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FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 1

COTAGEM

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Objetivo
Apresentar:

• Normas e convenções: NBR10126 – Cotagem em desenho técnico;


• Conceitos de cotagem;
• Cotagem de detalhes;
• Exemplos;
• Exercícios de VOP.

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Apresentação
O que é cotagem? Para que serve?

Representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de


linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida.

 As cotas devem:
• Indicar a grandeza, ou seja, dimensões dos segmentos e detalhes;
• Indicar a localização dos detalhes.

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Classificação
As cotas podem ser classificadas como:

• Funcional: Essencial para a função do objeto.


• Não funcional: Não essencial para funcionamento do objeto. São
localizadas da maneira mais conveniente para a produção e/ou inspeção
da peça.
• Auxiliar: Cota que pode ser extraída a partir de cotas funcionais e não-
funcionais. É dada para informação e usada para facilitar cálculos.

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Aplicação das cotas


• Deve-se cotar somente o necessário. A representação deve ser direta no
desenho;
• Devem estar na vista, ou corte, que melhor representem o elemento;
• Devem ser utilizadas sempre na mesma unidade (sem o emprego do símbolo
que deverá estar indicado na região da legenda);
• Caso haja outra unidade, o símbolo desta deve ser indicado junto ao valor;
• Nenhum elemento da peça deve ser definido por mais de uma cota, salvo
exceções;
• Os valores das cotas são as medidas reais da peça, independente da escala
utilizada.

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Elementos de cotagem
• Cota: Valor da dimensão. Centralizada em relação à linha de cota;
• Linha de cota: Paralela ao segmento dimensionado;
• Limite da linha de cota: Seta ou traço oblíquo. Devem tocar as linhas auxiliares;
• Linha auxiliar: Perpendicular ao segmento dimensionado. Não deve tocar o
contorno do desenho, deixando um pequeno espaço (aprox. 1mm). Deve ser
prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota;

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Elementos de cotagem

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Elementos de cotagem
• Limites da linha de cota:

A seta é desenhada com linhas


curtas formando ângulos de 15o.
A seta pode ser aberta, ou
fechada preenchida.

O traço oblíquo é desenhado


com uma linha curta e inclinado
a 45o.

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Elementos de cotagem
• Quando o espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem ser
apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota;
• Apenas uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada em um
mesmo desenho, salvo exceções;
• Apenas uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio,
podendo ser dentro ou fora do contorno;

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Elementos de cotagem
• Linha auxiliar: Se necessário, pode ser desenhada obliquamente ao
segmento dimensionado, (aproximadamente 60o), porém paralelas entre si.
Sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas.

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Observações:
• A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento seja;
• O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se
isso ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento;
• A linha de centro pode ser usada como linha auxiliar, devendo continuar
como linha de centro até a linha de contorno do objeto;

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Observações:
• As cotas maiores devem ser colocadas por fora das menores, evitando-se
cruzamentos;
• A cotagem deve ser feita, preferencialmente, fora das vistas, não sendo
errado, em alguns casos, fazê-la internamente;
• Não se deve cotar linhas invisíveis.

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Métodos de cotagem
• Método 1: As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas
linhas de cotas e preferivelmente no centro.

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Métodos de cotagem
• Método 2: As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no
meio, para inscrição da cota.

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Observações:
A localização das cotas pode necessitar de algumas adaptações, como quando:
• A peça for desenhada em meia peça;
• O espaço para cota for limitado;
• O espaço não permitir a localização com a interrupção da linha de cota;

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Observações:
• Para cotas fora de escala, esta deve ser sublinhada com linha reta e com a
mesma largura da linha do algarismo.

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Símbolos
Símbolos são usados junto à cotas para mostrar a identificação das formas e
melhorar a interpretação de desenho, podendo ser omitidos quando a forma
for claramente indicada.

f : Diâmetro
R: Raio

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Símbolos

f ESF: Diâmetro esférico


R ESF: Raio esférico
: Quadrado

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Apresentação da cotagem
• Cotagem em cadeia (ou em série): Deve ser utilizada somente quando o
possível acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidade funcional
das partes.

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Apresentação da cotagem
• Cotagem por elemento de referência (ou em paralelo): usado onde o
número de cotas da mesma direção se relaciona a um elemento de
referência.

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Apresentação da cotagem
• Cotagem por elemento de referência (ou em paralelo): Quando os
elementos estiverem próximos, quebram-se as linhas auxiliares para
permitir a inscrição da cota no lugar apropriado.

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Apresentação da cotagem
• Cotagem por coordenadas:

Coordenadas devem aparecer adjacentes a


cada ponto ou na forma de tabela.

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Indicações especiais
• Cotas de cordas, arcos, ângulos e raios;

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Indicações especiais
• Elementos equidistantes: A cotagem dos elementos equidistantes ou
elementos uniformemente distribuídos no desenho pode ser simplificada.

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Indicações especiais
• Elementos equidistantes:

Espaçamentos angulares de furos e


outros elementos também podem ser
cotados simplificadamente. a

Espaçamentos dos ângulos podem


ser omitidos se não causarem
dúvidas ou confusão.

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Indicações especiais
• Elementos equidistantes:

Espaçamentos circulares podem ser


cotados indiretamente, dando o
número de elementos.

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Indicações especiais
• Elementos repetidos: Se for possível pode-se definir a quantidade de
elementos de mesmo tamanho e assim, evitar de repetir a mesma cota.

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Indicações especiais
• Chanfros e escareados:

Cotagem de chanfros
Cotagem de chanfros a 45°

Cotagem de Escareados

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Indicações especiais
• Outras indicações

Para evitar a repetição da mesma cota,


podem ser utilizadas letras de
referências.

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Emprego das linhas

Média

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EXERCÍCIO:
30 DIEDRO

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EXERCÍCIO:

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VISTA FRONTAL:

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VISTA FRONTAL:

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VISTA SUPERIOR:

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VISTA SUPERIOR:

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VISTA LATERAL:

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