corpo
físico do passista, da Natureza ou do Espírito operante
para o enfermo, atuando sobre os centros vitais, situados
no seu perispírito ou corpo astral. O passe objetiva cura
ou alívio, através do reequilíbrio orgânico, perispiritual e
psíquico do paciente, além de auxiliar nos tratamentos
espirituais e desobsessivos. Denominamos o cooperador
que aplica o passe de médium passista, por ser ele o
intermediário dos Espíritos especializados e
responsáveis por essa atividade no plano espiritual. O
passista é um voluntário que se submete a um
treinamento na própria Casa e a uma preparação física e
espiritual antes de atuar no atendimento ao público.
Portanto, o passe na CECA é uma tarefa coordenada e
organizada, vinculada ao nosso Departamento
Doutrinário. Na CECA, a aplicação dos passes é
realizada em cabine especial situada ao lado do
auditório, somente após as reuniões públicas. Qualquer
pessoa pode receber um passe, porem dá-se preferência
àquelas que estão de posse das senhas que são
distribuídas, por questões de organização, ao adentra-se
na Casa. As pessoas que não pegaram senha por
qualquer motivo podem receber o passe, desde que
sintam a necessidade fazê-lo. Basta comunicar sua
355
intenção a um dos plantonistas do auditório de reuniões
publicas. Doenças do corpo físico, problemas
emocionais e psicológicos são alguns sintomas
indicativos para a terapia fluídica do passe.

BREVE CONCEITO

Quando duas mentes se sintonizam, uma


passivamente e outra ativamente, estabelece-se entre
ambas, uma corrente mental cujo efeito é o de plasmar
condições pelas quais o "ativo" exerce influência sobre o
"passivo".

A esse fenômeno denominamos magnetização ou


passe. Assim, magnetismo é o processo pelo qual o
homem, emitindo energia do seu perispírito, age sobre
outro homem, bem como sobre todos os corpos
animados ou inanimados.

Temos, portanto, que o passe é uma transfusão de


energia do passista e/ou espírito para o
receptor/assistido. Pode-se dizer que é uma transfusão
fisio-psíquicas, que resulta na troca de elementos vivos e
atuantes, recurso fundamental para rearmonização
energética do perispírito. Podemos dizer que o passe
atua diretamente sobre o perispírito, agindo de três
formas diferentes:

· Mecanismo de assepsia: na limpeza do campo


vibratório do paciente para o recebimento de energias
salutares. Facilitando até a maior absorção dessas
energias.
356
· Revitalizador: compondo as energias perdidas.

· Dispersante: Eliminando os excessos e


distribuindo de uma maneira igual os fluidos doados ao
longo do campo vibratório e por todos os chacras ou
centros de força.

O passe auxilia assim, na cura das enfermidades, a


partir do reequílibro energético do perispírito.

CENTROS DE FORÇA OU CHACRAS

Locais especiais tanto no aspecto físico quanto


espiritual, os centros de força são semelhantes aos
chacras da medicina oriental, pelos quais o corpo pode
absorver e usar as energias espirituais para atingir o
bem-estar e elevar seu padrão vibracional e evolutivo.

A palavra "chacra", originária do sânscrito, quer


dizer "roda" ou "pires" que, em seus movimentos
vorticosos, forma uma depressão no centro. Portanto,
seu significado etimológico é "disco giratório". Os
chacras são pontos de conexão pelos quais a energia flui
de um corpo a outro. Os fluxos energéticos criam
vórtices ou redemoinhos, aproveitando essa entrada
para atravessarem o perispírito e o duplo etérico e
passarem para o organismo físico.

Inicialmente, cumpre destacar que a terapêutica


espírita que denominamos em geral fluidoterapia,
mencionada por Kardec em vários artigos da Revista
Espírita, fundamenta-se no magnetismo desenvolvido
357
por Mesmer, no século 18, e posteriormente por seus
seguidores.

Estudiosos do magnetismo se referem ao


magnetismo mineral, vegetal (polarização das plantas),
animal (comum a todos os seres vivos) e humano, este
último superior aos demais, pois pode ser manipulado
segundo a vontade do indivíduo. A idéia de magnetismo
humano corresponde com exatidão aos princípios do
conceito espírita de fluido vital.

Segundo disse Kardec, os fluidos que doamos pelos


passes, são absorvidos de forma mais eficaz se forem
direcionados através das mãos às regiões dos plexos,
que são zonas de maior concentração de terminações
nervosas do corpo físico e onde estão localizados os
centros de força do perispírito.

A comunicação entre os chacras acontece através


de condutos conhecidos como "meridianos", por onde flui
a energia vital alterada. O tamanho dos chacras depende
do desenvolvimento espiritual e das vibrações que
emitimos.

Lembramos ainda que, nas doutrinas orientalistas,


os centros de força são principais e secundários. Os
principais são aqueles que conhecemos (divergindo os
autores que os citam quanto ao seu número exato), mas
os secundários são citados em tais doutrinas como
sendo em número muito elevado e distribuídos por todo
o corpo energético (coincidindo com o conceito de "poros
espirituais", citado por Kardec, que não cita
expressamente os centros de força). É a base da
358
acupuntura e outras terapias, que inclusive trabalham
com os centros secundários localizados em várias
regiões.

Então, considerando que são sete o número de


chacras mais importantes, temos: coronário, frontal,
laríngeo, cardíaco, esplênico, gástrico e genésico.

Chacra Coronário

Situado no alto da cabeça e conhecido entre os


hindus como "lótus de mil pétalas", o chacra coronário se
relaciona materialmente com a epífise, possui 960 raios
principais e um centro menor em turbilhão colorido,
apresentando 12 ondulações ou raios. É o chacra mais
importante, pois nos liga com o plano espiritual e é
através dele que captamos as energias espirituais, além
de ser o centro de forças de maior potencial e radiação,
responsável por sediar a consciência do espírito.

Chacra Frontal

O chacra frontal fica entre os olhos, tem 96 raios e


se relaciona com os lobos frontais do cérebro e a
hipófise pituitária. É o chacra dos sentidos, atuando
diretamente sobre a hipófise e, também, na área do
raciocínio e da visão. Por isso, diz-se que ele é o
responsável direto pelo funcionamento dos centros
superiores intelectivos, bem como do sistema nervoso
central. É também um dos chacras responsáveis pela
vidência e intuição no campo da medi unidade, já que,
através dele, emitimos nossa energia mental e possui
mos o comando dos poderes psíquicos. Quando
359
abundante de fluido vital e em boa atividade com os
outros chacras, confere ao homem encarnado e
desencarnado a faculdade de aumentar ou diminuir seu
poder visual.

Chacra Laríngeo

O chacra laríngeo, situado à altura da garganta,


possui 16 raios e se relaciona com o plexo cervical,
sendo responsável pela saúde das áreas fonéticas e
auditivas, vias respiratórias e certas glândulas
endócrinas. Suas mais importantes funções são
sustentar e controlar as atividades vitais e o
funcionamento das glândulas timo-tireóide e paratireóide,
estabilizando definitivamente a voz da criatura após a
puberdade. É um chacra que influi bastante nos demais
centros de forças e nos plexos nervosos do organismo
humano, pois o ato da materialização das idéias através
da fonética é um fenômeno que concentra todas as
forças etéreo-magnéticas do perispírito, atuando em
vigorosa sintonia com os demais centros energéticos
reguladores das funções orgânicas. Além disso, permite
que os espíritos transmitam mensagens psicofônicas por
seus canais.

Chacra Cardíaco

Responsável pelo equilíbrio, intercâmbio e controle


da emotividade, o chacra cardíaco está localizado na
região do coração, possui 12 raios e sua função é
permitir o fluxo das informações sentimentais e emotivas.
Estando em equilíbrio, esse chacra permite à pessoa ser
muito lúcida em seus sentimentos e suas emoções,
360
confirmando a velha tradição de que estes são gerados
no coração do homem. Quando é bem desenvolvido, ele
favorece a consciência ou a percepção instantânea das
emoções e intenções alheias.

Chacra Esplênico

Ligado materialmente ao baço e formado por 10


raios, o chacra esplênico é a principal porta de entrada
de energia vital, além de regular tanto a distribuição e
circulação dos recursos vitais como a formação e
reposição das defesas orgânicas através do sangue. É o
mais importante centro energético de vitalização do
corpo físico. Quando nos desvitalizamos, sentindo-nos
fracos, isso indica que este chacra está com mau
funcionamento. As pessoas que tem o chacra esplênico
embotado são muito nervosas, incomodam-se com tudo,
além de serem vampiros de energia, pois não
conseguem se energizar sozinhas. Ele é importante
também para os médiuns que dão passes magnéticos,
pois parte dos fluidos provém de nossa vitalidade.
Pessoas que têm o chacra esplênico muito desenvolvido
podem ser médiuns curadores.

Chacra Gástrico

O chacra gástrico possui seis raios e se localiza na


altura do umbigo. De natureza rudimentar, é responsável
pela assimilação e metabolização dos alimentos que o
homem ingere, pelo funcionamento do aparelho
digestivo, pela assimilação de elementos nutritivos e pela
reposição de fluidos em nossa estrutura física. Quando
este chacra é muito desenvolvido, o homem aumenta
361
sua percepção das sensações alheias, pois adquire um
tato instintivo ou uma sensibilidade espiritual incomum
que o faz perceber todas as emanações hostis
existentes no ambiente onde atua e, também, as
vibrações afetivas que pairam no ar.

Chacra Genésico

Por fim, temos o chacra genésico, que possui quatro


raios e está situado na base da espinha dorsal, sobre a
região sacra. Responsável pelos órgãos de reprodução e
emoções sexuais, atua sobre a coluna vertebral, sistema
central e periférico e em todo o aparelho urinário e
reprodutor. Este chacra é o mais primitivo e singelo de
todos em sua manifestação, um dos principais
modeladores das formas e dos estímulos da vida
orgânica. A pessoa que abrir o chacra genésico
prematuramente dará entrada a uma torrente de energia
tão poderosa que irá alimentar todas as paixões e os
desmandos, o orgulho poderá explodir e o recalque
sensual dominará de tal maneira que realizará os piores
caprichos e ações sobre o próximo. Em desequilíbrio,
pode levar o homem à loucura, pois sua ação muito forte
acirra o desejo sexual, semeando a satisfação
aberrativa. A energia vitalizante não utilizada nas
emoções sexuais superiores e no desenvolvimento do
intelecto deve ser aproveitada na prática de esportes,
com o intuito de não causar distúrbios sexuais inferiores
e não ativar maus sentimentos.

TIPOS DE PASSES
362
Os passes podem ser classificados em três
categorias: Passe magnético, Passe espiritual e Passe
misto.

a) Passe magnético

É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas


seus fluidos, utilizando a força magnética existente no
próprio corpo. Pelo menos em tese, qualquer criatura
pode ministrá-lo (como a ciência tem comprovado
através dos trabalhos no campo do Magnetismo Animal).
No caso do homem, as qualidades magnéticas desta
transferência de energia variam segundo a condição
moral do passista, sua capacidade de doar fluidos e seu
desejo sincero de amparar o próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe
assistência espiritual. Isso acontece porque os Espíritos
superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de
boa vontade, atendem aos mais carentes.
Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é
independente da crença que o passista ou magnetizador
possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos
disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns",
questão 176 :

"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o


bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".

b) Passe espiritual

É uma espécie de magnetização feita pelos bons


Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito
363
das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe
espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos
de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos
planos superiores da Vida, pelo Espírito que veio assisti-
lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido
animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que
as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se
compreender que os recursos oferecidos nas reuniões
públicas de Espiritismo, onde participam grande
quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados,
são bem maiores do que aqueles que podemos contar
em nossas residências, só com a ajuda do anjo
guardião.

c) Passe misto

É uma modalidade de passe onde se misturam os


fluidos do passista com os da Espiritualidade. A
combinação é muito maior do que no passe puramente
magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é o
tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas,
contando com a ajuda de equipes espirituais que
trabalham nessa área, para ajuda dos necessitados.
Os benfeitores espirituais trabalham no momento do
passe, atendendo aos encarnados e também
ministrando eficiente socorro às entidades do plano
espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e
qualificando nossos fluidos.
Mas para que se possa contar sempre com a ajuda
dos bons Espíritos, é necessário observar os cuidados
sobre a depuração íntima de cada um dos que estão
imbuídos do desejo de fazer o bem.
364
"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais
depurados são os mais saudáveis; desde que esses
fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o
concurso deles que é preciso obter. Por isto a prece e a
evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo,
orar com fervor, é preciso fé. Para que a prece seja
escutada é preciso que seja feita com humildade e
dilatada por um real sentimento de benevolência e de
caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem
devotamento, nem devotamento sem desinteresse" -
(Allan Kardec - Revista Espírita, Janeiro, 1864).

OS PRECURSORES DO MAGNETISMO DE CURA

Para compreendermos de maneira diferenciada,


vejamos alguns dos principais precursores, na história do
magnetismo e do passe.

· PARACELSO - (1493-1541)

Personalidade que causava muita polêmica em sua


época, o médico suíço Paracelso é visto hoje em dia
como o precursor da medicina holística. A visão da
saúde como o equilíbrio energético do corpo, a
importância da fé na cura e a interrelação entre o homem
e tudo o que o cerca são apenas alguns dos conceitos
elaborados por ele há cerca de 5OO anos.

Médico, Alquismista, Físico e Astrólogo, seu


verdadeiro nome era Phillipus Aureolus Theophrastus
Bombastus von Hohenheim. Para ele a NATUREZA era a
autoridade suprema e que nela dever-se-ia buscar todas
365
as verdades, porque a natureza, diferentemente do
homem, não comete erros.

Mostrava que o mundo natural é algo mais daquilo


que se pode ver com os olhos, sentir com as mãos,
pesar ou medir. Em suas palavras: "O visível esconde o
invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível
apenas através do visível". Assim, as coisas não são
simples pedaços de matéria inerte: possuem
propriedades ocultas que se fundamentam em um
mundo invisível.

Acreditava em uma energia de cura que irradiava


dentro e envolvia o homem como uma esfera luminosa.
Esta força, que ele denominou "archaeus", podia
funcionar à distância e era capaz de criar e curar
doenças. Também disse que as estrelas e outros corpos,
especialmente magnéticos, podem influenciar o homem
por meio de sua força, que penetra todo o espaço. Foi
essa teoria que ficou conhecida como magnética ou
sistema simpático da medicina, que é a base da cura
magnética. Paracelso já dizia: "se dado em pequenas
doses, o que faz um homem doente também o cura".

Então, com base nestes conceitos, afirmava que o


homem emite e recebe vibrações, podendo então emitir
ou receber boas ou más vibrações.

Paracelso foi um dos principais precursores do


estudo do magnetismo animal. Ele aplicava suas idéias à
medicina afirmando que "o primeiro médico do homem é
Deus", autor da saúde, já que "o corpo não é mais que a
casa da alma".
366
· VAN HELMONT - (1577-1644)

Jan Baptista van Helmont, projetou nova luz sobre o


magnetismo animal, tendo sido o mais importante
continuador e discípulo de Paracelso.

Destacou clara distinção entre o que chamava


magnetismo animal proveniente do corpo físico do
homem (exterior), e as vibrações que emanavam do
"homem interior", de suas forças espirituais.

Certa feita, respondendo a um jesuíta a crítica de


atribuir ao demônio as curas efetuadas por Paracelso,
expressou que os teólogos deveriam se ocupar com as
causas divinas e os naturalistas com as causas da
natureza, porque a natureza não havia escolhido os
teólogos como seus intérpretes, e sim os seus filhos, os
físicos e naturalistas.

Afirmava Van Helmont, que os espíritos eram


ministros do magnetismo.

· MESMER - (1734-1815)

Franz Anton Mesmer nasceu em Well, Áustria, em


1733. Criador da filosofia do mesmerismo, é considerado
o pai do magnetismo animal.

Antes de cursar medicina na Universidade de Vime,


onde se formou médico, estudou filosofia, direito e
teologia em Ingolstadt. Freqüentava constantemente
círculos ocultistas, locais onde obteve muitos
367
conhecimentos alquímicos. Estudou profundamente a
vida e a obra do Dr. Paracelso.

Sua teoria tinha como base a sua tese de doutorado


apresentada em Viena em 1776 denominada "De Influxo
Planetarum In Corpus Humanum", que descrevia a
influência dos planetas por intermédio de um fluido
universal com poderes magnéticos sobre a matéria viva,
o que gerou muitas polêmicas em torno do assunto.
Descrevia também o magnetismo animal, que existiria
em duas formas opostas e tenderia a emanar dos lados
direito e esquerdo do corpo humano, explicando que a
cura das enfermidades consistia na restauração do
equilíbrio ou harmonia alteradas entre os dois fluidos.
Com base nestas teorias, Mesmer construiu sua técnica
terapêutica, utilizando a fixação dos olhos e os passes
com as mãos.

Em seus trabalhos expunha e descrevia que um


princípio imponderável atuava sobre os corpos; que em
todo organismo vivente existe um fluido magnético, no
qual circula uma força especial animando tanto o mundo
orgânico como o inorgânico; que esse fluido se
transmite, podendo revigorar os corpos debilitados; que
as pessoas dotadas de grande vitalidade podem
transmitir essa energia aos outros, se souberem dirigir
essa mesma energia, utilizando as mãos.

Sobre as forças vitais, Mesmer apoiou-se em Willian


Maxwell, que em 1676, na sua obra "Medicina
Magnética", afirma que a alma humana não está contida
dentro dos limites do corpo e atua fora dele; que o corpo
humano emite radiações, compostas de elementos
368
imateriais, que são os veículos que transmitem a ação
da alma e que contém forças vitais.

Mesmer assegurava que dirigindo esse fluido


segundo métodos corretos, poder-se-ia "curar as
doenças dos nervos e imediatamente outras" e que "a
arte de curar chegaria assim à sua perfeição última".
Dizia também que o organismo como um todo, age como
elemento sensível e captor das energias fluídicas e
qualquer desequilíbrio rompendo a harmonia entre o
homem e o todo, gera a doença.

Dessa forma, acrescentava, não haveria senão uma


única doença, sob múltiplos aspectos, como,
similarmente, não haveria senão um único remédio para
todos os males: o magnetismo.

· ROBERT FLUDD – (1629)

Ocultista inglês, nasceu na cidade de Milgate, Kent,


em 1574. Sua vida foi fortemente ligada ao esoterismo.
Estudou artes em Oxford, no Saint John the Baptist
College, e medicina no College of Physicians de
Londres. Era um cientista experimentador e muitas curas
"maravilhosas" foram atribuidas a sua pessoa. Afirmou
haver obtido curas com água magnetizada.

Fludd entrou para história como o mais


representativo dos ingleses praticantes da medicina
mística (ou ocultista), publicando um livro de nome
comprido: "Apologia Compediaria Fraternitatem de
Rosea Crucis Suspicionis et Infamiae Maculis Aspersam,
369
veritates quaesi Fluctibus abluens et abstergens", em
1616, uma apologia defendendo os rosa-cruzes.

· PETÉTIN – (1744 – 1808)

Em 1787, o dr. Jacques Henri Désiré Petétin (1744-


1808), de Lyon, descobriu como levar um paciente
hipnotizado ao transe cataléptico. Em sua obra,
"Electricité Animal" (1808), ele comunica ter observado,
nas suas experiências com a catalepsia, pacientes a
manifestarem impressionantes faculdades
"paranormais". Entre os fenómenos estranhos
observados, assinala-se a transposição dos sentidos.
Alguns pacientes em estado cataléptico pareciam surdos
quando a voz era dirigida aos seus ouvidos. Entretanto,
ouviam perfeitamente bem se as palavras lhes eram
sussurradas ao nível do estômago. O mesmo facto
ocorria com relação à visão. O sujeito mostrava-se capaz
de "ver" com a região correspondente ao estômago, o
mesmo ocorrendo com os outros sentidos, os quais
pareciam transpostos para aquela região. Outras vezes
os sentidos sofriam uma transposição diferente, para a
ponta dos dedos da mão ou dos pés, por exemplo.

A TÉCNICA DO PASSE ESPÍRITA

Há uma certa discussão no meio espírita sobre


como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados
movimentando-se as mãos ao redor do corpo do
indivíduo, de modo que as energias espirituais
pudessem melhor atingir seus objetivos de cura,
conforme as orientações inspiradas pelos estudos de
370
Mesmer. Outros, acham que o ato de apenas impor as
mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é
suficiente.

André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o


passe dispensa qualquer recurso espetacular.
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz
que o passe é tão simples que não se pode fazer nada
mais do que dá-lo.

Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista


Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos médiuns
que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência
desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às
quais se deve emprestar o valor que merecem".

Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma


metodologia para o passe. Cada grupo é livre para se
posicionar de um modo ou de outro, desde que sem
exageros. A técnica deve ser o mais simples possível,
evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação em torno
do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de
trabalhar da forma que achar mais conveniente desde
que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das
duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e
condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo
que se aplique a melhor metodologia, não se
conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de
má índole.
371
PASSE ESPÍRITA: OS TIPOS DE PASSE E SUA
HISTÓRIA
O passe é uma transfusão de fluidos de um ser para
outro.

Emmanuel o define como uma "transfusão de


energias físio-psíquicas". Beneficia a quem o recebe
porque oferece novo contingente de fluidos já existentes.
Emmanuel o considera "equilibrante ideal da mente,
apoio eficaz de todos os tratamentos" e compara sua
ação à do antibiótico e à assepsia, que servem ao corpo
frustrando instalação de doenças.

Para que o passe alcance o melhor resultado, é


necessário:

1) que o passista use o pensamento e a vontade, a


fim de captar os fluidos, emiti-los e fazê-los convergir
para o assistido;

2) que haja um clima de confiança entre o socorrista


e o assistido, a fim de se formar um elo de força entre
eles, pelo qual "verte o auxílio da Esfera Superior, na
medida dos créditos de um e de outro";
372
3) que o assistido esteja receptivo, para que sua
mente adira à idéia de trabalho restaurativo e comece a
sugeri-lo a todas as células do corpo físico; então irá
assimilando os recursos vitais que estiver recebendo e
os reterá na própria constituição fisiopsicossomática.

(Cap. XXII, Mediunidade Curativa, do livro


"Mecanismos da Mediunidade", de André Luiz).

O passe ao longo da história

Ao contrário do que podem pensar alguns, o uso do


magnetismo como forma de cura é bastante antigo,
sendo utilizado desde a antigüidade e não surgiu com o
Espiritismo, não sendo uma criação da Doutrina Espírita.
Esse meio de socorrer os enfermos do corpo e da alma
já era conhecido e empregado na antigüidade.

Na Caldéia e na Índia, os magos e brâmanes,


respectivamente, curavam pela aplicação do olhar.

No Egito, multidões acorriam ao templo da deusa


Isis, procurando o alívio dos sofrimentos junto aos
sacerdotes, que lhes aplicavam a imposição das mãos.

Jesus o utilizou, "impondo as mãos" sobre os


enfermos e perturbados espiritualmente, para beneficiá-
los e ensinou essa prática aos seus discípulos e
apóstolos, que também a empregaram, largamente,
como vemos em "Atos dos Apóstolos".

373
Ao longo dos tempos, o passe continuou a ser
usado, sob várias denominações e formas, em todo o
mundo, ligado ou não a práticas religiosas.

o século anterior a Kardec, tudo o que então se


conhecia sobre fluidos e como empregá-los estava
consubstanciado no magnetismo, de que o médico
austríaco Franz Anton Mesmer foi o grande expoente,
beneficiando muitos enfermos. Mas havia, ainda, muita
ignorância sobre o que fossem os fluidos e a forma de
sua transmissão.

A codificação da Doutrina dos Espíritos, por Allan


Kardec, permitiu entendermos melhor o processo pelo
qual o ser humano influencia e é influenciado
fluidicamente, tanto no plano material como no espiritual.

Na atualidade, o passe continua a ser empregado


por outras religiões, que o apresentam sob nomes e
aparências diversas (benção, unção, johrei,
benzedura ...). Pessoas sem qualquer relação com
movimentos religiosos também o empregam.

É no meio espírita, porém, que o passe é mais bem


compreendido, mais largamente difundido e utilizado. O
passe que Jesus ensinou e exemplificou veio a se tornar
uma das principais práticas de ação fluídica. Nada mais
natural, pois o Espiritismo é a revivescência do puro
Cristianismo.

Os Espíritos superiores explicam, através da


codificação kardecista, que as mãos servem como
instrumento para a transmissão do magnetismo humano
374
que, com as energias distribuídas pelos Espíritos,
constituem o passe espírita.

Devido aos excessos, infelizmente mais comuns do


que seria de desejar, de gesticulação, e de outros
atavismos como estalidos de dedos, sem referência
experimental e muito menos científica, o melhor passe, a
exemplo de Jesus, é, sobretudo e apenas, a imposição
das mãos, sem tocar na pessoa que vai receber o passe.
Isso porque o que funciona, na verdade, é a mente.

Tipos de passes:

1) Magnético - Quando ministrado somente com os


recursos fluídicos do próprio passista (magnetismo
humano).

2) Espiritual - Quando ministrado pelos Espíritos,


unicamente com seus próprios fluidos (magnetismo
espiritual), sem o concurso de intermediário (passista).
Os Espíritos agem com observância da sintonia e
considerando os méritos ou necessidades do assistido,
que, às vezes, nem percebe ter sido beneficiado. Para
receber um passe espiritual basta orar e colocar-se em
estado receptivo.

3) Humano-espiritual - Quando os Espíritos


combinam seus fluidos com os do passista, dando-lhes
características especiais. "O fluido humano está sempre
mais ou menos impregnado de impurezas físicas e
morais do encarnado; o dos bons Espíritos é,
necessariamente, mais puro e, por isto mesmo, tem
375
propriedades mais ativas, que acarretam um
fortalecimento mais pronto".

(Revista Espírita Set/1865 - "Da Mediunidade


Curadora")

O concurso dos Espíritos poderá ser espontâneo ou


provocado pelo passista, com uma prece, ou
simplesmente num propósito (que eqüivale a um apelo
íntimo). Essa assistência espiritual é sempre desejável.

4) Mediúnico - Quando os Espíritos atuam através


de um encarnado mediunizado. O fluido dos bons
Espíritos "...Passando através do encarnado, pode
alterar-se um pouco..." (como água límpida passando por
um vaso impuro) "...Daí, para todo verdadeiro médium
curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua
depuração".

(Revista Espírita, set/1865 "Da Mediunidade


Curadora").

5) Coletivo - Quando a equipe do passe magnético


é de pequeno número face à multidão que o procura,
sem qualquer prejuízo para os eventuais beneficiados,
recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o principal,
neste processo de ajuda espiritual, é a sintonia do
candidato a receber o passe, os próprios espíritos-
passistas durante a palestra ministram bênçãos fluídicas
a quem estiver nas condições necessárias para
participar na ocorrência deste fenômeno enquanto
beneficiado.
Posta
376
O passe no Centro Espírita

O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de


enfermidades físicas e espirituais junto aos necessitados
que procuram o Centro Espírita. A equipe de passistas
deve estar alinhada no mesmo pensamento de ajudar
essas pessoas carentes de amparo.

