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NOV 2002 NBR 14909


Recipientes transportáveis de aço
para gás liquefeito de petróleo (GLP) -
ABNT - Associação
Manutenção - Procedimento
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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e Acessórios
NBR 14909 - Steel transportable containers for liquid petroleum gas (LPG) -
Maintenance - Procedure
Copyright © 2002, Descriptors: Steel container LPG. Maintenance
ABNT–Associação Brasileira de
Normas Técnicas
Válida a partir de 29.12.2002
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Recipiente para GLP. Manutenção 4 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos
5 Processo de manutenção
6 Inutilização
7 Marcação

Prefácio
A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.
1 Objetivo
Esta Norma fixa os requisitos exigíveis para a manutenção de recipientes transportáveis de aço para gás liquefeito de
petróleo (GLP).
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições
mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.
NBR 8460:2002 - Recipiente transportável de aço para gás liquefeito de petróleo (GLP) - Requisitos e métodos de
ensaios
NBR 8865:2000 - Recipientes transportáveis de aço para gás liquefeito de petróleo (GLP) - Requalificação -
Procedimento
NBR 8866:1996 - Recipientes transportáveis de aço para gás liquefeito de petróleo (GLP) - Seleção visual das
condições de uso
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2 NBR 14909:2002

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 manutenção:.Processo de recuperação de um recipiente de GLP, determinando sua continuidade em serviço.

3.2 corpo do recipiente: Parte do recipiente, incluindo o flange, d estinada a acondicionar o gás.

3.3 peças acessórias: Partes aplicadas ao corpo do recipiente e destinadas à sua estabilização sobre o solo, à facilidade
de manuseio e transporte ou à proteção das válvulas e dispositivos de segurança.

3.3.1 alça: Peça acessória fixada na parte superior do recipiente, destinada à proteção da(s) válvula(s) e/ou do dispositivo
de segurança e a facilitar o manuseio e transporte do recipiente.

3.3.2 base: Peça acessória fixada na parte inferior do recipiente, destinada à sua estabilidade sobre o solo e a evitar o
contato com este.

3.4 mossa: Deformação tipo reentrância na chapa do corpo do recipiente, causada por ação externa.

3.5 abolhadura: Deformação tipo saliência na chapa do corpo do recipiente, provocada por pressão interna excessiva,
combinada ou não com ação de agente externo (calor).

3.6 cavidades: Deformações causadas pelo arrancamento de material do corpo do recipiente, provocando redução de
espessura da parede deste.

3.7 corrosão: Alteração do metal por efeitos físico-químicos do m eio com o qual se encontra em contato e que provoca
uma diminuição da espessura útil ou seção resistente do metal.

3.7.1 corrosão localizada: Corrosão causada por um tipo de ataque corrosivo que, uma vez iniciado, progride
principalmente em profundidade (crateramento).

NOTA - A distância entre dois pontos de corrosão localizada não deve ser inferior a 15 mm, o que caracteriza uma corrosão em linha ou
generalizada.

3.7.2 corrosão em linha: Seqüência de corrosões localizadas ou conectadas umas às outras.

3.7.3 corrosão generalizada: Corrosão que cobre, uniformemente, mais de 10 % da superfície do recipiente e pode estar
acompanhada de corrosões localizadas.

3.8 tara: Massa do recipiente vazio, despressurizado e isento de resíduos, adicionada às massas de suas peças
acessórias, válvulas, dispositivos de segurança e de medição.

3.9 despressurização: Conexão à válvula do recipiente de um dispositivo que permita igualar as pressões interna e
externa (atmosférica).

3.10 desgaseificação: Retirada de todo o gás do interior do recipiente, que possa provocar uma mistura inflamável ou
explosiva.

3.11 decantação: Retirada da fase líquida do gás.

3.12 fundo do recipiente: Região do recipiente compreendida pela parte elíptica da calota inferior.

3.13 tampo do recipiente: Região do recipiente compreendida pel a parte elíptica da calota superior.

3.14 pés de apoio: Saliências estampadas na calota inferior do recipiente, com capacidade volumétrica maior ou igual a
5,5 L, com a finalidade de assegurar sua estabilidade sobre o solo.

3.15 inutilização: Destruição do recipiente conforme critérios estabelecidos nesta Norma.

3.16 componentes: Peças destinadas ao controle de enchimento, ao enchimento, ao consumo, à indicação de nível de
volume e ao alívio de pressão interna do recipiente (dispositivo de segurança).

3.17 dispositivo de segurança: Dispositivo destinado a aliviar a pressão no interior dos recipientes.

3.17.1 válvula de segurança: Dispositivo de segurança que é acionado quando a pressão interna do recipiente atinge um
valor predeterminado.

3.17.2 plugue fusível: Dispositivo de segurança que é acionado quando a temperatura externa ao recipiente atinge um
valor predeterminado.

4 Requisitos
O recipiente deve ser encaminhado para manutenção quando tiver um ou mais dos defeitos descritos abaixo, verificados
conforme NBR 8866:

a) corrosão e cavidades;

b) alças e bases que apresentem danos que não permitam manuseio seguro e estabilidade dos recipientes;
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c) vazamentos ou danificação nos componentes acoplados aos recipientes e seus dispositivos;

d) tara ilegível, incorreta, inexistente ou mais de uma gravação com valores diferentes;

e) alça com identificação da distribuidora não compatível com o corpo ou isenção das marcações exigidas pela
especificação NBR 8460;

f) evidências de exposição ao fogo;

g) pés de apoio amassados.

NOTAS

1 Reparo nos cordões de soldas circunferenciais longitudinais e de flanges, troca de flanges e troca de calota somente podem ser
realizados por fabricantes e/ou oficinas de requalificação, devendo os recipientes ser ensaiados conforme a NBR 8460.

