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ENSINO APRENDIZAGEM
RESUMO
Esta pesquisa almeja de forma exploratória e descritiva trazer uma visão reflexiva sobre a
qualificação do ensino que visa relacionar o envolvimento do discente com o sistema de
aprendizagem. Neste cenário, o professor exerce um papel importante, o qual deve ser analisado,
onde em sua formação inicial está munido frente á condição de seres humanos éticos, críticos e
independentes, através das atividades atuantes em sala de aula, contribuindo na organização do
espaço pedagógico, cognição interativa e afetiva, buscando sempre este modelo como referência na
estrutura de aprendizagem. O respectivo estudo aborda também uma atenção especial junto às
estratégias de ensino do docente na elaboração do conhecimento que norteiam o discente,
evidenciando os problemas intrínsecos da Era do saber, consequentes da multiplicação e
diversidade tecnológica no tempo presente. Visando objetivar novas concepções do professor frente
ao processo ensino aprendizagem, trazendo procedimentos que contribuam e reconheçam na
metodologia utilizada pelo docente como sendo importantes a serem utilizadas no Ensino
Fundamental. A presente pesquisa foi realizada frente a uma profissional e com anos de
experiência na área docente. Foi usado como instrumento de pesquisa e coleta de dados um
questionário com perguntas abertas, onde as resoluções indicaram consideravelmente
fundamentais o perfil de um professor que procure desempenhar uma organização no uso das
estratégias de ensino aprendizagem que induzem de forma quântica e qualitativa os discentes na
construção em conhecimentos criativos, dinâmicos e sólidos que atendam as prerrogativas atuais
da educação, concebendo o ensinar e o aprender de forma diferenciada e autocrítica.
1 INTRODUÇÃO
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2 COMO ENTENDER O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Contudo, nas recentes décadas nota-se uma evolução contributiva pelas notificações
alcançadas no campo da psicologia, onde se propõe significativas alterações nas atividades
escolares, observando tais reflexões que provocam alterações no campo pedagógico, transferindo
valores e aperfeiçoamento no realizar e no ensinar, buscando o aprimoramento de quem aprende e
do como se aprende. Portanto, para entendimento e melhorias do docente o contexto atual,
criticamente reflete em cima de suas ações, com isso é induzido uma curta reconquista sobre os
caminhos pedagógicos que determinaram e vêm causando no ensino e na aprendizagem no decorrer
da história educacional.
Na concepção de Mizukami (1986, p.12), quanto mais rígido o ambiente escolar, mais
concentrado e voltado para a aprendizagem o aluno se mantinha. O docente era visto apenas como
mero repassador de conteúdo e o discente como um ser passivo no processo. As habilidades e
virtudes acrescentadas no aluno eram a repetição e a memorização.
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Na segunda abordagem destacava-se a “Comportamentalista”. Onde se baseava no
empirismo vendo o discente como um mero produto do meio. Onde o experimento está na base do
saber. A réplica almejada do discente acontece no momento que ela é estimulada por vias de
reforços. O docente planeja aquilo que deseja organizar e controlar buscando meios que atinjam
seus objetivos, onde são estruturados em pequenos módulos, conhecidos como estudos
programados.
Incorporado nessa estrutura didática, o autor anuncia alguns passos, dando princípio
efetuando práticas sociais precursoras. Nesse passo inicial, o discente necessita do sentimento de
encorajamento e respeito, onde sentirá sustentabilidade em expor aquilo que domina e necessita
adquirir. Instante no qual se iniciam os debates sobre conceitos e conteúdos que serão elaborados e
pesquisados.
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A problematização está enquadrada como sendo uma das mais enriquecedoras experiências
de planejamento em sala de aula, partindo desse pressuposto, o caminho se abre no que literalmente
necessita ser estudado e aprofundado. Consequentemente, o educando tomará posse de inúmeros
conhecimentos, os quais contribuem para relação direta em sua realidade.
Em um quarto momento, ocorre a Catarse, entende-se que aqui o aluno é capaz de apresentar
um posicionamento mais elaborado da Prática Social, integrando os conhecimentos que já conhecia
com os científicos. Considera-se que esse é o momento de apropriação do conteúdo. Para Gasparin
(2005, p. 130), no momento da Catarse social feita com base em necessidades criadas pelo homem.
Nesse momento, esse conhecimento possui uma função explícita: a transformação social. Desta
forma, o discente vai percebendo que ele também é autor da história, visto que, de posse da
compreensão do conhecimento, passa a entender melhor a sua realidade.
E no último momento, conhecido como Prática Social Final, o discente finalmente vai
colocar seus conhecimentos em prática. Pode-se dizer que o horizonte de expectativas dos alunos
vai ser ampliado. A Prática Social Inicial vai ser agora modificada. E o aluno passa a perceber a
realidade de forma diferente, entendendo melhor seu entorno, sendo capaz de reformulá-lo caso seja
necessário. Nessa teoria, professor e aluno modificam-se.