O serviço de aplicação do passe requer critério,


discernimento, responsabilidade e conhecimento
doutrinário. É um complemento aos recursos de auto-
melhoramento e de reeducação espiritual utilizados
normalmente.

a) A Técnica do Passe Espírita

Há uma certa discussão no meio espírita sobre


como deveria ser aplicado o passe. Alguns defendem a
tese de que os passes deveriam ser ministrados
movimentando-se as mãos ao redor do corpo do
indivíduo, de modo que as energias espirituais
pudessem melhor atingir seus objetivos de cura. Outros,
acham que o ato de apenas impor as mãos sobre a
cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.

André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que


o passe dispensa qualquer recurso espetacular. José
Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe
é tão simples que não se pode fazer nada mais do que
dá-lo. Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista
377
Espírita, número de Setembro de 1865, diz aos médiuns
que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência
desta ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto
misturam práticas evidentemente supersticiosas, às
quais se deve emprestar o valor que merecem."

Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve


uma metodologia para o passe. Cada grupo é livre para
se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem
exageros.

A técnica deve ser o mais simples possível,


evitando-se fórmulas, exageros e gesticulação
desnecessária em torno do paciente. Cada grupo deve
ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais
conveniente desde que dentro de uma fundamentação
doutrinária lógica.

O que é preciso levar em conta é que nenhuma


das duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si a vontade de ajudar e
condições morais, salutares para concretizá-lo. Mesmo
que se aplique a melhor metodologia, não se
conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de
má índole.

b) Quando o passe deve ser aplicado?

A variação das condições fluídico-espirituais de


qualquer criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e
psicológicos, que podem dar origem a enfermidades.
Alterações psicológicas ou traumas orgânicos podem
provocar mudanças fluídicas na camada exterior do
378
perispírito, agravando doenças ou iniciando estados
mórbidos. Daí, a importância da terapia energética dos
passes como tratamento, mas principalmente como
profilaxia das enfermidades. Por isso o passe deve ser
aplicado regularmente, desde que seja esclarecido que o
procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de
ritual ou dogma.

Fonte : Diretoria do Grupo Espírita União Fraterna,


no Boletim Informativo de Março de 2005 (Edição
Número 59).

O Passe

"Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e


levou as nossas doenças." (Mateus, 8:17).

Meu amigo, o passe é transfusão de energias fisio-


psíquicas, operação de boa vontade, dentro da qual o
companheiro do bem cede de si mesmo em teu
benefício.

Se a moléstia, tristeza e a amargura são


remanescentes de nossas imperfeições, enganos e
excessos, importa considerar que, no serviço do passe,
as tuas melhoras resultam da troca de elementos vivos e
atuantes.

Trazes detritos e aflições e alguém te confere


recursos novos e bálsamos reconfortantes.

379
No clima da prova e da angústia, és portador da
necessidade e do sofrimento.

Na esfera da prece e do amor, um amigo se


converte no instrumento da Infinita Bondade, para que
recebas remédio e assistência.

Ajuda o trabalho de socorro a ti mesmo com o


esforço da limpeza interna.

Esquece os males que te apoquentam, desculpa


as ofensas de criaturas que te não compreendem, foge
ao desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e
entendimento para com todos que te cercam.

O mal é sempre a ignorância e a ignorância


reclama perdão e auxílio para que se desfaça, em favor
da nossa própria tranquilidade.

Se pretendes, pois, guardar as vantagens do


passe que, em substância, é ato sublime de fraternidade
cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o
cérebro.

Ninguém deita alimento indispensável em vaso


impuro.

Não abuses, sobretudo, daqueles que te auxiliam.

Não tomes o lugar do verdadeiro necessitado, tão


só porque os teus caprichos e melindres pessoais
estejam feridos.
380
O passe exprime também o gasto de forças e não
deves provocar o dispêndio de energias do Alto, com
infantilidades e ninharias.

Se necessitas de semelhante intervenção, recolhe-


te à boa vontade, centraliza a tua expectativa nas fontes
celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando
a receptividade edificante, inflama o teu coração na
confiança positiva e, recordando que alguém vai arcar
com o peso de tuas aflições, retifica o teu caminho,
considerando igualmente o sacrifício incessante de
Jesus por nós todos, porque, de conformidade com as
letras sagradas, "Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e levou as nossas doenças".

Emmanuel.

Fonte : Página recebida pelo médium Francisco


Cândido Xavier.

Anotações sobre o passe

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO


De Londrina

Aqui no Paraná já faz mais de vinte e cinco anos


que a orientação emanada dos órgãos de unificação
ligados à Federação, a respeito do passe, tem sido no
sentido de aplicá-lo da forma mais singela possível, tal
como se fazia nos tempos apostólicos: a simples
imposição de mãos.
Ensina-nos um dos textos que formam a apostila do
Centro de Orientação e Educação Mediúnica (COEM),
381
obra elaborada sob a supervisão do Dr. Alexandre Sech
(11a Sessão de Exercício Prático, Centro Espírita Luz
Eterna, edição de 1978):
"A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o
exemplo correto de transmitir o passe.
"Os movimentos que gradativamente foram sendo
incorporados à forma de aplicação do passe criaram
verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita,
desfigurando a verdadeira técnica.
"Os passistas passaram a se preocupar mais com
os movimentos que deveriam realizar do que com o
dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos."
Temos ministrado nos últimos anos diversos
seminários a respeito desse tema e notamos que,
felizmente, o ensinamento acima transcrito não tem
causado mais nenhuma surpresa, aqui ou noutros
Estados, excetuados os casos especialíssimos das
Casas Espíritas que, por uma questão regimental,
adotam obrigatoriamente as lições do comandante
Edgard Armond, conhecido divulgador, no meio espírita,
dos chamados passes padronizados.
Alguém, contudo, pergunta-nos qual é a
fundamentação kardequiana para a postura acima
referida, adotada há vinte e oito anos pelo Centro
Espírita Luz Eterna e pelos formuladores do programa do
COEM, dentre os quais se incluem, além do Dr.
Alexandre Sech, os nossos caríssimos amigos Dr. Célio
Trujillo Costa e o professor Ney Paulo de Meira Albach.

O passe espírita origina-se das práticas de


cura do Cristianismo Primitivo

382
Poderíamos responder à pergunta mencionando um
único autor: José Herculano Pires (foto), que foi, no dizer
de Chico Xavier, "o metro que melhor mediu Kardec".
Com efeito, Herculano é, ao lado de Cairbar, de Bezerra,
de Carlos Imbassahy, uma das poucas autoridades
indiscutíveis em matéria de Doutrina Espírita. Eis o que
ele, a respeito do tema, escreveu ("Obsessão, o passe, a
doutrinação", editora Paidéia, págs. 35 a 37):
"O passe espírita é simplesmente a imposição das
mãos, usada e ensinada por Jesus, como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do
Cristianismo Primitivo. Sua fonte humana e divina são as
mãos de Jesus.
"O passe espírita não comporta as encenações e
gesticulações em que hoje o envolveram alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes
espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
"Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita
dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passista e não dele mesmo. Os
passes padronizados e classificados derivam de teorias
e práticas mesméricas, magnéticas e hipnóticas de um
passado há muito superado. Os Espíritos realmente
elevados não aprovam nem ensinam essas coisas, mas
apenas a prece e a imposição das mãos.
"Toda a beleza espiritual do passe espírita, que
provém da fé racional no poder espiritual, desaparece
ante as ginásticas pretensiosas e ridículas
gesticulações."
Mas, considerando seja isso insuficiente,
lembremos algumas passagens extraídas da obra de
Kardec, que sempre utilizou a expressão médium
curador em lugar de médium passista e que, quando
383
trata do assunto, se refere tão-somente à imposição de
mãos:
1) Em "O Livro dos Médiuns", capítulo XIV, item 176,
o Codificador do Espiritismo consigna a seguinte
instrução dada pelos Espíritos: "Se você magnetiza com
o fito de curar, por exemplo, e invoca um bom Espírito
que se interessa por você e pelo doente, ele aumenta
sua força e sua vontade, dirige seu fluido e lhe dá as
qualidades necessárias" (o grifo é nosso).

Não são as mãos do passista que dirigem o fluido,


mas o Espírito que vem em seu auxílio

Está dito aí, com a maior clareza possível, que não


são as mãos do médium passista que dirigem o fluido,
mas sim o Espírito que vem em seu auxílio, o qual sabe
melhor do que o encarnado qual a necessidade
específica do enfermo beneficiado pela imposição de
mãos.
2) Em "Obras Póstumas" (Manifestações dos
Espíritos, itens 52 e 53), Kardec diz que "a faculdade de
curar pela imposição das mãos deriva evidentemente de
uma força excepcional de expansão, mas diversas
causas concorrem para aumentá-la, entre as quais são
de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos
sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo
ardente de proporcionar alívio, a prece fervorosa e a
confiança em Deus; numa palavra, todas as qualidades
morais" (o grifo é nosso). E acrescenta: "A ação fluídica,
ao demais, é poderosamente secundada pela confiança
do doente, e Deus quase sempre lhe recompensa a fé,
concedendo-lhe o bom êxito".
384
3) No número de janeiro de 1864 da "Revista
Espírita" (Edicel, ano de 1864, pág. 7), Kardec inseriu
uma mensagem de Mesmer (Espírito), recebida na
Sociedade Espírita de Paris em 18-12-1863, em que o
aludido Espírito analisa a questão das curas através do
magnetismo animal e do magnetismo espiritual. Mesmer
diz ali que Deus sempre recompensa o humilde sincero
que pede a ajuda espiritual, enviando-lhe o socorro para
que ele possa auxiliar o enfermo. "Esse socorro que
envia são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium
de seu fluido benéfico, que é transmitido ao doente",
afirma Mesmer. E acrescenta: "Também é por isto que o
magnetismo empregado pelos médiuns curadores é tão
potente e produz essas curas qualificadas de
miraculosas, e que são devidas simplesmente à natureza
do fluido derramado sobre o médium; ao passo que o
magnetizador ordinário se esgota, por vezes em vão, a
fazer passes, o médium curador infiltra um fluido
regenerador pela simples imposição das mãos, graças
ao concurso dos bons Espíritos" (o grifo é nosso).

Apenas a ignorância é que nos faz crer na


influência desta ou daquela fórmula

4) No número de setembro de 1865 da "Revista


Espírita" (Edicel, ano 1865, pág. 254), o Codificador
ensina: "Se a mediunidade curadora pura é privilégio das
almas de escol, a possibilidade de suavizar certos
sofrimentos, mesmo de os curar, ainda que não
instantaneamente, umas tantas moléstias, a todos é
dada, sem que haja necessidade de ser magnetizador. O
conhecimento dos processos magnéticos é útil em casos
complicados, mas não indispensável. Como a todos é
385
dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem,
muitas vezes basta impor as mãos sobre a dor para a
acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a
fé, o fervor, a vontade e a confiança em Deus. É de notar
que a maior parte dos médiuns curadores inconscientes,
os que não se dão conta de sua faculdade, e que por
vezes são encontrados nas mais humildes posições e
em gente privada de qualquer instrução, recomendam a
prece e se entreajudam orando. Apenas sua ignorância
lhes faz crer na influência desta ou daquela fórmula" (o
grifo é nosso).
Vistas as diversas colocações de Kardec sobre o
tema, resta-nos observar que a leitura atenciosa dos
Atos dos Apóstolos comprovará a correção da postura
assumida por J. Herculano Pires. A prece feita por Pedro,
rogando a Deus lhe concedesse a ele e aos seus
companheiros o poder de, estendendo as mãos sobre os
enfermos, curar as enfermidades (Atos, 4:30), foi
plenamente atendida, conforme mostram inúmeros fatos
relatados em Atos dos Apóstolos (5:12, 6:6, 9:17, 19:6 e
28:8) e no Evangelho segundo Marcos (5:23 e 16:15 a
18), visto que Lucas, o autor de Atos, nos informa que
"pelas mãos dos apóstolos se faziam muitos milagres e
prodígios entre a plebe", sem fazer qualquer referência a
passes padronizados, longitudinais, rotatórios, de
dispersão ou de varredura.

Existe passe que não é espírita?

Será realmente que existe uma técnica para o


passe?
386
Eu prefiro concordar com Herculano Pires quando
afirma que "A técnica do passe não pertence a nós, mas
exclusivamente aos Espíritos, Superiores. Só eles
conhecem a situação real do paciente, as possibilidades
de ajudá-lo em face de seus compromissos nas provas,
a natureza dos fluidos de que o paciente necessita e,
assim por diante."
Na verdade o passe espírita é simplesmente a
imposição das mãos, usada e ensinada por Jesus, como
se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de Cura
do Cristianismo Primitivo.
Sua fonte humana e divina são as mãos de Jesus.
Mas há um passado histórico que não podemos
esquecer. Desde as origens da vida humana na Terra
encontramos os ritos de aplicação dos passes, não raro
acompanhado – rituais, como o sopro, a fricção das
mãos, a aplicação de saliva e até mesmo (resíduo do rito
do barro) a mistura de saliva e terra para aplicação no
doente.

O espírita antes de tudo tem que manter o senso


critico, para que isto?
O passe já foi desvendado ou classificado pelo
estudo da parapsicologia o próprio Rhine usa a
expressão plasma extra físico, certamente composto de
partículas livres de antimatéria.
Nas famosas pesquisas da, Universidade de Kirov,
na URSS, em que os cientistas soviéticos (materialistas),
descobriram o corpo-bioplásmico do homem, verificou-se
por meios tecnológicos recentes, que a força-psíquica de
Willian Crookes é uma realidade vital na nossa própria
estrutura, psicofísica.
387
O espírita não pode continuar com sua mentalidade
igrejeira e ficar apegado a rituais, estamos aqui para
evoluir intelectual e moralmente.
Raul de Montandon já havia obtido na França, por
meios mais modestos, fotos de corpos bio-plásmicos de
animais inferiores, e Gustavo Geley comprovara, em
Paris, o fluxo, de ectoplasma em torno das sessões
mediúnicas. As mãos humanas funcionam, no passe,
espírita como antenas que captam e transmitem as
energias do plasma vital de antimatéria.
Hoje conhecemos, portanto, toda a dinâmica do
passe espírita como transmissão de fluidos, no processo
aparentemente simplíssimo e eficaz do passe.
Não há milagre nem sobrenatural.
Todo o seu ensino espírita visava a afastar os
homens das superstições vigentes no tempo.
O passe espírita não comporta as encenações e
explicações em que hoje o envolveram alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes
espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
Todo o poder e toda a eficácia do passe espírita
dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passista e não dele mesmo. Os
passes padronizados e classificados (pertencem)
derivam de teorias e práticas mesméricas, magnéticas e
hipnóticas de um passado já há muito superado.
As pessoas que acham que os passes ginásticos ou
dados em grupos, mediúnicos formados ao redor do
paciente são passes fortes, assemelham-se às que,
acreditam mais na força da macumba, com seus
apetrechos selvagens, do que no poder, espiritual.
As experiências espíritas sensatas e lógicas, em
todo o mundo, desde os dias de, Kardec até hoje
388
mostraram que mais vale uma prece silenciosa, às vezes
na ausência e sem, o conhecimento do paciente, do que
todas as encenações e alardes de força dos ingênuos
ou, farofeiros que ignoram os princípios doutrinários.
Talvez alguém se sinta agredido pensando bem este
cara é um fanático religioso é um bitolado, não meu caro
leitor, no livro dos espíritos informa a questão 653_ "A
verdadeira adoração está no coração. A questão 658 –" A
prece é sempre agradável a deus quando é dita pelo
coração(...).
Quer dizer os Espíritos realmente elevados não
aprovam nem ensinam essas coisas, mas apenas a
prece e a imposição das mãos. Toda a beleza espiritual
do passe espírita que provém da fé racional no poder
espiritual, desaparece ante as ginásticas pretensiosas e
ridículas gesticulações.
As encenações preparatórias: mãos erguidas ao
alto e abertas, para suposta, captação de fluidos pelo
passista, mãos abertas sobre os joelhos, pelo paciente,
para melhor, assimilação fluídica, braços e pernas
descruzados para não impedir a livre passagem dos,
fluidos, e assim por diante, só serve para ridicularizar o
passe, o passista e o paciente.
Todas essas tolices decorrem essencialmente do
apego humano às formas de, atividades materiais.
Julgamo-nos capazes de fazer o que não nos cabe fazer.
Queremos, dirigir, orientar os fluidos espirituais como se
fossem correntes elétricas e manipulá-los, como se a
sua aplicação dependesse de nós. O passista espírita
consciente, conhecedor da, doutrina e suficientemente
humilde para compreender que ele pouco sabe a
respeito dos, fluidos espirituais -e o que pensa saber é
389
simples pretensão orgulhosa limita-se à função
mediúnica de intermediário.
Somo médiuns, portanto devemos reconhecer que
não podemos dar de nós mesmo.
A doação vem dos Espíritos. São eles que socorrem
aqueles por quem, pedimos não nós, que em tudo
dependemos da assistência espiritual.
Não temos o poder de manipular e distribuir os
fluidos ao nosso modo e a, seu critério.
No Livro dos Médiuns capitulo XXVII item 4º Existe
uma questão que é muito mal observada nos meios
espíritas. Diz o seguinte "As contradições, mesmo
aparentes, podem lançar dúvidas no Espírito de algumas
pessoas". Que meio de verificação se pode ter, para
conhecer a verdade?
Estudai, comparai aprofundai. Incessantemente vos
dizemos que o conhecimento da verdade só a esse
preço se obtém. Como quereríeis chegar á verdade,
quando tudo interpretais segundo vossas idéias,
acanhadas, que, no entanto, tomais por grandes idéias?

Livros dos Médiuns> Kardec


Experiências psíquicas> Sheila ostrander e Lynn
Schroeder
Obsessão passe e doutrinação> J H. Pires

Fonte: http://conexaoamado.blogspot.com/

PASSE

390
O Passe Espírita é simplesmente a imposição das
mãos, usada e ensinada por Jesus como se vê nos
Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do
Cristianismo Primitivo. Suas fontes humana e divina são
as mãos de Jesus.

O Passe Espírita é prece, concentração e doação.


Quem reconhece que não pode dar de si mesmo, suplica
a doação dos Espíritos. Pois são os Espíritos Superiores
que socorrem e não quem "aplica" o passe. Isto é assim
pois somente os Espíritos Superiores conhecem a
situação real do paciente, as possibilidades de ajudá-lo,
a natureza dos fluidos que lhe é necessário, e assim por
diante.

O Passe Espírita não pode ser aplicado a qualquer


momento e de qualquer maneira. Deve ser sempre
precedido de preparação do passista e do ambiente,
bem como do paciente.

Todo o poder e eficácia do Passe Espírita


dependem do espírito e não da matéria, da assistência
espiritual do médium passista e não dele mesmo.

As mãos humanas funcionam, no passe espírita,


como antenas que captam e transmitem as energias do
plasma vital da antimatéria.

O Passe Espírita não comporta as encenações e


gesticulações em que hoje envolvem alguns teóricos
improvisados, geralmente ligados a antigas correntes
espiritualistas de origem mágica ou feiticista.
391
Os Passes padronizados e classificados derivam
de teorias e práticas mesméricas, magnéticas e
hipnóticas de um passado já há muito superado. Os
Espíritos realmente elevados não aprovam nem ensinam
essas coisas, mas dão valor à prece e imposição das
mãos. Toda a beleza espiritual do passe espírita, que
provém da fé racional no poder espiritual, desaparece
ante as ginásticas pretensiosas e ridículas gesticulações.

Sobre as encenações preparatórias: mãos


erguidas ao alto e abertas, para suposta captação de
fluidos pelo passista, mãos abertas sobre os joelhos,
pelo paciente, para melhor assimilação fluídica, braços e
pernas descruzados para não impedir a livre passagem
dos fluidos, e assim por diante, só serve para
ridicularizar o passe, o passista e o paciente.

Não há milagre nem sobrenatural na eficácia do


passe, modestamente aplicado e divulgado por Jesus há
dois mil anos.

Kardec colocou o problema do passe em termos


científicos, na ciência dos fluidos, com seu rigor
metodológico, ligando-o à estrutura do perispírito (corpo
semimaterial, que liga o espírito com a matéria).
Por ser o Espiritismo uma doutrina racionalista, os
resíduos mágicos não podem existir e não devem ser
incluídos nas práticas espíritas. Por isso Jesus
simplesmente ensinou a imposição das mãos
acompanhada da oração silenciosa para a aplicação do
Passe Espírita.

392
Extraído do livro "Obsessão, Passe e Doutrinação"
de J. Herculano Pires

rigens Históricas do Passe


Divaldo Pereira Franco

Iremos buscar as origens históricas do passe


espírita nos tempos modernos, nas experiências de
Franz Anton Mesmer, por volta de 1775, em Viena,
quando o admirável médico austríaco apresentou à
Universidade uma tese a respeito do intercâmbio das
energias entre as criaturas humanas e os astros. A tese
de Mesmer passaria à posteridade com o nome de
fluidismo. Porque a Universidade de Viena considerasse
a doutrina do admirável médico como anticientífica, ele
recebeu uma proposta em duas alternativas: abandonar
as suas experiências e ficar em Viena, ou abandonar
Viena para dar curso ao seu trabalho de investigação.
Mesmer optou por transferir-se de Viena para Paris,
chegando à capital francesa numa época que precede
aos dias da Revolução de 89. Entre as clientes que
atendeu no seu consultório podem ser recordadas Maria
Antonieta e outras personalidades da corte de Luiz XVI.

Foi Maria Antonieta, principalmente, quem se tornou


uma grande divulgadora da energia mesmérica.
Encontrava-se, nessa época, em França, o admirável
militar estadunidense, General Lafayette; ele havia
viajado à Europa para comprar armas e, diante da
revolução operada por Mesmer através do "baquet" ou
tina das convulsões - uma grande tina de carvalho, na
393
qual eram colocadas água e peças de metais imantados
e em torno dela vários pequenos bancos e nela própria
diversos orifícios por onde saíam hastes metálicas, que
estavam introduzidas no ímã e nos demais elementos
dentro da tina, que as pessoas seguravam com o
objetivo de provocar choques convulsivos ( daí o
"baquet" ter passado à posteridade com o nome de tina
das convulsões) - onde as pessoas, por esta ou aquela
razão, entrando num estado alterado de consciência
asseveravam estar melhorando dos problemas
psicossomáticos, de que eram objeto e porque Maria
Antonieta, que era portadora de uma grande enxaqueca,
asseverasse haver-se curado ao sentar na tina das
convulsões, ele manda essa experiência para a América,
através de uma carta memorável, a fim de que chegasse
ao novo Mundo o último fenômeno que visitava Paris.

Depois da Revolução Francesa, o "baquet" entrou


em relativa decadência. Mais tarde, por volta de 1825, as
experiências mesméricas ganharam um admirável
colaborador, o marquês de Puységur, que se tornou um
admirável magnetizador. Em 1828, chega a Paris o
jovem professor Hippolyte Léon Denizard Rivail e, diante
da moda que tomava conta dos gabinetes de pesquisas,
ele também adotou o comportamento de magnetizador.
(...) Então, esse magnetismo, mais tarde, a partir de
1856, foi aplicado na terapia de pacientes de vária
ordem. À medida que a doutrina espírita se popularizou,
aquela aplicação de energias magnéticas passou a ter o
contributo também fluídico, graças à interferência dos
Espíritos.

394
Fonte: Trechos do Projeto Manuel P. de Miranda,
Terapia pelos passes , Salvador, BA: LEAL, 1996, p.85 -
7.

O Serviço de Passe
O Passe e o Médium
Harmonização do Grupo

O exercício da fluidoterapia na seara espírita é uma


atividade mediúnica.

Devemos, portanto, seguir a teoria e a prática


pertinentes à mediunidade. Da fidelidade aos princípios
doutrinários que regem o assunto é que depende o êxito
do empreendimento.

A recomendação inicial para o exercício de uma


atividade mediúnica é o estabelecimento de condições
próprias, conforme coloca ALLAN KARDEC em O LIVRO
DOS MÉDIUNS, item 324, onde ele diz que "para que
produzam os frutos desejáveis requerem condições
especiais (...). E, nos itens 325 e 342, ele destaca a
harmonização do pensamento e sentimento. É digno de
nota o que o Codificador colocou a respeito no item 331:

"Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e


propriedades são as resultantes das dos seus membros
e formam que um feixe. Ora, esse feixe tanto mais força
terá, quanto mais homogêneo for."

De fato, toda a equipe deve se harmonizar da


melhor maneira possível, procurando uma desejável
comunhão de vistas e de sentimentos, mantendo um
395
clima autêntico de cordialidade recíproca entre seus
membros.

"Se os pensamentos forem divergentes, resultará


um choque de idéias desagradáveis." (LM, item 321)

Na realidade, quando a equipe está bem


harmonizada, vibrando sadiamente, percebe-se
nitidamente a doçura espiritual do ambiente,
proporcionando aos Benfeitores espirituais significativas
condições apropriadas para resultados surpreendentes.
Tudo vai se desenvolvendo a contento. De repente,
começa a haver mudança de comportamento: ali surge
uma conversa despropositada, alguns mudam de lugar,
entram ou saem, outros passam a acalentar as
preocupações e vivências do dia-a-dia. Então, o
ambiente muda, ressente-se e os resultados ficam
prejudicados.

Talvez que, não só pelo aspecto fluídico, mas


sobretudo por questão de harmonização, é que o
Instrutor Espiritual disse a Hilário que:

"a equipe passista da Instituição deve ser a mesma.


É prejudicada quando um dos seus componentes se
ausenta, MESMO QUE POR MOTIVOS JUSTOS... ;
ainda havendo substituições, devido ao ajuste que
necessita ocorrer entre o médium substituído e os
demais componentes da equipe, acontecem pequenos
prejuízos..."
(Nos Domínios da Mediunidade - cap. 17)

396
Emmanuel, por outro lado, referindo-se ao serviço
espiritual, nos diz que:
# Cada mente precisa afinar-se com a tarefa.
# Deve subsistir sempre confiança entre os
cooperadores em ação.
# Qualquer crítica entre os servidores enfraquece a
eficácia da tarefa.
# O sinal de enfado, por parte de qualquer
cooperador, suprime os efeitos benéficos.
( Seara dos Médiuns )
Assiduidade

É uma situação das mais sérias no SERVIÇO DE


PASSE numa Casa Espírita a ausência do passista na
tarefa que lhe cabe. Diz-nos André Luiz que

"a assiduidade é a lição que colhemos na escola da


Natureza todos os dias."

E acrescenta:

"Estejamos atentos às obrigações que os


Benfeitores Espirituais depositam em nossas mãos e nas
quais não devemos falhar..."

O referido benfeitor nos recomenda, por outro lado

"a remover os empecilhos que provavelmente nos


visitarão no dia e na hora prefixada para o socorro
espiritual..."

397
Recomenda ainda André Luiz que os contratempos
não devem constituir obstáculos à presença do médium
ao serviço, devendo ele

"providenciar, de imediato, as soluções razoáveis


para esses pequeninos problemas, seguindo ao encontro
das obrigações espirituais que o aguardam."

