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MAGISTRATURA E MINISTÉRIO PÚBLICO

Alexandre Gialluca
Direito Empresarial
Aula 03

ROTEIRO DE AULA

Tema: Nome Empresarial e Estabelecimento comercial

8. NOME EMPRESARIAL
8.1- Previsão Constitucional
Antes da análise de seu conceito, o professor destaca que o nome empresarial possui previsão no
inciso XXIX do artigo 5º da Carta Magna. A CF/88 protege o desenvolvimento tecnológico e econômico
do país ao prever proteção no nome empresarial.

Art. 5°, XXIX da CF/88: a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de
empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;

8.2. Conceito:
Nome empresarial é aquele sob o qual o empresário individual, empresa individual de
responsabilidade Ltda, Eireli e as sociedades empresárias exercem suas atividades e se obrigam nos
atos a elas pertinentes.
Em outras palavras, o nome empresarial é elemento de identificação do empresário individual, da
Eireli e das sociedades empresárias no mundo corporativo, no universo empresarial.

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8.3. Modalidades
➢ Firma;
➢ Denominação.

Existem duas modalidades de nome empresarial, a firma e a denominação.


A firma pode ser:
- Individual; ou
- Social.

● Obs.: Na prática, ambas são tratadas como “razão social”. Entretanto, o professor observa
que razão social é sinônimo de firma social.

Para análise da diferença entre Firma e a Denominação, será necessário o estudo do próximo tópico,
que possibilitará a compreensão das distinções.

8. 4. Aplicação/Composição
a) Firma Individual
➢ Aplicação: a Firma Individual se aplica ao Empresário Individual;

➢ Composição: a composição da Firma individual está prevista no artigo 1.156 do CC/02:


- Nome civil do empresário, que pode ser (i) completo ou (ii) abreviado.
Ex.: Cleber Rogério Masson ou C. Masson.

- A inserção do gênero da atividade e de designação mais precisa da pessoa ou do


gênero da atividade não é obrigatória, podendo ser inserida a critério do Empresário
individual;
Ex.: C. Masson Massagens.

Art. 1.156 do CC/02: O empresário opera sob firma constituída por seu nome,
completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua
pessoa ou do gênero de atividade.

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b) Firma Social
➢ Aplicação: a Firma Social, regra geral, se aplica a sociedade que possui sócio com
responsabilidade ilimitada, conforme dispõe o artigo 1.157 do CC/02. Este sócio responde com
seus bens pessoais por dívidas da sociedade.

Art. 1.157 do CC/02: A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada


operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para
formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.

➢ Composição:
- Nome(s) do(s) sócio(s), completo ou abreviado:
Ex.: Cleber Masson e Renato Brasileiro; C. Masson e R. Brasileiro.

- Nome(s) do(s) sócio(s), completo ou abreviado, acrescido de “e companhia” ou “e


CIA.”, pois remetem a existência de outros sócios:
Ex.: C. Masson e CIA

- O ramo de atividade não é obrigatório, podendo, contudo, ser inserido a critério dos
sócios.
Ex.: C. Masson e R. Brasileiro Casa de Shows.

Art. 1.156 do CC/02: O empresário opera sob firma constituída por seu nome,
completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua
pessoa ou do gênero de atividade

c) Denominação
➢ Aplicação: a Denominação se aplica às sociedades que possuam sócios de responsabilidade
limitada.

➢ Composição: a Denominação é formada com palavras de uso comum ou vulgar na língua


nacional ou estrangeira e/ou com expressões de fantasia, com a indicação do objeto da
sociedade. Ex.: “Divina Gula”; “Cê Ki Sabe”; “Miga Sua Loka”; “Full Kitchens”.

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Obs.: É obrigatório indicar o ramo de atividade na Denominação
8.5. QUADRO GERAL

➔ REGRA GERAL:
- O Empresário Individual é aquele que possui responsabilidade ilimitada, motivo pelo qual tem
firma e não denominação - já que deve constar seu nome.

