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SOCIAL
RESUMO
ABSTRACT
The communication of the deaf is an important and much-debated topic these days is
that the Brazilian Sign Language has been identified as the most appropriate tool to
resolve the difficulties between deaf and non-deaf. However, the main focus is always
directed to the school. It is the school that interact with the deaf people of all ages and
especially for his age. The deaf can not be seen as different but as a person requiring
different means of communication. When you start the process of schooling, the
student listener already has the grammar of Portuguese Language and implicitly the
teacher encourage, support and lead the evolution of grammar for the reflexive. But the
case of deaf students, it appears that he rarely brings that grammar, implicit and must
participate in a reflection on language which dominates or dominates precariously,
while it is in the process of learning Portuguese and acquisition of Brazilian Sign
Language - POUNDS. Ideally, the LIBRAS became a subject as important as learning
the English language.
INTRODUÇÃO
O fato de ter acesso ao mundo pela visão e não pela audição, caracteriza as
pessoas surdas como diferentes e não deficientes em relação às ouvintes.
• Em um primeiro grande período, que vai desde meados do século XVIII até a
primeira metade do século XIX, os professores, Em sua maioria, eram surdos, e as
experiências pedagógicas eram mediadas pela língua de sinais com bons resultados
acadêmicos e sociais.
O que se quer demonstrar com essa pontual retomada histórica é que, após,
quase um século de uma proposta educacional que se preocupou apenas em oferecer
aos surdos uma proposta de reabilitação de funções que o colocavam em uma
condição deficiente – audição e a fala – nas últimas duas décadas no Brasil e, no
mundo, a partir de 1970, tem início um processo de resgate de valores que priorizam
as diferenças desses grupos na educação.
Desse modo, neste momento, é comum observar-se, ainda que timidamente,
intérpretes de LIBRAS presentes na televisão, nas igrejas e também nas escolas. Isso
se deve à mudança na percepção das pessoas surdas difundindo-se suas
singularidades assentadas em uma forma de interação social totalmente vinculada a
mecanismos visuais de expressão e percepção da realidade: a língua de sinais é o
exemplo mais efetivo da experiência visual dos surdos.
Conforme Quadros (1997, p. 53), no entanto, pelos fatos históricos que foram
pontuados no início do artigo, que obrigou os surdos a negarem sua condição
diferenciada, sendo proibidos de utilizar sua língua natural e obrigados a
reproduzirem-se e a comportarem-se como ouvintes, há ainda muitos mitos que
impedem que a sociedade os veja como pessoas capazes, produtivas, inteligentes e
que se comunicam por uma maneira diferenciada daquela utilizada pela maioria.
Para Skiliar (1998, p. 18) o mito de que os surdos não apresentam nenhuma
comunicação ou linguagem desenvolvidas, disseminou-se a partir da relação
equivocada e absoluta entre linguagem e fala. Na verdade, a linguagem não é fala e
sim comunicação simbólica, a qual pode se dar por diferentes modalidades: a auditiva,
a corporal, a pictórica... A oralidade representa apenas uma possibilidade de
expressão da linguagem, predominante é verdade, mas não a única.
Pelo fato de não ouvirem a fala humana, as pessoas surdas podem não
desenvolver a oralidade, mas apropriam-se da linguagem por caminhos alternativos,
destacando-se as experiências visuais nesse processo. Os atuais estudos lingüísticos
demonstram que a língua de sinais oferece para as pessoas surdas o mesmo
conteúdo e funções necessárias à mediação das experiências de aprendizagem,
sejam formais ou informais.
Segundo Gesueli (2003, p. 30) perguntas como: que língua é essa que não
utiliza sons para se propagar? Como esses movimentos desenhados no ar pelas mãos
podem expressar conceitos abstratos? As palavras são soletradas com o alfabeto
manual? Essas são algumas perguntas que se faz quando se defronta com a língua
de sinais dos surdos. Embora a grande maioria do povo brasileiro desconheça, esse
conjunto de “gestos desenhados no ar” estrutura uma língua organizada, com as
mesmas funções das línguas orais.
• Escrita – a escrita apresenta-se como uma possibilidade de registro visual que nem
sempre é lembrada pelos professores de surdos. Roteiros, esquemas, palavras-chave,
indicação de sinonímias, expressões idiomáticas, entre outras formas, podem ser
relacionadas ao conteúdo a ser desenvolvido como elementos de apoio em uma
exposição oral.
• Língua oral/leitura labial – sobre esse recurso repousa um mito entre os professores
de que todos os surdos lêem os lábios. Na verdade, uma pequena parcela de alunos
surdos (não mais que 20%, segundo as pesquisas) podem dominar, ainda que
precariamente essa técnica. No entanto, mesmo entre os surdos treinados
exaustivamente para isso, há estudos e pesquisas demonstrando ser a leitura labial
um meio ineficaz para a compreensão plena, entre os interlocutores. Na melhor das
hipóteses, 50% da mensagem estará comprometida pela dificuldade de leitura de
fonemas não visíveis para os surdos e pela rapidez do fluxo da fala, o que dificulta o
entendimento do conteúdo que acaba sendo deduzido pelo contexto, estratégia pouco
confiável. Portanto, esse é um mito que deve ser superado.
Na visão de Fernandez (2003, p.104) a utilização desses recursos e o
esforço na potencialização de atividades que permitam o trabalho cooperativo
contribuirão para espantar um fantasma presente na inclusão de alunos surdos: o
isolamento. Como não entendem o que é dito, como as pessoas não têm paciência em
explicar o que está acontecendo e como o bate-papo é fundamental à formação de
novas amizades, é comum a dificuldade de relacionamentos sociais dos alunos surdos
nas escolas.
Para o ESAP (10210, p. 277) são inúmeros os fatores que impedem que a
educação bilíngüe seja uma realidade nas escolas, nesse momento: a sociedade
desconhece ou não dá a LIBRAS a sua devida importância, a maioria das crianças
surdas é filha de pais ouvintes, que também ignoram a importância dessa língua para
seus filhos; as propostas curriculares atribuem importância apenas à norma padrão da
língua portuguesa, não contemplando a diversidade lingüística dos alunos (índios,
surdos, imigrantes e falantes de variedades desprestigiadas do português...); os
professores surdos estão em processo de formação e não têm representatividade no
planejamento e execução das políticas educacionais; os professores ouvintes
desconhecem, negam ou marginalizam a língua de sinais. Muitos outros fatores
poderiam ser pontuados, demonstrando a complexa situação da escolarização dos
surdos, nesse momento histórico de transição de um período que os ignorava em suas
diferenças, tratando-os como se ouvintes fossem, e uma era de resgate de direitos e
reconhecimento de diferenças na educação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta perspectiva a LIBRAS deve ser a língua materna dos surdos não
porque é a língua natural dos surdos, mas sim porque, tendo os surdos bloqueios para
a aquisição espontânea de qualquer língua natural oral, eles sim é que só vão ter
acesso a uma língua materna que não seja veiculada através do canal oral-auditivo.
Esta língua poderia ser uma língua cujo canal seria o tato. Porém, como alternativa
existente às línguas orais são as línguas de sinais estas se prestam as suas
necessidades.