De fato, sem assiduidade nenhum trabalho logra


êxito. Conforme foi dito anteriormente, a própria natureza
dá exemplos todos os dias: lavradores enriquecem
celeiros, confiando na pontualidade das estações. Qual
empresa comercial ou industrial funcionaria com êxito se
não contasse com a assiduidade de seus empregados?
Assim como procuramos ser assíduos em nosso
emprego profissional, mais razão há para sê-lo nas
atividades espirituais, que são "a boa parte". Dizem os
Espíritos que a Casa Espírita é hospital dos Espíritos. Já
imaginaram um hospital terreno funcionando sem a
devida assiduidade dos médicos e enfermeiros? Nós
próprios acharíamos absurdo se levássemos um de
nossos familiares, em estado de sofrimento, a uma
clínica e não fosse atendido ou o fosse deficientemente
por carência de médicos, devido ao não comparecimento
de muitos deles naquele dia.

O médium passista deve ser assíduo e regular no


exercício de sua faculdade. A interrupção ou
funcionamento intermitente, ou mesmo a diminuição
injustificável, como que "enferrujam" a faculdade,
reduzindo a capacidade radiante.
Pontualidade
398
SERVIÇO DE PASSE mais intenso numa Casa
Espírita ocorre, geralmente, após as reuniões públicas,
as quais se iniciam com uma leitura de página e prece, a
que se dá o nome de "harmonização preparatória". É
muito importante que os médiuns que aplicarão passe na
reunião sejam pontuais, não chegando após a fase de
"harmonização preparatória", que tem por objetivo, entre
outros, o de desligarem-se dos problemas e/ou
preocupações das atividades do dia-a-dia e liberarem-se
dos fluidos perniciosos de que porventura sejam
portadores. Não devemos nos esquecer que a própria
via pública já é, por si só, repositório de vibrações
antagônicas, onde prepondera matéria mental inferior.
Não é conveniente que o médiun passista adentre à
reunião apresentando grande diferença entre as
vibrações de que é portador e as do ambiente preparado
pela "harmonização preparatória". Não se pode evitar
que o paciente, por seu lado, seja impontual; entretanto,
em relação ao médium passista, cabe a devida
conscientização, senso de dever e responsabilidade.
Ruídos Pertubadores

Durante a concentração, entramos em leve estado


de transe, razão por que nossa sensibilidade se aguça.
Em vista disso, pequenos ruídos, sobretudo adjacentes,
multiplicam-se em nossa sensibilidade, tornam-se
desagradáveis, além de prejudicarem o próprio estado
de concentração. Daí, durante o passe, recomendarmos:
# Não orar sussurrando, mas em silêncio;
# Evitar adornos que possam produzir ruídos
incômodos por ocasião da movimentação das mãos,
como : pulseiras, argolas etc.
399
# Evitar estalar os dedos, respirar ofegantemente,
resfolegar, fungar, gemer etc. Isso nada tem a ver com a
técnica da magnetização, constituindo, na maioria das
vezes, em condicionamentos prejudiciais e deseducação
mediúnica. Não podemos nos esquecer que a hora do
passe é um momento de equilíbrio, paz e harmonia.
Excesso de Perfume

Ao ir à Casa Espírita, no exercício mediúnico de


qualquer espécie, deve-se evitar o uso excessivo ou
certos tipos muito ativos de perfume, às vezes
impregnando toda a sala, que ostensivamente se tornam
demasiadamente sensíveis ao olfato de terceiros,
tornando-se incômodo, tanto para os demais médiuns
passistas como para os pacientes.

(...) O ambiente também é criado pelas condições


físicas do passista: sua higiene, forma discreta e
agradável de se vestir e de se portar na hora da doação,
sem atavios ou perfumes fortes - estes por interferirem
prejudicialmente no sistema nervoso dos pacientes. A
boa apresentação passa uma mensagem de harmonia e
serenidade. (1)
Instruções Finais

Colocamos algumas instruções dos Espíritos


relativamente ao assunto:
# O integrante da equipe do Serviço de Passes
deve estar atento ao comportamento de "fuga" ao
trabalho, auto-iludindo-se com desculpas ou pretextos,
tais como: confessar-se incompetente, alegar cansaço,
afirmar-se sem tempo, declarar-se enfermo, achar muito
400
difícil, julgar impossível (Emmanuel. Livro da Esperança .
)
# Ocorre a hipnose à distância, quando, durante a
reunião, o médium não está atento, é negligente, está
cansado e entrega-se ao sono sem oferecer resistência
(também alimentação excessiva antes da reunião
provoca sono) . ( Otília Gonçalves. Além da Morte .)
# Porque a palavra desempenha significativo papel
nas construções do Espírito. Entidades interessadas em
adiar a RENOVAÇÃO envolvem os encarnados em
fluidos entorpecentes. ( Marco Prisco. Sementeira da
Fraternidade .)
# O hábito de sono durante a reunião pública ou
quando da leitura edificante, pode ser sinal de que uma
insidiosa obsessão está assenhoreando-se de nossas
forças. ( Marco Prisco. Sementeira da Fraternidade .)
# O êxito do passe reclama do servidor: experiência,
assiduidade, pontualidade, responsabilidade.
# A faculdade de curar desenvolve-se mediante
exercício.

Deveres do médium socorrista:


# ligação com a Espiritualidade
# inalterável confiança em Deus e em Jesus
# conduta compatível com a fé esposada
# serenidade íntima

(1) UM ROTEIRO DE TRABALHOS MEDIÚNICOS .


Trabalho coordenado por Miguel Tavares de Gouveia.
6.ed. 1999

O Passe - Jacob Melo - (Entrevista)


401
Posted qua, 05/08/2009 - 09:06 by editor

Foi com alegria que a equipe do jornal Evangelho e


Ação entrevistou o nosso querido companheiro da Seara
Espírita: Jacob Luiz de Melo.

Jacob nasceu em um lar espírita, de forma que


participou no período da infância da Evangelização
Infantil, depois da juventude espírita, para mais tarde
assumir a direção do movimento junto à Federação
Espírita do Rio Grande do Norte, onde ocupou quase
todos os cargos.

Atualmente, ele é Vice-Presidente do Lar Espírita


Alvorada Nova – LEAN, em Parnamirim, município ligado
a Natal, instituição que abriga idosos carentes e tem um
setor de evangelização muito ativo (mais de 300
crianças), além de um centro de atendimento magnético,
onde realiza aprofundamento e pesquisas sobre o
magnetismo.

Ele já esteve por diversas vezes em nossa


Instituição e podemos dizer sem sombra de dúvida que
hoje ele é um dos maiores estudiosos do passe no
Brasil.

Autor de vários livros, o nosso querido Jacob se


dispôs prontamente a responder a algumas perguntas
relacionadas ao passe; tema de grande interesse para
todos nós.

Jornal Evangelho e Ação (Jornal): A imposição de


mãos é uma atividade milenar. O senhor poderia contar-
402
nos em breves palavras, desde quando se tem notícia
desta prática?

Jacob Luiz de Melo (Jacob): Primeiro quero


destacar que imposição de mãos é um termo genérico, o
qual não traduz integralmente a prática magnética. Esta
nasceu desde a mais remota cultura egípcia, teve um
novo ápice histórico com Jesus e novamente ressurgiu
com Mesmer, pouco antes do Espiritismo. Atualmente
estamos lutando para fazer com que esse conhecimento
seja melhor aproveitado pela humanidade.

Jornal: Jesus foi o médium de Deus. Têm-se


notícias de outras pessoas (homens/mulheres) que
através da imposição de mãos realizaram curas como
Ele realizou? Quais foram estas pessoas, o senhor
poderia citar alguns dando exemplos?

Jacob: A expressão "médium de Deus" deve ser


entendida como uma ênfase e não como algo literal, pois
Deus não usaria um médium, no sentido vulgar do termo.

Quanto às curas pelo magnetismo, são infinitos os


exemplos ocorridos. Mesmer foi um dos mais notáveis
magnetizadores que o mundo moderno conheceu, mas
Allan Kardec, em sua Revista Espírita, anota vários
casos de curas pela magnetização, como, por exemplo,
da cura de uma fratura exposta por simples magnetismo
espiritual.

Jornal: Hoje, no meio espírita, podemos dizer que o


senhor é um dos grandes estudiosos do assunto, com
vários livros publicados. Se a imposição de mãos já era
403
um método utilizado milenarmente, para o qual não havia
regras e nem padrões, pelo menos no que concerne a
livros editados sobre o assunto, por que hoje o passe
espírita necessita ter tantos quesitos e requisitos para
ser realizado?

Jacob: É compreensível que, em determinadas


épocas e lugares, as coisas ocorram de forma empírica,
mas desde Mesmer o Magnetismo tem sido apresentado
como uma ciência e, como tal, requer estudo,
consciência e prática. Os espíritas têm sido muito
acomodados nesse terreno, quase sempre limitados ao
"ouvi dizer" ou "sempre foi assim". Isto, inclusive, não
combina com o que tanto defendemos quando
afirmamos que o Espiritismo é uma ciência com
implicações filosóficas e conseqüências morais
religiosas. Querer que o passe seja apenas e tão-
somente imposição de mãos é reduzir, perigosamente, a
essência de uma ciência, a qual, conforme anotado no
comentário de Allan Kardec à pergunta nº 555 de O Livro
dos Espíritos, é, "a bem dizer", uma única e só ciência,
ou seja, Espiritismo e magnetismo são a mesma coisa.
Creio que já estejamos passando do tempo de refletir
sobre essas verdades. A propósito, meu próximo livro, a
sair dentro de 2 meses, abordará exclusivamente a visão
de Allan Kardec acerca do magnetismo, o que
surpreenderá muito aos que estão por demais passivos
na área do estudo da obra básica e do mestre lionês.

Jornal: Quais são os principais tipos de passe e


para que serve cada um deles?

404
Jacob: Dependendo do que se deseje entender,
existem 3 tipos de passes: espiritual, humano e misto.
Em tese, eles servem para quase tudo, desde que
usados convenientemente. A questão é: como dar uso
conveniente se não sabemos como usar? Indispensável,
pois, o estudo.

Jornal: Aquela criatura que deseja trabalhar na


seara espírita como médium passista o que deverá
possuir como pré-requisito? E qual deve ser depois o
seu comportamento?

Jacob: Todo aquele que queira evitar os percalços


naturais da prática, inicie-se pelo estudo prévio da teoria.
Eis aí a recomendação básica de Allan Kardec. Além do
estudo, muita VONTADE – e não apenas boa vontade –,
um comportamento ético-moral de equilíbrio e acendrado
desejo de fazer o bem.

Jornal: Qual é a mensagem que o senhor gostaria


de deixar para todos os leitores do nosso jornal
Evangelho e Ação?

Jacob: "Para que sejamos úteis de verdade, o ideal


é servirmos com sabedoria – e sabedoria é a união do
saber com o amor. Sejamos sábios!"

Wellerson Santos

PASSES ESPIRITUAIS
405
Postado por: Admin em Sexta, 31 de Outubro de
2003 às 11:56

Seção Mythos Os métodos de cura com as mãos


ganham cada vez mais adeptos no Brasil e já começam
a ser aceitos como complementação eficiente ao
tratamento médico convencional.

- Paula Calloni de Souza -

Para o químico industrial Gilberto Akoba Marques,


de 47 anos, o tratamento com passes foi mais do que
uma simples tentativa de cura. Espírita há vinte e cinco
anos, ex- fumante inveterado, Gilberto era o que ele
mesmo classificou de "papa-passes" típico. Ou seja,
aquela pessoa que conhece a doutrina, mas sem
grandes aprofundamentos, e apenas procura o bem-
estar proporcionado pelos passes em centros espíritas.
Até que, por volta de dez anos atrás, durante exames de
rotina, veio a notícia: Gilberto tinha um tumor na
garganta. Após passar pela orientação do centro espírita
que freqüentava, foi encaminhado a um tratamento com
passe do tipo P3A. Enquanto isso era acompanhado de
perto pelo tratamento médico convencional, tomando
medicamentos e fazendo periódicos exames de
reavaliação. Um ano após os dois tratamentos, com
medicina tradicional e passes, a surpresa: o tumor havia
desaparecido.

Em outra área da medicina - a das doenças mentais


-, projetos pioneiros que aliam ciência e espiritualidade
vêm merecendo atenção redobrada. Nas Casas André
406
Luiz, tem sido acompanhada a evolução de 650
pacientes submetidos aos tratamentos espirituais. Os
resultados devem sair em janeiro do próximo ano. Para o
diretor técnico e clínico da instituição, o psiquiatra
Frederico Leão, "a proposta é exatamente mostrar que
as revelações e os conceitos da teoria espírita são
demonstráveis do ponto de vista científico. É possível a
terapia espiritual andar de mãos dadas com a ciência, o
que traz benefícios complementares ao tratamento
convencional".

A aplicação de passes, sempre precedida de uma


preleção do Evangelho, é, geralmente, o primeiro contato
de ordem prática que se tem dentro de um centro
espírita kardecista. Era praticado por Jesus e, no
kardecismo, exige quatro anos de preparação. "O passe
nada mais é senão a concentração de energias que o
médium capta do cosmos, de entidades espirituais
superiores e de si mesmo", explica William Jones,
presidente da Instituição Espírita Seara Bendita.
Fundada em 1951, por José Klors Werneck,a Seara
atende cerca de vinte e cinco mil pessoas por mês.

Ao passar pelo setor de orientação, o indivíduo


ganha uma pequena ficha, na qual são prescritos os
tipos de passe que deverá tomar e por quanto tempo. O
público em geral não entende o que significam tantos
números e letras: A2, P3C, P4. Trata-se de uma
padronização efetivada pela Federação Espírita do
Estado de São Paulo (FEESP), que classifica os tipos de
passe adequados a cada enfermidàde, física ou
espiritual. Eles são de dois tipos básicos: o magnético,
em que é utilizado fluido do ser humano aplicador; e o
407
espiritual, vindo de entidades desencarnadas evoluídas,
capazes de emitir fluidos mais puros e com maior poder
curativo. E o que sente um médium que aplica passes? A
maioria dos entrevistados revelou o aquecimento das
mãos como sensação principal.

Como Agem os Passes?

O perispírito possui centros de recepção de energia


ligados ao corpo físico através dos plexos, que, por sua
vez, são terminações nervosas ligadas aos diversos
sistemas que fazem o organismo funcionar. Energias
deletérias vindas do ambiente, de pessoas encarnadas
ou desencarnadas ou do próprio corpo mental do
indivíduo (pensamentos negativos), podem desequilibrar
essas energias, trazendo doenças no plano mental ou
físico. O passe pode reequilibrar esses centros de força
através da aplicação de fluidos saudáveis.

Alguns fatores parecem ser primordiais na eficácia


do tratamento com passes: a fé, a busca pela elevação
moral e o aspecto psicológico. Para o psiquiatra Franklin
Ribeiro, dirigente do Centro Espírita João Evangelista, no
qual trabalha há dezenove anos, o relacionamento que
se estabelece entre aquele que procura a casa
espírita e os que o acolhem se assemelha ao
relacionamento mãe-bebê. Em Missionários da Luz,
André Luiz recebe esclarecimentos que definem uma
mulher doente que recebe o passe "como a criança frágil
sequiosa do carinho materno". Também Herculano Pires,
em Obsessão, Passe e Doutrinação, destaca: "O efeito
psicológico resulta dos estímulos provocados no
paciente por sua presença num ambiente de pessoas
408
interessadas em ajudá10, o que lhe desperta sensação
de segurança e confiança em si mesmo". O dr. Franklin
completa: "A minha crença, a crença da pessoa de que
aquilo vai funcionar, cria a ligação, e isso a ciência
reconhece. Está criado o vínculo entre o passista e o
receptor. E, a partir daí, estando a pessoa conectada a
uma fonte adequada, a imposição de mãos vai
determinar a passagem de energia". Para ele, a fé é
elemento primordial na cura, não importando a que
religião pertença o indivíduo.
O dr. Franklin Ribeiro é presidente do Comitê de
Medicina Psicossomática da Associação Paulista de
Medicina e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas
do Espírito e Religião (NEPER), do Instituto de
Psiquiatria da USP, que foi criado em 1998.

Obstinado, o dr.Franklin Ribeiro informa que o


preconceito da ciência em relação aos tratamentos
espirituais está sendo vencido. O NEPER se reúne a
cada quinze dias no Hospital das Clínicas, em São
Paulo, apresentando estudos, teses e debatendo curas
espirituais e fenômenos mediúnicos. "O momento é
propício para que haja essa aliança entre ciência e
espiritualidade, porque nós estamos vivendo uma época
em que o materialismo precisa de um contraponto, para
que se possa manter o equilíbrio entre os seres
humanos", analisa. "Como médico psiquiatra, o que
observei é que o que funciona é a associação entre:
abordagem biológica, farmacológica, psicológica e
espiritual, sendo que todas elas se complementam. Em
nenhum momento se excluem".

Entre Dois Mundos


409
Muita gente não sabe, mas as técnicas de cura via
passe utilizadas no kardecismo têm alguns pontos em
comum com outros tipos de cura de origem oriental, que
fazem uma convergência entre dois mundos: Ocidente e
Oriente. Na base de todas as curas orientais, estão as
ciências esotéricas e antigas escrituras encontradas na
Índia, China, Japão e Tibete, que remontam a mais de
cinco mil anos. O fluido universal é o mesmo.

São conhecidas no Brasil como "terapias


alternativas". O National Institute of Health, entidade
ligada ao governo americano, faz importante distinção
entre terapias alternativas e terapias complementares.
Lá, o termo" alternativo" é dado aos tratamentos que,
supostamente, substituiriam o tratamento médico, o que
representa um risco. Já a terapia dita "complementar" é
aquela que anda paralelamente ao caminho médico
convencional. É vista como salutar na prevenção, na
recuperação ou na melhoria das condições de vida dos
doentes. O uso corrente do termo" alternativo" como vem
sendo feito no Brasil seria, portanto, inadequado.

Entre as práticas complementares indica das por


aquele instituto estariam o reiki, a cura prânica e o johrei,
que também se valem do uso e manipulação do
chamado "fluido vital" ou "campo magnético" citado pelo
autor espírita Salvador Gentile no livro Passe Magnético
- Fundamentos e Aplicação.

E as semelhanças de conceito não param por aí.


Assim como na cura prânica, os passes espíritas atuam
sobre os chamados "centros de força", conhecidos na
410
literatura hindu como chacras, localizados no perispírito.
No livro Entre a Terra e o Céu, o autor André Luiz
sublinha a importância desses centros de força, que são
como usinas de recepção e armazenamento de energia
espiritual, ligados ao corpo físico por terminações
nervosas denominadas plexos. E explica: "(...) Vibrando
em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder
diretriz da mente, estes centros estabelecem para nosso
uso um veículo de células elétricas, que podemos definir
como um campo eletromagnético, no qual o pensamento
vibra em circuito fechado". Na mesma obra, André Luiz
exemplifica o chacra coronário, situado no alto da
cabeça, que "na Terra é considerado pela filosofia hindu
como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais
significativo em razão de seu alto poder de radiações".

O médico psicoterapeuta e curador prânico,


Maurício Angelicola, não se surpreende. E vai além: o
mestre Choa Kok Sui, que codificou e sintetizou a cura
prânica trazendo-a para o Ocidente em 1987, recomenda
a leitura de Allan Kardec como fonte segura de reforma
íntima e elevação espiritual. A principal diferença, no
entanto, é que a cura prânica não utiliza a energia de
entidades superiores desencarnadas. Ela apenas os
invoca para proteção do ambiente.

"É inadmissível que um curador prânico não se


preocupe com sua própria elevação moral e espiritual, a
reforma íntima, essencial também no Espiritismo", alerta
o dr. Maurício, que já deu cursos sobre a técnica para
alguns grupos espíritas. "Posso dizer que eles são um
segmento que têm muito preparo, têm embasamento
teórico e ético". Outro ponto em comum com o
411
kardecismo é que a cura prânica leva em conta o carma.
Em alguns casos, a cura total não é permitida pelo plano
espiritual, pois faz parte da evolução do espírito. No
entanto, é possível minimizar o sofrimento do doente.
"Lidei com alguns doentes de câncer que não puderam
se curar, mas através da cura prânica não sofreram os
efeitos colaterais da quimioterapia. Mesmo não tendo
esperança de sobreviver fisicamente, tiveram uma
melhora em sua qualidade de vida", explica.

Para William Jones, com exceção de casos raros, é


impossível curar doenças do carma, pois isto iria contra
as Leis Divinas. "Isso tiraria a prova pela qual aquele
espírito tem que passar e atrasaria sua expiação. O
perispírito, que sobrevive à morte física, é como uma fita
magnética em que estão gravados todos os registros das
encarnações anteriores. Se um indivíduo fumou demais
numa encarnação, pode reencarnar com problemas
como bronquite asmática. Isso é, então, uma
conseqüência de seus atos anteriores. É uma prova que
lhe vai trazer aprendizado. Para isso não há cura, mas
pode ser amenizado através do tratamento espiritual, se
houver merecimento", ensina.
Segundo o dr. Maurício Angelicola, são onze os
chacras mais importantes. Eles necessitam de limpeza,
energização, e são centros de força que contêm pétalas,
raízes, ramificações, teias de proteção, formatação,
velocidade, coloração e possibilidade de apresentar
excesso ou falta de energia. O fluido é chamado de
prana, e a técnica consiste em fracionar ou manipular
esse fluido universal em matizes específicos, pois cada
um dos chacras tem conexão com as glândulas
endócrinas e com os sistemas nervoso, circulatório,
412
respiratório, digestivo, etc. Para Angelicola, tal
preocupação com a limpeza e o detalhamento das
características energéticas de cada chacra, fazem da
cura prânica uma das técnicas mais seguras como
tratamento coadjuvante à medicina. À semelhança dos
médiuns preparados no kardecismo em instituições
idôneas, os cura dores prânicos têm de ser saudáveis,
não-promíscuos, éticos e devem se abster de vícios
como o álcool e o fumo. E são, obrigatoriamente,
vegetarianos.

Reiki e Johrei

A preocupação em relação aos hábitos perniciosos


e a não-utilização de seres desencarnados nas emissões
de fluidos também são a tônica entre os canalizadores
de outro tipo de cura com as mãos: o reiki. Segundo
Gilberto Falchi, mestre reiki do Tradicional Sistema Usui,
e membro da Reiki Alliance, a utilização desse método
remove pouco a pouco a vontade de consumir carne
vermelha, álcool e outros elementos considerados
tóxicos pela maioria das filosofias espiritualistas. "Reiki é
transformação, vai na causa, eleva a energia, muda
valores", diz ele. Atua no nível celular, metabólico e
imunológico, despertando um processo de autocura.
Também leva em conta as doenças cármicas. Na
gravidez, acalma mãe e bebê. Enquanto na cura prânica
as aplicações de energia universal são feitas nos
chacras e, como nos passes, sem tocar O paciente, o
reiki age tocando os seguintes pontos: olhos, têmporas,
atrás da cabeça, alto da nuca e peito; altura do
estômago, umbigo, abaixo deste, virilha; nas costas,
escápula, pulmão, rins e região glútea. São cinco
413
minutos em cada ponto, num total de uma hora (escola
tradicional). Diferentemente do passe espírita, que indica
uma sessão por semana, o reiki age em terapias
compostas por, no mínimo, quatro sessões seguidas, e
pode ser aplicado em qualquer lugar por um canalizador.
Eis uma diferença cmcial também: o passe espírita só
deve ser utilizado dentro da instituição espírita, por
questão de segurança.

De acordo com Falchi, como a energia cósmica do


reiki é pura, ela por si só já higieniza o ambiente e o
aplicador. E só flui através de canalizadores que têm o
amor e a ética como princípios de conduta. "Por ser uma
energia divina, ela não vai se chocar com nenhuma
religião, crença ou técnicas. Pelo contrário, conheço
espíritas que acreditam que o passe espírita conjugado a
uma terapia reiki acelera a resposta do organismo. O
reiki aumenta a imunidade natural". A psicóloga e
terapeuta reiki, Valéria Silva de Morais, concorda. Valéria
trabalhou durante um ano no Projeto Esperança, dirigido
pela Rai Association, com sede na Suíça. O projeto atua
na Igreja Santa Edwiges, atendendo moradores da
favela Heliópolis, de São Paulo, portadores do vírus HIV.
"Percebemos que durante o primeiro ano em que
receberam reiki, a carga viral dos aidéticos diminuiu,
aumentando a imunidade, com diminuição drástica de
doenças oportunistas. Acredito muito no reiki como uma
ferramenta de prevenção" .

Para ser um canalizador de reiki é preciso fazer


cursos de iniciação. Gilberto F alchi recomenda o
sistema original, clássico, que exige quatro iniciações. E
414
conclui: "Ninguém cura ninguém. O canalizador de reiki é
portador de uma ferramenta
e a disponibiliza para as pessoas".

Canalizar a energia vital do universo através das


mãos também é o princípio de outra técnica, o Johrei. Ao
contrário do reiki e da cura prânica, carrega em sim um
conceito religioso, "que tem no espiritualismo e no
altruísmo as bases essenciais para a concretização de
um mundo ideal". Seu codificador, Mokiti Okada, fundou
a Igreja Messiânica Mundial em 1935, no Japão. No
Brasil, a Igreja Messiânica chegou em 1955. Objeto de
pesquisas na Universidade de Colúmbia, nos Estados
Unidos, a terapia Johrei demonstrou ser capaz de
revitalizar as células NK, responsáveis pela defesa do
corpo humano. Após uma oração inicial, em que se
coloca como instrumento divino, o ministrante, como
échamado o canalizador, aplica a energia em sessão
que dura de dez a trinta minutos. Ambos ficam sentados
frente a frente.Não há toque: a distância entre o
ministrante e o receptor é de trinta centímetros a um
metro. Não é utilizada energia humana. Pode ser
aplicada em qualquer lugar e também à distância. Para
ser canalizador de johrei é necessário um curso e a
convicção de querer servir ao próximo. Após o curso, o
ministrante recebe o ohikari, medalha que deve ser
carregada até a altura do plexo solar, através do qual se
canaliza a energia.

A Sutil Sukyo Mahikari

Ainda no rol das terapias orientais, a Arte Mahikari


merece um capítulo à parte. Fundada no Japão em
415
1959, pelo mestre Kotama Okada, a mahikari emprega a
energia cósmica através das mãos, denominando-a "Luz
da verdade". Esta energia, também para eles, provém de
Deus e é purificadora, capaz de eliminar as essências
tóxicas espiritual, mental e física, permitindo a aquisição
natural de saúde e prosperidade. Assim como no johrei,
os canalizadores, chamados kumitês, recebem, após um
curso de iniciação que dura três dias, uma medalha.
Neste caso, ela é denominada omitama, cujo símbolo
estaria ligado diretamente a Deus através de ondas
espirituais.

Irradiar a "luz espiritual" pela palma da mão é


considerada uma arte, denominada okyome. São vinte e
sete pontos ao todo, mas no início são utilizados apenas
alguns pontos principais, cuja energização dura cerca de
quarenta minutos. Não há limite de sessões por semana,
e embora não haja toques constantes, eles são breves e
suaves.

