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UFC – DLV – Língua Portuguesa: Vocábulo 2016.2 – Profa. Márluce Coan

UNIDADE I - BLOCO B – Derivação e Composição (aulas 11 e 12)

MONTEIRO, José Lemos. Morfologia Portuguesa. Campinas: Pontes, 2002.

I. Derivação Nominal (p. 137 – 148)

“Noções essenciais sobre derivação nominal:

1. As formas primitivas se opõem às derivadas. Estas, além de núcleo, apresentam


morfes capazes de produzir novas palavras.

2. Os morfes derivacionais acrescentam ao núcleo um significado acessório ou


transferem a palavra de uma classe ou função gramatical para outra.

3. Pelo princípio dos constituintes imediatos, um vocábulo com mais de um sufixo ou


prefixo não deriva diretamente do núcleo, mas de formas secundárias.

4. As modalidades principais de derivação nominal são a prefixação, a sufixação, a


infixação, a derivação regressiva e a derivação imprópria.

5. A infixação nominal ocorre sobretudo na formação de diminutivos de tema em /a/ e


na de nomes hipocorísticos.

6. A derivação regressiva e a derivação imprópria devem ser estruturalmente


interpretadas como um processo de derivação por sufixo zero.

7. Os casos mais comuns de derivação imprópria são a substantivação, a adjetivação, a


adverbialização e a gramaticalização.

8. Existe uma controvérsia quanto à prefixação. Embora alguns gramáticos a


enquadrem no processo da composição, evidencia-se uma tendência em considerá-la
um tipo de derivação.” (Recapitulação, p. 147 e 148)

II. Derivação Verbal (p. 149 – 158)

1. Prefixação: os prefixos [re] e [des] anexam-se a bases verbais para formar novos
verbos. Obs. O prefixo [re] somente pode ser acrescentado a verbos que possam
implicar mudança de estado em seu objeto.

2. Sufixação: os sufixos verbais destacam-se por trazer a noção de aspecto paralela à de


tempo e modo. Vejamos:
a) aspecto incoativo [ec(er)] e [esc(er)];
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b) aspecto causativo [iz(ar)], [it(ar)] e [ent(ar)];


c) aspecto diminutivo [ic(ar)], [isc(ar)], [inh(ar)] e [it(ar)];
d) aspecto frequentativo [ej(ar)], [uc(ar)], [e(ar)] e [ilh(ar)].
Observações:
a) O sufixo [iz(ar)] é bastante produtivo atualmente para a criação verbal.
b) Há verbos que se formam de nomes compostos, passando-se do processo de
composição para o da derivação.

3. Infixação: os infixos verbais são de caráter diminutivo ou frequentativo ([in], [ic] e


[it]).

4. Derivação por sufixo zero: há exemplos que indicam que um verbo pode ser derivado
de uma base nominal mediante a suposição de um sufixo zero (tardar, florar, florir,
espumar, capinar e confinar).

5. Parassíntese: aplicação de um morfe descontínuo ou circunfixo. Características: a)


não basta que o vocábulo tenha prefixo e sufixo, é necessário que ambos os elementos
constituam um morfe único; b) em geral, a primeira parte do morfe descontínuo não
apresenta significado; c) retirando-se a parte inicial, não restará uma palavra inteira.

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Exercícios ( p. 156-158)

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III. Processo de composição

Características do comportamento morfossintático dos compostos:


a) flexão exclusiva do último componente;
b) sufixação relacionada ao composto como um todo;
c) impossibilidade de intercalação de novos determinantes;
d) impossibilidade de disjunção ou alteração da ordem dos constituintes;
e) impossibilidade de supressão de um dos elementos.

 Para análise:
1. aguardente 6. Nosso Senhor
2. beija-flor 7. bem-vindo
3. Nova Iorque 8. hora-aula
4. pé-de-moleque 9. pós-graduação
5. segunda-feira 10. vice-reitor

Bom trabalho!

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