- A Sociedade em comandita simples é aquela que possui dois tipos de sócio: o Sócio
Comanditado, com responsabilidade ilimitada, e o Sócio Comanditário, com responsabilidade
limitada. Por este motivo, a firma deve ter o(s) nome(s) dos Sócio(s) Comanditado(s).

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- A Sociedade em nome coletivo todos os sócios, sem exceção, possuem responsabilidade
ilimitada, motivo pelo qual tem firma e não denominação.

- Na Sociedade Anônima a responsabilidade dos sócios é limitada, motivo pelo qual não pode
ter firma, possuindo denominação;

Sociedade anônima:
Art. 1.160. do CC/02: A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto
social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou
abreviadamente.
Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa
que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.

- A Cooperativa, embora admita a responsabilidade limitada, em regra possui responsabilidade


limitada, motivo pelo qual deve ter denominação.

Cooperativa
Art. 1.159 do CC/02 A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo
vocábulo "cooperativa”

➔ EXCEÇÕES:
- A Sociedade LTDA, a EIRELI e a Sociedade em comandita por ações são três sociedades que
têm responsabilidade limitada, motivo pelo qual, seguindo a regra geral, deveriam ter
denominação. Contudo, de forma excepcional a lei admite que também possuam firma. São
exceções à regra geral, já que podem ter firma ou denominação.

Obs.: Cuidado com três exceções:


➢ Sociedade limitada:
O disposto no artigo 1.158 do CC/02 é cobrado de forma muito recorrente em concursos:

Art. 1.158 do CC/02: Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas
pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

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§ 1° A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de
modo indicativo da relação social.
§ 2° A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o
nome de um ou mais sócios.
§ 3° A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos
administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.

- A Sociedade LTDA, como já analisado, pode ter firma ou denominação e deve ser acrescida a
palavra “limitada” ou sua abreviação no final.
Ex.: C. Masson e R. BrasileiRO Casa de Shows LTDA (firma);
Nheco Nheco Casa de Shows LTDA (denominação).

➢ EIRELI: também pode ter firma ou denominação, devendo ser acrescida a palavra “EIRELI” no
final (artigo 980-A, §1º do CC1)
Ex.: Marcelo Novelino Curso de PhotoShop EIRELI (firma);
Faz Milagre Curso de PhotoShop EIRELI (denominação).

➢ Comandita por ações também pode ter firma ou denominação

● Obs.: Sociedade em conta de participação não possui personalidade jurídica, motivo pelo
qual não pode ter nome empresarial, conforme artigo 1.162 do CC, muito cobrado em
concursos.

Art. 1.162 do CC/02: A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou
denominação.

8.6. Proteção do nome empresarial


A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do registro do Empresário Individual, da
EIRELI ou da Sociedade Empresária na Junta Comercial.

1
CC, Art. 980-A, §1º: § 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI"
após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.

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❖ Pergunta: A proteção ao nome empresarial possui âmbito nacional ou estadual?
A proteção ao nome empresarial é estadual, conforme artigo 1.166 do CC.

Art. 1.166 do CC/02: A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas
jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do
nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se
registrado na forma da lei especial.

Ex.: A Churrascaria Garfo de Ouro LTDA é registrada na Junta Comercial de Santa Maria - RS,
possuindo proteção ao nome empresarial em âmbito estadual. Se outra empresa ingressar
com pedido de registro do mesmo nome empresarial na Junta Comercial de Porto Alegre - RS,
por exemplo, o registro será negado - por já existir empresa registrada com este nome
empresarial. Não obstante, uma empresa poderá ser registrada com o mesmo nome
empresarial da churrascaria no Estado de Tocantins, já que a proteção ao nome empresarial
é estadual.

