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CONTRIBUIÇÃO PEDAGÓGICA PARA O PROCESSO

ENSINO APRENDIZAGEM

Acadêmicos: Carlos Eduardo Silva Nunes


Fernanda Regina Regado
Lucinéa Barbosa de Oliveira
Tutora Externa: Emmy Venturelli Nascimento
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso PED1562 – Seminário Interdisciplinar IV
05/07/2018

RESUMO

Esta pesquisa almeja de forma exploratória e descritiva trazer uma visão reflexiva sobre a
qualificação do ensino que visa relacionar o envolvimento do discente com o sistema de
aprendizagem. Neste cenário, o professor exerce um papel importante, o qual deve ser analisado,
onde em sua formação inicial está munido frente á condição de seres humanos éticos, críticos e
independentes, através das atividades atuantes em sala de aula, contribuindo na organização do
espaço pedagógico, cognição interativa e afetiva, buscando sempre este modelo como referência na
estrutura de aprendizagem. O respectivo estudo aborda também uma atenção especial junto às
estratégias de ensino do docente na elaboração do conhecimento que norteiam o discente,
evidenciando os problemas intrínsecos da Era do saber, consequentes da multiplicação e
diversidade tecnológica no tempo presente. Visando objetivar novas concepções do professor frente
ao processo ensino aprendizagem, trazendo procedimentos que contribuam e reconheçam na
metodologia utilizada pelo docente como sendo importantes a serem utilizadas no Ensino
Fundamental. A presente pesquisa foi realizada frente a uma profissional e com anos de
experiência na área docente. Foi usado como instrumento de pesquisa e coleta de dados um
questionário com perguntas abertas, onde as resoluções indicaram consideravelmente
fundamentais o perfil de um professor que procure desempenhar uma organização no uso das
estratégias de ensino aprendizagem que induzem de forma quântica e qualitativa os discentes na
construção em conhecimentos criativos, dinâmicos e sólidos que atendam as prerrogativas atuais
da educação, concebendo o ensinar e o aprender de forma diferenciada e autocrítica.

Palavras-chave: Práticas Pedagógicas. Estratégias de Ensino. Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

Pretende-se no respectivo texto ressaltar algumas reflexões e dinâmicas concernentes às


práticas pedagógicas que contribuem ao cotidiano escolar, as quais significam salientar a evidência
de uma nova e atual experiência de pesquisa, tendo como via condutora de acesso uma inovadora e
importante metodologia de processo de ensino-aprendizagem. Consequentemente, será visualizado
que tais compreensões do processo que induz ao fracasso e a evasão escolar na perspectiva aqui
adotada, provocam uma reflexão sobre o próprio significado das práticas pedagógicas aos docentes
e sua fundamentação que disciplinam os mesmos. Assim sendo, deve-se observar que não é apenas
um fator que está definindo esta perspectiva, pelo contrário, é toda uma dinâmica socialmente
configurada em novo cotidiano.

Os parâmetros da presente pesquisa mostram que a forma como os profissionais


pedagógicos elaboram suas atividades escolares exercem uma influência crucial entre um
desenvolvimento exponencial e progressivo do aluno, e ao mesmo tempo em contraparte
influenciará decisivamente no fracasso ou na evasão escolar. Entretanto, as práticas pedagógicas
permeiam a ocorrência do processo ensino aprendizagem de forma profissional, responsável e
acima de tudo, analisando o aluno de forma peculiar e única. Portanto, a importância deste estudo
reside na preocupação de trazer a tona, a dimensão que envolve esse problema.

Um ensino de qualidade refletirá diretamente no envolvimento do aprendiz perante sua


própria aprendizagem. Conforme vivências em sala de aula existem um tipo organizacional
pedagógico de espaço, cuja interação afetiva cognitiva dá referência estrutural de aprendizagem.
Bordenave e Pereira (2002) ressaltam a importância das estratégias de ensino do professor para que
o aluno tenha diversas formas de interação e construa o conhecimento de acordo com suas
experiências individuais para interpretar as informações, experiências subjetivas, conhecimentos
prévios.