A energia atua sutil e gradualmente, auxiliando a


elevação espiritual. Discrição também é característica
dos dirigentes do belo templo situado na Vila Mariana,
em São Paulo. Nenhum deles quis se pronunciar
oficialmente à revista. "Não tente entender Deus. Sinta-o.
Apenas vivenciando o mahikari, você entende", dizem. O
temor é o de uma massificação e desvirtuamento da
técnica, atraindo equivocadamente pessoas não
afinizadas com o movimento, atrás de milagres que,
aliás, nenhuma das técnicas aqui abordadas promete.

Embora não se defina como uma religião, a Sukyo


Mahikari tem um altar para reverências e agradecimento
416
a Deus. A constante exigência de curvar-se em
reverência, dentro do templo, pode causar um certo
estranhamento a um ocidental que chega pela primeira
vez. Encontram-se pessoas de todas as raças e credos,
tanto aplicando, quanto recebendo. É necessário tirar os
sapatos antes de entrar e lavar as mãos em água
purificada. Após pequena consulta onde são
perguntados dados acerca do modo de vida (a religião
não é questionada) e eventuais problemas, somos
convidados a receber okyome. Inicialmente sentados,
frente a frente, depois de costas para o canalizador e,
por fim, deitados de costas sobre um pequeno
colchonete com travesseiro e lençol. Não há som no
ambiente, que é espantosamente limpo, com
predominância de tons arenosos. O silêncio só é cortado
às vezes pelas orações em japonês.

A sensação predominante é a de relaxamento e


extrema paz interior. Convidada a acompanhar a
reportagem, a médium kardecista de cura, Regina
Femandes, disse ter sentido profunda serenidade - no
ambiente, principalmente no corredor central. Ao receber
a luz espiritual nas costas, onde tem problemas de
origem ciática, descreveu: "Foi como se minha coluna
estivesse dentro de um tubo de energia. Senti também
muito amor e abnegação por parte dos aplicadores.
Alguns deles me pareceram até familiares,
espiritualmente falando". Ao final, perguntada se voltaria
de novo ao local, respondeu: "Sim, com certeza".

Para Ieda Uehara, praticante de Arte Mahikari há


dezesseis anos, o amor ao próximo é fundamental.
"Oração envolve ação. É preciso traduzir gratidão e
417
perdão em atitude". Segundo acredita, ter saúde é uma
conseqüência de ser feliz. "Querer ser feliz, é meio
caminho da cura".
O que se pode concluir de tudo isso? Que a cura
está dentro de nós mesmos. Nenhuma das técnicas
defendeu, em hipótese alguma, o abandono da medicina
tradicional. Em todos os métodos abordados, destacam-
se dois elementos principais: a fé de quem recebe, e o
amor ao próximo de quem aplica. Gilberto Marques, que
se livrou do câncer na garganta, é taxativo: "O que me
curou foi a minha fé". Impressionado com o resultado em
sua própria vida, Gilberto quis desenvolver mediunidade
de cura. Para tanto, teve que abandonar o vício do fumo,
premissa essencial para a formação de todo médium.
"Minha própria doença não me fez parar de fumar. Mas a
vontade de servir ao próximo, sim".

OS TIPOS DE PASSE

C (choque anímico) - doutrinação mais intensa de


espíritos perturbadores, através de vibrações que agem
como um jato de luz nos corações dos mesmos.

PE - destinado aos assistidos, nos trabalhos de


cura, e aos assistentes, como preparação aos trabalhos.
Pasteur 1 (P1 - magnético) - destinado à assistência
a perturbações de ordem material.
Pasteur 2 (P2 - magnético) - para as perturbações
espirituais e desequilíbrios psíquicos.
P3A (magnético) - perturbações e acidentes
materiais graves.
P3C - socorro de emergência, influências espirituais
profundas, de pressão, estafa, esgotamento, estresse de
418
ordem espiritual e psíquica, queda de padrão vibratório e
enfermidades de fundo espiritual.
P3E - perturbações espirituais avançadas, com
ação direta sobre obsessores.
Pasteur 4 - para crianças, até 12 anos de idade,
cujos tipos de passes se subdividem em:
P4A - indicado para doenças materiais, como as
próprias da idade, epidêmicas, de poluição ambiental ou
climáticas, por desnutrição, hereditárias ou as causadas
por acidentes;
P4B - indicado nas perturbações espirituais, tais
como as decorrentes de infestação de ambiente,
chamamentos familiares, encarnações completivas e
razões cármicas.

O PASSE
Postado por: Admin em Sexta, 31 de Outubro de
2003 às 12:20

Seção Vivência Seja espiritual, humano ou misto,


deitado, próximo ou à distância. Em qualquer uma das
formas, é através dele que o médium pode dar conforto a
quem precisa.

- Jacob Meio - Entrevista realizada no canal IRC


#Espiritismo

Em seu livro Passes e Radiações, Edgard Armond


atribuiu diferentes tipos de passes para a conduta em
419
centros espíritas. Como você vê essa divisão técnica dos
passes?

Jacob Meio - Em princípio, preferimos aS anotações


de Kardec. Ele dividiu didaticamente o passe em três
níveis: espiritual, humano e misto. Uma profusão de
técnicas, sem o respaldo do Magnetismo, põe em dúvida
algumas dessas técnicas. Assim, reconhecemos a
validade de uma distinção de técnicas em função dos
objetivos, desde que resguardados os cuidados
pertinentes. A meu ver, Edgard Armond não apresentou
em suas obras as justificativas que se fariam
necessárias. Não digo que elas sejam desprovidas de
valor prático, mas carecem de uma base de sustentação
teórica, em termos de Magnetismo, e prática, em termos
do que sugere Allan Kardec.

Só médiuns passistas podem aplicar o passe? É


necessária uma aptidão especial ou um "não médium"
pode aplicar também?

Jacob Meio - Em tese, qualquer pessoa pode aplicar


passe. Tomando-se a divisão de Kardec, em alguns
casos são necessários algumas aptidões e
predisposições. No caso do Magnetismo ou passe
humano, a pessoa deverá possuir disposição natural ou
induzida de doação magnética. Para o caso do passe
espiritual, há que se atender às necessidades morais.
Portanto, não há necessidade de ser obrigatoriamente
médium, mas há a necessidade de disposição de doação
fluídica e de amor.

420
Qual é a necessidade de se aplicar passe deitado,
se a pessoa não está debilitada?

Jacob Meio - O uso de u ma maca ou cama deve


estar relacionado a algum fator, seja esse fator de ordem
de comodidade do passista ou de melhor conforto para o
paciente. Havemos de convir que, quanto mais
confortáveis estejam ambos, melhores condições terão
para o sucesso da transmissão e recepção fluídica.
Entretanto, os passes podem ser aplicados com os
pacientes em pé, deitados, sentados, de frente, de
costas etc.

Essa modalidade deve ser rotineiramente aplicada


nos Centros Espíritas, como temos visto inclusive na
sala de passe do Conbrade?

Jacob Meio - Não é necessário que esta prática seja


rotineira, nem mesmo a própria aplicação do passe. Este
deve ser aplicado apenas e tão somente quando é
constatada a necessidade dele. Só que, se eliminarmos
os passes das casas espíritas, baseados nessa
premissa, sem dúvida iremos cair num fator de
complicação muito sério. Como sempre, o bom senso
indica a melhor medida, a melhor ocasião e a melhor
maneira.

Somos informados que os nossos fulcros


energéticos ou chakras, quando em estado normal,
giram numa determinada velocidade. Estando o corpo
doente (em desequilíbrio), continuam os chakras com a
mesma velocidade?
421
Jacob Meio - Não. Nem com a mesma intensidade,
nem com a mesma regularidade. Daí a necessidade da
ordenação dos campos vitais (chakras).

É certo afirmar que, ao aproximarmos mais as mãos


do paciente, estamos doando energia excitante e, ao
afastarmos, energia calmante?

Jacob Meio - Quase isso! Os passes próximos, em


relação ao Magnetismo, tornam os efeitos fluídicos com
características ativantes ou excitantes. Quando
aplicados à distância do corpo do paciente, tornam-se
calmantes. Portanto, não são energias excitantes ou
calmantes e sim a percepção e o efeito delas.

Com relação a uma pessoa refratária ao passe de


um médium - passe magnético, espiritual ou misto qual a
conduta mais adequada do passista nesse momento?

Jacob Meio - Imaginemos o passista portador de


Magnetismo Humano. Com técnicas dispersivas
(movimentação rápida das mãos), ele atenua essas
discrepâncias fluídicas. O ideal, contudo, é o passista
aprender técnicas para entrar em "relação magnética" ou
"contato magnético" com o paciente. No caso do passista
espiritual, há uma necessidade evidente de maior poder
de concentração e oração. Mesmo aí, as técnicas
dispersivas também ajudam sobremaneira.

Quais os centros de forças e os plexos que mais


atuam no passe? Até onde vai a importância deles no
passe?
422
Jacob Meio - No caso do passista magnético, os
centros vitais que mais "usinam" fluidos são o gástrico, o
esplênico e o laríngeo. Apesar disso, os outros também
atuam. A importância disso vai repercutir diretamente na
qualidade e no refinamento dos fluidos em usinagem.
Por exemplo, o entendimento do funcionamento desses
centros vitais explicarão, sem quaisquer misticismos, as
implicações decorrentes da ingestão de alimentos,
medicamentos, drogas, uso e abuso do sexo etc. Nos
pacientes, há a necessidade de se verificar os mais
desarmonizados para se propiciar um melhor
atendimento.

No passe, a pessoa que aplica obrigatoriamente


tem que ser moralmente "superior" à pessoa que está
recebendo? O passista pode se prejudicar em alguma
situação?

Jacob Melo - A questão "superior" é subjetiva por si


mesma. No caso do passe espiritual, há uma
necessidade imperiosa de um equilíbrio moral e
espiritual por parte do passista. No caso do Magnetismo,
a própria vida nos demonstra que pessoas de moral
duvidosa têm obtido resultados vulgarmente qualificados
de milagrosos. Quanto à questão de um passista sofrer
prejuízos, infelizmente pode, haja vista o número
relativamente grande de passistas que chegam a
lamentáveis casos de fadiga fluídica. Isso tanto se deve
a excessos de doação magnética quanto à falta de
técnicas e de desconhecimento sobre como se defender
com as próprias técnicas.

423
Já ouvimos falar de diversas técnicas de passe,
como passes transversais, rotatórios, perpendiculares,
longitudinais. Gostaria de saber o que difere nessas
técnicas, ou são todas iguais?

Jacob Meio - Há diferença entre elas sim. Por


exemplo, os transversais e perpendiculares são, na sua
maioria, dispersivos. Os rotatórios normalmente são
concentradores e os longitudinais tanto podem ser
dispersivos, concentradores, ativantes ou calmantes.
Logo, há uma necessidade real de estudo para uma
maior segurança do uso das técnicas.

Quando uma pessoa que não acredita nos efeitos


do passe (por exemplo, materialista) é levada a tomá-lo,
os efeitos são os mesmos ou a disposição prévia e boa
vontade do receptor influi nos resultados?

Jacob Meio - Influi decisivamente. Isto não quer


dizer que um descrente não possa ser beneficiado, só
que esta não é a regra. Observemos que a própria
ciência prova que o fato de acreditarmos mais em um
médico do que noutro já potencializa ou diminui os
efeitos do tratamento. O que não se esperar de uma
transferência tão sutil quanto a fluídica veiculada através
do passe?

Já se ouviu falar de casos de morte cerebral em


uma regressão na transmissão do passe. Que restrições
devem ser tomadas para transmiti-lo e por que ele é
tantas vezes tão perigoso?

424
Jacob Meio - Vamos por partes. Primeiro, não
conheço nenhum caso conforme o narrado. Depois, as
imposições são, por si sós, concentradoras fluídicas.
Como se aplica muita imposição sobre o coronário, o
passista, sendo um doador de densos fluidos
magnéticos, naturalmente saturará este centro de uma
maneira desequilibrante e, daí, podem advir
conseqüências constrangedoras. Para se evitar tais
ocorrências é que se conta com os passes dispersivos.
As restrições deverão ser vencidas através do
conhecimento. Para tanto, cabe às diretorias das casas
espíritas fazerem regularmente treinamentos e
avaliações de seu quadro de passistas.

Se eu estiver pensando mentalmente em acalmar, a


distância terá mesmo influência? Qual a distância das
mãos para acalmar e para excitar?

Jacob Meio - Lamentavelmente, em termos de


magnetismo humano, nossa indução mental nem sempre
supera a influência fluídica. No GEAK, grupo ao qual
estamos ligados em Natal, temos feito pesquisas nesta
área há mais de sete anos e já temos muitas evidências
de que a indução mental para se obter um resultado
diferente do que o magnetismo ensina não tem sido
positivo.

As distâncias médias consideradas são um palmo


do corpo do paciente (25 centímetros, em média). Daí,
em direção ao corpo, são ativantes e, em se afastando
do corpo, quanto mais distantes, mais calmantes.

425
No caso de dúvida, faça com responsabilidade, mas
teste.

Como controlar a quantidade de energia aplicada?

Jacob Meio - Só a prática determina. Se você ou o


passista é doador de fluidos magnéticos e está se
iniciando agora na prática, recomendamos um máximo
de três aplicações por sessão e uma sessão por
semana. A partir daí, observe-se para saber suas
reações no dia imediatamente posterior à aplicação.
Havendo cansaço ou sono, insônia, ressaca e
indisposições gástricas, é provável ter havido um
excesso de doação ou a falta de uma aplicação técnica
mais correta. Não tendo havido problema, vá
aumentando a cada semana um passe até chegar ao
seu limite ideal. Apesar desta resposta, seria necessária
uma abordagem mais ampla para que pudéssemos
entender o motivo de tantos cuidados com a aplicação
do passe.

Após a doação, ocorrendo fraqueza, como


recuperar as energias?

Jacob Meio - Sendo fraqueza detectada ainda no


ambiente onde houve a aplicação do passe, solicite a um
outro passista que lhe aplique passes dispersivos.
Havendo água fluidificada, beba um pouco. No caso da
fraqueza surgir no dia seguinte, evite desgastes físicos
desnecessários, alimente-se de maneira mais leve que o
habitual, se possível caminhe (não se trata de
caminhada como exercício físico e sim como um
passeio) em algum lugar onde respire ar puro e, não
426
sendo portador de diabetes, tome água de coco. Não
estamos falando das implicações e necessidades
espirituais, porque acreditamos que todos sabemos do
conveniente e necessário uso da oração e da conexão
com o mundo espiritual superior.

O que é o "sopro" ou "insuflação quente"? E o que é


a "insuflação fria"?

Jacob Meio - São as técnicas em que se usam as


doações fluídico-magnéticas pelo sopro. A insuflação
quente tem por característica ser extremamente ativante,
enquanto que a fria normalmente é calmante e
dispersiva. Em termos de aplicação, a fria é procedida
como quem sopra uma vela, enquanto a quente é como
um "bafo". Não se entenda, entretanto, que basta soprar
para se fazer insuflação. É necessário que se tenha a
disposição de exteriorização fluídica pelas vias
superiores.

No passe magnético, existe realmente a relação


recepção/doação através das mãos esquerda e direita?

Jacob Meio - Isto é muito comentado pela chamada


escola dos polaristas. Ocorre que nem mesmo os
polaristas são concordantes entre si. Por sua vez, a
prática demonstra não haver maior significado na
inversão das mãos, tanto é que, particularmente, nunca
vi em nenhum Centro Espírita algum passista, antes de
iniciar sua tarefa, perguntar se os pacientes são
canhotos ou destros.

427
Como você compara a dieta vegetariana com a
carnívora para um médium passista?

Jacob Meio - Tudo leva a crer que o vegetariano


leva vantagens. Mas lembramos que, em tudo, a virtude
está no meio. Se em O Livro dos Espíritos, no Novo
Testamento e numa entrevista de Chico Xavier
encontramos informações que não condenam
definitivamente a carne, não seremos nós que o
faremos. Ainda assim, não podemos concordar com o
excesso de alimentação, seja vegetariana ou não.
Portanto, não creio que o vegetariano, só por isso, seja
melhor que o carnívoro, apesar das vantagens que ele
tenha, já que todos sabemos dos inconvenientes
decorrentes da dificuldade de digestão da carne animal.
Um exemplo: É melhor comer um bife com moderação
do que jantar meio quilo de alface, vinte tomates,
quarenta cebolas e, de sobremesa, duas melancias.

Existe uma correlação tempo/efeito nos passes tipo


magnético e espiritual?

Jacob Meio - Existe correlação tempo/efeito. Existe


correlação passe magnético e espiritual. O tempo e o
efeito tanto dependem das técnicas quanto dos passistas
e dos pacientes. Os passes espirituais, a rigor, não
carecem de técnicas, mas as técnicas, se bem
conhecidas e aplicadas, em nada prejudicam, ao
contrário, só contribuem favoravelmente. Os passes
magnéticos, estes sim, precisam de conhecimentos e
experiências para se alcançar uma melhor correlação
tempo/efeito.
428
OS MECANISMOS DA CURA ESPIRITUAL
Postado por: Admin em Sexta, 31 de Outubro de
2003 às 12:12

Seção Vivência A mediunidade de cura oferece ao


médium a possibilidade de curar um ser doente,
buscando fluidos em fontes energéticas da natureza.
Mas será que doenças cármicas também podem ser
curadas espiritualmente?

- Por Edvaldo Kulcheski -

A mediunidade de cura é a capacidade possuída por


certos médiuns de curarem moléstias por si mesmos,
provocando reações reparadoras de tecidos e órgãos do
corpo humano, inclusive as oriundas de influenciação
espiritual. Assim como existem médiuns que emitem
fluidos próprios para a produção de efeitos físicos
concretos (ectoplasmia), temos igualmente os médiuns
que emitem fluidos que operam todas as reparações
acima referidas.

Na essência, o fluido é sempre o mesmo, uma


substância cósmica fundamental. Mas suas propriedades
e efeitos variam imensamente, conforme a natureza da
429
fonte geradora imediata, da vibração específica e, em
muitos casos (como este de cura, por exemplo), do
sentimento que precedeu o ato da emissão.

A diferença entre os dois fenômenos é que no


primeiro caso (ectoplasmia), o fluido é pesado, denso,
próprio para elaboração de formas ou produção de
efeitos objetivos por condensação, ao passo q~e no
segundo (curas), ele é sutilizado, radiante, próprio para
alterar condições vibratórias já existentes.

MÉDIUM CURADOR

Além do magnetismo próprio, o médium curador


goza da aptidão de captar esses fluidos leves e benignos
nas fontes energéticas da natureza, irradiando-os em
seguida sobre o doente, revigorando órgãos,
normalizando funções, destruindo placas e quistos
fluídicos produzidos tanto por auto-obsessão como por
influenciação direta.

O médium se coloca em contato com essas fontes


ao orar é Se concentrar, animado pelo desejo de fazer
uma caridade evangélica. Como a lei do amor é a que
preside todos os atos da vida espiritual superior, ele se
coloca em condições de vibrar em consonância com
todas as atividades universais da criação, encadeando
forças de alto poder construtivo que vertem sobre ele e
se transferem a.o doente. Por sua vez, este se colocou
na mesma sintonia vibratória por meio da fé ou da
esperança.

430
Os fluidos radiantes interpenetram o corpo físico,
atingem o campo da vida celular, bombardeiam os
átomos, elevam-lhes a vibração íntima e injetam nas
células uma vitalidade mais intensa. Em conseqüência,
acelera as trocas (assimilação, eliminação), resultando
em uma alteração benéfica que repara lesões ou
equilibra funções no corpo físico.

Nas operações cirúrgicas feitas diretamente no


corpo físico, os espíritos operadores incorporam no
próprio médium que dispõe desta faculdade. Este, como
autômato, opera o paciente com os mesmos
instrumentos da cirurgia terrena, porém sem anestesia e
dispensando qualquer precaução de assepsia. Em certos
casos, embora raros, o espírito incorporado logra o
mesmo resultado cirúrgico utilizando objetos de uso
doméstico (facas, tesouras, garfos ou estiletes comuns)
como instrumentos operatórios, igualmente sem
quaisquer cuidados anti-sépticos.

O cirurgião invisível incorporado no médium corta as


carnes do paciente, extirpa excrescências mórbidas,
drena tumores, desata atrofias, desimpede a circulação
obstruída, reduz estenoses ou elimina órgãos
irrecuperáveis. Semelhantes intervenções, além de seu
absoluto êxito, são realizadas em um espaço de tempo
exíguo, muito acima da capacidade do mais abalizado
cirurgião do mundo físico. Em tais casos, os médicos
desencarnados fazem seus diagnósticos rapidamente,
com absoluta exatidão e sem necessidade de chapas
radiográficas, eletrocardiogramas, hemogramas,
encefalogramas ou quaisquer outras pesquisas de
laboratório.
431
Nessas operações mediúnicas processadas
diretamente na carne, os pacientes operados tanto
podem apresentar cicatrizes ou estigmas operatórios
como ficarem livres de instrumentos da cirurgia terrena.
Normalmente são espíritos experimentados, que ajudam
no diagnóstico e na intervenção cirúrgica quaisquer
sinais cirúrgicos. Em seguida à operação, eles se
erguem lépidos e sem qualquer embaraço ou dor,
manifestando-se surpreendidos por seu alívio inesperado
e a eliminação súbita de seus males.

Quando opera incorporado no médium, o espírito


sempre é auxiliado por companheiros experimentados na
mesma tarefa, que cooperam e ajudam no controle da
intervenção cirúrgica, no diagnóstico seguro e rápido e
no exame antecipado das anomalias dos enfermos a
serem operados. Entidades experimentadas na ciência
química transcendental preparam os fluidos
anestesiantes e cicatrizantes, transferindo-os depois do
mundo oculto para o cenário físico através da
materialização na forma líquida ou gasosa, conforme
seja necessário.

CIRURGIAS À DISTÂNCIA

Embora o êxito das operações mediúnicas dependa


especialmente do ectoplasma a ser fornecido por um
médium de efeitos físicos e controlado pelos espíritos de
médicos desencarnados, há circunstâncias em que,
devido ao teor sadio dos próprios fluidos do enfermo, as
operações produzem resultados miraculosos no corpo
físico, apesar de processadas somente no perispírito.
432
O processo de "refluidificação", com o
aproveitamento dos fluidos do próprio doente, lembra
algo do recurso de cura adotado na hemoterapia
praticada pela medicina terrena, na qual o médico
incentiva o energismo da pessoa debilitada extraindo-lhe
algum sangue e, em seguida, injetando-o novamente
nela, em um processo que acelera a dinâmica do
sistema circulatório.

No entanto, mesmo que se tratem de operações


mediúnicas feitas diretamente na carne do paciente ou
mediante fluidos irradiados à distância pelas pessoas de
magnetismo terapêutica, o sucesso operatório exige
sempre a interferência de espíritos desencarnados,
técnicos e operadores, que submetem os fluidos
irradiados pelos "vivos" a um avançado processo de
química transcendental nos laboratórios do lado
espiritual.

E quais são as diferenças entre as cirurgias


realizadas com a presença do paciente e as realizadas à
distância? No primeiro caso, os técnicos desencarnados
utilizam o ectoplasma do médium de efeitos físicos e
também os fluidos nervosos emitidos pelas pessoas
presentes. Esta aglutinação polarizada sobre o enfermo
presente possibilita resultados mais eficientes e
imediatos. No segundo caso, os espíritos operadores
procuram reunir e projetar sobre o doente os fluidos
magnéticos obtidos pelas pessoas que se encontram
reunidas à distância, no centro espírita. Porém como se
tratam de fluidos bem mais fracos do que os fornecidos
pelo médium de fenômenos físicos, eles são submetidos
433
a um tratamento químico especial pelos operadores
invisíveis, a fim de se obterem resultados positivos.
Mesmo assim, os fluidos transmitidos à distância servem
apenas para as intervenções de pouco vulto, pois, sendo
fluidos heterogêneos, exigem a "purificação" à qual nos
referimos.

Existem alguns fatores que impedem as cirurgias à


distância de serem tão eficazes e seguras como as
intervenções diretas. Para muitos desses voluntários
doadores de fluidos, faltam a vontade disciplinada e a
vibração emotiva fervorosa, que potencializam as
energias espirituais. Além disso, alguns deles não gozam
de boa saúde, fumam em demasia, ingerem bebidas
alcoólicas em excesso ou abusam de alimentação
carnívora. Aliás, nos dias destinados a esses trabalhos
espirituais, os médiuns deveriam se submeter a uma
alimentação sóbria, já que, depois de uma refeição por
vezes indigesta, o indivíduo não tem disposição para
tomar parte em uma tarefa que exige concentração
mental segura.

DIFICULDADES PARA OS ESPÍRITOS


CURADORES

Durante o tratamento fluídico operado à distância, a


cura depende muito das condições psíquicas em que os
doentes forem encontrados durante a recepção dos
fluidos. Os espíritos terapeutas enfrentam sérias
dificuldades no serviço de socorro aos pacientes cujos
nomes estão inscritos nas listas dos centros espíritas,
pois além das dificuldades técnicas resultantes de certo
desequilíbrio mental do ambiente onde eles atuam/
434
outros empecilhos os aguardam, em virtude do estado
psíquico dos próprios doentes.

Às vezes, o enfermo tem a mente saturada de


fluidos sombrios, em face de conversas maledicentes,
intrigas, calúnias e fofocas. Em outros casos, lá está ele
em excitação nervosa por causa de alguma violenta
discussão política ou desportiva, bem como é
encontrado envolto na fumarada intoxicante do cigarro
ou na bebericagem de um alcoólatra. Outras vezes, os
fluidos irradiados das sessões espíritas penetram nos
lares enfermos, mas encontram o ambiente carregado de
fluidos agressivos, provenientes de discussões ocorridas
entre seus familiares. É evidente que os desencarnados
têm pouco êxito em sua tarefa abnegada de socorrerem
os enfermos quando estes vibram recalques de ódio,
vingança, luxúria, cobiça ou quaisquer outros
sentimentos negativos.

CIRURGIAS DURANTE O SONO

As operações cirúrgicas realizadas no perispírito


durante o sono só atingem a causa mórbida no tecido
etérico deste, porém, depois de algum tempo, começam
a desaparecer seus efeitos mórbidos na carne, pelo
mesmo fenômeno de repercussão vibratória. Neste caso,
como os enfermos operados ignoram o que lhes
aconteceu durante o sono ou mesmo em momento de
vigília e repouso, opõem dúvidas quanto a essa
possibilidade.

Uma vez que esses doentes, tendo sido operados


no perispírito, não comprovam de imediato qualquer
435
alteração benéfica em seu corpo físico, geralmente
supõem terem sido vítimas de uma fraude ou um
completo fracasso quanto à intervenção feita. Acontece
que a transferência reflexa das reações produzidas por
essas operações se processa muito lentamente, levando
semanas ou até meses para manifestarem seus efeitos
benéficos no organismo. Além disso, há casos em que o
enfermo recebe assistência de seus guias espirituais
devido à circunstância de emergência, que não altera o
determinismo de seu resgate cármico.