● Obs.: Embora o parágrafo único do artigo 1.166 do CC disponha sobre a possibilidade de


extensão da proteção ao nome empresarial em todo o território brasileiro, o professor
destaca inexistir a lei especial nele citada, o que inviabiliza sua realização. Desta forma, para
que isto ocorra é necessário que o nome empresarial seja registrado em todos os Estados da
federação, conforme Resp 1686154/SP:

REsp 1686154 / SP - RECURSO ESPECIAL - 2015/0307502-5


Relator(a) Ministra NANCY ANDRIGHI (1118)
Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA
Data do Julgamento 20/02/2018
Data da Publicação/Fonte DJe 23/02/2018
Ementa
RECURSO ESPECIAL. PROPRIEDADE INDUSTRIAL. NOME EMPRESARIAL. ÂMBITO DE
PROTEÇÃO. UNIDADE DA FEDERAÇÃO EM QUE ARQUIVADOS OS ATOS CONSTITUTIVOS DA
SOCIEDADE EMPRESÁRIA. PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. INADMISSIBILIDADE. 1- Ação distribuída em 26/11/2010. Recurso especial
interposto em 3/9/2014 e concluso à Relatora em 25/8/2016. 2- O propósito recursal é

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definir se o nome empresarial adotado e utilizado pelo recorrido viola direitos de
propriedade industrial titulados pelo recorrente. 3- A ausência de decisão acerca das teses
invocadas pelo recorrente impede, quanto a elas, o conhecimento do recurso especial. 4- O
nome empresarial goza de proteção jurídica tão somente no âmbito do ente federativo onde
se localiza a Junta Comercial em que arquivados os atos constitutivos da sociedade que o
titula, podendo ser estendida a todo território nacional apenas na hipótese de pedido de
arquivamento nas demais Juntas Comerciais. Precedentes. 5- Na espécie, os atos
constitutivos das partes foram arquivados em diferentes entes federativos, não havendo
notícia de que o recorrente tenha pleiteado proteção em todo o território nacional, de modo
que sua pretensão de abstenção de uso não merece prosperar. 6- Ademais, o acórdão
recorrido concluiu que, dada a atividade desempenhada por cada uma das empresas, a
existência simultânea dos nomes empresariais não é capaz de acarretar confusão e prejuízo
aos consumidores. 7- O reexame de fatos e provas em recurso especial é inadmissível. 8-
Recurso especial não provido.

8.7. Princípios do Nome Empresarial


A Lei 8.934/94, que trata do registro público de empresas mercantis, prevê expressamente em seu
artigo 34 que o nome empresarial deve obedecer aos princípios da veracidade e novidade:

Lei 8934/94
Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.

a) VERACIDADE/AUTENTICIDADE – IMPÕE QUE QUE A FIRMA INDIVIDUAL OU FIRMA SOCIAL SEJA


COMPOSTA A PARTIR DO NOME DO EMPRESÁRIO OU DOS SÓCIOS RESPECTIVAMENTE
O princípio da veracidade, também chamado de princípio da autenticidade, determina que a firma
individual ou social seja composta pelo nome do empresário ou o nome dos sócios, pois o nome
empresarial deve corresponder à realidade fática, não sendo possível, por exemplo, mencionar o
nome do apresentador Silvio Santos se ele não integrá-la.

❖ Pergunta: Se um dos sócios falece ou é excluído da sociedade, como os demais sócios devem
proceder?
A resposta está no artigo 1.165 do CC, devendo ser o nome do sócio retirado sob pena de
infringência ao princípio da veracidade, já que não corresponderá mais a realidade social:

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Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser
conservado na firma social.

b) NOVIDADE: NÃO PODERÃO COEXISTIR, NA MESMA UNIDADE FEDERATIVA, DOIS NOMES


EMPRESARIAIS IDÊNTICOS OU SEMELHANTES, PREVALECENDO AQUELE JÁ PROTEGIDO PELO
PRÉVIO ARQUIVAMENTO.
Por determinação do princípio da novidade, não é possível o registro de nome empresarial se na Junta
Comercial do Estado possuir um registro anterior idêntico.

Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo
registro.
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar
designação que o distinga.

● Obs.: o registro idêntico em outro Estado não impede a coexistência, já que a proteção é
estadual).