Behrens (2009) considera fundamental professores capacitados na sociedade globalizada


onde o conhecimento torna-se rapidamente obsoleto; exigindo habilidades eficazes para processar
as informações relevantes, organizá-las e utilizá-las de maneira coerente e assertiva. No citado texto
acima, é notório o esclarecimento onde um dos grandes desafios do docente implica na construção e
reconstrução dos caminhos da emoção, sensibilidade, valores como paz, solidariedade, coletividade
que visa à formação de cidadãos éticos preparados para serem inseridos em uma sociedade mais
humana e verdadeira. Ao formar tais responsabilidades na formação e dedicação de seres humanos
emancipados, são de fundamental estratégica a escolha do ensino e suas respectivas concepções
para agregarem nos processos de aprendizagem. Mediante as considerações inseridas neste estudo
descritivo e exploratório tendo como objetivo a identificação e concepção no ensino aprendizagem
docente, a qual explana e descreve conhecimentos e estratégias de ensino que o professor admite
serem importantes e essenciais utilizados no Ensino Fundamental.

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2 COMO ENTENDER O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

Diversos estudiosos consideram a aprendizagem e o ensino pontos inseparáveis na


elaboração do conhecimento. Porém, é contraditório analisar a predominância do primeiro, sem
declarar e reconhecer a importância do segundo nessa construção pedagógica.

Compreende-se, portanto que tais concepções sofreram diversas mutações no percurso da


história de produção do saber constatado pelo ser humano. Seguindo esse ponto de vista, o esquema
de ensino aprendizagem abrange características de múltiplas formas, buscando enobrecer com
ênfase à imagem do docente, o qual se encarrega da exposição e transmissão do entendimento, e por
outro lado destaca a figura do discente como sujeito principiante, capaz de construir o seu
conhecimento.

Contudo, nas recentes décadas nota-se uma evolução contributiva pelas notificações
alcançadas no campo da psicologia, onde se propõe significativas alterações nas atividades
escolares, observando tais reflexões que provocam alterações no campo pedagógico, transferindo
valores e aperfeiçoamento no realizar e no ensinar, buscando o aprimoramento de quem aprende e
do como se aprende. Portanto, para entendimento e melhorias do docente o contexto atual,
criticamente reflete em cima de suas ações, com isso é induzido uma curta reconquista sobre os
caminhos pedagógicos que determinaram e vêm causando no ensino e na aprendizagem no decorrer
da história educacional.

Pedagogicamente tendências evoluíram, e consequentemente ocorreram distinções entre


algumas abordagens, sobre as quais algumas estabeleceram como seu principal objetivo, a reflexão,
o pensamento e o realizar do docente. Abordagem sendo a primeira em sua retomada é a
“Tradicional”. Nessa teoria, o processo de ensinar e prender situava totalmente no docente. Tendo
como principal objetivo conceber um modelo discente ideal, não levando a sério seus respectivos
interesses.

Na concepção de Mizukami (1986, p.12), quanto mais rígido o ambiente escolar, mais
concentrado e voltado para a aprendizagem o aluno se mantinha. O docente era visto apenas como
mero repassador de conteúdo e o discente como um ser passivo no processo. As habilidades e
virtudes acrescentadas no aluno eram a repetição e a memorização.
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Na segunda abordagem destacava-se a “Comportamentalista”. Onde se baseava no
empirismo vendo o discente como um mero produto do meio. Onde o experimento está na base do
saber. A réplica almejada do discente acontece no momento que ela é estimulada por vias de
reforços. O docente planeja aquilo que deseja organizar e controlar buscando meios que atinjam
seus objetivos, onde são estruturados em pequenos módulos, conhecidos como estudos
programados.

Outra abordagem é a “Humanista”, na qual apresenta seu enfoque no discente. Segundo


Mizukami (1986), essa teoria da ênfase no ocorrido das relações interpessoais e do progresso que
ela produz. Na presente teoria, destaca-se uma maior preocupação e assistência por parte do docente
diante do aluno, o qual o professor agirá como um facilitador de aprendizagem. O conhecimento
nasce das experiências do discente, onde o mesmo por aí só busca seus entendimentos.

A próxima abordagem é a “Cognitivista”. Conforme Mizukami (1986, p. 59), tal abordagem


ressalta uma aprendizagem de forma científica, extraído do meio em que se vive ocasionado pelos
aspectos externos. Atenta-se nas relações sociais procurando privilegiar o grau de suficiência em
adquirir novas informações. Nessa teórica, o docente, acima dos conteúdos planejados, orienta-se
pela melhor e mais eficiente forma de trabalho, adaptando-se ao crescimento e desenvolvimento dos
alunos. Nesse cenário o docente é visado sendo um coordenador e por outro lado o aluno é visto
como sujeito ativo em sua formação na aprendizagem.

