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SUL CATARINENSE
BANCA EXAMINADORA
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
Introdução: Existe uma relação fundamental entre o intestino e a saúde, por meio
do conceito de permeabilidade intestinal. Dentro da avaliação do processo alimentar,
a absorção pode ser alterada por sintomas de má absorção, interação entre os
nutrientes, alteração na permeabilidade da mucosa e, conseqüente, disbiose
intestinal. O termo disbiose descreve a presença de bactérias patogênicas no
intestino. E conseqüentemente a microbiota produz efeitos nocivos principalmente
pela mudança qualitativa e quantitativa da própria microbiota intestinal.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo principal descrever a prevalência de sinais
e sintomas de disbiose intestinal, segundo o Questionário de Rastreamento
Metabólico (QRM), em estudantes do curso de Nutrição da Universidade do Extremo
Sul Catarinense – UNESC.
Metodologia: O estudo foi realizado no período de fevereiro/2010 a março/2010.
Foram entrevistadas 116 acadêmicos, através do Questionário de Rastreamento
Metabólico (QRM), entregues durante a aula dos participantes. Foi aplicado apenas
um bloco do QRM referente a sinais e sintomas relacionados ao trato
gastrointestinal. Foi avaliado os seguintes sinais/sintomas: náuseas/vômitos,
diarréia, constipação/prisão de ventre, inchado/abdômen distendido, gases
intestinais/eructações, azia, dor estomacal/intestinal. O resultado foi caracterizado
conforme prevalência das pontuações 0, 1, 2, 3 ou 4 de cada sinal e sintoma e
porcentagem de pontuação maior ou igual a 10. Além disso, a prevalência de
pontuação 04 em cada sinal e sintoma.
Resultados: Para cada sinal/sintoma pontuou-se 00 (nunca, ou quase nunca teve o
sintoma), 01 (ocasionalmente teve, efeito não foi severo), 02 (ocasionalmente teve,
efeito foi severo), 03 (freqüentemente teve, efeito não foi severo) ou 04
(freqüentemente teve, efeito foi severo. Observou-se que a maioria dos participantes
nunca, ou quase nunca apresentou náuseas/vômito. O item diarréia obteve maior
prevalência de pontuação 01. No que se refere ao item constipação observou-se
prevalência de pontuação 00, e 19,8% dos participantes assinalaram pontuação 03.
A maioria dos entrevistados apontou pontuação 01 para inchaço e distensão
abdominal, e assim como o item constipação, 19,8% dos participantes assinalaram
pontuação 03. Quanto ao item arrotos e gases intestinais obteve-se prevalência para
a pontuação 01. A pontuação mais apontada para o item azia foi 00, seguida pelas
pontuações 01, 03, 02 e 04. O sintoma mais apontado pelos participantes foi
inchaço/ distensão abdominal, já que 75% dos participantes assinalaram este
sintoma, e 31% dos participantes obtiveram pontuação maior ou igual a 10.
Conclusão: Os resultados obtidos nesta pesquisa servem como alerta para a
população estudada, pois ressalta a importância do acompanhamento nutricional e
de uma criteriosa avaliação de sinais e sintomas, para, dessa forma, agirmos
promovendo saúde.
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................10
2 OBJETIVOS...........................................................................................................12
2.1 Objetivo geral.......................................................................................................12
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................13
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Está se tornando cada vez mais aparente que a saúde do corpo depende
de um trato gastrointestinal (GI) saudável e funcionante. Pois um dos papéis
primários do trato GI é servir como uma barreira física e imunológica aos
microrganismos, material estranho e antígenos potenciais consumidos com os
alimentos ou formados durante a passagem dos alimentos pelo trato GI (BELTRÁN,
2005).
Por ser o sistema que mais está exposto ao meio ambiente, o sistema
digestório é o mais sensível a substâncias agressoras. Além disso, tem a
capacidade de selecionar os nutrientes necessários para o funcionamento do
organismo e impedir a absorção de agressores. Daí a importância da integridade
fisiológica e funcional desse sistema (CARREIRO, 2009).