8.8. Características do nome empresarial


- O artigo 1.164 do CC dispõe sobre a impossibilidade de alienação do nome empresarial. O
professor menciona que a incidência de cobrança do artigo 1.164 do CC em concursos é alta.

Art. 1.164 do CC/02: O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato
o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de
sucessor.

- Da mesma forma, de acordo com o artigo 1.167 do CC, não há prazo para anulação de inscrição
de nome empresarial que viole a legislação.

Art. 1.167 do CC/02: Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para anular a inscrição
do nome empresarial feita com violação da lei ou do contrato.

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- O artigo 1.168 do CC trata do cancelamento do nome empresarial quando for cessado o
exercício da atividade ou quando da liquidação da sociedade, podendo ser solicitado por
qualquer interessado:

Art. 1.168. A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de qualquer


interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou quando
ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu.

(FCC - 2015 - TJ-PE - Juiz Substituto) Acerca do nome empresarial, é correto afirmar:
a) O nome de sócio que vier a falecer pode ser conservado na firma social.
b) É vedada a alienação do nome empresarial.
c) A inscrição do nome empresarial somente será cancelada a requerimento do seu titular, mesmo
quando cessado o exercício da atividade para que foi adotado.
d) Independentemente de previsão contratual, o adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos,
pode usar o nome empresarial do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.
e) A sociedade em conta de participação pode ter firma ou denominação.
Gabarito: B

- Análise das alternativas:


a) Errada: princípio da veracidade;
b) Correta (artigo 1.164 do CC);
c) Errada: o cancelamento pode ser solicitado por qualquer interessado (artigo 1.168 do CC);
d) Errada: só é possível mediante previsão contratual (este tema será analisado
posteriormente);
e) Errada: a sociedade em conta de participação pode ter firma ou denominação (artigo 1.162
do CC).

TJ-AM 2016
No que se refere às espécies de empresário, seus auxiliares e colaboradores e aos nomes e livros
empresariais, assinale a opção correta.
a) É suficiente autorização verbal do empresário para que seu preposto possa fazer-se substituir no
desempenho da preposição.
b) Caso crie o chamado caixa dois, falsificando a escrituração do empresário preponente, o contabilista
responderá subsidiariamente ao empresário pelas consequências de tal conduta.

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c) São livros empresariais todos os exigidos do empresário por força das legislações empresarial,
trabalhista, fiscal e previdenciária.
d) A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa e seu
nome empresarial será necessariamente a firma seguida da sigla EIRELI.
e) Em observância ao princípio da veracidade, o nome do sócio que falecer não pode ser conservado
na firma social.
Gabarito: E

8.9. Diferença entre Nome Empresarial e Marca

Nome Empresarial Marca

Identifica uma pessoa física ou jurídica, que Identifica produto ou serviço.


explora a atividade empresarial.

Registrado na Junta Comercial - Órgão Estadual Registrada no INPI (Instituto Nacional de


Propriedade Industrial) - Órgão Federal

Proteção estadual Proteção federal

Exemplos:
- Empresa Hypera Pharma é uma sociedade anônima de capital aberto.
O nome empresarial desta empresa é Hypera Pharma, possuindo diversas marcas: Vitasay
50+, Tamarine, Colflex, Biotônico Fontoura etc.;
- Empresa Alpargatas S.A.
Seu nome empresarial é Alpargatas, possuindo diversas marcas: Havaiana, Mizuno etc.;
- Empresa ViaVarejo, sociedade anônima de capital aberto.
Seu nome empresarial é ViaVarejo, possuindo diversas marcas: Casas Bahia, Ponto Frio, Extra.
TJ/PR 2019 – Juiz Substituto – CESPE
O nome empresarial identifica o sujeito de direito; a marca identifica, direta ou indiretamente,
produtos ou serviços. A respeito desses dois institutos — nome empresarial e marca —, assinale a
opção correta.
a) O registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) garante,
consequentemente, a proteção do nome empresarial, independentemente do registro deste nas
juntas comerciais.

