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DIP (Teórica) 05/11/2021

Sujeitos de Direito Internacional:


No âmbito dos sujeitos de direito internacional público, verificam se a existência de sujeitos
primários e de sujeitos secundários.
Apenas podem ser considerados sujeitos de DIP as entidades que sejam destinatárias
diretas de normas internacionais, sendo por isso titulares de uma situação ou relação
jurídica subjetiva que deriva dessas normas.
Sujeitos de DIP: entes ou entidades às quais as normas de DI são atribuídas.
Nessa conformidade, verificamos inquestionáveis diferenças entre os diferentes sujeitos de
DIP, que o que se refere à sua natureza, quer à amplitude dos seus direitos. Neste sentido,
podemos reconhecer uma maior importância do Estado relativamente aos demais,
porquanto é o único sujeito de DI que beneficia de uma característica especifica: A
Soberania, exercendo de forma duradoura, plena e estável uma autoridade exclusiva sobre
um determinado território.
Quanto aos mais sujeitos (secundários/ derivados), em virtude da sua capacidade jurídica
ser mais limitada, mas também porque resultam de uma decisão dos sujeitos primários,
permanecem submetidos em maior ou menor grau a vontade dos seus criadores.
Sujeitos primários: Estado, povos não autónomos e os insurretos.
Sujeitos secundários: Organizações internacionais, e os indivíduos.

Características dos Estados

A luz das Convenções Internacionais, o Estado corresponde a uma organização política e


jurídica de uma determinada comunidade, e composta por vários elementos:

 A população - O Estado corresponde a uma coletividade de pessoas, inexistindo


Estado sem população, há Estados com uma população reduzida (microestados) e há
estados com uma população maior.
A população de um Estado é constituída por todos os individuas que estão ligados por um
determinado vínculo jurídico, designadamente o vínculo da Nacionalidade. Esse vínculo tem
de ser dotado de estabilidade, ser efetiva e genuína.

 A soberania – Em termos sucintos, a soberania significa que um Estado pode exercer


no seu território a sua competência de forma plena e exclusiva, no seu sentido
político ou jurídico, é o exercício da autoridade que reside em um povo e que se
exerce por intermedio dos seus órgãos constitucionais representativos.
 O governo – Este órgão tem de ser capaz de assegurar a ordem e a segurança.
 O território - representa o domínio geográfico em que se faz sentir o poder do
Estado. Não há Estado sem território. A população esta estabelecida entre as
fronteiras
O território que pode ou não ter grandes ou pequenas dimensões é indispensável para que
o governo o controle numa parcela significativa. Este agrupa o território terrestre, o
domínio fluvial, o domínio aéreo, o domínio marítimo e o lacustre. É limitado por fronteiras
naturais ou territoriais.

Organizações internacionais
ONU- em termos sucinto, uma organização criada por um tratado, que se designa por carta/
pacto/ tratado constitutivo.
Foi criada no pós segunda guerra mundial e com o objetivo principal da manutenção da paz
e da segurança internacional. Tem órgãos próprios com caracter permanente que
representam a organização e exprime a sua vontade.
1. Secretariado das Nações Unidas- António Guterres. Tem um caracter administrativo,
competências muito relevantes no quadro político e diplomático, mas também, e
acima de tudo no que concerne a Resolução pacífica de conflitos internacionais.
2. Conselho de Segurança- Composto por 15 membros, 10 dos quais denominam-se
membros não permanentes, ou seja, rotativos e eleitos por um período de 2 anos, e
5 membros permanentes (Rússia, EUA, UK, China e França). Tem competências
sobretudo em matéria que verse sobre a manutenção da paz e da segurança
internacional.
O conselho de segurança delibera por maioria qualificada de 9 votos, tem de estar incluídos
os votos dos 5 membros permanentes. Se não estiverem incluídos, a deliberação não é
adotada. Ou seja, os membros permanentes são dotados pelo poder ou direito de Veto.
O poder de veto significa o poder de impedir uma tomada deliberação de decisão e que uma
deliberação do conselho seja adotada.
Por outro lado, tratando-se de uma questão processual, são necessários os 9 votos de
quaisquer membros. Por vezes, levanta dúvidas em relação a natureza da questão a
apreciar, o conselho terá de qualificar a questão e essa qualificação é feita através de uma
votação (prévia). Dilema do duplo veto (porque por vezes existem dúvidas sobre se aquele
por lema é material ou processual e a dúvida não pode permanecer, o próprio conselho de
segurança vai ter de votar sobre qual é a natureza da questão. O próprio ato de decidir é de
questão material e onde os 5 Estados permanentes têm o poder de veto).

