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FÓRUM
POPULAR DA
NATUREZA

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Por que nos unimos?


Por todo lado que olhamos as coisas estão difíceis. A crise ambiental está por toda a
parte. As florestas estão queimando, as doenças aumentam, a temperatura do planeta
aumenta e os eventos climáticos, como tempestades intensas e secas, são cada vez
mais frequentes. Nas cidades as condições de vida pioram. O transporte público
caótico, o ar poluído, os rios mortos, o alimento contaminado. Nosso ambiente está
em crise.

Os governos nada ou pouco fazem para contornar os problemas, enquanto a natureza


continua sendo saqueada num processo que começou há mais de 500 anos.

Não estamos sós!


Há quase 60 anos, a bióloga Rachel Carson lançou as bases de como entender
isso, quando afirmava que “Na natureza, nada existe sozinho”. Ou seja, o problema
enfrentado por uns é problema de todos. Afinal, tudo está relacionado, ou, como
ela dizia: “a história da vida na Terra tem sido uma história de interação entre as
coisas vivas e seus ambientes”.

Por todos os cantos do país e nos mais diferentes espaços e territórios existem
©foto: Nair Benedicto/N-Imagens

lutas sendo travadas. As pessoas, ao contrário do que muitos pensam, resistem,


discutem, tentam melhorar as condições desse planeta porque sabem que dele
depende sua vida e as de seus descendentes.
FÓRUM
POPULAR DA
NATUREZA
O que queremos?
A proposta do Fórum Popular da Natureza é criar um espaço
onde as várias lutas, movimentos, organizações e todos os
que resistem e buscam alternativas possam se encontrar,
discutir, partilhar experiências, construir coletivamente
alternativas capazes de consertar o que pode ser consertado
e tomar as rédeas do futuro.

Ficar em casa prostrado, reclamando, não está no nosso


horizonte, queremos mais.

Mudar o modelo!
O modelo atual de sociedade é baseado em três premissas que contribuem para a destruição
da natureza. A primeira, que a natureza oferece recursos de graça para serem explorados;
a segunda, que a responsabilidade da sujeira e da poluição do processo produtivo deve ser
repartida entre todos; a terceira, que é possível um crescimento contínuo e acelerado de
todas as atividades econômicas num planeta com recursos finitos.

Nós sabemos que superar o modelo não é algo simples nem tampouco rápido, mas muitas
coisas ao nosso alcance podem ser feitas desde já. Impedir a destruição das reservas
de biodiversidade, preservar as terras indígenas, considerando que esses povos são os
principais guardiões das florestas, comer alimentos saudáveis sem agrotóxicos, plantar
árvores, participar da gestão dos parques públicos, exigir a participação das comunidades
na definição dos temas que têm impactos ambientais, proteger as nascentes, lutar pela
redução das jornadas de trabalho, acabar com a especulação imobiliária, evitar o consumo
desnecessário, criar redes de produção e distribuição agroecológicas etc., são coisas que
podemos fazer imediatamente.

©foto: Nair Benedicto/N-Imagens


Os Núcleos FÓRUM
POPULAR DA
NATUREZA
Os núcleos do Fórum Popular da Natureza são o espaço para organizar
ações, debater alternativas, ampliar o conhecimento e mobilizar as
pessoas e organizações para construir uma alternativa popular à
destruição em curso.

Quem compõe um núcleo?


Os núcleos são formados por pessoas, movimentos populares, partidos políticos,
sindicatos, ONGs etc. que têm por objetivo a construção de alternativas ao modo como
o atual modelo trata o meio ambiente. É natural que existam opiniões diferentes e
conhecimentos distintos entre os integrantes e isso é muito bom. É um patrimônio nosso.

Assim, o primeiro passo é tratar essa diversidade com respeito e abertura para o diálogo.
Existem saberes acadêmicos, da ciência e da universidade, que têm muito com o que
contribuir, mas existem saberes dos povos, que contém séculos de aprendizagem. Os
camponeses, quilombolas, indígenas, o povo pobre das periferias, os trabalhadores
que vivem o cotidiano da destruição ambiental produzem conhecimentos que são
indispensáveis. O Fórum Popular da Natureza é o lugar desse diálogo. Portanto, ouvir e
dialogar é um princípio que deve nos orientar.

Por onde começar? ©foto: Nair Benedicto/N-Imagens

Nos territórios onde estamos (cidade, comunidade, bairro, escola, trabalho, igreja etc.) existem
problemas e lutas acontecendo. Um primeiro passo é conversar sobre a importância de colocar
os movimentos, grupos, pessoas em contato umas com as outras.

Proponha uma conversa sobre um tema que atinja à todos e todas ou sobre ampliar as conexões
e os contatos entre as organizações para tratar da questão ambiental.
Um núcleo do FPN tem autonomia para propor qualquer tipo de debate ou ação, desde que
seja para pensar alternativas ao modelo destruidor da natureza em que vivemos.

Pode ser uma roda de conversa sobre o COVID 19. Pode ser assistir a um filme para dar um
pontapé inicial. Enfim, cada localidade constrói seu próprio debate e organiza suas lutas.
Reuniões FÓRUM
As reuniões periódicas são um importante espaço para a
POPULAR DA
construção da identidade do grupo. No entanto, elas precisam NATUREZA
ser bem organizadas. As pessoas estão cansadas de encontros sem
objetividade, dispersos. Nossas reuniões têm que ter pautas definidas e
serem ágeis. A sugestão é que tenhamos sempre um relator, que apresente um
resumo da reunião (email ou whattsapp) e duas pessoas (respeitando a paridade
de gênero) que conduzam o debate.

Essas reuniões devem respeitar a horizontalidade e a democracia como princípios,

©foto: Nair Benedicto/N-Imagens


pois se queremos mudar as coisas temos que dar o exemplo. O FPN não tem dono e
todos têm que exercitar a democracia e a busca do consenso.

O que significa isso? Que todos os olhares e saberes são fundamentais e devem
contribuir para a construção desse espaço e da agenda de lutas e ações. Aqui, embora
sejamos diferentes, somos todos iguais. Nesta luta há mais coisas que nos unem do que
nos afastam.

Sugestões de
encaminhamentos iniciais
Não existe nenhum modelo a seguir. Construir alternativas deve ser o nosso norte. No entanto,
gostaríamos de levantar algumas questões que consideramos centrais:

1) Identificar nos territórios as principais lutas em curso, assim como os principais


inimigos;
2) Procurar se aproximar dos movimentos e organizações que estejam em luta ou que
sofrem mais diretamente os impactos e trazê-los para construir o FPN;
3) Propor ações junto às escolas acerca do tema da natureza, buscando tratar do tema
junto aos problemas locais vividos pelas comunidades
4) Procurar atrair os sindicatos e partidos que tenham afinidade com a pauta ambiental.
Às vezes isso demanda longas conversas com as direções para trazê-las para essa iniciativa;
5) Buscar identificar na região escolas onde há educadores ambientais;
6) Identificar os membros dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e abrir diálogos
com eles;
7) Elaborar um pequeno programa de formação, com cursos e textos, muitos dos quais
já disponíveis no site do FPN;
8) Organizar atividades culturais (saraus, teatros, filmes, grafites), assim que sairmos da
quarenta, relacionadas à temática ambiental.

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