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b) A proteção conferida ao nome empresarial se exaure nos limites do estado federado onde fica a
junta comercial na qual se fez seu registro, sendo sua proteção nos demais estados condicionada ao
seu registro nas respectivas juntas comerciais.
c) Devido ao princípio da especificidade, a proteção da marca de alto renome e do nome empresarial
se restringe aos segmentos dos produtos ou serviços passíveis de dúvidas.
d) O direito de utilização exclusiva de marca se extingue em vinte anos, podendo ser prorrogado, ao
passo que o do nome empresarial vigora por prazo indeterminado.
Gabarito: B
- Análise das alternativas:
a) Errada: a proteção do nome empresarial ocorre com o registo na Junta Comercial.
O INPI protege a marca;
b) Correta.

8.10. Diferença entre Nome Empresarial e Título de Estabelecimento


Nome Fantasia: também conhecido como Nome de Fachada, é o nome popular de um
estabelecimento, o apelido comercial dado que pode ser ou não ser igual à sua marca. Geralmente,
é o nome que serve para a divulgação de determinada empresa, visando o maior aproveitamento
da sua marca e da estratégia de marketing e vendas.

● Obs. 01: Título de Estabelecimento também é chamado de nome fantasia, é o “apelido


comercial” que se dá ao estabelecimento empresarial para atrair clientes, por exemplo.
Ex. 01: Pão de Açúcar é o nome fantasia da empresa CIA Brasileira de Distribuição, sendo este
último o nome empresarial da empresa.
Um supermercado chamado CIA Brasileira de Distribuição não atrai consumidores, mas seu o
nome fantasia “Pão de Açúcar” sim.
Ex. 02: MC Donald’s é o nome fantasia da empresa Arcos Dourados Comércio de Alimentos
LTDA, sendo este último o nome empresarial da empresa.
Ex. 03: Beijo Gelado é o nome fantasia da empresa Renata Franco e Francisco Chagas
Sorveteria LTDA, sendo este último o nome empresarial da empresa. O panetone Panegel,
vendido nesta sorveteria, é uma marca registrada da empresa.

● Obs. 02: Título de Estabelecimento não possui proteção, motivo pelo qual geralmente é
registrado como marca.

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9) ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
O estabelecimento empresarial é tratado nos artigos 1.142 a 1.149 do CC.

9.1. Conceito:
Estabelecimento comercial é o complexo de bens organizados, um conjunto de bens organizados para
que seja possível a exploração de uma atividade empresarial - artigo 1.142 do CC.

Art. 1.142 do CC/02: Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para
exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.

Ex.: o G7 não consegue prestar serviços educacionais sem seu o conjunto de bens (câmera, tablet,
internet, iluminação, ar condicionado, mesa de som, microfone, cadeira, computadores etc.)

➢ Bens Corpóreos: também chamados de materiais.


Ex.: móveis, equipamentos, maquinários, mercadoria, imóvel, veículos etc.

➢ Bens incorpóreos: também chamados de imateriais.


Ex.: ponto comercial, marca, patente, domínio de internet, redes sociais, etc.

- Exemplos de estabelecimento:
Supermercado: conjunto de bens organizado: possui imóvel, marca, freezers, mercadorias,
prateleiras, carrinhos, caminhões, internet, iluminação, computadores etc.

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- Farmácia: conjunto de bens organizado.

- Academia de ginástica: conjunto de bens organizado.

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● Obs.: Para ser um estabelecimento comercial, o conjunto de bens deve possuir organização
para o exercício de uma atividade empresarial.
O enunciado 7 da 1ª jornada de direito comercial: “O nome de domínio integra o estabelecimento
empresarial como bem incorpóreo para todos os fins de direito.”

ENUNCIADO 95 da III Jornada de Direito Comercial – “Os perfis em redes sociais, quando explorados
com finalidade empresarial, podem se caracterizar como elemento imaterial do estabelecimento
empresarial.”