2 Não é permitida correção de mossas.

4.1 Inspeção visual

4.1.1 Cavidades
Quando a espessura residual for menor que a espessura mínima de projeto, conforme NBR 8460, o recipiente deve ser
inutilizado.

4.1.2 Corrosão
Os recipientes que apresentarem corrosão conforme os padrões fotográficos do anexo A da NBR 8865:2000, que indicam
o tipo de defeito e não sua localização, devem ser inutilizados.

4.2 Exposição ao fogo


Evidências de exposição ao fogo:

a) pintura queimada ou carbonizada;

b) metal queimado ou descolorido;

c) deformações no recipiente;

d) válvula fundida ou queimada;

e) dispositivo de segurança danificado.

NOTAS

1 Caso o recipiente apresente apenas o plugue fusível vazado e nenhuma das outras evidências prescritas acima, considera-se que não
houve exposição ao fogo.

2 Caso o recipiente apresente, além do plugue fusível vazado, apenas a pintura descolorida com a camada inferior da tinta ainda intacta,
considera-se que não houve dano a ele.

3 Caso o recipiente apresente as camadas de tinta e a superfície do metal-base visivelmente carbonizadas e/ou a válvula fundida ou
queimada, ele deve ser inutilizado.

4 Caso o recipiente apresente abolhadura, ele deve ser inutilizado.

4.3 Defeitos nas alças e bases


Devem sofrer manutenções os recipientes que apresentarem quaisquer dos problemas relacionados abaixo:

a) desequilíbrio do recipiente em relação ao solo;

b) base e/ou alça solta;

c) rasgo aberto na junção das alças e bases ou arestas cortantes;

d) deformações que comprometam a segurança de manuseio;

e) diferenças ou impossibilidade de identificação entre gravações do corpo e da alça.

4.3.1 Nos casos em que a deformação da alça e da base impedir a inspeção visual da calota superior ou inferior, as peças
deverão ser removidas.

4.4 Pés de apoio


Todos os recipientes com pés de apoio, conforme 3.14, devem ter base adaptada, e esta deve ser fixada ao corpo do
recipiente por solda elétrica.
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4 NBR 14909:2002

5 Processo de manutenção

5.1 Os procedimentos de manutenção para os recipientes classific ados conforme seção 4, devem ser executados con-
forme descritos, não obrigatoriamente na ordem apresentada a seguir.

5.1.1 Corrosão

5.1.1.1 Remoção da oxidação através de escovação, lixamento, jateamento ou outro tratamento que permita a inspeção
visual e aplicação de proteção anticorrosiva.

5.1.1.2 As áreas reparadas devem receber pintura de acabamento.

5.1.2 Alças e bases que apresentam danos que não permitem manuseio seguro e estabilidade dos recipientes
5.1.2.1 Os defeitos de alças e bases devem preferencialmente ser corrigidos sem a remoção do corpo do recipiente.

5.1.2.2 Nos casos em que é necessária a remoção, devem-se seguir os seguintes critérios:

a) a retirada deve ser feita de maneira tal que não afete o corpo do recipiente;

b) as saliências devem ser removidas convenientemente até alcançar a superfície original da chapa do corpo do
recipiente;

c) se a remoção das partes acessórias causar danos na chapa do corpo do recipiente, este deve ser inutilizado;

d) as partes acessórias devem ser repostas por métodos de fixação que suportem as condições de operação do
recipiente;

e) antes da fixação da nova parte acessória, a superfície do recipiente deve estar limpa e preparada para o respectivo
processo de fixação;

f) a nova parte acessória deve ser posicionada de maneira tal que os novos pontos de fixação no recipiente não
coincidam com os pontos de fixação anteriores e garanta a sua centralização, assegurando estabilidade e proteção
da(s) válvula(s) e/ou dispositivos;

g) a região afetada pelo processo de fixação deve sofrer limpeza conforme 5.1.1.1 e aplicação de acabamento
conforme 5.1.1.2.

5.1.2.3 Para execução de 5.1.1 e 5.1.2, deve-se proceder à execução das seguintes operações:

a) despressurização - deve ser realizada após decantação do recipiente;

b) retirada de pelo menos um dos componentes roscados;

c) lavagem interna - processo utilizado para a retirada de resíduos, promovendo a desgaseificação, não podendo ser
usados produtos químicos corrosivos.

NOTA - Os resíduos provenientes do processo devem ter destinação específica, conforme o órgão ambiental local.

5.1.3 Substituição de componentes acoplados ao recipiente e seus dispositivos

5.1.3.1 Os componentes, acoplamentos e seus dispositivos que apres entarem vazamentos ou danificações que
impossibilitem seu uso devem ser substituídos. A montagem deve atender ao prescrito em 4.2.5 e 4.2.6 da
NBR 8460:2002.

5.1.4 Ensaio de vedação das uniões roscadas

5.1.4.1 Após a remontagem, o recipiente deve ser ensaiado para verificação da vedação dos componentes acoplados e
seus dispositivos, conforme NBR 8460.

5.1.5 Tara do recipiente

5.1.5.1 Sempre que um recipiente for submetido a manutenção, deve-se conferir a sua tara e regravar ou gravar, se
necessário, de acordo com a NBR 8460.

6 Inutilização

Processo pelo qual o recipiente é totalmente destruído, impossibilitando seu retorno ao mercado, sendo admitidos os
seguintes meios de inutilização: prensagem, amassamento, puncionamento, compactação com enfardamento, ou outro
meio descrito anteriormente.

7 Marcação

Nos recipientes que tiverem alguma das partes acessórias substituídas, estas devem ser marcadas de forma indelével com
a identificação da empresa executora do serviço.

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