Em todo processo de ensino aprendizagem, muitos são os docentes que atuam nas escolas e
não se dão conta do tamanho da importância que tem o seu papel na vida dos alunos. Por meio
disto, o sentido desse trabalho é falar do professor e a sua contribuição para o ensino do processo de
aprendizagem, explorando a importância das suas experiências e como desenvolver na escola suas
práticas pedagógicas. Para isso, faz necessário que o docente esteja sempre renovando suas
formações em relação a este assunto, porque fica difícil manter na escola uma educação adequada
com os alunos sem uma dedicação ativa do professor. É preciso mudar essa realidade que
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predomina as escolas, em que o professor vai se apropriar de certo assunto e apresentar em sala para
seus alunos e isso será regra, essa mudança é importante, pois estabelece uma nova relação
professor-aluno, mesmo que muitos fatores não venham contribuir, o professor tem que assumir
uma postura crítica em relação a sua essência de ser “educador”.
Para que o professor consiga entender o significado do seu trabalho, é preciso que ele
entenda sobre sua identidade e a história da profissão.
Teríamos que conseguir que os outros acreditem no que somos. Um processo social
complicado, lento, de desencontros entre o que somos para nós e o que somos para fora
[...] Somos a imagem social que foi construída sobre o oficio de mestre, sobre as formas
diversas de exercer este oficio. Sabemos pouco sobre a nossa história (ARROIO, 2000,
p.29).
E sobre isso é sabido dizer que ainda não existe um consenso exato quanto ao significado do
que seja o professor reflexivo. Para Libâneo é fundamental perguntar que tipo de reflexão o docente
precisa para sua prática, pois para ele:
A reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não resolve tudo. São
necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer, além de uma solida cultura
geral, que ajudam a ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade
reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005, P.76).
Sabe-se que para ensinar é preciso ao mesmo tempo planejar, orientar e controlar a
aprendizagem do aluno, observando e sintetizando as informações relevantes e constantes das
atividades de ensino. O professor precisa ter o olhar atento e observar a interação nos grupos que
circulam pela sala de aula, intervir quando necessário, mas também deixá-los livres para que
consiga resolver seus problemas, encorajar os alunos também a cumprir desafios que para eles no
momento possa ser difícil, como certas escolhas, ele precisa se sentir responsável para que no fim se
sintam competentes para executar tais tarefas, e que no final também sejam elogiados por terem
superado seus desafios.
Para Stipek (1998), é preciso que o professor apresente atividades desafiadoras aos alunos.
Tarefas que possuam partes relativamente fáceis para todos e partes mais difíceis com reais
oportunidades de acertos, verbalizações que expressam crenças na importância de se realizar
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determinadas tarefa, atividades diversificadas aos alunos que terminam logo, permitir escolhas e
respeitar o ritmo de cada criança, alternar atividades individuais e grupais fornecendo apoio.
Conforme o estudo feito por este autor, existe uma relação direta e crescente entre o valor dado pelo
aluno a uma tarefa e maior uso de estratégia pelo docente.
Henández e Ventura (1998), falava sobre um ensino voltado a produção de projetos como na
alternativa de interrelacionar a escola, o conteúdo e a sociedade. Baseado nesses pensamentos o
professor e o aluno fazem várias descobertas juntos. Outro método importante também é a interação
do afeto professor-aluno, que acaba sendo uma estratégia eficaz para o desenvolvimento do
processo ensino aprendizagem, a proximidade e a dedicação do docente para essa prática desperta
nos alunos um sentimento de confiança, onde a aprendizagem flui com mais intensidade.
Essa relação precisa ser reflexiva e ativa, assim como criativa e emocional, para ser
integrada na formação do aluno, e para isso o professor precisa fazer da sua sala de aula um lugar
atraente e com o conhecimento ao alcance de todos. O professor deve estar aberto a novos métodos
de ensino, estreitando assim a confiança entre eles, construindo em conjunto o conhecimento. É
fundamental que essas novas informações venham a ser objetivas para que a criança entenda o que
deve ser feito. Nesse momento, mais uma vez o professor precisa ter um olhar atento para novos
modelos de atividades, realizando com seus alunos essas novas experiências, podendo assim ouvir e
aceitar suas contribuições, valorizando-as no processo de construção por parte da criança,
aproveitando cada contribuição que a criança possa oferecer o que muitas vezes pode ser um
simples gesto, mas com um grande significado.
Para isso e necessário rever constantemente a prática pedagógica. Paulo Freire vem nos
ensinar que tanto os professores como os alunos, assumindo-se como sujeitos da produção do saber,
convençam-se definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a produção ou construção social do aluno.