O professor cita o salão de beleza adquirido por sua esposa, pois na aquisição houve a negociação do
Instagram da empresa, para exemplificar que as redes sociais são consideradas bens incorpóreos,
integrando o conceito de estabelecimento. Na negociação também houve a aquisição de uma marca
de máscaras.

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9.2. Estabelecimento é diferente de patrimônio

❖ Pergunta: A padaria Ki Pão Panificadora LTDA possui dois imóveis registrados em nome da
pessoa jurídica. O imóvel I é a sede da padaria e o imóvel II alugado a terceiros e o valor do
aluguel é utilizado para aquisição de mercadorias da padaria. O imóvel II integra o
estabelecimento comercial?
O imóvel II não integra o estabelecimento empresarial, uma vez que só integra o conceito de
estabelecimento os bens diretamente relacionados à atividade empresarial. Neste caso, por
não estar relacionado diretamente à sua atividade, o imóvel II apenas integra seu patrimônio.
O imóvel I, por sua vez, integra o estabelecimento comercial da padaria, ao passo que ambos
integram seu patrimônio.

- Patrimônio, portanto, é o conjunto de bens da pessoa jurídica que estão ou não diretamente
relacionados à atividade empresarial, ao passo que para ser considerado estabelecimento
comercial deve estar ligado diretamente a atividade desenvolvida.

9.3 - Natureza Jurídica do estabelecimento


Art. 1.143 do CC/02: Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos,
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.

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- O estabelecimento, de acordo com o artigo 1.143 do CC, é objeto unitário de direitos e não
sujeito de direito, devendo ser analisado o todo e não os bens individualmente considerados.
Da mesma forma, o estabelecimento é uma universalidade (conjunto de bens organizados
para o exercício da atividade empresarial).

● Obs.: Sujeito de direito é o empresário, a sociedade empresária, a EIRELI, que exploram a


atividade empresarial.

❖ Pergunta: É uma universalidade de fato ou de direito?


Universalidade de direito é o conjunto de bens reunidos por força da lei (ex. massa falida e
herança). A universalidade de fato, por sua vez, é o conjunto de bens reunidos/agrupados por
vontade de um empresário individual, uma sociedade empresária ou uma EIRELI.
Desta forma, o estabelecimento é uma universalidade de fato.
9.4. Trespasse
Trespasse é o nome que se dá ao contrato de compra e venda de estabelecimento empresarial.

a) Formalidade:
No trespasse, há a figura do adquirente e do alienante, e produz efeitos entre os contratantes.
Para produzir efeitos perante terceiros, de acordo com o disposto no artigo 1.144 do CC, se faz
necessária a averbação do contrato de trespasse na junta comercial e sua publicação na imprensa
oficial. A publicidade interessa ao credor, conforme será analisada mais adiante.

Art. 1.144 do CC/02: O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do
estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição
do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de
publicado na imprensa oficial.

b) Trespasse é diferente de Cessão de Quotas Sociais


A Padaria Real LTDA possui dois sócios: João com 70% e Maria com 30% das quotas socias.
Da mesma forma, possui dois estabelecimentos, sendo a padaria I localizada no centro e a padaria II
localizada no shopping da cidade.

- Hipótese 01: A Padaria Real LTDA pretende alienar a padaria II localizada no shopping. A
empresa Forno Quente Panificadora LTDA está interessada na aquisição da padaria II.

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Esta operação será chamada de Trespasse e realizará a transferência da titularidade do
estabelecimento.

- Hipótese 02: Maria pretende sair da sociedade, colocando suas quotas à venda. Após dar
preferência a João, que se recusa em adquiri-las, a empresa Forno Quente Panificadora LTDA
as adquire, passando a ter 30% das quotas da sociedade.
Neste caso, haverá a chamada Cessão de Quotas Sociais, continuando a Padaria Real LTDA
como titular do estabelecimento, já que na cessão de quotas há a transferência da titularidade
das quotas sociais.