Na perspectiva “Sociocultural”, a junção docente – discentes se desenvolve de maneira


horizontal e não autoritária e impositivista. Significando a existência da abolição nas teorias
ditatoriais. A disposição pedagógica do docente e do discente remete-se em uma atividade
historicamente real. Neste sentido, Freire (1975), relata que o professor e o aluno são sujeitos do
mesmo esquema educativo, onde ambos progridem numa perspectiva.

Retomando agilmente as teorias principais que beneficiam historicamente o processo ensino


aprendizagem, é notório compreender uma antiga preocupação, por intermédio da sociedade, as
quais se adéquam em teorias realistas de cada período histórico. Atualmente, leva-se uma
consideração na qual a sociedade requer um novo prisma na conscientização humana, buscando na
pedagogia “Histórico-Crítica” debatida e revelada por “Dermeval Saviani”, para superação das
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árduas tarefas encontradas na elaboração efetiva do conhecimento. A Sustentação de “Saviani” na
presente concepção do ensinar e aprender numa dialética teoria, onde a evolução se expõe numa
ação dinâmica entre o saber empírico e o saber científico.

Baseando-se nos estudos desenvolvidos por Saviani intrínseco na pedagogia Histórico-


Crítica, Gasparin (2005) mostra de forma arquitetada e harmoniosa sugestões para o crescimento
virtuoso do ensinar e aprender. Colocando um procedimento totalmente pedagógico direcionado
para uma social transformação. Desse modo, por elevados progressos que tenham acontecido no
âmbito educacional, entende-se ainda que os conteúdos preferidos, a metodologia praticada e a
conduta profissional realizada por diversos instrutores indicam que no aspecto de mundo nem
sempre se harmonizam com os planos pedagógicos atuais. Nessa investida de contrapor sobre
variadas metodologias que persistem em sustentar a atividade da memorização e repetição nas
instituições escolares, Gasparin (2005) procura apoiar uma alegação, fundamentada
consequentemente numa suposição, sustentada também na teoria Histórico-Cultural de Vygotsky,
onde acredita e favorece os conhecimentos que os discentes já encaminham de casa, estimulando
em requerer saberes que os alunos necessitam aprender.

Incorporado nessa estrutura didática, o autor anuncia alguns passos, dando princípio
efetuando práticas sociais precursoras. Nesse passo inicial, o discente necessita do sentimento de
encorajamento e respeito, onde sentirá sustentabilidade em expor aquilo que domina e necessita
adquirir. Instante no qual se iniciam os debates sobre conceitos e conteúdos que serão elaborados e
pesquisados.

Doravante às colocações apresentadas pelos discentes, frente aos questionamentos


apresentados e das colocações sobre aspectos examinado pelo educador, elabora-se um segundo
movimento, denominada problematização. Este cenário é um dos pontos mais significantes, onde,
dependendo da trajetória desse passo, o discente elevará atenção ou desapegará do assunto
estudado. Nesse paradoxo, preferir questionamentos mais contundentes é um aspecto asseguram a
presença ativa dos alunos nesse processo. No atual momento de confronto entre os saberes expostos
pelo educador e os encaminhados pelo educando, despertam maiores e enriquecedoras experiências
que enobrecem ainda mais as análises entre teoria e prática.

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A problematização está enquadrada como sendo uma das mais enriquecedoras experiências
de planejamento em sala de aula, partindo desse pressuposto, o caminho se abre no que literalmente
necessita ser estudado e aprofundado. Consequentemente, o educando tomará posse de inúmeros
conhecimentos, os quais contribuem para relação direta em sua realidade.

Doravante, é necessário organizar e sistematizar conteúdos que incorpore o aluno na criação


e recriação de trabalhos e atividades inerentes em sua vida educacional e cotidiana, neste momento
denomina-se Instrumentalização. Onde o professor, por meio de uma ação bastante mediada, irá
junto com os alunos identificar os princípios práticos e teóricos do conteúdo estudado.

Em um quarto momento, ocorre a Catarse, entende-se que aqui o aluno é capaz de apresentar
um posicionamento mais elaborado da Prática Social, integrando os conhecimentos que já conhecia
com os científicos. Considera-se que esse é o momento de apropriação do conteúdo. Para Gasparin
(2005, p. 130), no momento da Catarse social feita com base em necessidades criadas pelo homem.
Nesse momento, esse conhecimento possui uma função explícita: a transformação social. Desta
forma, o discente vai percebendo que ele também é autor da história, visto que, de posse da
compreensão do conhecimento, passa a entender melhor a sua realidade.