Bzuneck (2010), descreve várias estratégias que venham a motivar para um ótimo
aprendizado. Por exemplo, atividades com uma dificuldade moderada, para assim desafiar os alunos
buscar cada vez mais, estabelecendo horários e separando materiais adequados. A escolha dos
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espaços também é importante para fornecer mais dinâmica na atividade proposta. Trabalhar a
autonomia também vem a ser uma prática bem discuta entre os docentes, pois é importante a
criança perceber que errou e o porquê disso, existem estratégias motivacionais que ajudam muito,
indicando caminhos para uma prática docente mais competente: ouvir atentamente as perguntas e
responder prontamente, permitir que criem suas próprias estratégias, tendo assim uma empatia
maior, também não responder logo a uma situação complicada, mas sim conciliar para que a criança
chegue ao seu resultado por si próprio, de formar clara e objetiva, encorajando as iniciativas e sendo
flexível. O professor nesta conduta deve estar sempre observando e avaliando a si próprio e as suas
práticas a fim de entender se suas estratégias são eficaz no processo ensino aprendizagem.
E com base neste trabalho, foram elaboradas algumas questões a serem respondidas por uma
professora da área, e as respostas da professora estão basicamente de acordo com o que foi
abordado aqui. Por exemplo, quando foi questionada sobre o porquê de o professor precisar
despertar na criança o desejo de aprender, ela diz que: “a criança precisa sim ser estimulada, pois é
nessa fase que se podem introduzir bons hábitos como estudar, explorar conhecimentos e
curiosidades”. E ainda sobre as práticas pedagógicas, foi pedido a ela para relatar sua experiência de
sala de aula. Ela descreveu que essa experiência tem sido como um laboratório, pois lá, ela veio a
encontrar em um grupo só, todo tipo de dificuldade e isso se tornou um grande desafio, pelo
potencial de cada faixa etária e suas necessidades. Com isso ela passou a buscar cada vez mais
conhecimento para estar preparada e sensível para atender a todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desta maneira conforme Bzuneck (1999) o aluno sentir-se-à responsável por seu ato de
aprendizagem e, consequentemente, adquirirá o senso de auto-eficácia (competência e auto-
valorização) tão necessários para acreditar no incremento de sua própria aprendizagem adquirindo
autonomia no seu processo de escolarização. Ao contrário, se o professor através de verbalizações,
pistas, ações em sala de aula atribui as causas de êxitos e/ou fracassos a fatores externos aos alunos
(fora do domínio destes) como; na comparação entre os sujeitos (comum nas situações
competitivas), na forma de encarar o erro como algo depreciativo reflexo de incapacidade, pouca
“inteligência”, faz com que estes adquiram uma preocupação em “ser o melhor”, priorizando o
próprio ego.
É importante que o docente desenvolva no discente a busca pela meta aprender. Será a partir
da compreensão de que a aprendizagem exige o uso de diversos processos mentais, contudo não é
uma tarefa fácil, mas sim desafiadora exigindo tolerância, persistência e concentração. Somente
com essa concepção sobre como aprende, o discente adquirirá autodirecionamento, automotivação e
desenvolverá ferramentas para auto-avaliar seu trabalho. Essa meta mantém o sujeito motivado
durante grande parte do processo de aprendizagem, porém, nas instituições educacionais tem sido
extremamente difícil alcançá-la e mantê-la (BZUNECK, 1999, p.51-66).
Cabe ao professor o desafio de fazer da sala de aula um espaço que valoriza os saberes e
identidade sociocultural dos educandos, possibilitando o confronto de significados, desejos,
experiências. O docente deve garantir a liberdade e a diversidade das opiniões dos alunos. Nesse
sentido ele é acaba abandonando as crenças e comportamentos que negam ao estudante a
possibilidade de aprender a partir do que sabe e chegar até onde é capaz de progredir. É preciso
inter-relacionar os conteúdos com a vida dos alunos, ressaltando a utilidade do conhecimento para a
vida do sujeito. Assim necessita estabelecer uma relação professor-aluno dialógica discutindo e
analisando diferentes opiniões (FREIRE, 1996). Ao respeitar e discutir a curiosidade do grupo
frente à vida atua com “olhos analíticos” para seu trabalho em sala de aula. Organiza suas aulas
(planejamentos, estratégias de ação, objetivos específicos) e apresenta estratégias diversificadas
para atender as especificidades dos alunos.
Contudo, o docente precisa mostrar-se disposto a aperfeiçoar sua formação, deve realizar
leituras diversas e aprofundadas sobre concepções de ensino-aprendizagem, interação professor-
aluno, motivação para aprender, estratégias de ensino. É necessário interagir e participar de grupos
de estudos onde possam ser transmitidos e analisados os resultados dessa pesquisa. Opinar, trocar
informações, buscar alternativas consistentes para resolver os desafios profissionais nas
experiências diversificadas as quais poderão suscitar em estratégias de ensino.
REFERENCIAS
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BEHERENS, M. Paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 19 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
FREIRE, P. . Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa - SP: Paz e Terra,
1996.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico Crítica: Primeiras aproximações. 6. ed. São Paulo: Autores
Associados, 1997.
TACCA; M.C.V.R. Aprendizagem e trabalho pedagógico. 2 edição. Campinas, SP: Alínea, 2008.
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