- Em suma, a diferença entre Trespasse e Cessão de Quotas Sociais está no fato de que o
primeiro transfere a titularidade do estabelecimento e a segunda a titularidade das quotas
sociais.

c) Eficácia do trespasse
O estabelecimento comercial é a grande garantia que o credor possui de satisfação do crédito, pois se
a empresa se tornar inadimplente poderá ser executada, com pedido de penhora do estabelecimento
(de forma excepcional) ou mesmo ser solicitada sua falência (onde haverá a venda dos bens, inclusive
do estabelecimento, para que seja realizado o pagamento dos credores).

● Obs.: O disposto na Súmula 451 do STJ é medida excepcional:


Súmula 451 do STJ: É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.

- Ex.: O imóvel I da Padaria X LTDA, situado no centro, é avaliado em três milhões de reais e o
imóvel II, localizado no shopping, é avaliado em um milhão de reais. Contudo, a Padaria X
LTDA possui dívida de dois milhões de reais.
A Padaria X LTDA, neste caso, pode vender a unidade II sem consultar seus credores, já que
permanecerá com o imóvel I -suficiente a satisfação da dívida. Entretanto, para vender a
unidade I, por ser não ser a unidade II suficiente para saldar sua dívida, deverá observar o
disposto no artigo 1.145 do CC:

Art. 1.145 do CC/02: Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo,
a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores,

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ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua
notificação.

- Desta forma, o trespasse do exemplo acima só terá eficácia se a Padaria Real LTDA saldar a
dívida com seus credores ou conseguir a autorização de todos (e não da maioria), por meio de
notificação em Cartório de Título e Documentos, onde o silêncio superior a trinta dias será
interpretado como concordância tácita. Neste diapasão, só não poderá realizar a alienação
caso algum credor negue consentimento de forma expressa.
Caso não seja observado o disposto no artigo 1.145 do CC, haverá a ineficácia do trespasse.

d) Responsabilidade por dívidas anteriores

➔ Adquirente: O adquirente responde por dívidas anteriores desde que regularmente


contabilizada, conforme dispõe o artigo 1.146 do CC.

● Obs.: A regra do artigo 1.146 do CC se aplica a toda e qualquer dívida que não possua natureza
tributária e trabalhista, pois estas últimas possuem regulamentação específica nos artigos 133
do CTN e artigos 10 e 448 da CLT, respectivamente.

Art. 1.146 do CC/02: O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos


débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

➔ Alienante: O alienante responde solidariamente pela dívida no prazo de um ano, sendo


chamado pela lei de devedor primitivo. A contagem deste prazo depende da dívida, se vencida
ou vincenda:

- Dívida vencida: o prazo de um ano começa a contar da publicação do contrato de


trespasse na imprensa oficial (artigo 1.144 do CC);
- Dívida vincenda: o prazo de um ano começa a contar da data de vencimento da dívida
(parte final do artigo 1.146 do CC).

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● Obs.: O prazo de dois anos se aplica a cessão de quotas, quando o sócio deixa a sociedade. O
professor frisa que não estamos tratando de direito societário (que será estudado mais
adiante), pedindo atenção para não confundir!

(VUNESP - 2015 - TJ-SP - Juiz Substituto) Sobre alienação dos estabelecimentos empresariais, é
correto afirmar:
a) exige que o alienante ceda, separada e individualmente, ao adquirente cada um dos contratos
estipulados para a exploração do estabelecimento.
b) permite que o alienante se restabeleça de imediato se assim desejar, continuando a exploração da
mesma atividade, caso não haja expressa vedação contratual no contrato de trespasse.
c) o contrato de alienação de estabelecimento produzirá efeitos imediatos entre as partes e perante
terceiros, salvo se alienante e adquirente exercerem o mesmo ramo de atividades, quando a operação
ficará na dependência da aprovação da autoridade de defesa da concorrência.
d) a alienação implica a responsabilidade do adquirente pelos débitos anteriores à transferência,
desde que regularmente contabilizados, sem prejuízo da obrigação solidária do devedor primitivo na
forma da lei.
Gabarito: D

- Análise das alternativas:


a) Errada: pois haverá a transferência automática (artigo 1.148 do CC);
b) Errada: na omissão o alienante não pode concorrer pelo prazo de cinco anos (artigo
1.147 do CC);
c) Errada: artigo 1.14 do CC.