E no último momento, conhecido como Prática Social Final, o discente finalmente vai
colocar seus conhecimentos em prática. Pode-se dizer que o horizonte de expectativas dos alunos
vai ser ampliado. A Prática Social Inicial vai ser agora modificada. E o aluno passa a perceber a
realidade de forma diferente, entendendo melhor seu entorno, sendo capaz de reformulá-lo caso seja
necessário. Nessa teoria, professor e aluno modificam-se.

3 O PAPEL DO PROFESSOR E AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Em todo processo de ensino aprendizagem, muitos são os docentes que atuam nas escolas e
não se dão conta do tamanho da importância que tem o seu papel na vida dos alunos. Por meio
disto, o sentido desse trabalho é falar do professor e a sua contribuição para o ensino do processo de
aprendizagem, explorando a importância das suas experiências e como desenvolver na escola suas
práticas pedagógicas. Para isso, faz necessário que o docente esteja sempre renovando suas
formações em relação a este assunto, porque fica difícil manter na escola uma educação adequada
com os alunos sem uma dedicação ativa do professor. É preciso mudar essa realidade que
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predomina as escolas, em que o professor vai se apropriar de certo assunto e apresentar em sala para
seus alunos e isso será regra, essa mudança é importante, pois estabelece uma nova relação
professor-aluno, mesmo que muitos fatores não venham contribuir, o professor tem que assumir
uma postura crítica em relação a sua essência de ser “educador”.

Para que o professor consiga entender o significado do seu trabalho, é preciso que ele
entenda sobre sua identidade e a história da profissão.

Teríamos que conseguir que os outros acreditem no que somos. Um processo social
complicado, lento, de desencontros entre o que somos para nós e o que somos para fora
[...] Somos a imagem social que foi construída sobre o oficio de mestre, sobre as formas
diversas de exercer este oficio. Sabemos pouco sobre a nossa história (ARROIO, 2000,
p.29).

E sobre isso é sabido dizer que ainda não existe um consenso exato quanto ao significado do
que seja o professor reflexivo. Para Libâneo é fundamental perguntar que tipo de reflexão o docente
precisa para sua prática, pois para ele:

A reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não resolve tudo. São
necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer, além de uma solida cultura
geral, que ajudam a ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade
reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005, P.76).

Sabe-se que para ensinar é preciso ao mesmo tempo planejar, orientar e controlar a
aprendizagem do aluno, observando e sintetizando as informações relevantes e constantes das
atividades de ensino. O professor precisa ter o olhar atento e observar a interação nos grupos que
circulam pela sala de aula, intervir quando necessário, mas também deixá-los livres para que
consiga resolver seus problemas, encorajar os alunos também a cumprir desafios que para eles no
momento possa ser difícil, como certas escolhas, ele precisa se sentir responsável para que no fim se
sintam competentes para executar tais tarefas, e que no final também sejam elogiados por terem
superado seus desafios.

Para Stipek (1998), é preciso que o professor apresente atividades desafiadoras aos alunos.
Tarefas que possuam partes relativamente fáceis para todos e partes mais difíceis com reais
oportunidades de acertos, verbalizações que expressam crenças na importância de se realizar

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determinadas tarefa, atividades diversificadas aos alunos que terminam logo, permitir escolhas e
respeitar o ritmo de cada criança, alternar atividades individuais e grupais fornecendo apoio.
Conforme o estudo feito por este autor, existe uma relação direta e crescente entre o valor dado pelo
aluno a uma tarefa e maior uso de estratégia pelo docente.

Henández e Ventura (1998), falava sobre um ensino voltado a produção de projetos como na
alternativa de interrelacionar a escola, o conteúdo e a sociedade. Baseado nesses pensamentos o
professor e o aluno fazem várias descobertas juntos. Outro método importante também é a interação
do afeto professor-aluno, que acaba sendo uma estratégia eficaz para o desenvolvimento do
processo ensino aprendizagem, a proximidade e a dedicação do docente para essa prática desperta
nos alunos um sentimento de confiança, onde a aprendizagem flui com mais intensidade.