Toda cura se dá pela ação fluídica, já que o espírito


age através dos fluidos. Tanto o perispírito como o corpo
físico são de natureza fluídica, embora em diferentes
estados, havendo relação entre eles. O agente da cura
pode ser encarnado ou desencarnado e nela podem ser
utilizados ou não processos como passes, água
fluidificada e outros, além da intervenção no perispírito
ou no corpo. Na cura por efeitos físicos, a alteração
orgânica no corpo físico é imediatamente visível ou
passível de constatação pelos sentidos ou
aparelhamentos materiais.

Na ação fluídica sobre o perispírito, a cura será


avaliada depois, pelos efeitos posteriores no corpo físico.
Agindo através dos centros anímicos, órgãos de ligação
com o perispírito, atinge-se este, que também se
beneficia ao se purificar pela aceleração vibratória,
tornando-se, assim, incompatível com as de mais baixo
padrão.

É desta forma que se operam as curas de


perturbações espirituais, na parte que se refere ao
436
perturbado propriamente dito. Sabemos que a maior
parte das moléstias de fundo grave e permanente não
podem ser curadas porque representam resgates
cármicos em desenvolvimento, salvo quando há
permissão do Alto para curá-las. Entretanto, há
benefícios para o doente em todos os casos, porque se
conseguirá, no mínimo, uma atenuação do sofrimento.

A CURA NA MÃO DE TODOS

A faculdade de curar pela influência fluídica é muito


comum e pode se desenvolver por exercício. Todos nós,
estando saudáveis e equilibrados, podemos beneficiar os
doentes com passes, irradiações, água fluidificada etc.
Aprendendo e exercitando, desenvolvemos nosso
potencial de ação sobre os fluídos.

O poder curativo está na razão direta da pureza dos


fluidos produzidos, como qualidades morais ou pureza
de intenções, da energia da vontade, quando o desejo
ardente de ajudar provoca maior força de penetração, e
da ação do pensamento, dirigindo os fluidos em sua
aplicação.

A mediunidade de cura, porém, é bem mais rara,


espontânea e se caracteriza pela energia e
instantaneidade da ação. O médium de cura age pelo
simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar,
por um gesto, mesmo sem o uso de qualquer
medicamento. No evangelho, existem numerosos relatos
onde Jesus ou seus seguidores curam por ação fluídica,
alguns deles examinados por Allan Kardec no livro A
Gênese, capítulo XV.
437
CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A CURA

É lícito buscar a cura, mas não se pode exigi-Ia,


pois ela dependerá da atração e fixação dos fluidos
curadores por parte daqueles que devem recebê-los. A
cura se processa conforme nossa fé, merecimento ou
necessidade. Quando uma pessoa tem merecimento,
sua existência precisa continuar ou as tarefas a seu
cargo exigem boa saúde, a cura poderá ocorrer em
qualquer tempo e lugar, até mesmo sem intermediários
(aparentemente, porque ajuda espiritual sempre haverá).
No entanto, às vezes, o bem do doente está em
continuar sofrendo aquela dor ou limitação, que o
reajusta e equilibra espiritualmente, o que nos faz pensar
que nossa prece não foi ouvida.

Para tanto, vejamos o que diz Emmanuel no livro


Seara dos Médiuns, no capítulo "Oração e Cura":
"Lembremo-nos de que lesões e chagas, frustrações e
defeitos em nossa forma externa são remédios da alma
que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus. A cura só
se dará em caráter duradouro se corrigirmos nossas
atuais condições materiais e espirituais. A verdadeira
saúde e equilíbrio vêm da paz que em espírito
soubermos manter onde, quando, como e com quem
estivermos. Empenhemo-nos em curar males físicos, se
possível, mas lembremos que o Espiritismo cura
sobretudo as moléstias morais".

De uma maneira primorosa, Allan Kardec nos situa


sobre o assunto: "A cura se opera mediante a
substituição de uma molécula malsã por uma molécula
438
sã. O poder curativo está, pois, na razão direta da
pureza da substância inoculada, mas depende também
da energia da vontade, que, quanto maior for, mais
abundante emissão fluídica provocará e tanto maior
força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das
intenções daquele que deseje realizar a cura, seja
homem ou espírito".
Daí então se depreende que são quatro as
condições fundamentais das quais depende o êxito da
cura: o poder curativo do fluido magnético animalizado
do próprio médium, a vontade do médium na doação de
sua força, a influenciação dos espíritos para dirigir e
aumentar a força do homem e as intenções, méritos e fé
daquele que deseja se curar.

O PASSE ESPÍRITA

Após algum tempo afastado, por motivo de


saúde, voltamos ao nossos estudos desta magnífica
Doutrina, que nos consola garantindo-nos um futuro
cheio de alegrias e trabalhos edificantes. Estamos
voltando com um estudo sobre uma aplicação da parte
prática da Doutrina Espírita, que é chamada de "Passe
Espírita".

Antes de tratar sobre o passe, precisamos definir


algumas coisas que se tornam importantes, como: o
439
passe (magnético, ou o usado nas religiões Hinduístas,
etc); o passe espírita; energia, fluido, etc.

Consideremos inicialmente o termo energia


mediúnica. Devemos, antes de tudo, pensar em alguns
conceitos necessários ao esclarecimento da terminologia
que muitas vezes vemos e ouvimos serem usadas sem o
cuidado necessário, para evitar que caiamos em erros
evidentes ou grosseiros, da mesma forma como
acontece no uso de outros termos.

Para iniciar, tomemos o termo FLUIDO e seu


conceito. Este termo tem gerado várias divergências
entre cientistas e os espíritos, de tal modo que cientistas
espíritas propuseram uma mudança no termo proposto
por Allan Kardec, na Doutrina Espírita. Na atualidade,
devido aos avanços da Ciência, verifica-se que Kardec
sempre esteve com a razão e inclusive o "fluido
magnético" voltou a ser melhor estudado, apesar da
Teoria da Sugestão Hipnótica ter suposto que havia
liquidado com este termo. Assim, passamos a estudar,
ou voltamos a estudar a Teoria do "Fluido Universal", em
função dos novos conceitos colocados por Albert
Einstein, incluindo o que mostra a Física Nuclear, acerca
da imagem fluídica do Universo. Essa imagem se
apresenta como energia dos campos de forças que
forma o vácuo aparente dos espaços siderais. Vale
salientar que estes espaços são os componentes da
vida, observados na sua fisiologia, como partículas
infinitamente pequenas, mas com grande poder e que
participam como elementos componentes do "tempo" e
do "pensamento" sendo conseguido realizar seu estudo
apenas pela Filosofia.
440
A partir da descoberta das máquinas Kirlian de
fotografia, têm-se estudado os campos imantados
usando energia elétrica de alta freqüência e acoplado à
máquina os potentes microscópios eletrônicos. Com
isso, têm-se comprovado a existência de área fluídica. A
partir daí, não podemos pensar em mediunidade como
uma energia fluídica, pois a sua natureza está evidente e
Kardec (ainda com a razão) analisou-a como um simples
processo de relação ou intermediação.

Assim, podemos afirmar que mediunidade não é


um tipo de energia, embora se processe por meio de
energias espirituais conjugadas a energias materiais
(magnéticas), sendo a dinâmica desta ação, totalmente
explicada a Kardec, pelos Espíritos Superiores (veja em
O Livro dos Médiuns).

Vamos, agora, passar ao estudo do passe,


examinando-o de modo geral e em seguida como passe
espírita.

Desde que o Homem tomou conhecimento de si


mesmo, e sentindo as possibilidades de resolver seus
mais íntimos problemas orgânicos, através das ações
espirituais, têm procurado entender o processo que o
levasse à cura de seus males. Queremos dizer que
muito antes do advento do Cristo, já existia a relação
passe X cura que se obtém por meio de fluidos,
impulsionados por energias (magnéticas ou espirituais),
que vai do passista ao doente. É claro que o agente
deve estar com a saúde boa. Com isso surge a pergunta:
Que é, ou quando a saúde é boa?
441
- A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera
que saúde não é necessariamente a ausência de
doença, mas um estado de completo bem-estar fisio-
psiquico-social. O que é muito difícil.

- Já a Doutrina Espírita diz que toda doença tem


origem no espírito, pois a ação moral em desequilíbrio no
ser, afeta seu perispírito e conseqüentemente afeta o
corpo. Isto é, o desajuste vibratório de um, afeta ao
outro, donde surgem as doenças

Sabendo dessas coisas, procuramos saber o que


é o PASSE.

Que dizem os dicionários?

O dicionário atualizado da Língua Portuguesa: (de


Houaiss) diz que PASSE é o ato de passar as mãos
repetidas vezes para diante ou por cima da pessoa que
se quer magnetizar ou curar pela força mediúnica.

O dicionário de Parapsicologia (de João Teixeira de


Paula) diz que são movimentos com as mãos feitos
pelos médiuns passistas, nos indivíduos com
desequilíbrio psicossomáticos ou apenas desejosos de
uma ação fluídica benéfica. Os passes espíritas são uma
imitação dos passes hipnomagnéticos com a única
diferença de contarem com a assistência invocada ou
sabida dos protetores espirituais.

442
Atualmente, após os estudos aprofundados sobre
a obra de Kardec, temos os conceitos espíritas sobre o
passe, encaixados nos seguintes tópicos:

* a)Passe é uma transmissão conjunta dos fluidos


do passista (fluidos de origem magnética) e fluidos
espirituais (oriundos dos benfeitores espirituais). OBS.
(1) lembrar que não é uma transfusão de energias, nem
puramente fluido animal (magnetização). (2) Lembrar,
também que transmissão de fluidos, não é obtida por
movimentação de mãos nem de coisa alguma, uma vez
que o fluido é gerado na dinâmica das energias que vão
ser usadas.

* b)A finalidade do passe é a harmonização do


físico ou do psiquismo trocando os fluidos doentes
(deletérios) por fluidos bons, produzindo o equilíbrio de
áreas lesadas. É importante que o equilíbrio neurológico
garanta a lucidez mental e intelectual do doente.

* c)Transmite-se o passe pelas mãos (sopro, ou


olhar, ou passe à distância, não são passes, mas outras
coisas que fogem à nossa alçada, no estudo que
pretendemos realizar, sobre passe espírita - garantimos
que sopro, olhar, esfregaços, etc. não são passes
espíritas- e no caso do "passe à distância", não é passe,
é uma irradiação - lembrar das diferentes definições que
foram dadas e não invencionices que procuram
satisfazer o "ego").

* d)A vontade é que relaciona o dar e receber do


passe. Quem ministra o passe, está imbuído da vontade
de servir e ajudar ao irmão necessitado, enquanto o que
443
recebe o passe tem vontade de se curar e se promete
modificar seus hábitos morais menos nobres.

* e)A cura se deve ao reajuste do espírito, pois o


passe é apenas um auxiliar.

* f)Para evitar recaídas é necessário que o


indivíduo promova uma mudança nas suas atitudes e
comportamentos.

* g)De acorde com Kardec, "cura se opera


mediante a substituição de moléculas malsã, por
molécula sã. O poder curativo estará, pois na razão
direta da substância inoculada; mas depende também,
da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais
abundante emissão fluídica provocará e tanto maior
força de penetração dá ao fluido" (Kardec, Gênese, item
31).

Ainda Kardec afirma no mesmo item de A Gênese:

O fluido universal é o elemento primitivo do corpo


carnal e do perispírito, os quais são simples
transformações dele. Pela identidade de sua natureza,
esse fluido condensado no perispírito, pode fornecer
princípios reparadores no corpo.

MECANISMO DO PASSE

O passe surgiu no Brasil, dentro do Espiritismo,


após algumas observações e questionamentos
444
realizados por Dr. Bezerra de Meneses (O médico dos
pobres), que havia estudado algumas coisas a respeito
de Espiritismo (as obras de Roustain que são apócrifas e
refutadas pelo próprio Codificador, devido a absurdos
doutrinários lá existentes). Vale salientar que Bezerra,
estudou as obras citadas porque foi o que lhe chegou às
mãos, àquela época. Além disso, Bezerra estudava com
afinco A Bíblia e lá encontra no novo testamento, a
indicação do Cristo que após impor as mãos sobre um
doente, diz aos apóstolos "fazei isto em meu nome..."
Isto é, Jesus dava passes e ensinou apenas com a
imposição de mãos sobre a cabeça do doente, e manda
que se faça isso em seu nome, obteríamos bons
resultados. Por isso Bezerra instituiu o PASSE no
Espiritismo no Brasil que termina sendo bem aceito. Nos
dias atuais, não sabemos o "por que", o passe toma
conotações totalmente esdrúxulas e continua apelidado
de "passe espírita". Mas vejamos de forma científica o
mecanismo do passe espírita, e a justa razão realizada
por Jesus.

- O papel do perispírito no passe é fundamental por


várias razões, dentre as quais destacamos a íntima
ligação com o corpo, a expansão, que permite o maior
entrosamento com os espíritos desencarnados.

- Deve haver mútua confiança entre passista e


doente para que haja a sintonia perispirítica.

- Sob ação da vontade e da fé, impomos as mãos


sobre a cabeça do doente e nossos fluidos, misturadas
aos dos benfeitores espirituais, agem sobre a pineal
(glândula) e a partir daí é irradiado, pelas vibrações do
445
perispírito, por todos os centros de forças (plexos)
afetados, onde moléculas malsãs são substituídas por
moléculas sadias. OBS.: Se examinamos no corpo físico
verificará que o Sistema Neurológico e o Sistema
Vascular irradiam-se dessa glândula e se distribui por
todos os centros de forças do corpo humano. Quando
provocamos uma vibração nas vizinhanças dessa
glândula os centros que estão afetados e em
desarmonia, passam a receber uma substituição de
moléculas doentes por moléculas sadias, em função das
vibrações provocadas pelos fluidos magnéticos (ou
materiais) do passista e dos fluidos refinados e sutis dos
Espíritos Superiores que se encarregam da ajuda ao
médium. Portanto, para aplicarmos um bom e completo
Passe Espírita, em um individuo necessitadas, basta à
imposição de mãos, Prece, Vontade e fé, sem os
requebros e ginásticas que vemos na atualidade, e que
não levam a nada. Salientamos que Passe Magnético,
usado pelos magnetizadores é feito em consultórios por
pessoa preparada de modo específico para isso, através
dos Curso de Magnetismo, dados pelas escola
especializadas.

APLICAÇÂO DE PASSE NA CASA ESPÍRITA

(De acordo com Allan Kardec, em o Livro dos


Médiuns, o Centro Espírita) é, fundamentalmente, um
núcleo de estudos, de fraternidade, de oração e de
trabalho moralizante, com base no Evangelho de Jesus e
à luz da Doutrina Espírita (reformador de 1992, no
editorial).
446
O passe foi incluído nas práticas espíritas como
auxiliar dos recursos terapêuticos objetivando a melhoria
moral dos necessitados dessa ação. As distorções ficam
por conta dos maus espíritas que disseminaram ou
disseminam informações errôneas e adotaram ou
adotam posturas místicas, procurando resolver
problemas financeiros, conjugais bem como outros
problemas de ordem puramente materiais, etc. Além
disso, existem os tomadores de passes que o fazem por
hábito, sem nada entenderem ou sem nada
necessitarem.

É, pois, dever do CE, por meio de seus


trabalhadores, esclarecerem aos que chegam à Casa.
Precisamos quase sempre dizer, de modo sucinto, o que
é um Centro Espírita, evitando muitos transtornos no
futuro, eliminando dúvidas e questiúnculas esdrúxulas.

Para o trabalhador passista, façamos a seguinte


anotação:

- O trabalhador que desempenha sua tarefa na


transmissão do passe, deve considerar seu trabalho,
como uma forma de servir ao próximo. Portanto, deve
estar preparado, técnica e praticamente, no
conhecimento de seu papel, bem como da Doutrina que
abraçou. Isto é, este trabalhador deve pensar na
necessidade imediata de adquirir qualidades para sua
própria evolução.

- Deve lembrar-se que o sistema nervoso esgotado,


deprimido, é canal que "não responde" e gera barreiras
447
intransponíveis pelo ser. A auto-fiscalização é, por isso,
fundamental. Esse trabalhador deve auto-educar-se,
pela alimentação, pela postura, eliminando os velhos
hábitos e substituindo-os por outros que sejam
moralizantes.

- Frisemos que, os trabalhadores que lidam com o


passe, devem adquirir conhecimentos da Doutrina
Espírita, sob todos os ângulos, para atuarem com acerto
e exemplificar sua ação em todos os lugares onde
esteja, seja no trabalho de sua manutenção e de sua
família, seja no trabalho espírita, seja no lazer, seja onde
estiver deverá servir de exemplo.

- O passista deve estar ciente que o êxito do


trabalho reclama experiência, horário, segurança e
responsabilidade do servidor fiel aos compromissos
assumidos.

ALGUMAS ORIENTAÇÔES:

. Utilizar, a rigor, a imposição de mãos. É uma ação


muito simples, sem ritual ou cacoetes.

. Todos os passistas são médiuns, logo deve ser


preparado como tal.

. O melhor local para o passe é o Centro Espírita.


Quando o paciente não pode vir, aconselha-se a
vibração à distância.

. Sendo o passe transmissão de força psíquico-


espiritual, dispensa o contato físico. Portanto, as mãos
448
do passista devem estar a uns dez centímetros de
distância do topo da cabeça daquele que recebe o
passe.

. O passe não deve ser aplicado se o médium


estiver em transe, caso contrário ele será um paciente e
não um agente.

.É necessária uma preparação espiritual antes da


aplicação de passes. Inicialmente somente entre os
passistas já no local designado para o passe, e depois
sempre uma rápida prece antes da ação sobre cada
grupo de pessoas que receberão o passe, com a
finalidade de harmonização do grupo que tomará
passes.

. O passista não precisa receber passes ao fazer


sua doação fluídica, pois após as aplicações de passes
os Espíritos Superiores que participam dos passes se
encarregam de repor com o que foi gasto, com
elementos espirituais finíssimos e bem melhores,
conseqüentemente, do que tínhamos antes dos passes.

O PASSE NOS GRUPOS MEDIÚNICO

Nos grupos mediúnicos, um dos componentes


são os passistas, e em alguns casos. Até o próprio
dirigente do grupo, serve como tal. O objetivo das
presenças desses passistas, nestes grupos mediúnicos,
449
é atender as perdas de energias que por vezes são
observadas durante alguns fenômenos. Vejamos alguns
casos:

- Como forma de doar fluidos salutares e


magnéticos aos espíritos sofredores objetivando a
recuperação ou equilíbrio do estado mental e emocional
dessas entidades, para facilitar o transporte deles, pelos
Espíritos encarregados do trabalho, na reunião;

- Também pode auxiliar o médium na comunicação


mediúnica a fim de dissipar fluidos deletérios, para não
atingirem diretamente o equilíbrio do médium. Pois, em
alguns casos, ficam resíduos de emanações deletérias
do espírito que foi afastado, no médium e neste caso os
passes, ao aumentarem a carga energética (mistura do
fluido magnético do passista com o fluido espiritual do
Espírito Superior encarregado de tal ação), no médium
fica restabelecido para nova ação mediúnica;

- Não deve ser transformado em conduta


obrigatória, pois o médium harmonizado com o plano
espiritual superior recebe os recursos e não se deixa
influenciar pelas ações, emoções ou sentimentos do
sofredor. Salientamos que nos grupos equilibrados e
harmonizados, esta ação de passes descrita no item
anterior, se tornam sem necessidade;

-O passe se faz necessário nas reuniões


mediúnicas quando as entidades comunicantes sofrem
de: necessidades especiais, suicidas, alienados mentais
ou possuidores de graves lesões perispirituais e os
450
obsessores. Vale salientar que os passes nestes
ocasiões é dado no espírito sofredor e não no médium;

- O atendimento a esses espíritos nas reuniões


mediúnicas, mostra que a aplicação de passes pode ser
observada regularmente, devido à absorção de fluidos
de todos os presentes e os instrutores espirituais estão
prontos a repor o dispêndio de forças através de
recursos magnéticos de modo muito sutil. Logo, não há
necessidade do passe indiscriminado após a reunião,
nem seria lógico a troca de passes entre os participantes
de uma reunião mediúnica, pois não tem sentido, nem
científico nem espiritual. Equivalentemente, não tem
sentido os denominados AUTO-PASSES, pois este
comportamento é um ato de puro desajuste psíquico,
devido a um raciocínio muito simples: Como é que uma
pessoas sem energia pode repor suas próprias energias,
retirando fluidos de onde não há?

-NÃO DAR PASSES INDISCRIMINADOS. Nos


participantes antes ou depois, nem existe razão para dar
passe toda vez que se dá uma comunicação.

- Médium em transe só recebe passe se estiver sob


ação perturbadora, pois as emanações de entidades
tornam-se perigosas e os passes neste momento,
amenizam tais emanações.

RECOMENDAÇÕES FINAIS AOS PASSISTAS

451
- Não toque no doente;

-Não dê orientações (inclusive mediúnicas) durante


o passe;

- Não seja exibicionista, evite bocejos, gestos,


respiração forte;

- Mantenha sintonia com os Espíritos Superiores;

- Mantenha-se em prece, para garantir vibrações


elevadas;

- Cuidado com a saúde e com a nutrição;

- Participar de reuniões de estudo;

- Não aplicar passes se fez uso de bebidas


alcoólicas, substâncias tóxicas de qualquer espécie;

- Seguir as orientações da Doutrina Espírita.

Prezados amigos, estas são as informações que


podemos e temos para dar-lhes acerca do passe na
Casa Espírita. Nossa finalidade é evitar que outros tipos
de passes possam deturpar a bela, nobre e
profundamente consoladora Doutrina Espírita, na forma
codificada por Allan Kardec.

452
Paramos por aqui, colocamo-nos ao seu inteiro
dispor, para o que possamos ajudar a resolver, e fiquem
com o Cristo de Deus. Um beijo do

CF, O

BIBLIOGRAFIA

(1) KARDEK, Allan: O Evangelho segundo o


Espiritismo;

(2)--------,, ----------: A Gênese

(3)--------,, ---------: O Livro dos Médiuns

(4) Equipe do Projeto Manoel Philomeno de


Miranda: Terapia pelos passes;

(5) FRANCO, Divaldo e TEIXIEIRA, Raul: Diretrizes


de Segurança;

(6) LUIZ, André, Xavier Francisco: Mecanismo da


Mediunidade;

(7) PIRES, Herculano: Mediunidade


453
(8) -----------,, ----------: Curso sobre Espiritismo
"Espiritismo este desconhecido";

(9) MIRANDA, Hermínio: Dialogo com as Sombras;


(10)--------------,, ---------: Diversidade dos Carismas

Copyright ® 2008

SEF – Sociedade Espírita Fraternidade

Fundada a 04 de outubro de 1.959.


Filiada a federação Espírita do Paraná

"Fé inabalável só o é a que pode encarar

frente a frente a razão, em todas

as épocas da Humanidade".

PASSE E IRRADIAÇÃO
A SUBLIME DOAÇÃO

"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas


tenho o que tenho isto te dou. Em nome de Jesus-Cristo,
o Nazareno levanta-te e anda". (Atos, 3:6.).

À porta do templo, chamada Formosa, o Apóstolo


Pedro e o deficiente físico.
454
Entre ambos um momento de expectativa.

Da alma cansada e sofrida – que espera.

Da alma plena de fé e estuante de amor – que doa.

Não há indagação nem hesitações.

Apenas a sublime doação.

Eis aí o significado profundamente belo e sublimado


do passe:

A doação de alma para alma.

"É muito comum a faculdade de curar pela influencia


fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício;
mas, a de curar instantaneamente, pela imposição das
mãos, essa é mais rara e o seu grau máximo se deve
considerar excepcional". (Allan Kardec – A Gênese, Cap.
XIV, item 34).

Preliminarmente, analisaremos algumas definições


e menções não espíritas dos passes.

1) – Conforme o Novo Dicionário da Língua


Portuguesa, editora Nova Fronteira, Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira:

Passe: Ato de passar as mãos repetidamente ante


os olhos de uma pessoa para magnetiza-la, ou sobre
uma parte doente de uma pessoa para cura-la.
455
2) – De acordo com o Dicionário Escolar da Língua
Portuguesa, MEC – Fename, Francisco da S. Bueno:

Passes: Ato de passar as mãos repetidas vezes por


diante dos olhos de quem se quer magnetizar ou sobre a
parte doente da pessoa que se pretende curar pela força
mediúnica. (essa definição, por sinal, é a mesma
encontrada no Dicionário da Academia Brasileira de
Letras).

3) – Conforme o Dicionario Enciclopédico


Espiritismo Metapsíquica Parapsicologia Editores Bels S.
A . de João Teixeira de Paula:

Passes; Movimentos com as mãos, feitos pelos


médiuns passistas, nos indivíduos com desequilíbrios
psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação
fluídica benéfica. (...) Os passes espíritas são uma
imitação dos passes hipnomagneticos, com a única
diferença de contarem com a assistência, invocada e
sabida dos protetores espirituais.

Definições Espíritas e dos Espíritos acerca do


Passe

O Passe é uma transfusão de energias psíquicas


(...) Emmanuel (O Consolador, Cap. V, questão 98).

O Passe é uma transfusão de energias, alterando o


campo celular. Áulus – André Luiz (Nos Domínios da
Mediunidade, Cap. XVII).
456
O Passe, como gênero de auxilio, invariavelmente
aplicado sem qualquer contra-indicação, é sempre
valioso no tratamento devido aos enfermos de toda
classe (...) André Luiz – (Mecanismos da Mediunidade,
Cap. XII, Passe e Oração).

O Passe e, antes de tudo, uma transfusão de amor.


Divaldo Pereira Franco (Diálogo com Dirigentes e
Trabalhadores Espíritas – O Passe – propriedades e
efeitos).

O Passe é um ato de amor na sua expressão mais


sublimada. Suely Caldas Schubert.
(Obsessão/Desobsessão – A importância da
fluidoterapia).

Citações acerca do Passe no Velho Testamento:

"Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo:


Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será
restaurada, e ficarás limpo. Naamã, porém, muito se
indignou, e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a
ater comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do
Senhor seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra,
e restauraria o leproso (Grifo Nosso). II Reis, Cap. V, vv.
10 e 11".

"Josué, filho de Num estava cheio do espírito de


sabedoria, porquanto Moisés havia posto sobre ele suas
mãos: assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e
fizeram como o Senhor ordenara a Moisés. (grifo nosso).
Deuteronômio, Cap. XXXIV, vv. 9 a 12".
457
Citações acerca do Passe no Novo Testamento:

"E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe dizendo:


Quero, fica limpa! E imediatamente ele ficou limpo de
sua lepra". (grifo nosso). Mateus, Cap. VIII, v. 3.

"Então Ananias foi e, entrando na casa, impôs as


mãos sobre ele dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me
enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no
caminho por onde vinhas, para que recupere a vista e
fiques cheio do Espírito Santo". (grifo nosso) Atos, Cap.
IX, v. 17.

Existe diferença entre Passe i Imposição das Mãos?