Prática- 04/11/2021
Condições de validade das convenções Internacionais
 Capacidade das partes- diz respeito a capacidade plena dos Estados e das
Organizações Internacionais para celebrar acordos internacionais. Existem duas
exceções:
1. Protetorado- o estado protegido passa a sua capacidade de conclusão de Ci
para o estado protetor
2. Federações
 Validade do consentimento- Não deve existir nenhum tipo de vício.
 Licitude do objeto- O Objeto em causa não deve violar nenhuma norma do direito
internacional.
Vícios:
1. Erro (Nulidade relativa, invalidade substancial)
2. Dolo (Nulidade relativa, invalidade substancial)
3. Corrupção (Nulidade relativa, invalidade substancial)
4. Coação (Nulidade absoluta, invalidade substancial)
5. Incapacidade (Nulidade absoluta)

Responsabilidades internacionais- Projeto de comissão de direitos


internacionais....... sobre responsabilidade Internacional
No âmbito da responsabilidade internacional dos estados, encontram-se presentes duas
normas.

 Primária- impõe condutas de comportamento aos seus destinatários.


 Secundária- estabelece sansões a aqueles que violem as normas primárias.

4 pressupostos cumulativas para responsabilidades dos Estados


1. A prática de um ato ilícito, ou seja, a violação de uma norma ou obrigação
internacional a que esteja vinculado.
2. Nexo de imputação, ou seja, a prática desse ato deve ser atribuível ao Estado
(quando o ato é cometido por alguém em nome do Estado).
3. Danos a terceiros- a prática desse ato resulta em danos para terceiros (que não
participem do tratado).
4. Nexo de causalidade- vínculo que ligue o feito a causa, ou seja, é necessário
demonstrar que os danos cometidos foram causados diretamente pelo ato
cometido.

Causas de exclusão da ilicitude


Correspondem ao afastamento da ilicitude de um determinado comportamento de um
estado, ou seja, através de determinadas circunstâncias, o ato deixa de ser ilícito.
 Consentimento- O estado vítima autoriza o estado responsável a prática do ato
ilícito, se for autorizado o ato ilícito, a ilicitude é afastada, todavia é necessário que
se preencham certas condições.
a. O consentimento pelo estado vítima deve ser prestado de forma regular (sem
vício).
b. O consentimento deve ser claro e inequívoco.
c. Não pode ser presumido.
d. Só é válido dentro dos limites temporais e substantivos que o Estado vítima
tenha delimitado.
e. É irrelevante o consentimento prestado para prática de um ato que consista
na violação do jus cogens, ou seja, que viole normas ou normas imperativas
de direito internacional não produz efeitos e por isso não afasta a ilicitude.
 Legítima defesa- Tem de haver uma ameaça atual e iminente.
Vem consagrada no artigo 51 da Carta das Nações Unidas, constituem uma exceção ao
princípio da proibição do recurso a força, deve respeitar requisitos de atualidade e de
proporcionalidade, causa de exclusão de ilicitude para responder a um ataque armado
(prévio).
 Contramedida
 Perigo extremo
 Estado de necessidade
 Força maior- Podem ser de dois tipos: Retorções (declara-se ao culpado, pessoa não
liberati) e Represálias, reações admitidas pelo direito internacional aos atos ilícitos.

Teórica- 19/11/2021
Pessoa humana
Não constitui um ator no âmbito do direito internacional, possui duas dimensões:

 Dimensão da proteção diplomática


Estabelece uma ligação entre um cidadão e a sua nação.
A atribuição da nacionalidade rege-se em dois sentidos:
▫ Jus sali- a nacionalidade depende do nascimento dentro do território nacional.
▫ Jus sanguíneo- a nacionalidade adquire-se por laços sanguíneos.

O estado tem o dever e proteção a todos os seus cidadãos. Só o Estado da nacionalidade


pode exercer proteção diplomática.
Artigos 1º e 4º do projeto......

Admissão e expulsão de não nacionais.


Esta decisão não cabe unicamente ao Estado, pois existem diversas convenções que
estipulam certas normas.

Critérios fundamentais
o Ordem pública
o Princípio da legalidade
o Princípio fundamental da não discriminação
o Justiça nacional

 Dimensão da proteção humanitária

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