➢ Exceções????
A Lei de Falência (Lei 11.0101/05) foi recentemente alterada pela Lei 14.112/20.
Anteriormente a esta alteração, caso um investidor adquirisse os bens de uma empresa em
falência responderia por dívidas fiscais, trabalhistas, indenização etc. Por este motivo, com a
alteração promovida pela Lei 14.112/20, o artigo 141 da Lei 11.101/05 retirou a sucessão dos
adquirentes, mencionando expressamente as dívidas tributárias, trabalhistas e as decorrentes
de acidentes de trabalho para evitar questionamentos:

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Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas
filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo:
II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do
arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da
legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.

Não obstante, em relação a Recuperação Judicial, embora tenha sido vetada a redação da Lei
14.112/20 em relação ao artigo 60 da Lei de Falência, o professor observa que não há
sucessão, pois anteriormente a Lei 14.112/20 já não se falava em responsabilidade em dívida
trabalhista, existindo, inclusive, o Enunciado nº 47 da I Jornada de Direito Comercial, que
continua prevendo a ausência de sucessão do adquirente em relação a dívidas tributárias,
trabalhistas e decorrentes de acidentes de trabalho.

Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou
de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o
disposto no art. 142 desta Lei.
Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão
do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, (VETADO),
de qualquer natureza, incluídas, mas não exclusivamente, as de natureza ambiental,
regulatória, administrativa, penal, anticorrupção, tributária e trabalhista, observado o
disposto no § 1º do art. 141 desta Lei.

Enunciado n. 47 da I Jornada de Direito Comercial


“Nas alienações realizadas nos termos do art. 60 da Lei n. 11.101/2005, não há sucessão do
adquirente nas dívidas do devedor, inclusive nas de natureza tributária, trabalhista e
decorrentes de acidentes de trabalho”.

e) Concorrência
O contrato de trespasse definirá a possibilidade de existir ou não concorrência.
O professor cita como exemplo a alienação de uma concessionária e questiona a possibilidade de o
alienante, após três meses, abrir uma nova concessionária na mesma rua, bem como a possibilidade
de uma loja pequena de vestidos de noiva ser alienada e montar uma loja maior.

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● Obs.: Se o contrato for omisso, deve ser observada a regra do artigo 1.147 do CC, de forma
que o alienante não poderá fazer concorrência por cinco anos:

Art. 1.147 do CC/02: Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento


não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição
prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.

● OBS.: A PREVISÃO DO ART. 1.147 DO CC, TODAVIA, NÃO REFLETE LIMITAÇÃO Á LIBERDADE
DE CONCORRÊNCIA, MAS, PELO CONTRÁRIO, EXPRESSÃO DE UM DEVER DE CONCORRÊNCIA
LEAL.

f) Sub-rogação nos contratos de exploração


A Pizzaria “A” possui um contrato para fornecimento de chopp e outro para fornecimento de
especiarias - diferencial que a faz se destacar no mercado, pois sua pizza é mais saborosa e seu chopp
vendido a R$3,99. Caso a pizzaria seja alienada, os contratos em questão serão sub-rogados ao
adquirente por previsão do artigo 1.148 do CC, de forma que os fornecedores não poderão rescindi-
los, salvo por justa causa (como inadimplemento).

Art. 1.148 do CC/02: Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do


adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter
pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da
transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.

(FCC - 2015 - TJ-AL - Juiz Substituto) Relativamente ao estabelecimento empresarial, considere:


I. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só
produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da
sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na Imprensa Oficial.
II. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do
estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, somente
de modo expresso, em trinta dias a partir de sua notificação.
III. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo

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solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação,
e, quanto aos outros, da data do vencimento.
IV. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência
ao adquirente, nos três anos subsequentes ao registro da transferência.
V. É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, III e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.
Gabarito: C

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