Em termos espíritas, passes tanto pode ser


entendido como o conjunto de recursos de transferências
fluídicas levadas a efeito com fins fluidoterápicos, como
uma das maneiras pela qual se faz transferências. No
primeiro caso, a imposição de mãos seria um dos
recursos; no segundo, uma das maneiras.

Assim sendo, de forma literal, o passe e imposição


de mãos não são a mesma coisa; em termos de uso,
tem-se a imposição de mãos como uma técnica de
passe, tanto que é comum se falar de um querendo-se
dar a entender o outro.

É importante se observar a ponderação da Dalva


Silva Souza, na Revista Reformador de janeiro de 1.986,
p. 16 que menciona: "A palavra passe é um deverbal
(substantivo que é derivado do verbo; o mesmo que pós-
verbal – ex. caça, venda, compra) (obs. nossa) de
458
passar, verbo que, sem dúvida, transmite a idéia de
movimento. Por outro lado, imposição de mãos já deixa
bem induzido que se trata de atitude estática, sem
movimento, posto que, derivado do verbo impor,
imposição, nesse sentido, quer dizer: ato de fixar,
estabelecer".

Os Objetivos do Passe:

(Conforme a objetividade e a lucidez do Espírito


André Luiz, o que nos faz meditar com grande proveito,
quando nos ensina que: "O passe não é unicamente
transfusão de energias anímicas. É o equilíbrio ideal da
mente, apoio eficaz de todos os tratamentos (...) Se
usamos o antibiótico no campo físico, porque não adotar
o passe por agente capaz de impedir as alucinações
depressivas, no campo da alma?) Se atendemos a
assepsia, no que se refere ao corpo, porque descurar
dessa mesma assepsia no que tange ao espírito?"
(André Luiz Opinião Espírita – O Passe, Cap. 55).

Quando André Luiz então nos ensina que o passe é


o equilibrante ideal da mente, funcionando como
coadjuvante em todos os tratamentos, não só físicos,
mas igualmente da alma, fica bem caracterizado que os
objetivos a serem alcançados estão em dois campos:
Material e Espiritual.

Corroborando com isso, encontramos Martins


Peralva no seu Livro Estudando a Mediunidade, Cap. 26
– Passes, que ensina: "O socorro através de passes, aos
que sofrem do corpo e da alma, é instituição de alcance
fraternal que remonta aos mais recuados tempos".
459
Tipos de Passes:

Segundo Martins Peralva, no seu Livro e Capitulo


acima mencionado, que convém que se esclareça, é
totalmente baseado na Obra Nos Domínios da
Mediunidade, pelo Espírito André Luiz, nos esclarece
que existem 02 tipos de passes, assim discriminados:

1) – Passes ministrados com recursos magnéticos


do próprio médium:

Cumpre-se ressaltar que, preparando o advento do


espiritismo, surgiu no mundo o magnetismo, já entrevisto
por Paracelso, e estabelecido em toda a sua realidade
por Anton Mesmer.

A principio rudemente combatido pela Ciência e pelo


oficialismo médico, impôs-se, entretanto, às massas
sofredoras, através das curas magnéticas do Marquês
de Puységur,do Barão Du Potet de Lafontaine, entre
tantos outros.

Ao lado da água magnetizada serviam-se os


magnetizadores também dos passes durante os quais,
obedecendo à sua potente vontade, fluía o magnetismo
por suas mãos, impostos à altura da cabeça do enfermo,
ou do tórax, ou do abdômen, e daí descendo ao longo
dos membros ou de todo o corpo, num sentido
longitudinal, ou transversal ou em círculos.

Quando surge o Espiritismo e em seus Centros se


instalaram os Serviços de Assistência a enfermos,
460
apareceram os médiuns curadores e receististas, e entre
eles os passistas que, sob a ação dos Espíritos e por
eles assistidos e instruídos, realizavam tratamentos
eficazes, por meio de Passes Espirituais.

Aí então adentramos na analise dos Passes


Espirituais.

2) – Passes ministrados com recursos magnéticos


hauridos, no momento, do Plano Divino:

Conforme Lauro de Oliveira São Thiago (redator da


Revista Reformador, trabalhando ao lado do Diretor
Juvanir Borges de Souza e o Diretor Substituto, Altivo
Ferreira) na Revista Reformador 1.969, de ABR/93, nos
ensina que os Passes Espirituais, assim chamados
porque agora transmitidos por médiuns, mas com a
participação predominante de Espíritos benfeitores,
intervindo na atração e doação fluídicas.

As coisas se passavam de maneira muito simples,


com a boa-vontade, a fé e a caridade dos médiuns e a
bondade dos Espíritos. Continuam assim se passando
até hoje e assim devem continuar, como expressão da fé
e com base no sentimento de caridade dos devotados
trabalhadores da Seara mediúnica.

Nos ensina J. Herculano Pires, no seu Livro


Obsessão, O Passe, A Doutrinação, no Cap. 1 – Do
Passe – Suas Origens, Aplicação e Efeitos, que o Passe
Espírita é simplesmente a imposição das mãos usada e
ensinada por Jesus, como se vê nos Evangelhos.
461
O Passista Espírita consciente, conhecedor da
Doutrina e suficientemente humilde para compreender
que ele pouco sabe a respeito dos fluidos espirituais – e
o que pensa saber é simples pretensão orgulhosa, limita-
se à função mediúnica de intermediário.

O Passe Espírita é prece, concentração e doação.

Lembramos Martin Peralva, que ressalta que em


qualquer dessas modalidades, o passe procede sempre
de Deus.

Essa certeza deve contribuir para que o médium


seja uma criatura humilde, cultivando sempre a idéia de
que é um simples intermediário do Supremo Poder, não
lhe sendo lícito, portanto, atribuir a si mesmo qualquer
mérito no trabalho.

Qualquer expressão de vaidade, além de constituir


insensatez, significa começo de queda.

Além da humildade deve o passista cultivar as


seguintes qualidades

a) – Boa vontade e fé:

b) – Prece e mente pura:

c) – elevação de sentimentos e Amor.

A Prece, especialmente, representa elemento


indispensável para que a alma do passista estabeleça
comunhão direta com as forças do bem, favorecendo
462
assim, a canalização, através da mente, dos recursos
magnéticos das esferas elevadas.

A oração é prodigioso banho de forças, tal a


vigorosa corrente mental que atrai.

Por ela, consegue o passista duas coisas


importantes e que asseguram o êxito de sua tarefa:

a) – expulsar do próprio mundo interior os sombrios


pensamentos remanescentes da atividade comum,
durante o dia de lutas materiais;

b) – Sorver do Plano Espiritual as "substâncias


renovadoras" de que se repleta, a fim de conseguir
operar com eficiência a favor do próximo.

Através dessa preparação, consegue o médium,


simultaneamente, ajudar e ser ajudado; receber e doar
ao mesmo tempo.

Quanto mais se renova para o bem, quanto mais se


moraliza e se engrandece, espiritualizando-se, maiores
possibilidades de servir adquire o companheiro que
serve ao Espiritismo Cristão no serviço de passes.

Cuidados do Passista como medianeiro da


Espiritualidade Susperior:

Não podemos nos olvidar que o Passe é uma


transfusão de energias psicofísicas. E, sendo o passista,
naturalmente, um medianeiro da Espiritualidade
Superior, deve cuidar de sua saúde física e mental.
463
Com esse entendimento, o "veiculo" dessas
transfusões de energias deve, sem dúvida, ser bem
cuidado.

Aconselha Emmanuel que a "Higiene", a


temperança, a medicina preventiva e a disciplina jamais
deverão ser esquecidas. Adverte ainda, que na vida tudo
é afinidade e comunhão sob as leis magnéticas que lhe
presidem os fenômenos.

Com esse entendimento, é facilmente


compreensível que reduzem, sensivelmente, as
possibilidades do seareiro invigilante:

a) – Mágoas excessivas e paixões;

b) – Alimentos inadequados e alcoólicos;

c) – Desequilíbrio nervoso e inquietude.

Alimentação excessiva favorece a vampirização da


criatura por entidades infelizes, o mesmo ocorrendo com
os alcoólicos em demasia.

O equilíbrio do sistema nervoso e a ausência de


paixões obsidentes propiciam um estado receptivo
favorável à transmissão do passe.

Logo, educar-nos mentalmente e curar-nos


fisicamente, a fim de melhor podermos servir ao próximo,
afiguram-se nos impositivos a que não nos devemos
subtrair.
464
O passe com relação ao Passista:

Além de todos os requisitos, precauções e cuidados


já mencionados anteriormente, é de extrema importância
que haja por parte do passista:

a) – Confiança: Plena da grandiosidade do trabalho


que se desenvolve e de sua participação nele.

O Passista que não confia no alto limita, também, a


sua capacidade receptiva. Fecha desta maneira, as
portas da "casa mental" obstando o acesso dos recursos
magnéticos.

b) – Harmonia Interior: É também imprescindível


para que possa ocorrer com excelência o processo de
filtragem dos fluidos salutares.

c) – Respeito: Ante a tarefa assistencial que se


realiza através do Passe. Respeito ao Pai Celestial, aos
Instrutores Espirituais e àqueles que lhe buscam o
concurso.

No Passe Direto (designação essa que o diferencia


do Passe a Distancia – Irradiação) depois de orar,
silenciosamente, o médium é inteiramente envolvido
pelos fluidos curadores hauridos no Plano Espiritual e
que se canalizam para o organismo do doente.

2) – O Passe com relação ao Paciente:

465
O Paciente, no momento que recebe o passe, com
confiança e fé, tem a sua mente e o seu coração
funcionando à maneira de poderoso imã.

É de muita importância o preparo imediato anterior


ao recebido do passe.

O reequilíbrio, a harmonização que devem se


processar, ajudados pelos trabalhos precedentes –
leitura do preparo de ambiente, a exposição e a prece
silenciosa antes de se adentrar à Câmara de Passes.

É aconselhável que ore o individuo, em silencio


enquanto recebe o passe, a fim de que sua organização
psicofísica incorpore e assimile, integralmente, as
energias projetadas pelo passista.

Tal atitude criará, franca receptividade ante o


socorro magnético.

Por outro lado, com relação ao descrente, o irônico


e o duro de coração, o fenômeno se opera de forma
diferente, pois ele estará repelindo os jorros de fluidos
que o médium canaliza para o seu organismo (vide em
apenso, no final, quadro explicativo dos envolvidos no
momento do passe).

Irradiações:

Podemos dizer que o tratamento mediante passes


pode ser feito diretamente, com o enfermo presente aos
trabalhos, ou através de Irradiações Magnéticas, com o
enfermo à distancia.
466
Conforme nos ensina Emmanuel nas suas obras
Vinha de Luz (Cap. 163) e Fonte Viva (Cap. 149) há
duas formas de irradiação:

a) – Há uma irradiação psíquica constante que


realizamos automaticamente em nosso derredor – é o
que o Espírito André Luiz chama de "Hálito Mental".

As pessoas sensíveis, mediunicamente falando,


sentem com precisão o estado do ambiente e das
pessoas que o compõem pelo fato de perceberem esta
irradiação.

b) – Outro tipo de Irradiação é aquela que se faz à


distancia projetando o nosso pensamento e sentimentos
em favor de alguém, movimentando as forças psíquicas
através da vontade.

Os bons sentimentos, os bons pensamentos, os


bons atos, vão plasmando na "atmosfera espiritual" da
criatura, uma tonalidade vibratória e uma quantidade de
fluidos agradáveis e salutares que poderão ser
mobilizados através da vontade dirigida.

Nas chamadas "Sessões de Irradiações", os


doentes são beneficiados à distancia não somente em
virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos
encarnados, como pelas energias extraídas dos
presentes pelos cooperadores espirituais e conduzidas
ao local onde se encontra o irmão enfermo.

467
Alerta, mais uma vez, Emmanuel, agora por
intermédio do Livro Palavras de Vida eterna (Cap. 31),
que o potencial movimentado é aplicado de acordo com
o critério que o mundo espiritual achar conveniente.

Esclarece André Luiz que sem o recolhimento e


respeito na receptividade, não conseguimos fixar os
recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor,
porque o escárnio e a dureza de coração podem ser
comparados a espessas camadas de gelo sobre o
templo da alma.

Em especial nos passes à distância, comum nas


sessões de Irradiações, vejamos os esclarecimentos:

"No passe a distancia, é imprescindível a sintonia


entre aquele que o administra e aquele que o recebe.
Nesse caso, diversos companheiros espirituais se
ajuntam no trabalho de auxilio, favorecendo a realização,
e a prece silenciosa será o melhor veiculo da força
curadora".

Deve, então, a pessoa que irradia inicialmente se


concentrar, orar em seguida e, depois, pela vontade,
focalizar o objeto de sua irradiação e transmitir aquilo
que deseja: paz, conforto, coragem, saúde, equilíbrio,
paciência, etc.

Passes – Locais de Aplicação:

Devemos, inicialmente, relembrar o que preconizou


Jesus quando mencionou que "onde estiverem dois ou
468
três reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles".
(Mateus, Cap. XVIII, v. 20).

Allan Kardec, afirmou que "uma reunião é um ser


coletivo, cujas qualidades e propriedades são a
resultante das de seus membros". (O Livro dos Médiuns,
Cap. 29, item 331 – Das reuniões e das Sociedades
Espíritas).

Conjugando-se tais posições, vemos que elas se


completam, fazendo-nos concluir que o ambiente de uma
reunião será bom se observamos que "As condições do
meio serão tanto melhores, quanto mais homogeneidade
houver para o bem, mais sentimentos puros e elevados
(...)" Kardec, O Livro dos Médiuns, Cap. 21, item 233 –
Da Influência do Meio).

Assim, o lugar onde se verifique reuniões sérias e


com fins nobres, ter-se-á sempre, um "clima" favorável
aos trabalhos de passes.

Partindo-se da afirmação do Espírito André Luiz, no


seu Livro Desobsessão Cap. IX, Templo Espírita) de que:
"No Templo Espírita, os instrutores desencarnados
conseguem localizar recursos avançados do plano
espiritual para o socorro a obsediados e obsessores (...)
e na certeza de que os fluidos nesses ambientes
favorecem excelentes condições para combinações
fluídicas altamente ricas e profícuas em face das
elevadas vibrações aí reinantes, podemos afirmar
categoricamente que a Instituição verdadeiramente
Espírita é o lugar ideal para a aplicação do passe".
469
Na Casa Espírita existem Equipes Espirituais
trabalhando intensamente a tal mister, como se pode
perceber nesse registro do Espírito André Luiz, no Livro
Nos Domínios da Mediunidade, Cap. XVII, onde Hilário
pergunta a Conrado (no plano espiritual):

"- O amigo permanece freqüentemente aqui?

"- Sim, tomamos sob nossa responsabilidade os


serviços assistenciais da Instituição, em favor dos
doentes, duas noites por semana.

"- Dos enfermos tão somente encarnados?

"- Não é bem assim. Atendemos aos necessitados


de qualquer procedência.

"- Conta com muitos cooperadores?

"- Integramos um quadro de auxiliares, de acordo


com a organização estabelecida pelos mentores da
Esfera Superior.

"- Quer dizer que, numa casa como esta, há


colaboradores espirituais devidamente fichados (...)?

"- Perfeitamente. (...) o êxito do trabalho reclama


experiência, horário, segurança e responsabilidade do
servidor fiel aos compromissos assumidos. A Lei não
pode menosprezar as linhas da lógica".

Com base no exposto, somos levados a meditar na


evidencia da Casa Espírita como o mais apropriado lugar
470
para se fazer a aplicação do passe e, de preferência em
uma sala própria se houver a disponibilidade.

Passes aplicados fora da Casa Espírita:

A nível ilustrativo, evocamos a existência da UTIs


móveis prestando serviços aos pacientes fora dos
Hospitais e Consultórios, em casos de urgência, ou
quando as condições dos mesmos, pela precariedade,
não os permitem receber o atendimento diretamente na
Casa Hospitalar.

Analogicamente, também em condições acima


especificadas, ou outras que devam ser consideradas,
pode-se e deve-se levar esse auxilio fraterno aos que
dele necessitam, porem, como se trata de
excepcionalização ao ideal indicado, convém sejam
tomadas algumas providências, como recomenda Suely
Caldas Schubert, no seu Livro Obsessão/Desobsessão,
(Cap. VIII – Os recursos Espíritas) "Se houver imperiosa
necessidade de se socorrer o paciente em seu lar, por
exemplo, através do passe, é imprescindível que
compareçam, no mínimo dois integrantes da equipe".

É altamente salutar e benéfico que a família do


doente/necessitado procure colaborar da melhor maneira
possível nesse momento, mantendo a casa em silencio,
com o devido recolhimento, preces e acompanhando
alguém da família o desenvolvimento da atividade.
Também é importante o esclarecimento de que tal
atendimento é excepcional e temporário, devendo o
paciente, após ter condições para tal, procurar a Casa
471
Espírita e procurarem todos o "alimento espiritual",
através do "Pão do Evangelho".

A outros locais, como por exemplo, Hospitais,


Clinicas, com o devido consentimento do paciente, da
família, com as mesmas observações.

Água Fluidificada:

A água fluidificada é um dos mais notáveis


coadjuvantes dos tratamentos fluidoterápicos.

Nos orienta o Dr. Bezerra de Menezes, no Livro


Loucura e Obsessão (Cap. III, As Consultas) que: "A
água, em face da constituição molecular, é elemento que
absorve e conduz a bionergia que lhe é ministrada.
Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos
orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz
portadora".

Técnica da Fluidificação:

Quando em reuniões, os próprios espíritos pela


manipulação dos fluidos espirituais fluidificarão as
nossas águas, quer atendendo nossas orações, quer
durante as reuniões de Evangelização, quer durante as
reuniões do "Evangelho no Lar" ou mesmo à cabeceira
de nossas camas, quando estamos em atendimento à
distancia. No caso, nossa participação se dá pela fé
perseverante, pela vontade e oração sinceras.

Quanto a questão dos vasilhames estarem abertos


ou fechados, não faz a menor diferença, pois nenhuma
472
matéria até aonde todas as pesquisas científicas e
espíritas já chegaram, é capaz de deter ou opor
obstáculos à transmissão fluídica. Prova-os os
atendimentos à distancia.

No Livro O Consolador importante questão é


aventada junto ao Espírito Emmanuel quando é
indagado: (Questão 1103) – "No tratamento ministrado
pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um
doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?" R. – "A
água pode ser fluidificada, de modo geral, em beneficio
de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para
determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que
o uso seja pessoal e exclusivo".

Com relação ao trabalho desenvolvido pela


Espiritualidade, vejamos, episódio narrado por André
Luiz no Livro Nos Domínios da Mediunidade (Cap. XII
Clarividência e Clariaudiência), (Elucidações do Espírito
Áulus): "(...) A água potável destina-se a ser fluidificada.
O líquido simples receberá recursos magnéticos de
sabido valor para o equilíbrio psicofísico dos
circunstantes".

"(...) Daí a instantes, de sua destra espalmada sobre


o jarro, partículas radiosas eram projetadas sobre o
líquido cristalino que as absorvia de maneira total".

"– Por intermédio da água fluidificada – continuou


Áulus -, precioso esforço de medicação pode ser levado
a efeito. Há lesões e deficiências no veiculo espiritual a
se estamparem no corpo físico, que somente a
473
intervenção magnética consegue aliviar, até que os
interesses se disponham à própria cura".

Demais Aspectos:

Para se ministrar o Passe é necessário


"Incorporação Mediúnica?"

R. Não. O fluxo energético se mantém e se projeta


às custas da vontade do passista, como também de
entidades espirituais desencarnadas, que o auxiliam na
composição dos fluidos – não havendo, portanto a
necessidade de "incorporação mediúnica".

O médium a somente sob a influencia da entidade


e, por isso, não precisa falar, aconselhar ou transmitir
mensagem concomitantemente ao passe.

Daí decorre que o passe deve ser silencioso,


discreto, sem o balbuciar e preces, e repetição de
chavões ou palavras sacramentais.

Toques durante o Passe.

Conforme nos ensina Emmanuel, no Livro O


Consolador, questão 99, "O Passe é a transmissão de
uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer
contato físico na sua aplicação".

Herculano Pires, no Livro Mediunidade – Vida e


Comunicação, Cap. IX – A moral mediúnica, estabelece
que: "Nas reuniões de Passes proíbe-se o toque dos
médiuns nos pacientes, a não ser para ajuda-los em
474
casos extremos, para evitar mal-entendidos e suspeitas
maliciosas que atentam contra o Médium, a Casa
Espírita e a Doutrina.

Não é necessário de maneira alguma o toque do


médium, nem mesmo a pretexto de transfusão fluídica.

* As mãos do médium funcionam nos passes como


antenas captadoras e emissoras de vibrações dos
Espíritos.

A imposição das mãos, como fez Jesus é o exemplo


correto de transmitir o passe.

Os movimentos que gradativamente foram sendo


incorporado à forma de aplicação do passe criaram
verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita,
desfigurando a verdadeira técnica.

Os passistas passaram a se preocupar mais com os


movimentos que deveriam realizar do que com o dirigir
os seus pensamentos para movimentar os fluidos.

A Aura Humana.

O Espírito André Luiz, no seu Livro Evolução em


Dois Mundos, Cap. XVII, - Aura Humana e Mediunidade
Inicial comenta que:

"É claramente compreensível que todas as


agregações celulares, emitem radiações e que essas
radiações se articulam, através de sinergias funcionais a
475
se constituírem em verdadeiros tecidos de força em
torno dos corpos que as exteriorizam".

"Todos os seres vivos se revestem de um halo


energético que lhes corresponde à natureza".

"No homem, semelhante projeção surge


profundamente enriquecida e modificada pelos fatores
do pensamento contínuo, que, em se ajustando a
emanações do corpo celular, lhe modelam em derredor
da personalidade o conhecido Corpo Vital ou Duplo
Etéreo de algumas escolas espirituais – duplicatas mais
ou menos radiante da criatura.

Aí temos nessa conjugação de forças físico-


quimicas e mentais a AURA HUMANA, peculiar a cada
individuo, interpenetrando-o ao mesmo tempo em que
parece emergir dele. Valendo por espelho sensível que
em todos os estados da alma se estampam com sinais
característicos e em todas as idéias se evidenciam,
plasmando telas vivas.

- Fotosfera psíquica, atendendo a cromática


variada, segundo a onda mental que emitimos,
retratando-nos todos os pensamentos e cores.

- Quando ela é detectada, mostramo-nos


exatamente como e o que somos físico-psiquica e
moralmente.

- Por ser nossa irradiação emitida diretamente ao


meio externo, comunicamos ao mundo material e
espiritual, nossa faixa de vibração.
476
- Não é ela, contudo Espírito ou Perispírito. É na
verdade uma emanação do perispírito, com
impregnações morais do Espírito e orgânicas do corpo.

o: Evidências científicas - III


José Lucas

Associação Cultural Espírita de Portugal

O Espiritismo tem uma componente científica.


Agora, são os cientistas não espíritas que o vêm
comprovar. Vamos hoje continuar com experiências
científicas que provam a eficácia da fluidoterapia, prática
comum nas associações espíritas, que engloba o passe
espírita (transmissão do magnetismo humano mais
energias espirituais para a pessoa necessitada) e a água
magnetizada por essas mesmas energias.

A Drª Dolores Krieger, doutora em Filosofia, prof. de


Enfermagem na Universidade de Nova Iorque «...teve
oportunidade de observar o desempenho do Coronel
Stabany (um conhecido curador Húngaro, reformado do
exército, com fama de ter capacidades magnéticas
curativas) durante várias semanas de cada verão, numa
clínica (provisória) de cura. Ela ficou impressionada com
a quantidade de pessoas, cuja saúde melhorava,
inclusive casos dados como perdidos pela medicina.»
477
(As Curas Paranormais - como se processam, cap. 13,
10ª ed.; São Paulo: Pensamento, 1995).

Assim sendo, ela decidiu investigar. Utilizou um


grupo de vários doentes, e solicitou o apoio do Coronel
Stabany e da Dr.ª Otelia Bengssten, MD (médica), bem
como da Sr.a Dora Kunz (vidente). Um grupo recebeu
tratamento directo, por imposição das mãos. A Dr.ª
Krieger mediu os níveis de hemoglobina, antes e depois
do passe magnético (imposição das mãos) efectuado
pelo Coronel Stabany, e «Constatou a ocorrência de
aumentos significativos nos níveis de hemoglobina dos
pacientes do grupo que recebeu o passe» (Medicina
Vibracional - Uma Medicina para o Futuro, cap. VIII, 12ª
ed.; São Paulo: Cultrix).

«A tendência para a energia curativa elevar os


níveis de hemoglobina era tão forte, que pacientes
cancerosos submetidos à cura, por imposição das mãos,
apresentaram ocasionalmente elevações nos níveis de
hemoglobina, apesar de estarem a ser tratados com
quimioterapia.» (Gerber, cap. VIII, 1997). «Foi
demonstrado que as elevações nos níveis sanguíneos
de hemoglobina indicavam, com segurança, a ocorrência
de verdadeiras alterações bioenergéticas e fisiológicas,
produzidas pela aplicação das energias curativas.»
(Gerber, cap. VIII, 1997).

Mas não foi somente esta cientista que pôde


comprovar a acção eficaz da fluidoterapia através do
passe magnético (imposição das mãos). Uma outra
cientista decidiu investigar outras áreas.
478
O passe espírita, com imposição das mãos, bem
como a água magnetizada pelos curadores, influem
positivamente na saúde física e psíquica das pessoas.
A Dr.ª Justa Smith, freira franciscana, bioquímica e
enzimologista, recebeu o título de doutora em pesquisa
original sobre os efeitos dos campos magnéticos na
actividade da enzima. Em 1967 era presidente do
Departamento de Ciências Naturais, num colégio
particular em Rosary Hill, Buffalo, USA.

Ela pensou da seguinte maneira: «As enzimas são


os catalisadores do sistema metabólico. Qualquer cura,
ou doença, primeiramente, deve activar o sistema
enzimático. E raciocinou que se os campos magnéticos
podiam aumentar a actividade da enzima tripsina
digestiva - o que ocorria na sua pesquisa - e se a luz
ultravioleta podia diminuir a actividade - o que ocorria na
sua pesquisa - então qual o efeito sobre a mesma
enzima que poderia ocorrer na imposição de mãos - se é
que havia? E decidiu descobrir. A Dr.ª Smith propôs,
inicialmente, comparar os efeitos da imposição de mãos
do Coronel Stabany sobre a enzima tripsina, com os
efeitos do campo magnético sobre a mesma enzima,
bem como sobre os controles. Para fazer isso, preparou
soluções de tripsina, as quais foram depois divididas em
quatro frascos de vidro... um deles foi tratado pelo
Coronel Stabany, que simplesmente colocou as suas
mãos ao redor do frasco tapado, durante um espaço
máximo de 75 minutos. O segundo ficou exposto à luz
ultravioleta no comprimento de onda mais prejudicial
para a proteína (o Dr. Bernard Grad sugerira que a
enzima se tornasse "doente", a fim de demonstrar a
evidência da cura). Um terceiro frasco foi exposto a um
479
campo magnético elevado (8.000 a 13.000 gauss), com
acréscimos horários de até 3 horas. O quarto, não
tratado, era o controle. Os resultados de um mês de
estudo demonstraram que a energia ou força
proveniente das mãos do Coronel Stabany activavam as
enzimas, quantitativa e qualitativamente, comparáveis à
actividade originada por um campo magnético de 8.000 a
13.000gauss. Isso representa uma actividade muito
significativa, considerando que vivemos num campo
magnético médio com cerca de 0,5gauss. Os efeitos nas
enzimas danificadas (expostas á luz ultravioleta) foram
essencialmente os mesmos. Os resultados... indicam
que algum tipo de energia foi canalizada pelas mãos do
Coronel Stabany, sendo suficiente para activar as
enzimas em um grau significativo» (Meek, cap. 13,
1995).