3.1 A RELAÇÃO PROFESSOR – ALUNO

Essa relação precisa ser reflexiva e ativa, assim como criativa e emocional, para ser
integrada na formação do aluno, e para isso o professor precisa fazer da sua sala de aula um lugar
atraente e com o conhecimento ao alcance de todos. O professor deve estar aberto a novos métodos
de ensino, estreitando assim a confiança entre eles, construindo em conjunto o conhecimento. É
fundamental que essas novas informações venham a ser objetivas para que a criança entenda o que
deve ser feito. Nesse momento, mais uma vez o professor precisa ter um olhar atento para novos
modelos de atividades, realizando com seus alunos essas novas experiências, podendo assim ouvir e
aceitar suas contribuições, valorizando-as no processo de construção por parte da criança,
aproveitando cada contribuição que a criança possa oferecer o que muitas vezes pode ser um
simples gesto, mas com um grande significado.

Para isso e necessário rever constantemente a prática pedagógica. Paulo Freire vem nos
ensinar que tanto os professores como os alunos, assumindo-se como sujeitos da produção do saber,
convençam-se definitivamente de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a produção ou construção social do aluno.

Bzuneck (2010), descreve várias estratégias que venham a motivar para um ótimo
aprendizado. Por exemplo, atividades com uma dificuldade moderada, para assim desafiar os alunos
buscar cada vez mais, estabelecendo horários e separando materiais adequados. A escolha dos
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espaços também é importante para fornecer mais dinâmica na atividade proposta. Trabalhar a
autonomia também vem a ser uma prática bem discuta entre os docentes, pois é importante a
criança perceber que errou e o porquê disso, existem estratégias motivacionais que ajudam muito,
indicando caminhos para uma prática docente mais competente: ouvir atentamente as perguntas e
responder prontamente, permitir que criem suas próprias estratégias, tendo assim uma empatia
maior, também não responder logo a uma situação complicada, mas sim conciliar para que a criança
chegue ao seu resultado por si próprio, de formar clara e objetiva, encorajando as iniciativas e sendo
flexível. O professor nesta conduta deve estar sempre observando e avaliando a si próprio e as suas
práticas a fim de entender se suas estratégias são eficaz no processo ensino aprendizagem.

E com base neste trabalho, foram elaboradas algumas questões a serem respondidas por uma
professora da área, e as respostas da professora estão basicamente de acordo com o que foi
abordado aqui. Por exemplo, quando foi questionada sobre o porquê de o professor precisar
despertar na criança o desejo de aprender, ela diz que: “a criança precisa sim ser estimulada, pois é
nessa fase que se podem introduzir bons hábitos como estudar, explorar conhecimentos e
curiosidades”. E ainda sobre as práticas pedagógicas, foi pedido a ela para relatar sua experiência de
sala de aula. Ela descreveu que essa experiência tem sido como um laboratório, pois lá, ela veio a
encontrar em um grupo só, todo tipo de dificuldade e isso se tornou um grande desafio, pelo
potencial de cada faixa etária e suas necessidades. Com isso ela passou a buscar cada vez mais
conhecimento para estar preparada e sensível para atender a todos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As resoluções deste trabalho nas consequências investigadas, onde beneficiou para


contribuição na revelação e identificação conceptiva do ensino e aprendizagem, na qual norteia o
papel docente, possibilitando uma reflexão frente às ideologias de ensino que os docentes admitem
que possam empregar. Nessa contribuição o aprimoramento na prática pedagógica, viabiliza um
raciocínio vasto e desenvolvido sobre o ensinar e sua formação profissional. Quando o docente se
volta para atribuição e valorização nas circunstâncias conclusivas ou derrotas experimentais
escolares concernentes a elementos intrínsecos ao sujeito, dando como referências variáveis
modificadoras que dependem do empenho na realização das atividades propostas, como, tempo
consumido, grau de dificuldade nos exercícios e experiências independentes ao sujeito, os discentes
começam a contextualizar a derrota nos exercícios e defeitos como oscilações variantes, as quais
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sujeita-se principalmente numa mais intensa dedicação, vontade, empenho, ou seja, internalizar
objetivos e metas que foram recomendados.

Desta maneira conforme Bzuneck (1999) o aluno sentir-se-à responsável por seu ato de
aprendizagem e, consequentemente, adquirirá o senso de auto-eficácia (competência e auto-
valorização) tão necessários para acreditar no incremento de sua própria aprendizagem adquirindo
autonomia no seu processo de escolarização. Ao contrário, se o professor através de verbalizações,
pistas, ações em sala de aula atribui as causas de êxitos e/ou fracassos a fatores externos aos alunos
(fora do domínio destes) como; na comparação entre os sujeitos (comum nas situações
competitivas), na forma de encarar o erro como algo depreciativo reflexo de incapacidade, pouca
“inteligência”, faz com que estes adquiram uma preocupação em “ser o melhor”, priorizando o
próprio ego.