A integridade intestinal está relacionada ao equilíbrio das bactérias
intestinais e à nutrição saudável dos enterócitos e colonócitos, as células da mucosa
intestinal, que são substituídas com grande velocidade para garantir um melhor
funcionamento das mesmas. Quando a integridade intestinal está comprometida, a
permeabilidade do intestino pode ser alterada e permitir que as bactérias intestinais,
os alimentos não digeridos ou as toxinas cruzem a barreira intestinal (MATHAI,
2005). O combustível preferido das células intestinais são os ácidos graxos de
cadeias curtas (AGCC) butirato, acetato e propionato, que são formados a partir da
fermentação bacteriana de carboidratos e proteínas da dieta, principalmente amido e
fibras solúveis, que não foram absorvidos previamente (COPPINI et al, 2004;
MATHAI, 2005).
Atualmente se reconhece que os AGCC exercem papel fundamental na
fisiologia normal do cólon, estimulando a proliferação celular do epitélio, o fluxo
sanguíneo visceral e intensificando a absorção de sódio e água, ajudando a reduzir
a carga osmótica de carboidrato acumulado (COPPINI et al, 2004).
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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
3.3 INSTRUMENTOS
4 RESULTADOS
5 DISCUSSÃO
Pontuação 03. Segundo Silva et al, 2008 um dos efeitos adversos do consumo
exagerado de fibras é a flatulência. Davidson et al, 1998 em seu estudo observou
aparição de flatulência em indivíduos que consumiram dietas contendo 18g por dia
de FOS.
Quando questionados sobre azia (pirose), 11,2% dos participantes deste
estudo assinalaram pontuação 03. No estudo de Moraes et al, 2005 foram
analisados 13.959 indivíduos, com idade média de 36,9 para homens (± 15,0) e 39,6
para mulheres (± 15,1). Azia uma vez por semana esteve presente em 4,6% dos
participantes (637 indivíduos). Já no estudo de Nader et al, 2003, das 1.263 pessoas
entrevistadas, todas com mais de 20 anos, encontraram-se taxas de prevalências de
pirose de 48,2%, 32,2% e 18,2% para o último ano, mês e semana,
respectivamente. E todas as formas do desfecho pirose estavam associadas com o
sexo feminino, de maneira estatisticamente significativa.
Neste estudo 18,9% dos participantes assinalaram pontuação 03 para dor
estomacal/intestinal. Segundo Souza et al, 2008, dor abdominal é uma das principais
indicações para endoscopia digestiva alta na prática pediátrica, e em seu estudo
foram avaliados 21 pacientes, com idade entre 1 e 15 anos. Destes, 24%
apresentaram dor abdominal.
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6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BURLIOUX, P. et al. The intestine and its microflora are partners for the protection of
the host: report of the Danone Symposium “The Intelligent Intestine”, held Paris, June
14, 2002. Am J Clin Nutr; v.78, p.675-83, 2003.
DAVIDSON, M.H.; MAKI, K.C.; SYNECKI, C.; TORRI, S.A.; DRENNAN, K.B. Effects
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Nutrition Research, v.18, n.3, p. 503-517, 1998.
HAWRELAK, J.A.; MYERS, S.P. The causes of intestinal dysbiosis. Altern Med Rev,
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PINHO, Mauro. A biologia molecular das doenças inflamatórias intestinais. Rev bras
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38
SANTOS JÚNIOR JCM. Constipação Intestinal. Rev bras Coloproct, São Paulo. v.
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SEQUEIRA, Teresa Cristina G. O.; RIBEIRO, Cláudia Mello; GOMES, Maria Isabel
F. V. Potencial bioterapêutico dos probióticos nas parasitoses intestinais. Revista
Ciência Rural. Disponível em: www.ufsm.br/ccr/revista Acessado em 13 set. 2009.
SILVA, A.; Haas, P.; SARTORI, N.; ANTON, A.; FRANCISCO, A..
FRUTOLIGOSSACARÍDEOS: FIBRAS ALIMENTARES ATIVAS. Boletim do Centro
de Pesquisa de Processamento de Alimentos, América do Sul, 25 19 02 2008.
ANEXO 1
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ANEXO 2
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Assinatura do Participante