José Lucas - Portugal

Bibliografia: "Fluidoterapia: Evidências Científicas",


trabalho apresentado pela Associação Cultural Espírita
(Caldas da Rainha - Portugal) no 2º Congresso Espírita
Mundial, Lisboa, 1998

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O PASSE NO CENTRO ESPÍRITA PDF


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26-Nov-2005

"Jairo... aproximou-se de Jesus... e suplicou-lhe:


«A minha filha está a morrer. Vem, e põe as mãos
sobre ela, para que fique curada.»"
Marcos, V, 23,24

O PASSE NO CENTRO ESPÍRITA

Muita gente já ouviu falar no passe magnético e/ou


espiritual. É utilizado nos centros espíritas como terapia
física e espiritual dos necessitados, bem como para a
magnetização da água. Mas, será que isso funciona
mesmo? Para que serve? Tem algo de científico?
O Passe é o "Acto de passar as mãos
repetidamente ante os olhos de uma pessoa para
magnetizá-la, ou sobre uma parte doente de uma pessoa
para curá-la", assim reza no Novo Dicionário da Língua
Portuguesa, Ed. Nova Fronteira, de Aurélio Ferreira.
Quem já foi a um Centro Espírita certamente já viu
ou frequentou sessões onde se aplicam passes, isto é,
sessões onde as pessoas que necessitam de auxílio
recebem num ambiente reservado e calmo aquilo a que
os espíritas (e não só) dizem ser como que um "banho
energético" com repercussões positivas sobre a situação
psíquica e física da pessoa. De um modo geral as
pessoas sentam-se, concentram-se, e um outro
elemento designado de passista (aquele que dá ou
transmite o passe magnético) impõe as mãos sobre o
paciente, concentrando a sua mente, tentando dirigir
481
energias renovadoras e positivas para aquele que ali se
encontra.
Esta prática, embora noutros moldes, já era levada
a efeito pelos magos da Caldeia, pelos brâmanes da
Índia, pelos egípcios, pelos romanos, na Gália, entre
outros. Com Jesus, essa prática tornou-se corrente entre
os cristãos, e não desapareceu.
O espiritismo veio revelar o porquê destas atitudes,
ao explicar como funcionam as leis do mundo espiritual e
a sua importância no intercâmbio com as leis que regem
o mundo corpóreo. Descobriu a existência do corpo
espiritual e explica como funciona a mecânica dos
fluidos, das energias, que agem e regem sobre esse
mesmo corpo espiritual (é o corpo - energético, fluídico -
que o espírito mantém após a morte do corpo físico).
A fluidoterapia através do passe e da água tem
razão de ser
Mas o que é o passe?
Segundo a opinião de Divaldo Franco (orador
espírita de renome mundial) «O passe significa, no
capítulo da troca de energias, o que a transfusão de
sangue representa para a permuta das hemácias,
ajudando o aparelho circulatório. O passe é essa doação
de energias que nós colocamos ao alcance dos outros,
de modo que eles possam ter seus centros vitais
reestimulados e, em consequência disso, recobrem o
equilíbrio ou a saúde, se for o caso.

O passe magnético... é transfusão de energia do


doador. O passe que nós aplicamos, nos Centros
Espíritas, decorre da sintonia mental com os Espíritos
Superiores.»
482
Paralelamente, é usual falar-se na água fluidificada
ou magnetizada, isto é, a utilização da água como
recurso terapêutico depois de ter sido objecto da
magnetização, quer por parte dos Espíritos Superiores
quer por parte dos passistas.
A este respeito diz-nos ainda Divaldo Franco:
«Quando um paciente está enfermo, poderemos
magnetizar a água, fluidificá-la, para que lhe prolongue
aquele bem-estar que ele vai buscar ao centro espírita.
Um indivíduo que vai beber a água fluidificada deve
antes preparar-se mentalmente, e num momento de paz,
sorvê-la, para assimilar os fluidos que ali estão contidos
e que experiências de laboratório em Montreal, Canadá,
na Universidade de Mcgill, demonstraram que há uma
interferência mudando a estrutura molecular da água,
quando os magnetizadores apenas seguram as garrafas.
Experiências aliás feitas pelo Dr. Gerber, o que fez com
que ganhasse dos laboratórios CIBA, uma bolsa de
estudo para prosseguir as experiências.

Cientista no Canadá confirma as teses espíritas

Ele descobriu que a semente de cevada colocada


em água salgada perde a propriedade germinativa ou
atrasa-a. Ele pegou em água do mar colocou em
garrafas e inseriu sementes de cevada. Pediu a pessoas
portadoras de magnetismo que segurassem essas
garrafas e pediu a pessoas desequilibradas que
segurassem outras garrafas, com água potável comum
onde estava a semente de cevada.
Aqueles que eram magnetizadores ou terapeutas,
neutralizaram a acção da água salgada na semente de
cevada. Nos portadores de alienação mental, mataram
483
as sementes de cevada que estavam em água potável.
O Dr. Gerber realizou infinitas experiências e constatou
que realmente a água absorvia quer a energia positiva
quer a energia negativa.»
Muito mais haveria a dizer sobre tão complexo
tema. Pensamos que somente uma leitura atenta pela
vasta bibliografia espírita existente poderá elucidar com
mais segurança acerca desta temática. Com o estudo,
poderá entender melhor o que é o passe, e aferir da
maneira mais ou menos correcta como ele é
administrado nos centros espíritas.

Passe: Antes, durante e depois do Cristo

Postado em 20 de julho de 2009 por janioalcantara


Passe, prática milenar de auxílio energético

Passe, prática milenar de auxílio energético

A palavra PASSE, etimologicamente no latim,


significa "passar", ou seja, levar de um lugar a um outro.
No caso do passe magnético dado gratuitamente nos
centros espíritas, é um gesto de ajuda fraterna, no qual
há uma sáida de magnetismo do doador (chamado por
isto de "passista") para auxiliar no equilíbrio energético
do receptor e assim colaborar no restabelecimento da
saúde física, emocional, mental e espiritual, uma vez que
o PASSE é uma transfusão biopsicoenergética. É
possível aos Espíritos benfeitores aproveitarem a
484
contrição de quem está aplicando passes e somar seus
fluidos harmonizadores ao magnetismo do passista.

Tal como Jesus costumava dizer "Tua fé te curou", o


passe espírita é uma ajuda externa àquele que o recebe,
mas a cura é processo de transformação interior do
receptor, é preciso que o receptor faça seus movimentos
para recuperação de sua harmonia, tais como: ter fé
sincera no procedimento do passe, em prol de sua
melhora; buscar autoconhecer-se e modificar-se
moralmente com base no Evangelho de Jesus
selecionando pensamentos, sentimentos e atitudes
elevados. A falta de fé e a má conduta deliberada do
paciente anulam qualquer benefício magnético recebido.

Você sabe o que é Passe Espirita?


Emmanuel nos dá a seguinte definição sobre o
passe: "o passe é transfusão se energia físico-psíquicas,
operação de boa vontade, dentro da qual o companheiro
do bem cede de si mesmo em benefício de outrem".

Segundo Suely Caldas, no livro Obsessão e


Desobsessão, o passe é um ato de amor em sua maior
expressão, quando o médium doa ao paciente o que ele
tem de melhor, enriquecido com os fluidos trazidos pelo
benfeitor espiritual; quando ambos, médium e benfeitor
formam uma única vontade e expressam o mesmo
sentimento do amor.

485
Divaldo Franco, no livro Diretrizes de Segurança,
compara o passe a uma transfusão de sangue onde a
transfusão de energia age sobre o paciente como a
transfusão sangüínea.

O passe aplicado nos Centros Espíritas decorre,


pois da sintonia entre o médium e os Espíritos
Superiores. Para que tal união se estabeleça entre os
fluidos desses dois planos, não há necessidade da
incorporação mediúnica, contudo o médium há que ter
consciência da responsabilidade que lhe cabe no
exercício do sacerdócio da mediunidade preparando-se
criteriosamente para essa sintonia com o mundo maior,
de vez que, "ninguém coloca água pura num copo sujo".

Há pessoas que têm maior capacidade de absorção


e armazenamento das energias que emanam do Fluido
Cósmico Universal - onde estamos mergulhados. Tal
requisito as coloca em condições de transmitirem esse
potencial de energias a outras criaturas que
eventualmente dele necessitem.

A aglutinação dessa força se faz automaticamente e


também, atendendo aos apelos do passista (através da
prece), o qual, municiado com esse aumento de energia,
a transmite pela imposição das mãos sobre a cabeça do
paciente sem a necessidade de tocar-lhe o corpo,
porque a força se projeta de uma para outra aura,
estabelecendo, pois, uma verdadeira ponte de ligação;
assim sendo, podemos afirmar que a boa vontade, a fé e
a verdadeira fraternidade, são requisitos indispensáveis
ao passista. Não sendo o fator mediúnico condição
essencial do passe.
486
Na assistência magnética, os recursos espirituais se
entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a
criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A
mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a
servem, no templo do corpo, edificando valiosas
reconstruções. O passe, como reconhecemos, é
importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com
o respeito e a confiança que o valorizam.

O passe, em última análise, é doação de si mesmo,


com a ação facilitadora da espiritualidade que conduz o
perfume das bênçãos superiores. F quem se faz
instrumento de perfume, assimilará por isso mesmo essa
flagrância.

Passes – 2
10mai09

Auras
Costuma-se encontrar na literatura espírita dois
tipos distintos de aura, residentes no perispírito e no
duplo etérico, respectivamente. A aura do duplo etérico,
também conhecida como "aura da saúde", pode ser
visualizada pela fotografia Kirlian, ou kirliangrafia, ao
487
passo que a aura do perispírito, em situações normais,
pode ser visualizada pela faculdade de clarividência.

Corpos
Os corpos mais amplamente tratados na literatura
espírita são o físico, o duplo etérico e o perispírito. Os
dois primeiros são ditos corpos materiais, pois são
reciclados a cada reencarnação, ao passo que o
perispírito, também dito corpo espiritual, é classificado
como semi- material, apresentando- se como corpo de
transição entre o físico e o Espírito, que, por não ter
forma, não o consideramos como um corpo propriamente
dito. Além disso, encontramos raramente referências a
outros corpos, que necessitam de mais amplo estudo e
entendimento, dentre os quais destaca- se o corpo
mental. No entanto, para se abordar a problemática do
passe, cremos ser suficiente o conjunto de corpos físico,
duplo e espiritual, além – é claro – do Espírito.

A higiene pessoal e sua influência no passe


Podemos destacar duas razões básicas: (1) os
desequilíbrios a que submetemos o corpo físico são
refletidos nos outros corpos do indivíduo, contribuindo
para a piora dos fluidos que formam tais corpos. Sendo
esses fluidos doados no momento do passe, é natural
esperarmos que tal parcela deletéria seja também
transferida ao paciente. (2) Tanto o passista quanto o
paciente necessitam de concentração mental para que
se alcance maior eficácia no passe. A falta de higiene
provoca muitas vezes odores fétidos que desarticulam a
capacidade de concentração, afetando inclusive quem
esteja localizado no mesmo ambiente físico,
prejudicando a todos.
488
O vestuário do passista
A grande maioria das pessoas encarnadas ainda
enfrenta problemas relacionados à área sexual. Nesse
sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e
justas funciona como catalisador de pensamentos
abusivos que destoam completamente da serenidade
requerida na câmara do passe. Tendo em vista esse
problema comum, não só o passista ou o paciente, mas
qualquer um de nós deverá observar com cautela o
vestuário a ser utilizado no dia a dia, lembrando sempre
que "o equilíbrio está no meio".

O passista precisa ser vegetariano?


Não. Conforme a questão 723 de O Livro dos
Espíritos, "permitido é ao homem alimentar-se de tudo o
que lhe não prejudique a saúde".

Tratamento de desobsessão antes de ingressar na


tarefa de passe
Freqüentemente a falta de trabalho em benefício do
semelhante é o ponto de apoio de variada gama de
processos obsessivos. Em relação ao passista, apenas
os casos de subjugação (Livro dos Médiuns, item 240,
cap. 23) deverão merecer tratamento antecipado.

E se o passista estiver doente?


Em geral um organismo adoentado apresenta maior
dispêndio de energia para sua manutenção e/ ou maior
dificuldade em absorção desta. Excetuando-se os casos
em que as observações acima não se verifiquem, tal
como ocorre em algumas doenças que acompanham o
489
indivíduo durante toda a vida, o passista deverá se
afastar da tarefa até o restabelecimento adequado.

A ingestão de carne e a tarefa do passe


Embora o passista não deva ser obrigatoriamente
vegetariano, encarando o passe como recurso
terapêutico físico e espiritual, geralmente utilizado
quando apresentamos indisposições de variada ordem, é
útil abstermo-nos de alimentos mais pesados, tal qual
fazemos quando em tratamentos médicos
convencionais. A alimentação do passista afeta os fluidos
que este doará no momento do passe. Conforme
aprendemos na questão 724 de O Livro dos Espíritos, a
abstinência de carne será meritória se a praticarmos em
benefício dos outros. Tendo em mente o benefício do
próximo, cumpre-nos preferir a alimentação vegetariana
pelo menos no dia exato da tarefa.

E dar passe de estômago cheio?


Via de regra, quanto menor a atividade orgânica,
melhor possibilidade de contato com o plano espiritual
encontrará o Espírito. Tanto quanto possível, apresentar-
se-ão à tarefa, passista e paciente, apenas levemente
alimentados.

O fumo
O ideal é que ninguém seja fumante. No entanto, o
bom não poderá ser inimigo do ótimo. Pessoas que
ainda se utilizem do cigarro, mas estejam se esforçando
continuamente para abolir o vício, encontrarão na
aquisição de responsabilidade como passistas maior
motivação para absterem-se do fumo, desde que –
enquanto ainda fumem – procurem não fazer uso do
490
cigarro pelo menos 3 a 4 horas antes e depois da tarefa.
Aos companheiros que não estão interessados no
combate às próprias deficiências, preferível é que se
esforcem primeiramente por convencer a si mesmos do
imperativo da mudança de hábito.

O álcool
Relativamente às bebidas alcoólicas, deverá o
passista esforçar-se por discernir adequadamente entre
o uso e o abuso. Em caso de abuso, recomenda-se que
o passista não participe da tarefa do passe nos próximos
4 ou 5 dias, de forma a alijar o máximo possível os
fluidos deletérios contraídos pelo excesso praticado. Em
situações normais, recomenda-se que particularmente
no dia da tarefa o passista não faça uso de qualquer tipo
de bebida alcoólica.

Usuários de drogas
O usuário de tóxicos não deverá participar de
tarefas de doação de fluidos.

Número máximo de passes


Esta questão tem causado muita polêmica. À guisa
de sugestão, vamos analisar as duas colocações a
seguir: (1) o passe misto, também chamado de passe
espírita, praticado na maioria das casas espíritas, leva
em conta a doação de energia tanto por parte do Espírito
responsável pelo passe, como do passista. Assim, o
desgaste energético por parte do passista não pode ser
desprezado. (2) É sempre importante criarmos
oportunidades de trabalho para os interessados, dentro
da casa espírita. Assim, se há número de passistas
maior que o recomendado para a tarefa, é interessante
491
que haja um rodízio destes, para que todos trabalhem.
Com base nessas duas considerações, cremos ser de
responsabilidade do coordenador da tarefa dimensionar
o número de passes por passista, de forma que todos
participem igualmente, evitando a sobrecarga. Em casos
excepcionais que requeiram a participação intensa do
passista em uma ou outra oportunidade, devemos
recordar a assertiva de Emmanuel: "a necessidade está
acima da razão", sem contudo utilizarmo-nos dessa frase
para justificar qualquer tipo de abuso de nossa parte,
mesmo em se tratando de auxílio ao semelhante. O
passe misto, necessariamente, envolve gasto de energia
por parte do passista. E gasto, obviamente, requer
reposição.

Frequência da tarefa do passe


Recomenda- se que o passista intercale um dia de
atividade na tarefa de doação de fluidos com um dia de
descanso para a reposição natural de fluidos. Nesse
particular, as reuniões mediúnicas são também
considerados eventos de doação fluídica.

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO PASSE -


ENTREVISTA DE JACOB MELO
Publicado: 09/06/2007 11:48

Recebemos algumas críticas e comentários, acerca


de uma mensagem intitulada "O Passe Espírita",
encaminhada por e-mail e reproduzida na seção
"ARTIGOS", do site da Casa Assistencial. No espírito de
respeito à posição de cada um relativamente ao assunto,
492
reproduzimos abaixo entrevista concedida por Jacob
Melo a um jornal espírita.
Jacob Melo é considerado o maior pesquisador e
experimentador que se conhece atualmente no campo
do Magnetismo. É conhecido no meio espírita pelos
livros "O PASSE" e "A CURA DA DEPRESSÃO PELO
MAGNETISMO", dentre outros.
Dessa forma, com a publicação dessa entrevista
concedida por um dos maiores pesquisadores acerca do
passe no momento, nos penitenciamos pela publicação
do artigo acima citado. Ainda, colocamos o site a
disposição daqueles que quiserem contribuir com a
divulgação da Casa Assistencial e da Doutrina Espírita.

Abraços Fraternais!

Reprodução de Entrevista de Jacob Melo para "A


Jornada"

Edição de 17/07/2001

Jacob Melo, esta entrevista não pretende esgotar o


assunto e sim dar uma visão geral e esclarecer algumas
dúvidas e tabus sobre o Passe. Desde já agradecemos
sua colaboração.

A Jornada: — O passe é somente uma prática


Espírita?

Jacob Melo: Não. Muitas religiões, seitas e mesmo


terapias alternativas usam o passe como um dos seus
mecanismos de cura, apesar de normalmente usarem
493
nomes diferentes e, por vezes, princípios estranhos e
confusos.

AJ: — Os passes dos Espíritas são mais ou menos


eficientes dos que não crêem no Espiritismo?

JM: Conforme propuseram os Espíritos a Allan


Kardec, quando acreditamos nos Espíritos temos
condições de realizar verdadeiros "milagres". Mas não
são apenas os espíritas que acreditam nos Espíritos.
Portanto...

AJ: — Quais são os objetivos do passe? Além do


físico, ele pode influir na Moral do receptor?

JM: Em tese, melhorar o paciente em vários níveis:


orgânico, emocional, psíquico e espiritual. A moral pode
ser alcançada em conseqüência da melhora geral obtida
pelo passe, mas não que o passe, por si só, tenha em si
condições de modificar a moral de alguém pelo simples
fato de recebê-lo.

AJ: — É comum o passista sentir fadiga após uma


sessão de passes?

JM: Sendo o passe com doação de fluidos do


próprio passista (passe magnético), isto é sempre
provável de ocorrer, podendo o mesmo chegar à
delicada situação de fadiga fluídica (sugiro, a respeito, a
leitura do capítulo referente ao tema em algum dos meus
livros sobre passes: "O Passe", editado pela FEB ou
"Manual do Passista", pela Mnêmio Túlio).
494
AJ: — Quando isso ocorre pode significar algum
desequilíbrio do passista?

JM: Pode significar doação em excesso, uso


indevido de técnicas ou mesmo congestão fluídica.

AJ: — Ao aplicar passe em uma pessoa obsidiada,


o obsessor também se beneficia?

JM: Obviamente que sim, daí eles tentarem afastar


suas presas dos tratamentos fluidoterápicos.

AJ: — Sabemos que no passe parte dos fluidos


emanam do Passista e parte emana dos Espíritos. Qual
é a porção de cada um (%)?

JM: Não é possível definir isso. Posso dizer que os


chamados passes espirituais são aqueles onde os
fluidos espirituais predominam, enquanto que os
magnéticos são os predominantemente anímicos.

AJ: — Porque os Espíritos precisam dos passistas?

JM: Principalmente por conta da cola-psíquica


(recomendo a leitura dos meus livros já citados).

AJ: — Qual é a "dose" certa de fluidos a serem


doados no passe? Como podemos saber?

JM: Só mesmo a prática e a observação criteriosa,


apoiada no estudo, pode dizer o quanto e como se
realizar certos tratamentos com fluidos.
495
AJ: — Qual é a duração ideal na aplicação do
passe?

JM: Para os chamados passes espirituais,


usualmente varia de 1 a 2 minutos. Os magnéticos são
quase sempre muito mais demorados.

AJ: — Por quanto tempo os benefícios do passe


podem agir sobre o receptor?

JM: Se tudo for bem assimilado e as "dosagens"


forem aplicadas corretamente, os benefícios diretos
chegam a mais de setenta e duas horas. Por isso se
recomenda, especialmente a quem faz tratamento
semanal, tomar água fluidificada ao longo da semana,
como complemento indispensável do mesmo.

AJ: — O passe age diferentemente nos centros de


força (Chakras)?

JM: Tanto neles quanto fora deles.

AJ: — Muitos centros aplicam o passe apenas com


a imposição de mãos sobre o Centro de Força
Coronário, dizendo que este se encarrega de distribuir os
fluidos para os outros de acordo com a necessidade.
Isso é correto?

JM: Não concordo, pois se houver aplicação de


fluidos magnéticos (humanos) em dosagem elevada ou
com densidade muito baixa, pode haver
congestionamento do centro e isso seria muito
desconfortável e mesmo prejudicial ao paciente. O ideal
496
é que após as imposições sejam aplicados dispersivos
localizados para evitar essas congestões. Apenas os
passes eminentemente espirituais em tese não
congestionam os centro vitais por imposições.

AJ: — A fé influencia na qualidade do passe?

JM: Certamente. O Evangelho está cheio de


evidências e registros.

AJ: — O passe age sobre todas as pessoas ou


somente beneficia os que têm merecimento?

JM: Age sobre todos nós, pois, de uma forma direta


ou indireta, todos temos merecimento, já que todos
somos filhos de Deus. Mas é preciso que se considere
que nem todos receberão os benefícios na mesma
intensidade nem do mesmo modo.

AJ: — Qual o cuidado ao aplicar passes em


pessoas enfermas?

JM: Primeiro, saber o que está fazendo; depois,


evitar os riscos decorrentes de doenças infeto-
contagiosas; por fim, não expô-la a situações perigosas
ou constrangedoras.

AJ: — Quando a origem do problema é cármica, o


passe pode interferir?

JM: Entendendo por "cármica" a expressão


decorrente da lei de causa e efeito, pode sim. Veja-se
que uma doença, qualquer uma, normalmente tem uma
497
origem cármica — seja de um passado distante, seja de
um passado imediato. E como os passes atuam com
relativa eficiência em muitas destas, obviamente ele
interfere no carma.

AJ: — Qual deve ser a condição física e moral do


passista?

JM: Fisicamente o passista deve estar com o


organismo isento de vícios, não contaminado nem
congestionado, medianamente alimentado e ser
"usinador" de fluidos, para o caso do passista magnético
(abstração feita a mulher gestante, crianças, pessoas
com problemas mentais e/ou obsessivos, indivíduos
tomando remédios controlados ou que atuem no sistema
nervoso central, crianças, jovens e idosos em carência
fluídica). Em termos morais, o ideal é que ele esteja bem
harmonizado, em estado de oração e com a consciência
tranqüila.

AJ: — Como funciona o passe a distância?

JM: Mais conhecido como irradiação, sua ocorrência


ideal se verifica quando emissor (passista) e paciente
estão sintonizados, ao mesmo tempo, no sentido de dar
e receber os fluidos em trânsito. Esta sintonia favorece
significativamente os resultados.

AJ: — Quais são os tipos de passe e qual a


diferença entre eles?

JM: Podemos generalizar e considerar apenas três:


os espirituais, os magnéticos e os mistos. Nos primeiros,
498
os fluidos são predominantemente dos Espíritos; nos
magnéticos, preponderam os fluidos do magnetizador; e
nos mistos, há uma espécie de equilíbrio entre as duas
fontes de fluidos.

AJ: — O passe aplicado em pessoas inconscientes


tem o mesmo efeito?

JM: Dependendo da inconsciência, sim ou não. Se


se trata de alguém dormindo ou em coma, por exemplo,
o resultado pode ser considerado muito bom, mas se a
causa da inconsciência é motivada por bebidas ou
efeitos de drogas, haverá uma perda substancial dos
benefícios.

AJ: — Como a alimentação influencia na qualidade


do passe (Passista e Receptor)?

JM: Para ambos os envolvidos, uma alimentação


pesada, muito carnívora, hiperácida, muito condimentada
ou muito volumosa, há embaraços de diversos matrizes,
todos eles prejudicando tanto a doação quanto a
captação. Para o passista, o jejum também é
potencialmente prejudicial, tanto na "usinagem" quanto
para seu próprio aparelho digestivo. O ideal é fazer uma
refeição leve antes do passe, de preferência sem carnes
e sem estimulantes.

AJ: — Qual a importância das Palestras que


ocorrem antes dos Passes?

JM: Muito grande. Pelas palestras doutrinárias


podemos dar o complemento indispensável que o "bom
499
passe" solicita. Como o passe deve atender a um
tratamento integral, holístico, a explanação evangélica,
tratando da moral e das idéias, favorece a que as
reformas interiores sejam analisadas e mais facilmente
assimiladas.

AJ: — O passe pode ser aplicado em qualquer local


ou somente nas Casas Espíritas?

JM: Observadas as questões de conveniências e de


condições gerais de equilíbrio e bom senso, o passe
pode ser aplicado em qualquer lugar, a qualquer hora.
Todavia, ressalto que o local ideal será sempre a Casa
Espírita.

AJ: — Os passes coletivos surtem o mesmo efeito?

JM: Em tese sim, mas casos que requeiram


tratamento especializado e com a presença e a atuação
direta de um magnetizador serão melhor resolvidos se
contarem com outras condições mais apropriadas.

AJ: — Qual deve ser a postura do passista ao


aplicar o passe? (Postura, respiração, atitude mental,
roupas, etc.)

JM: Sobretudo, a da coerência com a moral


ensinada pela Doutrina Espírita. Nada de excessos nem
de faltas; nada de exageros ou despropósitos. O
equilíbrio é a posição mais sensata. Com ele, nada de
respirações ofegantes nem excessivas gesticulações
(salvo os casos que requeiram técnicas, as quais devem
ser sabidas, conhecidas e bem realizadas). A atitude
500
mental deve ser de oração e comunhão com o mundo
espiritual superior; de fé, confiança e de conhecimento
acerca do que realiza.