É importante que o docente desenvolva no discente a busca pela meta aprender. Será a partir
da compreensão de que a aprendizagem exige o uso de diversos processos mentais, contudo não é
uma tarefa fácil, mas sim desafiadora exigindo tolerância, persistência e concentração. Somente
com essa concepção sobre como aprende, o discente adquirirá autodirecionamento, automotivação e
desenvolverá ferramentas para auto-avaliar seu trabalho. Essa meta mantém o sujeito motivado
durante grande parte do processo de aprendizagem, porém, nas instituições educacionais tem sido
extremamente difícil alcançá-la e mantê-la (BZUNECK, 1999, p.51-66).

A utilização do questionário como instrumento possibilitou-nos uma “boa” visão, porém


parcial devido ao instrumento obter a informação descrita e pensada sobre as estratégias de ensino
docente. Em relação aos objetivos da pesquisa, os resultados apontaram para o reconhecimento do
importante papel que o docente desempenha em sala de aula para “motivar” seus alunos,
desafiando-os cognitivamente. Ao mesmo tempo revelou-nos a vulnerabilidade dos cursos de
formação inicial de professores em relação à diversificação de estratégias de ensino que sirvam
como parâmetro para os alunos. Há uma necessidade da formação continuada no interior da própria
instituição respeitando as especificidades, auxiliando no aprimoramento teórico de nossa categoria
profissional.

As estratégias de ensino devem fazer parte de pesquisas instrumentalizando o trabalho do


professor para que possam conhecê-las, selecioná-las e utilizá-las desenvolvendo os processos
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cognitivos, metacognitivos e afetivos de si próprio e de seus alunos. A utilização ampla e
diversificada destas possibilita ao discente compreender e construir o conhecimento de maneira
autônoma, responsável e atuante devido à diversidade de procedimentos utilizados, atendendo as
especificidades dos estudantes. Portanto, o papel do professor é significativo e crucial a fim de que
os educandos possam engajar-se na própria aprendizagem como sujeitos automotivados; a medida
que verbaliza aos sujeitos suas crenças, valores, estrutura as atividades e o ambiente pedagógico de
maneira dinâmica, possibilitando a participação de todos e enriquecendo as aulas com experiências.
Ao respeitar os alunos e ouvir suas dúvidas, atender as necessidades emocionais, desenvolver
habilidades cognitivas e metacognitivas dos discentes proporciona oportunidades variadas de troca
de conhecimentos, de escolhas, de sentimento de acolhida e competência formando alunos que
sabem o que precisam, para que precisam e como fazer para que os conhecimentos que adquirem ao
longo do processo de escolarização sejam utilizados de modo significativo na vida.

Cabe ao professor o desafio de fazer da sala de aula um espaço que valoriza os saberes e
identidade sociocultural dos educandos, possibilitando o confronto de significados, desejos,
experiências. O docente deve garantir a liberdade e a diversidade das opiniões dos alunos. Nesse
sentido ele é acaba abandonando as crenças e comportamentos que negam ao estudante a
possibilidade de aprender a partir do que sabe e chegar até onde é capaz de progredir. É preciso
inter-relacionar os conteúdos com a vida dos alunos, ressaltando a utilidade do conhecimento para a
vida do sujeito. Assim necessita estabelecer uma relação professor-aluno dialógica discutindo e
analisando diferentes opiniões (FREIRE, 1996). Ao respeitar e discutir a curiosidade do grupo
frente à vida atua com “olhos analíticos” para seu trabalho em sala de aula. Organiza suas aulas
(planejamentos, estratégias de ação, objetivos específicos) e apresenta estratégias diversificadas
para atender as especificidades dos alunos.

Contudo, o docente precisa mostrar-se disposto a aperfeiçoar sua formação, deve realizar
leituras diversas e aprofundadas sobre concepções de ensino-aprendizagem, interação professor-
aluno, motivação para aprender, estratégias de ensino. É necessário interagir e participar de grupos
de estudos onde possam ser transmitidos e analisados os resultados dessa pesquisa. Opinar, trocar
informações, buscar alternativas consistentes para resolver os desafios profissionais nas
experiências diversificadas as quais poderão suscitar em estratégias de ensino.

REFERENCIAS
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