AJ: — No momento do passe como devem ser os


"Pensamentos" do Passista?

JM: De amor; pelo que faz, pelo paciente, pelos


Espíritos e por si mesmo. Só quem ama
verdadeiramente está habilitado a transmitir com
eficiência projeções amorosas. Para se conseguir esse
estado, deve-se amar continuamente. E como ponte, a
oração e a fé são fundamentos básicos.

AJ: — Qual é a distância ideal entre as mãos do


passista e o receptor?

JM: Depende do que pretenda realizar. Sugiro o


estudo do magnetismo para saber o que de fato deve ser
feito — particularmente, posso recomendar meus dois
livros já mencionados.

AJ: — Uma pessoa pode aplicar passe em si


mesmo?

JM: Pode, mas nem sempre é eficaz. Se a


necessidade do autopasse prende-se a problemas
emocionais, psicológicos e/ou espirituais, dificilmente
uma técnica de passes, que não seja a meditação e/ou a
oração, resultará positiva. Mas para casos orgânicos
e/ou perispirituais localizados pode ser que o autopasse
desempenhe relevante papel. Mais uma vez, será
501
necessário o estudo detido do assunto para se ter
certeza do que, como, quando e onde fazer.

AJ: — Os passes devem ser aplicados de uma


maneira diferente nas crianças?

JM: Normalmente o são. As crianças recebem, via


de regra, fluidos muito sutis, bem menos densos do que
os adultos e idosos. Assim, é conveniente evitar-se
demorados concentrados fluídicos em crianças
(principalmente por imposições) e, por medida de
segurança, terminar os passes nelas com técnicas
dispersivas.

AJ: — Os passes podem interferir na mediunidade


da pessoa que está recebendo, despertando ou
interferindo? Como agir no caso de manifestação
mediúnica no momento do passe?

JM: Se for numa cabine, tentar evitar aplicando-se


dispersivos sobre o coronário, frontal e laríngeo ou
mesmo sobre o umeral (vide "Manual do Passista"). Mas
se for numa reunião mediúnica, onde se pretenda uma
manifestação, fazer-se concentrados fluídicos nesses
mesmos centros.

AJ: — Pode-se aplicar passe em desdobramento


(viagem astral)?

JM: Pode sim e temos disso vários depoimentos.

AJ: — Como os remédios podem interferir no Passe


(Passista e receptor)?
502
JM: Positivamente, quando favorecendo ao
refazimento do organismo; negativamente, quando
agindo de forma contrária ou congestionando o paciente.
Vejamos um exemplo. Os compostos e tratamentos
radioterápicos resolvem partes dos problemas a que se
destinam, mas seus efeitos colaterais são "terríveis".
Passistas harmonizados podem ajudar sobremaneira
nesses tratamentos. Mas quando o passista toma ou
ingere alguns medicamentos que atacam o sistema
nervoso, podem vir a prejudicar os pacientes, pelo que
deve ser observado muito critério para tais casos.

AJ: — Se por acaso um passista cobra pelo seu


"serviço" (soube que isto ocorre nos EUA), isto influi na
qualidade de seu passe?

JM: Duas coisas: a moral ou a ausência dela não


interfere diretamente no magnetismo, mas as
desarmonias que uma ausência de moral provoca pode
afetar negativamente as usinagens fluídicas, vindo a
desnaturá-las. A cobrança pelo serviço do "passe
espírita" é totalmente despropositada e anti-doutrinária,
pelo que deve ser evitada. Mas pessoas que estudam o
magnetismo e suas variantes e se "formam", por assim
dizer, podem exercer a faculdade, que é como uma outra
qualquer. Um outro ponto a destacar é que tenho visitado
regularmente os Estados Unidos e não tenho visto nem
sabido de grupos e/ou passistas que cobrem pelos seus
serviços de passes. A exceção de dá por aqueles que
não são espíritas e praticam toda sorte de técnicas em
nome de cursos e treinamentos os mais variados
possíveis que fazem.
503
AJ: — No caso das gestantes, como devemos agir?
Elas podem aplicar ou receber passes?

JM: A prudência recomenda que elas se abstenham


de aplicar, principalmente se elas forem magnetizadoras.
Como pacientes, normalmente lhes são indicados
passes dispersivos.

AJ: — Pode-se aplicar passe na criança ainda no


período de gestação?

Pode sim, mas usualmente aplicamos passes na


mãe e os fluidos, por ela, atingem a criança naquilo que
elas necessitam.

AJ: — Muitas pessoas mantém as mãos viradas


para cima para "receber" melhor o passe. Isso faz
diferença?

JM: Nenhuma, a não ser pelo atavismo de que


possam estar envolvidas. As mãos abertas para cima
indicam que a mente está "pedindo", não passando,
portanto, de uma resposta fisiológica para uma atitude
psicológica.

AJ: — No momento do passe o passista deve


manter os olhos abertos?

JM: O ideal é que ele esteja de olhos semicerrados.


É mais seguro.

504
AJ: — Há casas Espíritas que dizem que o passe só
pode ser aplicado por uma pessoa do mesmo sexo do
receptor, alegando que há diferenças no tipo de fluidos
de homens e mulheres. Isso é correto?

JM: No meu modo de ver e sentir a realidade do


magnetismo, esse argumento não passa pelo crivo do
bom-senso nem da lógica.

AJ: — No centro em que atuo, a Câmara de Passes


possui até 22 passistas trabalhando ao mesmo tempo.
Já que as pessoas atendidas têm necessidades
diferentes, pode haver algum tipo de "interferência" ou
"mistura" de fluidos?

JM: Não creio. Além do direcionamento feito por


cada passista, o Mundo Espiritual normalmente atua com
muita eficiência nessas ocasiões.

AJ: — Fora dos Espiritismo existem as Benzedeiras.


O que elas fazem pode ser chamado de Passe?

JM: Pode sim. A diferença é que elas não estudam,


mas, se observarmos com cuidado, elas fazem a
aplicação das técnicas do magnetismo com muita
propriedade e riqueza, dando verdadeiros "banhos" de
conhecimentos em muitos passistas espíritas.

AJ: — Qual deve ser o comportamento do passista


no dia em que for aplicar passes em termos de
alimentação, atividades físicas, sexo, vícios, etc.?

505
JM: O de moderação. Alimentação leve e
quantidades menores do que as habituais,
atividadesfísicas nunca além do necessário, evitar-se
práticas sexuais ou mesmo provocações da libido,
abster-se dos vícios, inclusive os mentais e orar
bastante, policiando-se para não se estressar ou se
descontrolar emocionalmente.

AJ: — Para finalizar, gostaríamos de saber sua


opinião sobre a atuação dos sites Espíritas quanto a
divulgação e o estudo da Doutrina Espírita?

JM: Estão muito bons, mas para ótimos ainda


teremos um longo caminho a percorrer. Mas isso é
natural. Apenas não deveríamos nos acomodar,
pensando que já temos e fazemos o melhor.
Muita Paz!

Abraço,

Jacob Melo

http://www.ajornada.hpg.ig.com.br/colunistas/jacobm
elo/jm-0001.htm

Autor(es): Co

O Passe

506
O que estamos editando sobre o passe são
definições de estudos e debates realizados em nossa
casa Espírita.

O que é o passe?

Passe é uma transmissão de energia (fluido) feita a


uma determinada pessoa. Transmissão essa, geralmente
feita pelo espírito através de um médium (essa energia
pode ser física ou espiritual). No passe espírita, o
médium doa energias físicas que são manipuladas pelo
espírito, combinadas com suas energias espirituais e
transmitidas ao paciente através do médium.

Qual a finalidade do passe?

A finalidade do passe é reequilibrar as deficiências


energéticas de uma determinada pessoa, causada por
um desequilíbrio físico ou mental.

A quem se destina o passe?

A toda pessoa que esteja com algum desequilíbrio


físico e mental, pois trata-se de uma terapia, assim, é um
recurso que deve ser utilizado pelas pessoas que estão
necessitadas. Importante salientar, que as pessoas que
507
estiverem bem, não tem necessidade de receber o
passe.

Quem aplica o passe?

Qualquer pessoa que esteja em equilíbrio físico,


psíquico e espiritual. Na casa espírita (particularmente
no C. E. Flora Luz), o passe deve ser aplicado por
médiuns sócios efetivos e/ou colaboradores da "Casa",
que tenham conhecimento da Doutrina Espírita, que
conheçam os mecanismos e técnicas da aplicação do
passe e façam parte de uma equipe de passistas. É
necessário que se preparem no dia do passe e que não
sejam portadores de vícios graves (fumo, álcool, drogas
em geral, maledicência, etc.), porque nesses casos,
transmitirá aos pacientes os venenos (fluidos maléficos)
armazenados em seus organismos. Para aplicar o passe
não basta ter boa vontade. O ideal seria ter requisitos
encontrados no livro "Os missionários da Luz" do espírito
André Luis, como:

- Ter grande domínio sobre si mesmo;

- Ter equilíbrio de sentimentos;

- Ter acentuado amor aos semelhantes;

- Alta compreensão da vida;

- Fé vigorosa e profunda;
508
- Confiança no poder divino.

Como deve ser o preparo do passista nesse dia?

O preparo deve ser de um médium que participará


de um trabalho prático (experimental), tais como:

- Alimentação leve;

- Abster-se da ingestão de bebidas alcoólicas;

- Certo repouso físico e mental;

- Evitar rusgas e discussões;

- Pensamento elevado e oração;

- Etc.

Qual a técnica de aplicação do passe?


(particularmente no C. E. Flora Luz)

O passe espírita é simplesmente a imposição das


mãos, assim como foi praticada por Jesus.

- Deve abster-se de qualquer gesto de encenação;

- Evitar bocejos, suspiros, respiração ofegante;


509
- Evitar orações cochichadas ou faladas em voz
alta;

- Evitar o toque proposital em qualquer parte do


corpo do paciente;

- Não conversar com o paciente durante o passe;

- Não dar passividade a espíritos durante o passe;

- Não falar com o paciente sobre qualquer visão ou


intuição de espíritos;

- Não dar orientação, nem responder a indagações


do paciente no ato do passe;

- Não exigir do paciente que se coloque em posição


específica (ex: Descruzar braços e pernas, colocar as
mãos abertas e voltadas para cima, etc.);

- Não pedir para o paciente mudar de lugar se o


passista for familiar;

- Caso haja manifestação de espírito através do


paciente, não fazer doutrinação na sala do passe e sim
interromper a comunicação o mais breve possível.

Quais devem ser as atitudes do paciente?

- Acreditar no beneficio do passe e ter confiança na


equipe espiritual e de passista;
510
- Não escolher o passista;

- Sentar-se numa posição confortável, sem


preocupar-se em descruzar pernas e braços:

- Manter-se em silêncio e em oração;

- Não falar com o passista durante o passe;

- Se for médium, não dar passividade aos espíritos.

Água Fluidificada

A água fluidificada é mais um recurso terapêutico de


que dispõe a Doutrina Espírita, fornecendo ao paciente
fluidos benéficos e salutares que ajudam no equilíbrio
das deficiências físicas e mentais do paciente, porém o
seu fornecimento não faz parte do passe. A mesma deve
estar a disposição de todos que queiram na "Casa
Espírita", independente de terem ou não tomado o
passe.

O Passe

511
O passe espírita não é exclusivamente uma técnica,
Se fosse assim comportaria padrões rígidos e pré
estabelecidos. Ultrapassa a vontade exclusiva dos
médiuns. Não é apenas e tão somente doação de fluidos
dos médiuns. É misto. Tem parcelas daqueles,
combinados com parcela dos espíritos em condições de
ajuda.

Na execução dos passes, portanto, os passistas


encarnados não são os únicos personagens em cena.
Não representam papel principal.

O passe espírita faz parte do capítulo das curas.


Está incluído na questão 189 de O Livro dos Médiuns, de
autoria de Allan Kardec, como uma das muitas
variedades especiais para os efeitos físicos.

Sendo uma terapia, uma forma de tratamento ao


alcance de todos os seres humanos, comandada, até
certo ponto e de certa forma, pêlos espíritos, não pode
ser adequada por fórmulas e vontades exclusivas dos
encarnados.

512
Kardec liga esse tipo de ação, terapêutica espiritual
ao fluido universal, que a física moderna não reconhece,
o que não o invalida. E diz, no capítulo 14 do livro A
Gênese: "O poder curativo estará na razão direta da
pureza da substância inoculada (fluido); mas, depende
também de energia da vontade (Espírito-Homem) que,
quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica
provocará e tanto mais força de penetração dará ao
fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje
realizar a cura, seja homem ou Espírito".

No mesmo livro e capítulo ele ensina, ainda, que


esse tratamento fluídico espiritual pode ser operado por
duas formas:

a) pela ação direta dos fluidos dos espíritos, sem


participação objetiva dos médiuns;

b) pela ação dos espíritos combinados ou


entrelaçados com os fluidos dos médiuns.

Esta última forma de agir é a que deve ser usada e


aconselhada no cotidiano pêlos Centros Espíritas,
embasados ou alicerçados na Doutrina Espírita. Forma
que envolve ainda, e necessariamente, a prece e a
invocação de auxilio dos bons espíritos.

513
Também é indicada, em alguns casos necessários e
excepcionais, a forma "a" ou seja , o passe direto, o
chamado passe "espiritual".

Não existem leis rígidas nem processos uniformes e


definitivos para a aplicação dos passes, porque o que
realmente importa nesse tipo de terapia é que a
transmissão da energia fluídica se realize
beneficamente.

Já que a Doutrina Espírita não ensina a maneira de


operar o passe, cada médium é mais ou menos livre
para agir. Mais ou menos, porque, não sendo o único em
cena, deve procurar agir dentro de um estilo sereno,
equilibrado, evitando o mais possível envolver-se em
situações embaraçosas para si e para os outros.

As encenações desnecessárias, os gestos


excêntricos e excessivos devem ser evitados.
Encenações que, em vez de beneficiar, acabam por
neutralizar a eficiência da transmissão fluídica, ao
constranger os outros e o ambiente.

514
Reciclagem Mediúnica - O Passe II

Leda Marques Bighetti

38 - Quando procurar receber o passe? Qual a


forma de aplicá-lo? O que pensar da atitude
do médium que toca o paciente na transmissão dos
passes?

Pelo fato de, muitas vezes, não se entender o que é


o passe;

- pelo fato de, a casa espírita não esclarecer,


ensinar o que é o passe, é comum haver
aqueles que buscam-no indiscriminadamente,
pessoas que podendo ter a honra de dar de si,
se colocam na posição de só receber.
Entenda-se bem - dar passe não é requisito, não é
necessário ser médium de
mediunato. O ideal é que, todo aquele que possua
saúde física, mental, moral e que tenha
regular conhecimento do Espiritismo se integre ao
trabalho, aplicando passes naqueles que
têm necessidades reais.
Essa é a tese, entretanto, muitas vezes, desfrutando
dessa situação de ideal,
515
convivemos em meio a momentos difíceis, onde
necessitamos receber essas energias que
fortalecendo, restauram e consolam. Daí o bom
senso onde cada um sabe, sente se irá ou
não ao passe.
Nesse respeito e nesse entender, a casa espírita
não pode impor, criar
condicionamentos, na obrigatoriedade de que todos
os que ali estão, têm que receber o
passe. Não se toma passe porque o outro toma ou
para, segundo uma mentalidade não
espírita, acumular fluidos, para quando fique doente,
se desequilibre ou precise.
Passe é terapia de superfície, remédio emergencial
para os momentos oportunos
(para que sua duração se prolongue, se
intensifique e permaneça beneficiando, há que
contar com a manutenção do clima radiante
oferecido pelo receptor) sem as dependências
que se transformam em abusos, como aqueles que
tomam remédios ou porque têm mania
deles ou por falsa idéia de que, tomando-os não
adoecerão.
Quanto a forma de aplicá-lo, não há regra padrão.
Jesus apenas impunha as mãos.
Toda exterioridade, toda encenação e gestos, não
têm razão de ser, são inúteis. Basta a
simples imposição das mãos para se obter o efeito
desejado, para que as energias fluam, e
isto não decorre do gestual, mas do desejo sincero
na ação de uma vontade que oferece o
melhor de si, visando ajudar, servir e amar, segundo
a necessidade daquele que ali está. Os
516
Espíritos Responsáveis por esses tratamentos é
que "dosam" a quantidade, a qualidade dos
fluidos, visando restaurar, reequilibrar o que e
aonde, isto ou aquilo. É necessário ao
médium esse estado confiante de total abandono,
no posicionamento do intermediário do
amor, num trabalho que não é dele e que não tem
condição de perceber necessidades,
nuances e detalhes.
Quanto a tocar o paciente, envolve situação
delicada onde convém se refletir que:
1.° - não se toca porque não é necessário, não tem
razão de ser.
2.° - é princípio básico de educação não se
encostar, ficar muito próximo ou tocar
pessoas.
3.° - em se tratando, principalmente de sexos
opostos, pode produzir, gerar idéias,
sensações ou certo mal-estar. Desde que haja um
pensamento que modifique a

natureza dos fluidos a transmitir, impregna-se ele de


vibrações negativas, prejudiciais
a quem recebe ou a quem dá o passe.

"Não precisamos tocar o corpo dos pacientes de


modo direto. Os recursos magnéticos
aplicados a reduzida distância penetram no "halo
vital" ou aura dos doentes provocando
517
modificações subitâneas" .
Evitar ainda certos defeitos, modismos, enxertias
como fungar, resfolegar, bocejar,
fazer gestos bruscos ou violentos.

39 - É importante para quem dá ou pretende dar


passes conhecer sua fundamentação? Por
que?

Não só é importante como necessário aprender,


conversar, discutir esses aspectos
com quem pretende aplicar passes, como o reciclar,
aperfeiçoar para quem já participa do
trabalho. Dificilmente a casa espírita pára para
avaliar essa atividade. É porém, no processo
do conhecimento que se aprende e recorda que as
energias sutis do passe, não atinge a
massa, mas os plexos, os centros vitais, os centros
de força, o perispírito, envoltório fluídico
do Espírito, que capta a energia e a canaliza,
direciona para os departamentos
correspondentes.
Será através do estudo, no aprender, no reciclar que
se aprende, incorpora a noção,
certeza de que passe é atitude de grande unção e
que deve ser dado religiosamente, isto é -
unção, no sentido de respeito, dignidade, olhando,
sentindo o receptor como alguém que se
entrega para receber o que temos de melhor, e,
religiosidade no sentido de que o encarnado
se preparou para oferecer os frutos de um trabalho
pessoal que busca renovar-se em Jesus.
518
Ainda será pelo estudo que se entenderá ser
desnecessário o ruído, a gesticulação, o
estalar dos dedos, o ritual, o tirar os sapatos ou
qualquer outro costume visando o
"descarregar energias acumuladas", levantar as
mãos para captar fluidos, encostar a cabeça
na parede para "recarregar", o tomar passe depois
de haver dado passes - superstições,
modismos, enxertias - que não encontram respaldo,
explicação na Doutrina Espírita.

40 - Pontos a serem observados para uma boa


organização doutrinária no trabalho de
passes:

a) A aplicação do passe deve ser sempre no Centro


Espírita; é o local adequado e
adredemente preparado pela Espiritualidade para os
atendimentos fluídicos.
O Centro terá equipes preparadas para o passe a
domicílio, isto é, aplicação de
energias fluídicas em pessoas enfermas
impossibilitadas de freqüentarem o Centro. Este
atendimento será feito, desde que seja solicitado,
num número mínimo de duas pessoas e
ideal de três, uma vez por semana ou mais,
segundo a necessidade avaliada ou solicitada.
Esse trabalho será também, discreto, disciplinado,
com todos os cuidados que regem a boa
educação. Atenção para que não se transforme em
sessão mediúnica ou reunião social,
cafés, mesas de doces, convite, condicionamentos
ou imposições para que freqüentem o
519
Centro, promessas de curas, recados, etc.

b) O passe deve ser discreto, simples, sem


exterioridades - por ser ato
eminentemente cristão, dispensa todo formalismo;
baseia-se no poder da vontade em
transmitir fluidos.

c) Aplicação em câmara de passes - por oferecer


esta a condição de ambiente
favorável estando (pelo fato de ser para tal trabalho
destinado) saturarada de elementos
fluídicos espirituais, isolada ou preservada da
curiosidade do público em geral e conseqüente
dispersão fluídica.

d) Exposições evangélico-doutrinárias acontecem


antes da aplicação dos passes e
necessitam ser exercidas por companheiros
preparados e que se esforçam para desenvolver
qualidades morais utilizando nas exposições
linguajar acessível a todos. Esses estudos não
só esclarecem as pessoas com respeito à realidade
espiritual, despertando-as para
melhoramento do padrão moral, como também para
mudar o clima mental daquele que
busca o passe, tornando-o mais propício ao
benefício fluídico.

520
e) Médiuns-passistas devidamente preparados sob
o ponto de vista moral e
doutrinário - é indispensável o cuidado na formação
desta equipe constituída por elementos
conscientes e preparados quanto aos objetivos do
trabalho. Conhecimento doutrinário, moral
elevada, saúde física e psíquica conseguidas pelo
esforço próprio de disciplina, equilíbrio,
vigilância, oração e prática do Bem.

f) Disciplina, recolhimento e elevação de


pensamentos, horário no início dos
trabalhos: silêncio, leitura, meditação, formação e
manutenção de atmosfera espiritual
adequada na Câmara de Passes.

g) Atitude do passista - as atitudes exteriores não


contam uma vez que a
movimentação e a qualidade dos fluidos repousam
na mente, na predisposição interna,
continuada dos passista, ponto inicial para obtenção
dos resultados desejados.

h) Esclarecimentos aos que buscam o passe - que


devem antes de passar ao trabalho
propriamente dito na recepção das energias, ouvir
quanto à necessidade de preparação
espiritual, pela prece, busca da renovação íntima,
da confiança, da mudança de
pensamentos, enfim, abertura (e manutenção) de
todo um clima que possibilitam melhor
aprofundamento fluídico.
521
i) Quantidade de passes transmitidos poderá levar o
médium a cansaço físico, mas
nunca à exaustão fluídica. O trabalho do Bem só faz
e traz bem.

j) Toda encenação, gestos, movimentos


coreográficos toque no corpo do paciente,
estalar de dedos, esfregação de mãos, palminhas,
respiração ofegante, sopros, posições
convencionadas, incorporação mediúnica, ou outros
quaisquer aparatos externos constituem-
se como práticas esdrúxulas introduzidas ou
originadas da ausência de conhecimento
doutrinário, de viciações ou condicionamentos
criados por assimilação e reflexo de outras

práticas que nada tem a ver com a Doutrina


Espírita. Vem daí também o uso de roupas,
aventais especiais para o médium bem como outras
enxertias decorrentes.
Quando se acreditava que o passe era simples
transmissão magnética, criaram-se
certas crendices que o estudo e conhecimento da
transmissão fluídica desfez. Poderíamos
lembrar: dar as mãos para que a "corrente" se
estabelecesse, alternância dos sexos, levantar
as mãos para captar fluidos, necessidade do
passista libertar-se de objetos metálicos
(relógio, jóias) exigência de que aquele que recebe
deveria estar com as palmas das mãos
522
voltadas para cima, etc., etc., etc., práticas essas
despropositadas face aos princípios
doutrinários espíritas.

l) Passe em roupas, toalhas, objetos ou fotos


constituem-se como práticas esdrúxulas
e supersticiosas que fogem à simplicidade do passe
espírita. Não tem justificativa doutrinária
uma vez que a transmissão das energias se
caracteriza como ato fraterno de pessoa para
pessoa, em clima de confiança e elevação. Os
objetos não tem função alguma quando se
entende que a transmissão fluídica pode dar-se
através do pensamento em prece, que
vencendo distâncias, busca seu alvo, levando as
vibrações fraternas movimentadas pela ação
do amor.

Conclusão: A transmissão fluídica, no ato do passe,


com base nos fundamentos
doutrinários espíritas se processa segundo os
seguintes conhecimentos:
1 - O Fluido Cósmico Universal é o elemento
primitivo do Perispírito e do Corpo físico
que são transformações dele. Por essa razão, esse
fluido condensado no Perispírito, pode
fornecer princípios reparadores ao corpo.
2 - O pensamento do encarnado atua sobre os
fluidos espirituais, como o dos
desencarnados e se transmite de Espírito a Espírito
pelas vias e conforme seja bom ou mau,
saneia ou vicia os fluidos ambientes.
523
3 - Sendo o Perispírito dos encarnados de natureza
idêntica à dos fluidos espirituais,
ele os assimila com facilidade "(...) como uma
esponja se embebe em líquido (...)",
dependendo da lei de sintonia e afinidade. Esses
fluidos exercem sobre o Perispírito uma
ação tanto mais direta, quanto por sua expansão e
irradiação, o Perispírito com eles se
confunde.
4 - Atuando esses fluidos sobre o Perispírito, este a
seu turno reage sobre o
organismo material com que se acha em contato
molecular: se os eflúvios são de boa
natureza, o corpo ressente uma impressão salutar;
se são maus a impressão é penosa.
5 - Considerado como matéria terapêutica, o fluido
tem que atingir a matéria
orgânica, a fim de repará-la; pode ser dirigido pela
vontade do médium passista ou atraído
pelo desejo ardente, fé, do paciente. Ideal será
quando se dê a simultaneidade, a
conjugação das suas forças.
6 - Um fluido mau não pode ser iluminado por outro
igualmente mau. Necessário se
faz expelir o fluido mau com auxílio de um fluido
melhor.
O poder terapêutico está na pureza da substância
inoculada, na energia da vontade
que quanto maior for, mais abundante emissão
fluídica provocará e maior força de
penetração dará aos fluidos.

524
7 - Os fluidos são também veículo do pensamento,
o qual pode modificar-lhes as
propriedades, impregnando-os de qualidades boas
ou más, conforme sua pureza ou
impureza.
8 - O médium passista porta-se tranqüilamente
diante ou atrás do paciente que deve
estar sentado ou que permanecerá deitado, caso
esteja acamado, doente. Manter-se-á em
qualquer dos casos regular e conveniente
distância, condicionada pelo comprimento dos
braços; impor as mãos sobre a cabeça (sem tocar
ou emaranhar os cabelos) sem toque no
corpo de espécie alguma; vibrar profundamente
buscando no Amor e pela vontade, oferecer
o melhor de si em benefício dele e a ser usado
pelos Amigos Espirituais segundo as
necessidades que Eles sabem quais são ou mais
urgentes.
9 - O passe é transmissão de energias psíquicas e
espirituais, dispensando qualquer
contato físico na sua aplicação. Desse modo são
dispensadas todas as formas exteriores,
valendo aquelas que forneçam maior porcentagem
de confiança de quem dá e quem recebe
atendendo aos princípios da ética, simplicidade e
discrição cristã do passe. Daí que, a
simples imposição das mãos, na sincera e elevada
atitude mental voltada para o bem, como
exemplificou Jesus, é a forma que melhor
corresponde às orientações doutrinárias.
525
1 - Mecanismos da Mediunidade - André Luiz
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de
2000)
(Jornal Verdade e Luz Nº 170 de Março de 2000)

526

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